Cientistas REVERTEM envelhecimento de células humanas


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Há muito tempo cientistas tentam descobrir se o envelhecimento pode ser adiado ou mesmo revertido. Agora, mais um passo foi dado nessa direção.
O professor Jun-Ichi Hayashi, da Universidade de Tsukuba, no Japão, mostrou que é possível reverter o envelhecimento pelo menos em uma linha de células humanas. A regulação de dois genes envolvidos com a produção de glicina foi em parte responsável por algumas das características desse envelhecimento.
Velha teoria em cheque

Hayashi e sua equipe fizeram esta descoberta no processo de abordar questões controversas em torno de uma teoria popular do envelhecimento.
A teoria mitocondrial do envelhecimento propõe que os defeitos mitocondriais associados com a idade são controlados pela acumulação de mutações no DNA mitocondrial. A acumulação destas mutações é ligada a um tempo de vida reduzido e início precoce de características relacionadas com o envelhecimento, tais como o peso e a perda de cabelo, curvatura da coluna vertebral e osteoporose.
No entanto, os japoneses têm realizado pesquisas que os levaram a propor que os defeitos mitocondriais associados à idade não são controlados pelo acúmulo de mutações, e sim por outra forma de regulação genética.

Análise mitocondrial
Os cientistas analisaram a função das mitocôndrias em linhas de células de fibroblastos humanos derivadas de jovens (com idade variando de um feto a 12 anos de idade) e idosos (com idade variando de 80 a 97 anos de idade).
Em seguida, compararam a respiração mitocondrial e a quantidade de danos no DNA nas mitocôndrias dos dois grupos, esperando que a respiração fosse reduzida e os danos do DNA maiores nas células do grupo idoso.
Enquanto os idosos tinham mesmo respiração reduzida, não houve diferença na quantidade de danos no DNA entre os grupos. Isso levou os pesquisadores a sugerir que a regulação epigenética é que poderia ser responsável pelos efeitos associados à idade observados na mitocôndria.
Regulação epigenética são alterações, como a adição de estruturas químicas ou proteínas, que alteram a estrutura física do DNA, resultando na ativação ou desligamento de genes. Ao contrário das mutações, estas mudanças não afetam a própria sequência de DNA.
Para testar sua teoria de que a regulação epigenética é que estava envolvida com o envelhecimento das células, os cientistas reprogramaram linhas celulares derivadas de fibroblastos humanos de jovens e idosos a um estado semelhante a célula estaminal embrionária.
Essas células então se tornaram fibroblastos novamente, e sua função respiratória mitocondrial foi examinada. Incrivelmente, os defeitos associados à idade tinham sido revertidos – todos os fibroblastos tinham taxas de respiração comparáveis aos da linha celular de fibroblastos fetais, independentemente do fato de serem derivados de jovens ou idosos.
Isto indica que o processo de envelhecimento na mitocôndria é controlado por regulação epigenética, não por mutações.
O próximo passo foi definir que genes podem ser controlados epigeneticamente, resultando em defeitos mitocondriais associados à idade. Dois genes que regulam a produção de glicina nas mitocôndrias, CGAT e SHMT2, foram encontrados.
Ao alterar a regulação destes genes, os pesquisadores repararam a função mitocondrial nas linhas de células de fibroblastos – por exemplo, em 10 dias, conseguiram restaurar a função respiratória das mitocôndrias do participante de 97 anos de idade.
Agora que eles sabem que a regulação epigenética controla defeitos de respiração associados à idade em linhas de células de fibroblastos humanos, os pesquisadores querem descobrir se a regulação epigenética também pode controlar o envelhecimento nos seres humanos.
Em caso positivo, novas terapias como suplementos de glicina podem dar a população mais velha um novo sopro de vida.

Aplicativos prometem economizar bateria e não cumprem o que dizem


Uma pesquisa da PROTESTE Associação de Consumidores testou 16 aplicativos que clamam ajudar na economia de bateria de smartphones. Sete deles, no entanto, foram reprovados nos testes do órgão que atua na defesa dos consumidores.

Entre os apps testados e reprovados, três falharam na missão de economizar bateria de celulares com sistema operacional iOS e outros quatro não conseguiram cumprir o que prometiam no Windows Phone. Os programas para Android em geral tiveram um desempenho melhor.

Entre eles, o conhecido Battery Doctor conseguiu economizar até 52,6% da carga no sistema operacional do Google e 35,8% no iOS, com o Battery Doctor Must-have. No Windows Phone, o melhor programa foi o Lumia Battery que conseguiu otimizar a bateria em apenas 15,7%.

As avaliações também mostraram que nenhum dos aplicativos para iOS e Windows Phone reconhece quais softwares instalados estão consumindo carga da bateria. Já para Android, entre os programas testados, o Battery Defender, Battery Widget Reborn, Juice Defender e Battery Saver também contam com a falha.

A falta de atualizações dos apps também foi outro ponto que chamou a atenção dos pesquisadores. O Battery Life, para iOS, por exemplo, foi atualizado há três anos. Já o Battery Defedner, do Android, teve sua última atualização ocorrida em 2012.
Legenda: apenas os aplicativos em azul foram considerados de boa qualidade.

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Nanotecnologia contra o Câncer


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A nanotecnologia é capaz de oferecer diversas ferramentas para melhorar a medicina e é vista com enorme interesse no campo da oncologia. De fato, esse campo de fronteira da Ciência possui diversas aplicações em desenvolvimento quando se trata de tratamento do câncer. Esse artigo irá ilustrar algumas das principais possibilidades.
Métodos de imagem atuais só podem detectar câncer com facilidade após a doença levar a uma mudança visível no tecido, dando tempo a milhares de células se proliferarem e talvez entrarem em metástase. E mesmo quando visível, a natureza do tumor maligno ou benigno e as características que podem torná-lo mais sensível a um tratamento particular, devem ser avaliados através de biópsias. Imagine se, em vez células cancerosas ou pré-cancerosas, fosse possível a detecção por dispositivos convencionais de digitalização. Duas coisas seriam necessárias: identificarespecificamente uma célula cancerosa e permitir que ela fosse vista e essas duas coisas podem ser alcançadas através da nanotecnologia. Por exemplo, os anticorpos que identificam receptores específicos encontrados em células cancerosas podem ser revestidos por nanopartículas, tais como óxidos metálicos que produzem um sinal de alto contraste em imagens de ressonância magnética (RM) ou Tomografia Computadorizada (TC). Uma vez dentro do corpo, os anticorpos nessas nanopartículas se ligam seletivamente a células cancerosas, efetivamente iluminando-as para o scanner. Da mesma forma, partículas de ouro poderiam ser usadas para melhorar a dispersão de luz para as técnicas endoscópicas, como colonoscopias. A nanotecnologia permitirá a visualização de marcadores moleculares que identificam estágios e tipos específicos de câncer, permitindo que os médicos vejam células e moléculas indetectáveis por técnicas de imageamento convencionais.
Nanofios interagem seletivamente com alguma compostos, podendo ser utilizados na confeção de sistemas de sensoriamento; de fato, ao interagirem com determinados compostos, é possivel monitorar alterações elétricas através de sua conexão a um eletrodo e assim detectar substâncias e marcadores produzidos especificamente por células tumorais. O sistema pode ser acoplado aum microcanal por onde fluem amostras biológicas retiradas do paciente em quantidades ínfimas.
A triagem de biomarcadores em tecidos e fluidos para o diagnóstico também será melhorada e, potencialmente, revolucionada pela nanotecnologia. Cânceres individuais diferem das outras células normais por mudanças na expressão e distribuição de centenas de moléculas. Para escolher o método terapêutico, pode ser necessária a detecção simultânea de vários biomarcadores para identificar um câncer para a seleção do tratamento. Nanopartículas de ouro podem ser utilizadas, com sua superfície funcionalizada adequadamente para indicar a presença de compsotos produzidos por células tumorais através de sua agregação e consequente deslocamento de sua banda de ressonância plasmônica. Adicionalmente nanopartículas utilizadas como pontos quânticos, que emitem luz de cores diferentes dependendo do seu tamanho, poderiam permitir a detecção simultânea de múltiplos marcadores. Os sinais de fotoluminescência de pontos quânticos revestido de anticorpos poderia ser usada para triagem de certos tipos de câncer. Diferentes pontos quânticos coloridos seriam acompanhados de anticorpos para biomarcadores de câncer para permitir que os oncologistas possam discriminar células cancerosas e saudáveis de acordo com o espectro de luz que vêem.

Terapias contra o câncer estão geralmente englobadas pela cirurgia, radioterapia e quimioterapia. Todos os três métodos geram risco de danos aos tecidos normais ou erradicação incompleta do câncer. A nanotecnologia oferece os meios para apontar terapias direta e seletivamente em células cancerosas.

Nanocarreadores
Quimioterapia convencional emprega drogas que são conhecidos por matar células cancerosas de forma eficaz. Mas essas drogas citotóxicas matam também células saudáveis, além de células tumorais, levando a efeitos colaterais adversos, como náuseas, neuropatia, perda de cabelo, fadiga e comprometimento da função imunológica. Nanopartículas podem ser usadas como transportadores de drogas para quimioterápicos para entregar a medicação diretamente no tumor, poupando o tecido saudável. Nanocarreadores têm várias vantagens sobre a quimioterapia convencional. Eles podem:
proteger as drogas de serem degradadas no corpo antes que elas atinjam seus alvos
melhorar a absorção de medicamentos em tumores
permitir um melhor controle sobre o calendário e distribuição de drogas para o tecido, tornando mais fácil para oncologistas para avaliar quão bem eles funcionam
impedir que as drogas interagem com células normais, evitando efeitos colaterais
Existem hoje várias drogas baseadas em nanocarreadores no mercado, que contam com a segmentação passivo através de um processo conhecido como “permeabilidade aumentada e retenção.” Devido ao seu tamanho e propriedades da superfície, algumas nanopartículas podem escapar através das paredes dos vasos sanguíneos em tecidos. Além disso, os tumores tendem a ter vasos sanguíneos com vazamento e com defeito drenagem linfática, fazendo com que as nanopartículas acumulem-se neles, concentrando o medicamento citotóxico ligado onde ele é necessário, protegendo o tecido saudável e reduzindo os efeitos colaterais adversos.

Nanopartículas também podem carregar drogas para células cancerosas, com mecanismo de ação baseado nas moléculas que são expressas na sua superfície celular do tumor. Moléculas que se ligam especialmente a receptores celulares podem ser anexados a uma nanopartícula tendo como alvo células que expressam o receptor.
Algumas moléculas sintéticas poliméricas podem ser utilizadas como carreadores biodegradáveis, apresentando a vantagem de não precisarem ser removidas do organismo após executar a liberação completa da droga. Um exemplo é o ácido poliláctico glicólico (PLGA)
Nanopartículas magnéticas
Nanopartículas magnéticas também podem ser utilizadas para destruir tumores; nesse caso, uma dose de nanopartículas e administrada ao paciente e concentrada sobre o tumor mediante aplicação de um campo magnético externo (Ou mediante funcionalização da superfícia das nanopartículas magnéticas com compostos que possuam afinidade por tecidos tumorais). Um campo eletromagnético externo de algumas centenas de kHz é aplicado obrigando as nanopartículas a realinharem continuamente seus momentos magnéticos, levando ao aquecimento do sistema. Como célular tumorais são sensíveis ao aumento de temperatura, essa é uma metodologia útil (Denominada magnetohipertermia) no tratamento de algumas variedades de câncer.

Terapia fotodinâmica
O uso de luz e corantes fotosensíveis no tratamento de doenças já era conhecido no Egito antigo, , cerca de 2000 a.C., quando tratava-se vitiligo com uma combinação de plantas ingeridas e exposição à luz do Sol. Em 1912, Meyer-Betz estudou o efeito fotodinâmico de porfirinas ems eres humanos, injetando em si mesmo 200mg de hematoporfirina em seu braço e expondo-o ao Sol; a região apresentou forte eritema, mostrando que a porfirina ao ser iluminada era capaz de gerar espécies citotóxicas. Em 1960, Lipson utilizou uma combinação de derivados de hematoporfirina e luz para tratar um câncer de mama.
A técnica que faz uso de compostos fotoativos e luz para o tratamento de tumores é chamada Terapia Fotodinâmica. Essa técnica consiste em administrar um fármaco fotosensível ao paciente por via intravenosa, que é retido seletivamente por células tumorais, concentrando-se sobre o tumor após um período específico (Algumas horas). Em seguida, a região contendo o tumor é submetida à luz monocromática (Na cor de máxima absorção do composto aplicado), conforme visualizado na Figura 2. A absorção de luz ativa uma série de reações no composto fotoativo, gerando espécies excitadas que, por sua vez, induzem a formação de espécies reativas de oxigênio, como oxigênio singlete, por exemplo.Essas espécies reativas de oxigênio destroem as células tumorais, por processo de necrose ou de apoptose.
Os compostos fotoativos administrado ao paciente podem estar encapsulados em nanocápsulas poliméricas, tendo sua eficiência aumentada graças ao mecanismo de liberação inteligente que só é possível graças ao sistema nanoencapsulador.

CONCLUSÃO
A nanotecnologia ja fornece algumas ferramentas importantes no desenvolvimento de novas metodologias analíticas e diagnósticas no tratamento de diversos tipos de câncer; entretanto, muita pesquisa ainda é necessária para que se atinja o pleno potencial que a nanotecnologia é capaz de alcançar na área da saúde e, mais especificamente, da oncologia. Drogas mais inteligentes e mais eficientes, sem efeitos colaterais, métodos diagnósticos que permitem a detecção precoce de tumores e métodos de tratamento não-invasivos são apenas algumas das possibilidades que já vem sendo estudadas e/ou aplicadas.

Mais Sobre Aplicação de Nanorrobos na Medicina


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Utilizados da maneira apropriada, os nanorrobos serão capazes de tratar doenças e males do hospedeiro. Como seu tamanho significa que podem carregar somente pequenas cargas de medicamentos ou equipamentos, muitos médicos e engenheiros acreditam que a aplicação precisa dessas ferramentas será mais eficaz do que os métodos tradicionais. Por exemplo, um médico pode injetar um antibiótico em um paciente por meio de uma seringa para ajudar seu sistema imunológico. O antibiótico dilui enquanto viaja pela corrente sanguínea do paciente, fazendo com que somente uma parte chegue ao ponto de infecção. No entanto, um nanorrobô – ou vários nanorrobôs – poderia viajar diretamente até o ponto de infecção e depositar uma pequena dose de medicação. O paciente possivelmente sofreria menos efeitos colaterais com a medicação.
Muitos engenheiros, cientistas e médicos acreditam que as aplicações para os nanorrobôs são infinitas. Veja abaixo alguns dos usos mais prováveis.
Tratar a arteriosclerose: doença em que placas se formam nas paredes das artérias. Os nanorrobôs poderiam tratar este problema removendo as placas que seriam então lançadas na corrente sanguínea.
Romper coágulos de sangue: os coágulos podem causar complicações que vão desde a necrose muscular a um derrame cerebral. Os nanorrobôs poderiam viajar até o coágulo e rompê-lo. Essa é uma das aplicações mais perigosas para os nanorrobôs – o robô deve ser capaz de remover o bloqueio sem perder pedaços de sua estrutura na corrente sanguínea, que poderiam ir parar em outro lugar do corpo e causar mais problemas. O robô também deve ser pequeno o bastante para não bloquear, ele próprio, o fluxo de sangue.
Combater o câncer: os médicos esperam usar os nanorrobôs para tratar pacientes com câncer. Os robôs poderiam atacar diretamente os tumores usando lasers, microondas ou sinais ultra-sônicos, ou poderiam fazer parte de um tratamento de quimioterapia, depositando a medicação diretamente no local canceroso. Os médicos acreditam que ao dar ao paciente doses pequenas, porém precisas de medicação, os efeitos colaterais serão minimizados sem que o medicamento perca a eficácia.
Auxiliar na coagulação do sangue: um tipo particular de nanorrobô é o coagulador mecânico ou plaqueta artificial. O coagulador mecânico carrega uma pequena rede que se dissolve e vira uma membrana adesiva ao entrar em contato com o plasma sanguíneo. Segundo Robert A. Freitas Jr., que criou o coagulador mecânico, a coagulação seria até mil vezes mais rápida do que o mecanismo natural de coagulação do organismo [fonte: Freitas (em inglês)]. Os médicos poderiam usar coaguladores mecânicos para tratar hemofílicos ou pacientes com ferimentos sérios.
Remover parasitas: os nanorrobôs poderiam travar uma micro-guerra contra bactérias e pequenos parasitas dentro de um paciente. Pode ser necessário ter vários nanorrobôs trabalhando juntos para destruir todos os parasitas.
Tratar a gota: a gota (em inglês) é uma doença em que os rins perdem a capacidade de remover da corrente sanguínea as impurezas resultantes da quebra de gorduras. Essas impurezas, às vezes, cristalizam em pontos próximos de articulações como as dos joelhos e as dos calcanhares. As pessoas que sofrem de gota têm dores intensas nessas articulações. Um nanorrobô poderia quebrar as estruturas cristalinas nas articulações, aliviando os sintomas, apesar de não ser capaz de reverter a doença permanentemente.
Quebrar pedras nos rins: pedras nos rins causam dores intensas e, quanto maior a pedra, mais dificuldade ela tem de sair. Os médicos quebram pedras grandes usando freqüências ultra-sônicas, o que nem sempre é eficaz. Um nanorrobô poderia quebrar pedras nos rins usando um pequeno laser.
Limpar ferimentos: nanorrobôs poderiam auxiliar na remoção de sujeira de ferimentos, diminuindo a probabilidade de infecção. Seriam úteis principalmente em casos de perfuração, que tornam mais difícil o tratamento pelos métodos convencionais.

A navegação do nanorrobo
A maioria das opções pode ser divididas em duas categorias: sistemas externos e sistemas integrados.
Sistemas de navegação externa podem usar vários métodos diferentes para dirigir o nanorrobô até o ponto correto. Um desses métodos é usar sinais ultra-sônicos para detectar a localização do nanorrobô e direcioná-lo ao local correto. Os médicos emitiriam sinais ultra-sônicos para dentro do corpo do paciente. Os sinais atravessariam o corpo, refletiriam de volta à fonte dos sinais, ou ambos. O nanorrobô emitiria pulsos de sinais ultra-sônicos, que os médicos detectariam usando um equipamento especial com sensores ultra-sônicos. Os médicos poderiam rastrear a localização do nanorrobô e manobrá-lo até a parte desejada do corpo do paciente.
Ao usar um dispositivo de imagem por ressonância magnética, os médicos poderiam localizar e rastrear um nanorrobô através da detecção de seu campo magnético. Médicos e engenheiros da Escola Politécnica de Montreal já demonstraram como poderiam detectar, rastrear, controlar e, até mesmo, propulsionar um nanorrobô usando ressonância magnética. Testaram suas descobertas manobrando uma pequena partícula magnética através das artérias de um porco usando software especializado em um aparelho de ressonância magnética. Como muitos hospitais têm aparelhos de ressonância magnética, pode ser que este se torne o setor padrão, então os hospitais não teriam de investir em tecnologias caras, que ainda não foram provadas.
Médicos podem também rastrear os nanorrobôs injetando uma tinta radioativa na corrente sanguínea do paciente. Usariam então um fluoroscópio ou um aparelho semelhante para detectar a tinta radioativa conforme ela se movesse pelo sistema circulatório. Imagens tridimensionais complexas indicariam a localização do nanorrobô. Uma outra alternativa seria o nanorrobô emitir a tinta radioativa, criando uma marca por onde passasse, à medida que se movesse pelo corpo.
Outros métodos de detecção do nanorrobô incluem o uso de raios-X, de ondas de rádio, de microondas ou de calor. Por enquanto, a tecnologia de utilização desses métodos em objetos de tamanho nano é limitada, então é muito mais provável que sistemas futuros se baseiem em outros métodos.
Sistemas integrados, ou sensores internos, também podem ter um papel importante na navegação. Um nanorrobô com sensores químicos poderia detectar e seguir o rastro de substâncias químicas específicas para chegar ao local certo. Um sensor espectroscópico permitiria que o nanorrobô retirasse amostras de tecidos à sua volta, fizesse uma análise e seguisse o caminho da combinação correta de substâncias químicas.
É difícil de imaginar, mas os nanorrobôs podem ter uma câmera de televisão em miniatura. Um operador em uma mesa de controle poderia manobrar o dispositivo enquanto assistiria ao vídeo em tempo real, conduzindo-o pelo corpo. Sistemas de câmeras são muito complexos, então pode levar alguns anos até que os especialistas em nanotecnologia consigam criar um sistema que caiba dentro de um robô minúsculo.

Nanotecnologia – Como funcionarão os nanorrobôs


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Imagine ir ao médico para tratar de uma febre persistente. Ao invés de ministrar um comprimido ou aplicar uma injeção, o médico encaminha você para uma equipe de médicos especiais que implanta um minúsculo robô na sua corrente sanguínea. O robô detecta a causa da febre, viaja até o sistema apropriado e libera uma dose de medicamento diretamente na área infectada.
Surpreendentemente, não estamos longe de realmente ver dispositivos como este sendo usados em procedimentos médicos. Eles são chamados de nanorrobôs e equipes de engenheiros no mundo inteiro estão trabalhando para criar robôs que serão usados para tratar vários tipos de doenças, desde hemofilia a câncer.
Nem sempre o maior é o melhor
Em 1959, Richard Feynman, engenheiro da CalTech, lançou um desafio para engenheiros do mundo todo: ele queria que alguém criasse um motor que coubesse em um cubo que medisse 1/64 de polegada de cada lado. Ele tinha esperança de que criando e construindo esse motor, engenheiros desenvolveriam novos métodos de produção que poderiam ser usados no campo emergente da nanotecnologia. Em 1960, Bill McLellan reivindicou o prêmio, após construir um motor que funcionava de acordo com as especificações. Feynman concedeu o prêmio apesar de McLellan ter construído o motor a mão, sem criar nenhuma nova metodologia de produção.
Como você pode imaginar, os desafios que os engenheiros enfrentam são desencorajadores. Um nanorrobô viável deve ser pequeno e ágil o bastante para navegar pelo sistema circulatório humano, que é uma rede de veias e artérias incrivelmente complexa. O robô também deve ter capacidade para carregar medicação em ferramentas minúsculas. Partindo-se do princípio de que o nanorrobô não é feito para ficar indefinidamente dentro do paciente, ele também deve conseguir sair do hospedeiro.
Neste artigo, aprenderemos as potenciais aplicações para os nanorrobos, as várias maneiras como os nanorrobos vão navegar e se mover pelos nossos corpos e as ferramentas que usarão para curar os pacientes. Também saberemos que progressos as equipes ao redor do mundo tiveram até agora e o que os teóricos preveem para o futuro.

Biologia – A Regeneração


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É a capacidade dos tecidos, órgãos ou mesmo organismos se renovarem ou ainda de se recomporem após danos físicos consideráveis. Deve-se à capacidade das células não afetadas de se multiplicarem e, em acordo com a necessidade, de se diferenciarem, a fim de recompor a parte lesionada.
A capacidade de regeneração tecidual depende do tipo de célula, tecido ou órgão afetados pela injúria. Depende da capacidade de multiplicação da célula, e se as células envolvidas são capazes de se regenerar, mas em diferentes níveis de capacidade. O tecido nervoso periférico tem baixo poder de regeneração, mas pode se recompor diante de algumas agressões, já no tecido nervoso central os neurônios não podem ser regenerados.
Alguns animais são muito conhecidos pela capacidade de regeneração de seus tecidos, órgãos ou mesmo sistemas. As planárias, os axolotes e a estrela-do-mar são exemplos. A regeneração das caudas das lagartixas constitui também exemplo muitolábeis, estáveis ou perenes.
O epitélio (pele) se regenera rápida e facilmente quando destruído. Células hepáticas (fígado) e tecido ósseo têm alto poder de regeneração. As células do músculo liso são capazes de regenerar em resposta a fatores quimiotáticos (que atraem outras células) e mitogênicos (que promovem mitose). Já o músculo é frequentemente classificado como permanente, incapaz de regeneração. Todas as variedades de tecido conjuntivo são.
A reparação de tecidos humanos danificados, sejam por processos patológicos ou traumáticos, é considerada um dos maiores desafios da medicina, devido a isso existem estudos sobre regeneração em certos animais, como as planárias. Devido a sua característica regenerativa, as planárias são muito estudadas, e sua regeneração é bem conhecida pela ciência. Esse animal apresenta mecanismos de diferenciação celular em todo o seu ciclo de vida. As pesquisas contribuem para estudos na área de biomédica na nas áreas de célula-tronco, regeneração tecidual e desordens degenerativas. Sua capacidade de regeneração é devido aos neoblastos, células indiferenciadas, presentes em todo o corpo do animal.
Falha no mecanismo que limita e controla a capacidade e a velocidade de regeneração em tecidos específicos levam geralmente à formação de tumores.
As estratégias regenerativas incluem o rearranjo de tecido pré-existente, o uso de células-tronco somáticas adultas e a desdiferenciação e/ou transdiferenciação de células, e mais de uma maneira que se pode operar em diferentes tecidos do mesmo animal. Todas essas estratégias resultam no reestabelecimento da polaridade, estrutura e forma apropriada do tecido. Durante o processo de desenvolvimento genes são ativados e servem para modificar as propriedades da célula à medida que elas se diferem de células em um Blastema.

Eu Robô? Humanos devem ser todos ciborgues no futuro próximo


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Até pouco tempo, esses humanos com membros biônicos eram exclusividade do mundo da ficção. Mas no futuro, provavelmente todos serão um pouco ciborgues.
Hoje em dia nós já usamos a tecnologia para repor partes defeituosas dos nossos corpos. A tendência é que essa prática se torne cada vez mais comum e avançada. Nos Estados Unidos, a Agência de Projetos Avançados de Pesquisas de Defesa (DARPA, na sigla em inglês), planeja desenvolver um implante cerebral que conecta cérebros humanos a computadores. O programa chanado Sistema de Design de Engenharia Neural pretende atuar como tradutor entre o cérebro e o mundo digital, oferecendo aos humanos visão e audição aprimoradas.
Além desse, o órgão atualmente trabalha com oito projetos que visam aprimorar as capacidades físicas e cognitivas por meios tecnológicos. Entre eles estão o uso da nanotecnologia para estimular que os órgãos se curem sozinhos, um implante de memória e sensores capazes de fazer pessoas amputadas desenvolverem a sensibilidade através de suas próteses.
Graças a interfaces entre cérebros e computadores, pessoas com problemas físicos já podem controlar órgãos biônicos com a mente. O desenvolvimento de exoesqueletos também ajudará pessoas com dificuldades de locomoção voltarem a andar. As possibilidades de aprimoramento de nossas capacidades por meio de tecnologia são infinitas. Só o tempo dirá como nossa integração com as máquinas afetará o destino humano.

Neurociência e Nanotecnologia – Implantes nanorrobóticos poderão conectar o cérebro à internet, aprimorando a inteligência humana


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O cérebro humano poderia ser reforçado por implantes robóticos minúsculos que teriam a capacidade de nos conectar a uma rede de computadores baseada em armazenamento em nuvem, aprimorando as habilidades humanas, de acordo com um importante cientista da computação.
Ray Kurzweil, autor e inventor do mecanismo que trabalha no projeto de aprendizagem da máquina do Google, disse que tal tecnologia poderia ser o próximo passo na evolução humana. Ele previu que até o ano de 2030, seres humanos estarão utilizando nanorrobôs implantados ao neocórtex, conectando-nos diretamente com o mundo que nos rodeia. Isso permitirá um fluxo de dados direto entre os cérebros, além do backup de nossos pensamentos e memórias.

Falando em um evento organizado pela Universidade Singularity, em Moffett Field, na Califórnia, Kurzweil também disse que o implante poderia expandir nossa capacidade de sentir emoções e ter criatividade. Ele disse que essa capacidade de expandir nossas funções cerebrais com as informações contidas na nuvem poderia ser combinada com o poder da inteligência artificial para tornar seres humanos mais “semelhantes a Deus”.
“Há beleza, amor, criatividade e inteligência no mundo, e tudo isso vem do neocórtex. Nós poderíamos ser capazes de expandir o neocórtex e, por isso, nos tornaríamos mais semelhantes a Deus. Estamos adicionando níveis de abstração e criando meios mais profundos de expressão, de modo que vamos ser mais musicais, engraçados, sensuais e melhores em expressar sentimentos mais amorosos”, relatou.
Ele acrescentou que, no futuro, poderíamos usar o poder adicional do cérebro fornecido pela nuvem para multiplicar a inteligência humana. A ideia de nanomáquinas sendo inseridas no corpo humano é parte da ficção científica, como por exemplo, na série de TV “Jornada nas Estrelas”, em que robôs moleculares minúsculos eram usados para ajudar a reparar células danificadas no corpo. Kurzweil disse que robôs semelhantes poderiam ser construídos a partir do DNA e injetados no cérebro.
Outros cientistas de renome e especialistas em tecnologia têm expressado temores sobre o crescente uso de Inteligência Artificial, alertando que controles mais rígidos precisam ser criados para que o desenvolvimento seja adequado. Porém, Kurzweil disse que os implantes também poderiam ajudar as pessoas a criar avatares realistas com a ajuda da inteligência artificial. “Em 2030, seremos capazes até de enviar nanorrobôs ao cérebro das pessoas vivas e extrair memórias de pessoas que faleceram”, finalizou.

Acredite se Quiser – Cientistas criam primeira interface para conectar cérebros humanos


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Pesquisadores da Universidade de Washington realizaram o que afirmam ser a primeira interface cérebro-cérebro entre dois seres humanos. Eles foram capazes de captar a atividade cerebral de um voluntário, transmitir o sinal via internet e usá-lo para controlar os movimentos da mão de outro homem. “A internet sempre foi uma maneira de conectar computadores e, agora, poderá ser uma maneira de conectar cérebros”, afirma Andrea Stocco, professor de psicologia da Universidade de Washington, que teve sua mão controlada durante o experimento.
Instituição: Universidade de Washington, EUA

Dados de amostragem: Dois voluntários humanos. Um deles teve a atividade elétrica de seu cérebro registrada por um aparelho de eletroencefalograma. O outro tinha um aparelho de estimulação magnética transcraniana em sua cabeça, capaz de estimular o seu cérebro e induzir movimentos.

Resultado: Por meio de uma conexão de internet, os sinais cerebrais captados no primeiro voluntário induziram movimentos na mão do segundo.

As interfaces cérebro-cérebro têm sido teorizadas já há algum tempo pelos pesquisadores, mas só começaram a sair do papel neste ano. Em fevereiro, o neurocientista brasileiro Miguel Nicolelis anunciou a primeira interface do tipo, ao transmitir sinais elétricos entre os neurônios de dois ratos: um localizado nos Estados Unidos e outro no Brasil. Dois meses depois, pesquisadores da Universidade Harvard demonstraram que era possível transmitir os sinais cerebrais de um homem para o cérebro de um rato, comandando os movimentos de sua cauda.
Os pesquisadores da Universidade de Washington afirmam, no entanto, que essa é a primeira vez que tal comunicação é realizada entre dois seres humanos. “Nós conseguimos plugar um cérebro ao computador mais complexo já estudado por qualquer cientista: outro cérebro humano”, diz Chantel Prat, pesquisadora da Universidade de Washington que também participou do estudo.
Controle mental – Rajesh Rao afirma que foi emocionante – e assustador – assistir a uma ação imaginária de seu cérebro ser traduzida em uma ação efetiva por outro corpo. Mesmo assim, esse ainda seria o primeiro passo no desenvolvimento das interfaces cérebro-cérebro entre humanos. “Este foi basicamente um fluxo unidirecional de informações do meu cérebro para o dele. O próximo passo é estabelecer uma conversa de duas mãos entre os dois cérebros”.

Barbárie – Anonymous promove caça a envolvidos em estupro coletivo no Rio


anonimos contra o crime
Em nota divulgada por meio do Facebook, o coletivo de hackers Anonymous declarou estar buscando identificar os estupradores que coletivamente violaram uma menina de 16 anos no último fim de semana. O crime ocorreu no morro São José Operário, na Zona Norte do Rio de Janeiro. A vítima foi estuprada por 33 homens.
No post, o coletivo afirma estar “totalmente dedicados na [sic] identificação e localização dos envolvidos” no caso. Não apenas os estupradores, mas “Qualquer um que apoie, divulgue, seja conivente, assista, compartilhe ou simplesmente que não aceite o fato de que o único culpado pelo estupro é o próprio estuprador será visto por Anonymous também como inimigo”.
O coletiva afirma que pretende identificar e expor os envolvidos no caso. Segundo o grupo “Anonymous é um coletivo que luta por liberdade”, e “Qualquer pessoa que se coloque contra nosso ideal é considerada nosso inimigo”.
Após o estupro, os estupradores filmaram um vídeo ao lado do corpo da vítima e divulgaram-no em redes sociais. Por meio das imagens, a Polícia Civil já conseguiu identificar quatro dos envolvidos, dos dois quais também seriam os responsáveis pela divulgação do vídeo nas redes.
Manifestações em apoio à vítima e contra a cultura do estupro devem acontecer em diversas capitais do país nos próximos dias. No dia 1 de junho, as mulheres devem ir às ruas em São Paulo, Rio de Janeiro e Belo Horizonte aàs 16h.

De ☻lho na Rede – Facebook pode mostrar quando amigo está digitando em postagem


face privacidade
O Facebook está testando um recurso que mostra ao usuário quanto um amigo está escrevendo um comentário em um post. A novidade foi descoberta por um usuário e compartilhada no Twitter.
A ferramenta parece funcionar de um jeito parecido com o iMessage da Apple, mostrando quando alguém está digitando e exibindo um ícone de três pontos.
Questionado, o Facebook confirmou que está testando a novidade há algum tempo. “Nós ouvimos de pessoas que elas querem que a experiência no Facebook refleta as conversas em tempo real que elas têm. Então, estamos testando a adição de uma linha acima da caixa de comentário de um post que indica quando um amigo está digitando”, conta um porta-voz da empresa.
Ainda não se sabe se o recurso sairá do papel nem quando será lançado.

Astronomia em Sampa – Os 3 Planetários de SP


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Está mais fácil ver as estrelas em São Paulo. Com a reabertura do planetário do Carmo, reformado depois de nove anos fechado por problemas estruturais, os paulistanos contam agora com duas opções na cidade para conhecer melhor os astros. Além dele, há também o planetário do Ibirapuera, no parque de mesmo nome, reinaugurado em janeiro.
Está mais fácil ver as estrelas em São Paulo, mas nem tanto. Com quatro sessões por dia, sempre aos sábados e domingos —e, no Carmo, também nos feriados—, os planetários têm atraído centenas de visitantes, e alguns acabam ficando de fora.
Os dois programas são gratuitos, com ingressos distribuídos sempre uma hora antes de cada sessão. No Ibirapuera, para as exibições mais procuradas, às 15h e às 17h, a orientação é que os visitantes cheguem com ao menos uma hora e meia de antecedência. No Carmo, o intervalo é ainda maior, de duas horas.
Para se ter uma ideia da procura, já passaram pelo planetário da zona sul, da abertura ao último dia 15, 55.236 pessoas —o suficiente para encher o estádio do Itaquerão, que tem capacidade para receber 48 mil.
As escolas que querem levar seus alunos para entender mais sobre o universo também não enfrentam tarefa simples. A fila para agendar uma excursão chega a quatro meses no Planetário do Carmo; no Ibirapuera, espera-se dois.
A promessa das atrações de aumentar a frequência de sessões em meses de férias escolares (janeiro, fevereiro, julho e dezembro) deve ajudar a reduzir a espera para quem se animou a conhecer os novos planetários.
Quem tem disposição para ir um pouco mais longe (e também para pagar ingresso) pode aproveitar ainda um terceiro espaço, o Parque Científico Sabina, em Santo André. O esforço vale a pena: com duas sessões diárias aos finais de semana, o planetário do ABC é considerado o mais moderno da América Latina. É o único que conta com capacidade de transformar-se, também, em teatro digital 180 graus.

FAIXA ETÁRIA
É preciso ficar atento às restrições de idade das atrações. Os planetários do Carmo e do Ibirapuera só aceitam visitantes com cinco anos ou mais —em Santo André, o limite é apenas uma recomendação, afirma a administração. Por isso, os pais devem levar RG ou certidão de nascimento da criança (que deve ser apresentada junto com os documentos dos pais) para que garantam a entrada.
Em visita da sãopaulo ao Ibirapuera, no final de semana dos dias 14 e 15, monitores avisavam aos adultos sobre o limite de idade. Miguel, 4, que tentou ir ao planetário com a avó, Christiane Teixeira, acabou ficando para fora da atração.

“Na fila, o monitor já me explicou [sobre a limitação]”, diz a avó. “Ele foi para o museu Afro Brasil, fez oficinas e se divertiu.”
A restrição surgiu após a reabertura dos planetários, neste ano. No passado, segundo a secretaria do Verde e do Meio Ambiente, responsável pela administração dos espaços, os funcionários dos planetários notavam que as crianças menores de cinco anos demonstravam certa impaciência no escuro em uma sessão que dura de 30 a 40 minutos.

planetário

Ibirapuera
Com quatro sessões diárias e capacidade para receber 305 visitantes, o planetário demonstra como é o céu da cidade sem fatores urbanos como a poluição luminosa —o excesso de luz da cidade difundida na atmosfera. Atenção para o limite de idade: apenas crianças de cinco anos ou mais podem entrar, e é preciso apresentar RG ou certidão de nascimento (acompanhada de documento dos pais) na bilheteria.
Planetário Prof. Aristóteles Orsini – Pq. Ibirapuera. av. Pedro Álvares Cabral, s/nº, Parque Ibirapuera, região sul, tel. 5575-5425. 320 lugares. Sáb. e dom.: 10h, 12h, 15h e 17h. Em janeiro, fevereiro, julho e dezembro, de ter. a dom.: 10h, 12h, 15h e 17h. 40 min. 5 anos. Retirar ingr. 60 min. antes. Estac. (sistema Zona Azul – portão 3). GRÁTIS

Carmo
As apresentações mostram constelações, planetas, tratam de estrelas e buracos negros e do Big Bang, a explosão que deu origem ao universo. Não se esqueça de levar os documentos dos pequenos, já que só é permitida a entrada de crianças com idade a partir de cinco anos. Dica: leve agasalho para não passar frio e chegue com duas horas de antecedência para as sessões da tarde.

Pq. do Carmo Olavo Egydio Setúbal. r. John Speers, 167, Jardim Helian, região leste, tel. 2522-4669. 230 lugares. Sáb. e dom.: 10h, 12h, 15h e 17h. Em janeiro, fevereiro, julho e dezembro, de qua. a dom.: 10h, 12h, 15h e 17h. 30 min. 5 anos. Retirar ingr. uma hora antes. Estac. grátis. GRÁTIS

Santo André
Considerado o mais moderno da América Latina, o Planetário e Teatro Digital de Santo André tem apresentações diferentes em cada uma das quatro sessões aos finais de semana. Não há restrição de idade, mas a administração não recomenda a presença de menores de quatro anos. Diferentemente dos outros, cobra entrada, de R$ 10 a R$ 40 (para duas sessões).
Sabina Escola Parque do Conhecimento. trav. da r. Juquiá, alt. do nº 135, Vila Eldízia, Santo André, tel. 4422-2000. 247 lugares. Sáb., dom. e feriados: 13h30 e 16h. 50 min. Idade recomendada: 4 anos. Ingr.: R$ 10 a R$ 40 (Sabina e Planetário; grátis p/ menores de 5 anos e pessoa com deficiência). Estac. grátis.

Cientistas criam molécula que pode destruir todos os vírus


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Os vírus são bastante diferentes uns dos outros, com alta capacidade de mutações. Mas uma equipe de pesquisadores acredita ter descoberto um jeito de prevenir que eles nos infectem.
O grupo de cientistas da IBM e do Instituto de Bioengenharia e Nanotecnologia de Singapura encontraram um jeito de descobrir a característica que torna todos os vírus semelhantes. Usando esse conhecimento, eles criaram uma macromolécula que pode servir para combatê-los.
No estudo, os pesquisadores ignoraram o RNA e DNA dos vírus, que seriam áreas-chave para atacar. Mas como esses elementos mudam de vírus para vírus e são sujeitos a mutações, fica muito difícil vencê-los. Ao invés disso, os cientistas se concentraram nas glicoproteínas, que ficam do lado externo de todos os vírus e atacam as células do nosso corpo, permitindo que eles infectem as células e causem doenças.
Neutralizando os vírus
Partindo dessa linha de pesquisa, os cientistas criaram essa macromolécula, que é basicamente uma molécula gigante feita de unidades menores. A macromolécula tem características fundamentais para combater os vírus. Ela consegue atrair vírus para si usando cargas eletrostáticas, por exemplo. Assim, quando o vírus se aproxima, a macromolécula se afixa a ele, tornando-o incapaz de se juntar a células sadias. Então, ela neutraliza os níveis de acidez do vírus, o que dificulta sua replicação.
A macromolécula também contém um açúcar chamado manose. Ele se une a células saudáveis imunes e força-as a ficarem próximas aos vírus, fazendo com que a infecção seja erradicada mais facilmente. O método foi testado em vírus como o da dengue e ebola, atingindo resultados promissores. Ainda vai demorar para que o tratamento seja aplicado em humanos de forma massiva, mas ele representa uma esperança na luta contra infecções virais.

A psicologia explica como funciona a obsessão por celebridades


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Rodrigo Augusto de Pádua extrapolou todos os limites do fanatismo ao invadir o hotel onde a apresentadora Ana Hickmann estava hospedada em Belo Horizonte, Minas Gerais, e disparar tiros contra a família dela.
Dois dias depois, um homem de 25 anos se disfarçou e conseguiu entrar no condomínio onde mora a cantora Anitta, no Rio de Janeiro. Segundo a assessoria da artista, “um rapaz de fora do Rio de Janeiro conseguiu entrar no condomínio da cantora, se passando por funcionário e foi até a porta da casa dela. Aos gritos, começou a se declarar e depois xingar Anitta, dizer palavras desconexas, chamando a atenção da cantora, seus familiares e vizinhos”.
No caso da cantora, todos os envolvidos foram parar na delegacia. Já a ocorrência envolvendo Hickmann acabou com Pádua morto e a cunhada da apresentadora baleada.
As histórias de Ana Hickmann e Anitta não são exceções. Há registros de celebridades ao redor do mundo inteiro que já foram perseguidas ou até mesmo assassinadas por supostos fãs. Existe uma grande diferença entre admiração e obsessão, e ao longo dos últimos anos psicólogos e psiquiatras têm dedicado cada vez mais atenção ao estudo desse tópico.
Os comportamentos descritos acima fazem parte de uma síndrome chamada Síndrome de Adoração a Celebridades, também conhecida como “Doença do Ídolo Louco” (uma brincadeira com a Doença da Vaca Louca). Este último termo foi cunhado no estudo “A Clinical Interpretation of Attitudes and Behaviors Associated with Celebrity Worship” (Uma interpretação clínica das atitudes e comportamentos associados com o culto às celebridades, em tradução livre), publicado no início dos anos 2000 no periódico Journal of Nervous and Mental Disease.
Na pesquisa, os cientistas afirmam que existem três dimensões no relacionamento que as pessoas têm com as celebridades que admiram: a de entretenimento, em que os indivíduos se divertem e acompanham o trabalho dos artistas; a intensa e pessoal, na qual os indivíduos têm sentimentos compulsivos relacionados a alguém; e a quase patológica, em que demonstram comportamentos e fantasias incontroláveis relacionados a uma celebridade.
É na dimensão quase patológica em que há maior margem para a criminalidade, hipótese confirmada pelo estudo “Celebrity worship, addiction and criminality” (Adoração à celebridades, obsessão e criminalidade, em tradução literal), realizado na Universidade de Leicester, na Inglaterra. De acordo com psiquiatras, essa era a condição em que se encontrava Rodrigo Augusto de Pádua. Segundo os profissionais, ele teria erotomania, uma condição em que o indivíduo acredita que a pessoa pela qual é obcecada corresponde a seus sentimentos.
Vale ressaltar ainda que o gênero é um fator importante em ambos os casos tratados no texto. Muitas mulheres sofrem violência por não corresponderem aos sentimentos de um homem — seja ele parceiro, ex-namorado ou perseguidor. De acordo com o IPEA, uma mulher morre no Brasil a cada uma hora e meia por causas relacionadas à violência. São cerca de 5,6 mil mortes ao ano, em geral, causadas por homens, segundo o relatório.

Psicologia – Homens ricos acham suas mulheres mais feias


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Quem ganha dinheiro fica mais exigente e quer dar um upgrade em tudo – até na mulher. É o que mostra um novo estudo realizado em Hong Kong com estudantes universitários em relacionamentos sérios. E os pesquisadores tinham senso de humor.
Primeiro, convenceram os rapazes de que eles ganhavam muito mais que seus colegas. Depois, prometeram que se encontrariam com uma linda modelo. Era tudo pegadinha, mas os homens que passaram a se considerar ricos eram os mais insatisfeitos com as namoradas e estavam mais dispostos a flertar com outras mulheres atraentes.
O estudo foi dividido em dois testes. Os 182 participantes eram todos heterossexuais em relacionamentos sérios de 2 meses a 7 anos de duração. Os cientistas começaram o experimento manipulando um grupo a acreditar que era mais rico que os demais universitários, enquanto o outro tinha a sensação de ser relativamente pobre.
A farsa funcionava assim: os dois grupos respondiam a um questionário sobre sua situação financeira (cargo, salário, poupança). Mas as 7 opções de resposta eram diferentes para cada grupo. Os participantes ganhavam uma média de 1500 yuans. No questionário que fazia os jovens se sentirem ricos, as perguntas como ?quanto você ganha? tinham valores baixos nas opções de resposta: 1) De 0 a 250 yuans, ?, 7) Mais de 500 yuans. Assim, na maioria das vezes esses voluntários selecionavam a resposta mais alta.
No formulário que fazia com que eles se sentissem pobres, as faixas eram bem mais altas: 1) De 0 a 2.000 yuans, 7) Mais de 12.000 yuans. E a manipulação funcionou direitinho. Os cientistas confirmaram que a grande maioria dos participantes acreditava que as 7 opções que ele viu representavam o mínimo e o máximo que um universitário ganhava no seu setor – e quem marcou as opções mais altas saía satisfeito.
Depois que estavam convencidos da sua riqueza ou pobreza, os jovens tinham que avaliar o quão atraentes eram seus respectivos namorados ou namoradas. No caso dos homens, a riqueza (imaginária) sobe à cabeça: eles consideravam que suas namoradas estavam bem mais longe do seu ideal de beleza do que os homens ?pobres?. Já entre as mulheres, não houve nenhum efeito significativo – mulheres, sejam elas ricas ou pobres, conseguem avaliar racionalmente a aparência do parceiro.
O dinheiro também fez com que os jovens ricos se sentissem mais confiantes para abordar pessoas bonitas. No segundo teste, os pesquisadores recrutaram mais 121 universitários que namoravam sério. Aí, pediram que eles avaliassem fotos de pessoas lindas. Quando terminavam, eles anunciavam que queriam analisar a reação deles em um encontro face a face com um dos modelos fotográficos. De novo, não era verdade.
Os participantes foram enviados um de cada vez para uma sala com 6 cadeiras. Em um dos assentos, estavam pendurados um casaco, uma bolsa e um chapéu. Os pesquisadores avisavam que o convidado já estava voltando e pediam que o voluntário sentasse. Eles perceberam que homens e mulheres mais “ricos” tendiam a sentar mais perto de onde pensavam que o convidado bonito ia sentar. Já os que se consideravam mais pobres mantiveram uma distância maior. Na comparação entre os gêneros, os homens se aproximaram mais que as mulheres.
Os cientistas acreditam que esse cenário é uma boa indicação de quem está disposto a pular a cerca ou, pelo menos, a flertar com alguém atraente apesar de estar em um relacionamento.
O estudo reconhece que, por ser feito só com estudantes chineses, pode existir um fator cultural nos resultados. Mas eles estão bem certos de que uma tendência parecida aconteceria em qualquer parte do mundo, em maior ou menor grau. Isso porque associam a descoberta às nossas raízes evolutivas: os machos que se sentem ?por cima? com relação ao restante do bando têm um leque maior de opções de parceiras e podem ser exigentes sem o risco de ficar sem descendentes. Já as fêmeas comprometidas preferem manter sua estabilidade, o que aumenta as chances de ter um apoio paternal para os seus filhotes por mais tempo.

Mega Byte – Cuidado com o vírus que circula em forma de vídeo no Facebook


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Um relatório do instituto de segurança Kaspersky Lab afirma que uma massiva campanha maliciosa tem atingido os usuários brasileiros do Facebook nos últimos dias. São posts com chamadas para vídeos ou notícias que podem instalar um vírus no seu perfil ou no seu computador a longo prazo.
Segundo a Kaspersky, o post em questão exibe o domínio “motoresporte.com”. Normalmente há uma chamada sensacionalista – como um suposto vídeo de conteúdo violento ou sexual – e, muitas vezes, até envolvendo o nome de pessoas famosas. Tudo para atrair as vítimas e conseguir cliques instantâneos.
Ao clicar no post, o usuário recebe a mensagem de que um aplicativo quer ter acesso ao seu perfil do Facebook e fazer postagens em seu nome. É neste ponto em que muitos desavisados acabam aceitando a condição para poder ver o tal vídeo e, assim, acabam entregando dados pessoais e o controle da sua conta para cibercriminosos.
De acordo com a pesquisa da Kaspersky, o aplicativo usa mais de 90 domínios que não contém qualquer conteúdo quando acessado. É possível, em alguns casos, encontrar um vídeo supostamente “chocante”, mas que também exige que o usuário dê ao site acesso à sua conta no Facebook. O aplicativo é acionado tanto na versão móvel quanto na versão desktop da rede social.
No fim das contas, o tal vídeo escandaloso não existe e o seu perfil está nas mãos de criminosos. Assim, a sua conta pode ser usada para compartilhar mais links como esse na linha do tempo dos seus amigos ou no feed de notícias geral. É possível que, em alguns casos, mais do que o seu Facebook seja hackeado no processo, deixando aberta uma porta de entrada para o seu celular ou PC.
Fabio Assolini, analista sênior de segurança da Kaspersky no Brasil, explica que o Facebook acaba também sendo enganado por esse golpe, que atua dentro das próprias regras da rede social, pedindo a autorização do usuário e sem usar qualquer código suspeito. “Todo o processo acontece dentro da rede social, com a instalação da aplicação maliciosa diretamente no perfil da vítima”, diz.
Se você acabou caindo no golpe – ou conhece alguém que foi vítima – há como remover o aplicativo do seu Facebook. Vá até as configurações da sua conta na versão para PC da rede social e clique na guia “Aplicativos”. Remova todos os apps desconhecidos instalados no seu perfil – os dessa campanha, especificamente, se apresentam como aeroplay.top, aguiavideos.top ou asiavideos.top, entre outros do gênero.

Marte está saindo de uma longa era glacial, aponta pesquisa


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Marte está saindo de um longo período glacial, segundo medições feitas em suas camadas de gelo polar. Com isso, pode ser possível determinar quando o planeta vermelho foi habitável.
O estudo foi publicado na revista “Science”. Os pesquisadores, entre eles Isaac Smith, do Southwest Research Institute (Instituto de Pesquisa Southwest), em Boulder (Colorado), nos Estados Unidos, analisaram os dados e determinaram que o planeta está saindo da era do gelo há cerca de 370 mil anos.
Essa descoberta é baseada em observações feitas pelo radar da Nasa (agência espacial americana) localizado a bordo do satélite Mars Reconnaissance Orbiter, que mapeou a superfície marciana. A pesquisa permite uma melhor compreensão das variações do clima em Marte e suas diferenças em relação à evolução do clima da Terra. Tal como na Terra, Marte também tem ciclos estacionários, embora esses sejam mais longos e afetem a distribuição de gelo. As estações também poderiam ser mais acentuadas no planeta vermelho, porque o eixo de rotação de Marte varia até 60 graus, por períodos que vão desde centenas de milhares a milhões de anos.
Em comparação com o eixo sobre o qual gira a Terra, o de Marte não varia mais do que dois graus nos mesmos períodos. Essa grande variedade de seu eixo de rotação determina a quantidade de luz solar que atinge várias latitudes sobre a superfície do planeta e determina a estabilidade do gelo. O superaquecimento, em latitudes médias, faz com que o gelo se acumule nos polos.
Graças a medições da espessura da calota polar, os pesquisadores estimaram que, desde o fim da última era glacial, cerca de 370 mil anos atrás, houve acumulo de cerca de 87 mil quilômetros cúbicos de gelo, principalmente no Polo Norte. Esse volume é equivalente a uma espessura de 60 cm, se a quantidade de gelo é distribuída uniformemente sobre toda a superfície do planeta.
Os resultados dessa pesquisa vai permitir o desenvolvimento de novos modelos climáticos tendo em conta o movimento do gelo entre os polos e as latitudes médias durante os ciclos climáticos.

História – Chineses produziam cerveja há 5 mil anos


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Cientistas descobriram, na província de Shaanxi, na China, equipamentos utilizados para fabricar cerveja há 5.000 anos, durante o período Neolítico. De acordo com a pesquisa, publicada, este é o local de fabricação de cervejas mais antigo já encontrado na China. A pesquisa, além de trazer informações sobre os gostos da cultura que povoou a região entre 3.400 e 2.900 a. C., fornece pistas sobre as práticas de agricultura.
De acordo com a pesquisa, publicada no periódico Proceedings of the National Academy of Sciences, essa é a evidência mais antiga da produção de cerveja na China. Arqueólogos possuem evidências da fabricação de bebidas originadas da fermentação de arroz há 9.000 anos, sendo essa a mais antiga pista sobre o consumo de bebida alcoólica da humanidade; no entanto, esse tipo pioneiro da bebida era diferente do que foi visto agora: desta vez, eles identificaram que a cerveja era feita de cevada, um tipo de bebida que surgiu no Oriente Médio há 5.400 anos e, pensava-se ter, chegado à China muito mais tarde.
De acordo com a pesquisa, liderada pela especialista Jiajing Wang, da Universidade de Stanford, nos Estados Unidos, ao examinar os resíduos amarelados deixados nos potes, eles identificaram que a cerveja produzida pelos chineses anciãos era composta por uma mistura de plantas que incluía milho, cevada e uma planta conhecida no Brasil como Lágrima de Nossa Senhora (Coix lacryma-jobi). Ao estudar os resíduos, os pesquisadores encontraram diversas assinaturas químicas que indicavam que o líquido armazenado ali era cerveja.
Além de indicarem os complementos da bebida por meio de uma análise química, os pesquisadores ainda estudaram a forma de grãos encontrados nos potes para identificar os processos utilizados pelos ancestrais chineses na obtenção do líquido. “Muitos grãos estavam danificados. Vimos que os padrões dos danos correspondem precisamente a alterações morfológicas desenvolvidas durante a maltagem e a brassagem, tais como observamos em nossos experimentos de produção de cerveja”. Os resultados encontrados, portanto, sugerem que a cerveja era produzida de uma maneira bastante parecida à das cervejarias modernas, passando por três processos realizados atualmente: a maltagem, a brassagem e a fermentação.

Estudo da NASA indica que lua de Júpiter pode abrigar vida


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Um novo estudo da NASA sobre Europa, uma das luas de Júpiter, levou a uma descoberta surpreendente.
De acordo com os cientistas da agência espacial norte-americana, o satélite pode ter as condições químicas ideais para abrigar vida. O estudo se baseia na teoria de que existe um oceano de água salgada abaixo de sua superfície.
Segundo a pesquisa, o equilíbrio na produção de hidrogênio e oxigênio na pequena lua é comparável ao da Terra, o que significa que a base para a criação da vida pode estar presente. Durante o estudo, a equipe descobriu que a produção de oxigênio em Europa é 10 vezes maior que a de hidrogênio, proporção similar à de nosso planeta.
O pesquisador da NASA Kevin Hand comparou a interação entre a superfície da lua e seu mar abaixo do gelo com uma bateria gigante que poderia gerar vida no oceano. “Os oxidantes do gelo são como o polo positivo da bateria, e os elementos químicos do fundo do mar, chamados de redundantes, são como o polo negativo”, explica. “Descobrir se o processo biológico completa o circuito é uma das motivações para explorarmos Europa”, completa.
A NASA atualmente planeja uma missão à Europa. O objetivo é enviar uma sonda que passará próxima à superfície do satélite para obter imagens em alta resolução. A missão está em seu estágio inicial, mas deve ser colocada em prática na década de 2020. Durante anos a sonda deve coletar uma grande quantidade de dados para determinar se a lua de Júpiter pode mesmo abrigar vida.

Geologia – Suécia está trocando uma cidade inteira de lugar para evitar que ela afunde


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A cidade de Kiruna foi fundada em 1900 pela mineradora estatal Luossavaara-Kiirunavaara AB, ao norte do Círculo Polar Ártico. A população sempre viveu em função da mina nas redondezas, que produz o minério de ferro mais puro do mundo. Mas, em 2004 a LKAB avisou à prefeitura que a extração de ferro teria continuar embaixo da cidade – e, com isso, o chão ia afundar.
Foi nessa época que Kiruna abriu uma competição entre empresas de arquitetura. A prefeitura queria saber qual delas apresentaria a melhor solução para um projeto nunca feito antes: mudar uma cidade inteira de lugar. A White Architects venceu em 2012 e abraçou o projeto, que vai, no mínimo, até 2040.
A etapa inicial é mover o “centro” de Kiruna que, na realidade, fica na parte oeste da cidade. O lugar onde a região fica agora vai ter afundado completamente até 2050 – segundo a empresa, já dá para ver alguns buracos se formando e a estação de trem já precisou ser fechada. O novo centro vai ser reinstalado a 3,2 quilômetros do extremo leste da cidade, o mais distante possível da mina de ferro.

Algumas das construções da cidade vão ser erguidas por guindastes e transportadas peça por peça. É o caso da Igreja de Kiruna, inaugurada em 1912 e eleita a construção mais bonita de toda a Suécia. O relógio da cidade também vai ser rebocado da forma como está para o outro lado do município.
Esse esforço todo é uma tentativa de manter a identidade da cidade, apesar da mudança radical. A prefeitura contratou até mesmo uma antropóloga social, que funciona como mediadora entre a população e os arquitetos e engenheiros. O objetivo é fazer a transformação urbana mais democrática do mundo.

É claro que nem todos os prédios vão ser realocados da forma como estão. A LKBA, que está financiando toda a mudança, oferece duas opções aos moradores: compram a casa em que moram pelo valor de mercado + 25% ou oferecem uma casa de mesmo valor na área expandida na cidade. Todo esse custo só consegue ser bancado porque a LKBA é a maior exportadora de ferro da Europa – ou seja, é mais barato mover toda essa gente do que fechar a mina.
Os arquitetos da nova Kiruna não querem apenas replicar a cidade em uma região segura, mas melhorar a forma como ela é distribuída. Kiruna é hoje o segundo maior município do mundo em área: são 21 mil km2, onde vivem só 20 mil pessoas. Isso é o equivalente a 122 estádios do Maracanã para cada habitante. A equipe quer tornar a cidade bem mais densa, além de aproveitar o espaço extra para aumentar o contato dos moradores com a natureza, misturando áreas rurais e de floresta ao centro urbano.
Mesmo depois de completar a primeira parte do projeto, a prefeitura espera que a forma final de Kiruna só fique pronta no fim do século. A planta futura da cidade, bem mais compacta, tem novos setores a norte, sul e leste, a uma distância bem grande da atividade da mina. Se tudo correr como planejado, Kiruna pode virar uma atração de turismo arquitetônico – quer dizer, para quem se aventurar a enfrentar um mês e meio em que o Sol não se põe no verão e outros 30 dias em que ele não nasce no inverno.