História da Odontologia


• Da pré-história até os anos 30
Apesar de não existirem registros claros sobre dentistas no início da civilização, entende-se, através de pedras e pergaminhos, que os antigos acreditavam que o sol curava todas as infecções, inclusive as dentárias.
Também os gregos primitivos adoravam o sol, sendo Apolo, o deus Sol, sua divindade, e na igreja Católica, Santa Apolônia tornou-se a imagem à qual se rende tributo para as dores dentárias. Como se pode ver, apesar de não existirem dentistas como conhecemos nesta época, as preocupações com o trato dos dentes já estavam presentes e possibilitaram os avanços na área.
• Odontologia na Idade média
Em 1363, Guy de Chauliac, cirurgião-dentista em Avignon, introduziu pela primeira vez o termo “dentista” na história da profissão.
Nesta mesma época, adotou a ligadura intermaxilar nas fraturas e começou a recomendar que as pessoas procurassem dentistas para retirarem seus dentes. Até 1700, esses profissionais atuaram tipicamente em praças de mercados, atendendo em meio a uma centena de curiosos.
• Modelos de gesso e modelagem para próteses
Em 1746, Claude Mouton publicou o seu primeiro trabalho. Este se relacionava à prótese. Nesta época, a profissão intitulada como dentista evoluiu muito. Após 10 anos do feito de Claude, Philip Pfaff lançou seu primeiro livro de Odontologia, em 1756. Neste material, Philip ensinava como os modelos de gesso deviam ser preparados e instruía, ainda, sobre a confecção de outros tipos de prótese e o capeamento pulpar.
Próximo ao final do século, surgiu mais uma importante inovação na área da odontologia. Os dentes em porcelana, que são um grande marco do avanço desta área.
• Das cadeiras de madeira até as metálicas
Em 1871 foi fabricada uma cadeira odontológica feita em metal e alguns anos mais tarde, em 1892, Wilkerson tornou-se conhecido por criar um novo modelo. Nesta modernização, os movimentos deixaram de ser feitos por manivelas, passando ao controle por alavancas, uma grande inovação!
Como era necessário que o paciente ficasse com a boa aberta por bastante tempo, é datada desta época, também, outros aparelhos e ferramentas que passaram a auxiliar, e facilitar, os procedimentos. A partir de 1882, o sugador de saliva passou a fazer parte dos consultórios e está neles até hoje. Esta modernização impactou, positivamente, toda a trajetória da profissão.
• Prevenção, Implante e Odontologia Social
Para exercer a profissão de dentista, sempre foi preciso considerar o diagnóstico e o tratamento das doenças bucais. E, a fim de prevenir a placa bacteriana, uma das mais comuns enfermidades tratando-se da boca, criaram-se técnicas e medidas com potencial para esta prevenção.
A importância em conhecer sobre as possíveis doenças e problemas dentários é grande a toda a população. Apesar de existirem hoje muitos profissionais da área, o cuidado ocorre basicamente no dia a dia, dentro de casa. Muitos dentistas têm, graças a isso, trabalhado para oferecer meios de prevenção aos seus pacientes.
O flúor, ingrediente presente na pasta de dente, foi um grande avanço neste campo, contribuindo com o trabalho destes profissionais.
A “arte de curar”
“A arte de curar” é uma expressão muito comum entre as matérias responsáveis pelo trato e prevenção da saúde, sendo frequentemente atribuída a profissionais de carreira médica.
Dentro da odontologia, este conceito ficou conhecido como “Medicina preventiva” uma vez que grande parte dos dentistas trabalha de modo antecipado, antes que um problema dentário, de fato, ocorra.
A profissão espelha e inspira muitos jovens que se dedicam por anos para obter tal capacitação e título e é de extrema importância também.

A Anestesia na Extração Dentária


Anestesia local x anestesia geral
De maneira geral, o profissional pode optar entre duas técnicas anestésicas: a local e a geral. Viviane explica que, no caso da anestesia local, a aplicação pode ser feita pelo próprio cirurgião dentro do consultório. Por outro lado, a anestesia geral requer mais cuidados. “Ela tem que ser realizada pelo médico anestesista em um hospital ou em clínicas apropriadas”.
Os anestésicos odontológicos mais conhecidos
As técnicas para inibir a dor já evoluíram bastante desde que a anestesia foi criada, por isso, não faltam opções de anestésicos odontológicos. Segundo a dentista, existem pelo menos cinco tipos mais comercializados. Em cada um deles, alguns critérios como características do paciente e qual procedimento será realizado são levados em consideração na hora da escolha.

Lidocaína
É considerado, o anestésico padrão na odontologia. Ele costuma ser utilizado para procedimentos de duração média e também é o mais indicado para gestantes. A ação no organismo começa entre dois a três minutos.
Articaína
Ao contrário da lidocaína, esse é um anestésico de longa duração e não é apropriado para gestantes, podendo oferecer alguns riscos tanto para a mãe quanto para o feto. Com ele, o efeito tem início a partir de dois minutos.
Prilocaína
A dentista conta que essa substância tem as mesmas características da articaína, também deve ser evitada em gestantes e pacientes que apresentam hipotireoidismo, diabetes e ansiedade.
Mepivacaína
Esse anestésico é outra opção para os procedimentos de duração intermediária. Viviane explica, no entanto, que a substância tem toxicidade e potência duas vezes mais forte que a lidocaína. Com ela, o efeito no organismo acontece depois de um ou dois minutos.
Bupivacaína
Esse anestésico é o que apresenta duração mais longa e sua diferença para os outros tipos é bem significativa. De acordo com Viviane, a potência da bupivacaína é quatro vezes mais forte que a da lidocaína. No corpo, o efeito começa entre seis a oito minutos.
Anestesias e reações alérgicas: o que fazer?
Apesar de raro, é possível que essas substâncias anestésicas não sejam bem recebidas pelo organismo. A reação alérgica, no entanto, pode e deve ser evitada. “Qualquer paciente ao chegar ao consultório deve preencher um ficha em que irá relatar quaisquer tipos de alergia e doenças que ele venha a apresentar. É de extrema importância que o dentista investigue a saúde deste paciente antes de qualquer procedimento.

Células Tronco Para os Dentes


O uso de células-tronco na cicatrização de feridas é uma das grandes apostas da medicina regenerativa. À medida que essas estruturas são investigadas por cientistas, sua aplicabilidade tem se ampliado. Agora, uma descoberta feita por uma equipe internacional de pesquisadores abre a possibilidade do uso dessas células para reparo dentário. Liderado por Bing Hu, da Universidade de Plymouth, no Reino Unido, o grupo identificou uma nova população de células-tronco que contribui para a formação da dentina, o tecido que protege os dentes de impactos externos, e um mecanismo que regula o crescimento dessas células.
Ao descobrir as novas células-tronco que formam o corpo principal de um dente e estabelecer o uso vital do gene Dlk1 na reparação do tecido, tomamos medidas importantes para entender a regeneração a partir de células-tronco;, destaca, em comunicado Bing Hu, também autor do artigo que detalha a pesquisa, publicada recentemente na revista Nature Communications.
A descoberta foi feita no dente incisivo de um rato. Em roedores, esses dentes são constantemente desgastados e crescem constantemente ao longo da vida. Nele, havia uma população de células-tronco mesenquimais, o tipo de célula-tronco encontrado em adultos que é tratado como uma estrutura-chave para futura intervenções reparadoras.
Ao analisar a estrutura do incisivo detalhadamente, a equipe identificou que o gene Dlk1 age como mestre no comando das células-tronco mesenquimais para tratar danos dentários. Ao ser ativado, o gene envia sinais para que essas células se proliferem e, assim, repararem cáries e outros problemas do tipo. Em testes com ratos que tiveram dentes danificados para simular cáries, observou-se melhora na regeneração de dentes daqueles cuja expressão do Dlk1 foi provocada.
Para Bing Hu, esse mecanismo pode fornecer uma nova solução para a reparação dentária em humanos, ajudando no enfrentamento a problemas como cáries e traumas dentários. ;O trabalho ocorreu em modelos de laboratório, e é necessário fazer mais pesquisas antes que possamos trazer o conhecimento para o uso humano. Mas é realmente um grande avanço na medicina regenerativa, e isso pode ter implicações enormes para os pacientes;, destaca.
Desafios
Segundo Emílio Barbosa e Silva, professor titular e coordenador do curso de odontologia do Centro Universitário do Distrito Federal (UDF), anteriormente, as grandes dificuldades em usar as células-tronco para substitutos de dentes eram a produção de tecidos dentários em larga escala e a falta de uma ossatura para desenvolver um dente morfologicamente semelhante ao humano.
Alguns estudos já até conseguiram produzir organelas de dente completo utilizando células-tronco mesenquimais, mas a característica morfológica não era semelhante a um dente natural, já que os tecidos dentais eram produzidos de maneira disforme;, conta. De acordo com o especialista brasileiro, os avanços nos estudos sobre células-tronco e a engenharia genética estão ampliando a possibilidade de criação de substitutos biológicos.
A proposta de estimular a produção de tecidos sadios, levantada por Bing Hu e colegas, pode ser promissora, avalia Marcelo Brígido, professor titular em biologia molecular do Instituto de Biologia da Universidade de Brasília (UnB) e doutor em bioquímica pela Universidade de São Paulo (USP). ;As células-tronco da dentina se multiplicam lentamente e, naturalmente, repõem as células, perdidas ou mortas. Aumentar a taxa de multiplicação delas pode aumentar a taxa de produção de novas células de dentina e melhorar a regeneração dos dentes;, explica.
Bing Hu frisa que a pesquisa é inicial e que novos estudos serão conduzidos para validar as descobertas clínicas em humanos. ;Precisamos acertar coisas, como tratamentos, duração e dose apropriadas, mas esses passos iniciais em animais são excitantes;, afirma. A equipe também tem a expectativa de que as células-tronco sejam usadas na regeneração das outras partes do dente, como o esmalte e o cemento, responsáveis, respectivamente, pela cobertura da coroa e da raiz.

Odontologia – Aspirina pode regenerar dente após cárie


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Cientistas na Irlanda do Norte afirmam ter desenvolvido um tratamento de regeneração dental que usa o ácidoacetilsalicílico, substância comercialmente conhecida como aspirina.
Pesquisadores da Universidade Queen’s, em Belfast, usaram o produto para estimular células-tronco nos dentes, o que aumentou o potencial de regeneração. Eles acreditam que o tratamento com aspirina pode resultar em menos cáries e obturações no futuro.
Na Irlanda do Norte, 72% dos adolescentes de 15 anos tinham cáries em 2016, de acordo com um estudo da Associação Odontológica Britânica.
Nossos dentes têm capacidade limitada de regeneração. Produzem uma camada fina de dentina, logo abaixo do esmalte, se a polpa dental é exposta, mas não conseguem consertar uma grande cavidade.
É por isso que dentistas usam obturações, que podem necessitar de substituição várias vezes durante a vida do dente.
Mas Ikhlas El Karim, professora da Faculdade de Medicina da Queen’s University, cujas pesquisas giram em torno do uso de células-tronco, diz ter descoberto que a aspirina “turbina” essas células no processo de regeneração.
Depois de analisar dados de pesquisas anteriores, a equipe da Queen’s University usou aspirina líquida sobre células-tronco em uma placa de Petri e diz ter encontrado “evidências materiais e genéticas de que isso produziu dentina”.
Mas, segundo Ikhlas, o próximo passo é descobrir um método para aplicar a aspirina no dente de forma adequada.
“Precisamos colocar o produto (no dente cariado) de forma que possa ser liberado durante um longo período de tempo. Se simplesmente colocarmos aspirina em uma cárie hoje, ela será facilmente lavada.”
“Não estamos encorajando esse uso simplório, mas sim o de um produto final para ser usado por um dentista, não um paciente”, acrescenta a cientista.
Mas Ihklas ressalta que o fato de a aspirina já ser uma droga disponível no mercado ajudará o desenvolvimento de um tratamento.
“Não precisaremos de 10 ou 20 anos para fazer testes clínicos. Há imenso potencial para mudarmos a forma como abordamos um dos maiores desafios odontológicos que temos.”
“E esse método não só aumenta a sobrevivência dos dentes, mas pode resultar em uma imensa economia para sistemas de saúde pública ao redor do mundo.”

Robótica – Pesquisadores criam pele para robôs que pode regenerar seus circuitos sozinha
Pesquisadores da Universidade de Carnegie Mellon, nos Estados Unidos, podem ter encontrado uma solução para tornar os robôs mais resistentes. Trata-se de uma pele artificial feita de material híbrido e que pode se regenerar sozinha, permitindo a reconexão automática de circuitos. A expectativa é que a solução torne o reparo das máquinas mais barato, combatendo falhas elétricas comuns.
De acordo com a publicação da PhysicsWorld, a solução proposta pelos pesquisadores envolve um tipo de polímero. No entanto, para que o material se torne flexível e resistente a danos, são inseridas micro gotas de uma liga metálica à base de gálio-índio em uma casca macia e elástica. Com isso, cria-se um material híbrido “sólido-líquido” com propriedades macias, eletricamente isolantes e que pode se regenerar diversas vezes.
A “mágica” da solução proposta é a seguinte: quando há um dano no material desta pele robótica, as gotículas de metal presentes no material se rompem para formar novas conexões e redirecionar os sinais elétricos sem interrupção. Assim, as máquinas conseguem continuar as suas operações. De acordo com o chefe da pesquisa, Carmel Majidi, a inspiração para a técnica vem do sistema nervoso humano e sua capacidade de autorregeneração.
Embora o uso de materiais que se “curam” não seja uma novidade na indústria, há uma diferença importante em relação ao proposto pelos cientistas da universidade americana. A maior parte dos compostos atuais demandam exposição ao calor, aumento de umidade ou remontagem manual para que a recuperação ocorra. Já o composto híbrido pode fazer tudo automaticamente, reduzindo custos.

Além do uso em robôs, a equipe da Universidade de Carnegie Mellon acredita que o material também pode ser útil em computadores portáteis e dispositivos vestíveis. A tecnologia também pode ajudar a tornar realidade smartphones flexíveis, tão especulados para os próximos anos, uma vez que sua capacidade regenerativa pode ser usada para recuperar os circuitos internos dos aparelhos.
Apesar dessas características, ainda há espaço para avanços, especialmente no que diz respeito à danos estruturais e mecânicos. Segundo a equipe de pesquisadores norte-americano, o foco agora é desenvolver um material igualmente macio e flexível, mas que pode se regenerar de defeitos físicos.

Odontologia – A Extração do Siso


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É uma cirurgia para a retirada dos dentes terceiros molares, conhecidos também como dentes do siso ou dentes do juízo. A cirurgia de extração do siso pode ser feita quando os dentes já nasceram ou mesmo para dentes que não vão nascer – é o chamado dente do siso incluso.

Qual médico realiza a cirurgia
Cirurgião dentista ou cirurgião buco-maxilo-facial

Indicações
A extração do siso deve ser feita apenas quando os dentes do siso não nasceram adequadamente na boca. Caso o dente esteja presente na boca e não comprometa a arcada dentária, ele funciona como os demais dentes do fundo, na fase final da mastigação, e não precisa ser retirado. A indicação de extração do siso se relaciona
Incapacidade de higiene adequada dos dentes do siso por falta de acesso com as escovas

– Pressão ou empurramento nos dentes vizinhos que gere riscos de traumas e/ou perdas do alinhamento dos dentes

– Alterações na normalidade da mordida e da fala motivadas pela presença dos sisos

– Dentes inclusos: que não conseguem “nascer” pela falta de espaço ou má posição dentro dos maxilares

– Sisos tomados por infecção recorrente, como cárie ou doença periodontal de tratamento complicado

– Sisos em contato com a raiz dos segundos molares, podendo gerar dor e necessidade de tratamento de canal no futuro

– Caso os sisos estejam gerando dor em outras partes da face, como mandíbula e ouvidos, já tendo sido investigadas outras possíveis causas para as dores.
Quem não pode fazer
Não existem contraindicações muito severas com relação à extração dos sisos. No entanto, pacientes que estejam com a saúde comprometida ou inflamações do local, por exemplo, devem considerar adiar o procedimento. Dependendo da indicação cirúrgica, o paciente também pode optar por outros tratamentos que não a extração dos sisos para resolver seu problema. Tudo dependerá do quadro do paciente e da opinião do especialista.

Saiba mais: Diabetes: quais os cuidados em procedimentos cirúrgicos?
Pré-requisitos
Também não há grandes pré-requisitos para incluir ou excluir um indivíduo da indicação cirúrgica. Mas o momento ideal para extração dos sisos é entre os 16 e 18 anos, quando se formam as primeiras raízes dentárias e o dente ainda não nasceu. Isso porque nessa faixa etária a formação das raízes do dente do siso ainda não está completa, tornando a extração do siso mais simples e com melhor prognóstico. Entretanto, a cirurgia pode ser feita sem riscos em qualquer idade.

Anestesia
A anestesia para extração dos sisos é local, ministrada por injeção. Além desse anestésico, você e seu cirurgião-dentista ou cirurgião buco-maxilo-facial podem decidir que um sedativo é desejado para controlar qualquer ansiedade. Caso seja usado um sedativo, é necessário levar um acompanhante no dia da cirurgia, para orientar o paciente enquanto o sedativo ainda não perdeu o efeito.

Como é realizada
É aplicada uma anestesia local próxima ao dente que será retirado. Após a área estar adormecida, é feita uma incisão na pele da gengiva, que é deslocada, para que o cirurgião possa ver o dente a ser retirado. Caso os dentes ainda não tenham nascido, é feita a remoção do osso que recobre o dente e depois a remoção do dente. Por fim, o cirurgião retira os restos de osso e pedaços de dente que possam ainda estar dentro da cavidade, e completa com uma sutura. Em alguns casos, o dente pode ser quebrado e retirado em partes, em outros será retirado inteiramente. Tudo depende da posição do dente e condições do paciente.

Tempo do procedimento
A duração da extração siso varia conforme a dificuldade da cirurgia e quantidade de dentes que será retirada. Em média, a cirurgia de extração do siso leva menos de 30 minutos para ser feita (por dente), podendo em alguns casos mais fáceis demorar 5 minutos até, mas pode ser que leve mais tempo conforme o quadro do paciente.
ão há necessidade de internação para a extração do siso. Então, o paciente ficará no consultório ou hospital apenas o tempo em que duraram os trâmites da cirurgia.

Cuidados antes do procedimento
No dia de sua extração do siso, o ideal é fazer uma refeição leve e tomar todos os medicamentos que eventualmente forem prescritos, como antibióticos. Evite usar maquiagem ou qualquer acessório volumoso no cabelo, para não causar incômodo ou dificultar o posicionamento de sua cabeça durante a cirurgia de extração do siso. É importante informar ao dentista todo seu histórico de saúde, para que os cuidados sejam tomados previamente caso necessário.

Como é a recuperação do paciente
Depois de remover seus dentes do siso, a velocidade de sua recuperação depende do grau de dificuldade da extração. Em geral, o paciente pode sentir esses sintomas:

A anestesia dura em torno de quatro a cinco horas, salvo em casos de eventual parestesia transitória (sensações como formigamento, frio e calor na área) decorrente dos procedimentos associados à extração do siso. Neste caso, a sensação de anestesia irá perdurar por alguns dias, até cessar por completo

– Pode ser que ocorram sangramentos em uma ou mais aberturas nas primeiras 24 horas. Para controlá-los, coloque um pedaço de gaze limpa sobre a área do dente retirado e tente mordê-la firmemente até sentir que o sangramento foi estancado. Caso seja necessário, troque a gaze por outra limpa. Se persistir um sangramento intenso, comunique o seu dentista

– Edemas faciais na área onde o dente foi extraído são comuns. Para diminuir o inchaço, aplique nas primeiras 2 a 3 horas uma compressa gelada a cada 20 minutos, durante 10 minutos aproximadamente. Repita conforme necessário. Após esse primeiro dia, trate o inchaço com compressas quentes, aplicando uma toalha quente e úmida na área de 20 em 20 minutos, repetindo conforme necessário

– Em alguns casos, pode ser que o paciente tenha dificuldades para abrir ou fechar a boca, em virtude da tensão gerada pela extração do siso. Essa situação é transitória e se recupera juntamente com a cicatrização das áreas de extrações dos sisos.
Complicações possíveis
Entre as complicações mais importantes da extração dos sisos, além dos problemas que podem ser comuns a todas as cirurgias, como infecções. Pode ser que ocorram esses problemas:
Alveolite: ela ocorre quando o coágulo de sangue formado para iniciar o processo de cicatrização se desfaz ou se desloca, deixando a cavidade exposta. A alveolite normalmente ocorre em três ou quatro dias após a extração e é acompanhada de dores muito fortes e odores estranhos na boca. Caso isso aconteça, procure seu dentista.

Parestesia: é causada quando há um dano nos nervos próximos ao dente que foi extraído, gerando uma dormência na língua, lábio ou queixo. Essa ocorrência, embora possível, é muito rara, e no geral dura alguns dias ou semanas. Caso o problema persista, procure seu dentista.

Trismo: o trismo acontece quando o paciente mantém o maxilar muito tenso durante a cirurgia, ou então quando o procedimento de extração do siso foi muito difícil. O paciente com trismo não consegue abrir a boca completamente, impossibilitando a alimentação e mastigação completa, bem como deixando a fala comprometida. Esses sintomas podem ser evitados com medicação prevista no pré-operatório, bem como a competência do médico e qualidade técnica dos procedimentos de extração.

Cuidados após a cirurgia
Alguns cuidados devem ser adotados nos primeiros dias após a cirurgia:
Alveolite: ela ocorre quando o coágulo de sangue formado para iniciar o processo de cicatrização se desfaz ou se desloca, deixando a cavidade exposta. A alveolite normalmente ocorre em três ou quatro dias após a extração e é acompanhada de dores muito fortes e odores estranhos na boca. Caso isso aconteça, procure seu dentista.

Parestesia: é causada quando há um dano nos nervos próximos ao dente que foi extraído, gerando uma dormência na língua, lábio ou queixo. Essa ocorrência, embora possível, é muito rara, e no geral dura alguns dias ou semanas. Caso o problema persista, procure seu dentista.

Trismo: o trismo acontece quando o paciente mantém o maxilar muito tenso durante a cirurgia, ou então quando o procedimento de extração do siso foi muito difícil. O paciente com trismo não consegue abrir a boca completamente, impossibilitando a alimentação e mastigação completa, bem como deixando a fala comprometida. Esses sintomas podem ser evitados com medicação prevista no pré-operatório, bem como a competência do médico e qualidade técnica dos procedimentos de extração.

Cuidados após a cirurgia
Alguns cuidados devem ser adotados nos primeiros dias após a cirurgia:Alveolite: ela ocorre quando o coágulo de sangue formado para iniciar o processo de cicatrização se desfaz ou se desloca, deixando a cavidade exposta. A alveolite normalmente ocorre em três ou quatro dias após a extração e é acompanhada de dores muito fortes e odores estranhos na boca. Caso isso aconteça, procure seu dentista.
Parestesia: é causada quando há um dano nos nervos próximos ao dente que foi extraído, gerando uma dormência na língua, lábio ou queixo. Essa ocorrência, embora possível, é muito rara, e no geral dura alguns dias ou semanas. Caso o problema persista, procure seu dentista.
Trismo: o trismo acontece quando o paciente mantém o maxilar muito tenso durante a cirurgia, ou então quando o procedimento de extração do siso foi muito difícil. O paciente com trismo não consegue abrir a boca completamente, impossibilitando a alimentação e mastigação completa, bem como deixando a fala comprometida. Esses sintomas podem ser evitados com medicação prevista no pré-operatório, bem como a competência do médico e qualidade técnica dos procedimentos de extração.
Cuidados após a cirurgia
Alguns cuidados devem ser adotados nos primeiros dias após a cirurgia:
Deve ser feita uma dieta líquida nos primeiros três dias, evitando comer alimentos quentes. Nos quatro dias seguintes, é recomendada uma dieta pastosa, evitando nos quatros consumir alimentos granulosos, duros ou consistentes. Isso ajuda a diminuir o inchaço e o sangramento, reduzindo o risco de infecções. É importante que tanto a dieta líquida quanto a pastosa sejam nutritivas, mantendo o sistema imunológico fortalecido

– Tome as medicações corretamente. Podem ser usados analgésicos leves, moderados ou fortes, sedativos, anti-inflamatórios esteroides ou não esteroides e antibióticos. O tempo de medicação deve ser estabelecido pelo profissional, mas no geral são três dias para medicação analgésica e de três a 15 dias para os antimicrobianos

– Evite fazer bochechos ou cuspir nas primeiras 24 horas após a extração do siso, bem como fazer movimentos de sucção

– Escove os dentes de forma mais suave que o habitual e evite os dentes vizinhos dos sisos extraídos durante as primeiras 24 horas. No segundo dia, retome a escovação suave dos seus dentes. Não use enxaguantes bucais comerciais, a não ser que tenham sido prescritos pelo médico

– Não fume pelo menos nos primeiros sete dias. O cigarro contém substâncias tóxicas que penetram na mucosa da boca e podem infeccionar a cicatriz
– Não ingira bebidas alcoólicas. Elas podem interagir com a medicação e causar efeitos colaterais
– Sete dias após a extração o paciente deve retornar ao consultório para remover os pontos. Deixar pontos na boca além do previsto pelo dentista pode resultar na retenção de alimentos, bactérias e impurezas que dificultam a cicatrização, arriscando a saúde dos dentes vizinhos e de todo o restante da boca, podendo chegar ao ponto de causar infecção e feridas na região. Os pontos só podem ficar na boca quando eles são do tipo reabsorvíveis, não sendo necessária a visita médica para remoção.

Custo da cirurgia
Em alguns estados do Brasil a cirurgia para extração do siso pode ser feita pelo Sistema Único de Saúde (SUS). O procedimento também possui cobertura em planos de saúde.

Perguntas frequentes
Eu posso tirar os quatro dentes do siso de uma vez?
Sim, tudo depende das condições de cada paciente e da dificuldade prevista na cirurgia, que devem ser avaliadas pelo profissional. Normalmente são feitas duas cirurgias, uma para cada lado da boca, de forma a preservar um lado para mastigação. A retirada dos quatro molares de uma vez é vantajosa porque é um tempo cirúrgico só, exigindo apenas uma recuperação. Mas também pode ser feita a extração de um siso por vez, ou então de três sisos e depois um – essa não é uma ciência exata, e depende exclusivamente da disposição e condição do paciente, bem como da indicação médica. Além disso, a extração de um dente não influencia necessariamente na retirada de todos os outros ? ou seja, a pessoa pode tirar apenas um ou dois dentes e não retirar os outros. Caso seja feita mais de uma cirurgia, é indicado um período entre uma semana e 30 dias entre uma extração e outra, para que o paciente se recupere adequadamente.

Uma pessoa pode nascer sem os dentes do siso?
Muita gente nasce sem, e não há qualquer problema. Assim como algumas pessoas podem ter o dente do siso, mas isso não quer dizer que ele vá nascer. Para que ocorra sua erupção, é necessário que haja estimulação desde a infância, como a mastigação de alimentos que estimulem o uso do dente.

Odontologia – Solução Caseira para Tártaros


Escove bem os dentes
Esta primeira dica não vem como surpresa, afinal, escovar os dentes regularmente é o tratamento número um para evitar a placa. O ideal é escová-los meia hora após cada uma das refeições. Isso ajudará a reduzir significativamente a probabilidade de desenvolver manchas de placas desagradáveis. Tenha em mente que uma escovação adequada deve ter pelo menos 3 minutos de duração, pressionando uniformemente e cobrindo cada parte da boca bem.

Aloe vera e glicerina
A aloe vera (babosa) tem uma série de benefícios que há décadas vem sendo registrados, entre eles, a manutenção dos dentes. A planta pode ajudar a prevenir o tártaro e a placa bacteriana. Para isso, basta seguir uma receita bem simples: misture a um copo de água, meia xícara de bicarbonato de sódio e uma colher de chá de gel (baba) de aloe vera. Em seguida, adicione uma pequena quantidade de óleo essencial de limão e quatro colheres de chá de glicerina vegetal. Em seguida, esfregue os dentes durante um longo período de tempo com a mistura. Você verá que seus dentes ficarão brancos e brilhantes.

Casca de laranja
Se a receita anterior não lhe pareceu muito agradável, você pode optar pela casca de laranja. O contato direto com a casca pode ajudar a combater os microrganismos responsáveis pelo tártaro e que estão presos ao esmalte. Basta apenas esfregar a casca da laranja (a parte interna), deixar descansar por alguns minutos e em seguida enxaguar bem.

Sementes de gergelim
A semente de gergelim também pode ser usada para uma higiene dental apropriada. De fato, ela é capaz de remover a placa e o tártaro sem danificar os dentes. Para isso, basta colocar uma porção de sementes na boca e mastigar, sem engolir. Em seguida, com a ajuda de uma escova, escove os dentes enquanto as sementes ainda estão na boca. Elas atuarão como um esfoliante e limparão delicadamente a superfície dos dentes manchados.
Figos
Você sabia que os figos são ótimos para combater bactérias e outros desconfortos nos dentes? Basta mastigar três a quatro figos, devagar e deliberadamente, para que eles fiquem expostos o máximo possível às gengivas e dentes. Essa mastigação ativará as glândulas salivares, que se misturarão às boas propriedades antibacterianas da fruta, eliminando as placas e tártaro.
Use enxaguante bucal com água oxigenada
Uma maneira bem simples de acabar com a placa e tártaro é usando um enxaguante bucal ou limpador à base de peróxido de hidrogênio. Se você não conseguir encontrar um produto nessas condições, faça você mesmo ele em casa. Para isso, basta adicionar três colheres de sopa de peróxido de hidrogênio (3%), também conhecido como água oxigenada, a uma tampa de qualquer enxaguante bucal. Certifique-se de que a concentração do produto seja adequada, ou ele poderá danificar seus dentes.

Raspador dental
O raspador é uma ferramenta utilizada pelos dentistas para limpar o tártaro dos dentes. No entanto, ele também pode ser encontrado em farmácias. Ele possui a forma de uma foice e serve para limpezas mais profundas. Obviamente que, se você se sentir intimidado a raspar suavemente e cuidadosamente os dentes, peça para um dentista fazê-lo.

Odontologia – Dentes naturais são multiplicados pela primeira vez


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Os experimentos tiveram pleno êxito em animais, abrindo o caminho para os primeiros testes em humanos.
O processo começa com os chamados dentes germes, grupos de células que se formam no início da infância e que posteriormente se desenvolvem nos dentes.
Os dentes germes foram divididos em dois e depois implantados na mandíbula dos camundongos, onde se desenvolveram em dois dentes individuais totalmente funcionais.

Cultivo de dentes
Takashi Tsuji e seus colegas do Instituto Riken (Japão) concentraram-se no fato de que o desenvolvimento dos dentes se dá em um padrão de expressão gênica em forma de onda, envolvendo os genes Lef1, um ativador, e o Ectodin, um inibidor.
Para manipular o processo, eles removeram os dentes germes dos animais e os desenvolveram em meio de cultura. Num ponto apropriado do processo de desenvolvimento – 14,5 dias – eles cortaram os germes em dois usando um fio de nylon, mas sem separá-los completamente.
Os centros de sinalização, que controlam a onda de moléculas que regulam o desenvolvimento do dente, surgiram em cada um dos dois lados, gerando o desenvolvimento natural de dois dentes, que a equipe então transplantou para as maxilas dos camundongos.

Pacientes pediátricos
Ainda há questões a serem solucionadas, envolvendo o tamanho dos dentes, que ficaram menores do que os dentes naturais dos animais, e a pequena disponibilidade de dentes germes, mas os cientistas estão animados com novos progressos.
“Nosso método poderia ser usado em pacientes pediátricos que não desenvolveram devidamente os dentes como resultado de condições como lábio leporino ou síndrome de Down, uma vez que os germes de dentes permanentes ou dentes do siso poderiam ser divididos e implantados.
“No futuro, nós também poderemos considerar o uso de células-tronco para crescer mais germes, mas hoje existem barreiras para a cultura de tais células, que terão de ser superadas,” concluiu Tsuji.

Como se tratava a dor de dente antes de surgirem os dentistas?


odontologia
Alguns de nossos antepassados apelavam para métodos esquisitos. Manuscritos do século I sugeriam caçar uma rã em noite de lua cheia e cuspir dentro de sua boca, pedindo que levasse embora a dor. Mas havia outras opções para quem desconfiasse dessa técnica. Certos médicos prescreviam compressas quentes, lavagens bucais e aplicações de vapor. Na China do século II usava-se o elemento químico arsênio, até hoje empregado em compostos medicinais. Ele provavelmente matava o miolo do dente, acabando com a dor. Foram os chineses que, por volta do ano 600, desenvolveram as ligas metálicas usadas em obturações. Os antigos americanos também tinham suas técnicas. Uma arcada dentária de 1 000 anos encontrada no sudoeste dos Estados Unidos mostra um dente cuidadosamente perfurado na tentativa de retirar a parte danificada.
No século XII, surgiram, na Europa, os cirurgiões-barbeiros. Na época a Medicina era praticada principalmente nos monastérios. “Os barbeiros iam cortar os cabelos dos monges e acabavam aprendendo técnicas cirúrgicas”, conta o dentista diretor do Instituto Museu e Biblioteca de Odontologia, ligado à Associação Paulista de Cirurgiões Dentistas. Foram esses profissionais, peritos em extrações, que se transformaram nos dentistas que conhecemos hoje.

10.837 – Odontologia – Cientistas de Harvard criam novo método para regenerar dentes


regenerar-dentes

Dentadura vai ser coisa do passado:
Através de um novo método, eles conseguiram estimular o crescimento de dentes na arcada de quem os perdeu. E para chegar a esse resultado, os pesquisadores utilizaram um raio laser de baixa potência, que estimula a ativação de células-tronco dentárias. Estas, aos poucos, começam a formar a dentina, o tecido duro similar ao osso que fica sob o esmalte e que forma a maior parte da massa dentária.
Após expor as células-tronco ao laser por cinco minutos, o processo de cura começou dentro da boca, segundo o artigo que a universidade norte-americana publicou na revista Science Translational Medicine. Depois de doze semanas, a dentina tinha se formado por completo. A técnica revolucionária foi testada com sucesso em ratos de laboratório graças ao trabalho de uma equipe de cientistas mantida por especialistas da área de pesquisa odontológica do governo dos EUA. Eles esperam poder realizar o teste em humanos em breve.
O desafio atual consiste em conseguir regenerar outras partes do dente, como o esmalte, para, finalmente, substituir os tratamentos dentários atuais, caros e dolorosos. Indo mais longe ainda, os cientistas estão certos de que os resultados obtidos servirão de base para procedimentos como a cicatrização de feridas e a regeneração óssea, entre muitos outros.

10.033 – Como o gás do riso age no corpo?


O gás do riso, ou hilariante, produz uma suave depressão numa região do cérebro relacionada aos sentimentos e à autocensura. Ao inalá-lo, a pessoa entra num estado de relaxamento e felicidade, podendo mesmo rir à toa. A sensação é parecida à de quando se exagera um pouco na bebida. Ainda não se sabe precisamente qual é o mecanismo de ação do gás, cujo nome correto é óxido nitroso (N2O). Ele foi descoberto em 1772 pelo químico inglês Joseph Priestley. Alguns anos depois, verificou-se que o gás provocava uma sensação agradável ao ser inalado. Assim, não demorou muito para que a substância passasse a ser “cheirada” durante festas. Em 1844, o dentista americano Horace Wells percebeu que o gás tinha efeito anestésico por acaso: numa festa, Wells reparou que um dos convidados que havia inalado o óxido nitroso se machucou, mas não demonstrava sentir dor. Curioso, o dentista resolveu testar a substância e foi o primeiro paciente a ter um dente extraído após inalar o gás. Em consultórios dos Estados Unidos, da Europa e de outros países espalhados pelo mundo, o óxido nitroso é usado há tempos. Já no Brasil só agora vem conquistando mais adeptos. “O paciente se mantém calmo e consciente, o que aumenta a segurança do procedimento odontológico”, diz um cirurgião dentista, diretor da Associação Brasileira dos Cirurgiões Dentistas, seção do Rio de Janeiro.

Por meio de uma máscara, o paciente inala uma mistura de óxido nitroso e oxigênio — no máximo com 70% de óxido. Esses dois gases saem de cilindros e a proporção da mistura é controlada pelo dentista

Após ser inalado, o gás alcança os pulmões. Como a substância tem grande capacidade de expansão, ela passa pelos alvéolos pulmonares e cai na corrente sanguínea
Rapidamente o gás começa a circular pela corrente sanguínea e ruma em direção ao sistema nervoso central, onde o óxido nitroso passa a agir cerca de 5 minutos após ser inalado pela pessoa
A ação do gás é no córtex cerebral, região relacionada aos sentimentos de medo, ansiedade e autocensura. Acredita-se que ele reduza as transmissões nervosas no córtex. Uma eventual vontade de rir é efeito secundário. O mais importante no consultório é que o gás relaxa o paciente e aumenta sua tolerância à dor, agindo como um anestésico.

9334 – Química – O Óxido Nitroso


Descoberto pelo químico inglês Joseph Priestley, o óxido nitroso é um gás incolor, de fórmula química N2O, odor agradável, sabor levemente adocicado, baixos pontos de fusão e ebulição, não inflamável, atóxico e de baixa solubilidade. Essa substância também é conhecida como gás hilariante, ou gás do riso, por desencadear contrações musculares involuntárias no rosto de quem o inala, levando a uma impressão de que se está rindo.
Ao mesmo tempo, o gás também confere um estado de prazer e felicidade, e exatamente por isso sua principal aplicação é como agente anestésico nas áreas de Medicina e Odontologia. Para se ter esse efeito anestésico, o paciente inala uma mistura de 70% de óxido nitroso e 30% de oxigênio, que logo chega aos pulmões e alcança a corrente sanguínea. Com a circulação do sangue, o gás atinge o sistema nervoso central e age no córtex cerebral, região associada especialmente à sensação de ansiedade, produzindo um estado de repouso e de tolerância à dor.
Tal propriedade foi identificada pelo dentista americano Horace Wells em 1844, ao observar o comportamento de pessoas que inalavam a substância para obter essa sensação de prazer. O próprio Wells foi o primeiro paciente a ser submetido a um procedimento sob o efeito do óxido nitroso. Com isso, essa propriedade passou a ser difundida, o óxido nitroso foi o primeiro gás a ser aplicado na Medicina e hoje é largamente utilizado nos Estados Unidos e na Europa, principalmente.
Além do uso como anestésico, o óxido nitroso também é usado na indústria automobilística, com a função de melhorar o desempenho do motor. Isso ocorre porque, quando o gás é aquecido a aproximadamente 300 °C, é decomposto em nitrogênio e oxigênio e, assim, quanto mais oxigênio disponível para a combustão, mais potência o motor adquire. Para essa aplicação, é chamado de NOS (Nitrous Oxide Systems).
Esse gás é, ainda, um dos vilões do aquecimento global. Ele é um subproduto de processos de combustão, fertilização agrícola, tratamento de esgoto e atividades industriais e é capaz de absorver uma quantidade muito elevada de energia, muito mais até que o próprio CO2. Isso causa a destruição da camada de ozônio, que protege a superfície terrestre contra a radiação ultravioleta.
O óxido nitroso também é um membro do grupo dos óxidos neutros (ou indiferentes), que são óxidos que não reagem com água, nem com ácidos nem com bases.

Odontologia – Placa bacteriana cresce no Espaço


Como os especialistas da NASA bem sabem, longas temporadas no espaço podem trazer conseqüências desagradáveis à saúde dos astronautas. São conhecidos os relatos de americanos e soviéticos que mencionam enjôos, vertigens, atrofia muscular e até irregularidades cardíacas. Como se isso não bastasse, o odontólogo americano John Suzuki, da Universidade de Maryland, constatou que os astronautas sofrem mais do que na Terra de doenças periodontais causadas pela placa bacteriana formada entre a gengiva e os dentes. Suzuki, que participou do XIII Congresso Internacional de Odontologia do Rio de Janeiro, explicou o problema pela ausência de gravidade, “que diminui a circulação sanguínea e conseqüentemente a capacidade imunológica, deixando o organismo assim mais exposto a doenças causadas por bactérias”.

9031 – Nutrição – Um açúcar para evitar as cáries


Pesquisa realizada na Finlândia com crianças de 11 e 12 anos mostrou que o xilitol, um tipo de açúcar extraído da madeira, mas encontrado também em ameixas, framboesas e morangos, pode ajudar a prevenir o aparecimento de cáries. As crianças que participaram da pesquisa foram divididas em dois grupos, um dos quais mascou chicletes de xilitol diariamente durante dois anos. Observou-se depois que as crianças que, mascaram esses chicletes tinham 80 por cento a menos de cáries do que as outras. A experiência foi animadora.
Decorridos mais três anos, mesmo longe dos chicletes, elas ainda tinham 51 por cento menos cáries. Segundo o bioquímico Carlos Eduardo Pinheiro, da Faculdade de Odontologia da USP em Bauru, “além de não fermentar, o xilitol modifica a atividade bacteriana da placa dentária, impedindo o aparecimento da cárie”. Ainda assim, os dentistas advertem: mais de 6 gramas diários podem provocar diarréia. Como a quantidade de xilitol nos chicletes é mínima, isso equivaleria ao consumo de 400 unidades por dia.

8316 – Odontologia – Como é feito o clareamento dental?


Logo odonto

Com substâncias químicas que reagem com a sujeira que escurece os dentes. O processo é simples e consiste em aplicar um gel e deixá-lo agir por alguns minutos. É possível fazer o clareamento inteiramente com o dentista, combinar sessões no consultório com outras em casa ou fazer tudo apenas em domicílio. Para ter resultados melhores, vale a pena fazer várias aplicações leves ao longo de bastante tempo (30 em um mês, por exemplo). Pessoas com gengivas especialmente sensíveis ou com problemas no esmalte devem falar com o dentista antes de tentar o clareamento, pois pode haver contraindicações. O procedimento também tem menos efeito sobre manchas causadas pelo uso de antibióticos.

Preto no branco
Escurinho causado por acúmulo de restos é eliminado com gel abrasivo;

O dente é formado por várias camadas sobrepostas. A mais superficial é o esmalte, que é naturalmente porosa. Ao longo do tempo, pedacinhos de comida entram por essas microfissuras e se depositam na camada abaixo do esmalte, a dentina. É o acúmulo desse material que escurece o dente.
Antes de realizar o procedimento, é preciso fazer uma limpeza básica na estrutura dentária. O dentista usa uma ferramenta chamada cureta para limpar a placa bacteriana e o tártaro. Esse processo aumenta a eficácia do clareamento e evita dor e danos a alguma área especialmente sensível.
É preciso também proteger a gengiva. Se a aplicação for no consultório, o mais comum é cobri-la com um líquido protetor, que depois é exposto a um feixe de luz que o deixa mais rígido, como uma borracha. Em casa, como a substância clareadora é aplicado num molde, ela não chega a tocar as gengivas
O dentista aplica o gel clareador nos dentes com uma seringa. Em todos os casos, o ingrediente ativo é o peróxido de hidrogênio (a popular água oxigenada) ou o peróxido de carbamida (o mais usado). Ambos causam uma reação de oxidação e quebram moléculas orgânicas, como as derivadas dos alimentos
O gel penetra nas fissuras e reage com as substâncias. A reação faz com que as moléculas das manchas sejam decompostas em pedaços menores, como amônia (NH3), gás carbônico (CO2) e oxigênio (O2). Elas se soltam da dentina e são expulsas do dente. Como o processo é lento, várias sessões são necessárias
Em casos nos quais se deseja acelerar o resultado, pode-se usar uma fonte potente de luz para estimular a reação do peróxido com as manchas. Isso produz mais oxigênio, o principal agente “limpador”. No entanto, alguns estudos questionam a real eficácia dessa técnica
Em cada sessão no consultório, o paciente fica de 20 a 30 minutos com o gel na boca. Para limpar o dente, o dentista apenas esguicha-o com água, eliminando as sobras das reações químicas. Em casa, são seis horas com o gel, que podem ser durante o sono, e o produto é retirado com escovação.

7810 – Odontologia – Uma dentista de mortos


Ele é feio, nojento, inconveniente. Mas para a americana Christina Warinner, o tártaro é o maior dos tesouros – uma chave para desvendar civilizações antigas. Christina é arqueogeneticista na Universidade de Zurique, na Suíça, onde se especializou num trabalho inusitado: examinar os dentes de cadáveres fossilizados, encontrados em sítios arqueológicos espalhados pela Europa.
A arqueologia costuma trabalhar com múmias, que são ricas em DNA, mas difíceis de encontrar, e esqueletos – que são mais comuns, mas não revelam tantos dados. Já o tártaro junta as qualidades de ambos. “Ele pode ser encontrado em todo lugar, fossiliza como um esqueleto e retém muitas informações”, explica Christina. Tudo porque os povos antigos tinham dificuldades de higiene bucal. Quando vamos ao dentista e fazemos uma limpeza, de 15 a 30 miligramas de tártaro são removidos. Milhares de anos atrás, uma pessoa chegava a acumular 600 miligramas ao longo da vida.
Atualmente, Christina está analisando dentes encontrados num cemitério medieval alemão do ano 1100. Mas sua equipe também começou a coletar tártaro de pessoas vivas, com a intenção de formar um banco de dados para futuros pesquisadores. “Em nome dos futuros arqueólogos, gostaria de pedir: pensem duas vezes antes de escovar os dentes”.

7775 – Odontologia -Tratamento para Gengivite


Um novo tratamento contra as inflamações de gengiva pode estar a caminho: uma tira plástica impregnada de um antibiótico capaz de destruir as bactérias presentes nas gengivites. Numa experiência nos Estados Unidos, a tira foi colocada em torno dos dentes e empurrada contra a gengiva dos pacientes. Dez dias depois, o antibiótico já tinha destruído 80 por cento das bactérias. A tira talvez substitua o tratamento convencional, que implica anestesiar as gengivas para raspar as placas bacterianas. Mas, como adverte um odontologista da Universidade de São Paulo, “sem raspar o tártaro, as pedrinhas que se acumulam entre os dentes e as gengivas, causando inflamação, não adianta acabar com as bactérias, pois as gengivas continuarão irritadas”.

7774 – Odontologia – Arrancando a sua dor


Logo odonto

A palavra dentista está associada para milhões de pessoas, à sensação de medo. E não é para menos. Salvo os muitos jovens, que já nasceram sob o signo das tecnologias que começam a ser aplicadas ao tratamento dentário, não há quem não tenha sofrido ao tratar os dentes.
De todos os equipamentos com que se defronta o paciente na sala do dentista nada assusta mais do que a broca a motor. Mas a verdade é que na sua versão mais moderna o aparelho, capaz de produzir 200 mil rotações por minuto, é um bálsamo comparado às brocas do passado. A alta rotação abrevia consideravelmente o processo de perfurações da coroa e evita as temidas vibrações das brocas antigas, que estremeciam a cabeça do paciente. Para os menos resistentes à dor há sempre o recurso da anestesia, com uma picada dolorida e de sabor desagradável, mas providencial no temível momento em que a broca se aproxima do nervo. Em 1872 surgiram as primeiras brocas movidas a pedal, que lembravam máquinas de costura. Só então tornou-se possível escavar buracos lisos e uniformes, condição essencial a uma perfeita obturação do dente cariado. Mas o ritmo de trabalho desse engenho era de apenas 2 mil rotações por minuto. Perto do que havia, foi um progresso e tanto – o primeiro de uma série. Pois, antes da broca a metal, era a tortura: as cáries, tecidos dentários destruídos por bactérias, eram removidas com uma lima – a frio. Não é à toa que as gravuras da Idade Média, mostrando cenas de tratamento, por assim dizer de dentes mais parecem retratos de interrogatórios do Tribunal da Inquisição.
O dentista às portas do século XXI tem à sua disposição novíssimos métodos de tratamento, um moderno instrumental e materiais cada vez mais resistentes. Tanto assim que já se pode antever o tratamento sem dor – mesmo sem anestesia. Um bom exemplo é um aparelho para a remoção de pequenas cáries, que não perfura o esmalte dentário: simplesmente dissolve a cárie mediante um produto químico especial. O método, desenvolvido nos Estados Unidos, tem dado bons resultados, por exemplo, com pacientes da Faculdade de Odontologia da Universidade de Munique, na Alemanha. Apesar disso, não consegue encontrar mercado suficiente para a produção industrial. O problema é que ele não se aplica a cáries mais profundas. A grande esperança do momento em matéria de tratamento de cáries é a broca a laser, que vem sendo testada nos Estados Unidos e na Alemanha. O laser dentário trabalha com luz ultravioleta (UV) de ondas extremamente curtas, é rápido e principalmente indolor. Cada raio luminoso age por ínfimos bilionésimos de segundo – algo tão breve que os nervos humanos nem chegam a registrar. Os finíssimos raios UV-laser têm a vantagem adicional de trabalhar com a precisão de 1 milésimo de milímetro, graças a que retiram muito menos da valiosa substância dental do que a broca mecânica.
O laser certamente fará parte da Odontologia do futuro. O que os pesquisadores ainda não sabem é até que nível de extensão das cáries será possível empregar o laser.
Em vários países, entre eles o Brasil, é possível fazer uma espécie de maquiagem nos dentes anteriores. Trata-se da aplicação de um revestimento laminado de porcelana, que recobre dentes escuros ou manchados, devolvendo a alegria de sorrir, como dizem os comerciais de dentifrício, para quem se envergonhava de abrir a boca.
Quando é eliminada a região doente do esmalte dentário, o local precisa ser novamente preenchido e vedado. Isso até os curandeiros medievais já sabiam, mas até o começo do século passado não se conhecia nenhum material confiável para esse fim. Os dentistas testaram as mais diversas substâncias. Chumbo e estanho fundidos eram derramados nos buracos. Até cera chegou a ser usada, com o inconveniente de exigir reposição diária. Hoje, as últimas palavras no assunto são, de um lado, as metalocerâmicas para encapar dentes danificados e, de outro, um aparelho que está sendo experimentado em clínicas americanas, suíças e alemãs, para fazer as peças com perfeição.
Trata-se de um computador programado para fornecer um molde óptico da cavidade dentária, com precisão micrométrica. O dentista simplesmente coloca uma minicâmera de vídeo sobre o dente aberto e obtém uma imagem. Essa aparece na tela do computador, permitindo que a cavidade a ser recoberta seja delimitada com exatidão. Com base nas medidas fornecidas pelo computador, em quinze minutos é possível com uma pequena fresa de diamante esculpir a peça de restauração num bloco de porcelana ou cerâmica.
Tiradentes, enforcado em 1792 por seus ideais de liberdade, talvez fosse mais conhecido na época em Minas Gerais pela habilidade como dentista prático do que por suas idéias políticas. Dela se dizia que punha e tirava dentes com a competência de um mestre. De fato, Tiradentes não se limitava a tirar dentes, como a grande maioria de seus colegas. Ele também colocava coroas artificiais, feitas possivelmente de marfim ou de osso de boi.
O primeiro presidente dos Estados Unidos, George Washington (1732-1799), quando jovem, mandou fazer uma prótese de dentes de hipopótamo para a boca inteira, unindo com uma mola a dentadura superior à inferior, como era costume. A história registra que, ao falar, Washington contraía o rosto de maneira estranha por causa da prótese. Em certa ocasião, quando teve que se deixar retratar, o pintor o aconselhou a colocar algodão na boca, como recheio. O resultado está ainda hoje ao alcance da vista de quem tenha em mãos uma nota de 1 dólar. O presidente americano aparece com o rosto todo embolotado, como se sofresse de uma doença da pele. As dificuldades de hoje, comparadas às agruras do passado, são inegavelmente pequenas. A chamada terceira dentição, no entanto, ainda é um senhor problema. Quando se trata de substituir um dente, os dois vizinhos são trabalhados como se fossem pilares e revestidos de coroas. O dente substituto é então soldado entre as coroas.
Recentemente, descobriu-se que o titânio, um metal empregado há anos em implantes, tem a rara propriedade de estimular a formação óssea à sua volta, fazendo com que a raiz artificial acabe se integrando como se fosse parte do próprio osso. Com a raiz bem ancorada, fixam-se nela os dentes. Um implante realizado com essa técnica dura pelo menos dez anos.

7741 – Odontologia – A Placa Bacteriana


placa

É uma película pegajosa e incolor, formada por açúcares e bactérias, que se forma sobre os dentes. Por termos bactérias presentes a todo instante na nossa boca, é impossível após uma refeição e sem a devida limpeza não sentir uma camada sobre os dentes.
As bactérias aproveitam os restos de alimentos, que permanecem sobre os dentes e saliva, e retiram deles os nutrientes que precisam para se desenvolver. A placa, por sua vez, libera um ácido que ataca o dente deixando-o sem proteção e de fácil acesso à carie.
Para evitar a placa bacteriana é necessário usar fio dental, para remover a sujeira que a escova não alcança, e sempre escovar os dentes após uma refeição. Se a placa não for retirada, ela irrita a gengiva, causa inflamação, inchaço, sangramento e até gengivite.
A PLACA BACTERIANA é formada de microorganismos que constituem a microflora normal da cavidade bucal. Estes microorganismos podem até serem benéficos, por agirem como inibidores do estabelecimento de doenças ou de micróbios oportunistas. Quando do nascimento, a cavidade bucal é estéril, mas dentro de poucas horas os microorganismos aparecem.
Na época da erupção dos dentes decíduos (de leite), uma flora complexa está presente. As bactérias estão localizadas na saliva, na língua, nas bochechas, superfícies dentárias; especialmente nos sulcos dos dentes (oclusal-parte achatada dos dentes) e no sulco gengival. Os microorganismos predominantes são os streptococos, o número e as espécies variam de pessoa para pessoa, de uma parte da boca para outra e mesmo em diferentes superfícies de um mesmo dente, antes e depois da alimentação e escovação. Estes por sua vez, podem ser ativados por vários fatores determinantes, para formação da placa bacteriana: idade, dieta, pH, composição salivar e seu fluxo, defesa imunológica e outros. Assim como fatores sistêmicos também podem influenciar a flora bucal.
Após a profilaxia dos dentes, seja por higienização normal ou em consultório, em um tempo curto, aparece uma fina camada de proteína salivar, composta inicialmente por glicoproteínas; camada lisa , sem cor e translúcida .
Por ser livre de bactérias, possuem uma função protetora, pois as glicoproteínas salivares e fosfato de cálcio salivar são absorvidos na superfície do esmalte e ajudam a reduzir o desgaste do dente.
Contém fatores antibacterianos que incluem os anticorpos (Ig G, Ig A, Ig M), ou seja, há neutralizadores dos ácidos dos alimentos e das bactérias na saliva.
Rapidamente após o depósito da PELÍCULA SALIVAR, ocorre a colonização bacteriana. Nos povos primitivos com dieta natural de alimentos fibrosos e duros, em locais de difícil higienização, os depósitos de bactéria eram mínimos.
Com a dieta de alimentos refinados da “civilização”, o acúmulo de bactérias em regiões aonde os tecidos moles (língua e bochecha) não alcançam é muito mais intensa. Principalmente na região interdental, abaixo da área de contato, onde as placas são bastante espessas (entre os dentes, próxima à gengiva).
Depois de algumas horas há uma multiplicação bacteriana, de diferentes espécies, aderindo à película adquirida, formando a PLACA BACTERIANA, a qual cresce sem controle e por alguns dias, promovendo a inflamação gengival.
A Placa Dental é uma camada mole não-calcificada de bactérias, que se acumulam e aderem ao dente e a outros materiais na boca, como por exemplo: restaurações, próteses totais, removíveis e cálculos.
Pode se apresentar em fina camada, raramente visível, só sendo identificada por evidenciador de placa ou em camadas grossas, com aspecto amarelada, cinza, só sendo removida por escovação.
O conteúdo de placa é maior na superfície dos dentes anteriores inferiores (face lingual).
A placa forma-se mais rapidamente durante o sono, do que após as refeições, por causa das ações mecânicas da mastigação que promovem uma estimulação do fluxo salivar, causando uma movimentação da placa.
A quantidade de placa formada vai depender da freqüência das refeições e da quantidade de alimento ingerido.
O carbohidrato mais comum produzido pelas bactérias é o dextrano.
As bactérias utilizam nutrientes que podem ser facilmente aderidos pela placa, por exemplo:
açúcares solúveis
sacarose
frutose
glicose
maltose
lactose
amido
Recomenda-se após às refeições, quando possível, substituir a sobremesa doce por alimentos duros, densos e fibrosos, como; maçã, cenoura, laranja. Pois fornece uma mastigação vigorosa, promovendo uma limpeza natural dos dentes, principalmente entre os dentes.
Matéria Alba – Placa produzida pela péssima higienização, apresenta cor amarelada, esbranquiçada e mole.

Tártaro ou Cálculo – Placa calcificada que se forma e adere à superfície do dente, restaurações, próteses. Encontram-se acima da linha da gengiva (supra-gengival) ou abaixo, internamente no sulco gengival (sub-gengival). Este cálculo é a Placa Bacteriana mineralizada ou não. Este depósito de cálcio, liga-se ao dente e à gengiva. Este por sua vez é aderido à película adquirida, às irregularidades do dente ou via microorganismos que penetram na superfície do cemento que recobre a raiz.
O depósito de Placa Bacteriana e Cálculo, em decorrência pode destruir o sulco gengival, destruindo os tecidos de sustentação do dente, como; ligamento periodontal, cemento (camada que reveste a raiz, assim como o esmalte reveste a coroa do dente), em grau de inflamação menor, apenas se instala uma gengivite. Porém em grau maior de inflamação, com destruição de cemento, ligamento periodontal e osso alveolar, promovendo em alguns casos até a mobilidade dos dentes, chega-se à uma periodontite (inflamação dos tecidos que circundam os dentes). Estas doenças periodontais, apresentam bolsas sub ou supra-gengivais, com o acúmulo de depósitos de bactérias.
Existe a decorrência de outras doenças periodontais bucais e sistêmicas mais graves. A partir de uma simples gengivite, pode-se chegar à uma PERIOCARDITE – uma inflamação no coração, ocasionada pela contaminação bacteriana na boca, que se transporta através da corrente sanguínea até o coração.

7662 – Como funcionam os aparelhos ortodônticos?


Existem dois tipos – o fixo e o removível – mas ambos atuam da mesma forma. A ideia é produzir uma força sobre os dentes, pressionando-os a permanecer no lugar certo.
Enquanto o aparelho removível serve apenas para corrigir simples casos de arcadas inclinadas, o fixo é indicado para deformações mais graves. Tanto um quanto o outro têm de exercer a pressão necessária com absoluta precisão. Esse grau exato é chamado tecnicamente de “força ótima”, que varia de acordo com a deformidade a ser tratada. Por isso, sua intensidade tem de ser medida em um dispositivo conhecido como dinamômetro.
Nossos dentes possuem uma mobilidade mínima, causada por uma espécie de “colchão” de fibras que cerca cada um deles. É o chamado espaço periodontal (ampliado no detalhe). O aparelho ortodôntico pressiona essas fibras de encontro ao osso.

Sob pressão, as fibras são comprimidas para o lado. A reação natural do organismo é procurar manter o espaço periodontal como estava. Para isso, produz células chamadas osteoclastos (no detalhe). Elas reabsorvem camadas do osso, abrindo espaço para que o dente se mova até a posição desejada.
Como uma lateral do osso ficou desgastada, o organismo busca compensar isso agindo no outro lado, onde as fibras ficaram esticadas. Ele mesmo restaura o osso invadido (linha pontilhada), para que o dente continue preso e não caia. Assim, o espaço periodontal volta a ser como antes.
O fio de aço é encaixado em um trilho de pecinhas metálicas chamadas bráquetes. Cada uma delas possui uma minúscula canaleta, por onde corre o fio que força os dentes na direção desejada
A direção do deslocamento do dente é dada pela inclinação do fio nos bráquetes. À medida que os dentes cedem, o dentista coloca mais pressão no aparelho, até atingir o resultado ideal

7540 – Mega Mix – Odontologia


Cientistas americanos desenvolveram um chiclete com fosfato de cálcio que ajuda na proteção contra a cárie. A vida e os hábitos alimentares dos animais podem ser registrados através do tratamento dos dentes.
É ultrapassado o conceito de que é mais saudável escovar os dentes com água oxigenada. Para que ela tenha algum efeito sobre as bactérias seria necessário passar o dia inteiro escovando os dentes.

Dentista sem dor:
A Odontologia está se armando até os dentes para aliviar o sofrimento dos pacientes – inclusive o psicológico. O laser, como substituto da broca de alta rotação, é o principal instrumento desse arsenal.
As cáries menores já podem ser tratadas sem anestesia com o laser de érbio – um raio que usa as propriedades concentradoras do elemento químico érbio para penetrar no dente profundamente.
Ele atravessa a estrutura, desintegra as moléculas da cárie e limpa tudo para a restauração – ou obturação.
O raio também pode ser usado em cirurgias e obturações de resina, mas não nas metálicas, que usam limalha de prata e mercúrio, indicadas para as cáries profundas nos dentes de trás. Aí, a broca continua indispensável.
O pesquisador Harvey Wigdor, da Universidade Noroeste de Chicago, nos Estados Unidos, desenvolveu, em 1997, um trabalho para descobrir o que aliviaria os pacientes de dentistas. Depois de entrevistar 100 indivíduos, concluiu que o principal desejo deles não era só se livrar da dor. O trauma, mesmo, era o barulho incômodo do motorzinho.
Para pôr fim a dois temores com uma técnica só, boa parte da indústria odontológica pesquisa formas de aposentar de vez a broca. Além do laser, os outros candidatos a substituto são um gel para dissolver a cárie, que deve chegar ao Brasil no início do próximo ano, e um jato de ar, já disponível em vários consultórios.
Embora silenciosas, as duas técnicas não são totalmente à prova de dor. Se a cárie tiver atingido uma região próxima ao nervo, o incômodo vai aparecer. Neste caso, usa-se a velha e boa anestesia.
As substâncias anestésicas de hoje são bastante seguras e, na última década, a espessura da agulha encolheu três vezes. Ou seja, a picada também já não incomoda tanto.

Passo a passo:
A cárie abre um buraco no esmalte, que é o escudo do dente, e expõe a dentina, a área mais interna. É bem aí que a broca age. Ela é formada por um anel que gira rapidamente, arrancando minúsculos pedaços do tecido cariado.
A dentina é cheia de canais preenchidos com um líquido. Esses dutos conduzem à pulpa, onde está o nervo do dente. Por meio do líquido, o calor provocado pelo atrito e pela trepidação produzida pelo motorzinho chegam rapidamente até ele.
A única função desses nervos é perceber a dor. Eles levam a informação para o cérebro à velocidade de 1 metro por segundo. As terminações nervosas que indicam ao dente que força usar na mastigação ficam do lado de fora.
Laser
Ao contrário da broca, o laser não arranca pedaços. A energia produzida por ele desintegra as moléculas do tecido cariado e ainda mata as bactérias da região, limpando a cavidade que será obturada.
O laser é uma luz emitida por pulsos muito rápidos, com duração de milissegundos. Por isso, ele produz muito menos calor e trepidação, sem alterar o equilíbrio do líquido dentro dos canais da dentina.
Já que o líquido dos dutos é pouco atingido, o nervo nem chega a sentir. Assim, a dor é menos intensa ou até inexistente.
Há fachos de luz com quantidades diferentes de energia. Desse modo, é possível usar cada um deles com fins diferentes e não apenas para retirar a cárie.
O chamado laser de CO2 (gás carbônico), mais antigo, é apropriado para cortar a gengiva. Ele esquenta a água que existe dentro das células e as faz explodir feito milho de pipoca. Assim, abre incisões para a cirurgia na gengiva com a eficiência de um bisturi.
O laser de arseneto de gálio alivia a dor. Ele aumenta o fluxo sanguíneo na região, diminuindo a inflamação e estimulando a produção de endorfina, um analgésico natural. É empregado depois da extração de um dente ou antes da anestesia convencional, para que o paciente não sinta a picada.
O gel é uma mistura de aminoácidos e hipoclorito de sódio (parecido com água sanitária). Em contato com o dente, dissolve a cárie sem afetar a parte sadia. Depois, a mistura é retirada com um pequeno instrumento de metal e a cavidade está pronta para ser obturada.