Optica – Olho Biônico a Caminho


Cientistas da Universidades de Sydney e de New South Wales criaram um olho biônico conectado a uma câmera que promete ajudar cegos a enxergar. O aparelho funciona quando o aparelho é acoplado a um par de óculos. O olho biônico, chamado de Phoenix 99, é composto por duas partes que se comunicam. Uma delas é instalada na retina – camada de células localizada na parte de trás do olho responsável por converter a luz em mensagens elétricas – do usuário. A outra parte do olho é um módulo instalado atrás da orelha. A visão acontece depois que a câmera, acoplada a um par de óculos, transmite as imagens para o módulo instalado atrás da orelha, e este traduz as imagens em instruções para o olho biônico estimular a retina.
Os estímulos acionam os neurônios, que entregam a mensagem para o cérebro, que por fim interpretará a visão da cena.
os olhos biônicos foram testados em um pequeno rebanho de ovelhas durante três meses. Eles foram implantados cirurgicamente atrás das retinas dos animais. Além de serem bem aceitos, causaram a restauração parcial da visão. “Não houve reações inesperadas do tecido ao redor do dispositivo e esperamos que ele possa permanecer no local por muitos anos”, diz Samuel Eggenberger, engenheiro biomédico da Escola de Engenharia Biomédica da Universidade de Sydney, em nota. “Nossa equipe está entusiasmada com este resultado extraordinário, que nos dá confiança para avançar em direção aos testes humanos do dispositivo.” A equipe de pesquisadores está confiante de que o dispositivo possa ajudar a restaurar a visão de pacientes com deficiência visual grave e cegueira causada por doenças degenerativas. Os responsáveis pela pesquisa vão solicitar aprovação ética, antes de realizar ensaios clínicos em pacientes humanos. Enquanto isso, vão continuar testando técnicas avançadas de estimulação.

Hubble Antes e Depois do Reparo


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O Telescópio Espacial Hubble fez diversos registros fantásticos do que está escondido no espaço sideral. Por algum tempo, porém, essas imagens foram feitas com uma qualidade embaçada, o que acabava prejudicando os cenários. Mas depois de uma manutenção a visão do dispositivo ficou praticamente perfeita. Para provar isso, a NASA divulgou imagens que comparam a foto de uma galáxia localizada a 55 milhões de anos-luz.
Em 1993, a NASA iniciou o processo de correção da visão embaçada do Hubble devido a uma falha de fabricação em seu espelho primário. Na época, foram selecionados vários objetos astronômicos que o telescópio deveria registrar. A magnífica galáxia espiral M100 parecia um alvo ideal para o campo de visão do Hubble, mesmo que “seus olhos” ainda estivessem com uma visão turva.
Após a missão de manutenção, o telescópio fotografou a galáxia novamente — dessa vez focalizada. Para comemorar o 25º aniversário da missão de manutenção, a NASA divulgou as duas imagens lado a lado para compará-las.
No final de novembro, a NASA revelou a primeira foto depois que o Hubble desde que entrou em modo de segurança no início de outubro. Trata-se de uma imagem que mostra um agrupamento de galáxias próximo da constelação de Pegasus. O clique foi feito pela Wide Field Camera 3 do telescópio no dia 27 de outubro.
O Hubble passou mais de vinte dias em modo de segurança após a NASA identificar uma falha no funcionamento de um dos giroscópios, equipamentos que ajudam o telescópio a se manter focado em determinadas partes do céu por longos períodos.

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Tecnologia – A Revolução dos Microscópios


Mikroskop
Um instrumento óptico com capacidade de ampliar imagens de objetos muito pequenos graças ao seu poder de resolução. Este pode ser composto ou simples: microscópio composto tem duas ou mais lentes associadas; microscópio simples é constituído por apenas uma lente células. Acredita-se que o microscópio tenha sido inventado no final do século XVI por Hans Janssen e seu filho Zacharias, dois holandeses fabricantes de óculos.
udo indica, porém, que o primeiro a fazer observações microscópicas de materiais biológicos foi o neerlandês Antonie van Leeuwenhoek (1632 – 1723). Serve-se especialmente para os cientistas, que utilizam este instrumento para estudar e compreender os micro-organismos.
Os microscópios de Leeuwenhoek eram dotados de uma única lente, pequena e quase esférica. Nesses aparelhos ele observou detalhadamente diversos tipos de material biológico, como embriões de plantas, os glóbulos vermelhos do sangue e os espermatozoides presentes no sêmen dos animais. Foi também Leeuwenhoek quem descobriu a existência dos micróbios, como eram antigamente chamados os seres microscópicos, hoje conhecidos como micro-organismos.
Os microscópios dividem-se basicamente em duas categorias:
Microscópio ótico: funciona com um conjunto de lentes (ocular e objetiva) que ampliam a imagem transpassada por um feixe de luz que pode ser:
Microscópio de campo claro
Microscópio de fundo escuro
Microscópio de contraste de fase
Microscópio de interferência.
Microscópio eletrônico: amplia a imagem por meio de feixes de elétrons, estes dividem-se em duas categorias: Microscópio de Varredura e de Transmissão.
Há ainda os microscópios de varredura de ponta que trabalham com uma larga variedades de efeitos físicos (mecânicos, ópticos, magnéticos, elétricos).
Um tipo especial de microscópio eletrônico de varredura é por tunelamento, capaz de oferecer aumentos de até cem milhões de vezes, possibilitando até mesmo a observação da superfície de algumas macromoléculas, como é o caso do DNA.
A citologia é dependente de equipamentos que permitem toda a visualização das células humanas, pois a maioria delas são tão pequenas que não podem ser observadas sem o auxílio de instrumentos óticos de ampliação. O olho humano tem um limite de resolução de 0,2 mm. Abaixo desse valor, não é possível enxergar os objetos sem o auxilio de instrumentos, como lupas e, principalmente, o microscópio.
O crédito da invenção do microscópio é discutível, mas sabe-se que em 1590 os irmãos neerlandeses Franz, Johan e Zacarias Janssen compuseram um artefato rudimentar munido de um sistema de lentes, que permitia a ampliação e a observação de pequenas estruturas e objetos com razoável nitidez. O aparelho foi denominado de microscópio e constituiu a principal janela da ciência para o mundo além da capacidade de resolução do olho humano.
Em 1665, o inglês Robert Hooke usou um microscópio para observar uma grande variedade de pequenos objetos, além de animais e plantas que ele mesmo representava em fiéis ilustrações. Hooke percebeu além que a casca do carvalho era formada por uma grande quantidade de alvéolos vazios, semelhantes à estrutura dos favos de uma colmeia. Naquela época, Hooke não tinha noção de que estava observando apenas contornos de células vegetais mortas. Publicou as suas descrições e ilustrações em uma obra denominada Micrographia, em que usa a designação “little boxes or cells” (pequenas caixas ou celas) para denominar os alvéolos observados, dando origem assim ao termo célula. O termo acabou tornando-se definitivo.

Câmera montada em óculos permite tirar fotos apenas piscando os olhos


O Google Glass, espécie de óculos inteligente com acesso à internet do Google, pode não ter dado tão certo quanto a empresa gostaria. Mas isso não significa que o conceito de usar os olhos em funções eletrônicas tenha sido esquecido pela indústria da tecnologia.
Uma startup japonesa concluiu nesta semana a campanha de financiamento coletivo da Blincam. Trata-se de uma câmera que, acoplada ao aro dos óculos e conectada a um smartphone por Bluetooth, permite que o usuário tire fotos apenas piscando os olhos.
A Blincam vem com um pequeno sensor de movimentos, para captar o piscar de olhos, e 32GB de memória interna para armazenar as fotos. A qualidade de resolução das imagens, porém, não foi revelada. O usuário pode conferir o resultado de cada fotografia em um app sincronizado no celular, ou ligando a Blincam a um PC por um cabo USB.
A campanha de financiamento que tornou o projeto possível pedia o equivalente a R$ 30 mil, mas acabou ultrapassando a meta e chegando a impressionantes R$ 296 mil. A empresa que desenvolveu o dispositivo começará a vendê-lo a partir de dezembro.

Sony também tem patente de lente de contato com câmera embutida


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Parece que a nova onda da indústria de tecnologia é mexer com seu olho. O Google tem uma lente de contato para acompanhamento de diabetes, e já discute a possibilidade de colocar um implante dentro do globo ocular. A Samsung quer criar uma lente de contato com câmera acoplada. Agora é a vez da Sony: a gigante japonesa também registrou patente para uma lente capaz de fotografar.
A câmera seria controlada por meio de uma piscadinha voluntária. A empresa diz que é possível distinguir uma piscadela proposital de uma involuntária, tornando o movimento viável para ativação do obturador.
A patente fala também em um sistema de foco automático para o registro das imagens, ajuste automático do tempo de exposição e um zoom ajustável. Só não é muito claro como fazer para ajustar o zoom em um dispositivo como este.

Outros detalhes: o dispositivo inclui armazenamento interno para armazenamento dos arquivos e conta com uma tela OLED, que pode passar algumas informações visuais para o usuário, mais ou menos como fazia o Google Glass.

Curiosamente, o projeto não é exatamente novo. O registro foi feito em 2013 no escritório de patentes dos Estados Unidos, mas só agora o fato foi descoberto, já que este tipo de fato raramente tem muita divulgação.

Como sempre, fica a ressalva: patentes apenas atestam que a empresa teve uma ideia, mas não garantem que ela irá transformar esta ideia em um produto real. Existem inúmeros casos de patentes que nunca saíram do papel, e só o tempo dirá se a Sony agirá para concretizar sua proposta ou se deixará o projeto pegando poeira em uma gaveta.

Mega Techs – Lentes de contato do Google poderiam ser carregadas com energia solar


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O Google registrou uma nova patente que pode significar que no futuro as lentes de contato terão mais funções além de corrigir a visão. As lentes de contato inteligentes da empresa seriam carregadas com energia solar e coletariam informações biológicas do usuário.
Em 2014, a empresa já havia anunciado que tinha um projeto de lentes de contato inteligentes e que estava testando lentes que mediam os níveis de glicose nas lágrimas usando um pequeno chip wireless e um sensor de glicose.
De acordo com a nova patente, a lente teria sensores que captariam também outras informações biológicas, como a temperatura corporal e o nível de álcool no sangue, além de captar dados sobre o ambiente que a pessoa se encontra e a presença de substâncias que podem dar alergia como grama, pólen ou pelos de animais.
As lentes de contato seriam capazes de serem carregadas com luzes fortes graças a sensores fotodetectores e células solares presentes nelas. Além disso, elas teriam a habilidade de se comunicar com smartphones e computadores.
O Google ainda sugere na patente que essas lentes podem ser capazes de ler informações em códigos de barras e ser usadas para verificar a identidade da pessoa, por meio de uma análise de retina.

11.153 – Óptica – As Lentes de Contato


Aula de Óptica do século 15
Aula de Óptica do século 15

A ideia da lente é muito mais antiga que o produto. Em 1508, Leonardo da Vinci imaginou que uma lente corretiva aplicada diretamente na superfície do olho resolveria problemas de visão. Nascia seu conceito, que foi aperfeiçoado ao longo do tempo. Em 1632, René Descartes teve a mesma idéia. Mas só em 1887 o fabricante de peças óticas F.E. Muller e, um ano depois, o médico suíço Adolf Eugen Fick conseguiram transformar as lentes em realidade, produzindo modelos feitos de vidro. Elas, porém, não tiveram lá muita utilidade, pois machucavam o olho.
Em 1929, o oftalmologista William Feinbloom, de Nova York, fabricou uma lente mista de plástico e vidro. Era enorme e dura. No fim dos anos 40, começaram a aparecer no mercado lentes menores feitas de plástico rígido, como as do ótico americano Kevin Tuohy, em 1948.
Foi só em 1971 que a Bausch & Lomb lançou no mercado americano o primeiro modelo de lente gelatinosa, mais maleável e confortável. Já a primeira lente descartável surgiu em 1995. Apesar de todas as novidades, o bom e velho par de óculos segue soberano na preferência dos míopes e portadores de astigmatismo. Nos Estados Unidos, apenas 10% das pessoas que precisam de correção visual usam lentes de contato. No Brasil, apenas 1%.
Em 1823 o astrônomo e físico inglês Sir. John Herschel expõs a idéia de que seria possível fabricar um tipo de lente de contato cujo lado de fora, ou superfície anterior, teria o mesmo poder de refração dos olhos, enquanto o lado de dentro, ou superfície posterior, seria moldado de modo a corresponder às irregularidades da córnea, a membrana que recobre a parte colorida dos olhos, chamada íris.
Um certo August Müller, fabricante de olhos artificiais, confeccionou na Alemanha, em 1887, as primeiras lentes que realmente foram usadas. Sua finalidade, basicamente, era suprir uma deficiência resultante de uma operação: tratava-se de umedecer a córnea de um paciente que tivera as pálpebras retiradas numa cirurgia. Um ano depois, o pesquisador suíço Adolphe Eugéne Fick criou lentes cujo objetivo era a correção visual e não mais a proteção dos olhos. Por esse motivo ele é considerado o inventor da lente de contato. Suas lentes eram confeccionadas em vidro soprado, desbastado e polido, e ocupavam toda a superfície dos olhos, incluindo a córnea e a esclerótica (parte branca). Foram chamadas, por isso, lentes escleróticas.
As lentes do sr. Fick precisaram esperar o século XX para se popularizarem. O advento do plástico, na década de 30, proporcionou o grande salto. Naquela época, o plástico polimetilmetacrilato (PMMA) estava sendo desenvolvido para a fabricação de peças de avião. Por suas condições de leveza e fácil manuseio, logo foi utilizado para a confecção de lentes rígidas, também chamadas acrílicas. Em 1947, o americano Kevin Touhy lançou as primeiras lentes corneanas, ou seja, cujo diâmetro apenas cobre a superfície da córnea, de aproximadamente 11,5 milímetros.
Sua grande vantagem foi a melhoria da oxigenação dos olhos, além de diminuir a pressão sobre a esclerótica. Com o tempo, verificou-se que um menor diâmetro evitaria ainda que as lentes se mexessem, aumentando a tolerância dos olhos. Assim surgiram, em 1950, as microlentes. Daí até hoje, as lentes ógidas têm diminuído de tamanho; seu diâmetro atual, é da ordem de 9 milímetros. Também se tornaram mais finas, com a espessura variando em torno de 1 milímetro.
Mas o segundo grande avanço no setor ainda estava por vir. Em 1954, o químico checo Otto Wichterle começou a pesquisar um novo material para aumentar a oxigenação da córnea. O material deveria ser hidrófilo (absorver facilmente a água), flexível, resistente à tensão, bem tolerado pelo organismo e não-tóxico. Esse novo material plástico foi chamado de hydron. Em 1960, as primeiras lentes de hydron foram testadas na Universidade de Praga; em 1964, passaram a ser adotadas pelos oftalmologistas: eram as hoje populares lentes gelatinosas, ou soit.
Nelas, dependendo do material e da espessura, a absorção de água pode chegar a 85 por cento. Quanto maior esse índice, mais facilmente o oxigênio chega à córnea, proporcionando mais conforto. Ao contrário das lentes rígidas, as hidrofílicas têm um diâmetro maior que o da córnea, o que aumenta sua boa estabilidade: elas dificilmente caem do olho.
A nova criação, de todo modo, não aboliu o uso de lentes de plástico rígido, até porque ela não serve em casos de astigmatismo. As lentes gelatinosas são tão flexíveis que se amoldam às imperfeições, sem corrigi-las. No fundo, a escolha entre os dois tipos depende da disposição do paciente em suportar o período de adaptação, maior nas primeiras, além da Lente acrílica: sempre menor adequação clínica ao seu caso. A mais recente versão das lentes soit é a de uso prolongado, cuja espessura, entre 0,1 e 0,025 milímetro, é metade das normais. Isso aumenta consideravelmente a transmissão de oxigênio. Essas lentes devem ser retiradas pelo menos uma vez por semana, utilizandose os mesmos métodos de higiene das lentes de uso diário. No campo das lentes rígidas, enquanto isso, apareceram as de silicone, que deixam passar bastante oxigênio para a córnea.
As lentes bifocais chegaram a aparecer no mercado já na década de 50, mas não fizeram muito sucesso. Pois, tendo toda a mesma medida, não se adaptam necessariamente à curvatura com os olhos de qualquer um. E uma questão de sorte. Uma pena principalmente para a legião de pacientes que se poderiam beneficiar com a novidade. No Brasil, onde as lentes de contato são conhecidas desde 1948 e onde apenas 20 por cento dos habitantes não apresentam alguma deficiência visual, três em quatro pessoas com mais de 45 anos precisam daquele tipo de correção. Sucesso tiveram, isto sim, as lentes de contato coloridas, que transformam olhos castanhos e pretos em verdes, azuis ou ainda violeta, a cor mais procurada pelas mulheres brasileiras. A atriz Giulia Gam, olhos castanhos, para fazer o papel de Jocasta jovem na novela Mandala, recorreu a lentes coloridas a fim de ficar com os mesmos olhos azuis de Vera Fischer, a Jocasta adulta. Mas não foi para enfeitar os belos olhos de quem quer que fosse que tais lentes surgiram. Sua criação teve como objetivo melhorar a visão dos albinos, que têm grande sensibilidade à luz.

Lentes

10.688 – Mega Byte – Google construirá cabo de fibra óptica que liga o Brasil aos EUA


fibra optica

O Google iniciou um investimento que, segundo a empresa, deve alavancar a infraestrutura de internet na América Latina. A companhia de buscas anunciou a construção de um cabo submarino de fibra óptica que unirá as cidades de Santos e Fortaleza a Boca Ratón, na Flórida.
O cabo terá 10 mil quilômetros de extensão e o sistema será administrado por um consórcio multinacional de empresas de tecnologia e telecomunicação, entre as quais estão Algar Telecom (Brasil), Antel (Uruguai), Angola Cables e o próprio Google.
“À medida em que mais pessoas entram na rede, aumenta a necessidade de adicionar capacidade à infraestrutura que mantém a internet funcionando, para que todos possam ter uma experiência online rápida, segura e útil”.
Segundo a companhia, este é o primeiro investimento do tipo na América Latina, que deve ficar na casa das dezenas de milhões de dólares. O valor concreto, no entanto, não é revelado.

10.380 – Óptica – Os espelhos e suas imagens


Espelhos são geralmente constituídos de uma superfície de vidro revestidas por trás com uma fina camada de prata ou com placas de metal polido. De acordo com a forma de sua superfície, os espelhos podem ser classificados como planos e esféricos. Quando nos olhamos num espelho, vemos uma representação de nós mesmos, a nossa imagem. Podemos defini-la como a reprodução de um objeto por meios ópticos.
Espelhos esféricos diferem dos planos, pois modificam o tamanho do objeto. Entre os espelhos esféricos, se diferenciam 2 tipos, os côncavos e os convexos. Estes são muito usados como retrovisores de carros.
Os côncavos, ao contrário, por ter as bordas mais próximas do objeto, refletem imagens ampliadas.
Refração da luz
Já notamos que as piscinas parecem mais profundas do que realmente são, ou que um lápis dentro de um frasco com água, parece quebrado ou torcido. Tais fenômenos se devem à refração da luz.
Chamamos de refração da luz o fenômeno em que ela é transmitida de um meio para outro diferente.

Nesta mudança de meios a frequência da onda luminosa não é alterada, embora sua velocidade e o seu comprimento de onda sejam.
Com a alteração da velocidade de propagação ocorre um desvio da direção original.
Para se entender melhor este fenômeno, imagine um raio de luz que passa de um meio para outro de superfície plana, conforme mostra a figura abaixo:

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10.370 – Óptica – O que é prisma?


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Em óptica, um prisma é um elemento óptico transparente com superfícies retas e polidas que refractam a luz. Os ângulos exatos entre as superfícies dependem da aplicação. O formato geométrico tradicional é o prisma triangular com base quadrangular e lados triangulares, e o uso coloquial de “prisma” geralmente refere-se a essa configuração. Os prismas são tipicamente feitos de vidro, mas também podem ser feitos de qualquer material transparente aos comprimentos de onda ao qual são designados.
Um prisma pode ser usado para separar a luz em suas cores do espectro (as cores do arco-íris). Também podem ser usados para refletir a luz ou ainda dividi-la em componentes com diferentes polarizações.
Ao mudar entre um meio e outro (por exemplo, do ar para o vidro), a luz muda sua velocidade. Como resultado seu caminho é refractado e parte de si é refletida. O ângulo de entrada do raio de luz e os índices de refração dos dois meios determinam o quanto da luz é refletida e o quanto o caminho e refractado. O índice de refração dos meios variam de acordo com o espectro (ou cor) da luz devido à dispersão, fazendo com que as luzes de diferentes cores sejam separadas quando refractadas na superfície do prisma.
Prismas dispersivos são usados para separar a luz em suas cores de espectro pois o índice de refração depende da frequência; a luz branca entrando no prisma é uma mistura de diferentes frequências, e cada uma e refractada levemente diferente. Por exemplo, a cor azul é desviada um pouco mais que a cor vermelha.
Prismas refletivos são usados para refletir a luz, por exemplo, em binóculos.
Prismas polarizados podem dividir o feixe de luz em componentes de variadas polaridades.

10.337 – Mega Wise – Noções de Óptica


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Os elementos geométricos de uma lente são centos de curvatura ou das superfícies esféricas, o centro, distância focal e potência de uma lente. Centros de curvatura são os centros das superfícies esféricas que formam as faces c&c. Centro óptico é o centro geométrico da lente (o). Eixo principal é a reta que une os centros de curvatura. Eixo secundário é qualquer reta que passe pelo centro óptico. Focos são pontos onde concorrem os raios paralelos ao eixo principal depois de atravessar a lente (foco real F) ou seus prolongamentos.
Se a distância for expressa em metros, a potência será obtida em dioptrias (uma dioptria = 1/m.
Mesmo o olho humano mais perfeito tem uma série de limitações. Por isso, para poder ver objetos muito pequenos ou muito distantes, o homem recorre a ajuda de instrumentos ópticos. Os sistemas ópticos são a combinação de espelhos, prismas e lentes utilizados para ampliar os limites da observação direta. Os instrumentos ópticos mais utilizados são a lupa ou microscópio simples, o microscópio composto, a lupa binocular, as lunetas terrestres, as lunetas astronômicas e a câmera fotográfica.

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A Lupa
é um instrumento óptico munido de uma lente com capacidade de criar imagens virtuais ampliadas. É utilizada para observar com mais detalhe pequenos objetos ou superfícies.Também denominada microscópio simples – é constituída de uma única lente convergente. Para compreender como é o funcionamento da lupa, precisamos analisar tanto como a lupa conjuga imagens, como estas imagens (objetos virtuais para o nosso olho) acabam sendo projetadas na nossa retina. O olho humano só focaliza uma imagem de um objeto em sua retina se a distância entre o objeto e o olho for maior que a de um ponto específico (Ponto Próximo). Notamos facilmente que quando o objeto está mais próximo do olho que a distância do Ponto Próximo a imagem se torna desfocada. A posição do ponto próximo é variável, de pessoa para pessoa. Sendo comum essa distância ser maior em pessoas mais idosas (explicando porque algumas pessoas não conseguem ler de perto, mas esticando o braço e aumentando a distância do papel para o olho, conseguem ler sem maiores problemas). Imagine um objeto posto sobre o Ponto Próximo de um olho humano. O tamanho da imagem produzida na retina varia com o ângulo α que o objeto ocupa no campo de visão. Quando aproximamos o objeto do olho, aumentamos este ângulo. Assim aumentamos a capacidade de observar detalhes do objeto, mas como ele está numa distância menor que do ponto próximo, o vemos fora de foco, perdendo nitidez. Para fazermos com que esta imagem desfocada fique nítida novamente, colocamos uma lente convergente entre o olho e o objeto ( Importante que o objeto esteja mais próximo do olho do que o ponto focal da lente). O que o olho passa a enxergar é uma imagem virtual do objeto. Esta imagem fica mais distante do olho do que o Ponto Próximo, sendo uma imagem nítida. Apesar dessa ampliação, a lupa não serve para a observação de objetos muito pequenos como células,bactérias e insetos pequenos, pois nesses casos se faz necessário um aumento muito grande.A solução é associarmos duas ou mais lentes convergentes, como no microscópio composto.
Em 1885 foi encontrada uma lupa de quartzo nas ruínas do palácio do rei Senaqueribe (708-681 a.C.) da Assíria. Relatos do historiador Plínio (23-79 d.C.), apresentam “Vidros Queimadores”, os quais eram produzidos pelos romanos, ou seja, lentes usadas para iniciar o fogo, com auxilio da luz solar. Uma lente plano-convexa foi encontrada nas ruínas de Pompéia (Roma).Fabricando vidro desde o século VI a.C. chineses também conheciam lentes de aumento e de diminuição, usando também lentes para iniciar o fogo. Na China também já moldava lentes utilizando cristal de rocha natural, desde o século X.
No século XVIII as propriedades de uma lupa foram descritas por Roger Bacon, na Inglaterra.

10.313 – Sony traz ao Brasil câmera com maior zoom óptico do mundo


A Sony lançou no Brasil uma câmera fotográfica que, segundo a empresa, tem o maior zoom óptico do mundo, quando se considera dispositivos com lente fixa. Ela custa R$ 1,5 mil.

É a DSC-H400, com a qual é possível aproximar a imagem em 63 vezes sem perda de qualidade, graças ao estabilizador Optical Steadyshot. O modelo conta com sensor de 20.1 megapixels e quatro opções de efeitos que podem ser aplicados às fotos.

“Ela possui uma lente equivalente a 24,5 – 1.550mm, ou seja, comparável àquelas lentes enormes e pesadas das câmeras profissionais, mas com design ergonômico, leve e compacto”, explica a gerente de câmeras digitais da companhia, Raquel Paravani.

10.239 – Mega Techs – A Camuflagem Óptica


Na literatura ou nos filmes de ficção, os escudos de invisibilidade, utilizados tanto nas naves espaciais como também nas roupas do futuro, são recursos habituais. Na verdade, a ciência começou a pesquisar a possibilidade de criar tais aparatos. Os primeiros intentos de camuflagem óptica foram baseados na forma com que os animais se mimetizavam com seu ambiente, espécies como cefalópode , que podem misturar-se ao meio ambiente ao seu redor, imitando inclusivo estampas geométricas complexas, instantaneamente. Os modelos de camuflagem ativos possuêm uma câmara que toma fotos do que se esconde do objeto e as projeta numa tela em frente, criando uma ilusão ou efeito de transparência.
O descobrimento na última década dos metamateriais, um tipo de estrutura de relevo especial, com tamanho menor que o comprimento da onde da luz e possue um índice refratário negativo, fazendo com que a luz, ao invés de refletir, siga os contornos do mesmo, passando em volta sem ser bloqueada, abriu possibilidades paupáveis de contar com estruturas que não interrompam a formação visual proveniente do fundo, com o que, teoricamente uma invisibilidade prática seria alcançada. Os cientistas Jason Valentine e Xiang Zhang, da Universidade de Berkeley, Califórnia, Estados Unidos, conseguiram desenvolver materiais que a curvam a luz obtida através de malhas com escala nanométrica. No Imperial College of London, em 2008, o físico John Pendry desenhou uma capa de invisibilidade para um cilindro de cobre que operava na faixa das microondas. Espera-se que nos próximos cinco anos seja possível contar com um sistema que oculte objetos, pelo menos na faixa das microondas, fazendo-os invisíveis aos radares.

10.098 – Lentes de contato com visão noturna


A história da aplicação da ciência pelo homem pode ser resumida como a evolução natural da sua necessidade de expandir a capacidade dos seus sentidos. Já falamos a distância, podemos ouvir com maior precisão, manipular cheiros. E até já enxergamos nas trevas.
Só que os dispositivos desenvolvidos para alcançar a visão noturna, os quais já eram utilizados na caça esportiva e para uso militar, poderiam ser reduzidos e aprimorados. Se podemos enxergar melhor com o uso de lentes de contato, porque não no escuro?
Pesquisadores da Universidade de Michigan, nos Estados Unidos, conseguiram criar o primeiro detector de luz infravermelha capaz de operar em temperatura ambiente. A tecnologia de visão noturna permite ver um espectro invisível para o olho humano, o calor que irradia de corpos vivos no escuro. Até agora, esse tipo de equipamento exigia um grande volume para comportar o sistema de arrefecimento, necessário para funcionar corretamente.
A chave para obter uma redução drástica no tamanho dos equipamentos de visão noturna foi fornecida pela introdução de grafeno, que normalmente absorve 2,3 % da luz que atinge, mas ainda não era o suficiente para gerar um sinal de infravermelhos útil. No entanto, através da combinação de duas camadas de grafeno com um isolante entre eles, os cientistas foram capazes de aumentar o sinal de forma significativa, permitindo desenvolver um novo tipo de dispositivo capaz de detectar e diferenciar completamente o espectro infravermelho, assim como a luz visível e a ultravioleta.
Ao integrar essa nova tecnologia em uma lente de contato, ou qualquer outro dispositivo, é possível expandir a nossa visão instantaneamente. Na prática, esse tipo de tecnologia poderá permitir a detecção de vazamentos de gás por técnicos, que médicos e enfermeiros encontrem vasos sanguíneos, e que esboços sob as camadas de pintura de um quadro sejam percebidos por historiadores de arte, só para citar alguns exemplos.

10.045 – Astronáutica – Novos óculos para os astronautas


Uma nova geração de óculos representa um grande avanço na categoria dos bifocais. Eles podem ter a curvatura ajustada para adequar o foco e a nitidez de acordo com a distância.
Os astronautas da NASA são geralmente pilotos da Força Aérea com a visão quase perfeita. Porém, a NASA relaxou suas restrições a missões espaciais para missões de pesquisa científica que exigem especialistas de vários campos científicos.
Esses especialistas são muitas vezes de meia-idade e principais candidatos para possuir presbiopia, um problema relacionado à idade que torna mais difícil para os olhos focar objetos próximos. Além disso, pesquisas mostram que longas exposições à microgravidade agravam a presbiopia nos astronautas. A solução da NASA então foi enviar astronautas ao espaço com óculos que lhes permitam ajustar o foco de suas lentes, dependendo da tarefa a realizar.
As lentes do “TruFocals Zoom Focus” são, na verdade, compostas por duas lentes menores – lentes ultraperiférica queé o que os óculos normais têm – separadas por uma camada fina, mas expansível, de fluido de silicone claro contido por uma fina membrana. A alavanca de deslize na ponte dos óculos empurra o líquido para a frente ou para trás para alterar a forma dessa membrana, alterando a distância focal, dependendo do que o usuário está fazendo.
Esse foco ajustável permite que os astronautas executem tarefas como a leitura de pequenas listas em condições de pouca luz e monitorem leituras aéreas utilizando o mesmo par de óculos. É claro que, antes do TruFocals ganhar seu bilhete a bordo de uma nave espacial da NASA, teve que sobreviver a uma bateria de testes, incluindo uma em que foi queimado, para ver se emitia qualquer vapor nocivo. Por causa do orçamento apertado, a NASA não terá que queimar muitos pares. Com a sua espessura e formato circular, o TruFocals pode ser os óculos menos fashions e mais caros: custariam cerca 1.569 reais.

9890 – O que é o Daltonismo?


Também chamado de discromatopsia ou discromopsia, é uma perturbação da percepção visual caracterizada pela incapacidade de diferenciar todas ou algumas cores, manifestando-se muitas vezes pela dificuldade em distinguir o verde do vermelho. Esta perturbação tem normalmente origem genética, mas pode também resultar de lesão nos órgãos responsáveis pela visão, ou de lesão de origem neurológica.
O distúrbio, que era conhecido desde o século XVIII, recebeu esse nome em homenagem ao químico John Dalton, que foi o primeiro cientista a estudar a anomalia de que ele mesmo era portador. Uma vez que esse problema está geneticamente ligado ao cromossomo X, ocorre com maior frequência entre os homens, que possuem apenas um cromossomo X, enquanto mulheres possuem dois.
Os portadores do gene anômalo apresentam dificuldade na percepção de determinadas cores primárias, como o verde e o vermelho, o que se repercute na percepção das restantes cores do espectro. Esta perturbação é causada por ausência ou menor número de alguns tipos de cones ou por uma perda de função parcial ou total destes, normalmente associada à diminuição de pigmento nos fotorreceptores que deixam de ser capazes de processar diferencialmente a informação luminosa de cor.
A retina humana possui três tipos de células sensíveis à cor, chamadas cones. Cada um deles é sensível a uma determinada faixa de comprimentos de onda do espectro luminoso, mais precisamente ao picos situados a 419 nm (azul-violeta), 531 nm (verde) e 559 nm (verde-amarelo).
A classificação dos cones em “vermelho”, “verde” e “azul” (RGB) é uma simplificação usada por comodidade para tipificar as três frequências alvos, embora não corresponda à sensibilidade real dos fotorreceptores dos cones. Todos os tons existentes derivam da combinação dessas três cores primárias.
As tonalidades visíveis dependem do modo como cada tipo de cone é estimulado. A luz azul, por exemplo, é captada pelos cones de “alta frequência”. No caso dos daltônicos, algumas dessas células não estão presentes em número suficiente ou registam uma anomalia no pigmento característico dos fotorreceptores no interior dos cones.
Não existem níveis de daltonismo, apenas tipos. Podemos considerar que existem três grupos de discromatopsias: monocromacias, dicromacias e tricromacias anómalas.
Monocromacia ocorre quando há apenas percepção de luminosidade na visão dos animais. São as células bastonetes as responsáveis por esta percepção, que permite variações diferentes da cor cinza. Normalmente, os monocromatas apresentam a chamada “visão em preto e branco”.

cores primárias
cores primárias

O monocromata típico é caracterizado pelo monocromatismo de bastonetes, que corresponde a uma discriminação de cores nulas pela falta de cones. Ocorre na população humana com uma incidência de 0,003% nos homens e de 0,002% nas mulheres. Essa característica é encontrada em muitos animais, como aqueles de hábitos noturnos, peixes abissais, cachorros e pinguins.
O monocromata atípico possui um monocromatismo de cones, assim a não discriminação de cores é devido a falta de sinais oponentes por ter apenas um tipo de cone. É muito raro na população humana. É encontrado em alguns animais, como em alguns ratos e no quivi, ave neozelandesa, que enxergam tons no espectro da luz verde.
A dicromacia, que resulta da ausência de um tipo específico de cones, pode apresentar-se sob a forma de:
protanopia, em que há ausência na retina de cones “vermelhos” ou de “comprimento de onda longo”, resultando na impossibilidade de discriminar cores no segmento verde-amarelo-vermelho do espectro. O seu ponto neutro encontra-se nos 492 nm. Há igualmente menor sensibilidade à luz na parte do espectro acima do laranja.
deuteranopia, em que há ausência de cones “verdes” ou de comprimento de onda intermédio, resultando, igualmente, na impossibilidade de discriminar cores no segmento verde-amarelo-vermelho do espectro.Trata-se uma das formas de daltonismo mais raras(cerca de 1% da população masculina), e corresponde àquela que afectou John Dalton (o diagnóstico foi confirmado em 1995, através do exame do Ácido desoxirribonucleico do seu globo ocular). O seu ponto neutro encontra-se nos 492 nm.
tritanopia, em que há ausência de cones “azuis” ou de comprimento de onda curta, resultando na impossibilidade de ver cores na faixa azul-amarelo.
A tricromacia anómala resulta de uma mutação no pigmento dos fotorreceptores dos cones retinianos, e manifesta-se em três anomalias distintas:

A mutação genética que provoca o daltonismo sobreviveu pela vantagem dada aos daltônicos ao longo da história evolutiva.[carece de fontes] Essa vantagem advém, sobretudo, do fato de os portadores desses genes possuírem uma melhor capacidade de visão noturna, bem como maior capacidade de reconhecerem elementos semiocultos, como animais ou pessoas disfarçadas pela sua camuflagem.

Como o daltonismo é provocado por genes recessivos localizados no cromossomo X (sem alelos no Y), o problema ocorre muito mais frequentemente nos homens que nas mulheres. Estima-se que 8% da população masculina seja portadora do distúrbio, embora apenas 1 % das mulheres sejam atingidas.
Existem três métodos para se diagnosticar a presença do daltonismo e determinar em que grau ele está afetando a percepção das cores de uma pessoa:

anomaloscópio de Nagel – consiste em um aparelho onde o indivíduo que vai ser examinado tem seu campo de visão dividido em duas partes. Uma delas é iluminada por uma luz monocromática amarela, enquanto a outra é iluminada por uma diversas luzes monocromáticas verdes e vermelhas. O examinado deve tentar igualar os dois campos, alterando a razão entre a intensidade das luzes vermelha e verde, e modificando a intensidade da luz amarela;
lãs de Holmgreen – consiste na avaliação da capacidade de separar determinados fios de lã em diversas cores;
teste de cores de Ishihara – consiste na exibição de uma série de cartões pontilhados em várias tonalidades diferentes. Esse é o método mais frequentemente utilizado para se diagnosticar a presença do daltonismo, sobretudo nas deficiências envolvendo a percepção das cores vermelho e verde. Uma figura (normalmente uma letra ou algarismo) é desenhada em um cartão contendo um grande número de pontos com tonalidades que variam ligeiramente entre si, de modo que possa ser perfeitamente identificada por uma pessoa com visão normal. Porém um daltônico terá dificuldades em visualizá-la.
Como o teste de Ishihara não pode ser utilizado por crianças ainda não alfabetizadas, desenvolveu-se um método secundário onde os cartões, em vez de números e letras, contêm desenhos de figuras geométricas, como quadrados, círculos e triângulos, que podem facilmente ser identificados por crianças em idade pré-escolar.

Atualmente não existe nenhum tipo de tratamento conhecido para esse distúrbio. Há, porém, uma empresa americana fabricando lentes que permitiriam a distinção de cores pelos daltônicos. Elas seriam seletivas quanto à passagem de luz, bloqueando o necessário para corrigir defeitos da visão. Os tais óculos custam cerca de US$ 700. Mas alguns estudiosos ainda encaram a iniciativa com reservas alegando que não há estudos científicos que reconhecidamente indiquem o método.

Porém, um daltônico pode viver de modo perfeitamente normal, desde que tenha conhecimento das limitações de sua visão. O portador do problema pode, por exemplo, observar a posição das cores de um semáforo, de modo a saber qual a cor indicada pela lâmpada. Como na idade escolar surgem as primeiras dificuldades com cores, sobretudo em desenhos e mapas, os pais e professores devem estar atentos ao problema, evitando constranger e traumatizar a criança. Pode ser frustrante para uma criança ter a certeza de que está vendo algo em determinada cor, enquanto todos os colegas e a professora afirmam que ela está errada.

Em 2009 pesquisadores da Universidade de Washington e da Universidade da Flórida conseguiram restabelecer o processo de visão de macacos da espécie Saimiri sciureus através de tratamento genético.
Para um daltônico, navegar em websites coloridos da Internet pode ser uma experiência não muito agradável. Alguns textos podem estar ilegíveis, ou mesmo a leitura dos gráficos pode ser impossibilitada devido o esquema de cores utilizado. Para possibilitar a leitura destes textos e gráficos foi desenvolvido por Daniel Ruoso, um desenvolvedor daltônico, o libcolorblind[1] que é um software que faz transformações nas cores no sentido de permitir que cores dúbias sejam colocadas em posições diferentes do espectro de cor, de forma a tornarem-se diferenciáveis por um daltônico. O programa de acessibilidade do Gnome, gnome-mag, tem suporte a esse software e fornece uma maneira intuitiva de ativar e desativar os filtros.

Algumas cidades já possuem semáforos adaptados para os portadores de daltonismo (quer condutores/quer pedestres), que apresentam uma faixa branca ao lado da luz amarela, possibilitando ao daltônico distinguir qual a cor do sinal aceso pela posição da luz (acima ou abaixo da faixa).
Lápis de cores podem ter o nome de cada cor gravada em seu corpo de modo a facilitar sua identificação.
A justiça brasileira reconheceu que os portadores de daltonismo são sujeitos dos direitos que a Convenção Interamericana para a Eliminação de Todas as Formas de Discriminação contra Pessoas Portadoras de Deficiência estabelece e que cursos de educação complementar públicos ou privados devem promover adaptações em materiais didáticos para possibilitar o acesso dos daltônicos a informação.

9685 – ☻Mega Wise – A Óptica


optica

É um ramo da Física que estuda a luz ou, mais amplamente, a radiação eletromagnética, visível ou não. A óptica explica os fenômenos de reflexão, refração e difração, a interação entre a luz e o meio, entre outras coisas.
Geralmente, a disciplina estuda fenômenos envolvendo a luz visível, infravermelha, e ultravioleta; entretanto, uma vez que a luz é uma onda electromagnética, fenômenos análogos acontecem com os raios X, microondas, ondas de rádio, e outras formas de radiação electromagnética. A óptica, nesse caso, pode se enquadrar como uma subdisciplina do eletromagnetismo. Alguns fenômenos ópticos dependem da natureza da luz e, nesse caso, a óptica se relaciona com a mecânica quântica.

Segundo o modelo para a luz utilizada, distingue-se entre os seguintes ramos, por ordem crescente de precisão (cada ramo utiliza um modelo simplificado do empregado pela seguinte):
Óptica geométrica: Trata a luz como um conjunto de raios que cumprem o princípio de Fermat. Utiliza-se no estudo da transmissão da luz por meios homogêneos (lentes, espelhos), a reflexão e a refração.
Óptica ondulatória: Considera a luz como uma onda plana, tendo em conta sua frequência e comprimento de onda. Utiliza-se para o estudo da difração e interferência.
Óptica eletromagnética: Considera a luz como uma onda eletromagnética, explicando assim a reflexão e transmissão, e os fenômenos de polarização e anisotrópicos.
Óptica quântica ou óptica física: Estudo quântico da interação entre as ondas eletromagnéticas e a matéria, no que a dualidade onda-corpúsculo joga um papel crucial.
Óptica ou também é um ramo de atividade comercial, para o comércio de armações, lentes oftálmicas e lentes de contacto para correções de ametropias ou com fins cosméticos.
No Brasil, é obrigatório estar presente no estabelecimento um técnico em óptica (óptico) formado (nível técnico), bem como Alvará Sanitário Vigilância Sanitária do município para que a óptica funcione de acordo com a lei.

9168 – Mega Techs – Firmware de Máquinas Fotográficas


Firmware

É um software, ou um conjunto de softwares, que vêm armazenados na memória do equipamento desde a fábrica, e que contém instruções e comandos para controlar determinado aparelho ou equipamento, como por exemplo, uma câmera fotográfica.
A câmera fotográfica é controlada por um programa, que é um firmware, e este programa influencia diretamente na performance do equipamento, de forma que podemos comparar a atualização de um firmware com a aquisição de um equipamento semelhante completamente novo, com nova capacidade e problemas anteriores resolvidos.
Para quem possui algum tipo de equipamento com firmware, aconselha-se que haja um acompanhamento através da página do fabricante, em busca de estar informado para o caso de haver alguma atualização disponível para o firmware. Estas atualizações são necessárias pois geralmente as novas versões vêm com problemas anteriores resolvidos, sendo sempre útil a nova versão. A lógica é que o firmware só vai estar amadurecido após algumas novas versões.
Os problemas podem aparecer desde a função de filmar da câmera até a gravação de arquivos nos cartões. Outros equipamentos também podem apresentar problemas “de fábrica”, que serão resolvidos com a atualização do firmware. Esta atualização, embora muito simples, deve ser feita da forma correta; o melhor é pedir ajuda a uma assistência técnica, assim haverá a segurança de que a atualização foi feita da forma correta.
Cada programa contido no firmware possui sua função específica. Vejamos alguns dos principais componentes do firmware:

SISTEMA BÁSICO DE ENTRADA E SAÍDA (BIOS) – existe no computador e serve para instruir ao processador como ele deverá operar com dispositivos como o HD e o leitor de DVD.
SETUP – na câmera fotográfica, é o programa responsável para alterar os parâmetros da memória de configuração (CMOS). Permite ao usuário fazer algumas alterações nas configurações determinadas pela BIOS.
CMOS – também chamada de memória de configuração, é ela que armazena as configurações e manipulações feitas pelo SETUP.
Enfim, pode-se resumir firmware como o conjuntos de instruções (programas / softwares) operacionais, que são programadas no hardware dos equipamentos eletrônicos, permitindo o funcionamento do aparelho de forma correta, ou exigindo, para melhor funcionamento, uma atualização.

9167 – As Aberrações Ópticas


Quando Johann Carl Friedrich Gauss (1777-1855) estudou os fundamentos da óptica geométrica ele definiu que na formação de imagens, os pontos do objeto correspondem aos pontos da imagem, retas correspondem a retas na imagem, e planos no objeto correspondem a planos na imagem. Para que isso ocorra, é necessário que a abertura dos sistemas ópticos assumam valores muito pequenos. No entanto, o próprio Gauss notou diferenças entre objetos e imagens nos sistemas ópticos experimentais, mesmo considerando pequenos intervalos de abertura. Estas diferenças são conhecidas como aberrações ópticas. Estas aberrações não ocorrem devido a erros de construção dos equipamentos, mas devido a forma geométrica e características dos meios que formam o sistema.
As aberrações ópticas podem ser classificadas como cromáticas ou monocromáticas.

Aberrações monocromáticas
Também conhecidas como aberrações geométricas, as aberrações cromáticas provocam mudanças relacionadas a forma da imagem. Elas podem ser esféricas, coma, astigmatismo, curvatura de campo e distorção.

Aberrações esféricas
Considerando um feixe de raios de luz monocromática paralelas que atravessam uma lente convergente paralelamente ao seu eixo, os raios mais próximos ao eixo e os raios mais distantes serão refratados entre dois pontos A e B, conforme a figura:

esferica1

Como podemos observar na figura, os raios que emergem da lente não passam todos pelo mesmo ponto, mas ficam distribuído entre os pontos A e B. Envolvendo os raios que emergem da lente até o ponto A, obtemos a forma de um funil, conhecido como cáustica de reflexão. O ponto A é conhecido como foco paraxial e o ponto B é chamado foco marginal. Se, entre estes pontos, posicionarmos um anteparo em um plano perpendicular ao eixo da lente, veremos círculos que ficam menores quanto mais o aproximarmos do ponto A. O ponto onde a imagem aparece com maior clareza é conhecido como ponto de mínima confusão.

As lentes convergentes e divergentes possuem aberrações de sentidos opostos, por isso uma das formas de corrigir as aberrações esféricas é combinar lentes convergentes e divergentes. Sistema aplanético é o nome dado a um sistema óptico com a aberração esférica corrigida.

Aberrações coma
Quando o ponto luminoso encontra-se fora do eixo da lente, surge a aberração coma. Ela possui esse nome porque se envolvermos os raios emergentes no trecho entre os focos paraxial e marginal, obtemos uma forma semelhante a um cometa. A coma aumenta conforme a abertura e a inclinação dos raios de luz, por isso esta aberração pode aparecer em qualquer sistema óptico. A correção é feita por métodos parecidos com os utilizados para corrigir aberrações esféricas.
A utilização do diafragma, aparelho que limita a abertura do sistema ótico, também ajuda a evitar o aparecimento do coma.

Tecnologia – A Optoeletrônica


Desde o século XIX, quando os físicos elaboraram as primeiras teorias sobre o eletromagnetismo, o mundo se ergueu apoiado na energia do movimento dessas minúsculas partículas que habitam os átomos. Os elétrons fizeram funcionar válvulas de rádio, lâmpadas elétricas, motores. Por fios de cobre levaram de casa em casa sinais de voz em telefones e energia para acionar os novos aparelhos. Depois, transportaram informações dentro dos chips dos computadores. Em suma, o domínio da eletrônica na tarefa de sustentar a civilização contemporânea foi absoluto – até que a luz se atravessou no seu caminho. De fato, onde antes só havia elétrons, começam a aparecer pulsos luminosos, os fótons. É a época da afirmação da optoeletrônica, uma nova tecnologia que já se manifesta da telefonia à computação. “Optoeletrônica é a interação entre radiação luminosa e matéria, entre fótons e elétrons”. A interação entre eletricidade e luz pode ser a porta aberta para um caminho verdadeiramente revolucionário – os computadores óticos. Em seu interior não haverá corrente elétrica viajando através dos chips, mas pulsos de luz emitidos por laser, viajando por guias óticos e transportando informações a velocidades até 1 milhão de vezes maiores que as dos computadores eletrônicos.
Esse é o sonho de pesquisadores de vários países, como o engenheiro americano Alan Huang, que trabalha nos laboratórios da multinacional AT & T Bell, em Nova Jersey, na tentativa de construir um chip ótico. A corrida pelo domínio dessa tecnologia passa também pelo Japão, onde foi formado um pool liderado por onze grandes empresas a fim de acelerar as pesquisas. Na Escócia, o cientista Desmond Smith, da Universidade Heriot-Watt, de Edimburgo, trabalha num dos maiores projetos de computador ótico do mundo.
Uma onda de luz é igual a qualquer outra onda eletromagnética – de rádio ou TV, por exemplo -, mas tem como característica a freqüência muito mais alta. É justamente isso que lhe dá o poder de transportar mais dados. Daí tornar-se a tecnologia ótica, senão uma alternativa capaz de aposentar a eletrônica, ao menos um complemento poderoso à utilização dos elétrons. além de ser mais rápida, a onda de luz é formada por pulsos de energia luminosa que não possuem carga ou matéria. Em condições normais, um raio de luz não interfere em outro – basta ver os fachos de duas lanternas que se cruzam sem se desviar de suas trajetórias.
Os elétrons, ao contrário, são partículas com carga e massa que interagem uns com os outros. Quando um sinal elétrico é transportado num fio de cobre, os elétrons vão se chocando pelo caminho, produzindo calor e dispersando o sinal original. Nas cerâmicas supercondutoras, a temperaturas ainda muito baixas, os elétrons viajam sem colidir, não havendo portanto perda de energia. As trombadas e interações entre os elétrons acarretam dois problemas básicos nos equipamentos modernos. O primeiro diz respeito ao chamado ruído de comunicação. Distribuídos pelos subterrâneos das cidades, os fios de telefone podem eventualmente passar perto do motor de uma máquina em uma obra qualquer. O campo eletromagnético ali criado é suficiente para perturbar os sinais telefônicos e levar ao aparelho, além das vozes, quaisquer outros ruídos.
O mesmo acontece quando fios muito próximos são atingidos pela água da chuva: os sinais se misturam devido à ligação formada pela água e o que se ouve é linha cruzada. A segunda grande limitação da eletrônica está dentro dos computadores. Nos chips, ou seja, nas minúsculas centrais de processamento de dados, a informação viaja a bordo dos elétrons, criando uma linguagem lógica que se baseia na passagem, ou não, da corrente elétrica. O trânsito dos elétrons a altas velocidades dentro dos chips gera calor. Se não fossem dotados de sistemas de refrigeração, os supercomputadores, que trabalham com extraordinária rapidez, teriam seus chips derretidos, tamanho o calor produzido.

Além de revolucionar a comunicação e os computadores, as fibras óticas estão permitindo aos médicos ver as doenças com os próprios olhos dentro do corpo humano. Através de pequenas incisões, as fibras são introduzidas nos caminhos naturais do organismo e vasculham pulmões, intestinos, coração e outros órgãos antes inacessíveis. Essa viagem interior, que até há poucos anos só existia em história de ficção científica, é feita pelo fibroscópio, um aparelho que consiste em dois feixes de fibras óticas, um para iluminar o tecido corporal e outro para transmitir a imagem.
A ponta do primeiro feixe á alimentada com uma fonte de luz. A luz percorre as fibras óticas e ilumina o órgão que o médico quer ver. Uma lente capta então a luz refletida e a focaliza no feixe de transmissão, em que cada fibra corresponde a um ponto da imagem. A imagem completa aparece num visor, podendo ser gravada por uma câmera ou mostrada num monitor de TV. Olhando pelo fibroscópio, o médico pode, por exemplo, detectar pólipos nos intestinos, depois removidos por diminutos instrumentos cirúrgicos ou por feixe de laser.
Sensores de fibras óticas também são capazes de fazer análises do sangue do paciente no próprio consultório, tornando o processo mais rápido. Pequenas cirurgias são igualmente possíveis, com a vantagem de dispensar o corte de tecidos saudáveis – o feixe de laser transportado pelas fibras óticas cauteriza veias em hemorragias intestinais e vaporiza placas e coágulos sanguíneos em artérias cardíacas.