11.238 – Físico quer construir máquina do tempo para reencontrar pai morto há 60 anos


Um professor e físico da Universidade de Connecticut, nos Estados Unidos, quer construir uma máquina do tempo para reencontrar seu pai morto há quase 60 anos. “Toda a minha existência e quem eu sou é devido à morte de meu pai”, explica Ron Mallet, de 69 anos,”fiz uma promessa a mim mesmo de que vou descobrir como modificar o tempo usando como base o trabalho de Einstein”.
Mallet dedicou boa parte de sua vida estudando o tempo e o espaço e desenvolvendo equações derivadas das leis criadas por Albert Einstein. Agora, o físico quer arrecadar US$ 250.000 (cerca de R$ 810 mil) para realizar um estudo que mostra que é possível viajar no tempo com uma máquina. Um dos amigos do físico, Chandra Roychoudhuri, está desenvolvendo protótipos baseados em sua teoria. O modelo atual consiste em uma máquina com anéis de laser verde-incandescentes que circulam dentro de um tubo de vidro.
Teoricamente possível
Einstein afirma que se o espaço pode ser torcido, então o tempo também pode, formando uma série de loops. Assim, ele deixa de ser linear e se torna uma estrada circular que pode ser percorrida em ambos os sentidos, passado e futuro. “Pense em uma xícara de café. O café representa o espaço vazio. A colher é o laser que agita o espaço. A queda de um grão de café (ou nêutron) na xícara vai criar redemoinhos no vórtice de café. Um turbilhão intenso pode criar torções espaço e tempo voltas e voltas sobre si mesmo”, explica Mallet.
O físico diz que manteve seu trabalho em segredo durante anos por ter certeza que os colegas de profissão o achariam doido. Em 2001, depois de publicar sua equação (“sair do armário”, segundo ele), Mallet recebeu o apoio de diversos cientistas renomados, como Kip Thorne, um dos físicos mais famosos da atualidade.
Em 2015, ano em que a teoria de Einstein completa 100 anos, Ron Mallet espera arrecadar dinheiro o suficiente para colocar sua ideia em prática.

11.237 – Em 30-03-1853, nasceu o Homem que Pintaria o 7


O Homem que Pintou o 7
O Homem que Pintou o 7

Figura destacada do pós-impressionismo, o pintor holandês Vincent Willem Van Gogh nascia no dia 30 de março de 1853, em Zundert, na Holanda. Ele chegou a pintar 900 quadros (27 deles autorretratos) e 1.600 desenhos. Produziu todo o seu trabalho (cerca de 910 pinturas e 1100 desenhos) durante um período de somente 10 anos (1880-1890) até que sucumbiu à doença mental (possivelmente um transtorno bipolar ou uma síndrome de epilepsia).
As desordens mentais, o comportamento agressivo e solitário e as frustrações amorosas levaram-no ao suicídio com um tiro no estômago, aos 37 anos, justamente quando acabava de pintar sua última obra “Campo de Trigo com Corvos” em 27 de julho de 1890. Ele morreu dois dias depois.
A influência do artista no pós-impressionismo, no expressionismo e no princípio da arte abstrata foi enorme, e pode ser notada ainda em muitos outros aspectos da arte do século XX. O Museu Van Gogh em Amsterdã dedica-se a exibir o trabalho do pintor e de seus contemporâneos. Entre suas obras encontram-se: A Colheita (1888), The White Orchard, (1888), O Quarto (1888), A Ponte de Langlois (1888), A Casa Amarela (1888), Noite Estrelada (1889), Girassóis (1888) e Lírios (1890).
Vincent Willem van Gogh era filho de Theodorus van Gogh, um pastor local, e de Anna Cornelia Carbentus, uma artista temperamental cujo amor pela natureza, desenho e aquarela foi transferido para seu filho.
Aos 15 anos, a família de van Gogh passou por dificuldades financeiras, e ele foi forçado a deixar a escola. Conseguiu um emprego em uma empresa de arte do seu tio. Nesta época, van Gogh era fluente em francês, alemão e inglês, bem como em seu idioma nativo, o holandês.
Em junho de 1873, van Gogh foi transferido para a Galeria Groupil em Londres. Lá, ficou apaixononado pela cultura inglesa. Ele visitava galerias de arte em seu tempo livre e também se tornou fã de Charles Dickens e George Eliot. Ele ainda se apaixonou pela filha da dona da casa que alugava, Eugénie Loyer. Quando ela rejeitou sua proposta de casamento e van Gogh sofreu terrivelmente.
Van Gogh, em seguida, deu aulas em uma uma escola para meninos metodistas, e também pregou para a congregação. Na esperança de se tornar um pastor, ele se preparava para fazer o exame de entrada para a Escola de Teologia, em Amsterdã. Depois de um ano de estudo, ele se recusou a fazer os exames em latim, pois dizia ser uma “língua morta” de pessoas pobres. Ele não foi aceito na escola.
Em 1880, van Gogh decidiu se mudar para Bruxelas e se tornar um artista. Embora ele não tivesse treinamento formal de arte, seu irmão mais novo, Theo, que trabalhava como comerciante de arte, se ofereceu para apoiar van Gogh financeiramente.
Van Gogh tinha uma vida amorosa catastrófica e era atraído por mulheres problemáticas. O caso mais emblemático foi sua paixão por Clasina Maria Hoornik, uma prostituta alcoólatra. Ela se tornou sua companheira, amante e modelo.
Quando Hoornik voltou para a prostituição, van Gogh ficou totalmente deprimido. Em 1882, sua família ameaçou cortar o seu dinheiro, a menos que ele deixasse a namorada e Haia. Em meados de setembro, ele viajou para Drenthe, um distrito pouco habitado na Holanda. Pelas próximas seis semanas, ele viveu uma vida nômade, enquanto desenhava e pintava a paisagem e seu povo.
A arte de Van Gogh o ajudou a conquistar o equilíbrio emocional. Em 1885, ele começou a trabalhar no que é considerada a sua primeira obra-prima, “Comedores da Batata”. Van Gogh decidiu se mudar para Paris, em 1886, e ficou na casa de seu irmão Theo.
Em Paris, van Gogh viu pela primeira vez a arte impressionista, e ele foi inspirado pela cor e luz. Começou a estudar com Henri de Toulouse-Lautrec, Pissarro e outros. Para ECONOMIZAR dinheiro, ele e seus amigos posavam uns para os outros em vez de contratar modelos. Van Gogh era apaixonado e discutia muito com outros pintores sobre suas obras.
Van Gogh tornou-se influenciado pela arte japonesa e começou a estudar filosofia oriental para aprimorar sua arte e vida. Ele sonhava em viajar para lá, mas Toulouse-Lautrec lhe disse que a luz na vila de Arles era como a luz no Japão. Em fevereiro de 1888, van Gogh embarcou em um trem para o sul da França.

Perdendo a orelha
le mudou-se para a “pequena casa amarela” e gastou seu dinheiro em pintura, em vez de alimentos. Ele vivia de café, pão e absinto e estava se sentindo doente e esquisito. Em pouco tempo, tornou-se evidente que, além de sofrer fisicamente, a sua saúde psicológica estava em declínio; nesta época, teria tomado solvente e comido pintura.
Theo estava preocupado, e ofereceu dinheiro a Paul Gauguin para vigiar van Gogh em Arles. Quase um mês depois, van Gogh e Gauguin discutiam constantemente, e, uma noite, Gauguin saiu. Van Gogh o seguiu, e quando Gauguin se virou, ele viu van Gogh segurando uma navalha na mão. Horas mais tarde, van Gogh foi para o bordel local e pagou por uma prostituta chamada Rachel. Com sangue escorrendo de sua mão, ele ofereceu-lhe a orelha, pedindo-lhe para “manter este objeto com cuidado.” A polícia o encontrou em seu quarto na manhã seguinte e ele foi levado ao hospital Hôtel-Dieu. Theo chegou no dia de Natal para ver van Gogh, que estava fraco pela perda de sangue e tendo convulsões violentas.
Os médicos asseguraram a Theo que seu irmão iria sobreviver e receberia cuidados. No dia 7 de janeiro de 1889, van Gogh foi liberado do hospital. Ele estava sozinho e deprimido. Passou a ser dedicar à pintura da natureza, mas não conseguiu encontrar paz e foi internado novamente. Ele iria pintar na casa amarela durante o dia e retornar ao hospital durante a noite.
Além disso, o povo de Arles assinou uma petição dizendo que van Gogh era perigoso. Ele decidiu se mudar para um asilo em Saint-Paul-de-Mausole, em Saint-Rémy-de-Provence. Em 8 de maio de 1889, ele começou a pintar nos jardins do hospital. Em novembro de 1889, foi convidado para expor suas pinturas em Bruxelas. Ele enviou seis pinturas, incluindo “Íris” e “Starry Night”.

Morte
Em 31 de janeiro de 1890, a esposa de Theo, Johanna, deu à luz um menino e nomeou-o van Gogh. Nesta época, o Dr. Paul Gachet, que morava em Auvers, cerca de 20 quilômetros ao norte de Paris, concordou em ter van Gogh como seu paciente. O pintor se mudou para Auvers e alugou um quarto. Em maio de 1890, Theo e sua família visitaram van Gogh, que foi aconselhado pelo irmão a ser mais rigoroso com suas finanças. Van Gogh ficou abalado com o seu futuro, pensando que Theo não estava mais interessado em vender sua arte.
Em 27 de julho de 1890, van Gogh saiu para pintar pela manhã, como de costume, mas ele neste dia levou uma pistola carregada. Ele deu um tiro no peito, mas a bala não o matou. Ele foi encontrado sangrando em seu quarto. Van Gogh foi levado para um hospital próximo, e os médicos o encontraram sentado na cama e fumando um cachimbo. Van Gogh e seu irmão passaram o tempo conversando, até que van Gogh pediu a Theo para levá-lo para casa. Em 29 de julho de 1890, Vincent van Gogh morreu nos braços de seu irmão, aos 37 anos.
Theo, que sofria de sífilis e abalado pela morte de seu irmão, morreu seis meses depois. Ele foi enterrado em Utrecht, mas, em 1914, sua mulher transferiu o corpo para para o cemitério Auvers, ao lado de van Gogh.
Reconhecimento
Johanna em seguida, recolheu muitas das pinturas de Van Gogh, mas descobriu que muitas delas foram destruídas ou perdidas. A própria mãe de van Gogh jogou fora vários caixotes cheios de obras. Em 17 de março de 1901, 71 das pinturas de Van Gogh foram exibidas em Paris, e, posteriormente, sua fama cresceu enormemente. Sua mãe viveu o suficiente para ver seu filho saudado como um artista e um gênio.
Hoje, Vincent van Gogh é considerado o maior pintor holandês depois de Rembrandt. Várias de suas pinturas estão entre as mais caras do mundo.

11.236 – Biologia – Desvantagem na Beleza (?)


Pesquisadores da Universidade da Carolina do Norte, nos EUA, analisaram uma série de estudos relacionados ao efeito da beleza física na vida social e chegaram a uma conclusão surpreendente. Apesar de reconhecerem que, inconscientemente, a atração física é associada à inteligência ou ao sucesso, eles encontraram inúmeras desvantagens para as pessoas bonitas.
Esse padrão é mais comum para mulheres, que poderiam se achar menos aptas para cargos de maior responsabilidade e autoridade pelo fato de serem belas. Ainda na área do trabalho, costuma ser conflituoso, durante o recrutamento, se o entrevistador considerar o candidato como mais atraente que ele, o que acabaria trazendo dificuldades em conseguir a vaga para os mais bonitos. Os pesquisadores retomaram um estudo de 1975, segundo o qual as pessoas tendem a se distanciar mais ao cruzar com uma mulher atraente do que com uma menos atraente.
É a ambivalência de uma virtude: apesar de transmitir poder, também faz com que os demais sintam que não podem se aproximar. E isso acontece de tal maneira que, de acordo com um estudo baseado em dados de um portal de encontros na internet, há quem se sinta intimidado pela beleza; por isso, prefere pessoas “menos perfeitas”.

11.235 – Titã, a lua de Saturno, pode abrigar um tipo diferente de vida


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Quando pensamos na possibilidade de vida fora da Terra, frequentemente nos atemos à ideia de uma vida idêntica à de nosso planeta, baseada na existência de água… No entanto, pode haver outro tipo de vida, com outros fundamentos químicos.
Um grupo de cientistas da Universidade de Cornell, em Ithaca, nos EUA, teve como estímulo e inspiração um texto escrito por Isaac Asimov em 1962, “Not as We Know It” (Não é Como Imaginamos), para pensar uma vida diferente da que conhecemos, em um lugar distante. Em Titã, a lua de Saturno, é possível a existência, de acordo com eles, de células baseadas em metano, que não necessitam de oxigênio, mas que metabolizam e se reproduzem; ou seja, vivem à sua maneira. Essa membrana celular poderia conter pequenas composições de azoto e seriam capazes de sobreviver a temperaturas de metano líquido de 292ºC abaixo de zero.
Dessa forma, enquanto os astrônomos procuram vida extraterrestre na zona habitável das estrelas (onde pode existir água líquida), essa nova e surpreendente teoria propõe encontrá-la de outra forma, com a presença de células baseadas não em água, mas no metano. Depois de descobrir o composto mais perfeito dos existentes na atmosfera de Titã (o azotosome acrilonitrilo), os especialistas têm, agora, que demonstrar como essas células se comportariam no ambiente do metano – talvez de forma análoga à reprodução e ao metabolismo.

11.234 – Cientistas descobrem como adicionar visão noturna em olhos humanos


Os animais de estimação são incríveis. Entre as muitas habilidades que eles têm, que nós humanos (ainda) não temos, está a visão noturna. Imagine enxergar tudo mesmo com a ausência de luz – essencial para visão. A verdade é que é uma questão de tempo até os seres humanos adquirirem essa habilidade restrita apenas a alguns animais. E não estamos falando dos tradicionais óculos com infravermelho.
Pesquisadores bioquímicos americanos descobriram como adicionar visão noturna em olhos humanos. O que permite enxergar até 50 metros na escuridão total por várias horas. A chave é uma substância natural, sensível à luz, chamada Clorina E6 (CE6), derivada de criaturas do mar e já utilizada no tratamento de câncer. Agora foi descoberto que a CE6 também tem propriedades que podem ser úteis em tratamentos oftalmológicos.
A teoria da visão noturna está em uma patente de 2012. Segundo o documento, quando uma mistura de CE6, insulina e soro fisiológico é injetada em olhos humanos, a retina é capaz de absorver os elementos e aumentar a capacidade de visão noturna. A prática foi exercida pela equipe do Science for the Masses, que resolveu agir e enfim adicionou visão noturna em olhos humanos.
A cobaia foi Gabriel Licina. Depois de adicionarem a mistura nos olhos de Licina, tiveram que colocar uma lentes pretas para reduzir o impacto da luz. A capacidade de visão noturna aumenta de acordo com o aumento da sensibilidade à luz.
Foram injetados 50ml da substância em cada olho de Licina, que realmente adquiriu visão noturna, mas apenas por 20 dias, sem efeito colateral. Vale lembrar que esse foi apenas o primeiro teste em humanos e que ainda faltam muitos estudos sobre o assunto.

11.233 – Medicina – EUA restrigem uso de testosterona para combater envelhecimento


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Homens não devem usar testosterona, a menos que haja comprovação por exames de que os níveis do hormônio estejam realmente baixos.
O alerta é da FDA (agência que regula alimentos e remédios nos EUA), que no início no mês emitiu orientações sobre o uso de produtos à base do hormônio e chamou atenção para o aumento de riscos, como infarto e derrame (AVC).
Desde 2001, receitas de testosterona a homens americanos mais do que triplicaram –1,7 milhão têm usado os suplementos hormonais.
Na TV, anúncios mostram bonitões de meia idade cansados e sem desejo sexual, e atribuem os sintomas a uma nova “doença”: “Baixa T” ou baixos níveis de testosterona.
Em menor escala, o Brasil segue caminho parecido. A venda de remédios com testosterona subiram 28% entre 2011 e 2014 (até fevereiro)–de 1,85 milhão de unidades para 2,32 milhões, segundo dados da IMS Health.
Endocrinologistas e geriatras dizem que o maior consumo tem sido nas terapias “antienvelhecimento”, para as quais não há evidência de benefício, segundo a FDA.
Para a agência, a prescrição só deve ser feita a homens com hipogonadismo, situação que leva os testículos a não produzirem o hormônio em níveis adequados.
Ao menos duas sociedades médicas brasileiras, a de geriatria e a de endocrinologia, endossam o alerta da FDA.
Segundo o médico Rubens de Fraga Júnior, conselheiro da sociedade de geriatria, uma minoria (0,5%) dos homens é portadora de hipogonadismo e pode necessitar de reposição com testosterona.
Em 90% dos homens, o processo de envelhecimento levará a uma diminuição gradual da testosterona, mas nem por isso haverá sintomas.
Nos EUA, por determinação da FDA, fabricantes de produtos de testosterona (como desodorantes e adesivos) terão que deixar claro nos rótulos os usos aprovados e os riscos cardiovasculares associados ao hormônio.
No Brasil, a Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) estuda alterar a forma de prescrição da testosterona. Uma ideia será só permitir a venda com numeração fornecida pela vigilância local para cada receituário, mas isso ainda deverá passar por consulta pública.

11.232 – Aniversário da cidade de Porto Alegre – 26 de março de 1772


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Nesse dia, era fundada a cidade de Porto Alegre, capital do Rio Grande do Sul. Localizada na margem esquerda do Rio Guaíba, a capital gaúcha é destaque nacional por sua qualidade de vida e aparece no relatório da ONU de 1998, com o melhor Índice de Desenvolvimento Humano (IDH) entre as metrópoles do país com mais de 500 mil habitantes. A cidade também é destaque por ter sido pioneira na implantação dos Conselhos Tutelares e o Estatuto da Criança e do Adolescente. O modelo adotado pela cidade para a realização de coleta seletiva de lixo é exemplo dentro e fora do Brasil. A população da cidade é composta por descendentes de 25 etnias e sua padroeira é Nossa Senhora dos Navegantes.

11.231 – Saúde – Angelina Jolie acertou ao retirar os ovários e as trompas?


Angelina: difícil decisão
Angelina: difícil decisão

Especialistas em oncologia aprovaram a decisão da atriz Angelina Jolie de retirar os ovários e as trompas de falópio como forma de prevenir o câncer no órgão. Há quase dois anos, a atriz anunciou que retirou e reconstruiu os seios para reduzir o risco de câncer de mama.
Angelina tem histórico de câncer de ovário na família: sua mãe e sua avó morreram em decorrência deste tumor. Em 2013, um teste genético apontou que a atriz corria alto risco de seguir pelo mesmo caminho. Portadora de uma mutação no gene BRCA1, sua probabilidade de desenvolver câncer de ovário era de 50% e o de mama, de 87%. A partir da retirada dos órgãos, o risco caiu 90%.
A oncologista Maria Isabel Achatz, diretora de Oncogenética do A.C.Camargo Câncer Center explica que, para as portadoras da mutação, a retirada dos seios não é necessariamente recomendada pelos médicos. “O rastreamento do câncer de mama é facilmente feito por mamografia e ressonância magnética. Uma mulher pode fazer os exames periodicamente, sem precisar remover os seios”.
Para a prevenção do câncer de ovário os médicos recomendam a retirada preventiva dos ovários e trompas. “Não existe um exame de rastreamento eficaz desse tumor, de modo que ele costuma ser diagnosticado em estágio avançado, quando a chance de cura é pequena.”
No artigo intitulado Angelina Jolie Pitt: diário de uma operação, a atriz explica que decidiu retirar os ovários depois de exames de rotina apontarem alterações em marcadores inflamatórios que podem indicar a atividade de um tumor. “[A retirada dos ovários] é uma operação menos complexa que a mastectomia, mas seus efeitos são mais severos. Ela coloca a mulher em uma menopausa forçada”.
Angelina relata que está tomando hormônios para minimizar os sintomas da menopausa causada pela operação, como ondas de calor, oscilação de humor, ressecamento vaginal e diminuição da elasticidade da pele. De acordo com Maria Isabel, a reposição hormonal só é recomendável para mulheres que não tiveram tumor de mama diagnosticado antes da operação nos ovários.
O teste genético que detecta a mutação nos genes BRCA1 e BRCA2 custa no Brasil, em média, 5.000 reais, e não é oferecido pelo Sistema Único de Saúde. A boa notícia é que uma resolução da Agência Nacional de Saúde (ANS) obriga os planos de saúde a pagarem pelo teste em casos como o de mulheres com câncer de mama diagnosticado e que apresentem dois parentes de 1º ou 2º graus do mesmo lado da família com diagnóstico de câncer de mama abaixo de 50 anos.
O câncer de ovário é conhecido como a ovelha negra dos tumores na mulher em função da ausência de sintomas nos estágios iniciais e da falta de métodos eficazes de rastreamento. As causas que levam ao desenvolvimento deste tumor também são pouco conhecidas na maioria dos casos.
O diagnóstico é tardio na maioria dos casos e, por isso, o índice de mortalidade é alto. Segundo um levantamento do A.C. Camargo Câncer Center, 6 entre 10 pacientes morrem em menos de 5 anos após o tratamento. Para 2015, o Instituto Nacional do Câncer (INCA) estimou 5.680 novos casos deste tumor no Brasil.

11.230 – Tecnologia – Congresso aprova lei que acelera instalação de antenas de telefonia


Mais Antenas e Menos Burocracia

Foi aprovada no Congresso Nacional a Lei Geral das Antenas, nova regulamentação aguardada pelo setor de comunicações desde 2012, quando foi proposto. O texto agora vai para aprovação da presidenta Dilma Rousseff.
A legislação tem como objetivo e agilizar a burocracia por trás da instalação de antenas de telecomunicações, criando regras que determinam como é o processo de licenciamento e o que deve ser observado em relação a preservação de patrimônios históricos e paisagísticos, a saúde da população e do meio ambiente.
Segundo o Sinditelebrasil, sindicato que representa as operadoras de telefonias nacionais, a legislação é fundamental para simplifciar e unificar as orientações. Estima-se que havia cerca de 270 leis municipais diferentes para determinar áreas onde era permitido instalar antenas.
As empresas explicam que a nova lei, por facilitar a instalação de antenas, pode ajudar a ampliação da área de cobertura e fortalecer o sinal de telefonia e Internet móvel no país já que padroniza as exigências feitas, permitindo melhoria de infraestrutura.
O texto também prevê que estados e municípios tenham um prazo pré-determinado de 60 dias para analisar e aprovar projetos de instalações de antenas. Depois do limite, a Anatel terá a obrigação de analisá-los, mas não poderá vetá-los, determinando apenas os ajustes que devem ser feitos.

11.229 – Curiosity encontra nitrogênio, essencial à vida, em Marte


Robô Curiosity
Robô Curiosity

O veículo Curiosity, da Nasa, descobriu na superfície de Marte evidências de nitrogênio, elemento químico essencial para a vida, em sua forma mais amigável à atividade biológica: a dos nitratos. O robô já havia encontrado no planeta rastros de outros ingredientes necessários à vida, como água em estado líquido e matéria orgânica, no local conhecido como Cratera Gale.
O nitrogênio é fundamental para as formas de vida conhecidas porque é um dos blocos de construção das moléculas de DNA e RNA, que armazenam toda informação genética. O elemento pode ser comumente encontrado na forma de gás de dióxido de nitrogênio, mas, dessa forma, não reage facilmente com outros átomos. Já o nitrogênio fixado nos nitratos pode se ligar mais facilmente a outros elementos e, assim, ser aproveitado em processos orgânicos.
No entanto, não há nenhuma evidência de que as moléculas encontradas pela equipe da Nasa tenham sido sintetizadas por algum organismo. Em vez disso, a equipe de pesquisa acha que os nitratos são resultado de impactos de meteoritos, raios e outros processos não-biológicos.
O veículo Curiosity está atualmente ao pé do Monte Sharp, uma montanha de 5.500 metros, formada por camadas sedimentares. Em dezembro, o robô detectou emissões de metano regulares, mas a origem do fenômeno ainda é desconhecida.
Os cientistas não esperam que o Curiosity encontre alienígenas ou seres vivos em Marte, mas esperam usá-lo para analisar o solo e as rochas em busca de sinais dos elementos-chave para a vida que o planeta pode ter abrigado no passado.
O veículo de 2,5 bilhões de dólares também tem como objetivo estudar o ambiente marciano para se preparar para uma eventual missão humana por lá nos próximos anos. Os Estados Unidos têm planos de enviar humanos para o planeta vermelho até 2030.

11.228 – Religião – O que foi o Index?


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Abolido em 1962 pelo papa ]oão XXIII, no Concílio Vaticano II, o Índex era uma lista de livros proibidos pela Igreja Católica.
Desde o início do Cristianismo, as autoridades eclesiásticas tentavam controlar o que não devia ser lido pelos fiéis, mas a censura só foi oficializada no século 16, quando o pontífice Pio V instituiu a Sagrada Congregação do Índice (Índex), que elaborou um catálogo das obras proibidas, periodicamente atualizado a partir de sua criação.
Os livros só eram impressos após passar por um censor oficial, que julgava se a obra tinha algo de nocivo.
Eram vetadas publicações que propusessem qualquer tipo de heresia ou superstição,que contivessem obscenidades, ou que tratassem de assuntos religiosos de forma não respeitosa.
Como dizia o prefácio do Índex publicado em 1930:
“Livros irreligiosos e imorais estão, às vezes, redigidos em estilo atraente e tratam com freqüência de assuntos que, afagam as paixões carnais e lisonjeiam o orgulho do espírito.”
Segundo estudiosos, porém, o crivo da Igreja muitas vezes deu margem a arbitrariedades.
De fato, fizeram parte da lista negra, por exemplo, clássicos como Notre-Dame de Paris, de Victor Hugo, e A Origem das Espécies, de Charles Darwin.
“Não podemos julgar a cultura de outras épocas com os critérios da nossa, mas não há como justificar o fato de o Índex ter sido mântido por tanto tempo”, diz o antropólogo Benedito Miguel Gil, da Universidade de São Paulo.

11.227 – Astronomia – Os Planetas perdidos do Sistema Solar


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De acordo com simulações realizadas por Greg Laughlin, da Universidade da Califórnia em Santa Cruz, e Konstantin Batygin, do Caltech (Instituto de Tecnologia da Califórnia), esses mundos primordiais teriam sido destruídos por um evento cataclísmico, e foi isso que viabilizou o posterior surgimento da Terra. Se os pesquisadores estiverem certos, mundos de pequeno porte e com atmosferas modestas, como o nosso, podem ser bem mais raros do que antes se imaginava.
A conclusão é bombástica, porque enfatiza que muitos dos planetas detectados fora do Sistema Solar que, pelo porte, se assemelhariam à Terra podem na verdade ser completamente diferentes. “Dramaticamente, nosso trabalho implica que a maioria dos planetas com massa similar à terrestre é fortemente enriquecida em elementos voláteis e é inabitável”.
Estamos falando de eventos hipotéticos ocorridos há 4,6 bilhões de anos, dos quais há praticamente nenhuma evidência. O trabalho é altamente especulativo e explora tudo que temos descoberto sobre a formação de planetas nas últimas duas décadas. Vamos recapitular esses passos, e aí a história da pesquisa vai se assemelhar muito à clássica desculpa de bêbado: “Sabe como é, uma coisa levou a outra…”
Tudo começa em 1995, quando o primeiro planeta em torno de outra estrela similar ao Sol, 51 Pegasi b, foi descoberto. Ele era um gigante gasoso, como Júpiter. Até aí tudo bem. O problema é que ele completava uma volta em torno de sua estrela em coisa de quatro dias. Era algo simplesmente impossível, a julgar por tudo que achávamos que sabíamos sobre formação de planetas. Bastou essa única e solitária descoberta para colocar nossos frágeis modelos em xeque, inspirados unicamente pela arquitetura do nosso próprio sistema. Vamos a ela.
Ao redor do Sol, os planetas estão distribuídos confortavelmente em longas órbitas, com os mundos rochosos e menores na região interna do sistema e os gigantes gasosos na região externa. O mais interno dos planetas, Mercúrio, é também o menor, e completa uma volta em torno do Sol em 88 dias.
Compare isso à bizarrice de 51 Peg b — um planeta gigante praticamente colado à sua estrela. Os cientistas estavam convencidos de que aquele mundo jamais poderia ter se formado ali, pois a estrela recém-nascida teria “soprado” todo o gás daquela região antes que o planeta pudesse acumulá-lo em sua volumosa atmosfera. Com isso, os astrônomos começaram a levar a sério a noção de migração planetária — o fato de que interações entre mundos recém-nascidos e o disco de gás e poeira que circunda a estrela e dá origem a eles poderia fazer com que suas órbitas se deslocassem.
No fim das contas, duas décadas e mais de mil exoplanetas depois, já sabemos que o caso de 51 Peg b era mesmo extremo — menos de 1% das estrelas têm um “Júpiter Quente” como ele. Contudo, também restava conclusivamente demonstrado que a migração planetária, em diferentes escalas, era um fenômeno bem possível e comum.
Ao mesmo tempo, com o aumento da amostra de sistemas, descobrimos que o nosso Sistema Solar também não era lá a coisa mais comum do Universo. Muitos dos exoplanetas menores que Júpiter se distribuem em órbitas bem mais próximas de suas estrelas que as vistas nos nossos quatro mundos rochosos — Mercúrio, Vênus, Terra e Marte.

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11.226 – Acidente Aéreo – Queda de avião na França


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Um Airbus 320 da empresa alemã Germanwings caiu nesta terça-feira (24-março de 2015) no sul dos Alpes franceses, próximo a Digne-les-Bains, segundo as autoridades da França.
O avião fazia a rota de Barcelona (Espanha) para Düsseldorf, na Alemanha. Ao todo, 144 passageiros estavam a bordo, além de seis tripulantes.
Destroços da aeronave foram encontrados em área de difícil acesso, a 2.000 metros
de altitude; Airbus fazia rota entre Barcelona (Espanha) e Düsseldorf (Alemanha).
Havia [no voo] 16 adolescentes e duas professoras que estavam aqui havia uma semana. São jovens de uns 15 anos, mais ou menos”, disse Martí Pujol, prefeito de Llinars del Vallés.
Os adolescentes foram acolhidos pelas famílias de estudantes locais, que, segundo afirmou, estão muito abalados. “Temos a Cruz Vermelha, psicólogos e professores atendendo os estudantes.
Também havia seis tripulantes a bordo do voo 9525, que partiu de Barcelona às 10h01 (6h01, horário de Brasília) e deveria pousar às 11h37 em Düsseldorf, na Alemanha, mas sumiu dos radares por volta das 11h (7h em Brasília).
Segundo o governo francês, os destroços da aeronave foram encontrados por um helicóptero de resgate em uma área de difícil acesso, a 2.000 metros de altitude, na região de Digne-les-Bains.
De acordo com um morador da região montanhosa onde o avião caiu, a área só é acessível por helicóptero ou por três horas de caminhada, no mínimo.
As autoridades francesas, incluindo o presidente François Hollande, declararam não esperar sobreviventes no acidente.
A Germanwings é uma companhia aérea de baixo custo de propriedade da Lufthansa.
Esta é a primeira queda de um avião de uma companhia aérea na França em 15 anos. Em julho de 2000, um Concorde caiu em Gonesse, na região de Paris.
Segundo o jornal francês “Le Monde”, a queda do voo 9525 é a mais mortífera em território francês desde 1981, quando 180 pessoas morreram em um acidente com um DC-9-81 no monte San Pietro, próximo a Ajaccio, na Córsega.

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11.225 – WonderCube: um cubo que quer resolver os problemas do seu celular


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Um pequeno cubo pode ser a solução dos maiores problemas que as pessoas encontram com seus smartphones. Não, ele não pode fazer o celular ficar mais rápido, mas pode evitar que ele fique sem bateria em algum momento impróprio, ou que o espaço livre se esgote bem quando você precisa guardar alguma coisa importante.

Trata-se do WonderCube, o “cubo-maravilha”, que une diversas funcionalidades em apenas uma polegada cúbica (cerca de 16 centímetros cúbicos) de dispositivo. Em sua funcionalidade mais básica, ele funciona como um cabo USB ou Lightning pequeno, que permite que você conecte o celular a qualquer computador para troca de dados ou a uma fonte de energia para recarregar o aparelho.

No entanto, desdobrando o aparelhinho é quando você descobre suas funcionalidades extras. Ele é revestido de um material antideslizante que permite que ele seja usado com um apoio para o celular ficar em uma posição diagonal excelente para o consumo de vídeo.

Além disso, dentro dele há um slot para um cartão microSD que permite que você expanda a memória do cubo o quanto preferir. Isso é importante, já que ele utiliza o USB OTG, que permite que você o utilize como um pendrive para smartphones, o que é útil quando o aparelho não tem memória expansível de fábrica.

Em caso de desespero em relação à bateria do seu celular, o WonderCube tem uma solução esquisita, mas interessante se a pessoa for precavida. O aparelho não funciona como uma bateria externa por si só, já que é pequeno demais para isso. No entanto, ele possui uma entrada para uma bateria de 9 volts, o que, segundo seus criadores, garante mais 3,5 horas de conversação.

O WonderCube está em fase de financiamento, mas já estourou sua meta de US$ 50 mil com folga, atingindo US$ 122 mil no momento em que este texto é escrito. Quem apoiar com um valor de a partir US$ 60 pode levar o cubinho mágico para casa assim que a empresa tiver encerrado seu desenvolvimento.

11.224 – Nasa descobre auroras intensas e enigmática nuvem de pó em Marte


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A sonda espacial MAVEN, que analisa a atmosfera superior do planeta Marte, detectou dois fenômenos insólitos: auroras intensas e uma nuvem de pó a grande altitude da qual se desconhece a origem.
A presença de pó em altitudes orbitais de entre 93 e 190 milhas (150 e 300 quilômetros) é “inesperada”, segundo explicou a agência espacial americana em uma nota.
“Se o pó se origina na atmosfera, isto sugere que desconhecemos um processo fundamental na atmosfera marciana”, afirmou a pesquisadora Laia Andersson, da Universidade do Colorado em Boulder.
O enigma deixado pelas nuvens de pó detectadas na terça-feira é que estão tão altas que nenhum processo atmosférico conhecido nesse planeta poderia produzi-las.
Por outro lado, o mais surpreendente da aurora detectada por MAVEN é a profundidade da atmosfera na qual ocorre, “muito maior que na Terra ou em qualquer outro lugar de Marte”, declarou Arnaud Stiepen, da Universidade do Colorado.
“Os elétrons produzidos devem ser realmente energéticos”, acrescentou.
No mundo científico estas auroras foram batizadas como “As luzes de Natal”, porque MAVEN as descobriu cinco dias antes do último dia 25 de dezembro.
A sonda MAVEN foi lançada em 18 de novembro de 2013 para resolver o mistério de como o planeta vermelho perdeu a maior parte de sua atmosfera e de sua massa de água.
O engenho espacial chegou a Marte no último dia 21 de setembro e deve completar uma missão de um ano.

11.223 – Planeta Água(?) – Por que ainda não utilizamos água salgada?


Ipanema Beach in Rio De Janeiro, Brazil.
A questão do esgotamento dos recursos naturais da Terra já está em discussão há muito tempo, mas aqui no Brasil ganhou contornos dramáticos quando os moradores de São Paulo enfrentaram a falta de água e de chuvas. Muitos problemas foram debatidos, sugestões levantadas e muita gente começou a ter consciência sobre o uso racional da água. Por conta disso, neste domingo, dia 22, Dia Mudial da Água, nós levantamos quais seriam os prós e contras do uso da água salgada para suprir nossa demanda por água doce. Seria uma alternativa viável?
Cientistas estimam que cerca de 70% da superfície terrestre é ocupado por água e apenas 3% desse total é doce. Então, por que não estamos usando esses recursos para resolver o problema da falta de água no mundo?
A resposta está em dois empecilhos básicos. O primeiro é o custo da tecnologia para tirar o sal da água. Apesar dos avanços nas últimas décadas, a dessalinização ainda é uma das duas fontes mais caras de água que existem – a outra é o reúso de água de esgotos. Dessalinizar custa de duas a três vezes mais do que submeter a água doce ao tratamento convencional.
A outra dificuldade é levar a água até regiões distantes do oceano. Depois de dessalinizar a água, seria necessário bombeá-la por longas distâncias para chegar às populações. Imagine a estrutura necessária para levar água do mar para Brasília, que fica a mais de 1200 km do litoral mais próximo e a mais de 1.000 metros de altitude. Mesmo quando o custo da dessalinização baixar, ainda será preciso vencer o custo de construir aquedutos tão grandes, além do gasto enorme com energia para vencer a distância e o desnível, se quisermos abastecer também as regiões não-litorâneas.
Além destes dois fatores limitantes iniciais, também há uma preocupação em relação ao sal retirado da água que seria limpa e utilizada. De acordo com especialistas da The Nature Conservancy, organização ambiental que trabalha em prol da conservação das água e terras, a salmoura concentrada que é produzida como resíduo do processo precisa ser disposta no ambiente e, mesmo quando retornada ao oceano, pode gerar impacto ambiental local, especialmente sobre os plânctons que são a base da vida marinha.
É por isso que, apesar de ser uma possibilidade para o futuro, a dessalinização ainda não pode ser vista como a solução para o problema. Cuidar bem da água doce, evitando o desperdício, a poluição, o assoreamento de rios e a perda de vegetação nas margens dos cursos d’ água, ainda é nossa alternativa mais viável, se quisermos viver sem o drama da falta de água daqui para frente.

11.222 – Religião – O Budismo tem algum Livro Sagrado?


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É o Tripitaka. Em páli – uma língua da Índia antiga, onde o budismo nasceu -, Tripitaka significa “três cestas”, numa referência às três partes do livro: o “Vinaya”, com as regras de conduta, o “Sutta”, que reúne os discursos de Buda, e o “Abhidhamma”, que é mais filosófico. A história desse livro sagrado e do budismo remonta à trajetória do indiano Sidarta Gautama (560-480 a.C.), que abandonou uma vida de luxo para buscar a sabedoria. Depois de meditar um bocado, ele concluiu que o sofrimento era causado pelos desejos que atormentavam a mente dos homens, como a corrupção, o ódio e a ilusão. Para Sidarta, se o homem aniquilasse esses desejos, atingiria o nirvana, um estado de paz longe de todo o sofrimento. Por causa dessa descoberta, ele tornou-se Buda, que em sânscrito significa “o iluminado”. Por mais de 40 anos, ele percorreu a Índia ao lado de discípulos disseminando suas doutrinas. “Ao longo de sua vida, os 84 mil ensinamentos de Buda foram transformados em sutras, espécie de regras para a vida cotidiana. São elas que compõem o Tripitaka”, diz o lama (sacerdote budista) Padma Norbu, do templo Odsal Ling, em São Paulo.

Obras religiosas fundamentais

LIVRO – Bíblia

SAGRADO PARA – Cristianismo

ESCRITA ENTRE – 1300 a.C. e 100 d.C.

QUEM ESCREVEU – Diversos profetas, entre eles os apóstolos de Jesus

Em grego, Bíblia significa “coleção de livros”. Os cristãos acreditam que Deus escreveu a Bíblia usando homens como instrumento. Ela se divide em 46 livros do Antigo Testamento, escritos antes do nascimento de Jesus, e 27 do Novo Testamento, escrito entre os séculos 1 e 2

LIVRO – Alcorão

SAGRADO PARA – Islamismo

ESCRITO NO – Século 7

QUEM ESCREVEU – Maomé ditou os textos a seus escribas

O conteúdo do Alcorão reúne as revelações divinas feitas pelo anjo Gabriel a Maomé ao longo de 20 anos. Mas o livro sagrado dos islâmicos só foi organizado após a morte do profeta, em 632. Seus 114 capítulos compilam os ensinamentos básicos do islamismo: fé, oração, caridade, jejum e peregrinação a Meca ao menos uma vez na vida

LIVRO – Tripitaka

SAGRADO PARA – Budismo

ESCRITO ENTRE – 500 a.C. e o início da era cristã

QUEM ESCREVEU – Discípulos de Buda

As “três cestas” (Tripitaka, em páli) que o livro contém são o “Vinaya Pitaka”, com regras para orientar a conduta diária dos seguidores, “Sutta Pitaka”, uma coletânea de discursos atribuídos a Buda e seus discípulos, e o “Abhidhamma Pitaka”, uma investigação filosófica sobre a natureza da mente e da matéria humana
LIVRO – Tenakh

SAGRADO PARA – Judaísmo

ESCRITO EM – 1300 a.C. (aproximadamente)

QUEM ESCREVEU – Moisés e profetas israelitas
O Tenakh reúne 24 livros em três grupos: Neviim (“Os Profetas”), Ketuvim (“Os Escritos”) e Torá (“A Lei”), que traz os cinco primeiros livros do Velho Testamento: Gênese, Êxodo, Levítico, Números e Deuteronômio. A Torá é atribuída ao profeta Moisés, que teria escrito a obra a partir de uma revelação de Deus

LIVRO – O Livro dos Vedas

SAGRADO PARA – Hinduísmo

ESCRITO ENTRE – 1500 a.C. e 1200 a.C.

QUEM ESCREVEU – A autoria é desconhecida
Em sânscrito, Vedas significa “conhecimento”. Para os hinduístas, o livro é fruto de uma revelação divina. Por muitos séculos, ele foi preservado pelos ensinamentos passados de pai para filho. Os textos reúnem hinos, encantações e receitas mágicas que constituem a base da tradição religiosa hinduísta.

11.221 – Medicina – Exame de sangue rápido pode diminuir o uso desnecessário de antibiótico


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Foi desenvolvido um novo exame sanguíneo capaz de detectar, em até duas horas, se uma infecção é causada por vírus ou bactéria. De acordo com os pesquisadores, atualmente o diagnóstico clínico destas infecções é impreciso e os exames laboratoriais são demorados, levando ao mal uso de antibióticos. Feito em parceria com a empresa israelense MeMed, o estudo foi publicado na edição online do periódico Plos One.
Um exame de sangue realizado em laboratório conseguiu detectar, em até duas horas, se uma infecção foi causada por vírus ou bactéria
Para desenvolver o exame, os pesquisadores analisaram amostras de sangue de mais de 1 000 pacientes. Inicialmente, eles procuraram identificar proteínas do sistema imune cuja produção é desencadeada exclusivamente por vírus ou bactérias. Em seguida, foram desenvolvidos marcadores, utilizados no novo exame de sangue, que identificam estas proteínas e detectam com precisão as causas da infecção. Este exame é realizado em laboratório, mas os cientistas já estão trabalhando em uma forma de transformá-lo em um dispositivo portátil.
Embora os resultados da pesquisa tenham mostrado que o novo exame acertou na maioria dos diagnósticos, a MeMed afirma que o teste não dispensa a avaliação clínica de um médico nem outros exames de apoio. No entanto, para os cientistas, a rapidez deste método pode ajudar a evitar o uso inapropriado de antibióticos e melhorar a rapidez e prescrição de um tratamento adequado.
O uso excessivo de antibióticos é uma preocupação para médicos e para a Organização Mundial da Saúde (OMS), pois a prática contribui para a disseminação da resistência ao medicamento. De acordo com um relatório da instituição divulgado no ano passado, essa condição é uma ameaça global à saúde pública. Por outro lado, a demora na prescrição de antibióticos para tratar infecções bacterianas coloca em risco os pacientes e aumenta os custos no tratamento.

Resistência Bacteriana
MRSA (Methicillin Resistant Staphylococcus aureus)
Encontrada na pele e responsável principalmente por infecções de pele, a bactéria Staphylococcus aureus foi a primeira a apresentar resistência à penicilina, nos anos 1950. Hoje, o Centro de Controle e Prevenção de Doenças americano (CDC, sigla em inglês) estima três quartos da sua versão MRSA seja ultrarresistente e não responda a vários tipos de antibióticos.

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11.220 – Pesquisadores da NASA descobrem um extinto oceano marciano, muito maior que o atual Oceano Ártico


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Cientistas da NASA divulgaram suas conclusões sobre a análise das geleiras e dos dados atmosféricos do planeta Marte. De acordo com um comunicado da entidade espacial, há 4.300 milhões de anos o planeta vermelho abrigou um oceano imenso, com um volume de água maior que o do Ártico.
“Nosso estudo estima o volume de água que Marte possuía e aquele que se evaporou para o espaço posteriormente”, explicou o cientista Gerónimo Villanueva. A análise foi baseada em dados fornecidos por três telescópios especializados, capazes de diferenciar os indícios de dois tipos de água presentes na atmosfera marciana: água pesada e água semipesada, cujas moléculas possuem um átomo de hidrogênio deslocado pelo isótopo deutério (HDO).
Dessa forma, após análises exaustivas do nível desses dois tipos de água, os especialistas conseguiram calcular os volumes do elemento líquido que existiria em Marte se não tivessem evaporado para o espaço. Segundo o estudo, atualmente, Marte conserva somente 13% da sua água original em geleiras. Há 4.300 milhões de anos, o planeta possuía um oceano cuja extensão cobria 19% do seu território, com regiões onde a profundidade da água alcançava mais de 1,6 km – número que supera o tamanho atual do Oceano Ártico.

11.219 – O Novo Rosto de Cristo


Rosto de Cristo em simulação por computador
Rosto de Cristo em simulação por computador

Rosto fino, nariz alongado, olhos castanhos (às vezes verdes ou azuis), pele clara, barba fina, cabelos lisos, longos e levemente ondulados. Com pequenas variações, é assim que o rosto de Jesus Cristo tem sido retratado ao longo dos séculos. Essa imagem tradicional, que transmite pureza e serenidade, tornou o rosto de Cristo um dos mais facilmente reconhecíveis do planeta. Na realidade, é impossível afirmar qual era sua aparência. Os Evangelhos não fazem nenhuma referência ao aspecto pessoal do filho de Maria. Na semana passada, surgiu um bom palpite sobre como seria o rosto de Jesus. Trata-se de uma reconstrução, com ajuda de computador, a partir do crânio de um judeu do século I. O resultado, um Cristo com uma aparência levantina, causou surpresa, embora o senso comum apóie a nova imagem: pela última versão, o filho de Deus teria um rosto mais arredondado, com o nariz grosso, a barba mais espessa e, constatação óbvia, não poderia ter a pele alva de um nórdico. Afinal, nasceu e viveu sob o sol escaldante do Oriente Médio.

A mais nova face de Cristo pouco lembra a que ocupa o imaginário dos 2 bilhões de cristãos. Apesar do resultado, o trabalho de reconstrução, patrocinado pela rede inglesa de TV BBC para uma série religiosa orçada em 2,5 milhões de dólares, foi bem executado e é tecnicamente irrepreensível. O crânio selecionado por arqueólogos israelenses num antigo cemitério, perto de Jerusalém, como o mais representativo do biótipo dos judeus da época de Cristo foi enviado para a Universidade de Manchester, na Inglaterra. A partir daí, a técnica empregada foi a mesma utilizada em 1999 para reconstituir o rosto de Luzia, o fóssil mais antigo das Américas, de 11.500 anos, encontrado em Minas Gerais.
O crânio foi submetido a uma tomografia pelo professor Richard Neave, especialista em reconstituição facial que já havia trabalhado na reconstrução do rosto de Luzia. Com um computador, Neave obteve imagens tridimensionais que serviram de base para fazer um novo crânio com material sintético. Com esse molde, a face do contemporâneo de Cristo começou a ser delineada. Camadas de argila foram usadas para formar os traços do rosto, como nariz, queixo e bochechas. Pelo tipo de crânio e distância entre os olhos é possível calcular a espessura das sobrancelhas, tamanho e tipo do nariz. Outros detalhes, como a cor da pele e dos olhos e o comprimento dos cabelos, são imprecisos. Os modelos foram escolhidos com base em afrescos de sinagogas do Iraque que retratam a vida dos judeus na época de Cristo.
A Igreja Católica simplesmente ignorou o trabalho de Neave. Afinal, o crânio utilizado poderia ser de qualquer judeu da época, inclusive Judas. “A imagem de Cristo não é dogmática, mas de uso estratégico”, diz Afonso Soares, professor de teologia da Pontifícia Universidade Católica de São Paulo. “Na África é comum encontrar imagens nas quais Cristo aparece como se fosse negro. A Santa Sé nunca se incomodou com essa interpretação livre.” A imagem tradicional de Cristo, fixada principalmente pelos pintores renascentistas, não surgiu por decreto do Vaticano, e sim com base em relíquias. A mais conhecida é o Santo Sudário, o manto que teria servido de mortalha para o corpo de Cristo, cujas fisionomia e silhueta ali teriam ficado impressas. Vários detalhes do aspecto físico de Cristo, como altura (ele teria medido 1,83 metro), são baseados no manto, descoberto em 1354 na França e cuja autenticidade ainda não foi definitivamente comprovada.

jesus pintura

Nos primeiros séculos do cristianismo, Cristo era representado por metáforas retiradas do Evangelho, como um pastor ou um cordeiro. À medida que as perseguições religiosas diminuíram, os simbolismos abriram espaço para imagens condizentes com o crescimento da Igreja Católica. No século IV, quando o cristianismo foi adotado como a religião do Império Romano, Cristo passou a ser retratado como um homem forte e invencível. Na época das Cruzadas, na Idade Média, a pele clara de Cristo nos quadros retratava as conquistas cristãs, pois os não-brancos eram vistos como pagãos. Com a posição de liderança da Igreja Católica consolidada, deu-se maior ênfase à imagem de humildade e sofrimento. Havia igualmente a preocupação de ressaltar sua dupla natureza, divina e humana, o que deu asas à imaginação dos artistas. A arte renascentista, com Leonardo da Vinci, Rafael, Ticiano e Michelangelo, foi a que deu contornos à imagem de Cristo que persiste até hoje, 500 anos depois. E não serão simulações em computador que a vão revogar.