Vida Noturna – O que é um PUB?


PUB

Um Pub é um estabelecimento típicos de países de influência britânica onde se vendem refeições e bebidas alcoólicas. A cerveja é a bebida principal, incluindo algumas como Ale, Lager e Escura.
O termo “pub”, deriva-se da expressão inglesa “public house” (traduzida livremente para o português como “local público”) e, normalmente tem seus clientes, chamado de “regulares”. São pessoas que bebem no mesmo pub constantemente. Estes apresentam seu pub preferido como “local”. Na maior parte das vezes optam pelo “local” pela proximidade de casa ou do trabalho, pelas pessoas que estão lá, disponibilidade de algum tipo específico de cerveja, ou mesmos por tabuleiro de dardos ou mesa de sinuca.
Aqui no Brasil os pubs buscam reproduzir esse estilo de bar, em locais parecidos com uma taverna, com muito uso de madeira, e bancos altos. Algumas pessoas têm o hábito de chamar de pub qualquer estabelecimento voltado à cultura boêmia que conta com uma decoração inglesa ou irlandesa. É comum a venda de uma grande variedade de chope, inclusive com várias marcas importadas, servido em canecas de um pint (aproximadamente 570 ml).
Diferenças entre PUB x BAR
Frequentadores: Os tradicionais pubs são lugares acolhedores, onde as pessoas se reúnem para bater um papo e tomar uma cerveja. No fim do trabalho, antes de retornar para casa, as pessoas tendem a se encontrar nesse local para confraternizar com seus colegas de trabalho, amigos e familiares. O público de um pub costuma ter sua vizinhança como público, o que não acontece com o bar.
Chopeiras: O ponto chave de um pub é ser o ponto de encontro para quem deseja tomar uma deliciosa e gelada cerveja. Esses estabelecimentos nunca podem deixam de oferecer a bebida – geralmente criada e feita no próprio pub – servida direto do barril. Nos bares, às vezes, só existem as opções engarrafadas, o que não é tão atraente para esse público.
Balcão: Nos pubs, você não precisa necessariamente ter uma mesa para sentar. Você pode optar por beber uma cerveja no balcão, tranquilamente
Atrações: Um bar pode ter diversas atrações, como shows, coquetéis elaborados e até um decoração especial. Agora, um pub costuma ter duas atrações: a cerveja e as pessoas. O pub é um local para trocar ideias enquanto toma uma cerveja especial e bem gelada.
Mercado
Como é considerado um bar temático, o diferencial de um Pub no Brasil deve ser seu ambiente. Outro diferencial é sua diversidade de cervejas, sendo necessário oferecer para o cliente a opção de cervejas importadas e itens da culinária anglo-saxônica.
É um mercado que apresenta uma concorrência progressiva o que requer uma grande criatividade. Por ser um bar urbano e sofisticado, o Pub está localizado nas grandes cidades brasileiras e compete com outros bares temáticos, boates e clubes noturnos. Observar o mercado local e identificar o nicho de clientes para o qual o estabelecimento estará direcionado é fundamental para a sua sobrevivência.
Vale a pena abrir um Pub?
Não tem coisa pior do que abrir um negócio e falir meses depois, não é? Portanto, para evitar passar por isso, avalie se o local onde você quer abrir tenha potencial. Em primeiro lugar, é importante lembrar que os melhores lugares para abrir este tipo de estabelecimento comercial são as cidades grandes com pelo menos 40 mil habitantes, mais especificamente nos centros urbanos.
A região tem uma população jovem? Este fator também deve ser levado em consideração, já que se estima que as pessoas que que estão hoje nos pubs estão numa faixa de 18 e 36 anos, as quais tendem a se reunir em turmas para bater um papo e tomar cerveja. Se a população tiver uma faixa de idade maior do que essa é melhor optar por outra modalidade de negócio.
Dicas para seu pub fazer sucesso
Verificar se a localização é boa: Há público alvo em quantidade suficiente no lugar que você pensa em instalar o pub? A região é desenvolvida e segura para atrair a clientela de outros bairros? Responder a essas questões é importantíssimo, pois o estabelecimento poderá ser aceito em alguns bairros ou não. Os hábitos de lazer variam de uma região para outra.
Pensar na temática do pub: Será um pub à brasileira com referências ao samba e o futebol, ou algo mais inglês com alusões ao indie rock , à cena punk ou a símbolos da contracultura de forma geral? Seja qual for a referência, faça uma pesquisa e busque materiais bonitos e criativos para a decoração. Se não houver nenhum tema específico, seja igualmente criativo. Os pubs devem ter uma atmosfera diferenciada.
Treinar os funcionários: Treine os funcionários (garçons, cozinheiros, profissionais da limpeza, etc) para que executem os melhores serviços junto aos clientes. O local pode ser lindo, bem localizado e com as melhores cervejas, mas se o atendimento for ruim é certo que ele não irá retornar e a cotação no facebook e no foursquare não será nada boa.
Apresente uma boa carta de cervejas: É lógico que o ‘tamanho da carta de cervejas’ varia de acordo com a estrutura do seu negócio, mas busque adquirir rótulos diferentes das tradicionais e que sejam bem aceitos pelos clientes.
Montar um pub é uma tarefa trabalhosa e os riscos são altos, mas a lucratividade costuma valer a pena.

Mega Sampa – Toco, o Símbolo da V. Matilde



Nos anos 1970, na zona leste de São Paulo, um grupo de quatro adolescentes apaixonados por música transformou bailinhos na maior casa noturna da cidade, a Toco, que faria da Vila Matilde o destino de jovens paulistanos em busca de diversão.
Os amigos William Crunfli, Marco Antonio Tobal, apoiados por Romualdo Hatt e Luiz Mattos, decidiram organizar festas nas casas da vizinhança, juntar dinheiro e bancar a formatura no colégio.
Era 1971, e na Vila Matilde viviam muitas famílias de imigrantes, sobretudo espanhóis, italianos e portugueses. O ponto de encontro era a Praça da Conquista.
“O bairro era muito simples. Tinha uma padaria, um mercado, um dentista e uma escola. Ainda havia chácaras e sítios”, diz Crunfli, 62, hoje presidente da produtora de shows Move Concert.
Um ano depois do início da empreitada, os adolescentes batizaram o grupo de Equipe Toco -em homenagem ao sobrinho pequeno de Tobal, Alexandre, apelidado de Pitoco, mas que só conseguia pronunciar “Toco”.
Por alguns anos, os amigos se dedicaram a organizar bailes em garagens e quintais. Com mais público e dinheiro, passaram a ocupar uma fábrica nos fins de semana.
Depois, a Toco adotou o salão de festas da Sociedade Amigos da Vila Matilde, trocando-o mais tarde pelo ginásio de esportes do local.
Em 1979, conta Crunfli, veio a decisão de profissionalizar o negócio, e a Toco passou a ocupar o prédio onde antes funcionava o Cine São João, na Praça da Conquista.
O lugar recebia até 4.000 pessoas por noite nos fins de semana. A casa da zona leste se destacava pela estrutura de som e iluminação, com equipamentos importados, e pelas músicas. Orgulhoso, Crunfli diz que foi o primeiro DJ a tocar Pink Floyd numa pista de dança.
Não demorou para as baladas atraírem jovens de outras regiões de São Paulo. Quem não conseguia entrar por causa da lotação ficava na Praça da Conquista, até hoje conhecida como Praça da Toco. “É um patrimônio da Vila Matilde. Na época da Toco, era dominó de dia e festa à noite”, diz Crunfli.
A Toco deu tão certo que, em 1981, entrou no segmento de organização de shows. Os britânicos do Queen, que se apresentaram no estádio do Morumbi, foram os primeiros da empreitada. Depois, vieram nomes como Faith No More, Ramones e Shakira.
Para manter a Toco atualizada, havia reformas a cada dois ou três anos. Numa delas a casa noturna passou a ter dois escorregadores e banho de espuma. Para promover as noites, os sócios contratavam bandas, como Blitz e Mamonas Assassinas, e atores, que iam aos camarotes.
A decisão de fechar as portas veio em 1997. “As discotecas não eram mais tão grandes, recebiam no máximo 700, mil pessoas. A concorrência aumentou, e as pessoas já não cruzavam mais a cidade para ir à balada na Vila Matilde”, diz Crunfli. Em dezembro de 2016, a casa onde funcionou a Toco foi demolida para a construção de um supermercado.
Toco, Adeus Definitivo
Localizada na Praça da Conquista, no coração da Vila Matilde, a Toco foi inaugurada em 1972 e transformou-se em um marco significativo na vida noturna paulistana, especialmente entre os anos 1980 e os primeiros anos da década de 1990.

Com capacidade de cerca de 4000 pessoas, a Toco mesmo assim vivia lotada e com muita gente do lado de fora, que aproveitava para então paquerar e se divertir tanto na própria praça como nos famosos estabelecimentos vizinhos como o Pilequinho ou a Sorveteria Chup´s, que existe até hoje. Lá dentro, o salão era conhecido por abrigar uma grande pista, mezanino e uma parafernália de luzes e sons que jamais fora vista antes na zona leste paulistana.
A Toco foi responsável pela popularização de ritmos e bandas famosas, sendo também responsável por organizar no Brasil, show de bandas como Information Society, A-Ha, KC and the Sunshine Band, Queen, Technotronic e muitas outras. Esses shows foram organizados por eles mas realizados em outros espaços maiores, como estádios de futebol.

A casa recebia público não apenas da Vila Matilde, mas de toda a cidade. Entre os frequentadores do bairro, destacava-se principalmente os alunos do Colégio São José de Vila Matilde, localizado poucos metros da danceteria.

A Toco encerrou suas atividades em 1997, deixando um sem número de órfãos de uma boa casa noturna na zona leste. Nos anos seguintes o local abrigou bingo, igreja evangélica e até uma nova danceteria, chamada Espaço Datoko, mas sem o mesmo sucesso da primeira.
O dia 12 de dezembro 2016 ficará marcado com o mais derradeiro final da Toco. A demolição que começou e já se encerra não deixará rastros do que um dia foi uma das mais importantes danceterias que São Paulo já teve.

A partir desta idade, você é considerado velho demais para balada


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Chegar aos 37 anos é como receber uma segunda carta de Hogwarts. Mas ao invés da mensagem da coruja ser um convite para uma escola de magia, ela traz um aviso: já está na hora de parar com essa história de cair na noitada. Antes de sair esbravejando contra a ciência, saiba que as baladas que você frequenta provavelmente estão cheias de pessoas que pensam exatamente assim – ou vão pensar algum dia.
Ter pique para continuar frequentando casas noturnas aos 37 foi considerado “trágico” para boa parte dos 5 mil entrevistados de um estudo britânico. Segundo 37% das cobaias, não há nada mais deprimente do que ter mais de 40 e permanecer rodeado de jovens de 20 em bares ou pistas de dança.
A nova pesquisa demonstrou que, de acordo com os participantes, os 31 anos são a idade perfeita para começar a deixar de lado essa ideia de curtir a noite. Nessa época, o combo filme + cobertor pareceu mais atraente que qualquer outro programa para quase metade deles.
O fato dos passeios noturnos serem caros demais foi a desculpa preferida de 6 em cada 10 entrevistados. Preocupações como arranjar um meio de transporte e uma babá para cuidar dos filhos também foram listados entre os principais motivos.
Para quase 70% deles, arranjar uma alma gêmea elimina a necessidade de se frequentar esse tipo de local. E 29% tem um porquê ainda mais prático: não tem vontade nenhuma de lidar com a ressaca do dia seguinte. Optar pelo conforto do lar, dessa forma, seria a escolha perfeita para cortar o mal pela raiz.
Matt Walburn, da Currys PC World, que trouxe à público os resultados do estudo, deu uma explicação prática para a preguiça que chega com os 30. “É quase impossível ficar entediado em casa, com todo o conforto e toda a tecnologia que podemos contar”, disse em entrevista ao NME. Para Walburn, essas vantagens normalmente costumam superar os ganhos fora de casa. “Passar um tempo nas mídias sociais, fazendo compras online ou jogando em rede com amigos pode trazer satisfação maior”.
Então, é aquela velha história. É proibido frequentar baladas depois dos 37. Mas quem quiser – e não se importar com a opinião dos outros –, pode.

Vida Noturna – Corona na Over Night


Pra quem não conhece, Corona é uma cantora brasileira que canta em inglês e estourou em meados da década de 1990 no Brasil, EUA e resto do mundo com 3 singles.
Com o single “The Rhythm of the Night”, a cantora alcanço #11 na Billboard Hot 100 e a primeira posição na Itália. A canção “Baby Baby” também chegou ao primeiro lugar na Itália.
A lendária Over Night, considerada a melhor casa noturna de São Paulo vai trazer Corona de volta, para comemorar o aniversário de segundo ano do retorno da tradicional danceteria, agora na Vila Olímpia, um dos mais badalados bairro da cidade.
Um pouco mais:
Vivendo na Europa, Olga trabalhou, de 1991 a 1994, como professora, dando aulas de dança e cantava lambada e era a protagonista de um musical em Roma, até ser descoberta por um produtor italiano, Francesco Bontempi. Após os primeiros encontros com o produtor italiano Francesco Bontempi (também conhecido como Lee Marrow), começaram o trabalho para Corona. O primeiro single foi The Rhythm of the Night, lançado em 05 de novembro de 1993 na Itália pelo selo DWA Records. O lançamento mundial ocorreu no ano seguinte. A canção contem um trecho de “Playing With Knives” do grupo Bizarre Inc. O single liderou a parada de música italiana durante 16 semanas consecutivas. No entanto, a música não foi lançado em outros países até o ano seguinte, quando atingiu o número um em países como Espanha, Portugal, Grécia e Romênia. No Reino Unido, a canção ficou no segundo lugar da parada principal por um mês. No verão de 1994 a canção dominou os Estados Unidos, atingindo a posição #11 da Billboard Hot 100.
Em 1995, o álbum foi lançado, trazendo outros dois hits que atingiram o número um do Eurochart, Baby Baby e Try Me Out. Entre 1994 e 1999 Corona fazia cerca de 7/10 shows semanais. Olga chegou a brincar dizendo que “não tinha tempo nem para ir ao dentista”.
O segundo álbum de Corona, “Walking On Music”, foi lançado em junho de 1998, com um lançamento a nível mundial. A época, Olga era considerada a “Rainha do Eurodance”. Mesmo não repetindo o sucesso do primeiro álbum, “Walking On Music” debutou no número um da parada de álbuns da Itália e chegou à Billboard 200, vendendo cerca de 4 milhões de cópias até 2001.
Ao fim de janeiro de 2013, Olga comprou uma casa em São Paulo, onde passou a viver com seu marido, após viver 20 anos na Europa. “Bateu saudade dos cheiros, das cores, da alegria. Queria renovar meu look e minha música e pensei: por que não fazer isso no Brasil?” ela declarou.

Do Site Oficial:
Aniversário 2 anos da OVERNIGHT – Show CORONA
Data: 24/03/2017
Horário de Abertura: 23:00
Horário Término: 05:00
Endereço – Rua Gomes de Carvalho, 799 – Vila Olímpia – São Paulo – SP
(11) 95155-0702
(11) 3582-3637

Corona show

 

Música – DJs no rádio


julinho-mazzei
Vamos falar aqui só de FM, embora um programa famoso da rádio
Mundial do RJ, o Ritmo de Boate, tenha também se destacado.

O primeiro programa que me vem a lembrança, foi o Jovem Pan Disco Dance, na Jovem Pan 2, apresentado por Mike Nelson (na realidade Tutinha, o “Boss” da rádio) e Jackie Costeau (Alaor Coutinho).
Este programa estreou em fevereiro de 1978 e tinha como base os lançamentos internacionais, mixagens, excelentes vinhetas e muito, mas muito humor, característica herdada da Jovem Pan AM com seu famoso “Show de Rádio”.
As mixagens e a plástica do programa ficavam a cargo de Tuta Aquino e também do Dj Grego , já consagrado DJ, que sempre estava por lá fazendo suas edições clássicas.
Mike Nelson comandou também por algum tempo, o programa “Super-Quente”, que chegou até ter o nome inicial de “Cidade Quente”, mas que por razões óbvias teve que ser trocado.

Era o típico programa de “as melhores do dia”, sempre às 6 da tarde. Este programa evoluiu depois para o Hit Parade da Pan. Mas não vem ao caso.

Entre 1977 e 79, a febre “Disco” era fortíssima, embalada pelo filme Saturday Night Fever e pela Novela Dancing Day´s, com isto praticamente todas as emissoras mantinham programas especializados na Dance Music.

Começava uma super safra de deejays no dial paulistano.

Um exemplo era a Excelsior FM (90,5), que todos os dias tinha programas de discotecagem.

Com os deejays de discotecas famosas de Sampa. Ali estavam os DJ´s : Newton e Sergio Luiz do Banana Power,
DJ Robertinho do Papagaio´s,
Mister Sam (aquele mesmo da Gretchen !!),
DJ Toni da FM Disco Show,
Super-Zé e o DJ Grego, que chegou a ter dois programas na semana, um deles nas madrugadas de sábado da Excelsior FM 90,5, o “Disco Mix”.

DJ Grego e Greguinho eram os reis da edição e sempre eram convidados a participar de diversos outros programas em outras emissoras.

Na FM Record o programa era o Disco Mix, homônimo do programa do DJ Grego. As características mais marcantes do programa da FM Record era a “Reverberação” (Aliás, toda a programação era com eco, chegava a irritar) e a abertura com o “apito de trem” da música Disco Moscow do Telex.

A Transamérica Quadri-Stereo tinha o programa “Discoteque” apresentado por Carlos Townsend e também por Elói De Carlo, aos sábados à noite.

Carlos Townsend, foi o cara que mudou o conceito do FM no Brasil criando a Rádio Cidade, primeiro no Rio, depois em Sampa.

Ele comandava este programa que era mixado por um jovem DJ carioca, Giancarlo Secci, que fazia muitas montagens e medleys no programa e acabou sendo o deejay da boate mais famosa de São Paulo, The Gallery.
Com o fim do “Discoteque”, Giancarlo Secci comandou um programa próprio, que era transmitido pela Rede Transamérica e para outras emissoras no Brasil inteiro, o “Dancing Nights”.

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Este programa fez muito sucesso nas noites de sexta-feira, como uma avant-premiere do final de semana.
Para ser transmitido por todas filiadas da Rede, Giancarlo Secci gravava uma fita de rolo Master e na filial de São Paulo, replicava em, pelo menos , mais 23 fitas que eram enviadas as outras emissoras. Um trabalho e tanto para nos presentear com os últimos lançamentos.

Outro grande programa, em caráter nacional, foi o “The Big Apple Show” com Julinho Mazzei.

Início da carreira no rádio, deste que é até hoje um ícone do FM, um apaixonado por música que vivia em Nova York na época.
Julinho Mazzei começou a produzir os primeiros TBAS para a antiga Rádio Difusora de São Paulo, o programa, começou na emissora de AM e depois passou para a Difusora FM 98,5 , período que comecei a ouvir e gravar (1978).
Julinho mandava a gravação do programa, em Fita de Rolo, por qualquer pessoa, que encontrasse, no Aeroporto de Nova York e que estivesse embarcando para São Paulo. Um ritual semanal, que só mesmo um apaixonado pelo que faz, teria todo este trabalho.
Para ter a falsa impressão que o programa era transmitido, ao vivo, via-satélite (algo inviável, financeiramente, naqueles tempos), a Rádio Difusora estragava o material, adicionando um efeito, que parecia que tinha sido feito dentro de um balde. Era muito esquisito, mas as músicas e a apresentação, nota 10, eram totalmente diferentes do padrão que existia e compensavam esperar até às 11 da noite para ouvir este programa.
No final de 82, aparece a Nova Bandeirantes FM, com uma linha “Black Music” e trazendo de volta os deejays, que haviam sumido temporariamente do dial, para sua programação.

Uma rádio que começou a incomodar a concorrência, que torcia o nariz para aquela linha musical.
Todas as noites havia o programa “Meia hora para você gravar” que com o sucesso evoluiu para “Uma hora…”.

Muitos devem se lembrar de programas com os deejays Carmo da Contra-Mão, Iraí da Toco, Grande Master Ney da Chic Show, entre outros.

Uma curiosidade: Emílio Surita do Pânico, foi o locutor do horário da noite em 1983, (antes de ir para a Jovem Pan 2), e apresentava os set´s desses DJ´s.

A verdadeira Rádio DJ, foi sem dúvida, a 89 Pool FM, que tinha deejays mixando o tempo todo quase que integralmente. Se não fosse em programas específicos, era em remixes veiculados na programação normal.

A Rádio era uma verdadeira festa. Foi na 89 Pool que ficamos conhecendo novos pilotos das pick-up´s : DJ Cuca, Sílvio Muller, Dynamic Duo, Ricardo Guedes e outros já consagrados, como, Julinho Mazzei, Grego, Iraí Campos. Cabelo.

Mas como o que é bom sempre dura pouco, menos de um ano depois a rádio já estava esvaziada e ao completar 13 meses, foi substituída.

Depois da fase da 89 Pool FM, ocorreu uma entresafra de rádios dance e consequentemente os programas de mixagens tinham sumido do dial paulistano.

Um período de 2 anos que parecia uma eternidade, até que em 1987, a Bandeirantes FM (96,1), agora somente Band FM, coordenada pelo locutor João Carlos, o Joca, apostou em um estilo musical recente : A House Music.

Voltam os DJ´s e pela primeira vez acontece, programas de mixagens, “ao vivo”, no rádio, com o programa “Band Dance” com Iraí Campos, às sextas-feiras.
A Band FM, comprou um par de Technics SL-1200MKII e os deejays poderiam ali brincar.
Foi também na Band que surgiu os programas de mixagens ao meio-dia.
Com apresentação do jovem locutor Hamilton “Banana”, o Fresh Music, conquistou os amantes das pistas, neste novo horário.
Cada dia da semana uma casa noturna enviava seu deejay residente para apresentar 30 minutos do estilo musical da casa.

Já nos referimos em outra matéria aos programas Discotheque e Dancing Nights, ambos da Transamérica que também marcaram época e mereceram um capítulo a parte.

Em 1989, uma nova opção, aparece, com a proposta de realmente ser nova.
A Nova FM Record. Uma rádio que marcou. Com o slogan ” A Radio Dance”, a Nova FM Record e posteriormente Nova FM, acredito que foi a rádio mais marcante (junto com a Pool 1), com presença e influência na cena Dance de São Paulo.
Muito se deve , é claro, a boa fase musical internacional, que a rádio atravessou no final dos anos 80 e começo dos 90, com a fase de ouro da House, passando por novas tendências, como o Tecno e o Jungle, o Rap, Reggae até o Grunge.
Novamente o programa , mais famoso era na hora do almoço, nada mais sugestivo, que “Lunch Break”.
Outros programas também tiveram seu sucesso e não poderia ficar de fora : Megamix, DJ 40, Rap Attack, Seis e Dance e até o Grafite.
Junto com os DJ´s, os locutores também marcaram a Nova FM : Beto Keller, Bob Fernandes, Alexandre Medeiros, Hamilton Banana, Edu Mello, entre outros.
Nesta fase, a Nova FM, só teve mesmo um pouco de concorrência, com a Manchete FM, que tocava mais o estilo Hip-House, Miami Bass, influência da matriz da rádio. Destaco o programa “Drive Time”, nos finais de tarde, com apresentação de Ritchie (nada a ver com o cantor).

A partir dos anos 90, as rádios de público jovem, sofreram uma “pasteurização” e praticamente todas tocavam de tudo, para agradar gregos e troianos.
Mas uma Phoenix ressurgiria das cinzas, numa nova frequência (95,3), de concessão do mesmo grupo da frequência 89,1, a 95 Pool FM viria a dar as cartas novamente, tirando do marasmo em que se encontrava, o FM.
Com a coordenação do DJ Ricardo Guedes, a proposta desta rádio era resgatar as boas músicas, sem muito blá,blá,blá. O negócio era música boa e o estilo “Zero Talk”. Aí nem precisava de programas especiais, a programação era um verdadeiro oásis no deserto FM.
Mas novamente o oásis secou e junto foram as nossas esperanças de uma rádio com qualidade adulta, mas na linha Dance.
Até chegarmos na Energia 97, que mantém o mesmo estilo há mais de 10 anos, sem concorrência e sem o impacto daqueles tempos de ouro.

DJ Robertinho do Gallery

 

DJ Iraí Campos

 

 

10.986 – Música – Depois de Robson, foi a vez de Lincoln passar para o “andar de cima”


lincon

Lincoln Olivetti

(Nilópolis, 17 de abril de 1954 – Rio de Janeiro, 13 de janeiro de 2015)
Músico brasileiro (um dos melhores da era contemporânea) que ficou conhecido pela parceria com o guitarrista Robson Jorge.
Instrumentista, arranjador, compositor e produtor musical, Lincoln Olivetti iniciou-se na música ainda menino. Com 13 anos, já se apresentava em bailes do subúrbio com seu conjunto. Cursou as faculdades de música e engenharia eletrônica, mas não as concluiu . Em meados da década de 1970, conheceu Robson Jorge, com quem viria a manter uma grande parceria musical. Ouvintes desavisados já confundiram algumas de suas músicas (“Squash”, “Pret-à-porter”) com músicas feitas por George Benson.
Lincoln Olivetti fez arranjos para numerosos artistas: Gal Costa, Gilberto Gil, Tim Maia, Jorge Ben, Rita Lee, Roberto Carlos, Caetano Veloso, Maria Bethânia, Ângela Rô Rô, Zizi Possi, Fagner, Wando e Joanna.
Foi apelidado de “o feiticeiro dos estúdios” e “o mago do pop”. Na década de 1990, viveu um período de ostracismo, do qual saiu ao produzir discos para Lulu Santos e Ed Motta.
Lincoln Olivetti faleceu aos 60 anos, de infarto, na cidade do Rio de Janeiro.

História da Dance Music no Rádio – Quando se produziam grandes programas


Programa Discotheque
Esse foi um dos melhores do gênero, saiu do ar em 1980. Na época da explosão da Disco tinha 3 horas de duração. Depois já na última fase, diminuiu para 2 horas de duração. Era transmitido pela Rede Transamérica.

Clique no link e baixe uma edição especial do programa:

http://www.4shared.com/mp3/sInwNM1tba/Discoteque_Transamrica_-_Edita.html?

Mazzei em NYC, de lá para a Rua Augusta em Sampa
Mazzei em NYC, de lá para a Rua Augusta em Sampa

The Big Apple Show
Direto de NYC, mixado e apresentado pelo radialista e DJ Julinho Mazzei, passou por várias emissoras de rádio.
Radio Fly da Jovem Pan
Também produzido e mixado por Julinho Mazzei, já no final dos anos 80, trazia os grandes singles do mundo dances e as viradas dos melhores DJs de Sampa.

Ritmos de Boate
O programa Ritmo de Boate foi ao ar por mais de 15 anos na extinta Rádio Mundial do RJ, atual CBN. Eu conheci o programa aqui de Sampa, a rádio pegava aqui e em outros estados (fraquinho mas pegava) o sinal chegava nos estados de ES, MG e aqui.
O programa ia ao ar diariamente de segunda a domingo da meia noite a 1h (hora que a emissora saía do ar) pela rádio Mundial do Rio de Janeiro e agitou a noite dos cariocas e de cidades vizinhas de 1980 a 1995, quando a rádio foi extinta, surgindo a CBN. Com a popularização do FM e em função das limitações técnicas do AM quanto a qualidade de som, foi ficando inviável a continuidade de emissoras com programação musical na faixa AM.

House Definition de 2001
Do fundo do baú um house definition, extinto programa da Energia 97 que marcou época, mas saiu do ar um pouco antes da morte do DJ Ricardo Guedes.

Programa Night Session Edit
Esse é um dos poucos programas no ar atualmente no dial paulistano que ainda vale a pena ouvir.
Uma referência
O programa Night Sessions da Enegia 97 é uma boa referência para aqueles que querem ficar por dentro dos lançamentos da house. O time de DJs é uma verdadeira seleção.

Dancing Nights
Muita gente gravou em K7 outro programa que marcou época no Rádio brasileiro, o Dancing Night, transmitido em rede nacional pela Transamérica, plantou a semente da Disco/Dance music nas mais longínquas cidades brasileiras que só conheciam o forró e outras coisas do gênero.

Ouça e baixe trechos do programa através desse link:

http://www.4shared.com/mp3/z-ICQZVKce/DN_varios_trechos.html?

Edição Especial

http://www.4shared.com/mp3/NuA9x4SVce/Dancing_Nights_Editado.html?

10.341 – Mundo dos DJs – Conhecendo a parafernália


Por Master DJ Carlos

Master DJ Carlos
Master DJ Carlos

O equipamento básico de um disc jockey, mais conhecido como DJ, é composto de dois toca-discos e um mixer – aparelho que permite que duas músicas toquem sincronizadas. O trabalho do DJ é misturar os sons das músicas nas caixas de som, passando de uma para outra sem interromper o batidão e controlando a vibe da festa. Instrumento típico das pistas de dança, foi a pickup que tirou os DJs dos estúdios de gravação e de rádio para roubar a cena das discotecas no final da década de 1970. Com o crescimento da música eletrônica, os DJs fizeram a festa misturando estilos e pedaços de canções para criar composições próprias. Até os anos 80, a discotecagem era feita apenas com discos de vinil, mas hoje já dá para fazer barulho com CDs e até arquivos MP3.

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CDJ
Nesse aparelho, o DJ toca CDs. Como faz com o vinil, ele pode rotacionar para frente e para trás rapidamente, mandando efeitos de scratch. Além de poupar o DJ de carregar um monte de vinis – um CD pode conter MP3s com músicas de vários discos -, alguns CDJs têm entrada USB para pendrives.

Pick-up
Os aparelhos mais tradicionais da discotecagem tocam os bolachões de vinil e são ligados diretamente no mixer. Além do prato para o vinil, a pickup tem o pitch: botão deslizante que regula a velocidade do disco e permite sincronizar a música que está tocando com a que vem na sequência.

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MIXER

Serve para unir os canais de som dos toca-discos e direcionar a música para as caixas de som. O DJ escolhe o que vai tocar deslizando os botões de volume de cada canal. Para abrir o som de um ou outro aparelho – ou manter os dois sons saindo juntos -, o DJ desliza o crossfader.

Pré mixer antigo, o AP2 da Tarkus
Pré mixer antigo, o AP2 da Tarkus

DECODIFICADOR

Esta placa de som, ligada a um computador, faz o DJ tocar com arquivos digitais usando uma pickup analógica. O truque acontece com o DJ manipulando um “disco branco” – sem música gravada. As “manobras” do DJ no disco interferem no jeito como o som digital é reproduzido

CONTROLADOR

Também ligado diretamente ao computador, reproduz sons padronizados ou trechinhos de música, ou samples. Para disparar esses retalhos de som, o DJ programa um aparelho chamado pad. Cada tecla do pad dispara um sample, que é reproduzido ao vivo enquanto rola a música principal.

controladora Hércules

FONE DE OUVIDO

Para controlar a música que vai entrar, o DJ usa um fone plugado numa saída separada das que vão para as caixas. Um bom fone isola o som do ambiente e tem articulações para o DJ adaptá-lo ao ouvido

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Discotecagem deu origem a vários estilos musicais

capa

TECHNO (anos 70)

Nascido em Detroit, o techno foi criado por DJs e produtores influenciados pelo som das bandas alemãs Kraftwerk e Tangerine Dream

HIP-HOP (anos 70)
A mistura do hip-hop com outros gêneros criou bandas como Beastie Boys e Prodigy

HOUSE (final dos anos 80)
Surgido nos EUA, o house tem várias vertentes e atualmente tem forte presença francesa, representada por artistas como Daft Punk e Mr. Oizo

Garage
Garage

DRUM & BASS (anos 90)
Popularizado na Inglaterra e tocado por nomes ainda hoje de peso, como Marky e Rony Size

TRANCE (anos 90)
Som típico das raves, é representado por nomes como Paul van Dyk, Tiësto e Armin van Buuren

10.321 – Mega Sampa Vida Noturna – A Over Night está de volta


Over Night V Olímpia
Over Night V Olímpia

Quem não se lembra da badalada Over Night? Muito conhecida na década de 80 e 90, a balada de sucesso localizada na Mooca, junto com a TOCO, na Vila Matilde, e a Contra-Mão, do Tatuapé, foi uma das responsáveis pelo boom da música eletrônica na cidade de São Paulo, agora está de volta.
Famosa por criar tendências e festas Back to the Dates, a casa está sendo reconstruída pelo DJ Badinha e vem lançando diariamente teasers na rádio Energia 97 FM, porém o endereço será outro, pois o atual dono do ponto não quis negociar. Sem data definida para a reabertura, a nova Over Night funcionará na Rua Gomes de Carvalho, 799 – Vila Olímpia.
Inaugurada em 1988, pelo empresário Carmo Cunfli, e fechada em 2004, a Over Night destacou-se na época pela sua alta tecnologia de som e iluminação e pela carência de danceterias do gênero, principalmente na Zona Leste. Com capacidade para cerca de 1.300 pessoas, o clube vivia cheio.
Para quem não sabe, por lá já passaram todos os grandes DJs brasileiros, como Marky, Mau Mau, Patife, Grace Kelly Dum, Renato Lopes e o último grande residente DJ Andy, além de astros estrangeiros como Sasha e Bad Company.

10.250 – DJs do Século 21 – Tecnologia digital invade mundo dos DJs


Mix Vibe é um dos melhores softwares em matéria de qualidade de som
Mix Vibe é um dos melhores softwares em matéria de qualidade de som

A influência da música digital sobre o trabalho dos DJs, tem mudado o pensamento dos mais antigos e estabelecidos formadores de opinião no setor de música. Seria possível imaginar que os DJs, obcecados por vinil, resistiriam a substituir suas velhas bolachas por arquivos digitais. Mas a música digital não só conquistou esse espaço como se tornou parte essencial do trabalho deles.
“Todo mundo está no reino digital, agora”, disse Marlon Williams, mais conhecido no mercado como DJ Marley Marl. Williams é um artista e produtor de hip-hop que apresenta um programa semanal de rap na rádio WWPR, de Nova York, dirige a rádio online futureflavasonline.com e mantém agenda ocupada em casas noturnas.
“Assim que você baixa um MP3, pode transferí-lo ao laptop e tocá-lo na mesma noite”, diz. “Na verdade, você pode até baixar uma faixa nova lá mesmo, no clube, enquanto trabalha, e assim lançar os sons mais novos antes da concorrência.”
Mas DJs como Marl não estão apenas baixando canções como os consumidores fazem. Eles aproveitam produtos e serviços criados especialmente para aproximar DJs e a música digital.
Simplesmente baixar arquivos digitais para um laptop não ajudaria muito um DJ que não fosse capaz de manipulá-los como discos de vinil em um toca-discos. É aí que entram produtos como o Serato Scratch Live.
O Scratch Live, que chegou ao mercado em abril de 2004, abriu quase sozinho as portas do mundo digital à comunidade dos DJs, ao provar que era capaz de executar arquivos em MP3 por um disco “de vinil” especial. O disco pode servir como anfitrião para qualquer arquivo digital transferido a ele, permitindo que os DJs trabalhem com mixagens, cortes, scratches e reinícios do arquivo por meio da manipulação física do vinil.
Dizer que a mídia digital substituirá o vinil entre os DJs pode ser exagerado, pelo menos por enquanto. O vinil continua a ser a alma do trabalho deles, sua marca distintiva. Mas para DJs que viajam para tocar em outros locais do país a perspectiva de substituir suas pesadas caixas de disco por um hard drive ou até mesmo um pen drive é um argumento de vendas atraente.

10.237 – Dinossauros das Pick-ups – Larry Levan, mais que um DJ, uma lenda


Larry no Paradise
Larry no Paradise

20 de julho 1954 – 08 de novembro de 1992
Um DJ americano que fazia residência no Paradise Garage de NYC, realmente um monstro nas pick-ups. O que se viu ou se vê hoje por aí é fichinha!
Ele desenvolveu um culto de seguidores que se referiu a seus sets como “Saturday Mass “.
O influente DJ americano François Kevorkian credita Levan com a introdução do dub estética em música de dança.
Eles fizeram as primeiras experiências com baterias eletrônicas e sintetizadores em suas produções e sets ao vivo, dando início, um eletrônico pós-discoteca som que pressagiava a ascendência de house music na segunda metade dos anos 80.
Levan começou sua carreira ao lado de DJ Frankie Knuckles nas Termas Continental , como um substituto para o DJ da galeria, Nicky Siano .
Drogas e Aids destruíram a vida e a carreira dele.
Como a popularidade do Garage disparou em meados dos anos 1980, assim como muitos de seus amigos de longa data perderam suas batalhas para a AIDS, Levan se tornou cada vez mais dependente de PCP e heroína . Ele começou a abrigar-se dentro de uma comitiva de proteção de drag queens e acoolicos mais jovens. No Paradise Garage, Levan foi descrito como sendo “adorado, quase como um deus”.
Seu estilo variava de Evelyn “Champagne” King e Chaka Khan ao Kraftwerk , Manuel Göttsching. Apesar das críticas, se manteve-se na vanguarda.The Garage terminou seu funcionamento com uma festa de 48 hora de duração em setembro de 1987, semanas antes Brody morreu de complicações relacionadas com a AIDs.
Em 1991, ele foi trazido para o fim de semana para Londres por DJ Justin Berkmann a Londres para a Ministry of Sound boate, onde ele acabou ficando por 3 meses na remixagem, produzindo e ajudando a afinar o sistema de som do clube. Embora ele ainda fosse dependente de heroína, em 1992 a turnê de Levan do Japão rendeu elogios da imprensa local. Incentivado por Cheren, ele entrou na reabilitação e fez um retorno provisório para o estúdio. Ele informou sua mãe em junho de 1992 que ele tinha “vivido uma boa vida” e estava “pronto para morrer”.
Pouco depois de voltar para casa do Japão, Levan entrou voluntariamente o hospital. Ele morreu quatro dias depois, em 8 de novembro de insuficiência cardíaca causada por endocardite . Em setembro de 2004, Levan foi introduzido no Dance Music Hall of Fame por seu excelente desempenho como um DJ .

10.235 – Música Eletrônica surgiu com a Explosão dos Transístores


No início dos anos 70
O dispositivo eletrônico inventado no final da década de 50 por cientistas da Bell trouxe muitas inovações. O radinho de pilha transistorizado foi o campeão de vendas do final da década 60 e início dos anos 70, assim como são os aparelhos celulares hoje. Foi nessa época, com a chegada de novos equipamentos eletrônicos nos estúdios que surgiu um grande pioneiro:

Os pioneiros
Os pioneiros

Kraftwerk (pronúncia em alemão: [ˈkʀaftvɛɐk], usina de energia) é um influente grupo musical alemão de música eletrônica. O grupo foi formado por Ralf Hütter e Florian Schneider em 1970, em Düsseldorf e liderado por ambos até a saída de Schneider, em 2008. A formação mais conhecida, duradoura e bem sucedida foi aquela que se consolidou entre 1975 e 1987 e que incluía os percussionistas Wolfgang Flür e Karl Bartos.
Considerado por alguns como tão influentes quanto os Beatles por sua participação na música popular da segunda metade do século XX , as técnicas introduzidas e os equipamentos desenvolvidos pelo Kraftwerk são lugar-comum na músical atual e o grupo é geralmente tido como precursor de toda a dance music moderna de modo geral. Suas letras, por vezes cantadas através de um vocoder ou geradas sinteticamente, ainda que minimalistas, geralmente lidam com temas relacionados à vida urbana e à tecnologia pós-guerra.
As primeiras formações da banda, entre 1970 e 1974, eram bastante rotativas, com Hütter e Schneider trabalhando com vários outros músicos para gravar quatro álbuns e se apresentar algumas vezes. Entre os participantes destacam-se o guitarrista Michael Rother e o baterista Klaus Dinger, que deixaram a banda para formar o Neu!.
Após vários álbuns experimentais, o sucesso da banda veio em 1974 com o álbum Autobahn, e a sua faixa homônima de 22 minutos. A canção foi um hit mundial, demonstrando a grande relação da banda com sintetizadores e outros instrumentos electrónicos. Este álbum foi seguido por uma trilogia de álbuns que influenciou bastante a música popular posterior: Radio-Activity (1975), Trans-Europe Express (1977) e The Man Machine (1978).
Depois de anos sem apresentações ao vivo, os Kraftwerk iniciaram digressões novamente no final dos anos 90. Ralf queria tocar cada vez mais, mas a dificuldade em transportar os equipamentos analógicos limitou as viagens para fora da Europa. Após a saída de Flür e Bartos, vários outros músicos, como Fritz Hilpert e Henning Schmitz apareceram na formação dos Kraftwerk.

10.220 – Vida Noturna – Boate Gallery passou por reforma milionária em 2008


gallery

Reforma Milionária na lendária boate de Sampa:

The Gallery, Gallery 21, Gallery Oggi. O nome tanto faz, porque o endereço é o de sempre: Rua Haddock Lobo, 1.626 (SP), colado ao Fasano. Há 25 anos ali funciona o night club mais folclórico do Brasil. Depois de uma reforma de US$ 1 milhão e três meses, o Gallery reabriu as portas na segunda-feira 17. Na festa de reinauguração, madames chegavam de Ferrari, aspirantes a celebridades corriam atrás dos fotógrafos, camarão, champanhe à vontade… Nas picapes, muito Village People e Gloria Gaynor, os reis da disco music. E nos banheiros, caixas e caixas de Epocler. Os bons tempos estão de volta? Por “bons tempos” entenda-se anos 80, quando a nata da sociedade batia cartão na pista de dança. Do general Figueiredo ao cartola Vicente Matheus, de Hebe Camargo a Vera Fischer, de Chiquinho Scarpa a Nelson Ned. Mais Pelé, Ayrton Senna, Luiza Brunet, Tim Maia… Todo mundo ia ao Gallery. A turma do Rio chegava às sextas, e fazia o trajeto Congonhas–Jardins a bordo de uma limusine preta que os fundadores José Victor Oliva, José Pascowich e Ugo di Pace colocavam à disposição. A ponte-aérea
da volta só partia na manhã seguinte, depois de um animado
desjejum no Maksoud Plaza.

O problema é que a casa andava caidona nos últimos tempos. “A insegurança da cidade afugentou a clientela”, diz o atual proprietário Arthur Briquet, que, por causa da queda de movimento, chegou a acumular dívidas de R$ 200 mil. Dos 500 figurões de outrora, não
mais que 200 figurantes apareciam toda noite. Metade do faturamento estava vindo de eventos empresariais, casamentos, festas de debutantes, bodas de ouro e afins. Até a derradeira luta
de Maguila contra Daniel Frank, o “Touro de Carapicuíba”, foi lá. Verdadeiro fim de carreira. Nessa época menos glamourosa, o Gallery sobrevivia do nome, de uma fama que se perdeu. E antes que não
a encontre nunca mais, Briquet resolveu mudar tudo. Menos disco-
teca e mais restaurante, eis o Gallery de hoje – aliás, Gallery Oggi,
o novo nome do lugar.
A decoração impecável é de Bia Barros, ex-senhora Carlos Jereissati (Telemar) e sócia de Briquet na empreitada. Ela dividiu o espaço de 600 m2 em cinco ambientes: piano bar, terraço, enoteca com Veuve Clicquots de R$ 3,5 mil a garrafa, restaurante com trufas italianas e escargots franceses e pista de dança, agora bem reduzida. É dela também a idéia de servir almoços: R$ 39 por cabeça, no sistema de bufê. “Eu quis um preço bem acessível para atrair o público feminino”, explica Bia, que também colocou cabeleireiros e maquiadores de plantão nos banheiros. “Sempre tem alguém que precisa de um retoque de última hora”, afirma ela.
Nessa nova fase, o Gallery deixa de ser um clube exclusivo para sócios. Agora entra qualquer um – qualquer um com pelo menos R$ 90 para bancar um jantar (sem o vinho). “O sistema de sócios fazia sentido quando não existia o cartão de crédito”, conta Briquet. “Eles consumiam à vontade e no final do mês nós mandávamos a fatura. Era mais cômodo do que ficar preenchendo cheques.” Aos 45 anos, 15 à frente do Gallery, namorado de Viviane Senna, Briquet odeia badalação. Não fuma, não bebe, acorda cedo e faz ginástica todos os dias. “Meu negócio é o dia”, diz, embora já tenha sido dono de outros points famosos como Resumo da Ópera e Banana Café. Mas nenhum com histórias tão saborosas quanto o Gallery. Coisas como a tarde de sábado em que Gugu Liberato comandou um leilão de peças íntimas da atriz Matilde Mastrangi. “Foi todo mundo em cana”, relembra José Victor Oliva. Ou então o dia em que o próprio Oliva foi dar um abraço em Tony Benett e saiu com a peruca do cantor enroscada no relógio. Ou ainda a noite em que Mikhail Baryshnikov parou a pista de dança com suas piruetas tresloucadas. E Cindy Lauper, meio alta, improvisou um showzinho com play-back ao ouvir sua música nas caixas de som. Ah, se aquelas paredes falassem…

10.206 – Mundo dos DJs – Grand Master Flash X Malcom Maclaren


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Joseph Saddler (Bridgetown, 11 de janeiro de 1958), mais conhecido como Grandmaster Flash, é um músico de hip-hop e DJ. Alguns especialistas atribuem à Grandmaster Flash a invenção do ” scratch”, como Hermano Vianna cita na página 21 de seu livro ” O mundo funk carioca” : “Grandmaster Flash, talvez o mais talentoso dos discipulos do Dj Jamaicano¹, criou o “scratch”, ou seja, a utilização da agulha do toca-discos, arranhando o vinil em sentido anti-horário, como instrumento musical. Além disso, Flash entregava um microfone para que os dançarinos pudessem improvisar discursos acompanhando o ritmo da música, uma espécie de repente-eletrônico que ficou conhecido como Rap.
É possível que vários DJs tenham bolado paralelamente o scratchim, mas antes de Malcom Maclaren eu não vi ninguém fazer isso. Também discordo que Grand Master tenha sido o pioneiro do Rap. O primeiro conjunto que ouvi fazer isso foi Sugarhill Gang em 1979 com a clássica Rapers Deligh, um sumpler da Good Times do Chic.

10.170 – Música – Pet Shop Boys


É uma dupla de música pop britânica formada por Neil Francis Tennant e Christopher Sean Lowe no início dos anos 1980.
São, ao lado de outros grupos, responsáveis pela ascensão da música pop eletrônica entre meados das décadas de 80 e 90, sendo considerados, por grande parte da imprensa britânica especializada, a maior dupla de pop eletrônico devido às letras inteligentes e à ousadia de muitos de seus arranjos.
É a dupla de maior sucesso na história do Pop Inglês, com 36 músicas no top 20, 22 músicas no Top 10 e 11 álbuns top 10 na Inglaterra, atingindo vendas superiores a 100 milhões de discos no mundo inteiro. Em dezembro de 2006, o Pet Shop Boys foi indicado a 2 Grammy Awards por Best Dance Recording (I’m With Stupid) e Best Electronic/Dance Album (Fundamental – EMI).
Em Março de 2009 lançam seu mais novo álbum, chamado Yes, aclamado por público e crítica é considerado o sucessor de Very, álbum de 1993 e de maior sucesso da dupla até hoje.De Yes saíram os sucessos Love etc e Did you see me coming? (Ambas 1º lugar na billboard).
Seus maiores sucessos incluem as canções West End Girls, Domino Dancing, It’s A Sin, Always On My Mind (versão original de Elvis Presley) e Go West (versão original do Village People).
Em setembro de 2012 os Pet Shop Boys lançaram seu 11º álbum, chamado Elysium, gravado em Los Angeles. E teve como single a música Winner.Depois vieram mais dois singles a música Leaving (10ª posição na Billboard Dance) e Memory of The Future.
Em Julho de 2013 os Pet Shop Boys lançaram o 12ª álbum da carreira, chamado de Electric, com produção de Stuart Price (que já produziu álbuns para Madonna e New Order), e tem como o single a música Axis.O álbum tem recebido pela crítica internacional aclamação como um dos melhores trabalhos de toda sua carreira, segundo um crítico comentou: Com Electric, os Pet Shop Boys se sucedem espetacularmente!
Neil Francis Tennant nasceu em 1954, no dia 10 de julho, em North Shields, Inglaterra. Em 1959, quase 5 anos depois, em 4 de outubro, nascia Christopher Sean Lowe, em Blackpool, também na Inglaterra. A inclinação para a música começou cedo: Neil compunha desde os 11 anos de idade e Chris tocava trombone e piano também desde pequeno. Entre 70 e 71, Neil tocou violão e cantou numa banda folk chamada Dust. Em 72, mudou-se para Londres para estudar história na Polytechnic of North London. Começou a trabalhar como editor correspondente da Marvel Comics, passando por outras duas editoras e finalmente foi parar na revista Smash Hits, especializada em música pop. Chris chegou a ser tecladista numa banda heavy chamada Stallion, na escola onde estudava. Na mesma escola fazia parte da orquestra tocando trombone, além de ser um dos 7 integrantes de uma banda de jazz local: One Under The Eight. Em 78 foi estudar Arquitetura na Liverpool University. Os dois se conheceram em 81, numa loja de discos de King’s Road – Neil já trabalhava como crítico musical e Chris estagiava como arquiteto. De um simples bate-papo sobre gostos musicais surgiram os Pet Shop Boys. No início eles se denominaram West End (região da cidade de Londres), mas depois adotaram definitivamente o nome “Pet Shop Boys” por causa de uns amigos de Chris que trabalhavam numa loja de animais de estimação (Pet Shop).

Go West foi lançada como single em 6 de Setembro de 1993, embora seja um cover do grupo Village People. Foi tocado pela primeira vez pelos Pet Shop Boys no club The Haçienda, um ano antes. A ideia do cover Go West partiu de Chris Lowe (tecladista dos Pet Shop Boys). Ele estava em seu apartamento tocando, como algumas vezes faz, o álbum Greatest Hits do Village People, quando pensou que Go West seria uma ótima música a ser tocada, uma música sobre idealizações que, cantada por Neil Tennant (vocalista dos Pet Shop Boys) soaria esperançosa, já que a letra é muito inspiradora mas parece que o objetivo nunca é alcançado. O vídeo, com cenas na Praça Vermelha de Moscou, cativa um lado que faz lembrar a Guerra Fria, com os Pet Shop Boys fantasiados, Neil de Azul e Chris de Amarelo, ambos com “capacetes” azul e amarelo na cabeça.
A dupla se apresentou ao vivo no Brasil em várias ocasiões.
A primeira vez foi em 1994, quando realizou shows no Rio de Janeiro, depois em São Paulo pela Discovery Tour.
Musicalmente, a dupla mostrou influências assumidamente brasileiras no álbum Bilingual, de 1996, álbum imediatamente posterior à primeira passagem pelo Brasil, onde utilizaram um excerto da obra da artista Astrud Gilberto e sons de percussão semelhante ao grupo Olodum. As influências mais explícitas estão na música Se a vida é, do mesmo álbum.
Voltaram somente em 2004, apresentando-se apenas uma vez, no TIM Festival, que aconteceu em São Paulo.
Em 2007 estiveram em São Paulo, nos 16 e 17 de março de 2007, apresentando-se no Credicard Hall. Na mesma época passaram pelo Rio de Janeiro, Porto Alegre e Belo Horizonte.
Em Outubro de 2009, pela turnê Pandemonium, apresentaram-se em São Paulo, Rio de Janeiro, Belo Horizonte e, pela primeira vez, em Brasília.
Retornaram em 2010 para tocar num evento fechado de operadora de TV.
Em Maio de 2013 apresentaram o seu novo álbum Elysium no Sónar 2013 (Festival de Música Avançada e New Art Media) em São Paulo.

10.138 – História da Discoteca – Love is in the air, na mesma época, 2 versões


jean paul young

Por Master DJ Carlos

Em meados de 1978, John Paul Young (Glasgow, Escócia, 21 de junho de 1950), lançou o single “Love is in the Air”, que se tornou seu único sucesso a nível mundial durante o ano de 1978, atingindo o número 2 na parada australiana, 7 na parada americana e 5 no Reino Unido.
Poucos meses depois, Martin Stevens, então vocalista da dupla ‘The Raes”, lançava a sua versão de Love is in the air, muito parecida, com um instrumental mais rico, porém e uma melodia levemente “melodramática”. Esta versão foi a preferida dos DJs, sendo a mais tocada nas casas noturnas, já a versão de John Paul Young, tocou mais na mídia convencional, rádio e televisão. Confira as duas versões aqui no ☻ Mega.

9587 – História da Discoteca – Sevilla Nights, a injustiçada de Santa Esmeralda


sevilla nights

Por Master DJ Carlos, exclusivo para o ☻ Mega Arquivo

A consagrada banda disco Santa Esmeralda, que emplacou com a estouradíssima clássica Dont let me be misunderstand e na sequência o remake disco de The House of te Rising Sun, um discreto sucesso com o álbum The Wages of Sin; teve um single realmente muito bem elaborado e que lembra seu primeiro sucesso, mas que não colou aqui no Brasil, sendo tocado umas poucas vezes nas FMs paulistanas. Se você nunca ouviu Sevilla Nights, confira agora, ou relembre se você já conhece:

9573 – História da Discoteca – The Tramps


the tramps

Os The Trammps são uma banda americana de soul, da Filadélfia, e foram uma das primeiras bandas de discoteca.
Primeiro grande sucesso da banda foi com o 1972 versão cover de “Zing! Fui Strings of My Heart”. A primeira faixa do disco que lançou foi “Love Epidemic”, em 1973. No entanto, eles são mais conhecidos por sua música Grammy, “Disco Inferno”, originalmente lançado em 1976, tornando-se um hit pop do Reino Unido e EUA R & B hit, em seguida, re-lançado em 1978 e se tornar um hit pop dos EUA. Tema também do famoso filme de John travolta “Os Embalos de Sábado à Noite”.
Seu single ” Disco Inferno ” (1976) , que foi incluído no Prêmio Grammy Saturday Night Fever trilha sonora em 1977, alcançou # 11 na Billboard Hot 100 em maio de 1978. Outros grandes sucessos incluem “Hold Back the Night” ( 1975). No final de 1977 , os Trammps lançou a música ” A Noite das Luzes se Apagaram ” para comemorar o apagão elétrico que atingiu Nova York em 13 de julho de 1977.

Sua canção assinatura, ” Disco Inferno ” , foi regravada por Tina Turner e Cyndi Lauper . Além disso, Graham Parker coberto “Hold Back The Night” no ” The Pink Parker EP” em 1977, e alcançou a posição # 20 no UK Singles Chart, e Top 60 nos EUA.
Em 19 de setembro de 2005, do grupo ” Disco Inferno ” foi introduzido no Dance Music Hall of Fame em cerimônia realizada em Nova York.
Em 8 de março de 2012, o vocalista Jimmy Ellis morreu em uma casa de repouso em Rock Hill, Carolina do Sul, com a idade de 74. A causa da morte não foi imediatamente conhecida, mas ele sofria de doença de Alzheimer.

9129 – Vida Noturna Paulistana – A Toco Dance Club


Toco

Foi uma tradicional casa noturna paulistana. Ela abriu suas portas em 1972 e encerrou as atividades em 1997. Era localizada na zona leste de São Paulo e tinha capacidade para mais de quatro mil pessoas. Seu sistema de som e luzes era referência incontestável.
A Toco encabeça o que pode ser considerado como uma espécie de tríade de inesquecíveis danceterias paulistas ao lado de Overnight e Contra Mão. De tão queridas, várias festas em homenagem às três casas já extintas foram realizadas nos anos 2000 e continuam.
Desde o final dos anos 90, com o fechamento da casa, o imóvel de número 509 da rua Dona Matilde, no bairro de Vila Matilde, dá lugar a um bingo. Na noite do dia 23 de junho de 2007 uma festa marcou a re-inauguração da casa noturna, agora com o nome de Espaço Datoko. Segundo organizadores, com a casa lotada, mais de mil pessoas ficaram de fora da festa.

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O estilo musical predominante nas pistas de dança da Toco era a música eletrônica. No entanto, por ter existido durante 30 anos, os frequentadores puderam acompanhar diversas transformações do gênero, desde a disco music até o drum and bass. As festas, discos e programas de rádio que relembram a época denominam o estilo simplesmente como flash house.
Incontáveis DJs nacionais e internacionais passaram pelas pickups da Toco. Os residentes mais famosos foram Vadão e Ricardo Crunfli. Vale destacar a presença constante dos DJs Iraí Campos, Barney, Andy, Ricardo Guedes, Badinha e Grace Kelly Dum.
A casa noturna foi a responsável pelos shows no Brasil das bandas Information Society, A-Ha, KC and the Sunshine Band, Queen, Technotronic e muitas outras. Dada a grande demanda, certas apresentações foram realizadas em outros espaços, como estádios de futebol e praças públicas.Algum tempo depois a casa foi fechada novamente.
A partir de 2012 o prédio onde a danceteria toco que, durante muitos anos foi sucesso, passou a ser uma igreja evangélica “IGREJA VERBO DA VIDA”, liderada pelo pastor e músico Eliezer Rodrigues.
Antes de ganhar fama mundial, o DJ Marky, então chamado Marky Mark, tocava na pista alternativa da Toco – que comportava um público menor que a pista principal. Nos primeiros anos de carreira Marky tocava techno. Aos poucos, em sintonia com a vanguarda da música eletrônica, passou a tocar jungle, estilo precursor do que veio a ser conhecido como drum and bass. Assim, não é exagero dizer que os frequentadores da Toco acompanharam de perto o surgimento de um estilo totalmente novo na história da música.
Um DVD lançado em 2005 pela gravadora Fieldzz celebra as três décadas de funcionamento da casa. Nele há clássicos que marcaram época, como Move This, do Technotronic; No Limit, do 2 Unlimited e Rhythm Is a Dancer, do Snap. Um clássico da casa que não está no disco é Head Hunter, do grupo Front 242.
O DVD Toco – The History foi lançado em uma festa no dia 8 de outubro de 2005 no Espaço das Américas e contou com show do grupo Technotronic.

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7883 – História da Música Eletrônica – A Batida House


Djae

O elemento comum de quase toda a house music é uma batida 4/4 gerada numa bateria eletrônica, completada com uma sólida (muitas vezes também gerada eletronicamente) linha de baixo e, em muitos casos, acréscimos de “samplers”, ou pequenas porções de voz ou de instrumentos de outras músicas. Representa, de certa forma, também uma evolução da disco music dos anos 70. A maioria dos projetos (desenvolvidos por DJs e produtores) e grupos de house music têm como origem a Itália, a Alemanha, a Bélgica, além dos Estados Unidos e Reino Unido.

Basement Jaxx – Kish Kash (XL) Importado
Não se deixe enganar pela primeira audição. O que parece apenas uma tentativa de requentar a fórmula de “Rooty” revela-se, aos poucos, um intricado mosaico de groove, complexo o suficiente para desorientar o ouvinte. “Kish Kash” desvenda uma dimensão que o álbum anterior apenas sugeria. E essa nova dimensão reverbera numa maturidade dance rara nestes dias de superstars DJs. Os vocalistas convidados mostram a amplitude da dupla: o enfant terrible do hip hop inglês, Dizzee Rascal, a soul woman Me·Shell NdegeOcello, o ·N Sync JC Chasez e a irmã morte Siouxsie Sioux. No caldeirão polirrítmico, scratches, baixos emborrachados, freakolândia sampleada e talvez as batidas mais irresistíveis de 2003.
Vista Le Vie – Don·t (F Communications) Importado
A dupla francesa Max e Gilles, aka Vista Le Vie, é a nova aposta do selo de Laurent Garnier. O duo não se contenta em fazer apenas house, apesar do gênero funcionar como guia condutor no disco – na verdade, um EP, com seis músicas. O Vista Le Vie funde um pouco de dub, timbres de piano Rhodes, guitarras retrôs e baixo acústico para criar uma espécie de ambient house com bastante personalidade. Ainda podem soar um pouco perdidos e atirando pra muitos lados ao mesmo tempo. Mas tem futuro, é claro.
Junkie XL – A Broadcast From The Computer Hell Cabin (Sum) Nacional
Tom Holkenborg, o holandês do projeto Junkie XL, parece ter achado a mina do ouro: dar vida aos mortos. Depois de Elvis, Peter Tosh volta a cantar no ragga “Don’t Wake Up Policeman”. JXL também ressuscita gente que estava no limbo, como Terry Hall (The Specials), Robert Smith (The Cure), Gary Numan e até Dave Gahan (Depeche Mode). Todas as faixas trazem a herança de seus convidados especias, o que deixa o disco sem personalidade. Talvez por isso haja um CD bônus, no qual Holkenborg mostra suas produções solo…
I:Cube – 3 (Versatille) Importado
Nem só de loops de disco coados no filtro vive a música eletrônica francesa. Ainda bem. Nicolas Chaix já tem uma série de bons serviços prestados ao dub eletrônico. Neste disco, ele continua pisando fundo no grave, mas pensando na pista, como em “Vacuum Jackers” e “Fabu”. Tem até um ensaio hip house com a participação de RZA, o cérebro do Wu Tang Clan. Shake “le” ass.