10.938 – Quer ficar mais atento? Treine sua mente por uma hora toda semana


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Embora fisicamente seu corpo se encontre no mesmo aposento, frequentemente muito próximo ao interlocutor do papo, e seus olhos se encontrem focados na mesma pessoa, sua mente está em qualquer outro lugar. O pior é quando a pessoa termina a frase com “…não é mesmo, fulano?” e você precisa decidir se assume que não estava prestando atenção ou se corre o risco de dizer “sim” e ver o que acontece.
Um estudo recente, publicado no diário Frontiers in Human Neuroscience, descobriu que episódios frequentes de falta de concentração – como esses em que a nossa mente vai parar em outro lugar – podem ser combatidos usando técnicas simples, de curta duração, de concentração e mindfullness.
O estudo dividiu os participantes em dois grupos. Um deles recebeu treinamento de apenas uma hora por semana, por sete semanas, para observar e ficar atento aos próprios pensamentos e à atividade mental, além de manter o foco no momento. O outro, não. Em seguida, eles foram testados em sua capacidade de se manter concentrados e sustentar a atenção.
Os resultados mostraram que, no começo os grupos não diferiram em atenção, mas ao final, os que receberam treinamento conseguiram permanecer mais atentos e relataram que ‘viajaram’ menos.
A pesquisa usou exercícios específicos, mas você pode alcançar resultados semelhantes com exercícios de foco e meditação. A boa notícia é que o estudo mostra que não são precisos muitas horas.

10.937 – Ganhadores do prêmio Ig Nobel 2014


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Há 24 anos, são premiados os estudos mais estranhos que aparecem por aí, apontados pelo periódioc Annals of Improbable Research. A premiação de 2014 aconteceu nesta quinta-feira (18) no teatro da Universidade de Harvard, nos EUA. E, abaixo, você confere a lista de vencedores:

Física – Concedido a Kiyoshi Mabuchi, Kensei Tanaka, Daichi Uchijima e Rina Sakai por terem estudado as propriedades de deslizamento de uma casca de banana.

Neurociência – Jiangang Liu, Jun Li, Lu Feng, Ling Li, Jie Tian e Kang Lee foram laureados por estudar a pareidolia, fenômeno que nos faz reconhecer padrões quando não existem. Um exemplo? Ver o rosto de Jesus em uma torrada ou rostos em rochas de Marte.

Psicologia – Peter K. Jonason, Amy Jones e Minna Lyons descobriram que notívagos, pessoas que se sentem mais ativas durante a noite, são mais manipuladoras e têm uma tendência maior à psicopatia.

Saúde pública – Os cientistas Jaroslav Flegr, Jan Havlicek, Jitka Hanusova-Lindova, David Hanauer, Naren Ramakrishnan e Lisa Seyfried foram premiados por avaliar se ter um gato poderia causar danos à saúde mental das pessoas.

Biologia – Vlastimil Hart, Petra Novakova, Erich Pascal Malkemper, Sabine Begall, Vladimir Hanzal, Milos Jezek, Tomas Kusta, Veronika Nemcova, Jana Adamkova, Katerina Benediktova, Jaroslav Cerveny e Hynek Burda (sim, toda essa galera) foram premiados por descobrir que, na hora de fazer o número dois, cães alinham seus corpos de acordo com o campo magnético da Terra.

Arte – Marina de Tommaso, Michele Sardaro e Paolo Livrea apontaram um laser para a mão de pessoas olhando para pinturas – a ideia era medir se a quantidade de dor que elas sentem durante esse processo era alterada caso a “arte” fosse bonita, neutra ou feia.

Economia – O prêmio foi concedido ao Instituto Nacional de Estatística da Itália que, para cumprir a determinação da União Europeia de aumentar sua receita nacional, incluiu dados de prostituição, contrabando, venda de drogas e outras atividades ilícitas do país, em sua receita.

Medicina – Ian Humphreys, Sonal Saraiya, Walter Belenky e James Dworkin foram premiados por tratar hemorragias com tiras de carne de porco.

Ciência Ártica – Eigil Reimers e Sindre Eftestol levaram o prêmio por estudarem como renas reagiam a humanos fantasiados de urso polar.

Nutrição – Raquel Rubio, Anna Jofra, Belen Martin, Teresa Aymerich e Margarita Garriga colocaram bactérias vindas de fezes de bebês em alimentos. A ideia era estudar o potencial probiótico desses organismos.

10.936 – Marcado para a Morte – Descoberto novo gene responsável por alterações cardíacas e morte súbita


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Um gene mutado é responsável por alguns casos de alterações cardíacas e morte súbita, segundo uma pesquisa de cientistas espanhóis publicada nesta quarta-feira.
A pesquisa comandada por Carlos López-Otín, catedrático de Bioquímica e Biologia Molecular da Universidade de Oviedo e Xose S. Puente do Instituto de Oncologia da mesma universidade, analisou o genoma de pacientes com miocardiopatia hipertrófica.
“O estudo genômico nos permitiu concluir que mutações no gene FLNC, codificante de uma proteína denominada filamina C, causam miocardiopatia hipertrófica em oito das famílias estudadas”, afirmou Puente.
Em declarações à Agência Efe, Ana Gutiérrez-Fernández, co-autora do estudo, publicado na “Nature Communications”, comenta que o novo gene identificado “permite explicar a causa da doença em um grupo de pacientes sem mutações nos genes conhecidos”.
A descoberta permitirá identificar as pessoas portadoras desta mutação no gene FLNC, fazer um “acompanhamento clínico mais personalizado” e aplicar um tratamento específico e, inclusive, se for necessário, se poderá implantar nelas um desfibrilador que evite o processo que desencadeia a morte súbita nestes pacientes, destacou a pesquisadora.

10.935 – Comportamento (anti) Social – Violência de nascença?


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Até 10% dos crimes extremamente violentos na Finlândia foram cometidos por pessoas geneticamente predispostas à agressividade. Foi essa a conclusão de um grupo de cientistas que analisou quase 900 presos, todos reincidentes, comparando os dados genéticos deles com os do restante da população. O grupo variava entre “peixes pequenos”, detidos, por exemplo, por dirigir alcoolizados, e assassinos convictos.
Os mais perigosos, que praticaram 1.154 homicídios no total, possuíam alterações específicas: atividade reduzida da monoamina oxidase A (MAOA), cuja função é controlar os níveis de dopamina e serotonina no cérebro, ou variações do gene cadherin 13 (CDH13), que auxilia no desenvolvimento das ligações neuronais. Quem tem alguma dessas modificações é mais agressivo porque dificilmente consegue controlar os impulsos.
“Encontramos dois genes que têm maior efeito no comportamento agressivo, e provavelmente há dezenas, centenas de outros genes de efeitos menores”, explica o pesquisador Jari Tiihonen. Apesar das variantes genéticas aumentarem em 13 vezes a possibilidade da conduta violenta, sozinhas elas não são capazes de levar ninguém a cometer crimes graves, pois não inibem a consciência. E questões biológicas não nos definem por completo — há também fatores sociais. Por isso a descoberta não poderá ser usada para identificar criminosos, nem é alegação para reduzir pena.

Os números de 2014


Os duendes de estatísticas do WordPress.com prepararam um relatório para o ano de 2014 deste blog.

Aqui está um resumo:

O Museu do Louvre, em Paris, é visitado todos os anos por 8.5 milhões de pessoas. Este blog foi visitado cerca de 390.000 vezes em 2014. Se fosse o Louvre, eram precisos 17 dias para todas essas pessoas o visitarem.

Clique aqui para ver o relatório completo

10.933 – Automóvel – General Motors lança carro movido a laser


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Originalmente criado para o game Gran Turismo 6, para Playstation 3, o Chevrolet Chaparral 2X Vision Gran Turismo (VGT) é hoje um protótipo de automóvel real, que inclui abas aerodinâmicas, cabine para condução horizontal e é movido a raio laser. O revolucionário veículo futurista da General Motors foi, sem dúvida, um das grandes atrações do Salão do Automóvel de Los Angeles.
Os números são quase tão impressionantes quanto sua mecânica vanguardista: ele alcança uma velocidade máxima de 390 km/h, acelerando de 0 a 100 km/h em apenas 1.5 segundo. Porém, mais surpreendente ainda é o seu funcionamento, baseado em um propulsor a laser. Trata-se de uma tecnologia de propulsão inspirada nas mais modernas técnicas aeroespaciais, que chega a uma potência laser de 671 kW e é alimentada por uma bateria de lítio, que armazena a energia elétrica gerada por um rotor eólico. Sua aerodinâmica radical se caracteriza pela inserção de várias abas, distribuídas em diferentes partes da carroceria e controladas por um computador central. Além disso, a cabine do motorista é projetada para que ele dirija deitado de bruços, com os braços e as pernas esticados.
“Ele foi criado em um ambiente sem regras, para estimular as sensações e a criatividade dos designers e engenheiros”, afirmou Frank Saucedo, supervisor da equipe. “O Chaparral 2X VGT utiliza tecnologias aeroespaciais avançadas para atingir seus objetivos”.

10.932 – Globo Retira “tema da S.Silvestre” do comercial


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Após algumas décadas adotando o tema do filme “Carruagens de Fogo”, um tradicional clássico, como tema do comercial da corrida de S.Silvestre, o último grande evento esportivo do ano, a Rede Globo retita o tema do comercial sem se pronunciar sobre o fato. Estima-se que tenha tido problemas com os direitos autorais.
De qualquer forma, aquela “magia de fim de ano” acaba empobrecida com a retirada de um tema que ficou marcado na história do evento.
Mais sobre a São Silvestre
A Prova Pedestre denominada “90ª CORRIDA INTERNACIONAL DE SÃO SILVESTRE”, instituída pelo jornalista Cásper Líbero, doravante denominada EVENTO, será realizada no dia 31 de dezembro de 2014, na cidade de São Paulo, na distância de 15 km, com a participação de PESSOAS DE AMBOS OS SEXOS devidamente inscritas, doravante denominados ATLETAS, independentemente da condição climática.
A Corrida Internacional de São Silvestre é uma realização e propriedade da Fundação Cásper Líbero/FCL, e promovida pela Gazeta Esportiva.net com apoio da Rede Globo de Televisão que é PARCEIRA da FCL na promoção e transmissão da prova. A ORGANIZAÇÃO técnica e entrega de “kits” serão feitas por empresas especializadas.

As inscrições são realizadas EXCLUSIVAMENTE pela FCL no site http://www.saosilvestre.com.br que será responsável pelo recebimento, administração e eventuais reembolsos, quando solicitado, das mesmas.

O EVENTO terá a LARGADA na Avenida Paulista, próximo a Rua Frei Caneca e CHEGADA à mesma Avenida Paulista, nº 900 em frente ao Edifício Cásper Líbero, conforme o percurso detalhado divulgado no site do EVENTO.

O início do EVENTO está previsto para os horários abaixo relacionados, que serão confirmados na entrega do kit, conforme a categoria do ATLETA. Confira:
a. Para a corrida;

– Categoria ATLETAS Cadeirantes (Feminino e Masculino);
LARGADA: a partir das 7h45min em pelotão único.

– Categorias ATLETAS com Deficiência: DEV = Deficiente Visual / AMP = Amputados de Membros Inferiores / DMAI = Deficiente Andante Membro Inferior / DI = Deficientes Intelectuais / DMS = Deficientes Membros Superiores / DAU = Deficientes Auditivos.
LARGADA: a partir das 9h00min em pelotão único.

– Categoria ATLETAS de ELITE A/B (Feminino);
LARGADA: a partir das 8h40min em pelotão único.

– Categorias ATLETAS de ELITE A/B (Masculino);
LARGADA: a partir das 9h00min em pelotão único.

– Categoria ATLETAS Geral (Feminino e Masculino);
LARGADA: a partir das 9h00min em pelotão único.

* Caso prevaleçam os horários acima, os mesmos poderão variar entre 7 minutos a mais ou a menos.
Até a data do EVENTO também poderão ser realizados ajustes de percurso com objetivo de melhorias técnicas e atendimento às necessidades da cidade e órgãos públicos competentes mantendo a LARGADA e CHEGADA aos locais acima descritos.
A ORGANIZAÇÃO solicita extrema atenção às chamadas do sistema de som na área de LARGADA para eventuais ajustes nos respectivos horários.
Quem foi São Silvestre?
São Silvestre I foi Papa entre 31 de Janeiro de 314 até 31 de dezembro de 335, durante o reinado do imperador romano Constantino I, que determinou o fim da perseguição aos cristãos, iniciando-se a Paz na Igreja. Silvestre I foi um dos primeiros santos canonizados sem ter sofrido o martírio. Festa em 31 de Dezembro.
Atribui-se em geral a conversão de Constantino a uma visão que terá tido antes da batalha da ponte de Milvius (312). Mas a tradição medieval, também teria dito que o imperador teria lepra incurável, e logo que Silvestre o batizou por imersão numa piscina ficou imediatamente curado. Esta versão porém não tem fundamento, pois sabe-se que Constantino foi batizado ao fim de sua vida, com a intenção de perdoar seus pecados, por Eusébio, bispo de Nicomédia.

10.931 – Retinoblastoma: MANCHA BRANCA NO OLHO DIREITO


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O retinoblastoma é um tipo de tumor intraocular que, como regra, se manifesta antes dos sete anos de idade. Segundo o INCA (Instituto Nacional do Câncer), a incidência desse câncer pediátrico no Brasil é o dobro da dos EUA e da Europa. Enquanto algumas cidades brasileiras registram entre 21,5 e 27 casos desse câncer por 1 milhão de crianças, nos EUA esse valor varia entre 10 e 12 casos por milhão.
Como o retinoblastoma não é visível e se manifesta nos primeiros anos de vida, a criança não consegue reclamar dos sintomas, como dificuldade para enxergar, já que ainda não sabe falar. Por isso, segundo Rubens Belfort Neto, chefe do setor de oncologia ocular do Departamento de Oftalmologia da UNIFESP (Universidade Federal de São Paulo), um dos sinais de alerta para o problema e que deve chamar a atenção dos pais é o chamado “reflexo de olho de gato”, que ocorre no olho da criança ao tirar uma foto em um ambiente escuro.
“A leucocoria é um reflexo anormal no olho. Ao se direcionar um foco luminoso para os olhos, o correto seria a luz entrar na retina, bater no fundo de olho — que é vermelho por conta dos vasos — e deixar um reflexo avermelhado, aquela bolinha vermelha que aparece refletida nas fotografias. Isso é normal. Se a luz do olho fosse azul, o reflexo seria dessa cor. Quando o tumor cresce, o fundo do olho, que deveria ser vermelho, fica branco. A luz do flash bate no tumor e aparece refletida na foto como uma bola branca”.
No Brasil, devido ao atraso da chegada das crianças aos centros de excelência, a taxa de sobrevivência chega somente a 60%. “Infelizmente, de cada três crianças que chegam com o problema, uma ainda morre no Brasil. Quando o tumor aumenta e ainda está dentro do olho, é possível salvar todas as crianças. Agora, se ocorre alguma metástase, piora muito o prognóstico. Quanto mais cedo ela chegar para realizar o tratamento, maior a chance de salvar o olho e a visão.

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10.930 – Medicina – Polêmica sobre a reposição de testosterona


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Os níveis de testosterona diminuem com a idade. Calcula-se que, a partir dos 20 anos, a queda seja de 1% a 2% ao ano.
Os sinais e sintomas atribuídos à baixa produção (hipogonadismo) não são específicos: aumento da gordura corpórea, diminuição da massa muscular, da densidade óssea, da libido, da vitalidade e da sensação de bem-estar. Embora a função erétil também seja afetada, ela se acha preservada até que as concentrações estejam muito baixas.
Na maioria dos laboratórios, os níveis normais estão entre 300 ng/dL e 900 ng/dL. O diagnóstico de hipogonadismo não deve ser baseado num único exame; há obrigatoriedade de duas medições efetuadas pela manhã.
Quando o resultado estiver pouco abaixo da faixa da normalidade, o diagnóstico deve ser confirmado pela dosagem de testosterona livre e de outros hormônios.
Os especialistas estão de acordo com esses conceitos, as discordâncias dizem respeito às indicações da reposição:
1) Os defensores admitem que faltam dados de boa qualidade para avaliar a relação custo/benefício, mas argumentam que o hipogonadismo está relacionado com outros agravos: diabetes tipo 2, doença cardiovascular e síndrome metabólica.
Reconhecem que, em alguns estudos, a reposição aumentou o risco cardiovascular, mas que essa associação não foi confirmada.
Afirmam que o risco de câncer de próstata não está comprovado, e que pode ser minimizado com a adoção de critérios que contraindiquem a reposição em homens com PSA > 4 ng/dL (ou > 3 ng/dL, se forem negros ou tiverem parentes de primeiro grau com câncer de próstata), nódulos prostáticos palpáveis ou próstatas muito aumentadas.
2) O segundo grupo é formado pelos que limitam a indicação apenas aos casos com níveis de testosterona muito baixos.
Para eles, a reposição pode melhorar a sensação de bem-estar, a força muscular, a densidade óssea e a libido, mas os efeitos estão diretamente relacionados com o grau de deficiência. Em homens com níveis pouco abaixo da normalidade, o aumento da concentração sanguínea de testosterona traz benefícios tão pequenos que não compensam os riscos, os custos e os inconvenientes do tratamento.
3) Os conciliadores partem do princípio de que existem controvérsias em relação às doenças cardiovasculares e que o risco de câncer de próstata parece ser mínimo ou inexistente (embora os dados sejam limitados), especialmente quando o PSA é controlado.
Propõem modificações no estilo de vida, porque a obesidade contribui para reduzir a produção de testosterona. Recomendam que a reposição fique limitada aos homens com diagnóstico laboratorial preciso, sinais e sintomas claros de hipogonadismo.
Nesses casos, as doses de testosterona devem ser pequenas, suficientes apenas para manter as concentrações na faixa intermediária da normalidade. Depois de seis meses, se a melhora não for evidente, não há justificativa para insistir no tratamento.

10.929 – Saúde – Quatro em cada dez casos de câncer podem ser evitados


Após uma revisão de estudos recentes sobre o assunto, os pesquisadores concluíram que o tabagismo é o fator de risco que mais leva ao câncer, com mais de 314.000 casos da doença na Inglaterra ligados ao vício. Em seguida vem a má alimentação, como consumo exagerado de sódio, carne processada e pouca ingestão de vegetais, frutas e fibras. Esse fator de risco ocasionou 145.000 casos da doença.
A instituição também atenta para a necessidade de ingerir bebidas alcoólicas moderadamente — o consumo exagerado causou mais de 62.000 casos de câncer. Além disso, usar protetor solar diariamente, evitar o sobrepeso e praticar exercício físico regularmente ajudam a afastar a doença.
Obesidade
Tipos de câncer que poda causar: Colorretal, mama, esôfago, próstata e rim.
Como se prevenir: Diminuir e manter o peso de forma saudável, praticando atividades físicas e se alimentando de maneira correta sob a supervisão de um médico.
Exposição ao sol
Tipos de câncer que poda causar: Pele e bucal (lábios).
Como se prevenir: Evitar a exposição ao sol entre às 10 e 16 horas e usar protetor solar com fator de proteção de no mínimo 15, além de chapéus e óculos escuros.
Carne vermelha
Tipos de câncer que poda causar: Colorretal, estômago e pâncreas.
Como se prevenir: Não consumir carne vermelha em excesso, especialmente se for carne processada. Estudos recomendam a ingestão de até 70 gramas do alimento por dia, o equivalente a meio bife.
Papiloma vírus humano (HPV)
Tipos de câncer que poda causar: Colo do útero, ânus, pênis, garganta e e boca.
Como se prevenir: O uso de preservativo diminui o risco de contaminação do vírus pela relação sexual, e a vacina contra o HPV oferece proteção contra algumas variantes do vírus.

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10.928 – Gen(ética) Geneticista da USP defende venda de substâncias geradas a partir de células-tronco


Da Super para o ☻Mega
Da Super para o ☻Mega

Tais produtos poderiam ser usados no tratamento de doenças como mal de Parkinson.
A Constituição proíbe a comercialização de substâncias humanas, como o sangue. No entanto, a pesquisadora questiona se bilhões de novas células produzidas a partir de um punhado de células-tronco embrionárias podem ser consideradas substância humana, já que teriam sido completamente sintetizadas em laboratório.
Segundo Pereira, uma nova interpretação dos produtos finais das células-tronco embrionárias, que são capazes de se transformar em qualquer tecido, poderia levar a iniciativa privada a investir em terapias celulares.
O assunto foi tema de discussão em reunião recentemente promovida pela Agência Brasileira de Desenvolvimento Industrial.
Trecho da Entrevista:
Nossa sociedade não tolera a venda de órgãos ou qualquer substância humana, e isso é bom porque protege indivíduos vulneráveis que possam, por desespero, ficar tentados a vender um rim para dar de comer aos filhos.
Só que hoje as células humanas podem salvar vidas. E agora, essas células podem ser comercializadas ou não? Há dúvidas sobre a interpretação desse artigo na Constituição, e não está claro se há ou não uma vedação constitucional para registro e comercialização dos produtos de terapia celular no Brasil.
Se não regularmos isso direito, daqui a pouco haverá gente vendendo medula óssea, sangue de cordão umbilical, placenta, gordura, embriões e outras substâncias humanas -de onde podemos extrair células-tronco- e não queremos isso.
Essa é também uma questão crítica para o desenvolvimento das terapias com células-tronco no país. Se for compreendido que essas células são substâncias humanas cuja comercialização é vedada, a iniciativa privada não investirá no desenvolvimento das terapias celulares.
Por mais bacanas que as pesquisas nas universidades sejam, sem a iniciativa privada não sabemos como transformar os conhecimentos que geramos em produtos para a sociedade.

10.927 – Como as aves sobreviveram à extinção dos dinossauros?


como as aves sobreviveram a extincao dos dinossauros

Quando quase todos os dinossauros foram extintos há 66 milhões de anos, os únicos que sobreviveram foram aqueles que eram menores, isto é, as aves. Hoje, existem mais de 10.000 espécies destes dinossauros com penas, tornando-se o mais diverso de todos os animais vertebrados. Um novo estudo revela por que esta linhagem foi tão bem sucedida: as aves tiveram o tamanho reduzido bem antes do resto dos dinossauros desaparecerem.
“Esta é uma peça muito impressionante de trabalho e, de longe, a mais completa análise do tamanho do corpo de um dinossauro que já foi realizado”, diz Stephen Brusatte, paleontólogo da Universidade de Edimburgo, no Reino Unido, que não esteve envolvido na pesquisa. “O estudo mostra que as aves não apenas tornaram-se pequenas, de repente, mas eram o produto final de uma tendência de longo prazo da redução do tamanho do corpo que levou muitas dezenas de milhões de anos.”
Os dinossauros eram pequenos no início. Cerca de 230 milhões de anos atrás, a maioria pesava entre 10 e 35 quilos e eram tão grandes como um cão de tamanho médio. Mas muitas espécies atingiram 10.000 kg no prazo de 30 milhões de anos. Mais tarde, os dinossauros, como o poderoso Argentinosaurus, que possuía cerca de 35 metros do nariz à cauda, ​​pesavam cerca de 90,000 kg.
Apesar de muitos dinossauros terem ficado maiores e mais volumosos ao longo de milhões de anos, um grupo parece ter apostado na redução do tamanho do corpo: os maniraptorans, dinossauros emplumados que incluem o famoso Velociraptor de Jurassic Park e que, eventualmente, deram origem às aves.
Para entender como o tamanho dos dinossauros mudou ao longo do tempo, uma equipe liderada por Roger Benson, um paleontólogo da Universidade de Oxford, no Reino Unido, estimou o tamanho do corpo de 426 espécies diferentes, usando a espessura de seus ossos fossilizados das pernas traseiras como uma proximidade de seu peso total.
A equipe descobriu que, apesar de todos os grupos de dinossauros mudarem rapidamente de tamanho no início da evolução dos dinossauros, principalmente ficando maior, essa tendência desacelerou rapidamente em quase todos os grupos. Para a maior parte, os dinossauros que eram grandes ficaram assim. A exceção foi o grupo dos maniraptorans, que continuaram a evoluir espécies maiores e menores, em que se expandiram em uma variedade cada vez maior de nichos ecológicos ao longo de um período de 170 milhões de anos.
Quando um asteróide atingiu a Terra há 66 milhões de anos atrás, apenas os maniraptorans com penas, que tinham um tamanho reduzido e pesavam cerca de 1 kg, foram capazes de sobreviver. Provavelmente foi o pequeno tamanho desses dinossauros que lhes permitiu adaptar-se mais facilmente às condições de mudança, de acordo com a publicação da equipe na revista PLOS Biology. Os pesquisadores afirmam que ser pequeno tornou mais fácil para os maniraptorans se adaptarem a uma ampla variedade de habitats, enquanto que o resto dos dinossauros, onerados por seus corpos enormes e as necessidades alimentares enormes, simplesmente não poderiam sobreviver.
Esta redução de tamanho foi essencial para a evolução do voo, diz Luis Chiappe, paleontólogo do Museu de História Natural de Los Angeles County, na Califórnia, que não esteve envolvido no estudo. “Voar é mais fácil para os animais menores” porque são “muito menos exigentes em termos energéticos”, diz ele. E durante todos aqueles milhões de anos, quando maniraptorans estavam mudando o tamanho do corpo mais rapidamente do que outros dinossauros, Chiappe diz, “eles estavam experimentando.”
“A história é realmente interessante”, Brusatte acrescenta, “não tem tanto a ver com a forma como alguns dinossauros ficaram tão enormes, mas sim como aves e seus parentes próximos ficaram tão pequenos.”

10.926 – Um parente do peixe-boi


Trata-se do dugongo (Dugong dugon), um mamífero marinho pertencente à ordem Sirenia, a mesma que inclui também o peixe-boi.
Esta espécie já habitou praticamente todos os oceanos há tempos atrás, mas agora encontra-se principalmente na grande barreira de corais da Austrália e no Estreito de Torres. Podem chegar aos 500kg e mais de 3 metros de comprimento!
Ao contrário dos peixes-boi, o dugongo possui dentes afiados e pode predar diversos itens de presas como peixes, lagostas e demais crustáceos.

10.925 – Estudo revela 180 organismos marinhos biofluorescentes, incluindo tubarões e raias


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Tal estudo usou iluminação e câmeras de filtros especiais, o que possibilitou a identificação de mais de 180 espécies de peixes marinhos que exibem biofluorescência.
Para quem não sabe, a biofluorescência é diferente de bioluminescência (luz originada através de reações químicas do organismo) e fluorescência (luz refletida pelos organismos, visível à olho nu). A bioluminescência é um mecanismo no qual elétrons contidos em determinadas proteínas absorvem a luz em um comprimento de onda e a reemitem em um comprimento de onda menos energético. Utilizando filtros especiais, os humanos podem ver tal fluorescência em tons de vermelho, verde ou laranja, e foi isso o que os pesquisadores fizeram.
Já que não podemos ver a biofluorescência, já parou para pensar em quantas espécies de animais com cores e padrões interessantíssimos podem apresentar essa característica? Será que anfíbios ou répteis podem apresentá-la também?

10.924 – Biologia – Porque alguns organismos congelam mas não morrem?


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Dentre as mais variadas espécies que possuem esta grandiosa adaptação, estão inclusos os insetos e diversos outros invertebrados terrestres, bem como ainda várias espécies de serpentes e também algumas espécies de anfíbios anuros.
Mas, como é possível um organismo congelar e não morrer? Ou melhor, quais mecanismos possibilitam o congelamento e posterior descongelamento, sem que o mesmo morra?
Em temperaturas muito elevadas os organismos podem rapidamente morrer. Isso ocorre porque, com o aumento da temperatura corporal, o animal não consegue transpirar ou perder o calor absorvido de forma eficiente, acumulando calor em seu corpo, fazendo com que as suas proteínas e as diversas ligações entre elas se rompam, o que posteriormente leva à morte do organismo. Nesse caso, cabe ressaltar que cada organismo possui uma tolerância específica a determinadas temperaturas e apresentam variações nessas tolerâncias. O que é considerado “extremo” para uma espécie, pode não ser para outra. O polo norte é um ambiente extremo para uma pomba, mas não o é para um pinguim. Devemos ter muito cuidado com estas palavras emotivas, pois na ecologia, nada é generalizado.
Nesse caso, os organismos que evoluíram nesses ambientes, apresentaram uma série de modificações ao longo dos processos evolutivos, onde, por meio da seleção natural, várias características específicas foram selecionadas, permitindo então a sobrevivência dos mesmos. Alguns organismos apresentaram adaptações capazes de proporcionar a retenção de calor corporal, evitando assim a morte. Podemos por exemplo citar o caso das espécies de mamíferos como os ursos polares e raposas-do-ártico, com suas pelagens espessas que evitam a perda de calor, ou ainda, os pinguins, que acumulam grande quantidade de gordura, que também auxiliam na retenção do calor corpóreo.
Outros grupos de organismos que ocorrem nas áreas frias do planeta não apresentam este tipo de adaptação, pelo contrário, eles simplesmente congelam (ou podem sobreviver ao resfriamento)! Porém, ainda assim, existe um fenômeno muito comum que afeta diversas outras espécies, o chamado dano por resfriamento. Este fenômeno basicamente relata que em temperaturas pouco acima de 0º C algumas espécies podem ser forçadas a extensos períodos de inatividade e as membranas celulares das espécies mais sensíveis podem se romper.
Já as espécies que congelam, elas geralmente passam por um processo muito crítico, pois o gelo pode facilmente matá-las, rompendo suas células. De acordo com a diminuição da temperatura, os poiquilotérmicos (organismos que dependem da fonte de calor externa para realizar suas atividades), como os anfíbios anuros, insetos, etc, iniciam o processo de congelamento. Neste caso, se eles não sofrerem distúrbios, a água pode facilmente alcançar temperatura de até 40º C negativos, sem formar gelo no interior das células. Pois, na verdade eles não congelam completamente, apenas algumas partes de seus corpos, principalmente as regiões mais espessas e exteriores, como a pele, cascas, estruturas modificadas, etc. Muitas espécies se enterram em meio à neve e até são removidas dela cobertas por camadas de gelo, como se realmente estivessem congeladas completamente, mas não estão de fato: seus órgãos e o sangue não congelam.
As espécies de animais não congelam por conta de diversos diversos compostos constituídos de glicose (basicamente), que se encontram na corrente sanguínea dos mesmos. O composto mais comum e que evita o congelamento é o glicerol.
A espécie Bracon cephi, parasita de uma mosca do trigo canadense, foi estudada e pode-se observar o mesmo efeito do glicerol, evitando o congelamento dos indivíduos amostrados. As larvas do parasita podem sobreviver a uma prolongada exposição a temperaturas de até -40 º C. O uso de glicerol como “anticongelativo” pelos insetos é o precursor do uso de compostos similares pelo homem, para proteger os fluidos dos automóveis contra o congelamento no inverno.
Além de diminuir o ponto de congelamento dos fluídos corporais, o glicerol ajuda ainda a proteger os tecidos contra os efeitos lesivos do congelamento, caso este realmente ocorra. O glicerol possibilita a sobrevivência de diferentes espécies nestes ambientes pois ele é viscoso e isso tende a diminuir a taxa de formação de cristais de gelo, o que dificulta o congelamento.

10.923 – Por que a abelha morre ao picar uma pessoa?


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A abelha operária, encarregada pela natureza de proteger a colméia até com a própria vida, possui um ferrão com pequenas farpas que impedem que ele seja retirado facilmente. Depois de aplicar uma ferroada, o inseto tenta escapar voando, mas acaba arrancando todo o posterior de seu abdômen (junto com nervos, parte do tubo digestivo e a bolsa de veneno), que fica preso ao ferrão. Ainda assim, a bolsa continua bombeando. Por isso, o mais importante, ao levar uma picada, é retirar o ferrão rapidamente, para evitar a entrada de mais veneno. “Quando uma abelha pica, ela solta um tipo de feromônio – odor que serve de comunicação e atração sexual entre os animais – e esse cheiro funciona como um aviso de perigo para as outras abelhas”, afirma a zoóloga Márcia Ribeiro, do Instituto de Biociências da USP. “Uma colméia possui cerca de 50 000 indivíduos, por isso não faz diferença para a colônia se algumas morrerem”, diz ela. Mas nem todas as abelhas picam.
Existem espécies sem ferrão, que usam uma resina para imobilizar outros insetos, e outras que chegam a se enroscar nos pêlos dos animais para tentar defender a colméia.
É um tiro pela culatra
A arma da abelha – o ferrão – acaba provocando sua própria destruição
O ferrão, fixo à bolsa de veneno, tem farpas que ficam presas no corpo da vítima. Por isso, quando a abelha sai voando, parte do abdômen é arrancada.

10.922 – Reprodução – Cientistas criam formas primitivas de óvulo e esperma artificial


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Pesquisadores conseguiram criar, pela primeira vez, formas primitivas de óvulos e espermas humanos em laboratório. A descoberta pode ajudar a solucionar problemas de infertilidade, compreender melhor os primeiros estágios do desenvolvimento embrionário e, potencialmente, permitir o desenvolvimento de novos tipos de tecnologia reprodutiva.
As chamadas células germinativas primordiais (PGC, na sigla em inglês), das quais derivam os óvulos e espermatozoides, já haviam sido desenvolvidas em testes de laboratório com roedores, mas nunca com humanos. A descoberta, descrita por cientistas da Universidade de Cambridge, na Inglaterra, e do Instituto Weizmann de Ciências, em Israel, foi publicada no periódico Cell, na quarta-feira.
Células germinativas primordiais têm potencial para serem transformadas em espermatozoides e óvulos humanos. O próximo passo da pesquisa é injetar as células em ovários de roedoras para testar se elas se desenvolvem em animais.
As PGCs aparecem durante as primeiras semanas do crescimento embrionário, quando as células-tronco do óvulo fertilizado começam a diferenciar-se em vários tipos de células básicas. Em um estágio seguinte, as PGCs se transformam em precursoras de espermatozoides ou de óvulos ‘de uma maneira bastante automática’, segundo o coautor da pesquisa, Jacob Hanna, do Instituto Weizmann.
O estudo demonstrou que as PGCs também podem ser criadas a partir de células adultas reprogramadas, como as da pele. Essa técnica ajudará cientistas a comparar como as células sexuais se desenvolvem em pessoas férteis e inférteis. “Essa é a base para o nosso futuro trabalho”, afirmou ao jornal britânico The Guardian Azim Surani, coautor da pesquisa, da Universidade de Cambridge.
Em outra frente, o trabalho pode esclarecer dúvidas sobre doenças associadas ao envelhecimento. Com o passar dos anos, hábitos como tabagismo, alimentação e exposição a compostos químicos causam mutações genéticas. As células que formam o esperma e os óvulos, no entanto, são livres dessas alterações. “Isso pode nos ensinar como eliminar as mutações, que, em moléstias ligadas ao envelhecimento, podem ser exageradas e desregular os genes”, disse Surani ao jornal.
Os pesquisadores descobriram que um gene conhecido como SOX17 é fundamental para fazer com que as células-tronco humanas se transformem em PGCs. A descoberta foi surpreendente, pois, no caso dos ratos, o equivalente desse gene não intervém no processo. “Não estou dizendo que os estudos em ratos não se aplicam em humanos, mas há diferenças fundamentais com as quais precisamos ter cuidado”.

10.921 – Religião – Igreja levou três séculos para alçar Jesus à condição de Deus


“E vós, quem dizeis que eu sou?”, pergunta Jesus aos apóstolos, numa das cenas mais importantes dos Evangelhos. De acordo com um historiador americano, se essa mesma pergunta fosse feita aos autores dos livros que compõem o Novo Testamento, cada um deles daria uma resposta diferente -e só um diria que Jesus é Deus.
Essa é a mensagem do livro “Como Jesus se tornou Deus”, de Bart Ehrman, professor de estudos religiosos da Universidade da Carolina do Norte. Na obra, que acaba de chegar ao Brasil, Ehrman analisa os textos produzidos pelos primeiros cristãos e acompanha as controvérsias sobre a natureza de Cristo ao longo de mais de três séculos.
Segundo ele, essa análise indica que os atuais dogmas cristãos sobre Jesus -para quase todas as igrejas, ele é a Segunda Pessoa da Santíssima Trindade, tão eterno quanto Deus Pai- demoraram para se consolidar.
Ehrman defende, por exemplo, que o Evangelho de Marcos, considerado o mais antigo (escrito em torno do ano 65 d.C.), apresenta uma perspectiva que os cristãos dos séculos seguintes chamariam de adocionista -ou seja, Jesus é um homem que é “adotado” por Deus como seu filho.
“É claro que muitos autores hoje vão tentar defender a ortodoxia de Marcos, porque afinal ele foi aceito pela Igreja”, pondera Marcelo Carneiro, professor da Faculdade de Teologia de São Paulo.
“Mas, se você faz o exercício de ler Marcos separado do Novo Testamento, se ele fosse o único texto que temos sobre Jesus, fica difícil sustentar que Marcos acredita que Jesus era o Cristo desde a eternidade”.
Algumas décadas depois, os autores do Evangelho de Mateus e do Evangelho de Lucas usaram Marcos como fonte, mas inseriram narrativas da infância de Jesus (da qual Marcos não fala) no começo de seus textos. Eles mencionam, pela primeira vez, a gravidez milagrosa da Virgem Maria, e que Jesus seria divino desde a concepção.
Em todo caso, a crença na ressurreição de Jesus é um fator decisivo para o desenvolvimento das doutrinas sobre a natureza de Cristo. Foi por acreditarem que Jesus tinha ressuscitado que ao menos alguns de seus seguidores passaram a vê-lo como algo mais do que humano.
Uma figura-chave nesse movimento é o apóstolo Paulo. Em sua Carta aos Filipenses, ele diz que Jesus “estando na forma de Deus, não usou de seu direito de ser tratado como um deus, mas se despojou, tornando-se obediente até a morte”. Por isso “Deus soberanamente o elevou e lhe conferiu o nome que está acima de todo nome”.
Para Ehrman, essa passagem, e outras das obras de Paulo, indicam que o apóstolo via Jesus como um ser divino, mas não idêntico a Deus. Na prática, que Paulo via Jesus como o mais poderoso dos anjos, que se encarnou por ordem divina.
A visão de Paulo não seria a última palavra. Escrito por volta do ano 100 d.C., o Evangelho de João é o primeiro a dar a entender que Jesus e Deus Pai estão em pé de igualdade desde a eternidade.
Nos dois séculos seguintes, outros grupos apresentariam perspectivas bem diferentes.

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10.920 – Sindicalismo – Jair Menenguelli


Lula e Menenguelli

Jair Antonio Meneguelli (São Paulo, 16 de julho de 1947) é um sindicalista e político brasileiro.
Ferramenteiro na Willys Overland, tornou-se presidente do Sindicato de Metalúrgicos de São Bernardo do Campo em 1981. Fundou e presidiu a Central única dos Trabalhadores – CUT nacional por onze anos. Integrante do Partido dos Trabalhadores, elegeu-se deputado federal em 1994 e novamente em 1998.
Em 1989 engajou-se na campanha presidencial de Lula, que disputou com Collor no segundo turno.
Preside o Conselho Nacional do SESI desde 2003.

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10.919 – Mega Memória Sindicalismo – Dia de cão em Diadema, quebra pau na porta da Arteb


Conhecida pelo Sindicato dos Metalúrgicos do ABC como a BATALHA DE PIRAPORINHA
Primeiro com bombas de gás e depois com tiros, policiais tentaram dispersar 20 mil trabalhadores que realizavam uma passeata no bairro de Piraporinha, em Diadema.
Na frente da fábrica Arteb, cinco metalúrgicos foram baleados.
Era o dia 5 de maio de 1989, uma sexta-feira, e o confronto entrou para a história da categoria como a Batalha de Piraporinha.
Três dias antes acontecera a famosa assembléia de 2 de maio no Paço de São Bernardo, com 50 mil metalúrgicos.
No dia seguinte ao conflito, sábado, 6 de maio, foi realizado um ato de protesto no Sindicato contra a violência da Polícia Militar, que contou com a presença de sindicalistas, representantes de partidos políticos e da Igreja Católica.

vicentinho