Guerra – Palestina X Israel


Entendendo o Conflito
O episódio mais recente começou neste sábado (dia 7 de outubro), com uma onda de ataques do grupo palestino Hamas – a que Israel respondeu lançando mísseis na Faixa de Gaza.
Acontece que esses dois povos já viveram em paz no território que hoje corresponde a Israel, por mais improvável que isso possa parecer. Eles coexistiram por lá, de forma relativamente tranquila, até o fim do século 19, enquanto aquela região era uma província do Império Otomano – um Estado gigante, que ocupava quase todo o norte da África, boa parte do Oriente Médio e um pedaço do Leste Europeu.
Nas primeiras décadas do século 20, porém, essa harmonia daria lugar a um cenário sombrio, de muita violência e destruição. Era o início de uma crise profunda, que rende notícias desalentadoras até hoje. Tudo começou com a derrocada do Império Otomano na 1ª Guerra Mundial (1914-1918). Derrotado pela Tríplice Entente, a aliança militar formada por Reino Unido, França e Império Russo, o gigante se esfacelou. E a Liga das Nações, organização antecessora da ONU, determinou que a administração da Palestina fosse entregue à Grã-Bretanha. Começava ali, no ano de 1920, o Mandato Britânico.
Àquela altura, viviam em território palestino aproximadamente 1 milhão de muçulmanos. Eram descendentes dos árabes que tinham chegado à região por volta do século 7, e de outros povos mais antigos ainda. Mas também havia judeus estabelecidos por lá, algo em torno de 100 mil. Imigrantes oriundos principalmente da Europa Oriental, que, nas décadas anteriores, tinham deixado lugares como a Rússia e a Romênia por causa do antissemitismo em seus países de origem. É provável que a convivência pacífica entre eles em nada tivesse sido alterada não fosse um detalhe: o aumento incessante e exponencial da população judaica. A imigração era incentivada pelo sionismo, movimento internacional criado havia não muito tempo com o objetivo de fundar um Estado judeu em solo palestino. Estima-se que, entre 1882 e 1903, os imigrantes tenham sido algo entre 20 mil e 30 mil. Outros 35 mil chegariam até 1914. E mais 35 mil no período de 1918 a 1923.
A Grã-Bretanha apoiava o movimento e prometia aos sionistas algo difícil de cumprir: criar na Palestina um “lar nacional” para os judeus viverem em segurança, sem violar os direitos dos árabes que já moravam ali. Só que a imigração judaica em larga escala criava óbvios conflitos entre os dois povos.
Revolta árabe
Nos anos seguintes, novos distúrbios foram se repetindo, ainda que menos intensos. “Os choques se tornaram comuns, em decorrência, principalmente, das disputas por terras e por água, bens cada vez mais escassos e disputados devido ao aumento progressivo da população”. Naquele episódio, os árabes assassinaram nada menos que 69 pessoas, entre homens, mulheres e crianças. Um verdadeiro massacre, motivado por rumores de que os judeus planejavam tomar o Monte do Templo em Jerusalém (hoje também conhecido como Esplanada das Mesquitas, lugar sagrado para os islâmicos). Casas, comércios e sinagogas foram queimadas, num frenesi de violência que obrigou as autoridades britânicas a retirar de Hebron todos os 400 e tantos judeus sobreviventes. Era o prenúncio de algo que estava por vir: a Rebelião Árabe de 1936.
A revolta duraria três anos, até 1939.
Algumas estimativas indicam que o número de árabes mortos durante a rebelião pode ter passado de 5 mil. Mais de 10% da população islâmica masculina adulta, com idade entre os 20 e os 60 anos, teria sido atingida de alguma maneira, entre mortos, feridos, presos e exilados.
Enquanto a Palestina pegava fogo, com árabes, judeus e britânicos se engalfinhando, o movimento sionista internacional seguia estimulando a imigração em massa para lá. Convencidos de que o contínuo aumento da população judaica só levaria a tensão a níveis ainda mais críticos, os britânicos acabaram recuando em sua promessa de criar naquele território um Estado judeu. Restrições imigratórias começaram a ser adotadas. E a resposta foi imediata, com a comunidade judaica organizando uma rede de apoio à imigração ilegal.
Entre 1945 e 1948, cerca de 85 mil judeus chegariam à “Terra Prometida” por vias extraoficiais. Bloqueios navais e patrulhas de fronteira não surtiam o efeito desejado. Em 1947, a Grã-Bretanha ordenou o retorno à Europa do navio Exodus, que havia zarpado da França com mais de 4,5 mil judeus a bordo, a maioria absoluta composta de sobreviventes do Holocausto. A embarcação foi cercada pela Marinha britânica na costa da Palestina e impedida de atracar no porto de Haifa. O incidente deixou perplexa a comunidade internacional, que ainda digeria o que havia acontecido com os judeus nos sórdidos campos de concentração da Alemanha nazista durante a 2ª Guerra Mundial (1939-1945).
Uma guerra civil estava instaurada e o reflexo mais dramático dela parecia ser o êxodo de palestinos. De 1947 a 1948, mais de 700 mil abandonariam seu lar e rumariam para territórios vizinhos, formando gigantescos campos de refugiados. Uma das maiores tragédias humanitárias do século 20, batizada pelos árabes de al-Nakbah (“A Catástrofe”). Nas zonas rurais, algo entre 400 e 600 vilas palestinas foram saqueadas e incendiadas pelos judeus, enquanto a população árabe urbana era praticamente exterminada.

Fontes: UFF (Universidade Federal Fluminense

Superinteressante On Line

Economia (em frangalhos) – Facebook deixará seu principal prédio de escritório no Brasil para reduzir custos



A controladora do Facebook vai deixar seu principal escritório no Brasil
empresa ocupa escritórios na Infinity Tower, no Itaim, desde 2012.
A medida é para diminuir custos e atravessar o momento de crise que afeta as big techs.
Facão na Mão
Seguindo as demissões, que afetaram 11 mil pessoas em todo o mundo, a Meta, companhia dona do Facebook, Instagram e WhatsApp, vai deixar o seu principal prédio de escritório no Brasil como medida para conter custos.
A decisão da mudança foi tomada antes dos cortes desta fatídica quarta (9 de novembro). Mark Zuckerberg, porém, reforçou no anúncio desta quarta que o fechamento e a consolidação de escritórios e espaços de trabalho colaborativos também servirão como medida de contenção. Segundo apurou o jornal O Estado de S. Paulo, o braço brasileiro da operação vai deixar a Infinity Tower, prédio icônico no bairro do Itaim, em São Paulo, que abriga também os escritórios de Apple, Credit Suisse, Goldman Sachs e Bloomberg. A Meta estava no local desde setembro de 2012, ano da inauguração do prédio. Com a mudança, a Meta permanecerá apenas com escritórios no edifício B32, localizado na avenida Faria Lima, também no bairro do Itaim.
Desde 2020, a companhia aluga o espaço, que dividia as operações com o Infinity desde janeiro deste ano. Internamente, o anúncio da mudança foi feito no fim de outubro.
Procurada, a Meta confirmou mudanças na sua estrutura de escritórios no país, mas não falou sobre a saída da Infinity Tower.

Diz a nota: “Os últimos anos trouxeram novas possibilidades em torno do papel dos escritórios. Dentro do nosso compromisso com uma experiência de força de trabalho distribuída, reconhecemos que temos novos tipos de perfis de trabalho, incluindo remoto, híbrido e com presença no escritório durante toda a semana.

“Para apoiar essa evolução, anunciamos em outubro que estamos implementando o compartilhamento de mesas de trabalho, permitindo que as pessoas tenham mais flexibilidade, ao mesmo tempo em que revigoramos nosso ambiente de trabalho. E, para manter uma utilização eficiente dos espaços, desde outubro também estamos otimizando a ocupação de nossos escritórios em alguns locais, incluindo São Paulo”.

Política – Vitória de Lula representa resgate da democracia brasileira


O retorno do petista para um terceiro mandato, depois de passar 12 anos ausente do poder, é celebrado como um resgate da democracia, após um governo de extrema-direita que fraturou a maior economia da América Latina.
O francês Le Monde diz que Luiz Inácio Lula da Silva “faz um retorno espetacular da prisão à presidência”, porém menos triunfal do que se esperava. “Com 50,9% dos votos, a vitória acabou sendo mais complicada” que o previsto e Lula herda um país dividido, avalia o jornal.
No poder, Lula promete construir “um novo Brasil”. Mas, após uma vitória difícil, diante de um Congresso hostil, um contexto econômico incerto e um país violento e ultrapolarizado, ninguém sabe qual será sua margem de manobra, diz o Le Monde.
No Reino Unido, The Guardian afirma que Lula “volta a surpreender” ao vencer a extrema-direita e recuperar a liderança, prometendo reunificar o país. “Foi uma das eleições mais importantes e árduas da história da história do Brasil. “O governo de extrema-direita de Bolsonaro, em sua constante e perigosa polarização, deteriorou a qualidade democrática da maior economia da América Latina. O desprezo por instituições como o Tribunal Superior Eleitoral, os constantes ataques às mulheres e minorias e a defesa do uso de armas por parte do presidente puseram em risco a coexistência de 214 milhões de habitantes. Cabe agora a Lula recuperar os valores perdidos e superar uma divisão que, como mostram as eleições, é profunda e tem a capacidade de causar um curto-circuito em suas futuras políticas”, analisa El País.

Em Portugal, o Público destaca o discurso de Lula após a vitória. “Pacificação e diálogo, o combate à fome como prioridade e o regresso do Brasil à liderança no combate às mudanças climáticas.

Estética – Tratamento Anti Rugas


Para evitar o envelhecimento da pele, as pessoas recorrem a cremes anti-idade, procedimentos estéticos, como botox, e até mesmo cirurgia plástica. A boa notícia é que para esse público, em breve haverá mais uma arma a mais uma no arsenal da luta contra as rugas: a rapamicina.
Atualmente, a rapamicina é aprovada para o uso como imunossupressor para evitar a rejeição de órgãos transplantados. A sua utilização ainda se estende para o tratamento de uma doença pulmonar rara e também como medicamento anticâncer.
Mas pesquisadores do mundo inteiro tem buscado entender os seus efeitos sobre o envelhecimento celular.
Diversos estudos em animais mostram que a substância ajuda a melhorar o funcionamento da célula e retardar o envelhecimento. Outras pesquisas indicam que ela pode ser usada na prevenção de doenças neurodegenerativas, como Alzheimer.  O estudo
Para chegar a esse resultado, os pesquisadores da Escola de Medicina da Universidade Drexel, nos Estados Unidos, recrutaram 13 pessoas acima de 40 anos.
Os participantes receberam um creme de rapamicina e foram orientados a aplicar a loção a cada um ou dois dias em uma das mãos, enquanto aplicavam placebo na outra.
Os voluntários foram acompanhados durante oito meses e os pesquisadores realizaram análise de sangue e biópsia a cada dois meses até o fim do estudo.
Além das vantagens cosméticas, a equipe observou que os níveis mais baixos de proteína p16 ajudam a evitar a atrofia dérmica, condição comum em idosos, caracterizada por uma pele frágil que rasga com facilidade, apresenta lenta cicatrização em caso de cortes ou perfurações, assim como aumenta o risco de infecção.
Esse efeito positivo na pele ocorre porque a principal função da rapamicina é bloquear a proteína TOR, molécula que atua como mediadora no metabolismo, crescimento e envelhecimento das células.
“Quando as células envelhecem, elas se tornam prejudiciais e criam inflamação. Isso faz parte do envelhecimento.
Com base nessa descoberta, os pesquisadores pretendem investigar o uso da rapamicina para tratar outras doenças.

Fato ou Boato – A Volta do Orkut


O site oficial do Orkut foi reativado nesta quarta-feira (27 de abril de 2022) com uma mensagem do seu fundador, o engenheiro turco Orkut Buyukkokten.
No anúncio, ele afirma que está construindo algo novo, o que deixa a entender sobre uma possível reativação da extinta rede social do Google, que foi criada em 2004 e durou 10 anos.
“Eu sou um otimista. Acredito no poder da conexão para mudar o mundo. Acredito que o mundo é um lugar melhor quando nos conhecemos um pouco mais. É por isso que criei a primeira rede social do mundo quando era estudante de pós-graduação em Stanford. É por isso que eu trouxe o orkut.com para tantos de vocês ao redor do mundo. E é por isso que estou construindo algo novo. Vejo você em breve!”.
O anúncio, em inglês e português, foi feito dois dias depois que Elon Musk fechou um acordo para comprar o Twitter por US$ 44 bilhões. A compra dividiu a opinião dos usuários e muito deles passaram a pedir a volta do Orkut.
Após a reativação do site, o possível retorno da rede social se tornou um dos assuntos mais comentados. “Se o Orkut voltar serei a pessoa mais feliz”, escreveu um perfil no Twitter.
Os usuários não poderão recuperar suas fotos antigas no Orkut. Essa opção era oferecida pelo Google, antigo proprietário da rede social, mas foi desativada há alguns anos.
No texto, Orkut ainda fala sobre o sucesso da rede social na época, que chegou a conquistar ao longo dos anos mais de 300 milhões de usuários ao redor do mundo.

“Acredito que o orkut.com encontrou uma comunidade porque reuniu tantas vozes diversas de todo o mundo em um só lugar. Trabalhamos muito para tornar o orkut.com uma comunidade onde o ódio e a desinformação não fossem tolerados”.
Ele ainda enfatiza sobre o crescente ódio encontrado nas redes sociais.
“O mundo precisa de bondade agora mais do que nunca. Há tanto ódio online nos dias de hoje, e nossas opções para encontrar e construir conexões reais são poucas e distantes entre si. Sempre acreditei que uma amizade é mais do que um pedido de amizade, e dediquei minha vida a ajudar milhões de vocês a construir conexões autênticas com seus vizinhos, familiares, funcionários e os belos estranhos que entram em suas vidas”.
” Eu quero que você seja capaz de ser seu verdadeiro eu, online e offline. Eu quero que você seja capaz de fazer conexões que grudem. Eu quero ajudá-lo a fazer isso com todo o meu coração”.

Megacurtíssimas


Saúde

“O risco de morrer durante a gravidez ou na hora do parto é 300 vezes maior para as mulheres que moram em países pobres do que para as que moram em países ricos.” — BUSINESSWORLD, FILIPINAS.
Alienação
Segundo uma pesquisa na Alemanha, 40% dos jovens entre 11 e 15 anos nesse país não sabem que o sol nasce no leste; 60% não sabem que o intervalo entre as luas cheias é de quatro semanas. — WELT ONLINE, ALEMANHA.
Arqueologia
Arqueólogos descobriram um templo filisteu na antiga cidade de Gate. A estrutura, sustentada por duas colunas centrais, lembra o relato bíblico de Sansão, que derrubou o templo, empurrando os pilares. — THE JERUSALEM POST, ISRAEL.

Infidelidade aperfeiçoada?


Um polêmico site de relacionamentos que está ativo em cinco países tem o seguinte slogan: “A vida é curta. Tenha um caso.” Segundo seu fundador, o serviço oferecido não deixa as pessoas mais propensas a trair seus parceiros, visto que quem acessa o site “já está pensando em fazer isso”. “A maioria dos problemas relacionados à infidelidade ocorre quando as pessoas são pegas. Nós oferecemos aos usuários a oportunidade de ter um caso de modo discreto”, afirma ele. “Nós não inventamos a infidelidade, nós apenas a aperfeiçoamos.” O site tem o incrível número de 6,4 milhões de usuários.

Megacurtas – Importação de noivas asiáticas


“Cada vez mais homens asiáticos de países ricos, como Japão e Coreia do Sul, estão procurando noivas de países [asiáticos] mais pobres, como Vietnã e Filipinas”, diz o jornal filipino on-line BusinessWorld. Entre 1995 e 2006, houve um aumento de 73% no número de homens japoneses que se casaram com estrangeiras. Por quê? “Mulheres de países ricos que podem se sustentar são exigentes”, diz o artigo, e mais relutantes em se casar. Já mulheres de países mais pobres estão dispostas a se casar até com homens da classe operária de países ricos, porque eles “oferecem a perspectiva de uma vida melhor”.