Espaço e Economia – Mineração de Asteroides


Os minerais e os compostos voláteis podem ser extraídos de um asteroide ou um cometa para fornecer materiais de construção no espaço (por exemplo, ferro, níquel, titânio), extrair água e oxigênio para sustentar a vida de astronautas exploradores no espaço, assim como o hidrogênio e o oxigênio para seu uso como combustível de foguete. Na exploração do espaço, essas atividades são conhecidas como utilização de recursos in-situ.
A ideia de extrair matérias-primas de asteroides como ferro, níquel e água, é levada em consideração desde a década de 80, mas nunca avançaram devido aos altos custos do projeto. Atualmente, com empresários bilionários envolvidos, o projeto começa a ser levado a sério como uma alternativa à escassez de recursos naturais terrestres.
Os asteroides possuem os mais variados materiais para a mineração, como ouro, ferro e platina, que são de grande importância para o mercado mundial. Porém, um dos recursos mais valiosos para os seres humanos que exploram o espaço é a água, que também pode ser encontrada nesses corpos celestes. Outro recurso imprescindível para a exploração espacial são os combustíveis para o abastecimento de foguetes e espaçonaves, que também poderão ser extraídos desses objetos, o que reduziria os custos das futuras missões espaciais.
O objetivo é que essa mineração ocorra em asteroides próximos da Terra. De acordo com empresários, existem cerca de 400 mil desses objetos nestas condições.Os asteroides próximos da Terra são considerados como melhores candidatos para as primeiras atividades de mineração. Suas localizações os tornam disponíveis para uso na extração de materiais de construção para as instalações com base no espaço próximo à Terra, reduzindo razoavelmente o custo econômico para o transporte de suprimentos em órbita ao redor da Terra.A exploração do espaço sempre fascinou a humanidade e os primeiros passos para esta grande aventura poderá começar em breve. Duas empresas pioneiras foram recentemente fundadas, a Planetary Resources Inc. e a Deep Space Industries, já estão elaborando projetos para iniciar a mineração de asteroides.As duas empresas afirmam que a mineração destes corpos celestes é mais fácil do que a mineração da crosta terrestre. E acredita-se que existem bastantes metais preciosos no espaço à espera de serem explorados. Segundo a Planetary Resources, uma única rocha espacial de 500 metros de largura poderá ser tão rica em platina que conteria o equivalente a todos os metais do grupo platina já extraídos na história humana.

Mineração de Asteroides

Mais Sobre o Cinturão de Asteroides


gaspra
É como se fosse uma estrada elíptica formada por bilhões de asteroides em volta de um corpo celeste com densidade suficiente para segurá-los nessa órbita.
Os asteroides são corpos celestes rochosos e metálicos que orbitam o sol e podem ser encontrados em várias regiões do sistema solar, mas a maioria se encontra entre a órbita de Marte e de Júpiter na região conhecida como Cinturão de Asteroides.
Os asteroides diferem dos planetas porque são menores e, atualmente, segundo a nova definição estipulada pelo IAU (International Astronomic Union), só são considerados planetas os corpos celestes que, além de outras características, têm a órbita livre, ou seja, não possuem outros corpos celestes na mesma órbita (o que no caso de um cinturão com bilhões de asteroides não ocorre).
O cinturão de asteroides se formou, provavelmente da colisão de diversos corpos maiores que, ao colidir, se partiram em diversos pedaços menores ainda na época de formação do sistema solar e continuam colidindo entre si enquanto permanecem no cinturão. Ou ainda, segundo uma outra teoria, teriam se originado do material que sobrou da formação dos outros planetas.
Asteroide “Gaspra 951”, localizado no cinturão de asteroides entre Marte e Júpiter.
Alguns asteroides podem escapar do cinturão quando atraídos pela gravidade de algum planeta, ou mesmo pela gravidade do sol, se sua órbita sofrer algum tipo de perturbação. Neste caso, ele pode chegar a colidir com este planeta, ou com o sol, ou então ficar em órbita deste, como um satélite.
Esta é a origem, por exemplo, de algumas luas que orbitam Júpiter visto que ele está mais perto do cinturão de asteroides e tem uma força gravitacional muito grande.

A Nuvem de Oort


nuvem de oort
É uma grande concentração de cometas que se acredita existirem no limite do sistema solar, a uma distância aproximada de 100.000 UA (UA significa unidade astronômica e corresponde a 149.598.000 Km ou a distância média entre a Terra e o Sol). Estatisticamente calcula-se que existam entre um e cem bilhões de cometas.
Sua existência foi inicialmente postulada, em 1932, pelo astrônomo, nascido na Estônia, chamado Ernst Öpik, que propôs que os cometas irregulares provinham de uma extensa nuvem de material nas fronteiras do Sistema Solar.
Em 1950, esta idéia foi retomada pelo astrônomo holandês Jan Oort para explicar a persistência dos cometas. Oort foi capaz de estudar a órbita de 19 cometas e pesquisar de onde vinham. A nuvem de Oort explica elegantemente um antigo aparente paradoxo. Se os cometas são destruídos quando se aproximam do Sol, já deveriam ter sido totalmente destruídos durante a história do Sistema Solar. A nuvem de Oort proporciona uma fonte contínua de material cometário que substitui os cometas destruídos.
O efeito gravitacional das estrelas próximas desvia os cometas de suas órbitas e os envia em direção ao Sol, onde se tornam visíveis.
As teorias mais aceitas sobre a formação do Sistema Solar consideram que os cometas se formaram muito mais proximamente ao Sol como parte do mesmo processo que formou os planetas e os asteroides. Os cometas na nuvem de Oort seriam ejetados, nesta etapa primitiva, dada a proximidade com planetas gigantes em formação, especialmente o jovem Júpiter. Tal proximidade expulsou gravitacionalmente estes corpos em órbitas extremadamente elípticas e de grande inclinação explicando, portanto, a distribuição esférica dos cometas. Com o passar do tempo, a interação gravitacional dos cometas e das estrelas longínquas contribuiu para circularizar suas órbitas. A partir desta teoria, estima-se que a massa total dos cometas na nuvem de Oort pôde ter sido, em sua origem, 40 vezes a massa da Terra.
Os objetos da nuvem de Oort são tão longínquos que, até agora, só foi descoberto um possível candidato a fazer parte dela, seu nome é 2003 VB12 (Sedna), descoberto em março de 2004 por astrônomos de Caltech e da Universidade de Yale. Sedna possui uma órbita elíptica de 76 a 850 UA, muito mais próxima do que se esperava, fato que poderia torná-lo um membro de uma nuvem interna de Oort.

Asteroide a Caminho da Terra?


Fonte: Portal Terra

O setor de rastreamento da Nasa informou que um asteroide de 340m de diâmetro e 55 milhões de toneladas está a caminho da Terra, com chegada prevista para 3 de outubro. O risco de cataclismo é baixo, mas caso o asteroide saia de sua rota e entre no planeta, sua força destrutiva será igual a 2.700 megatrons — para se ter ideia, a bomba de Hiroshima tinha entre 13 e 18 quilotrons.
Chamado de FT3, o asteroide será o primeiro de 165 aproximações esperadas pela Nasa entre 2019 e 2116. Com o tempo será possível determinar se as possibilidades de colisão irão aumentar ou diminuir. Caso entrasse na atmosfera terrestre, o FT3 ganharia uma velocidade de 45.500 km/h.
O asteroide é uma rocha espacial que circunda o Sol dentro do cinturão entre Marte e Júpiter. A NASA vem monitorando sua rota desde 2007 e diz que há 99.9999908% de chances dele não acertar à Terra.
Potencialmente, no caso da mudança de rota dias antes de uma suposta colisão, pouco poderia ser feito. “Um asteroide em uma trajetória de impacto na Terra não poderia ser abatido nos últimos minutos ou mesmo horas antes do impacto”, afirma a agência.
Basta esperar e torcer para que o FT3 siga seu curso normal.

asteroide choque

Astronomia – Descoberta de Asteroide


asteroide 2018
Uma pesquisadora da Universidade Estadual Paulista (Unesp) de Rio Claro (SP) descobriu que um asteroide de cerca de dois quilômetros de diâmetro está na mesma órbita de Júpiter, mas em trajetória contrária ao planeta.
O artigo da portuguesa Maria Helena Morais foi publicado na Nature, uma das principais revistas científicas do mundo, e vai ajudar no estudo de órbitas de outros asteroides, inclusive os que passam perto do planeta Terra.

Asteroide 2015 BZ509
A pesquisa durou quatro anos e contou com pesquisadores de vários países. Tanto o asteroide, batizado de 2015 BZ509, quanto o planeta Júpiter levam 12 anos para dar uma volta ao redor do Sol e, a cada seis anos, eles se aproximam, mas não colidem.
Segundo Maria Helena, este tipo de órbita com movimento contrário pode existir em sincronia com outros planetas no mesmo período da órbita em torno do Sol.
‘’Isso é devido à gravidade do planeta, que consegue manter estas órbitas nestas posições que são posições de equilíbrio’’, disse a pesquisadora.
A descoberta deve ajudar nas pesquisas de outras órbitas de asteroides. ‘’É muito importante monitorar os objetos que se aproximam da Terra. Claro que sempre tem um risco de haver uma colisão. Isso vai acontecer um dia, já aconteceu no passado’’, afirmou Maria Helena.
“Por enquanto não há risco, não é para ficar preocupado, mas a gente tem que continuar de olho no céu para avistar esse tipo de asteroides que podem ser perigosos”, completou Rojas.

Coincidência? – Asteroide em forma de caveira volta a passar perto da Terra em 2018


asteroide haloween
O corpo celeste 2015 TB145, conhecido como ‘Asteroide do Halloween’, deve passar perto da Terra em 2015. Ele ganhou o apelido por mostrar semelhança com crânio humano ao girar em torno de seu próprio eixo. Além disso, ele foi visto pela última vez em outubro de 2015, próximo à data em que é o Dia das Bruxas é comemorado em alguns países.
Em sua última passagem , o asteroide estava a uma distância de aproximadamente 486 mil km da Terra, cerca de 1,3 vezes a distância da Lua à Terra. Segundo o pesquisador Pablo Santos-Sanz, dos Instituto de Astrofísica da Andaluzia (IAA-CSIC), o asteroide poderá ser observado de novo em novembro de 2018.
No entanto, no próximo ano, o 2015 TB145 estará a uma distância 105 vezes maior que a da Terra à Lua.
O Asteroide do Halloween tem entre 625 a 700 metros de diâmetro, de acordo com o estudo publicado pelo cientista Pablo Santos-Sanz e sua equipe no periódico Astronomy and Astrophysics.
O pesquisador espera que a aproximação permita mais descobertas sobre o corpo celeste.”Apesar de essa passagem próxima não ser tão favorável, conseguiremos como obter novos dados que podem aumentar nosso conhecimento sobre a massa dele e outras que passam pelo planeta”, disse Pablo Santos-Cruz à BBC.

Asteroide gigante passa pela Terra nesta sexta-feira


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O maior asteroide a se aproximar da Terra em mais de um século passará a uma distância de sete milhões de quilômetros do nosso planeta nesta sexta-feira, afirma a Nasa. A distância é considerada próxima, em termos cósmicos, mas não o suficiente para oferecer qualquer risco. Este asteroide, que possui um diâmetro de 4,4 quilômetros e é conhecido pelo apelido Florence, foi descoberto em março de 1981.
“É o maior objeto celeste a passar tão perto do nosso planeta desde a descoberta do primeiro asteroide nas proximidades da Terra, há mais de um século”, afirmou a agência espacial americana, em comunicado. “Embora muitos asteroides conhecidos tenham cruzado a Terra a uma distância mais curta do que fará Florence na sexta-feira, todos eram menores”, disse Paul Chodas, responsável do Centro para o Estudo de Objetos Próximos à Terra, que pertence à Nasa.
Florence só voltará a se aproximar da Terra em outubro de 2024 e, mesmo assim, não passará tão perto de nosso planeta pelos próximos quinhentos anos, afirmou a agência espacial. Os cientistas aproveitarão esta passagem para estudar mais detalhes do corpo celeste, usando telescópios localizados na Califórnia e em Porto Rico.

“As imagens resultantes devem permitir determinar as dimensões exatas do asteroide e também revelar os detalhes de sua superfície com uma precisão de 10 metros”, estimou a Nasa.

Colisão
As colisões entre grandes asteroides e a Terra não são eventos comuns. “A cada 2.000 anos, aproximadamente, um meteorito do tamanho de um campo de futebol atinge o planeta, devastando a área de impacto e os arredores”, afirmou a agência espacial americana.
Objetos celestes capazes de aniquilar a civilização humana, como o que provocou o fim dos dinossauros há cerca de 66 milhões de anos, são ainda mais raros. Estes ameaçam a Terra uma vez a cada alguns milhões de anos, acrescentou a Nasa, que chegou a calcular em 0,01% a probabilidade de um asteroide grande e potencialmente perigoso nos atingir nos próximos cem anos. Mesmo a queda do meteoro que provocou importantes danos e deixou 1.000 feridos em Chelyabinsk, na Rússia, em fevereiro de 2013, foi um evento incomum. A rocha tinha um diâmetro de 15 a 17 metros e uma massa entre 7.000 e 10.000 toneladas. Ao atingir o solo, liberou uma energia que foi estimada em 30 vezes a potência da bomba de Hiroshima.
A Nasa afirma que ao menos um asteroide do tamanho de um carro atinge a atmosfera da Terra por ano, mas normalmente eles se desintegram antes de tocar o solo.

Empresa pretende construir arranha-céus que fica pendurado de um asteroide


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Um prédio com centenas de andares que fica flutuando sobre a superfície da Terra. Parece ideia de ficção científica, mas é um projeto real: trata-se da Analemma Tower, um arranha-céus enorme conceitualizado pelo escritório de arquitetura Clouds Architecture Office.
A torre, que seria “a estrutura mais alta do mundo” se fosse construída, exigiria que um asteroide fosse capturado do espaço para servir como “apoio”. O sistema ateroide+torre ficaria em órbita geossíncrona sobre a Terra, descrevendo uma trajetória semelhante a um número 8 entre Nova York (nos EUA) e Quito (no Peru), como pode ser visto na imagem abaixo:

projeto asteroide

“Manipular asteroides não é mais [um conceito] relegado à ficção científica”, alega a empresa, citando recentes acordos da Europa sobre mineração de rochas espaciais e um plano da NASA para recuperar um asteroide. A partir da rocha, a empresa estenderia cabos que sustentariam o topo da estrutura.
O período de deslocamento da torre seria de 24 horas, para que ela passasse no mesmo lugar a cada dia na mesma hora. A empresa já chegou até mesmo a definir onde a construção da megaestrutura seria feita: Dubai. “[A cidade] tem provado ser uma especialista na construção de edifícios altos a um custo de 20% da construção em Nova York”.
A estrutura ainda teria algum grau de autossuficiência – o que seria importante, já que não seria tão fácil assim levar provisões até lá. Ela teria painéis solares em sua parte superior, acima das nuvens, para coletar energia solar, e usaria um circuito semiaberto para gerenciar suas provisões de água.
Além disso, ela também seria capaz de captar água a partir da umidade do ar, e usaria elevadores eletromagnéticos para contornar as restrições impostas por elevadores a cabo.
O edifício também teria, em alguns andares, plataformas para troca de bens e pessoas. Seria por meio delas que os ocupantes do prédio entrariam, usando algum sistema de transporte aéreo. Para sair, por outro lado, a empresa tem um plano mais empolgante: paraquedas. Os ocupantes que precisassem voltar para casa com urgência poderiam simplesmente pular das janelas de alguns andares e descer até a Terra, como ilustrado pela imagem lá de cima.
Vale notar, no entanto, que o projeto por ora é só isso: um projeto. Não é, porém, algo sem fundamento: numa declaração enviada à NBC News, a empresa ressalta que “se a recente explosão em torres residenciais provou que o preço por metro quadrado aumenta com a altura, então a Analemma Tower baterá recordes de preços, justificando seu custo elevado.
Além disso, a Clouds Architecture Office recentemente fez uma parceria com a NASA para construir uma habitação para humanos em Marte, o que sugere que a empresa já tem algum nível de conhecimento sobre projetos de escala espacial.

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Sinal verde para AIDA: a missão espacial que desviará asteroides perigosos


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A NASA e a Agência Espacial Europeia uniram forças em uma missão de grande importância para a história espacial: desviar asteroides que ameaçam a Terra.
O projeto, chamado AIDA (Avaliação de Impacto e Desvio de Asteroide), tem como objetivo medir os efeitos do impacto de um asteroide, de modo a avaliar a capacidade de desvio de sua trajetória, evitando uma possível e perigosa colisão com o o nosso planeta.
O alvo-teste escolhido para a primeira missão será um par de asteroides chamado Didymos, composto por uma rocha principal de 800 metros de diâmetro e outra de 150 metros, que orbita ao seu redor. Eles se dirigem às proximidades da Terra a toda velocidade, e a expectativa é que, em 2022, estejam a apenas 11 milhões de quilômetros do nosso planeta.
A estratégia da AIDA prevê o lançamento da sonda AIM (sigla para Missão de Impacto de Asteroide) em outubro de 2020 pela ESA. Ela chegará aos Didymos em maio de 2022. Enquanto isso, em dezembro de 2020, a NASA lançará a sonda DART (sigla para Teste de Redirecionamento de Asteroide Duplo), que alcançará os Didymos em outubro de 2022. A missão será a primeira demonstração real da técnica do impacto cinético para mudar a trajetória de um asteróide no espaço.
Desde 2011, as duas agências têm alinhado todos os detalhes, já que os Didymos se aproximam e não há tempo a perder.

Astrofísica – O mistério do objeto mais esférico já encontrado no Universo


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Folha Ciência para o ☻Mega

Os planetas e as estrelas não são. As forças centrífugas a que são submetidos fazem com que sejam “esmagados” nos pólos.
Mas, a 5.000 anos-luz da Terra, está Kepler 11.145.123 (ou KIC 11145123), cuja esfera parece desafiar as leis da física. Trata-se do objeto mais esférico encontrado no espaço até agora.
A sua esfera está tão perfeitamente intacta que pesquisadores do Instituto Max Planck para o Sistema Solar e da Universidade de Gottingen, na Alemanha, estão intrigados em descobrir o que leva o objeto a ser alheio às turbulências do espaço.
“Kepler 11145123 é o objeto natural mais esférico que já medimos, é muito mais redondo do que o Sol”, disse o astrônomo Laurent Gizon, chefe do estudo.
Para chegar a esta conclusão, os pesquisadores usaram uma técnica conhecida como sismologia, ou asterosismologia estelar, que estuda a estrutura interna das estrelas e determina a esfericidade do objeto.

PASSO DE TARTARUGA
Ao girar em seus eixos, as luas, planetas e estrelas são submetidos a forças centrífugas que achatam seus pólos.
O nosso Sol tem um ciclo de rotação de 27 dias e o raio da sua circunferência é 10 quilômetros maior na sua linha do equador do que nos pólos. No caso da Terra, essa diferença é de 21 quilômetros.
Já a KIC 11145123 apresenta uma diferença de apenas 3 quilômetros, incrivelmente pequena se considerarmos que esta estrela tem um raio de 1,5 milhões de quilômetros, duas vezes maior do que o Sol.
Embora os especialistas não tenham uma resposta conclusiva sobre a razão deste fenômeno, eles dão alguns palpites: “A rotação desta estrela é surpreendentemente mais lenta, três vezes mais devagar do que o Sol, e não sabemos exatamente o motivo”, disse Gizon à BBC.
“Mas, ao girar mais devagar, deforma menos”, acrescentou.
Além disso, seu centro gira mais lentamente do que suas camadas externas.

CAMPO MAGNÉTICO
O especialista afirma que a rotação não é, no entanto, o único fator que determina a forma de uma estrela.
Também existe o campo magnético.
“Nós percebemos que esta estrela parecia um pouco mais arredondada do que previa sua rotação”, diz o especialista.
“É por isso que também atribuímos sua forma à presença do campo magnético”.
“Nós sugerimos que seu fraco campo magnético (muito mais fraco do que o do Sol) seja uma possível explicação para a sua esfericidade”, relataram os autores do estudo, publicado na revista Science Advances.
Para os cientistas, a forma da estrela KIC 11145123 traz à tona dúvidas sobre a origem dos campos magnéticos.

NASA tentará destruir asteroide que poderá acabar com a Terra


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No dia 8 deste mês, a NASA lançará a missão OSIRIS-REx, com o objetivo de investigar o asteroide Bennu, que poderá colidir e destruir a Terra em 120 anos.
“É o começo de uma viagem de sete anos para trazer amostras cristalinas do asteroide Bennu. A equipe construiu uma nave espacial incrível e estamos bem munidos para investigar Bennu e voltar com nosso tesouro científico”, afirmou o pesquisador principal da missão, Dante Lauretta.
De acordo com pesquisas anteriores, Bennu poderá apresentar precursores moleculares para originar vida. Além disso, o conhecimento sobre sua estrutura e propriedades físicas e químicas permitirá aos especialistas ajudar a diminuir o impacto do asteroide.
Acredita-se que a nave alcançará Bennu em agosto de 2018 para reunir material de sua superfície e regressará em setembro de 2023. Durante a viagem, OSIRIS-REx orbitará por um ano ao redor do Sol e utilizará o campo gravitacional do planeta para se impulsionar até o asteroide.

A Quase Lua da Terra


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De acordo com um anúncio do Centro de Estudos dos Objetos Próximos da Terra, nós também temos a companhia de um “quase-satélite”, mais exatamente o asteroide 2016 HO3. Esta pedra espacial, descoberta em 27 de abril, orbita o Sol de tal maneira que não se desvia muito da Terra.
De acordo com Paul Chodas, da NASA, os cálculos indicam que o 2016 HO3 tem sido um quase-satélite da Terra por aproximadamente cem anos e deverá manter esse padrão nos próximos séculos. Ele explicou que havia um outro asteroide, o 2003 YN107, que chegou a ter uma órbita semelhante há 10 anos, mas a rocha já partiu para longe.
O tamanho exato do 2016 HO3 não é conhecido, mas pesquisadores estimam que ele tenha entre 40 a 100 metros de largura.
Vale ressaltar que o asteroide também não representa nenhum perigo para a Terra, de acordo com a NASA, já que sua distância do nosso planeta nunca será inferior a 14,5 milhões de quilômetros.

O Planeta 9 poderia destruir a Terra?


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Segundo o jornal The New York Post, a órbita do Planeta 9 poderia impulsionar asteroides e cometas em nossa direção, causando destruição total. Mas será que o corpo celeste teria mesmo potencial para causar esse estrago?
Segundo os astrônomos Konstantin Batygin e Mike Brown, do Instituto de Tecnologia da Califórnia, a informação divulgada pelo jornal está cheia de equívocos. Em primeiro lugar, o diário diz que a existência do corpo celeste está comprovada. Mas, na verdade, os cientistas se limitam a especular sobre a existência do planeta tendo como base as estranhas órbitas de seis pequenos objetos no Cinturão de Kuiper, o conjunto de corpos gelados situado além de Netuno.

Caso realmente exista, o Planeta 9 tem uma massa 10 vezes maior que a da Terra e órbita 600 vezes mais distante do Sol que nosso planeta. Mike Brown assegura que não há nada o que temer sobre o suposto potencial destruidor do corpo celeste. Por meio de sua conta de Twitter, o cientista ainda atacou a notícia do jornal, descrevendo o texto como “idiota”.

O mais provável é que tudo não tenha passado de um erro jornalístico. A publicação teria feito confusão com informações sobre um estudo de Daniel Whitmire, de Ciências Matemáticas da Universidade de Arkansas, sobre extinções em massa que teriam ocorrido na Terra no passado remoto. Essa destruição teria sido provocada pela chuva de cometas provenientes do chamado Planeta X, um outro corpo celeste. O especialista sugeriu que esse fenômeno pode se repetir a cada 27 milhões de anos.

Sistema Solar – Astrônomos amadores flagram grande objeto acertando Júpiter


Dois astrônomos amadores, em diferentes partes do mundo, capturaram um grande objeto impactando Júpiter.
Os vídeos independentes foram gravados por John Mckeon, na Irlanda, e Gerrit Kernbauer, na Áustria, no último em 17 de março de 2016. As imagens, que podem ser vistas no final do texto, mostram algo batendo no lado direito do planeta.
O impacto é visto como um pequeno flash, acima das nuvens, antes de desaparecer. Júpiter é o maior planeta do nosso sistema solar e é bombardeado por rochas espaciais com bastante frequência.
Com a confirmação do impacto, que parece ter sido causado por um meteoro ou cometa, pesquisadores tentam estimar qual seria o tamanho do objeto que provocou a luz brilhante no enorme planeta. No momento, especula-se que a rocha teria, aproximadamente, 10 metros de diâmetro, menos que um grão de areia paro o planeta.

11.474 – Sonda Dawn se aproxima de Ceres, mas o mistério brilhante continua


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As novas imagens têm resolução de 410 metros por pixel, o que significa que estamos vendo coisas com diversos quilômetros de extensão. Para que se tenha uma ideia, a cratera dentro da qual estão os pontos brilhantes tem 90 km de diâmetro.
A Dawn chegou à nova órbita no dia 2 e deve permanecer nela até o dia 28, mapeando completamente o planeta anão, localizado entre as órbitas de Marte e de Júpiter. A sonda completa uma volta inteira em torno dele a cada três dias terrestres.
Depois disso, os motores iônicos serão novamente ligados e a espaçonave baixará a altitude para 1.450 km e se estabelecerá nessa nova órbita no começo de agosto. E então teremos imagens com resolução ainda melhor dos misteriosos pontos brilhantes de Ceres.
A exemplo do que disse Chris Russell, o Mensageiro Sideral ainda acha cedo para dar palpites mais profundos, mas a região central parece lembrar um pouco a caldeira de um vulcão. Será que temos criovulcanismo em ação aí?
Também podemos reparar alguns tracejados sobre a superfície que lembram atividade tectônica. Será que há algo ainda em estado líquido sob a superfície de Ceres?
E essa, na real, é a graça de acompanhar essas missões ao vivo — exploração espacial não é feita de perguntas simples e conclusões idem, mas sim de mistérios e surpresas a cada esquina.

11.324 – Astronomia – Chuva de estrelas Púpidas vai iluminar o céu da Terra


chuva de meteoros
Após a chuva de estrelas Líridas, que ocorreu no começo da semana, os céus noturnos da Terra serão iluminados pelas Púpidas, outro magnífico fenômeno de chuvas estelares que terá seu auge nesta noite e segue até o dia 28 de abril.
As Líridas foram originadas de partículas de poeira cósmica, desprendidas da cauda do cometa C/1861 G1 Thatcher, que irradiou da constelação de Lyra. Dessa forma, seus meteoritos puderam ser mais nitidamente vistos da Terra a partir do hemisfério norte.
Já a chuva de estrelas Púpidas, que acontece nesta noite e vem da constelação Puppis, poderá ser melhor observada no hemisfério sul, embora seja visível também no resto do mundo. As Púpidas derivam de restos desprendidos do cometa 26P/Grigg-Skjellerup, que, ao ingressar na atmosfera terrestre, emite luzes de tom amarelado. Esta chuva ocorrerá até o dia 28 de abril.

11.160 – Essa célula alien pode sobreviver em Titã?


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Titã, uma das luas de Saturno, é uma das grandes apostas de cientistas em relação a mundos que possam abrigar vida. Mas, claro, ela tem um ambiente muito hostil para que a vida como nós a conhecemos aqui na Terra sobreviva. Mas e se houvesse uma forma de vida como nós NÃO conhecemos?
É com essa teoria que pesquisadores da Universidade de Cornell trabalharam. Eles criaram o modelo de uma célula alien baseada e metano (sem necessidade de oxigênio) que poderia sobreviver nas condições de Titã.
Na pesquisa, publicada no periódico Science Advances, eles descrevem uma membrana celular feita de pequenos compostos de hidrogênio e capaz de funcionar com metano líquido a uma temperatura de – 144 ºC. Esse modelo é inspirado em moléculas terrestres com base de água, que formam uma membrana similar capaz de proteger seu material orgânico. Como em Titã a água não estaria disponível, eles trabalharam com o metano líquido.
Essa célula, construída também de nitrogênio, carbono e hidrogênio (disponíveis no satélite) seria tão estável e flexível quanto uma terráquea.
Agora o próximo passo é criar um modelo que mostre que tipo de indicadores uma forma de vida baseada nessas células produziria. Assim, astrobiólogos poderiam buscar por esses sinais na atmosfera de Titã – e, quem sabe, encontrar a vida alienígena que tanto buscamos.

Projeções – E se um asteroide bater na Terra?


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Depende. O certo é que, logo após o impacto, ninguém ia saber direito o que aconteceu. E ninguém estaria mais confuso do que os astronautas da Estação Espacial Internacional.
À medida que a estação espacial se aproximava do local da colisão, menor era a visibilidade. Uma espessa nuvem de poeira, a cerca de 40 km de altitude, cobria a América do Norte e avançava sobre Atlântico e Pacífico. Era noite na Europa, e os três tripulantes da estação espacial não viram nem sinal das teias luminosas que marcavam a localização de Londres, Paris, Roma… Ao sobrevoarem a Ásia, a escuridão deu lugar a manchas iluminadas: incêndios que tomavam a Rússia e a China. Perto do Japão, contaram três vulcões expelindo lava – o traço comprido da fumaça indicava a força dos ventos. Chegando à Califórnia, perceberam que a massa flutuante de cinzas, nuvens e poeira cósmica começava a espiralar, formando furacões. Foi quando Tom chorou. Dorothy sempre estremecia ao ouvir um trovão, para rir em seguida, envergonhada.

11.011 – Grande asteroide se aproximará da Terra nesta segunda-feira, dia 26/janeiro de 2015: saiba como observá-lo


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Um asteroide de meio quilômetro de diâmetro, denominado 2004 BL86, passará a 1.200.000 km da Terra, ou seja, distância três vezes maior que a de nosso planeta em relação à Lua, segundo a Nasa. Até o ano 2027, esse asteroide será o que mais se aproximará da Terra, embora as probabilidades de que represente uma ameaça efetiva contra o planeta sejam mínimas.
“Em 26 de janeiro, acontecerá a maior aproximação do asteroide 2004 BL86 em 200 anos”, afirmou o diretor do Programa NEO, da NASA, no Jet Propulsion Laboratory, em Pasadena, nos EUA. “Este fato representará a passagem relativamente perto de um asteroide relativamente grande, por isso será uma oportunidade extraordinária para poder observar e aprender”, acrescentou. A passagem do asteroide 2004 BL86 pelo céu noturno da Terra será observável de qualquer hemisfério, através de pequenos telescópios (abertura de 10 cm ou maior) e grandes binóculos, direcionados à constelação de Câncer. O 2004 BL86 atingirá magnitude visual de 9, o que significa que poderá ser observado como uma tênue estrela.

10.998 – Sonda New Horizons entra nos primeiros estágios do encontro com Plutão


O longínquo Plutão, agora rebaixado a categoria de asteroide
O longínquo Plutão, agora rebaixado a categoria de asteroide

Em 179 dias a sonda New Horizons, da Nasa, terá a sua maior aproximação de Plutão. No entanto, hoje a história já começa a ser escrita: sua aparelhagem já está analisando dados sobre o misterioso planeta-anão e seus arredores.
A Nasa ainda não divulgou fotos, mas já começou a analisar a poeira e o plasma nas proximidades de Plutão. As primeiras imagens, segundo a agência, devem ser divulgadas no início de fevereiro – e foram prometidas imagens incríveis (melhores do que as do Hubble) em maio!
Vale a pena lembrar que a New Horizons tirou um retrato de Plutão quando estava próxima a Netuno, em agosto de 2014 – e essa foto ilustra o início da nota.