7373 – Mega Memória – Comercial da Virada “Marcas do que se foi”


Um comercial que marcou época. O ano: 1976. Num tempo onde não havia o recurso da computação gráfica, era necessário muita criatividade dos publicitários.

Este ano quero paz no meu coração
Quem quiser ter um amigo
Que me dê a mão

O tempo passa
E com ele caminhamos todos juntos
Sem parar

Nossos passos pelo chão
Vão Ficar

Marcas do que se foi
Sonhos que vamos ter
Como todo dia nasce
Novo em cada amanhecer

Marcas do que se foi
Sonhos que vamos ter
Como todo dia nasce
Novo em cada amanhecer

Este ano quero paz no meu coração
Quem quiser ter um amigo
Que me dê a mão

O tempo passa
E com ele caminhamos todos juntos
Sem parar

Nosso passos pelo chão
Vão ficar

Marcas do que se foi
Sonhos que vamos ter
Como todo dia nasce
Novo em cada amanhecer

7372 – São Silvestre 2012 – Queniano vence, pra variar


S Silvestre 2012
S Silvestre 2012

O queniano Edwin Kipsang venceu a prova masculina da São Silvestre na manhã desta segunda-feira, com o tempo de 44min04s. O brasileiro melhor colocado foi Giovani dos Santos, que terminou a prova na quarta colocação.
A prova teve total domínio do Quênia, que, além da vitória com Kipsang, conseguiu ainda a segunda e terceira colocação, com Joseph Aperumoi (44min14s) e Mark Korir (44min50). Este último liderou parte da corrida, mas perdeu fôlego no fim.
Hafid Chani, do Marrocos, terminou a prova na quinta colocação, com o tempo de 45min54s.
A edição deste ano da São Silvestre foi a primeira com largada pela manhã. A elite feminina largou às 8h40, enquanto a masculina, às 9h. O valor do prêmio também mudou. Passou de R$ 35 mil para R$ 50 mil.
A prova perdeu prestígio e atrai cada vez menos famosos. Muitos atletas da elite da África (continente que faturou 15 dos últimos 21 títulos) não correram neste ano. Foram os casos dos campeões de 2011, a queniana Priscah Jeptoo e o etíope Tariku Bekele. O continente foi representado por seu segundo escalão, mas mesmo assim obteve sucesso.

Veja os dez primeiros:

1) Edwin Kipsang (QUE), 44min05min
2) Joseph Aperumoi (QUE), 44min14seg
3) Mark Korir (QUE), 44min21seg
4) Giovani dos Santos (BRA), 44min51seg
5) Hafid Chani (MAR), 45min55seg
6) Najim El Qady (MAR), 46min34seg
7) Alphonce Simbu (TAN), 46min37seg
8) Ubiratan dos Santos (BRA),46min38seg
9) Ahmed Baday (MAR), 46min40seg
10) Paulo Roberto de Almeida Paula (BRA), 46min49seg

7371 – Festejos – Quem inventou o Réveillon?


Réveillon vem do verbo francês réveiller, que significa “acordar” — é o “despertar do ano”, pegou? A palavra surgiu no século 17 para identificar eventos muito populares entre os nobres franceses: jantares longos e chiques, que iam até depois da meia-noite, nas vésperas de datas importantes. Esses regabofes gastronômicos noturnos eram realizados várias vezes ao ano, mas com o tempo foram ficando para o Ano-Novo mesmo.
No século 19, o Réveillon virou moda nas colônias e áreas de influência da França – que eram muitas, já que ela era a superpotência cultural da época. No Brasil, os primeiros Réveillons foram realizados na corte de dom Pedro 2º, no Rio, e logo copiados pelas elites paulistas. Mas alguns detalhes foram incorporados depois, recheando o jantar francês com um sincretismo bem brasileiro.

Tradições:
Uvas
Simpatia trazida pelos vinicultores portugueses, que guardavam a semente do seu produto para ter fartura.
Lentilhas
Os italianos trouxeram essa tradição, que resultaria em um ano de fartura.
Roupa Branca
É a roupa dos devotos de Iemanjá, orixá que já na África era homenageada com oferendas no mar na passagem do ano.
Pular ondas
Hábito comum desde os gregos, que acreditavam “recarregar baterias” pelo mar, fonte da vida.

7370 – O ciclo e as funções do gás carbônico no universo


Toda vez que alguém respira e esvazia o pulmão, devolve ao ar uma das substâncias mais importantes na vida do sistema solar.
Terremotos e vulcões, periodicamente, fazem tremer ou fendem regiões inteiras, com conseqüências bem conhecidas e temidas. Mas nada que, sequer de longe, se assemelhe ao inferno que é a superfície do planeta Vênus. Coberta por uma atmosfera ácida e 100 vezes mais espessa que a da Terra, ela acumula calor em quantidades monumentais e se mantém à temperatura média de 475° C — metade do necessário para derreter rochas. Não é um lugar agradável, e pode ser ainda pior, como sugere a mais recente teoria sobre a natureza desse planeta. É possível que Vênus simplesmente não tenha chão, no sentido usual da palavra.
Imagens obtidas por radar indicam que sua crosta rochosa, amolecida pelo calor intenso, não é rígida como a da Terra. Vez por outra, ela se deixa esticar e inflar como o topo de uma bolha com centenas de quilômetros de extensão. Em outras circunstâncias, planícies inteiras desabam para o interior do planeta, de onde vazam torrentes incandescentes de lava. Os restos desse dilúvio, que se vêem derramados sobre quase toda a crosta, parecem estar ainda frescos, em termos geológicos. Como se Vênus, em passado recente, tivesse mudado inteiramente de rosto, num único e formidável espasmo.
Curiosamente, esse remoto cenário extraterrestre tem mais a ver com a Terra do que se possa imaginar. E não é por outro motivo que vem atraindo a atenção de cientistas geralmente desligados dos assuntos do espaço, como geólogos e meteorologistas. Eles querem saber o que há de comum entre a Terra e outros planetas próximos do Sol. O inferno venusiano, por exemplo, pode ter sido criado pelo mesmo gás que parece estar elevando a temperatura da Terra, por meio do alardeado efeito estufa. Trata-se do gás carbônico (ou CO2), que dominava, junto com o vapor de água, tanto a atmosfera primitiva de Vênus como as de Marte e da Terra.
Mas isso foi quando esses mundos nasceram, há longínquos 4,6 bilhões de anos. Daí para a frente, o destino do CO2 — bem diferente em cada lugar — moldou um rosto particular em cada um dos planetas. A própria vida, na Terra, surgiu e se desenvolveu com sua ajuda, pois ele era o alimento básico das algas primitivas. Como resíduo, estas descartavam oxigênio, que no futuro se tornaria mais abundante que o CO2 na atmosfera. As plantas ainda absorvem gás carbônico, apesar de, como todos os animais, respirarem pelo processo inverso: absorvendo oxigênio e descartando CO2. Em resumo, como resultado dessa íntima relação com a vida, uma fração não desprezível do CO2 original acha-se hoje estocada na massa das florestas e seus habitantes.
Retido maciçamente na atmosfera, o CO2 venusiano é 280 000 vezes mais abundante do que o terrestre. Ele perfaz nada menos que 96,5% do ar, contra 0,03%, na Terra, e o ar, por sua vez, é 90 vezes mais pesado que o da Terra. Vem daí a fantástica temperatura venusiana, capaz de amolecer toda a sua casca de rocha sólida — como na Terra, a crosta envolve todo o planeta e pode ter entre 10 e 100 quilômetros de espessura. Esse mecanismo explica facilmente o perfil radical recortado na face venusiana, diz o americano Sean Solomon, do Departamento de Magnetismo Terrestre do Instituto Carnegie, em Washington. Em vista daquilo que se vê em Vênus, o aquecimento devido ao efeito estufa, na Terra, torna-se uma brincadeira de criança, pois parece causar um aumento relativamente pequeno de temperatura, da ordem de 1 grau centígrado.
Também em Marte, o Sol pode selar o destino da água líquida — mas nesse caso, em sentido oposto. Lá, a falta de energia luminosa teria mantido a água na forma de gelo. E esse obstáculo persiste mesmo quando se considera que o CO2 dominava a atmosfera marciana, embora em quantidade bem menor do que em Vênus. A solução, nesse caso, é complicada, pois há muitas evidências de que a água efetivamente fluiu sobre as areias marcianas. Uma possibilidade é que o efeito estufa do gás carbônico foi reforçado por poeira suspensa na atmosfera.
Enfim, quando a paz se estabeleceu, há 3,8 bilhões de anos, o CO2 era quase 100 vezes menos abundante do que antes. Ou seja, insuficiente para que, nos milhões de anos seguintes, uma gorda sopa química nos mares começasse a modelar os primeiros esboços de células, as primeiras unidades da vida.
Segundo, os vulcões continuaram a expelir CO2 ao mesmo ritmo que antes, porque suas erupções dependem apenas do calor interno do planeta, que não é afetado pela luz solar. O resultado é que o gás carbônico começa a se acumular na atmosfera e a elevar a temperatura por meio do efeito estufa. Chega a parecer que o planeta é vivo; regula seu próprio clima. De fato, é assim, até certo ponto.

O Fim da Família Solar


Quando envelhecer, daqui a bilhões de anos, felizmente, o grande astro onde cabe 1 milhão de planetas como o nosso, ficará 10 mil vezes maior ainda. Tamanha expansão o levará a ocupar no espaço o lugar por onde hoje passa a terra em sua órbita. Será o apocalipse em todo sistema solar. O colossal acréscimo de calor fará montanhas enormes tremer como geléia, luas geladas começarão a derreter e atmosferas espessas devem aparecer onde nunca antes soprou a mais leve brisa.
O destino do Sol já está traçado. Ele se formou há cerca de 4,6 bilhões de anos, junto com os planetas, do colapso de uma nuvem de gás e poeira . Sob o efeito da compressão, a temperatura no interior dessa estrela os poucos chegou a 10 milhões de graus. Nesse ponto, as reações nucleares no seu interior começaram a transformar o hidrogênio em hélio. No período que então se iniciou, que os astrônomos chamam sequência principal, a energia interna contrapôs-se à pressão gravitacional da própria estrela, que assim parou de se contrair, mantendo-se constante.
Durante esse período, no qual surgiu e se multiplicou a vida na Terra, seu brilho só tende a aumentar. Ao surgir, o Sol tinha apenas 70% do brilho atual. No fim da seqüência principal, a luminosidade será três vezes maior do que a atual.
Naturalmente, essa variação se reflete nos planetas. Depois de se formarem, todos os três pequenos planetas irmãos – Vênus, Terra e Marte – provavelmente tinham água em estado líquido, o que é meio caminho andado para o aparecimento da vida. A água aparece quando a temperatura está acima de O°C e a pressão em torno de 6 milibares (1 milibar é 1 milésimo de uma atmosfera terrestre).

Em Vênus, que recebe do Sol duas vezes mais energia do que a Terra, a temperatura começou a aumentar em conseqüência de um fenomenal efeito estufa que teria destruído o oceano primitivo. A água que existia no planeta evaporou-se e se acumulou na atmosfera. O vapor ali funcionou como um gigantesco cobertor, impedindo que o calor escapasse para o espaço depois de refletido pelo planeta. Em seguida, a radiação solar ultravioleta decompôs as moléculas de vapor de água em hidrogênio e oxigênio. O hidrogênio, mais leve, escapou para o espaço. O oxigênio acabou voltando para o planeta, combinando-se quimicamente com o material rochoso da superfície. Outro gás presente no efeito estufa venusiano – o dióxido de carbono expelido pelos vulcões – se acumulou na atmosfera do planeta, de onde não foi removido pelas chuvas, ao contrário do que aconteceu na Terra. A temperatura em Vênus hoje é de 550°C, o dobro do que seria sem o efeito estufa.
Marte, como a Terra, também tinha água quando sua atmosfera era mais densa. Mas ali não havia a mesma atividade geológica que marcou a face terrestre – talvez porque o planeta esfriasse depressa em conseqüência do seu pequeno tamanho. Sem a realimentação da atmosfera pelo dióxido de carbono dos vulcões, o ar de Marte foi se tornando mais fino e a água no estado líquido aos poucos desapareceu da sua superfície. A idade das crateras marcianas indica que os canais escavados pela água devem estar secos há bilhões de anos. Os cientistas imaginam que abaixo da superfície exista um reservatório de gelo capaz de cobrir O solo marciano com 10 metros de água. Toda essa água pode aflorar à superfície daqui a 1 bilhão de anos, quando a energia solar aumentar 20%.
Nos próximos 3 bilhões de anos, quando o brilho do Sol aumentar mais da metade, a atmosfera de Marte será constituída principalmente de vapor de água. Desta vez, o calor – haverá um aumento de 25°C na temperatura – a chuva e a erosão tornarão o clima mais parecido com o da Terra. Esse úmido paraíso marciano a longo prazo, só será ameaçado pela radiação solar ultravioleta. Como ocorreu em Vênus, as moléculas de água, expostas à radiação, devem se quebrar em hidrogênio e oxigênio. O hidrogênio se perderá no espaço e o oxigênio ficará acumulado na atmosfera. O vapor de água vai acabar desaparecendo. Isso não acontece na Terra porque o nitrogênio é o gás dominante na atmosfera e o vapor fica confinado nas nuvens mais baixas.

De 1 a 3 bilhões de anos adiante, quando Marte estiver começando a ser um planeta hospitaleiro, a Terra estará a caminho de se tornar um deserto. O fenômeno terá causas naturais: um aumento de 10% no fluxo de energia solar sobre a parte mais alta da atmosfera terrestre nos próximos 500 milhões de anos. Isso tenderá a acelerar o efeito estufa como um círculo vicioso. Os oceanos aumentam a evaporação e a evaporação eleva a temperatura. Mais vapor de água na atmosfera bloqueando a passagem do calor tende a aumentar a evaporação. Deixando de lado a hipótese de alguma intervenção humana, que poderia retardar ou apressar esse processo, toda a vida na Terra estará extinta entre os próximos 500 milhões e 1.5 bilhão de anos.

Passados 10 bilhões de anos desde a sua formação, o núcleo do Sol terá queimado todo o seu hidrogênio. O hélio, por sua vez, começará a se contrair sob o efeito da própria gravidade. Sera o fim da sequência principal. Para compensar a contração do núcleo, as camadas externas do Sol vão começar a se expandir e a esfriar. Ele se tornará uma estrela muito maior e mais brilhante e sua cor deixará de ser branca ou amarela para adquirir um tom vermelho. Os astrônomos chamam essa fase gigante vermelha. Mais 1 bilhão de anos e o Sol terá um raio de 30 milhões de quilômetros, ou a metade de sua distância atual de Mercúrio. Se alguém na Terra ainda estivesse vivo, veria o Sol cinqüenta vezes maior no céu e 300 vezes mais brilhante do que hoje. Mercúrio e Vênus vão derreter-se e a temperatura na Terra pode chegar a 750°C.

Enquanto isso, que estará acontecendo com os planetas gigantes além de Marte e seus satélites gelados? Três das quatro grandes luas de Júpiter, chamadas galileanas, com vastos depósitos de água congelada, começarão a derreter feito sorvete. Uma delas, Europa, não só é coberta por uma crosta de gelo quase puro como também possui no subsolo um oceano líquido com 100 quilômetros de profundidade. As outras luas, Ganimedes e Calisto, têm gelo e rochas em proporções quase iguais, embora na superfície o gelo seja predominante .
Quando a amônia está misturada na água, o gelo só se desfaz a 100°C negativos. Essa será a temperatura local quando o Sol for quatro vezes mais brilhante do que hoje, assim que terminar a fase da seqüência principal. Sem amônia, o descongelamento deve demorar mais. Em qualquer caso, a presença de água em estado líquido nas três luas abriria caminho para o aparecimento de atmosfera – e, como sempre, do efeito estufa resultante da evaporação. O vapor de água aprisiona mais calor e, em conseqüência, aumenta a temperatura local.
Mas a inexorável evolução solar vai mudar o panorama. Quando a grande estrela estiver no fim da fase gigante vermelha, a temperatura nas três luas será de 250°C e a água irá evaporar e se volatizar rapidamente. Entretanto, como esse calor não vai durar muito, sempre sobrará um pouco de água nos satélites de Júpiter. Titã, a maior lua de Saturno, já tem uma atmosfera de nitrogênio e metano e pressão de 1,5 bar, 50% a mais do que na Terra.

7369 – Genética – Agressividade e Homossexualismo


Afinal, homossexualismo e violência são características hereditárias ou comportamentos adquiridos? Melhor perguntando, a pessoa nasce gay ou criminosa, ou torna-se gay ou criminosa? A questão rende panos para mangas há muito tempo, mas ganhou especial destaque nos últimos cinco anos, quando foi lançado o projeto internacional de mapeamento do DNA humano, batizado Genoma: desde então, constantemente pesquisadores anunciam a descoberta de genes que seriam responsáveis pelo alcoolismo, a depressão, a criminalidade, a esquizofrenia, mesmo o autismo. Em julho passado, uma equipe do Laboratório de Bioquímica do Instituto Nacional do Câncer dos Estados Unidos, liderada por Dean Hamer, anunciou a descoberta de evidências de que o homossexualismo estaria inscrito em um gene do cromossomo X. Publicado na revista Science, órgão oficial da Associação Americana para o Progresso da Ciência, o estudo foi saudado pelos editores como capaz, “eventualmente, de levar a um melhor entendimento das bases biológicas da homossexualidade e da orientação sexual em geral”. A frase, em todo caso, fôra precedida pela ressalva “se confirmado”.
A esquizofrenia é uma doença mental, provoca alucinações e não tem cura. Mas a tarefa é enorme, quase insuperável. Se um dia conseguir descobrir uma mutação genética comum a todos os doentes que estuda, Valladan terá em seguida de provar que ela não aparece em pessoas não doentes. Todas essas pesquisas revelam evidências, em geral baseadas em dados estatísticos, mas ninguém ainda conseguiu provar que algum desses comportamentos tenha origem exclusivamente genética. Filhos de pais alcoólatras ou violentos podem se tornar também alcoólatras ou violentos por influência do meio em que vivem. Steven Rose, professor da Open University de Londres, especialista em desenvolvimento do cérebro e autor de sucessos literários científicos como A química da vida e Não em nossos genes, defende esse ponto de vista com entusiasmo.

7368 – Novas missões devem ser lançadas até 2020 para buscar vida em Marte


marte

Em dez anos, se há alguma forma de vida facilmente acessível nos primeiros centímetros do solo marciano, é bem provável que já tenhamos ouvido falar dela.
Holandeses planejam ‘colônia reality show’ em Marte
Essa é a tônica da próxima fase da exploração não tripulada do planeta vermelho, promovida conjuntamente pela Nasa, agência espacial americana, e a ESA, sua contraparte europeia.
Até 2020, haverá três missões que confrontarão a pergunta em torno da qual todos têm dançado nos últimos anos: há vida em Marte?
Além dessas, duas outras -as primeiras a serem lançadas- tratarão de questões diferentes, mas também intrigantes: a estrutura interna do planeta vermelho e a dinâmica de sua alta atmosfera.
Até recentemente, havia um grande vazio na agenda da agência americana no que diz respeito a Marte. Duas possíveis sondas estavam em estudo para lançamento até 2016. Dali em diante, era uma folha em branco. Em meio à difícil situação econômica mundial, parecia até que os americanos estavam tirando o pé do acelerador.
Diante disso, os ianques se sentiram na obrigação de mostrar que ainda tinham gana de explorar o planeta vermelho e acabam de anunciar sua intenção de enviar, em 2020, um novo jipe, nos moldes do modelo mais recente levado a Marte.
Desta vez, a missão será procurar vida para valer e não os simples pré-requisitos para sua existência, como o Curiosity está fazendo agora.
Contudo, antes que o novo veículo americano faça isso, uma missão europeia pode roubar a descoberta.
O ambicioso projeto ExoMars está separado em duas etapas. Na primeira, em 2016, os europeus lançarão um satélite para mapear a presença de metano na atmosfera de Marte –o que pode ser um indicador de vida– e um veículo de pouso controlado.
Na segunda etapa, em 2018, um jipe de seis rodas buscará vida diretamente na superfície. Os russos prometeram ajudar, com grana e conhecimento, e os americanos aceitaram colaborar.
Procurar vida marciana não é exatamente uma novidade. Em 1976, as sondas americanas Viking 1 e 2 pousaram no planeta vermelho com um experimento projetado para detectar bactérias.
O dispositivo recolhia uma amostra de solo e colocava-a numa câmara, onde era banhada por uma solução de nutrientes. Se houvesse reação, estaria comprovada a presença de organismos vivos metabolizando alimento.
Ou não, pois o experimento foi conduzido e houve reação. Mas a análise das curvas de consumo dos nutrientes mostrava que eles eram rapidamente devorados e o processo parava de uma vez.
O padrão sugeria mais uma reação não biológica do que a atividade de bactérias.
O teste mostrou como é complicado buscar criaturas alienígenas sem saber o que procurar e, desde então, a Nasa adotou uma nova estratégia: cobrir de forma sistemática os enigmas do planeta vermelho, respondendo a questões como “Há água em Marte?” e “O planeta já reuniu condições para a vida?”
Foi nesses temas que as últimas missões avançaram.
Os jipes Spirit e Opportunity, lançados em 2003, demonstraram que Marte já teve água em abundância no passado; a sonda Phoenix, enviada em 2007, provou que ainda há gelo no subsolo e o Curiosity está fazendo análises sem precedentes em busca de compostos orgânicos.
Tudo parece apontar -na pior das hipóteses- para um passado favorável à vida. Se ela de fato floresceu e ainda resiste em algum lugar, ninguém sabe.
É onde entrará o novo jipe da Nasa, em 2020. “Ele será uma base científica móvel num local selecionado por sua habilidade de preservar evidências de vida”, afirma James Green, diretor da divisão de ciência planetária da agência americana.
A agência ianque trata o esforço como a última etapa para a realização de uma futura missão de retorno de amostras, na década de 2020, a ser seguida pelo envio de astronautas, nos anos 2030.

7367 – Por que há tanto petróleo no Oriente Médio?


A região passou por vários processos naturais que favoreceram o acúmulo desse óleo chamado de ouro negro. Há 40 milhões de anos, o movimento das placas tectônicas – gigantescos blocos de rocha sobre os quais se assentam oceanos e continentes do planeta – contribuiu para o fechamento dos oceanos primitivos da região. Essa água evaporou e minúsculos vegetais marinhos se depositaram no fundo dos mares. Por meio de decomposição – e também de aumento na pressão e na temperatura -, o material orgânico desses microorganismos deu origem ao petróleo. A sorte do Oriente Médio é que lá cada uma dessas etapas aconteceu no tempo geológico mais adequado. Além disso, o choque entre as placas teve outro efeito. “A Península Arábica se desprendeu da África e se deslocou para o norte. A colisão entre as placas Arábica e Eurasiana criou muitas dobras nas camadas do subsolo onde o petróleo se deposita.
Nesses enormes reservatórios subterrâneos, o petróleo ficou armazenado entre grãos de areia e rochas sedimentares – materiais que, no Oriente Médio, são abundantes e muito porosos, deixando o petróleo fluir com facilidade. Outro fator importante: o óleo não escapa do subsolo graças a uma camada impermeável de sal – também originada da evaporação dos mares antigos -, que funciona como uma tampa protetora. Como se não bastasse, tudo isso ainda está aliado a outra vantagem: o clima seco.
A casca terrestre é feita de imensos blocos de rocha chamados placas tectônicas. No Oriente Médio, duas delas se mantêm em choque uma com a outra: a placa Arábica e a Eurasiana. Essa colisão cria, no subsolo, vãos que acabam se transformando em reservatórios de petróleo.

7366 – Por que na Ásia o nome de vários países termina em “istão”?


Porque nas línguas mais faladas nessa região do mundo, como o hindi, o persa e o quirguiz, “istão” quer dizer “lugar de morada” de um determinado povo ou etnia. De acordo com esse princípio, Cazaquistão, por exemplo, significa “território dos cazaques”; Quirguistão, “território dos quirguizes”; Afeganistão, “território dos afegãos” e assim por diante. “A forma ‘stão’ deriva de uma antiga raiz lingüística indo-européia, provavelmente ‘sthã’. Esse sufixo carregava a idéia de ‘parar’ ou ‘permanecer’ e deu origem, por exemplo, aos verbos stare, em latim, e stand, em inglês.
A única exceção a essa regra é o caso do Paquistão, batizado cerca de 20 anos antes de o território do país ser constituído, em 1947. “Rahmat Ali, o idealizador da independência paquistanesa, juntou ao termo ‘istão’ o vocábulo ‘paki’, surgido a partir de uma combinação das iniciais das áreas reivindicadas pela futura nação. O ‘p’ representava a província do Punjab, enquanto o ‘k’ equivalia à região da Cachemira, no noroeste da Índia.

7365 – Qual é o menor país do mundo?


É o Vaticano, sede da Igreja Católica e residência oficial do papa. Com apenas 0,44 quilômetro quadrado encravado no coração de Roma, na Itália, a menor nação do mundo se tornou independente em 1929. Apesar de ter sua soberania reconhecida pela maioria das nações do planeta, o Vaticano não é considerado um país autônomo pela Organização das Nações Unidas, a ONU. “Oficialmente, o país é uma teocracia, ou seja, governado por Deus e representado pelo papa. A ONU não aceita a teocracia como regime”, diz um estudioso de países com menos de mil quilômetros quadrados. Além do Vaticano, existem outras nações nanicas que conseguiram se livrar de seus países de origem, como as Ilhas Marshall, que se tornaram independentes dos Estados Unidos em 1986, e São Cristóvão e Névis, que se desligaram de Portugal em 1975.
VATICANO (0,44 KM2)
Considerado um enclave religioso em Roma, capital da Itália, o menor país do mundo tem cerca de 900 habitantes, todos membros da Igreja ou funcionários do clero. A cidade tem seu próprio sistema de telefone, correio, estação de rádio, sistema bancário, farmácias e um batalhão de guardas suíços que cuida da segurança do papa desde 1506. Em compensação, suprimentos como água, comida, eletricidade e gás precisam ser importados da Itália. Para conseguir se manter, o Vaticano depende das doações de fiéis e da renda do turismo — o lugar é um dos pontos mais visitados da Europa.
MÔNACO (1,9 KM2)
O principado ocupa uma estreita faixa na costa sul da França e tem fronteiras polêmicas. Algumas das mansões do lugar têm a sala em Mônaco e o quarto na França. De seus 30 mil habitantes, só 5 mil nasceram por lá — os demais são franceses, italianos e ingleses, atraídos pelo glamour desse famoso complexo turístico.
NAURU (21 KM2)
Essa pequena ilha no Pacífico Sul sobrevive da exportação de guano, um fosfato de cálcio composto pelo cocô solidificado de pássaros pré-históricos, que usavam a ilha como banheiro há milhares de anos. Boa parte do mineral, que cobre cerca de 70% da ilha, é trocado por água importada, porque o país não possui nenhum rio ou nascente natural.
TUVALU (26 KM2)
Arquipélago do Pacífico Sul que pode sumir por causa da subida no nível do mar, Tuvalu tem solos pobres para a agricultura. Para piorar, o aumento do nível do oceano também contamina a água potável e prejudica as plantações de coco, a maior fonte de renda dos 11 mil habitantes, agravando a dependência de comida importada.
SAN MARINO (61 KM2)
Segundo a tradição, essa nação, localizada em um pico de calcário na região central da Itália, nasceu no século 4, quando um grupo de cristãos se estabeleceu por lá para escapar da perseguição romana. A partir de 1862, depois da formação das atuais fronteiras da Itália, uma série de tratados confirmou a independência da nação.
LIECHTENSTEIN (160 KM2)
O soberano da nação, o príncipe Hans-Adam II, aparece na famosa lista da revista americana Forbes como terceiro governante mais rico. Espremido num território com poucos recursos naturais, Liechtenstein é o país campeão da ecologia: todas as florestas são áreas de proteção ambiental e não há indústrias pesadas por lá.
ILHAS MARSHALL (181 KM2)
O arquipélago ganhou fama a partir de 1946, quando os atóis de Bikini e Enewetak foram palco para testes nucleares americanos durante 12 anos. Em 1983, 23 anos depois do início da descontaminação, os Estados Unidos aceitaram pagar indenizações aos habitantes do lugar como compensação pelos danos causados pelas explosões.
SÃO CRISTÓVÃO E NÉVIS (269 KM2)
As duas pequenas ilhas de origem vulcânica foram visitadas por Cristóvão Colombo durante sua segunda viagem para a América, em 1493. Grande parcela da população emigra para outros países em busca de emprego, fazendo com que a remessa de salários obtidos no exterior seja uma das principais fontes de renda do arquipélago.
MALDIVAS (298 KM2)
Composta por mais de 1 300 ilhas de coral, Maldivas é um dos mais pobres — e mais estranhos — países do mundo. Só para dar uma idéia, os moradores são campeões mundiais de divórcios. Por lá, só é preciso repetir três vezes a intenção de se separar para que o divórcio seja consumado sem apelação.
MALTA (316 KM2)
Como os malteses são um dos mais antigos povos católicos do mundo, a vida no arquipélago é fortemente influenciada pela religião: há 365 igrejas nas ilhas, uma para cada dia do ano. O maltês, a língua oficial do país, é uma fusão entre o árabe falado no norte da África e o italiano da Sicília, de onde a ilha fica a apenas 96 quilômetros.

7364 – O por-do-sol na Lua


No nosso satélite, o Sol nasce e se põe normalmente, como acontece na Terra. A diferença principal é que, por lá, o fenômeno ocorre num intervalo de tempo muito maior. Compare: por aqui, o astro aparece e some mais ou menos a cada 12 horas. Na Lua, ele ilumina uma região qualquer por quase 15 dias! Dois motivos principais explicam esse curioso fenômeno. Primeiro, o tempo que a Lua demora para dar uma volta em torno do seu eixo é muito maior que o da Terra. Enquanto o planeta completa uma rotação a cada 24 horas, o satélite demora pouco mais de 27 dias para finalizar seu giro. “Mas essa característica, isoladamente, não explica o fenômeno. No final da rotação, o Sol ainda não ilumina o mesmo ponto lunar do início.
sso só vai ocorrer quando o satélite completar o intervalo entre duas fases iguais da Lua – o período entre duas luas cheias, por exemplo. Esse espaço de tempo, chamado de lunação, dura cerca de 29,5 dias terrestres e equivale ao “dia” lunar (acompanhe no quadro). Para os astronautas, conhecer esses detalhes sobre o pôr-do-sol na Lua foi fundamental no planejamento das missões tripuladas que exploraram o satélite . “Para evitar o calor ou o frio intenso, ninguém passou mais de dois dias por lá. Além disso, todos os pousos ocorreram em áreas de Sol nascente ou poente, quando as temperaturas são amenas. Repare como as imagens do homem na Lua possuem sombras compridas, como no nosso fim de tarde ou de manhã.
Para uma pessoa que visse a Terra da Lua, a impressão seria de um planeta imóvel no céu. Isso porque o satélite fica sempre com a mesma face voltada para a Terra. Entretanto, a Lua não está parada: o segredo é que ela dá uma volta completa em torno do seu eixo no mesmo período em que finaliza seu giro em volta da Terra, em pouco mais de 27 dias.
Como a Lua não tem atmosfera, o céu do satélite é sempre preto, mesmo que o Sol esteja brilhando. Pela mesma razão, as estrelas perdem as pontinhas e surgem como círculos luminosos. Na Terra, essa cintilação só ocorre porque os raios de luz sofrem rápidas variações de direção causadas pelos ventos e pelas gotinhas de água que compõem o ar
Em um ponto qualquer da Lua, um dia se inicia com temperaturas amenas e com o Sol despontando no horizonte. A principal diferença em relação à Terra é que essa cena só vai se repetir 29,5 dias depois… O “meio-dia” lunar acontece pouco depois de uma semana do Sol nascer. Com o Sol a pino, a temperatura na superfície do satélite ultrapassa os 100 ºC por causa da ausência de atmosfera. Quase 15 dias depois de nascer, o Sol se põe e a temperatura começa a cair. Pouco mais de sete dias depois, a situação se inverte: é o momento de breu total, a “meia-noite” lunar. Nessa hora, o frio é enorme e os termômetros marcam -150 ºC

Sociologia – Miséria e Violência nas Grandes Cidades


Um cientista político da USP defendeu a legalização do Jogo do Bicho, regulamentação e legalização do uso das drogas e cobrança de altos impostos para tais atividades. Sua tese é a de que a população das favelas é criminalizada pela Imprensa e que há convívio de setores da população do morro com traficantes por medo e auxílio que estes lhes dão, na ausência do poder público. Haveria também boas relações entre os traficantes e setores da classe média alta, que são seus mercados de consumo. Em São Paulo ainda chega por ano um grande número de imigrantes, coisa que já não acontece no RJ há décadas. Em ambas as cidades, a classe média alta vem se enclausurando em condomínios e shoppings.
Em pleno século XXI, grande parcela da população mundial padece com velhos inimigos, a desigualdade social e a pobreza. Estes problemas são os responsáveis por levar um grande contingente de pessoas na maioria jovens ao roubo, as drogas e ao crime organizado, estas ações, em muitos casos são alternativas para que estas pessoas tenham condições de sobreviver e serem aceitas no meio em que vivem. Este contingente marginalizado pela sociedade por não desfrutar de um bom nível de instrução e possuir um potencial econômico incapaz de subsidiar suas necessidades básicas estão à deriva e expostos a ação das facções que corrompem os cidadãos. Cabe aos governantes, instituir em seus programas de governo, uma política séria, honesta e transparente de inclusão social aos desfavorecidos, com a finalidade de combater o analfabetismo, a informalidade, a fome e o desemprego. Estas medidas devem ser uma forma de auxiliar na formação destas pessoas, prepará-las para ter as mesmas chances na busca por um emprego ou por um curso de profissionalização que é acessível a um cidadão que possui uma boa condição financeira. As grandes nações que possuem um alto potencial econômico-financeiro devem olhar com bons olhos essas causas, e dar as suas contribuições às nações mais necessitadas, quer seja de forma financeira, na abertura de seus mercados para os países subdesenvolvidos, ou de diálogo, minimizando conflitos que existem por questões raciais.

7362 – Gigantismo Abissal


É o processo evolutivo em que as criaturas marinhas que habitam grandes profundidades (abaixo dos 4000 metros, tanto pelágicas como bentônicas) tendem a aumentar de tamanho. Pensa-se que tenha o objetivo de baixar o metabolismo destes organismos, uma vez que a estas profundidades encontrar alimento ou parceiro é muito difícil.
Um lugar escuro, frio e que abriga milhares de espécies peculiares. Essas criaturas são conhecidas como “peixes abissais” e são muito curiosos, quando não fascinantes, apesar da aparência estranha e, muitas vezes, terrível. Biólogos e cientistas afirmam que muitos desses seres marinhos ainda são desconhecidos pelo homem. Estipula-se que temos conhecimento de apenas 20% das formas de vida dos oceanos. Alguns vivem a cerca de cinco mil metros de profundidade, em fendas e rochedos. No entanto, de tempos em tempos, emerge uma nova espécie a dar-nos o ar da sua graça.
Geralmente, a aparência das criaturas abissais é atípica. Isso se dá por causa da adaptação física a que foram submetidas a fim de sobreviver às difíceis condições nos ambientes inóspitos dos abismos marinhos, desenvolvendo formas quase aterradoras.
Tais animais desenvolveram, também, técnicas e capacidades interessantes. Por causa da escuridão, da ausência de algas e outros peixes nessas regiões, sua busca por alimento torna-se uma das maiores sagas marinhas pela sobrevivência. Algumas delas possuem grandes capacidades sensoriais, sendo capazes de identificar a presa na mais profunda escuridão. Outras espécies possuem bocas colossais com uma abertura duas vezes maior do que o próprio tamanho. Outras produzem sua própria luz para atrair as presas por meio de um processo chamado bioluminescência. Para reproduzirem-se, muitas conseguem amadurecer como machos e, após um período, como fêmeas. A característica hermafrodita dribla a falta de parceiros. O distinto habitat também influencia as cores desses peixes – geralmente marrons, cinzas e negros.

Peixe Ogro
Se existe um peixe que mais parece um monstro alienígena, ei-lo. É o peixe ogro, uma espécie da família “Anoplogastridae” que vive em águas tropicais dos oceanos Pacífico e Atlântico, a mais de cinco mil metros de profundidade. Sua principal característica são os dentes caninos, os maiores encontrados nas espécies de peixes. O peixe ogro é um peixe muito pequeno, um dos menores dos oceanos, porém robusto. Sua aparência tenebrosa se deve aos dentes, olhos enormes e espinhos na cabeça. No entanto, são tidos como peixes inofensivos.

Stargazer
Este tipo de peixe também pode ser encontrado em águas rasas. Pertence à família “Uranoscopidae”, dividida em oito tipos diferentes. Além do aspecto bizarro, eles são venenosos e algumas espécies podem causar choques elétricos.

O Oarfish é uma das espécies mais estranhas já encontradas nos oceanos. É um dos maiores peixes que existem e tem o formato de uma lâmina. Mas sua característica mais estranha é que ele também nada na vertical.

Tamboril
Com uma cabeça desproporcional ao corpo, possui afiadíssimos dentes e uma estranha antena no alto da cabeça, utilizada para o ataque, parecida com uma varinha de pesca. Por isso também é conhecido como peixe pescador. Ele abocanha suas vítimas utilizando-se do processo de bioluminescência, emitindo luz para atraí-las. Uma de suas principais características é seu poder de camuflagem. Ele se esconde junto ao fundo do oceano e fica praticamente invisível à espera das presas.

Caranguejo-aranha gigante
Também conhecido como aranha do mar, é um dos mais gigantescos animais abissais. Muito encontrado na costa japonesa, o caranguejo-aranha gigante, quando com as patas esticadas, pode atingir até quatro metros e pesar 20 quilos.

Peixe-dragão
Encontrados nos oceanos Índico e Pacífico, esses peixes são predadores muito competentes por possuírem diversos espinhos dorsais e peitorais, com os quais prendem suas vítimas, engolindo-as por inteiro. Esses espinhos também têm glândulas que armazenam veneno.

Quimera
Este peixe é parente dos tubarões e das raias. É considerado uma das espécies mais antigas de seres marinhos. Possui o maxilar junto ao crânio, o que lhe dá um aspecto desagradável. Os machos têm cinco barbatanas e um espinho ligado a uma glândula venenosa. Nadam em águas frias.

Dragão marinho
Parente do cavalo-marinho, essa estranha forma de vida abissal possui uma estética mais fantástica do que assustadora, diferente dos seus colegas. Todo o seu pequeno corpo carrega o que parecem folhas, dando-lhe um visual muito artístico quando se move. É mais comum nas águas da Austrália e suas cores vivas o fazem uma exceção entre as criaturas escuras que por lá vivem. Essas cores também servem como camuflagem para a própria proteção.

Lula-colossal
É a maior espécie de lula já encontrada. Um exemplar foi capturado na Antártida, em 2007, medindo 10 metros e pesando quase 500 quilos. Este tipo de lula vive a entre 1000 e 2500 metros de profundidade.
A enigmática zona abissal abriga uma fascinante parte da fauna marítima. Há milhares de outras espécies de seres abissais, e muitas delas ainda não conhecemos. E, a cada dia, fica claro que sabemos mais sobre a superfície da lua do que sobre os mistérios das profundezas dos oceanos.

lula-colossal

7361 – Mega Memória Varejo – O Paes Mendonça


No início era uma pequena padaria no meio do Sergipe, mas depois de meio século, o empresário Mamede Paes Mendonça controlava um império com faturamento anual de 2 bilhões de dólares. Com 135 lojas, era então a 3ª maior rede atrás somente do Carrefour e do Pão de Açúcar.
Ele não concluíra sequer o curso primário. Começou a trabalhar na roça aos 7 anos para ajudar o pai no sustento da família de 12 irmãos, acordando de madrugada e trabalhando em média 12 horas por dia. Aos 21, já casado, chegou à conclusão que a enxada não satisfaria a sua ambição. Ele e um irmão juntaram as economias e compraram uma padaria em 1937. Cinco anos depois, eles ampliaram a ação comercial comprando um prédio em Itabaiana, Sergipe e começaram a vender arroz, feijão e cachaça. O negócio prosperou e em 1951 começou a construir seu império em Salvador.
Atribuíra seu sucesso a 3 fatores: tino comercial, apoio dos parentes e muita disposição para o trabalho. Seu lema era “comprar bem para vender barato”, o que, alias também é praticado pelas concorrentes.
Com o seu falecimento, a rede foi incorporada ao Pão de Açúcar de Abílio Diniz.

Cadê o tutu, barão?

paes mendonça

João Carlos Paes Mendonça foi um dos mais importantes barões da história do varejo brasileiro. Ex-dono do Bom Preço e membro da família que foi controladora da rede Paes Mendonça, uma das maiores supermercadistas do País, ele tem autoridade como poucos para avaliar o setor. E seu veredicto é ousado: “Ninguém entende de varejo no Brasil”, diz este sergipano de 71 anos, 60 deles dedicado ao segmento. “Nem eu mesmo.” Homem de diálogos francos e diretos, Paes Mendonça sempre primou pela sinceridade. “É muito difícil entrar em cidades ou regiões que não se conhece. Veja o exemplo do Abilio Diniz, que tentou entrar na Bahia sem sucesso, e o Michael Klein, da Casas Bahia, que acabou saindo do Rio Grande do Sul. É mais complicado entender o consumidor do que se pensa.” Afastado do ramo de supermercados, Paes Mendonça quer voltar a investir em São Paulo, mas agora sua prioridade é outra. “Estou no negócio de shopping centers há anos. De supermercado, não quero saber mais”, diz.
O crescimento médio da companhia não tem sido inferior a 20% ao ano, segundo fontes ligadas à empresa, que atua também na área de comunicação e construção civil. “Em São Paulo, somos minoritários e eu pretendo continuar assim”.
Quando ele se desfez da rede Bom Preço, adquirida pelos holandeses da Royal Ahold em maio de 2000, Paes Mendonça abriu mão de um negócio que pertencia à família há mais de seis décadas. Hoje, a rede é controlada pela americana Walmart. À época, ninguém entendeu muito bem o que ele havia feito. Aos mais próximos, disse que era o momento de sair de cena, já que a disputa entre os gigantes do segmento ficaria feia. E o cheque, de R$ 600 milhões, segundo rumores da época, era gordo. O estilo pragmático é marca registrada de toda a família. Em maio de 1999, a rede Paes Mendonça, liderada pelo tio Mamede Paes Mendonça, alugou os seus 25 pontos para Abílio Diniz, do grupo Pão de Açúcar. O motivo do acordo: endividada e pouco capitalizada, não tinha fôlego para brigar com os rivais mais fortes (Diniz os transformou em pontos das redes Extra, Pão de Açúcar e CompreBem).Apesar de estar há uma década distante do chão de loja de uma rede supermercadista, o empresário fala do antigo negócio com paixão escancarada: “Na outra encarnação, eu quero voltar como varejista de novo.”

7360 – Os maiores carnívoros do planeta


A ordem Carnívora reúne cerca de 170 animais, divididos em dez famílias. Como a classificação não leva em conta apenas a dieta, alguns integrantes não são chegados a um filé. É o caso do jupará (Poto flavus), um bicho que parece uma mistura de macaco, gato e urso, comedor de frutas e sementes. Mas o termo carnívoro também é usado de forma genérica para classificar os animais – e até algumas plantas! – que comem carne. Para garantir igualdade de condições a todos, usamos esse segundo significado para decidir quem entraria em nosso ranking. O principal critério para definir os dez maiores carnívoros foi o tamanho máximo – e não o peso, o que explica o fato de a sucuri ter ficado na frente da orca, por exemplo. Mas a lista tem duas outras regras: primeiro, excluímos as baleias de barbatana, grupo que reúne a jubarte, a minke e a baleia azul. Apesar de se alimentarem de peixes e pequenos crustáceos, elas não são predadores vorazes, só abrem a boca e engolem o que vem pela frente. Em segundo lugar, consideramos o maior bicho de cada família – por exemplo, só o maior crocodilo. O homem também ficou de fora. Com seu 1,70 metro, ele não aparece nem entre os 20 maiores carnívoros.

CACHALOTE (Physeter macrocephalus)

Tamanho – 19 metros
Peso – 45 toneladas
Onde vive – Em todos os oceanos
O que come – Lulas gigantes, polvos, tubarões, raias e outros peixes
Apesar de comer lulas que podem atingir 12 metros de comprimento, essa baleia de pele rugosa e cabeça retangular tem uma mandíbula pequena e estreita. Além disso, só tem dentes na parte de baixo da boca. Ao caçar, ela pode mergulhar a 1 000 metros de profundidade.

SUCURI (Eunectes murinus)
Tamanho – Mais de 10 metros
Peso – 30 a 150 quilos
Onde vive – América do Sul
O que come – Peixes, rãs, tartarugas, capivaras e bezerros
A maior serpente do Brasil costuma viver nas margens de rios, principalmente na Bacia Amazônica. É ali que ela se esconde para capturar suas presas. Quando avista uma vítima, dá o bote e se enrola no animal até matá-lo por asfixia.

ORCA (Orcinus orca)
Tamanho – Acima de 8 metros
Peso – 4,5 toneladas
Onde vive – Em todos os oceanos
O que come – Pingüins, focas, leões-marinhos, lulas, peixes e golfinhos
Embora faça parte da família dos golfinhos, a orca é conhecida como “baleia assassina” por causa de seu porte avantajado, bem maior do que a média dos golfinhos, e por ser uma excelente predadora. As orcas vivem em grupos de até 40 animais e se comunicam quando estão caçando.

CROCODILO-POROSO (Crocodylus porosus)
Tamanho – 7 metros
Peso – 1,5 tonelada
Onde vive – Sudeste da Ásia e norte da Austrália
O que come – Anfíbios, pássaros, répteis e pequenos mamíferos
Pode nadar mais de 1 000 quilômetros no mar e, por isso, também é chamado de crocodilo marinho. Outros grandalhões são o crocodilo do Nilo (Crocodylus niloticus), com até 6 metros, e o crocodilo americano (Crocodylus acutus), com até 5 metros.

TUBARÃO BRANCO (Carcharodon carcharias)
Tamanho – 6,4 metros
Peso – 3,3 toneladas
Onde vive – Regiões tropicais e temperadas dos oceanos
O que come – Focas, leões-marinhos, elefantes-marinhos, golfinhos e tartarugas
O predador mais temido dos oceanos é responsável por vários ataques a banhistas. Outra espécie, o tubarão-tigre (Galeocerdo cuvier), também figura na lista dos maiores carnívoros, com 6 metros de comprimento.

JIBÓIA (Boa constrictor)
Tamanho – 5,5 metros
Peso – Mais de 20 quilos
Onde vive – Do México ao norte da Argentina
O que come – Aves, lagartos, pequenos mamíferos e roedores
Depois de matar suas vítimas por sufocamento, ela engole o animal a partir da cabeça. Após o banquete, cai num estado de letargia que pode durar semanas. Apesar de seu tamanho assustador, a jibóia não é venenosa.

JACARÉ-AÇU (Melanosuchus niger)
Tamanho – 4,5 metros
Peso – Até 300 quilos
Onde vive – Amazônia
O que come – Aves, peixes, antas, capivaras e serpentes
Também conhecido como jacaré-preto, esse réptil de focinho curto e dentes afiados come quase tudo que vê pela frente, inclusive piranhas. Considerado o maior jacaré da América do Sul, corre risco de ser extinto.

URSO KODIAK (Ursus arctos middendorffi)
Tamanho – 3 metros
Peso – 780 quilos
Onde vive – Alasca
O que come – Principalmente peixes
Essa espécie é encontrada apenas na remota ilha Kodiak, no Alasca. Além de comer muito salmão, também se alimenta de frutas e, eventualmente, de grama. O urso polar (Ursus maritimus), com 2,5 metros e 720 quilos, também figura entre os maiores carnívoros.

TIGRE (Panthera tigris)
Tamanho – 2,2 metros (sem a cauda, que mede 1 metro)
Peso – Até 290 quilos
Onde vive – Rússia, China e Sudeste Asiático
O que come – Veados, porcos e pavões, entre outros animais
O maior felino do mundo prefere caçar suas vítimas à noite e quase não ataca grandes mamíferos. Entre as várias subespécies, o maior é o tigre siberiano (Panthera tigris altaica).

LEÃO (Panthera leo)
Tamanho – 2,1 metros (sem a cauda, que mede 1 metro)
Peso – 170 a 230 quilos
Onde vive – Estepes africanas
O que come – Gazelas, antílopes, búfalos, zebras e hipopótamos, entre outros animais
Os leões são os únicos felinos que vivem em bandos, formados por cerca de 15 indivíduos. A responsabilidade da caça é das fêmeas. O rugido do “rei da selva” pode ser ouvido a até 9 quilômetros de distância.

7359 – Duelo Animal – Orca X Tubarão Branco, quem venceria?


A orca (Orcinus orca), um mamífero, e o grande tubarão branco (Carcharodon carcharias), um peixe, são os mais temidos predadores marinhos. Talvez por isso mesmo, eles mantenham uma atitude de respeito mútuo. Segundo os biólogos, lutas entre os dois bichos são raríssimas. Mas quando eles se estranham, as orcas levam vantagem. “Elas são maiores, mais inteligentes e caçam em grupo”, afirmou uma bióloga marinha da Shark Diving Unlimited, agência sul-africana especializada em mergulhos para observação de tubarões.
Um dos poucos combates flagrados pelo homem aconteceu em 1997, na costa da Califórnia, nos Estados Unidos. Ameaçada por um tubarão branco de 3,5 metros, uma orca adulta, acompanhada de um filhote, estraçalhou o inimigo. Algumas cenas foram registradas por biólogos que passavam pelo local.
A orca chega a 8 metros e pode pesar 4,5 toneladas. O tubarão branco não passa de 6,4 metros (a maioria tem entre 3,5 e 5,5 metros) e seu peso máximo é de 3,3 toneladas.

tubarão galápagos

TUBARÃO – Ele nada a 60 km/h e alcança quase 2 mil metros de profundidade. A orca não passa de 55 km/h e, como precisa subir para respirar, nunca desce a mais de 200 metros.
Sua boca tem 3 mil dentes de até 7,5 centímetros, dispostos em várias fileiras. A orca perde feio nesse quesito, pois tem “só” 40 a 50 dentes de até 10 centímetros.
Os animais têm gostos parecidos e devoram leões-marinhos, focas, elefantes-marinhos, golfinhos, tartarugas e o que aparecer pela frente. Quem perde são os candidatos a almoço!
Seu olfato capta uma gota de sangue numa piscina! A orca tem boa audição, mas não é páreo para os sensores elétricos na pele que o tubarão usa para detectar animais a distância.

A ORCA – Elas são mais inteligentes e atacam em bandos para encurralar suas vítimas. O tubarão se aproxima sozinho por baixo da presa e a morde várias vezes até matá-la.

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7358 – O Leopardo


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Reino: Animalia
Filo: Chordata
Classe: Mammalia
Ordem: Carnivora
Família: Felidae
Género: Panthera
Espécie: P. pardus
Nome binomial
Panthera pardus

(Panthera pardus), também chamado onça-do-cabo-verde em Angola, é, com o leão, tigre e onça pintada, um dos quatro grandes felinos do gênero Panthera. Medem de 1,25 m a 1,65 m de comprimento, e pesam entre 30 e 90kg. As fêmeas têm cerca de dois terços do tamanho do macho. De menor porte do que a onça pintada, o leopardo não é menos feroz. Habita a África e Ásia. Possui várias subespécies, algumas criticamente ameaçadas, como o leopardo-de-amur, o leopardo-da-barbária e o leopardo-da-arábia. O leopardo-nebuloso (Neofelis nebulosa) e o leopardo-das-neves (Uncia uncia) são espécies que pertencem a gêneros diferentes, apesar do nome leopardo em comum.
Um leopardo, à primeira vista, parece-se muito com uma onça-pintada. Porém, um exame mais detalhado mostra que sua padronagem de pelo apresenta diferenças significativas. Enquanto a onça apresenta pintas em forma de rosetas, os leopardos têm manchas menores, escuras de cor sólida. Quando o leopardo é totalmente negro também se denomina pantera (ou pantera negra). O leopardo possui uma longa cauda, que o ajuda a manter o equilíbrio ao subir em árvores (onde preferem comer sua presa) ou ao fazer longas corridas em grandes velocidades (cerca de 50 km/h), diferentemente da onça que não possui cauda longa.
No deserto, podem atingir 15 anos de idade.
Um leopardo geralmente caça impalas e por vezes gnus, ruminantes presentes na savana. Às vezes, pode atacar bandos de babuínos quando estes invadem seu território em busca de alimento ou abrigo. O leopardo usa a sua imensa força e transporta a sua presa para o cimo de uma árvore para a tirar do alcance de outros predadores como os leões e as hienas. Um leopardo consegue carregar animais seis vezes mais pesados que ele mesmo. Sua gestação é de 12 semanas. Muitas vezes o leopardo com fome pode comer qualquer coisa até mesmo um inseto.
Como símbolo do safári africano, pertence ao grupo de animais selvagens chamado “big five”, correspondente aos 5 animais mais difíceis de serem caçados: leão, leopardo, elefante, búfalo e rinoceronte.

7357 – Biologia – A Ariranha


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Reino: Animalia
Filo: Chordata
Classe: Mammalia
Ordem: Carnivora
Família: Mustelidae
Subfamília: Lutrinae
Género: Pteronura
Gray, 1837
Espécie: P. brasiliensis

É a maior espécie da subfamília Lutrinae (as lontras) e pode chegar a medir cerca de 180 centímetros de comprimento, dos quais 65 compõem a cauda. Os machos são geralmente mais pesados que as fêmeas e pesam até 26 kg. A ariranha tem olhos relativamente grandes, orelhas pequenas e arredondadas, patas curtas e espessas e cauda comprida e achatada. Os dedos das patas estão unidos por membranas interdigitais que facilitam a natação. A pelagem é espessa, com textura aveludada e cor escura, excepto na zona da garganta onde apresentam uma mancha branca.
É uma espécie em perigo e a principal ameaça à sua sobrevivência é o desmatamento e destruição do seu habitat. A poluição dos rios, principalmente junto de explorações mineiras, causam vítimas entre as lontras que se alimentam de peixe contaminado por metais, que se acumulam nos peixes e, mais intensamente ainda, nas ariranhas, que estão no topo da cadeia alimentar. Entre os metais, o que mais frequentemente contamina animais é o mercúrio, usado na extração de ouro. Há também algumas perdas devidas à caça furtiva por causa da pele, caça esta que foi mais intensa no passado.
A ariranha vive e caça em grupos que podem chegar aos dez indivíduos e alimenta-se de peixes, principalmente de caracídeos como a piranha e a traíra. Ingere-os sempre com a cabeça fora d’água, frequentemente nadando pitorescamente para trás. Em condições de escassez, os grupos caçam pequenos jacarés e cobras, que podem inclusive ser pequenas sucuris. No seu habitat, as ariranhas adultas são predadores de topo da cadeia alimentar.
Originalmente, a espécie ocorria em quase todos os rios tropicais e subtropicais da América do Sul. Atualmente, encontra-se extinta em 80% de sua distribuição original. Populações remanescentes ocorrem em áreas isoladas, principalmente no Brasil, no Peru e nas Guianas. No Brasil, os principais santuários conhecidos da ariranha são os rios Negro e Aquidauana, no Pantanal e o médio Rio Araguaia, em especial o Parque Estadual do Cantão, com seus 843 lagos.
Apenas a fêmea dominante do grupo se reproduz. A gestação dura 65-70 dias. No início da estação seca, a fêmea dá à luz a uma ninhada de um a cinco filhotes, que ficam na toca durante os primeiros três meses de vida. No Parque Estadual do Cantão, os filhotes emergem da toca nos meses de outubro e novembro, que são o auge da seca, quando os lagos estão mais rasos e os peixes estão mais concentrados. Todo o grupo ajuda a cuidar dos filhotes e a capturar peixes para alimenta-los enquanto não aprendem a caçar por sí próprios.
As ariranhas permanecem no grupo em que nasceram pelo menos até atingir a maturidade sexual, entre os dois e os três anos de vida. Eventualmente deixam o grupo e saem em busca de um par para acasalar e formar seu próprio grupo. Em cativeiro, as ariranhas vivem até 17 anos. Os primeiros sucessos reprodutivos em cativeiro foram produzidos pela Fundação Zoológico de Brasília, onde os animais desfrutam de um ótimo recinto.
Ataques registrados de ariranhas são raros. Porém, em 1977, um ataque resultou na morte do sargento Silvio Delmar Hollenbach no Jardim Zoológico de Brasília. O sargento atirou-se no recinto das ariranhas objetivando salvar um garoto que lá caíra e, apesar de ter concluído seu objetivo, acabou morrendo dias depois, em virtude de uma infecção generalizada causada pelas inúmeras mordidas. Ressalta-se, no entanto, que a vítima entrou no recinto dos animais, os quais se sentiram encurralados e, sem possibilidade de fuga, atacaram. Na natureza, as ariranhas selvagens não demonstram agressividade em relação a seres humanos e, frequentemente, se aproximam de embarcações por curiosidade, sem nenhum incidente registrado de ataques.

7356 – Cidades Brasileiras – Governador Valadares


PicoIbituruna-GovernadorValadares

É um município brasileiro no interior do estado de Minas Gerais. Pertencente à microrregião de mesmo nome e à mesorregião do Vale do Rio Doce, localiza-se a nordeste da capital do estado, distando desta cerca de 320 quilômetros. Sua população foi contada em 2010 pelo IBGE em 263 594 habitantes,sendo assim o nono mais populoso do estado de Minas Gerais e o primeiro de sua mesorregião e microrregião. Está a 960 quilômetros de Brasília, a capital federal. Ocupa uma área de 2348,1 km². Desse total, 24,3674 km² estão em perímetro urbano.
A maior parte de seu território situa-se na margem esquerda do Rio Doce. O município é servido pela Estrada de Ferro Vitória a Minas, da Companhia Vale do Rio Doce e pela rodovia Rio-Bahia (BR-116). Liga-se à capital do estado pela BR-381.
A cidade ainda se destaca em seu turismo. Em Governador Valadares está o Pico da Ibituruna. Com 1 123 metros de altitude, é um dos pontos mais altos do Leste mineiro. É sede de uma das etapas do Campeonato Brasileiro de Voo Livre sendo que os competidores saltam do Pico, de onde se pode avistar toda a região do Vale do Rio Doce, cujo leito está aos pés do pico. Também sedia vários campeonatos internacionais de voo livre.
A atual cidade de Governador Valadares já possuiu vários nomes antes de chegar a sua atual denominação. Foram alguns deles:
Arraial de Porto de Dom Manuel – 1734
Porto das Canoas – 1808
Santo Antônio da Figueira – 23 de setembro de 1888 (Lei Provincial)
Distrito de Santo Antônio do Bonsucesso – pela Lei Estadual de 14 de setembro de 1889
Figueira – 7 de setembro de 1923, pela Lei 843
Figueira do Rio Doce – 1937 – Decreto do então governador Benedito Valadares
Seu atual nome foi decretado juntamente com sua emancipação, ocorrida em 30 de janeiro do ano de 1938, permanecendo “Governador Valadares” até os tempos atuais, em tributo ao governador Benedito Valadares.

História
O desbravamento de Governador Valadares e região inicia-se por volta do ano de 1573 quando Sebastião Fernandes Tourinho, partindo do litoral brasileiro, subiu pelo Rio Doce até alcançar a foz do Suaçuí Grande, com a finalidade de descobrir ouro e pedras preciosas. Os descobridores encontraram uma série de dificuldades, não só o rio, com seus bancos de areia dificultando a interiorização da bacia, como as impenetráveis florestas, e, mais ainda, a ferocidade dos índios botocudos. Com o objetivo de conter os constantes ataques dos silvícolas, instalou-se no Vale, no local conhecido como Porto de Dom Manuel, uma das seis Divisões Militares do Rio Doce, criadas pela Carta Régia de 13 de maio de 1808.
Em 30 de janeiro de 1938 a cidade teve seu topônimo mudado para Governador Valadares, através do Decreto-lei Estadual n° 148. Nessa data também ocorreu a emancipação política municipal. A partir daí, a cidade passou a ser formada pelos distritos de Governador Valadares (Sede), Brejaubinha, Chonim e Naque. Atualmente, além do Distrito-Sede, Governador Valadares conta com os distritos de Alto de Santa Helena, Baguari, Brejaubinha, Nova Brasília, Santo Antônio do Porto, Pontal, Chonim, Derribadinha, Penha do Cassiano São José das Tronqueiras e São Vitor.
Ao longo do tempo, com o crescimento populacional da cidade, houve a necessidade da expansão dos setores econômico e turístico de Governador Valadares. Em 2 de dezembro de 1999 é inaugurado o GV Shopping.
A cidade tem uma altitude média de 455,85 metros. O ponto culminante do município é o Pico da Ibituruna, que mede 1.123 metros, sendo um dos maiores de todo Vale do Rio Doce. No município predomina um relevo variando entre montanhoso e plano. Cerca de 60% do território valadarense são de mares de morros e montanhas, 25% das terras são montanhosas e nos 15% restantes o terreno é plano.
O clima da cidade é fortemente influenciado pela presença do Pico da Ibituruna, que não somente parcialmente impede a circulação de ar na região, mas também serve como enorme refratário, consideravelmente aumentado a insolação de calor sobre Valadares. É ainda influenciado pelo Rio Doce, que eleva a umidade local e ainda pelas Serras do Espinhaço e da Mantiqueira: as duas cordilheiras travam as frentes frias permitindo que se forme, na região, uma espécie de bolsão de calor, que começa em Ipatinga e vai até Linhares, no Espírito Santo, fazendo com que o clima seja quente durante o ano todo. O clima é portanto quente e úmido. Como na maior parte do país, apenas duas estações podem ser observadas.

Nos últimos anos, Governador Valadares se tornou conhecida pela grande quantidade de pessoas que emigram da cidade para os exterior em busca de melhores condições de vida. Há no município uma grande injeção de dinheiro, por conta desses milhares de imigrantes, localizados em sua maioria, nos Estados Unidos. Pelo lado negativo, é conhecida também como um dos maiores redutos brasileiros de mão de obra clandestina para os EUA. A região convive com a ação dos chamados “cônsules”, pessoas com promessa de agenciar acesso a quem deseja trabalhar em território americano. Há relatos de casos em que os emigrantes clandestinos foram abandonados pelos encarregados de ajudá-los a entrar ilegalmente nos Estados Unidos e tornaram-se vítimas de sequestro, estupro ou homicídio.
O Produto interno bruto – PIB de Governador Valadares é o 153º maior do Brasil, destacando-se na área de prestação de serviços, já que o município não possui nenhuma indústria de grande porte implantada.
Do PIB total da cidade, 365.528 mil são da indústria (setor secundário). Grande parte do valor arrecadado pelas indústrias, vem do Distrito Industrial. Um forte Distrito Industrial/misto está instalado à Oeste do município, distanciando-se cerca de 6 Quilômetros do Centro de Governador Valadares. É um distrito industrial/misto, pois possui empresas de pequeno e médio. Recentemente passou por uma reestruturação e atualmente é administrado pela Companhia de Desenvolvimento Econômico de Minas Gerais – CODEMIG. Nele está o Aeroporto de Governador Valadares.
Governador Valadares também possui bastante tradição em extração de minerais raros. Na cidade existem diversas minas e pedreiras especializadas em extrair pedras como esmeraldas, topázios, turmalinas, rubelitas e águas-marinhas.
Como na maioria das médias e grandes cidades brasileiras, a criminalidade também é um grave problema em Governador Valadares.
Para tentar diminuir a criminalidade, a prefeitura tomou diversas medidas. Uma delas foi a criação do chamado “Plano Municipal de Segurança Cidadã de Governador Valadares”. De acordo com a prefeitura, esse plano representa o esforço de todos para construir uma cidade mais fraterna, mais solidária, em que se busca a cultura da Paz e o desenvolvimento sustentável, duradouro e para todos, cujo eixo é a justiça social, a participação popular, a inclusão dos que sempre estiveram à margem. O projeto recebeu apoio de várias entidades, como a Prefeitura Municipal, a Câmara Legislativa, 8ª Região da Policia Militar, 8º Departamento de Polícia Civil, Poder Judiciário, Ministério Público, Defensoria Pública, Centro Socioeducativo São Francisco de Assis, Núcleo de Prevenção à Criminalidade, dentre outras.
O Museu Histórico do Município de Governador Valadares foi fundado em 1983, com o nome de Museu da Cidade. Abriga uma variada gama de objetos, com um acervo de mais de 1.200 peças, desde instrumentos de suplício (utilizados para castigar escravos), trajes litúrgicos antigos, aparelhos telefônicos, cerâmicas indígenas, documentos e fotografias até pequenas curiosidades como a cópia da Planta Original do Traçado da Cidade.
Futebol
O clube representante do município no Campeonato Mineiro de futebol é o Esporte Clube Democrata (Democrata-GV). A Pantera, como o time é conhecido, já revelou jogadores que tiveram projeção internacional como o atacante Fábio Júnior e zagueiro João Carlos, que tiveram passagens pela Seleção Brasileira. O clube também foi um dos primeiros a ser treinado pelo técnico de futebol Vanderlei Luxemburgo.
Em Governador Valadares há três feriados municipais, oito feriados nacionais e três pontos facultativos. Os feriados municipais o aniversário da emancipação de Governador Valadares, dia 30 de janeiro;o Corpus Christi, que sempre é realizado na quinta-feira seguinte ao domingo da Santíssima Trindade e Dia de Santo Antônio, padroeiro da cidade, comemorado em 13 de junho. De acordo com a lei federal nº 9.093 de 12 de setembro de 1995, os municípios podem ter no máximo quatro feriados municipais, já incluso neste, a Sexta-Feira Santa.

7355 – Tartaruga planeja o próprio nascimento


As tartarugas da espécie Murray, que vive na Austrália, são capazes de sincronizar a hora de seu nascimento – para que todas saiam dos ovos ao mesmo tempo. Segundo cientistas, isso provavelmente é uma estratégia de defesa contra eventuais predadores.

Tartauga marinha, a história do casco você já conheceu no ☻Mega
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Um Pouco +
As tartarugas marinham são répteis que vivem nos oceanos em áreas tropicais e subtropicais.
Existem sete espécies de tartarugas marinhas (tartaruga-oliva, tartaruga-cabeçuda, tartaruga-verde, tartaruga-de-pente, tartaruga-de-kemp, tartaruga-de-couro e natator depressus).
O tamanho das tartarugas marinhas adultas pode variar de 1m até 2m de comprimento, caso da tartaruga-de-couro ou tartaruga-gigante. Indivíduos adultos desta espécie podem atingir até 600 kg.
Estes répteis se alimentam, principalmente, de medusas, camarões, esponjas e águas-vivas.
Quase todas as espécies são migratórias e conseguem se orientar pelos pólos magnéticos do planeta.
As fêmeas atingem a maturidade sexual por volta dos 30 anos de idade. Nesta fase, ela retorna para a praia onde nasceu para depositar os ovos. Estima-se que entre 100 filhotes nascidos, apenas um chegará a vida adulta.
Possuem um comportamento solitário e vivem grande parte do tempo submersas nas águas dos oceanos.
O acasalamento das tartarugas ocorre nas águas costeiras ou profundas dos oceanos.
Dependendo da espécie, a cor das tartarugas pode variar do marrom ao verde.
Possuem sistemas de audição e visão bem desenvolvidos.
Em função da caça predatória por vários anos, grande parte das espécies encontra-se em situação de extinção.

Peso: em média de 300 a 600 (animal adulto)
Comprimento: pode atingir até 2 metros de comprimento e 1,5 metros de largura (depende da espécie)
Reprodução: fecundação interna com 3 a 5 desovas numa mesma temporada de reprodução.