História e Cultura – Arte no Papel Moeda


As cédulas vigentes no mercado brasileiro contemporâneo, trazem representados animais como a tartaruga marinha, o mico leão dourado, a arara, a onça pintada. O artista ao recompor tais figuras a partir de fragmentos de notas de real descartadas pela casa da moeda, questiona a relação entre valores material e simbólico da imagem, ainda que a base das obras seja o dinheiro.
No 6º andar do Itaú Cultural na AV Paulista, o Espaço Herculano Pires – Arte no dinheiro, mostra que abriga permanentemente a Coleção Itaú de Numismática, dedicada ao universo monetário.Um exposição muito interessante do ponto de vista histórico e cultural.
A exposição exibe 1,9 mil moedas, 500 medalhas, 36 cédulas e 464 selos, além de condecorações, livros raros sobre o tema, obras de arte contemporânea e outros objetos de colecionador

O acervo completo da instituição totaliza mais de 7 000 itens.
As peças estão apresentadas em um total de 29 vitrines, agrupadas em dez temas que revelam um panorama completo da construção da identidade brasileira, do século XV ao século XXI.
Entre os destaques, a moeda mais importante do acervo é a Peça da Coroação, produzida quando D. Pedro I autorizou a cunhagem de moedas no país com a sua face, em 1822 — ele proibiu a entrada desta versão em circulação por apresentar, ao seu ver, erros inaceitáveis, e hoje só existem dezesseis exemplares dela no mundo.
Itens comemorativos, como as moedas do pentacampeonato da seleção brasileira de futebol e do tricampeonato mundial de Ayrton Senna também estão expostos.

No espaço também figuram 26 obras de arte contemporânea, entre as quais Desenhos da liberdade – Carta de liberdade do escravo Luiz Nagô (2019), de Ayrson Heráclito, em que o artista interfere em uma carta de alforria com desenho a bico de pena.

A curadoria é de Vagner Porto, mestre e doutor em arqueologia pela USP, a assinatura do projeto expográfico é de Humberto Pio e Marcelo Dacosta, do Estúdio Risco.

Sesc – Qual a origem da instituição?


O Serviço Social do Comércio (Sesc), trata-se de uma instituição privada, criada em 1946, com o objetivo de promover atividades nas áreas de educação, saúde, cultura, lazer e assistência aos trabalhadores comércio de bens, serviços e turismo, levando a eles melhor qualidade de vida e bem-estar.  

Desde então, o Sesc é administrado nacionalmente pela Confederação Nacional do Comércio (CNC), instituição responsável por repassar os recursos e supervisionar a estrutura da instituição.  

É comum, haver uma confusão se o Sesc é uma instituição de caráter público ou privado. O Sesc é privado, e financiado por empresários do comércio de bens, serviços e turismo, porém sem fins lucrativos.  

O Sesc é estadual ou nacional? 

O Sesc é nacional e possui unidades regionais, o Departamento Nacional (DN) é o órgão executivo da Administração Nacional do Sesc, que elabora, coordena e monitora os projetos desenvolvidos nas unidades do Sesc.   

Os Departamentos Regionais são as representações do Sesc em cada Estado e no Distrito Federal. São responsáveis pela oferta das atividades e serviços em cada unidade federativa, dentro de um modelo de gestão autônomo, que possibilita à Instituição a atuação de acordo com as demandas de cada região, preservando as características e contextos locais.  

 No caso dos Departamentos Regionais, como por exemplo, o caso do Sesc-SC, a administração é realizada pela Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo de Santa Catarina 

Qual a diferença do Sesc e Senac? 

Sesc é o Serviço Social do Comércio, com atuação nas áreas de educação, saúde, cultura, lazer e assistência, que tem como objetivo proporcionar bem-estar e qualidade de vida aos trabalhadores seus familiares e público em geral. Nesse site você encontra informações sobre nossa instituição.  

 Senac é o Serviço Nacional de Aprendizagem Comercial é o principal agente de educação profissional voltado para o comércio de bens, serviços e turismo do país, atuando com oferta de cursos presenciais e à distância.  

Quem pode frequentar o Sesc? 

O foco dos serviços do Sesc é o trabalhador do comércio, serviço, bens e turismo, e por isso para esse público, o valor dos serviços e atividades são mais acessíveis.   

No entanto, todo mundo pode frequentar e usufruir dos serviços do Sesc. Para ser cliente Sesc, é preciso ir até uma unidade física e realizar o seu cadastro. Caso seja trabalhador do comércio, você consegue fazer o seu cadastro online.

Quais serviços o Sesc oferece? 

O Sesc é uma entidade de forte impacto social, e suas ações proporcionam melhores condições de vida e acesso aos trabalhadores do comércio e seus dependentes.   

São diversos os serviços oferecidos pela instituição. Na área da assistência, o Sesc conta com o Programa Mesa Brasil Sesc, que junto a empresas parceiras, promovem campanhas educacionais relacionadas à nutrição e temas sociais, além da ajuda a instituições carentes e famílias de baixa renda através da doação de alimentos, e combatendo o desperdício.   

Além disso, o Sesc também promove ações na área educacional, saúde, cultura e lazer. Além dos serviços, o Sesc também realiza diversas programações e projetos de atividades que envolvem toda a sociedade, como o Dia do Desafio, Circuito Sesc de Caminhadas Sesc na Natureza, Palco Giratório e mais.   

Fonte: Página Oficial

Cinema – Cotas para filmes nacionais: faz sentido?


No dia 12 de janeiro, Minha Irmã e Eu, comédia estrelada por Ingrid Guimarães e Tatá Werneck, alcançou um milhão de espectadores no cinema. Não se trata de algo inédito, claro. Mas é simbólico: foi o primeiro filme brasileiro em quatro anos a ultrapassar essa marca.

Até então, o último havia sido Minha Mãe é Uma Peça 3, que estreou no final de 2019.
A comédia de Paulo Gustavo vendeu 11,3 milhões de ingressos. Os lançamentos seguintes passaram longe: os melhores desempenhos, fora Minha Irmã e Eu, foram de Turma da Mônica: Lições (2021, 816 mil pessoas) e da cinebiografia dos Mamonas Assassinas (2023, 820 mil).
O que explica a baixa audiência de lá pra cá? Em parte, a ausência da cota de tela, uma lei que obrigava os cinemas a reservar parte da sua programação para filmes brasileiros. Desde 2001, a Ancine (Agência Nacional do Cinema) calculava um mínimo de dias de exibição, com base no número de salas no país e nos hábitos de consumo do público. O presidente da república recebia essa análise todo ano e dava um ok via decreto.

Sem isso, a lei não valia para o ano seguinte. Foi o que aconteceu em 2018, quando Michel Temer não deu sua canetada.
Sem cotas em 2019, Vingadores: Ultimato ocupou 92% das 3.300 salas do circuito. O filme da Marvel fez com que a comédia nacional De Pernas Para o Ar 3, que chegou a atrair 1,8 milhão de pessoas saísse mais cedo de cartaz.

No fim de 2019, Bolsonaro renovou a cota. Mas aí veio a Covid, fechando as salas de cinema. Em 2021, a lei expirou, e o Senado só aprovou uma nova versão no final de 2023.
A cota de tela é um jeito de equilibrar a disputa com Hollywood, que tem muito mais dinheiro para investir no marketing e na distribuição dos seus filmes. Estima-se que a Disney gastou US$ 600 milhões no Ultimato. R$ 3 bilhões. É mais do que toda a grana que o Ministério da Cultura captou para o audiovisual em 2023 (R$ 2,4 bi).

Essa política não é uma exclusividade brasileira.
E trata-se de algo tão antigo quanto o próprio cinema. Nos anos 1920, a Alemanha estipulou que um filme nacional deveria ser produzido para cada filme gringo que entrasse no país. Em 1939, a França limitou o número de filmes americanos.

No Brasil, várias leis de cotas existiram ao longo do século 20. Em 1950, o mínimo de dias por ano reservado por lei a produções nacionais eram seis; em 1964 , 112. A última regra vigente, já no século 21, variava de 28 a 64 dias, de acordo com o tamanho do cinema.
A partir de 1987, o novo governo democrático reinventou o setor. A alta cota de tela das décadas anteriores se manteve. Mas veio acompanhada de programas de financiamento,deu certo: nos anos 2000, filmes nacionais já correspondiam a mais de 50% da bilheteria da Coreia do Sul. E o sucesso atraiu empresas interessadas em investir no filão (incluindo gigantes como Samsung e Hyundai). Em 2006, quando o cinema do país já era robusto, o governo decidiu reduzir a cota pela metade.

Na Argentina, outra nação que se destaca pela produção cinematográfica,também há cota de tela: um filme nacional por sala de exibição a cada trimestre, por ao menos uma semana. O Brasil lançou 273 filmes em 2023: 37,5% do total de estreias. Eles ocuparam 7% das sessões, e fizeram só 3% da bilheteria. O lucro na somatória geral foi de R$ 59 milhões, 17% a menos que 2022.
A lei ainda será revista ano a ano, via decreto. Mas com uma mudança significativa: caso o presidente não assine nada, ficam valendo as normas do ano anterior.

Cultura – Exposição em SP celebra os 150 anos de Santos Dumont com réplica do avião 14 Bis


O Farol Santander, espaço cultural no centro de São Paulo, recebe a nova exposição “Santos Dumont – o poeta Inventor”, que homenageia os 150 anos do nascimento do aeronauta brasileiro.
Considerado o pai da aviação, Alberto Santos Dumont tem sua trajetória na conquista do voo e sua família no Brasil retratadas na exposição. O público poderá ver tudo isso por meio de itens históricos, objetos pessoais, desenhos de projetos, fotos, vídeos e maquetes.
Além de ocupar as galerias dos pavimentos 23 e 24 do prédio, a exposição também chega ao hall. Lá está exposta uma versão em tamanho real do avião 14 Bis, o biplano com o qual Dumont fez o primeiro voo homologado do mundo. Suspenso no teto, a representação pesa 150 kg e mede 9,6 metros de comprimento.
A exposição apresenta a imagem aérea de Paris no piso da galeria do 24º andar. Na cidade, o aeronauta fazia suas atividades cotidianas e estudava os balões e voo controlado.
Outras representações, dessa vez em miniatura, também podem ser contempladas. É o caso do Balão Brasil e os 10 modelos de dirigíveis feitos e testados por Santos Dumont, que são apresentados como maquetes feitas pelo arquiteto Ricardo Martins Girotto Mendes.
Itens em tamanho real também estarão à mostra. É o caso dos cestos nos quais Dumont ficava dentro dos aviões.
Além de cadernos de anotações, carteiras licença de aviador e outros documentos, está exposito também a primeira versão do livro “Dans L´Air” –”Os Meus Balões” na versão em português—, publicado por Dumont em 1904.
O público ainda vai se deparar com outra réplica de avião. Dessa vez é o La Demoiselle, com 110 kg, 6,20m de comprimento por 5,50 m de envergadura.
A mostra ainda apresenta alguns espaços interativos, como um simulador de voo pela cidade de Paris, e um hangar com pequenos jogos temáticos, como quebra-cabeça de magnetos e jogos de memória.

SANTOS DUMONT – O POETA INVENTOR
Quando Ter. a dom., das 09h às 20h; até 15/10 Onde Farol Santander – R. João Brícola, 24, CentroTelefone (11) 3553-5627Preço R$ 35Classificação LivreLink: https://www.farolsantander.com.br/#/sp

Dica de Livro – A Arte de Argumentar


Este guia, funcional e didático, se dirige a todos aqueles que pretendem melhorar os relacionamentos por meio da criatividade e do trabalho em equipe. As sugestões do autor são endereçadas principalmente a executivos, professores, psicólogos, advogados e profissionais de venda. Porém, suas recomendações valem também para quem apenas deseja aperfeiçoar as relações pessoais. Afinal, o equilíbrio entre a razão e a emoção é uma maneira eficaz de ganhar qualidade de vida.
Em uma discussão, o foco não é o desejo pela verdade e sim o desejo pelo poder, e o ser humano que não é fundamentalmente nobre, revela então seu lado mais sombrio, com o triunfo da vaidade e hipocrisia, e refutações são consideradas como acusações de inferioridade intelectual. Os ataques são parciais e passionais e se repetem em todas as partes, nas polêmicas de jornais, debates parlamentares, processos judiciais, discussões acadêmicas e são os mesmos truques usados há séculos. A técnica é “encontrar verdades em contradições”, as chamadas “falácias”.

Inteligência artificial ajuda arqueólogos a traduzir textos da antiguidade


Um novo estudo feito por pesquisadores da Universidade de Tel Aviv e da Universidade Ariel, ambas em Israel, promete empolgar entusiastas de línguas antigas ou extintas. Isso porque especialistas em ciência da computação conseguiram criar um modelo de comando para inteligência artificial que traduz textos da escrita cuneiforme acadiana, uma representação de linguagem que utilizava objetos em formato de cunha para criar símbolos em argila. Há escritos desse tipo datados de 3400 aC. a 2500 aC.
Centenas de milhares de tabuletas de argila inscritas na escrita cuneiforme documentam a história política, social, econômica e científica da antiga Mesopotâmia. No entanto, a maioria desses documentos permanece sem tradução e é inacessível devido ao seu grande número e à quantidade limitada de especialistas capazes de lê-los”, comentam os pesquisadores no estudo.

O acadiano é considerado uma língua semítica oriental e era falado em várias regiões da antiga Mesopotâmia, incluindo as regiões de Acádia; Assíria; a região do sítio arqueológico de Isin; a antiga cidade de Larsa; a Babilônia; e, possivelmente, Dilmun, no Golfo Pérsico.

Publicado no periódico PNAS Nexus, da Oxford University Press, o novo artigo descreve como os textos com diversos símbolos extintos podem ser traduzidos para o inglês. Os pesquisadores criaram duas versões do modelo de inteligência artificial: uma que traduz o acadiano representado por sinais cuneiformes previamente traduzidos para a escrita latina e outra que traduz os escritos a partir de representações dos signos cuneiformes em unicode (o equivalente computacional de cada símbolo usado no sistema de escrita antigo).
A versão com o alfabeto latino apresentou resultados mais satisfatórios: ela atingiu uma pontuação de 37,47 no Best Bilingual Evaluation Understudy 4 (BLEU4), um teste que analisa o nível de correspondência entre uma tradução automática e uma tradução humana do mesmo texto.
Para criar a tradução e glifos cuneiformes para o inglês, os autores utilizaram de métodos de processamento de linguagem natural (NLP, na sigla em inglês). O objetivo da tradução do acadiano para o inglês, segundo os pesquisadores, é fazer parte de uma colaboração homem-máquina e criar um canal que auxilie um estudioso do antigo método de escrita.
A inteligência artificial demonstrou ter uma precisão de alto nível ao traduzir textos acadianos formais, como decretos reais ou presságios. Entretanto, em textos mais literários e poéticos, essa taxa de acertos não foi tão alta. Documentos como cartas de líderes religiosos ou tratados “bugavam” a tecnologia, que oferecia traduções totalmente não relacionadas ao escritos.

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Outro ponto analisado pelos pesquisadores é que o programa era mais eficaz ao traduzir frases de 118 caracteres ou menos – ao passar desse número, ele também apresentava traduções errôneas.
O código-fonte da tecnologia foi disponibilizado no site GitHub. Os autores do estudo também visam desenvolver um aplicativo chamado Babylonian Engine para que outras pessoas possam fazer traduções da escrita cuneiforme.

Livro físico x livro digital: vantagens e desvantagens de cada um



Escolher um livro já não é uma tarefa fácil. Escolher entre comprar um livro físico ou uma versão digital, então, menos ainda. Quando falamos das diferenças de comprar um livro físico ou baixar um livro digital, as discussões podem ficar calorosas entre os amantes da literatura. Se você está na dúvida entre qual escolher, veio ao lugar certo. Afinal, quais as vantagens e desvantagens de cada um?
ntes de tudo, é bom lembrar que, por mais que os dois formatos tragam experiências diferentes, o conteúdo interno das obras é sempre igual. O que um leitor do livro físico vai ler é exatamente a mesma coisa do leitor da versão digital. As diferenças mais significativas podem ficar em livros físicos que brincam com questões sensoriais ou páginas pop-up (aquelas que saltam quando abrimos a página, geralmente presentes em livros infantis). Do contrário, está tudo presente, sem tirar nem pôr. Vamos dizer a verdade: a gente sabe que um livro físico tem um caráter romântico que é insubstituível. Quem nunca se sentiu mais acolhido sabendo que tem um livro na bolsa? Ou ficou curioso no transporte público tentando espiar o que a outra pessoa está lendo?
As versões físicas dos livros ainda são o carro-chefe do mercado editorial e, aparentemente, têm a preferência de muitos leitores.
Livro Físico Vantagens
Exploração sensorial: os amantes da literatura costumam dizer que não há cheiro igual ao das páginas de um livro novo. A diversidade de experiências sensoriais que o objeto propõe é um dos principais motivos de sua defesa. O sentir das páginas virando, a textura da capa, o relevo do título. “São esses pequenos detalhes, eu acho, que fazem a experiência mais especial, de alguma forma”.
Opção de colecionar: ter uma biblioteca digna de escadinha para pegar os livros mais altos da estante é o sonho de muito leitor. E virou desejo de consumo para dar aquele up no fundo das videoconferências da pandemia. A opção de colecionar é algo que os aparelhos digitais (ou e-readers) nunca poderão reproduzir. Há coleções, boxes e edições de luxo feitas exclusivamente para aqueles que, além de ler, visualizam os exemplares na estante.
É um objeto social: andar com um livro na mão ou pegá-lo no metrô para ler é mais do que apenas um momento de prazer, é um ato social. Quem nunca teve vontade de parar um estranho na rua só para falar que também já leu aquele livro? Uma das vantagens do livro físico é a sua possibilidade de compartilhá-lo. Dar de presente, emprestar ou ainda trocar com os amigos são exemplos.

Desvantagens
É pesado: carregar mais de um livro na bolsa pode ser um incômodo para os leitores. O peso dos livros, sobretudo aqueles maiores, conhecidos como calhamaços, se torna um problema no dia a dia. E, muitas vezes, os leitores deixam de levar um livro consigo por falta de espaço na mochila ou medo de molhar ou estragar a obra. Eles também costumam ser grandes vilões nas mudanças de casa.
Impacto na natureza: “Se a gente parar para pensar quantas árvores uma biblioteca cheia de livros representa… Isso é uma coisa que me deixa triste.
Mesmo os livros podendo ser feitos de material reciclável, muito papel é utilizado”, comenta Erika. A preocupação da leitora é válida. O uso excessivo de papel é ainda um lado triste da produção de livros.
O preço: que um livro físico é mais caro que um livro digital é um fato. A diferença pode muitas vezes ser o dobro ou o triplo da versão para e-reader. Em sites como a Amazon, não é difícil encontrar livros digitais por menos de 2 reais.
Os preços altos que a produção de um livro físico requer são refletidos em seu preço final e isso pode sair salgado. O jeito é ficar de olho nas promoções, como as de leve 3, pague 2.

A implementação dos livros digitais foi uma verdadeira revolução na vida dos leitores. Poder carregar milhares de exemplares em um objeto que cabe na palma da mão?
Os e-readers chegaram no início da década passada e já conquistaram muitos fãs dentro da comunidade literária. E, usualmente, quem é adepto da tecnologia diz que não volta mais para os livros físicos.

Vantagens dos livros digitais
Praticidade: e-readers como o Kindle, da Amazon, possuem uma capacidade de armazenamento de 8GB. O tamanho equivale a milhares de livros digitais (ou e-books) e é bem improvável que o leitor fique sem espaço. A possibilidade de levar todos os seus livros em um único objeto é ótimo para quem está sempre saindo ou com pressa. “Me ajudou muito com o meu ritmo de leitura começar a ler em um leitor digital. Principalmente no ônibus, é muito fácil e leve”.
Sem interrupções: uma das principais reclamações dos leitores é a dificuldade de arranjar tempo para ler. A vida moderna nos bombardeia com notificações e anúncios a todo momento e se concentrar pode se tornar uma tarefa difícil. Uma vantagem dos leitores digitais é a sua interface simples, feita especialmente para a leitura e que não tem notificações, anúncios ou redes sociais.
É possível usar o smartphone para ler – duro é conseguir se concentrar!
Rapidez: “Quando compro livro físico, geralmente é pela internet, e sempre tem aquela demora do frete. Gosto dos e-readers porque, se tenho vontade de ler um livro novo, é só ir ao aplicativo e baixar. Além dos preços mais baixos, e de sistemas como o Kindle Unlimited, em que, nos primeiro 3 meses, se paga apenas R$1,99 mensais para acesso a mais de um milhão de livros digitais, a rapidez de download de um e-book permite começar um livro novo quando e onde quiser.

Desvantagens
Não tem como colecionar: uma das reclamações dos leitores é a impossibilidade de criar uma coleção quando se tem um livro digital. A falta do objeto físico na estante pode ser um problema para os mais apegados. “Por isso que, quando gosto muito de um livro, ainda acabo comprado a versão física. É mais difícil de emprestar: é até possível emprestar um e-book para um amigo. A tarefa, porém, não é tão simples como com um livro físico. Para quem tem costume de trocar livros com entes queridos ou gosta de presentear os amigos, a falta da presença física é empecilho. Para os mais apegados, pode ser a desculpa perfeita para não emprestar.
Tem que carregar: essa é uma questão polêmica. Isso porque os e-readers usualmente tem uma bateria que dura vários dias em uso constante.
Para baixar livros novos, é necessário, também, ter acesso a uma rede Wi-Fi.

Livraria Cultura tem falência decretada pela Justiça de São Paulo


Uma das redes mais tradicionais do país, teve falência decretada pela Justiça de São Paulo nesta quinta-feira (9/fev/2023). A decisão ocorre mais de quatro anos após a 2ª Vara de Falências e Recuperações Judiciais do Foro Central Cível aceitar o pedido de recuperação judicial da companhia.
Na época, a livraria já alegava estar em crise econômico-financeira. O pedido de recuperação havia informado dívidas de R$ 285,4 milhões – a maior parte com fornecedores e bancos.
A companhia vinha enfrentando uma forte crise desde meado de 2015, após o encolhimento do mercado editorial.

Livraria Cultura tem falência decretada pela Justiça de São Paulo
Uma das redes mais tradicionais do país, teve falência decretada pela Justiça de São Paulo nesta quinta-feira (9/fev/2023). A decisão ocorre mais de quatro anos após a 2ª Vara de Falências e Recuperações Judiciais do Foro Central Cível aceitar o pedido de recuperação judicial da companhia.
Na época, a livraria já alegava estar em crise econômico-financeira. O pedido de recuperação havia informado dívidas de R$ 285,4 milhões – a maior parte com fornecedores e bancos.
A companhia vinha enfrentando uma forte crise desde meado de 2015, após o encolhimento do mercado editorial.

História – Biblioteca de Alexandria


Foi durante muitos séculos, mais ou menos de 280 a.C. a 416, uma das maiores e mais importantes bibliotecas do Planeta. Este valoroso centro do conhecimento estava localizado na cidade de Alexandria, ao norte do Egito, a oeste do Rio Nilo, bem nas margens do Mediterrâneo.
Afirma-se que ela foi criada em princípios do século III a.C., em plena vigência do reinado de Ptolomeu II do Egito, logo depois de seu genitor ter se tornado famoso pela construção do Museum – o Templo das Musas -, junto ao qual se localizava a Biblioteca. Sua estruturação, a princípio, é geralmente creditada ao filósofo Demétrio de Falero, então exilado nesta região; muitos afirmam ser dele a concepção deste espaço cultural, depois de convencer o rei a transformar Alexandria em concorrente da glória cultural de Atenas.
Durante sete séculos esta Biblioteca abrigou o maior patrimônio cultural e científico de toda a Antiguidade. Ela não apenas continha um imenso acervo de papiros e livros, mas também incentivava o espírito investigativo de cientistas e literatos, transmitindo à Humanidade uma herança cultural incalculável. Ao que tudo indica, ela conservou em sua estrutura interna mais de 400.000 rolos de papiro, mas esta cifra pode, em alguns momentos, ter atingido o patamar de um milhão de obras. Sua devastação foi realizada gradualmente, até ela ser definitivamente consumida pelo fogo em um incêndio de origem acidental, atribuído aos árabes durante toda a era medieval.
Há várias histórias sobre prováveis incêndios anteriores ao que destruiu completamente a Biblioteca de Alexandria. Uma delas narra que Júlio César, passando por Alexandria ao perseguir seu rival Pompeu, membro do Triunvirato integrado também por César e Crasso, não só foi presenteado com a cabeça de seu inimigo, mas também com o amor de Cleópatra, irmã de Ptolomeu XII. Envolvido pela paixão, ele se apossa do trono por meio da força, entrega-o à Rainha e aniquila todos os tutores do antigo rei, com exceção de um, que foge das garras de César. Determinado a não deixar sobreviventes, ele manda incendiar todos os navios, incluindo os seus, para que ele não pudesse escapar pelo mar. O fogo teria se ampliado e atingido uma fração da Biblioteca.
Esta ancestral Biblioteca tinha a missão de conservar e disseminar valores da cultura de Alexandria. Muitas das obras que circulavam em Atenas foram para lá envidas; em seu âmbito ela abrigava matemáticos como Euclides de Alexandria, além de famosos intelectuais e filósofos, célebres nomes do passado. Lá também foram elaboradas significativas obras sobre geometria, trigonometria e astronomia, e igualmente sobre idiomas, literatura e medicina. Nesta mesma instituição eram produzidos e comercializados papiros.
Afirma-se que os 72 sábios judeus que verteram as Sagradas Escrituras Hebraicas para o grego, produzindo assim a renomada Septuaginta, reuniram-se justamente na Biblioteca de Alexandria para realizar este intento. A própria Cleópatra era apaixonada por este espaço, sempre à procura de novas histórias, sozinha ou acompanhada por César, outro amante da cultura. Este centro irradiador foi, com certeza, o mais importante ponto de referência cultural e científico da Antiguidade.
Foi edificada recentemente uma nova Biblioteca, inaugurada em 2003 nos arredores da sua antecessora. Ela também tem a ambição de se tornar um dos maiores e mais importantes pólos culturais dos nossos tempos. Sua ala principal, batizada como Bibliotheca Alexandrina, soma-se a outros quatro conjuntos especializados, laboratórios, um planetário, um museu científico e outro caligráfico, além de uma sala para congressos e exposições.

Uma Biblioteca ou Museu?

Segundo Stephen Greenblatt, no livro A Virada: O Nascimento do Mundo Moderno, o destino da imensa quantidade de livros em pergaminhos é muito bem exemplificado pelo fim da maior das bibliotecas do mundo antigo, localizado em Alexandria, a capital do Egito e centro comercial do Mediterrâneo oriental. Em local conhecido como Museu, quase toda a herança cultural das culturas grega, latina, babilônia, egípcia e judaica tinha sido reunida a um custo enorme e cuidadosamente arquivada para pesquisa.

Já a partir de 300 a.C., os reis que governavam Alexandria atraíram os principais eruditos, cientistas e poetas a sua cidade oferecendo-lhes empregos vitalícios no Museu com boas remunerações, isenções fiscais, comida e alojamentos gratuitos e acesso aos recursos quase ilimitados da biblioteca. Estabeleceram padrões intelectuais elevadíssimos e possibilitaram grandes descobertas e invenções.

A biblioteca de Alexandria não estava associada a uma doutrina ou escola filosófica em particular. Seu objetivo era a busca intelectual em todos os seus aspectos. Ela representava um cosmopolitismo global, uma determinação em reunir o conhecimento acumulado de todo o mundo e de aperfeiçoar e acrescentar mais a esse conhecimento.

Em seu apogeu, o Museu continha pelo menos meio milhão de rolos de papiro sistematicamente organizados, etiquetados e armazenados segundo um novo e engenhoso sistema que seu primeiro diretor parece ter inventado: a ordem alfabética.

As forças que destruíram essa instituição nos ajudam a entender por que o manuscrito de Lucrécio — Da Natureza –, recuperado apenas em 1417, fosse a única coisa que restava de uma escola de pensamento – o epicurismo – que tinha sido debatida intensamente em livros (papiros).

O primeiro veio em consequência de uma guerra: parte do acervo da biblioteca – rolos que estavam em depósitos próximos do porto – foi queimada acidentalmente em 48 a.C., quando Júlio César lutava para manter o controle da cidade.

Mas havia ameaça maior que a ação militar: a intolerância religiosa. O Museu, como seu nome indica, era um templo dedicado às Musasas nove deusas que representavam as realizações da criatividade humana. Estava repleto de estátuas de deuses e deusas, altares e outros artefatos do culto pagão.

Os judeus e os cristãos que viviam em grandes números em Alexandria estavam incomodadíssimos com esse politeísmo. Não duvidavam que outros deuses existissem, mas achavam que esses deuses eram, sem exceção, demônios, ferrenhamente determinados a atrair a tola humanidade para longe da única e universal verdade: a sua crença. Consideravam todas as outras revelações e orações registradas naqueles milhares de rolos de papiros eram mentiras. A salvação repousava nas Escrituras.

Séculos de pluralismo religioso sob a égide do paganismo – três crenças vivendo lado a lado com espírito de tolerância sincrética – estavam chegando ao fim. No começo do século IV, o imperador romano Constantino começou o processo pelo qual o cristianismo tornou-se a religião oficial de Roma. Foi só uma questão de tempo antes que um sucessor fervoroso lançasse éditos que proibiam sacrifícios públicos e fechavam grandes locais de culto pagão. O Estado romano tinha dado início à destruição do paganismo.

Em Alexandria, o líder espiritual da comunidade cristã seguiu os éditos ao pé da letra. Litigioso e impiedoso, açulou hordas de fanáticos cristãos que saíam pelas ruas insultando os pagãos. Expondo os símbolos secretos dos “mistérios” pagãos ao ridículo público, mandou que os objetos religiosos fossem levados em desfile pelas ruas.

Pagãos religiosos insurgiram-se irritados. Enfurecidos, atacaram os cristãos com violência e então se recolheram atrás das portas trancadas do Museu. Armada de machados e marretas, uma turba igualmente alucinada de cristãos invadiu o templo, passou por cima de seus defensores e destruiu uma famosa estátua de mármore, marfim e ouro do deus Serapeon. Pior, o líder cristão ordenou que monges se instalassem nos templos pagãos, transformando-os em igrejas!

Alguns anos depois, Cirilo, o sobrinho sucessor do patriarca cristão, expandiu o escopo dos ataques, dirigindo sua ira religiosa dessa vez aos judeus. Exigiu a expulsão da grande população judia da cidade. O governador cristão moderado recusou e essa recusa foi apoiada pela elite intelectual pagã da cidade, cuja representante mais conhecida era a influente, lendariamente linda quando jovem, e imensamente culta Hipátia. Filha de um matemáticos, um dos famosos estudiosos residentes do Museu, havia ficado famosa por suas realizações em Astronomia, Música, Matemática e Filosofia.

As mulheres no mundo antigo muitas vezes tinham vidas reclusas, mas não ela. Na época dos primeiros ataques às imagens pagãs, ela e seus seguidores nitidamente mantiveram distantes, dizendo a si mesmos talvez que a destruição de estátuas animadas deixava intacto o que era realmente importante. Mas com a agitação contra os judeus deve ter ficado claro que as chamas do fanatismo não iriam morrer.

O fato de Hipátia ter apoiado Orestes, governador de Alexandria, quando ele se recusou a expulsar a população judia da cidade, incitou a circulação de boatos de que seu profundo envolvimento com Astronomia, Matemática e Filosofia – tão estranho, afinal, por parte de uma mulher – era sinistro: ela devia ser uma bruxa, praticar magia negra!

Em março de 415, a multidão incitada arrancou Hipátia de sua carruagem e a levou para um templo que simbolizava a destruição do paganismo para dar lugar à “única e verdadeira fé”. Ali, depois de ter as roupas rasgadas, sua pela foi arrancada com cacos de cerâmica. A turba então arrastou seu cadáver para fora dos muros da cidade e o queimou. Seu líder “herói”, Cirilo, acabou canonizado pela Igreja Católica Apostólica Romana…

O assassinato de Hipátia significou mais do que o fim de uma pessoa notável. Ele efetivamente marcou o declínio da vida intelectual alexandrina. Foi o sinal da morte de toda a tradição intelectual pagã da Antiguidade. Nos anos seguintes, a biblioteca de Alexandria com toda sua cultura clássica, praticamente, deixou de ser mencionada.

No fim do século IV, os romanos tinham praticamente abandonado a leitura como atividade séria. Não foram responsáveis só os ataques dos bárbaros ou o fanatismo dos cristãos. Com a perda das âncoras culturais, o Império Romano lentamente desmoronava em uma decadência que levava a uma trivialidade vulgar. No lugar do filósofo, chamava-se o cantor, antecessor da “celebridade” de hoje…

Quando, depois de uma longa e lenta agonia, o Império Romano ocidental finalmente ruiu – o último imperador, Rômulo Augústulo, renunciou sem alarde em 476 (exatamente 1.300 anos antes do nascimento do futuro Império Norte-americano) –, as tribos germânicas que tomaram uma província depois da outra não tinham nenhuma tradição letrada. Como os conquistadores eram em sua grande maioria cristãos, aqueles dentre eles que haviam aprendido a ler e a escrever não tinham nenhum incentivo para estudar as obras de autores pagãos clássicos como os filósofos gregos.

A barbárie predominou devido à intolerância religiosa. 

O Museu Romano Germânico



Quase as margens do rio Reno

É um importante museu arqueológico localizado em Colônia , Alemanha . Inaugurado em 1974 , está localizado próximo à Catedral de Colônia , no local de uma vila romana do século III, descoberta em 1941 durante a escavação de um abrigo antiaéreo .
O museu apresenta um importante acervo de objetos das escavações da ex -colônia romana de Colônia Claudia Ara Agrippinensium , de onde surgiu a atual cidade de Colônia. Foi construído com a ideia de proteger in situ a villa romana e o famoso mosaico de Dionísio , bem como um troço da estrada romana a seguir. Na verdade, o próprio museu é um sítio arqueológico .
A maioria de suas coleções vem do antigo Museu Wallraf-Richartz , que as abrigou até 1946 .
A fachada do museu apresenta a antiga porta norte do recinto romano de Colônia, com a inscrição CCAA: Colonia Claudia Ara Agrippinensium .

A villa e o mosaico
Grande parte do chão está coberto com o mosaico restaurado de Dionísio. Incapaz de ser facilmente transportado, os arquitetos Klaus Renner e Heinz Röcke projetaram o museu em torno do mosaico, que data de 220-230. Os acessos e distribuição interior do museu reproduzem a planta da cidade velha.
O monumental túmulo do legionário Poblicio (por volta do ano 40 ) foi reconstruído no salão principal. Esta tumba de 15 m de altura foi descoberta em 1965 perto de Colônia.
O museu também é uma instituição para a preservação do patrimônio cultural de Colônia: foi encomendado para supervisionar a construção do metrô de Colônia de um ponto de vista arqueológico.

São Roque, O Município do Vinho



Fica no interior do Estado de São Paulo, situado na Região Metropolitana de Sorocaba, na Mesorregião Macro Metropolitana Paulista e na Microrregião de Sorocaba.
São Roque é um dos 29 municípios paulistas considerados estâncias turísticas pelo Estado de São Paulo, por cumprirem determinados pré-requisitos definidos por Lei Estadual. Tal status garante a esses municípios uma verba maior por parte do Estado para a promoção do turismo regional. Também, o município adquire o direito de agregar junto a seu nome o título de Estância Turística, termo pelo qual passa a ser designado tanto pelo expediente municipal oficial quanto pelas referências estaduais.
O turismo “bate volta” é muito importante na cidade. Pessoas de toda a região no raio aproximado de 100 km visitam a cidade semanalmente onde usufruem de belos passeios, restaurantes variados e dos vinhos, licores, destilados, alcachofra e doces produzidos na cidade.
Fundada na segunda metade do século XVII pelo bandeirante Pedro Vaz de Barros – mais conhecido como Vaz-Guaçu – a cidade surgiu de uma enorme fazenda e uma capela por ele erigida no local. A capela – então localizada onde hoje é a Praça da Matriz – foi levantada em devoção a São Roque. A fazenda tinha por objeto o cultivo de vinhedos e de trigais, utilizando-se mão-de-obra indígena e mais tarde, de escravos africanos. Pouco depois da criação dessa fazenda, o irmão de Pedro Vaz – Fernão Paes de Barros, também veio a se instalar em São Roque, nos mesmos moldes que seu irmão, fundando uma fazenda e uma capela, contudo em louvor a Santo Antônio.
A capela original a São Roque, bem como as igrejas barrocas que a sucederam no Largo da Matriz foram derrubadas e sucessivamente “modernizadas”, assim como todo o entorno paisagístico do Largo da Matriz. Ao que consta, até a década de 1940, o Largo da Matriz era formado por um conjunto arquitetônico barroco, tendo a sua volta casarões.

Antes de ter sido elevado à condição de vila em 1832, o povoado foi declarado freguesia de Santana de Parnaíba, no ano de 1764. Em 1864, é elevado à categoria de município. Entre 1872 e 1875, é inaugurada a Santa Casa de Misericórdia e a estação da Estrada de Ferro Sorocabana. No final do século XIX, tem sua economia impulsionada pela chegada de imigrantes italianos.
Ao que consta, essas melhorias foram levadas a cabo em função da influência político do Sr. Antônio Joaquim da Rosa, o Barão de Piratininga, importante personalidade são-roquense, e ao que consta, amigo pessoal do Imperador D. Pedro II.
Em 1890, o industrial italiano Enrico Dell’Acqua funda a BRASITAL, uma das primeiras indústrias têxteis do Brasil, a qual funcionou até meados dos anos 1970. Hoje, faz parte do patrimônio público municipal, abrigando um centro cultural e educativo, bem como a biblioteca municipal.
opografia
O município de São Roque localiza-se numa região de morfologia bastante acidentada, atingindo 1200 metros de altitude em alguns locais, e caindo para 600 metros em outros. Pontos destacados de maior altitude podem ser citados, como:

Alto da Serra – Estrada da Aeronáutica: 1.100 metros de altitude;
Morro do Saboó: cerca de 1.000 metros de altitude (visível de áreas de municípios vizinhos);
Morro do Sky Mountain Park: cerca de 1.200 metros de altitude.
Clima
O clima de São Roque é o subtropical Cwa, segundo a classificação climática de Köppen, com média no mês mais quente, fevereiro, de 30 °C e média no mês mais frio, julho, de 15,5 °C e a média de precipitação anual é de 1352mm, geadas ocorrem em praticamente todos os invernos. Em 17 de julho de 2000, São Roque registrou uma temperatura de -3 °C, segundo o governo do estado de São Paulo.
Hidrografia
Rio Aracaí
Rio Carambeí
Rio Guaçu
O trajeto da rodoviária de São Roque até a rodoviária da Barra Funda é percorrido de uma hora e vinte minutos pela Rodovia Castelo Branco a duas horas pela Rodovia Raposo Tavares, dependendo da fluência do trânsito nas Marginais do Tietê e Pinheiros.
O município é ligado à capital do estado por meio de duas rodovias, a Raposo Tavares SP-270 e a Castelo Branco SP-280. A primeira também liga São Roque a Sorocaba, o centro econômico regional mais importante da região. Existe uma ferrovia ligando São Roque a São Paulo e a Sorocaba: trata-se da Linha Tronco da antiga Estrada de Ferro Sorocabana.
São Roque abriga a “Casa e a Capela do Sítio Santo Antonio”, um bem cultural de relevância nacional, tombado pelo Instituto do Patrimônio Histórico Nacional IPHAN no ano de 1941. A casa-grande foi edificada no século XVII, no ano de 1681, pelo bandeirante Fernão Paes de Barros. Trata-se de conjunto arquitetônico de natureza singular, formado por uma casa-grande e uma capela feitas em taipas de pilão, sendo a mais antiga da região. Um dos primeiros a reconhecer seu valor arquitetônico e histórico foi o escritor modernista Mário de Andrade- cuja família doou o imóvel ao Patrimônio Histórico Nacional após sua morte, conforme desejo do escritor.
Digna de ser visitada é a reserva ecológica conhecida localmente como “Mata da Câmara”, um parque municipal no qual se pode admirar a vegetação natural da Mata Atlântica, com suas típicas orquídeas, bromélias, etc. A área faz parte do chamado “cinturão verde da Mata Atlântica”, reconhecido como patrimônio natural da humanidade pela UNESCO.
Além disso, São Roque é conhecida como a Terra do Vinho. A cidade possui em seu território diversas vinícolas, que produzem os mais variados tipos de vinho. Anualmente, no mês de outubro, a cidade promove a “Expo São Roque”, exposição que reúne produtores de vinhos, uvas e alcachofras, com o objetivo de vender os seus produtos diretamente para o consumidor final.

Mega Bloco – Aspectos culturais da sexualidade humana


sexo bloco
Segundo a Organização Mundial da Saúde, a sexualidade é a “energia que motiva a encontrar o amor, contato e intimidade e se expressa na forma de sentir, nos movimentos das pessoas e como estas se tocam e são tocadas”.
A sexualidade possui fortes traços da cultura. Esse aspecto fica muito evidente quando você passa um bom tempo em outro país ou quando assiste filmes ou seriados estrangeiros, como, por exemplo, no seriado Gilmore Girls. Preste atenção no próximo que você assistir.
Cabe aqui deixar claro que quando falamos de sexualidade estamos nos referindo a todos seus aspectos, a saber, biológicos, de orientação sexual, identidade sexual, de papeis dos gêneros e a prática do ato sexual em si.
Assim, a sexualidade é um fenômeno amplo e complexo e por isso tem sido objeto de estudo da biologia, fisiologia, sociologia, antropologia, história e psicologia. O que todas essas áreas têm em comum? Todas atestam que sexualidade e sexo não são sinônimos.
A palavra sexo está ligada às características biológicas (anatomia e fisiologia dos órgãos sexuais masculino e feminino), e é usada para se referir ao ato sexual. Já o conceito de sexualidade é muito mais amplo, estando ligado à qualidade e significação do que é sexual.
A Organização Mundial de Saúde (OMS) entende a sexualidade como sendo influenciada pela interação de fatores biológicos, psicológicos, sociais, econômicos, políticos, culturais, legais, históricos, religiosos e espirituais.
Para os seres humanos a sexualidade envolve diferentes aspectos além do próprio ato em si, envolve sentimentos, sensações, sonhos e expectativas, experiências anteriores e aspectos culturais, familiares, físicos e espirituais e tantos outros. Podemos dizer, então, que a sexualidade envolve a emoção, o afeto e a cultura.
É tema de discussão em muitas áreas, por exemplo, biologia, medicina, história, sociologia, antropologia e psicologia.
Todas essas áreas possuem uma mesma base comum, a saber, que o respeito deve ser a base das relações, o respeito a si e ao outro. Isso implica, em última instância, que ninguém deve ser obrigado a fazer algo que não quer e/ou não concorda; e também não deve obrigar ninguém a fazê-lo.
É importante ressaltar que a afetividade não está ligada apenas a sentimentos bons ou positivos. Em todas as relações existem bons e maus momentos, sentimentos afetivos positivos e negativos. Entre os sentimentos negativos da afetividade destacamos a tristeza, medo, raiva, dúvida, entre outros.
Não é exatamente ruim, porque os maus momentos podem gerar crescimento e mudanças pessoais. Podem também estar ligados às épocas em que é importante cuidar mais das relações, consigo mesmo e com o outro – às vezes essa atenção maior se dá devido a problemas e insatisfações externas e não exatamente da relação.
Tanto o conceito de afetividade, quanto o de sexualidade são fortemente influenciados pela cultura. Por esse motivo é preciso ter sempre muito claro aquilo que você deseja para você mesmo e para aqueles que ama, e quais são suas expectativas e valores reais. É preciso evitar estigmas que desqualificam os desejos e sonhos alheios e que justificam a violência.
O respeito às diferenças e a reflexão sobre elas, pode evitar a reprodução automática e impensada de comportamentos agressivos e violentos.
Ter sempre em mente que ninguém é obrigado a fazer aquilo que não quer, não concorda, não deseja ou não entende – e que isso vale para você mesmo e para todas as outras pessoas, é uma das melhores atitudes na vida.

Pesquisadores encontram livros envenenados em biblioteca universitária


livro envenenado
Alguns deve se lembrar do livro letal de Aristóteles que tem um papel importante na premissa da obra O Nome da Rosa, de Umberto Eco. Envenenado por um monge beniditino louco, o livro dá início ao caos no monastério italiano do século 14, matando todos os leitores que lambem seus dedos antes de virar as páginas tóxicas. Algo do tipo poderia acontecer na realidade?

Nossa pesquisa indica que sim: descobrimos que três livros raros da coleção da biblioteca da Universidade do Sul da Dinamarca contêm grandes concentrações de arsênico em suas capas. Os livros são de vários assuntos históricos e foram publicados entre os séculos 16 e 17.
As características venenosas dos livros foram detectadas por meio de análises de raios-x fluorescente. Essa tecnologia demonstra o espectro químico de um material ao analisar a radiação “secundária” emitida por ele durante uma grande concentração de energia e é bastante utilizada em campos como os da arqueologia e da arte para investigar os elementos químicos de louças e pinturas, por exemplo.
Brilho verde
Levamos esses livros raros para os raios-x porque a biblioteca já tinha descoberto que fragmentos de manuscritos medievais, como cópias da lei romana e da lei canônica, foram utilizados para desenvolver suas capas. É bem documentado que encadernadores dos séculos 16 e 17 costumavam reciclar pergaminhos antigos.
Tentamos identificar os textos usados em latim, ou pelo menos tentar ler parte desses conteúdos. Mas então descobrimos que os textos em latim nas capas dos três volumes eram difíceis de ler por conta de uma camada grossa de tinta verde que escondia as letras antigas. Então os levamos para o laboratório: a ideia era atravessar a camada de tinta usando raios-x fluorescentes e focando nos elementos químicos da tinta que estava por baixo dela, como o ferro e o cálcio, na esperança de que as letras ficassem mais legíveis para os pesquisadores da universidade.
A nossa análise, no entanto, revelou que o pigmento verde da camada era de arsênio. Esse elemento químico está entre as substâncias mais tóxicas do mundo e a exposição a ele pode causar vários sintomas de envenenamento, o desenvolvimento de câncer e até morte.

O arsênio é um metalóide que, na natureza, geralmente é combinado com outros elementos como carbono e hidrogênio. Esse é conhecido como arsênico orgânico. Já o arsênio inorgânico, que pode ocorrer em formas puramente metálicas e em outros compostos, tem variáveis mais perigosas e que não diminuem com o passar do tempo. Dependendo no tipo e duração de exposição, os sintomas do arsênio podem incluir irritação no estômago, no intestino, náusea, diarreia, mudanças na pele e irritação dos pulmões.
Acredita-se que o pigmento verde que contém arsênio seja do tom “verde Paris”, que contém acetoarsênio de cobre. Essa cor também é conhecida como “verde esmeralda” por conta de seus tons verdes deslumbrantes parecidos com o da pedra rara. O pigmento — um pó cristalino — é fácil de fazer e já foi utilizado com vários propósitos, principalmente no século 19. O tamanho dos grãos do pós influenciam o tom das cores, como pode ser visto em tintas a óleo. Grãos maiores produzem um verde mais escuro, enquanto os menores produzem um verde mais claro. O pigmento é conhecido principalmente por sua intensidade de cor e resistência a desaparecer.

Pigmento do passado
A produção industrial do verde Paris começou no início do século 19 na Europa. Pintores impressionistas e pós-impressionistas usavam diferentes versões do pigmento para criar suas vívidas obras de arte. Isso significa que muitas peças de museu hoje contêm o veneno. Em seu auge, todos os tipos de materiais, até capas de livros e roupas, podiam receber uma camada do verde Paris por razões estéticas. O contato contínuo com a substância, é claro, levava a pele dos envolvidos a desenvolver alguns dos sintomas de exposição abordados acima.
Mas na segunda metade do século 19, os efeitos tóxicos da substância eram mais conhecidos, e as variáveis de arsênio pararam de ser utilizadas como pigmentos e passaram a ser usadas mais em pesticidas em plantações. Outros pigmentos foram encontrados para substituir o verde Paris em pinturas e na indústria têxtil. No meio do século 20, o uso da substância em fazendas também foi diminuindo.
No caso dos nossos livros, o pigmento não foi utilizado por motivos estéticos. Uma explicação plausível para a aplicação — possivelmente no século 19 — da substância em livros velhos é para protegê-los de insetos e vermes. Em algumas circunstâncias, compostos de arsênio podem ser transformados em um tipo de gás venenoso com cheio de alho. Há histórias sombrias de papeis de parede vitorianos verdes acabando com a vida de crianças em seus quartos.

Agora, a biblioteca guarda nossos três volumes venenosos em caixas separadas em cabines ventiladas. Também planejamos em digitalizá-los para minimizar o contato físico. Ninguém espera que um livro contenha uma substância venenosa, mas isso pode acontecer.

Ilíada e Odisseia


DO QUE TRATA

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“Canto, ó deusa, a cólera de Aquiles” é o verso inicial e o tema central da Ilíada, que em seus mais de 15 000 versos relata a fúria do herói Aquiles, filho de uma deusa e um mortal, e suas trágicas conseqüências na Guerra de Troia, na qual mata Heitor, o fi lho do rei de Troia. Odisseia conta as difíceis aventuras que enfrenta Ulisses, rei de Ítaca, e seu retorno para casa após a guerra, onde o esperam sua esposa, Penélope, e o fi lho, Telêmaco.

QUEM ESCREVEU
Homero foi um dos primeiros poetas da Grécia antiga. Pouco se sabe sobre sua vida, mas calcula-se que tenha nascido por volta dos séculos 8 ou 9 a.C. Pelo menos 7 cidades gregas disputam a honra de ter sido seu berço. Já houve até quem questionasse a própria existência do poeta.

POR QUE MUDOU A HUMANIDADE
São os 2 maiores poemas épicos da história, considerados o início da literatura narrativa ocidental. Tiveram enorme influência nas manifestações da arte, da literatura e da civilização do Ocidente, e seus personagens e sagas se tornaram símbolos e sínteses de toda a aventura humana.
Levados pelas diferenças de estilo de cada poema, estudiosos há séculos discutem a hipótese de cada um dos textos pertencer a um autor diferente. Ou de ambos serem a recomposição de poemas anteriores, da tradição oral, reunidos por um poeta anônimo.

Universidades da Idade Média


No tramitar da Idade Média, uma grande parte da população não tinha acesso ao conhecimento, nem mesmo o básico que é ler e escrever, e não tinha nenhuma perspectiva na vida de reter tais conhecimentos.
O que ocorria neste período é o que ocorre nos dias atuais, as disparidades financeiras e de oportunidades. Na Idade Média ler e escrever eram privilégio de uma estreita parcela da população composta por integrantes da igreja e comerciantes.
As primeiras escolas medievais se instalavam e eram regidas pelas igrejas e mosteiros, a partir do século XII, houve uma conscientização acerca da educação, pois a formação se fazia importante no comércio, que utilizava a escrita e o cálculo, e nesse mesmo período surgiram escolas fora da igreja.
As universidades tiveram início no século XIII, como um tipo de associação de professores e alunos que se unia para questionar as autoridades, a universidade da França surgiu a partir de uma associação de professores e a da Itália foi composta por alunos.
As universidades da Idade Média permitiam dentro de suas dependências o livre pensamento e ideologias, nesta época existia faculdade de artes, medicina, direito e teologia, todas as aulas eram ministradas em latim assim como grande parte das obras escritas.
No século XI desenvolveu-se uma literatura variada: A poesia épica (falava sobre heróis e honra), a poesia amorosa (falava de amor e admiração à mulher) e Romance (guerra, aventura e amor).
No campo da filosofia, os principais eram Santo Agostinho e São Tomás de Aquino, o primeiro defendia a razão e o mundo espiritual como superior e o segundo afirmava que o homem não devia se apoiar na religião.

Dica de Livro – A China Antes e Depois de Mao Tse Tung


China C Rossi
Trechos do ☻Mega Foram Usados Para Escrever o Livro
Este livro junta artigos de Ernest Mandel, S. Wu, Carlos Rossi, Pierre Rousset, Roland Lew acerca da evolução da Revolução Chinesa.
O crescimento demográfico aliado aos fenômenos de urbanização, industrialização e disseminação dos padrões de consumo das nações mais desenvolvidas em direção às nações menos desenvolvidas tem exacerbado o conflito redistributivo em nível mundial. A globalização da economia e a monopolização dos mecanismos de mercado como forma de alocação de recursos e decisão sobre o que produzir e consumir expõe as enormes contradições abrigadas dentro do sistema via os impactos ambientais e o preço das “commodities” agrícolas e minerais, aí incluso o petróleo.
Quando Mao Tsé-tung morreu, em 1976, a China era um país rural de 1 bilhão de habitantes, pobre, quase paupérrimo, com 85% de sua população vivendo no campo numa economia de subsistência, com uma parca dieta vegetal, sem meios de transporte além de pernas, bicicletas e de seus animais.
A maior fonte de energia disponível era primária, tirada deles próprios ou da natureza sem nenhuma sofisticação industrial. A infraestrutura de energia e transporte era quase inexistente para o tamanho de sua população, e os padrões de consumo, tão frugais que seria impossível a um ocidental imaginar como eles podiam viver daquela maneira. O sonho de consumo de um chinês era um rádio e uma bicicleta, e a moda, ano após ano, eram os indefectíveis terninhos tipo Mao, com o mesmo design e cores, distribuídas duas ou três peças por habitante. Tudo era racionado, da comida ao sabonete. Os níveis de consumo da China, principalmente de alimentos, beiravam o limite da sobrevivência, daí a grande criatividade dos chineses nos ingredientes de sua culinária, principalmente no que tange a proteína animal.
O impacto da China no mercado mundial de commodities agrícolas, minerais e energia era zero, assim como seu impacto no mercado de bens industrializados. Embora já dispusesse de um razoável poderio militar e inclusive detentora de bombas nucleares, do ponto de vista do impacto econômico no mundo e pressão sobre recursos naturais e emissão de poluentes, tudo se passava como se a China e suas centenas de milhões de habitantes não existissem! Era um enorme ponto no mapa mundial despertando mais curiosidade do que qualquer preocupação. A China de Mao, em 1976, não era muito diferente da China vista por Marco Polo ao final do século 13 ou por Lorde MacCartney ao final do século 18. A China era um imenso país igualitário, vivendo na pobreza absoluta.
Em 2012, apenas 36 anos depois, a China de Hu Jintao, em termos mundiais, era a segunda maior economia, a primeira nação industrial e maior exportador de bens industriais. O país é hoje o maior produtor e consumidor mundial de aço, alumínio, cimento, automóveis, eletrodomésticos, computadores, roupas, sapatos, para nomear alguns itens. Maior consumidor mundial de alimentos, energia e commodities minerais. Nesse curto espaço de tempo, a China deixou de ser uma bucólica nação agrícola e rural para se tornar uma nação industrializada, quase urbana com mais de 50% de sua população vivendo nas cidades.
Nossa civilização ocidental desenvolveu um modelo econômico baseado na abundância relativa, isto é, os recursos do mundo são para todos e devem ser comercializados livremente pelas forças de mercado, mas os padrões de vida e consumo, não. Assim caberá a algumas nações e povos trabalharem mais e fornecerem os recursos. E a outras consumirem. Umas viverão na abundância e outras na penúria! Parafraseando Clausewitz, que dizia que “a guerra é continuação da política sob outros meios”, atrevo a dizer que “a globalização dentro da visão ocidental é a continuação do colonialismo e da escravidão sob outras formas”.

Depois de séculos de exploração colonial, a pregação pela abertura comercial e dos benefícios da economia de mercado, propagados à exaustão pelas nações abastadas do centro como modelo a ser seguido pelas nações pobres da periferia, parece não estar resistindo a seu grande teste que é o crescimento chinês. Imaginem se os demais 4,7 bilhões da população mundial seguirem o mesmo caminho da China! O crescimento acelerado da China era tudo que as nações ocidentais não sabiam que não queriam!

mao tse tung

Literatura Clássica – Os três Mosqueteiros


os 3 mosqueteiros
Romance histórico escrito pelo francês Alexandre Dumas. Inicialmente publicado como folhetim no jornal Le Siècle de março a julho de 1844, foi posteriormente lançado como livro, ainda em 1844, pelas Edições Baudry, e reeditado em 1846 por J. B. Fellens e L. P. Dufour com ilustrações de Vivant Beaucé.
É o volume inicial de uma trilogia, com base nos importantes fatos do século XVII francês: dos reinados dos reis Luís XIII e Luís XIV e da Regência que se instaurou entre os dois governos.
O título previsto inicialmente seria “Athos, Porthos e Aramis”, mas foi alterado para “Os Três Mosqueteiros” por sugestão de Desnoyers, encarregado da secção de folhetins do “Siècle”, para quem o título evocava aos leitores as três Moiras da mitologia grega (Parcas, na mitologia romana). Dumas aceitou este último título notando que seu absurdo (já que seus heróis são ao todo quatro) contribuiria para o sucesso da obra
Este livro conta a história de um jovem de 18 anos, proveniente da Gasconha, D’Artagnan, que vai a Paris buscando se tornar membro do corpo de elite dos guardas do rei, os mosqueteiros do Rei. Chegando lá, após acontecimentos similares, ele conhece três mosqueteiros chamados “os inseparáveis”: Athos, Porthos e Aramis. Juntos, os quatro enfrentaram grandes aventuras a serviço do rei da França, Luís XIII, e principalmente, da rainha, Ana de Áustria.
Encontraram seus inimigos, o Cardeal Richelieu e os seus guardas, além de Milady, uma bela mulher à serviço de Richelieu, que já foi casada com Athos. Essa lista também inclui os huguenotes e os ingleses, inimigos da Coroa francesa.
Com seus numerosos combates e suas reviravoltas romanescas, “Os Três Mosqueteiros” é o exemplo típico do romance de capa-e-espada.
Na primeira segunda-feira do mês de abril de 1625, o burgo de Meung vê o jovem d’Artagnan, que pretende entrar para a companhia dos Mosqueteiros do Rei, ser humilhado por dois desconhecidos, na verdade agentes do Cardeal Richelieu: Rochefort e Milady de Winter. Rochefort lhe confisca uma carta de recomendação escrita por seu pai para Monsieur de Tréville, capitão dos Mosqueteiros do Rei. Já em Paris, mesmo sem a carta, d’Artagnan apresenta-se ao M. de Tréville, que não pode lhe prometer um lugar na companhia. Saindo da entrevista, em perseguição a Rochefort, Rostad Lok que havia reconhecido da janela, d’Artagnan provoca contra sua vontade três mosqueteiros para um duelo, ao esbarrar no ombro de Athos, ao se enrodilhar no boldrié de Porthos e ao apanhar do chão um lenço que comprometia Aramis.
O herói de “Os Três Mosqueteiros” é baseado no personagem histórico Charles de Batz de Castelmore d’Artagnan do regimento de Luís XIII de França: os “Cadetes da Gasconha”. Seu nome é citado em memórias e correspondências da época, notadamente nas de Madame de Sévigné. Alexandre Dumas dispunha como fonte das “Memórias de M. D’Artagnan” de Gatien de Courtilz de Sandras redigidas em 1700, 27 anos após a morte de d’Artagnan[2]. Dumas pinça daí uma grande quantidade de detalhes que reescreve dentro de seu estilo bastante pessoal.
O projeto deste livro que dá origem à trilogia sobre d’Artagnan e os Três Mosqueteiros é originalmente uma idéia de Auguste Maquet, constante colaborador de Dumas, que o ajuda na redação do romance.
As memórias da época em que ocorrem os eventos abordados pelo livro lhes fornecem um manancial de intrigas, notadamente no episódio dos ferretes da rainha que é narrado, por exemplo, por La Rochefoucauld no primeiro capítulo de suas “Memórias”.

História Antiga – O Conceito de Helenismo


O HELENISMO de Alexandre, o grande.
O conceito de Helenismo foi usado pela primeira vez pelo historiador alemão Johann Gustav Droysen (1808-1884) para caracterizar o processo de expansão da cultura helênica, isto é, grega, para outras regiões do mundo antigo após a morte do imperador Alexandre, O Grande.

Alexandre, O Grande, ou Alexandre Magno (como também é conhecido), viveu entre os anos 356 e 323 a.C. Era oriundo da Macedônia, região da Península Balcânica que possuía forte conexão com as cidades-estado gregas, tendo se erguido enquanto organização política com inspiração em vários elementos da civilização grega. Alexandre era filho de Felipe da Macedônia e teve como preceptor o filósofo grego Aristóteles, tendo estudado em Atenas com esse sábio.

Ao contrário de seu pai, Alexandre conseguiu expandir os domínios da Macedônia para toda a Hélade (como era conhecido o complexo de cidades-estado da Grécia Antiga), criando um império helênico que primava pela centralidade da cultura grega, sobretudo por aquilo que havia sido desenvolvido em suas principais cidades, como Atenas, Esparta e Tebas, em sua forma de organização política. Dessa maneira, aspectos do teatro, arquitetura, organização militar, música, vestimenta, filosofia, conhecimento astronômico, poético e toda a ampla atmosfera política e cultural das cidades gregas foram absorvidos por Alexandre, que procurou expandi-las para além da Península Balcânica, levando-os em direção aos domínios de seu império.

O Império de Alexandre compreendia uma vastidão que ia desde o norte da África, passando pelos domínios do antigo Império Persa, no Oriente Médio, o leste europeu, até chegar à Índia. Em toda essa região foram disseminados os elementos da cultura grega. Um dos exemplos mais famosos é o da cidade de Alexandria (que leva o nome de seu fundador), construída no nordeste do Egito, que se tornou símbolo intelectual da época helenística, em virtude de sua famosa biblioteca de rolos de papiros, que comportava cópias de obras de vários sábios da antiguidade.
Após a morte de Alexandre, seus generais dividiram o império entre si e sustentaram a herança administrativa e cultural que Alexandre os legou até a época em que Roma passou a expandir-se e a dominar os antigos territórios conquistados por Alexandre. Esse período de florescimento, expansão e domínio da cultura grega no mundo antigo foi o que caracterizou o helenismo.

Por que os escoceses usam “saia”?


saia escocesa
Para começar, não é exatamente uma saia – ai de você se chamar o kilt de saia na frente de um escocês!
No final do século 14, ele já era usado pelo povo gaélico, que vivia na Irlanda. Com a migração dos gaélicos para a região úmida e chuvosa das Highlands, no norte e no oeste da Escócia, o aparato foi adotado pelos escoceses da região. Os kilts serviam para a proteção contra a umidade e o frio típicos de lá.
O tecido era feito de lã escovada, que impermeabilizava à água. Naquela época, a peça única era presa ao corpo, como um tipo de manto. É aí que está a origem do nome “kilt”, que, na antiga língua falada na Escócia, significa o ato de “prender uma roupa no corpo”. O tipo de xadrez do kilt (chamado de tartan) mudava de estampa de acordo com o clã daqueles que o usavam. A peça atual, em formato de saia, é criação escocesa e só passou a ser usada a partir do século 18.
No século seguinte, foi adotada como símbolo de identidade nacional e hoje é vestida por cidadãos escoceses e de outros países, como Inglaterra, em ocasiões diversas, como festas formais, eventos da moda ou pela plateia de jogos esportivos.

Mega Cult – Os Ditos Populares de outros países


“Quando um navio está afundando, os ratos são os primeiros a pular fora”
Alemanha
Esse provérbio , que tem equivalentes ao redor de todo o mundo, surgiu no tempo das grandes navegações. Seu significado é o de que, quando as coisas começam a ficar ruins, as pessoas egoístas – e também covardes – só se preocupam com si mesmas.

“A manhã tem ouro na boca”
(Morgenstund hat Gold im Mund)

Alemanha
Essa rima alemã (acredite, em alemão essas palavras rimam) é um recado direto para os dorminhocos e procrastinadores. Ele diz algo como o nosso “Deus ajuda quem cedo madruga”. Sua origem está em um antigo ditado latino: “Aurora musisamica” (algo como “A aurora é a amiga das musas”).

“Muito trabalho e pouca diversão tornam Jack um menino aborrecido”
(All work and no play makes Jack a dull boy)

Inglaterra
E vai dizer que isso não é a pura verdade? Quem só trabalha e não se diverte costuma se aborrecer muito – além de aborrecer os outros. O ditado, que surgiu na Inglaterra do século 17, faz referência à obra do sábio Ptah-Hotep, do Egito antigo.

“Da Espanha, nem bom vento, nem bom casamento”
(De Espanha, nem bom vento, nem bom casamento)

Portugal
Foi da eterna rixa da Península Ibérica que surgiu esse ditado um tanto maldicente. As cortes de Portugal e da Espanha se notabilizaram por casamentos mal-sucedidos entre os nobres dos dois países – como no caso de Carlota Joaquina e dom João VI. Mas a expressão também tem uma explicação geográfica: como a Espanha tem um território montanhoso, os ventos que chegam a Portugal do leste, durante o inverno, são mais secos e rigorosos que os do oceano, ao oeste.

“Estão chovendo cães e gatos”
(It’s raining cats and dogs)

Inglaterra e EUA
Um clichê sobre o clima em língua inglesa (algo como “Estão chovendo canivetes”). Existem várias origens dessa expressão; a mais lúdica diz que seria uma espécie de conexão das tempestades a Odin (deus nórdico do trovão, associado a cães) e a bruxas (associadas a gatos).

“Veio para passar khol nos olhos dela, deixou-a cega”
(Ija mishan Kahila, Amaha)

Arábia Saudita
Às vezes, você quer melhorar algo e acaba piorando a situação… Isso não acontece só com você, acredite. Pois é exatamente o recado desse ditado árabe que usa a figura de uma mulher que quer deixar os olhos mais vistosos (khol é uma espécie de lápis preto), mas acaba se dando mal.

“Até a Virgem de Pilar, o tempo começa a mudar”
(Hacia la Virgen del Pilar comienza el tiempo a cambiar)

Espanha
A Virgem de Pilar é a padroeira da Espanha. Em 12 de outubro o povo de todo aquele país – e especialmente da cidade de Saragoza, no nordeste espanhol – celebra de o dia da santa em uma grande festividade. Como essa época do ano coincide com o final do calor e começo das chuvas no Hemisfério Norte, a cultura espanhola acabou cunhando esse ditado, que por aqui é um tanto desconhecido.

“Não existe tempo ruim, apenas roupas ruins”
(Det finns inget dåligt väder, bara dåliga kläder)

Suécia
Também encontrado em inglês no romance Dombey e Filho, de Charles Dickens, o provérbio é muito popular na Suécia. A ideia central é de que tudo é uma questão de adaptação. Assim como qualquer clima é aceitável se estivermos com as roupas certas, tudo na vida pode ser ajustado de acordo com a situação.

“Mais quente que sovaco de tosador de ovelhas”
(Hotter than a shearer’s armpit)

Austrália
Expressões sobre o tempo têm variantes em diversos idiomas. A cultura da Austrália, um país de clima quente e com uma população gigantesca de ovinos, moldou esse ditado, que, cá entre nós, faz sentido: afinal, não deve ser muito agradável segurar uma ovelha e tosar sua lã sob um calor escaldante.

“Primeiro vem a comida, depois a moral”
(Erstkommt das Fressen, dann die Moral)

Alemanha
Essa expressão popular que também parece uma regra deconduta é uma citação da obra A Ópera dos Três Vinténs, do dramaturgo Bertold Brecht. É uma amostra de que as necessidades básicas (a fome, no caso) conseguem impedir-nos de nos preocupar com as questões que deveriam ser mais importantes.

“Melhor bolinhos que flores”
(Hana-yoridango)

Japão
O ditado está relacionado ao Hanami, tradicional costume japonês de contemplar a beleza das cerejeiras na primavera. Aqui, a ideia é a ironia: durante os festivais é comum as pessoas levarem lanches para se alimentar e a gulodice acaba deixando de lado a apreciação das flores.

“Na falta de pão, boas são tortas”
(A falta de pan, buenas son tortas)

Espanha
A expressão espanhola vem de uma situação pela qual muita gente já passou alguma vez na vida: chegar tarde demais à padaria e não ter mais pão para comprar. A torta em questão era um tipo de pão seco que dura muitos dias, menos saborosa que o pão comum. Nosso equivalente mais conhecido seria “Quem não tem cão caça com gato”, que tem origem diferente, mas mesmo sentido.

“A neve é a manta do agricultor”
(Kar çiftçinin yorganidi)

Turquia
Surgiu a partir da atividade agrícola, importante para a economia turca. O sudeste turco tem invernos longos e é justamente a neve que protege o solo: ela é um bom isolante térmico e evita que as plantas congelem, garantindo as safras de inverno.