Dose única da vacina contra o HPV é adotado pelo Brasil


Até então, o país utilizava um esquema de duas doses para combater a infecção, principal causadora do câncer de colo de útero.

“Uma só vacina vai nos proteger a vida toda contra vários tipos de doença e de câncer causados pelo HPV, como o de colo de útero. Não vamos deixar que crianças e jovens corram esse risco quando crescerem”, escreveu a ministra em seu perfil na rede social X, antigo Twitter.

A medida segue plano anunciado pela Organização Mundial da Saúde tempos atrás. O objetivo principal é alcançar o maior número possível de adolescentes. 

A dose única diminuiria os custos do imunizante e simplificaria a vacinação, aumentando a cobertura.

Quem pode tomar a vacina contra o HPV no SUS

A imunização no Brasil, atualmente, é indicada para:

Meninos e meninas de 9 a 14 anos

Vítimas de abuso sexual de 15 a 45 anos (homens e mulheres) que não tenham sido imunizadas previamente

Pessoas que vivem com HIV

Transplantados de órgãos sólidos e de medula óssea

Pessoas com câncer na faixa etária de 9 a 45 anos

Testagem

Em março, o Ministério da Saúde anunciou a incorporação ao Sistema Único de Saúde (SUS) de um teste para detecção de HPV em mulheres classificado pela própria pasta como inovador.

A tecnologia utiliza testagem molecular para a detecção do vírus e o rastreamento do câncer do colo do útero, além de permitir que a testagem seja feita apenas de cinco em cinco anos.

A forma atual rastreio do HPV, feita por meio do exame conhecido popularmente como Papanicolau, precisa ser realizada a cada três anos. A incorporação do teste na rede pública passou por avaliação da Comissão Nacional de Incorporação de Tecnologias no Sistema Único de Saúde ( Conitec), que considerou a tecnologia mais precisa que a atualmente ofertada no SUS. O HPV é considerado atualmente a infecção sexualmente transmissível mais comum em todo o mundo e o principal causador do câncer de colo de útero. A estimativa do ministério é que cerca de 17 mil mulheres sejam diagnosticadas com a doença no Brasil todos os anos.

Apesar de se tratar de uma enfermidade que pode ser prevenida, ela segue como o quarto tipo de câncer mais comum e a quarta causa de morte por câncer em mulheres – sobretudo negras, pobres e com baixos níveis de educação formal.

 

Saúde – Qual é a diferença entre a dengue comum e a hemorrágica?


Ambas são causadas pelo mesmo vírus, transmitido pela picada do mosquito Aedes aegypti. A chamada dengue clássica na maioria dos casos não apresenta grandes problemas além de febre e dores, pois os  próprios glóbulos brancos – nossas células de defesa – são capazes de eliminar a virose. Já a dengue hemorrágica pode até matar e, com raríssimas exceções, só ocorre nos casos reincidentes da doença Isso porque existem quatro tipos diferentes do vírus da dengue: quem é infectado por um deles desenvolve anticorpos permanentes contra esse tipo específico, mas continua vulnerável aos demais. Se surge uma segunda contaminação, a doença torna-se muito mais violenta, acompanhada – por estranho que pareça – de uma produção anormal de anticorpos. “Esse paradoxo ainda é um mistério para nós. Mas o número exagerado de células de defesa aumenta também a quantidade de outras substâncias naturalmente liberadas durante o processo infeccioso, que acabam causando lesões nas paredes dos vasos sanguíneos.

Como o vírus destrói as plaquetas – células sanguíneas responsáveis pela cicatrização –, esse sangramento interno (a hemorragia propriamente dita) não é estancado.  Isso faz cair a pressão arterial, levando à insuficiência circulatória, que pode ser fatal.

DENGUE CLÁSSICA

SINTOMAS – Febre alta, dor de cabeça, fadiga e falta de apetite, dores nos músculos, nas juntas e ao redor dos olhos. Manchas na pele e sangramentos leves também costumam ocorrer.

TRATAMENTO – Resume-se a alguns cuidados para aliviar os sintomas. Os médicos geralmente receitam apenas antitérmicos para baixar a febre e soro fisiológico para reidratar o organismo

DENGUE Hemorrágica

SINTOMAS – Os mesmos da dengue comum, mais sangramentos leves – na gengiva, por exemplo – e outros mais graves, como hemorragias gastrointestinal e intracraniana e derrames

TRATAMENTO – Terapias contra insuficiência circulatória, como reposição de plasma. Deve-se evitar remédios à base de ácido acetilsalicílico (como a aspirina), pois podem provocar ainda mais sangramento.  

DENGUE CLÁSSICA

1 – Após a penetração do vírus na corrente sanguínea, entram em ação os glóbulos brancos. Essas células, responsáveis pela defesa do organismo, fazem o primeiro ataque ao inimigo invasor.

O combate desencadeia um processo inflamatório. Nessa etapa, o organismo produz anticorpos especificos contra o tipo do vírus que causou a infecção, tornando-se imune a ele. A pessoa está curada.

O mesmo indivíduo é picado por um mosquito contaminado por outro dos quatro diferentes tipos de vírus da dengue. Dessa vez, não se sabe por que, o organismo produz anticorpos em níveis exagerados.

Como em todo processo infeccioso, são liberadas substâncias chamadas mediadoras – só que em quantidade anormal. Tamanho excesso lesiona a veia. Como o vírus também destrói as células responsáveis pela cicatrização e o sangramento pode ser fatal.

Doenças que ocorrem tanto em seres humanos quanto em outros animais


Existem doenças que ocorrem tanto em homens quanto em outros animais, como é o caso do câncer. Isso acontece porque muitos seres apresentam anatomia e fisiologia parecidas.

→ Epilepsia
A epilepsia é um problema que provoca a ocorrência de várias crises epiléticas, as quais são decorrentes de uma atividade anormal do cérebro. Esse problema é bastante conhecido em seres humanos e também muito relatado em outros seres vivos, como animais de estimação. A epilepsia acomete de 2% a 3% dos cães, e, em gatos, a incidência é de 0,5%, sendo assim, é de fundamental importância que esse distúrbio seja compreendido adequadamente por médicos veterinários.

→ Diabetes
O diabetes mellitus é uma doença relacionada com uma baixa produção ou problemas na ação de um hormônio chamado de insulina. É a insulina que garante o controle de glicose no sangue, pois diminui a taxa dessa substância ao permitir a sua entrada na célula. No diabetes, observa-se a hiperglicemia, que é um aumento da glicose no sangue.

O diabetes não é uma doença endócrina exclusiva de seres humanos e pode ocorrer também em outros organismos. Em animais de estimação, sua ocorrência está crescendo por causa do aumento no número de animais sedentários e obesos.

→ Câncer
O câncer é um problema que pode afetar diferentes partes do organismo do homem, assim como de outros seres vivos. Essa doença caracteriza-se por uma multiplicação desordenada de células, que são capazes de invadir tecidos e órgãos vizinhos e até mesmo distantes do seu local de origem.

Caso não seja tratado adequadamente, o câncer pode levar à morte, o que não é diferente em outros seres vivos. Geralmente, o tratamento em outros animais consiste na cirurgia para a retirada de tumor, porém, algumas vezes, recomendam-se outros procedimentos, como a quimioterapia. Essa doença é grave em qualquer ser vivo, e é considerada a primeira causa de morte em cães idosos.

“gripe é uma doença viral bastante frequente nos seres humanos. Apesar de ser pouco preocupante na maioria dos casos, é uma enfermidade que merece atenção. Nos Estados Unidos, por exemplo, a gripe mata aproximadamente de 20 mil a 40 mil pessoas todos os anos.

Assim como as outras doenças citadas, a gripe também não é exclusiva dos seres humanos. Em razão desse fato, muitas variantes da gripa podem surgir, uma vez que frequentemente o ser humano é contaminado por vírus presentes em outras espécies animais. O vírus Influenza A, por exemplo, é responsável pela contaminação de organismos como suínos, equinos, cães, gatos e aves.”

A pneumonia é uma inflamação dos pulmões que acomete diversos organismos, tais como cães e gatos. Animais em cativeiros, como répteis, frequentemente também são acometidos pelo problema. Essa doença, que pode ser causada por vírus, fungos e bactérias, necessita de cuidado especial, pois pode causar a morte do indivíduo se não tratada adequadamente.

Saúde – Mais Sobre Tirzerpatida – Novo remédio para diabetes que promove perda de peso inédita


Trata-se de uma medicação injetável de uso semanal bastante aguardada por médicos e pacientes após estudos anunciarem efeitos significativos no controle da glicemia e do peso corporal.

O remédio, desenvolvido pela farmacêutica Eli Lilly, inaugura uma nova classe terapêutica que simula a ação de dois hormônios naturalmente produzidos pelo organismo, o GLP-1 e o GIP.  Essa atuação estimula a liberação de insulina pelo pâncreas, desacelera o esvaziamento do estômago e eleva a sensação de saciedade, contribuindo para o equilíbrio dos níveis de açúcar no sangue e a perda de peso – fator que também favorece o controle do diabetes.

Nos estudos clínicos com o medicamento, mais da metade dos participantes alcançou índices considerados normais de hemoglobina glicada, exame que dá uma média do comportamento da glicemia nos últimos três meses.

O sinal verde concedido pela Anvisa foi amparado em um conjunto de dez estudos envolvendo, ao todo, mais de 19 mil pessoas com diabetes tipo 2 pelo mundo, inclusive no Brasil. 

O diabetes é um problema de saúde global que afeta aproximadamente 463 milhões de adultos (20 a 79 anos de idade) mundialmente, com o T2DM sendo responsável por aproximadamente 90% de todos os diabetes no mundo (IDF 2019). O diabetes mellitus tipo 2 é uma das principais causas de insuficiência renal, cegueira, amputação e doença CV, e essas complicações são as principais causas de óbito na maioria dos países (IDF 2019). Espera-se que a prevalência mundial de diabetes aumente ao longo do tempo: no ano de 2030, a projeção de 578,4 milhões de adultos com idade entre 20 e 79 anos e, no ano de 2045, a projeção de 700,2 milhões viverão com diabetes.

Estudos evidenciaram que a tirzepatida reduz efetivamente a HbA1c e espera-se que resulte em redução do risco de doença microvascular a longo prazo, prevenindo cegueira, insuficiência renal com necessidade de diálise e amputação devido à neuropatia. Além disso, a tirzepatida parece fornecer controle glicêmico superior a algumas outras terapias disponíveis. Outro benefício dessa droga é a mudança favorável do peso corporal (perda de peso), uma vez que o sobrepeso e a obesidade contribuem para a fisiopatologia do DM2. O perfil de reações adversas é semelhante ao dos agonistas de GLP-1 comercializados e, devido ao uso prevalente dessa classe de medicamentos, espera-se que seja bem aceito por pacientes com diabetes. As reações adversas mais comuns estão relacionadas à tolerabilidade gastrointestinal e diminuição do apetite. Na dose mais alta de 15 mg, 6,6% dos pacientes descontinuaram a tirzepatida devido a eventos adversos gastrointestinais. Essas reações adversas são facilmente identificáveis por pacientes que podem optar por descontinuar a terapia sem danos residuais e espera-se que a dose seja titulada clinicamente de acordo com a tolerabilidade e as necessidades de controle glicêmico.

Aliado Contra o Diabetes


Tirzepatida é a nova esperança. Cerca da metade das pessoas com diabetes que utilizaram o remédio atingiram a taxa de hemoglobina glicada menor que 5,7 %, valor considerado de referência para pessoas sem diabetes, a perda média de peso entre os participantes do estudo chegou a 13% e algune indivíduos, 15%. A maioria das pessoas com diabetes tipo 2 também é obesa. Estudos com a tirzepatida em pessoas com obesidade sem diabetes constataram redução média de 23%. Alguns com perda superior a 30%, mas no momento a medicação ainda não é aprovada contra a obesidade. Há efeitos colaterais como náuseas e diarréias. Houve também redução de gordura no fígado, pressão e níveis de triglicerídes. Mas ainda levará alguns meses até que ela esteja disponível no Brasil.

Ser Atleta de Fim de Semana Faz Bem ao Coração (?)


Muita gente prefere praticar exercícios no final de semana, quando tem mais horas disponíveis. Mas será que compensa?
Segundo estudiosos, tanto ativdades intensas nos finais de semana quanto exercícios regulares moderados foram associados a risco menor de AVC. Mas para a conta fechar tem que somar 150 minutos ou mais de treinos vigorosos por semana. Mas o maior problema é a falta de condicionamento.
A bicicleta é um ótimo exercício cardio, que faz gastar bastante caloria e trabalha bem os músculos inferiores. Fazer uma mescla de exercícios aeróbicos para diversas partes do corpo também é uma boa pedida.

Futuro da Medicina – BIOIMPRESSÃO 3D DE ESTRUTURAS PARA REGENERAÇÃO DE TECIDOS


Alunos foram desafiados a testar as possibilidades dessa tecnologia em disciplina eletiva de manufatura biomédica para estudantes dos cursos de Engenharia
A medicina e a engenharia investem pesado na bioimpressão — a fabricação de peças em impressoras 3D adaptadas aos requisitos da biologia — por motivos fáceis de compreender. A partir do momento em que for possível produzir órgãos humanos sob medida em laboratório, os avanços em transplantes serão expressivos.
No Brasil, por exemplo, são realizados todos os anos cerca de 23 mil procedimentos do gênero, segundo o Sistema Nacional de Transplantes. Outras quase 53 mil pessoas aguardam uma doação, segundo a Associação Brasileira de Transplante de Órgãos, e 2.697 perderam a vida na fila de espera ao longo de 2022.
O avanço da tecnologia até o ponto de utilização em casos reais, no entanto, esbarra em algumas dificuldades, conforme explica uma doutora em Engenharia de Materiais pela Escola Politécnica da Universidade de São Paulo e professora no Insper, onde atua nos cursos de graduação em Engenharia. “Um dos maiores desafios está no material ideal a ser utilizado. Quando a impressão é feita com células ou com outros componentes biológicos, o material não pode ser aquecido e, depois do processo de impressão, precisa sustentar sua estrutura.”
Tentativa e erro
Para alcançar o ponto em que seja possível fabricar peças na bioimpressora, a qual não tem sistema de aquecimento para garantir a viabilidade celular, formando estruturas de camada em camada, é preciso encontrar o material ideal, que se mantenha fluido em temperatura ambiente. Utilizar solventes que evaporem rápido, e na quantidade adequada, é uma das estratégias para o sucesso. No caso do trabalho apresentado na Expo Tech, foi utilizado um polímero conhecido como hidrogel.
Atualmente, as pesquisas já permitem produzir estruturas simples, algo similar a um enxerto, que auxilia na regeneração de um tecido em uma determina região de um órgão. O avanço da manufatura aditiva está levando as pesquisas em engenharia tecidual para um outro nível. Para uma aluna de graduação, a Gabriella obteve um vasto aprendizado sobre o assunto, muito acima do esperado em um curso de Engenharia Mecatrônica.

Saúde – Reconhecendo Sinais de Ataque Cardíaco


Uma pesquisa apresentada no Congresso da Sociedade Europeia de Cardiologia 2023 indica que reconhecer e agir sobre os sintomas de ataque cardíaco pode proporcionar uma recuperação mais rápida e eficiente. Para chegar a esses resultados, o estudo utilizou dados do KRAMI-RCC, um registro alimentado com respostas dadas por sobreviventes de infartos da Coreia do Sul. Pacientes que passaram por mais de um ataque cardíaco são mais propensos a conhecer os seus sintomas. Apesar disso, essa taxa de identificação ainda é baixa em ambos os grupos”, destaca Kyehwan Kim, um dos autores do estudo e especialista do Hospital da Universidade Nacional de Gyeongsang, em nota à imprensa.
Além da característica dor no peito, outros efeitos de um infarto incluem dor irradiada para os braços, mandíbula e pescoço; tontura; suor frio; falta de ar; mal-estar e perda de consciência. Segundo Kim, “a maioria das pessoas aponta a dor no peito, mas menos de um terço reconhece os demais sintomas”.
Amostragem
O registro KRAMI-RCC recebe as respostas dadas por sobreviventes de ataques cardíacos logo no início de seu processo de recuperação. Enfermeiros treinados conduzem os questionamentos, que têm como objetivo registrar os possíveis efeitos sentidos pelos indivíduos: dor no peito; falta de ar; suores frios; dor irradiada para a mandíbula, ombro ou braço; tontura/vertigem/tontura/perda de consciência; e dor de estômago.
Dessa forma, as pessoas foram classificadas em dois grupos: como tendo “sintomas reconhecidos”, se conseguissem identificar pelo menos um dos efeitos listados ou, caso contrário, como “não reconheceram os sintomas”. Feito isso, os pesquisadores compararam as características dos pacientes, o tempo de tratamento e sua sobrevida.
A análise ainda considerou características sociais dos indivíduos, como idade, sexo, status de relacionamento e escolaridade. Também foi levantado o histórico de saúde das pessoas, a fim de se observar a reincidência de infartos e o diagnóstico de outras doenças ou condições médicas.

Ao todo, o estudo incluiu 11.894 pessoas. Desse número, 10.623 (90,4%) tiveram apenas um ataque cardíaco e os outros 1.136 (9,6%) tiveram um evento repetido. Dentre os casos de reincidência do infarto, 118 foram excluídos por falta de dados, restando, assim, 1.018 pacientes para as análises.
No geral, pouco mais da metade dos avaliados (52,3%) reconheceu os sintomas do infarto. A maioria das pessoas (92,9%) conseguiu identificar a dor torácica, enquanto aproximadamente um terço reconheceu falta de ar (32,1%) e suores frios (31,4%). Pouco mais de um quarto reconheceu dor irradiada (27,4%), enquanto apenas 7,5% identificaram vertigem/tontura/perda de consciência e 1,3% notaram a dor de estômago.

Em relação às características dos pacientes, os homens (79,3%) mostraram-se mais propensos a reconhecer os sintomas do que as mulheres (69%). Outros traços associados ao reconhecimento dos sinais foram ter uma idade mais jovem, apresentar maior nível de escolaridade e morar com um cônjuge.
Os pesquisadores também compararam o tempo de terapia e os resultados entre os dois grupos. Cerca de 57,4% dos sobreviventes que identificaram corretamente os sintomas do infarto receberam tratamento para abrir as artérias e restaurar o fluxo sanguíneo no prazo de duas horas, em comparação com apenas 47,2% daqueles que não reconheceram os sintomas.

Da mesma forma, os pacientes que reconheceram os sintomas tiveram menor taxa de mortalidade hospitalar (1,5%) em comparação com aqueles que não o fizeram (6,7%). O grupo que não consegue reconhecer os sintomas com mais frequência foi associado a quadros clínicos com possíveis complicações, como choque cardiogênico e insuficiência cardíaca.
Entre as pessoas com infarto do miocárdio recorrente, a taxa de reconhecimento de sintomas foi de 57,5% para aqueles previamente inscritos no KRAMI-RCC e de 43,2% para aqueles não inscritos anteriormente. Apenas 14,4% dos indivíduos que enfrentaram um infarto pela primeira vez conseguiram identificar os sintomas.

“As descobertas indicam que é necessário educar o público em geral sobre os ataques cardíacos. Logo que se sentir os primeiros sintomas de um infarto, já se deve solicitar uma ambulância. Em nosso estudo, os pacientes que conheciam os sintomas de um ataque cardíaco tinham maior probabilidade de receber tratamento rapidamente e, posteriormente, sobreviver”.
Segundo o Ministério da Saúde do Brasil, ataques cardíacos são a maior causa de mortes no país. Estima-se que ocorram de 300 mil a 400 mil casos anuais de infarto, e que a cada cinco a sete casos, ocorra um óbito. “Para diminuir o risco de morte, o atendimento de urgência e emergência, nos primeiros minutos, é fundamental para salvar uma vida”.

Saúde – Evitando o Infarto


O infarto é uma das doenças mais perigosas e que mais matam os brasileiros. Ele é causado pela falta de oxigênio no sangue, quando a circulação sanguínea para de funcionar.
Por mais que o infarto seja mais comum em pessoas hipertensas ou com colesterol alto, é capaz de atingir pessoas de qualquer idade. O que provoca o infarto é o acúmulo de gordura no fluxo sanguíneo.
COMO EVITAR UM INFARTO?
Ter uma alimentação rica em fibras e vitaminas
Praticar exercícios físicos ou esportes
Evitar o consumo de alimentos gordurosos, com alto teor calórico
Evitar o consumo de álcool e cigarros
Consultar um médico cardiologista, pelo menos uma vez no ano, para verificar algum indício de riscos.

Sintomas

Dor no peito que se espalha para o braço esquerdo
Suor frio
Palidez
Sensação de desmaio
Falta de ar
Náuseas
Vômito
Segundo o Hospital Albert Einstein, o tratamento recomendado para o infarto é a desobstrução da artéria entupida e o uso de medicamentos.

Neurologia – Privação de sono pode reduzir reação de anticorpos a vacinas


Meta-análise mostra que dormir menos de seis horas por noite antes de se vacinar contra infecções virais reduz a resposta do sistema imunológico
Uma rotina de sono equilibrada é crucial para manter uma boa saúde física e mental. Enquanto dormimos, nosso corpo realiza diversas funções importantes, como regeneração celular, liberação de hormônios e fortalecimento do sistema imunológico, inclusive em relação a vacinas.
Os autores do estudo, divulgado na revista Current Biology, compilaram uma série de evidências que ligam a quantidade de sono obtida nos dias que antecedem a imunização à resposta de anticorpos em adultos saudáveis. Os resultados mostram que indivíduos que dormem menos de seis horas por noite têm uma resposta de anticorpos mais baixa.
Segundo a equipe, liderada por pesquisadores da Universidade de Chicago, nos Estados Unidos, e do Instituto Nacional de Saúde e Pesquisa Médica (Inserm), na França, as análises não estão ligadas somente à imunização contra apenas um vírus específico. Os benefícios de dormir bem valem para vacinação contra influenza, Covid-19 e até mesmo hepatite.

Avaliando o sono
As primeiras pesquisas iniciaram em 2002, quando cientistas constataram que a restrição do sono diminuía a resposta de anticorpos à vacinação contra influenza, baixando para cerca de metade os níveis de anticorpos observados 10 dias após a inoculação. Com o início da pandemia de Covid-19, em 2020, o grupo reavivou o interesse pela pesquisa e começou novamente a reunir dados para a meta-análise.
Após vasculharem a literatura e analisarem os resultados de sete estudos de vacinas para infecções virais, os pesquisadores compararam pessoas que dormiam uma quantidade normal (entre sete e nove horas por noite) com aquelas que com sono insuficiente (menos de seis horas). A comparação também foi realizada com dados conhecidos sobre a resposta de anticorpos à vacina Pfizer-BioNTech para a Covid-19.
Para aqueles com sono insuficiente nos dias que antecederam a vacinação, caiu a produção de anticorpos nos dois meses seguintes. “O sono insuficiente é um fator comportamental que pode ser corrigido antes da vacinação, e pode não apenas fortalecer, mas também estender a resposta à vacina”, disse Eve Van Cauter, professora de medicina e autora sênior da meta-análise, em comunicado.

Os pesquisadores destacam que a associação foi observada apenas em estudos que avaliaram objetivamente a duração do sono usando rastreadores de atividade como relógios, estudos do sono em laboratório ou relatos dos próprios voluntários.

Variações
Quando analisado pelo recorte de gênero, o resultado foi significativo entre homens, mas o efeito da duração do sono na produção de anticorpos foi muito mais variável nas mulheres. Essa diferença, segundo os cientistas, se dá provavelmente à flutuação dos níveis de hormônios sexuais no sexo feminino.

“Nas mulheres, a imunidade é influenciada pelo estado do ciclo menstrual, pelo uso de contraceptivos, e pela menopausa e pós-menopausa, mas, infelizmente, nenhum dos estudos que resumimos tinha dados sobre os níveis de hormônios sexuais”, avalia Karine Spiegel, pesquisadora da Inserm e principal autora do estudo, em nota.

O efeito negativo do sono insuficiente nos níveis de anticorpos também foi maior para adultos de 18 a 60 anos de idade em comparação com pessoas acima dos 65 anos. Isso porque os idosos tendem a dormir menos, em geral.

Cauter pontua que, apesar da resposta à imunização variar de acordo com cada pessoa, saber de um comportamento que é possível modificar para potencializar o benefício das vacinas oferece uma autonomia que, provavelmente, melhorará a resposta imunológica.
“A ligação entre o sono e a eficácia da vacina pode ser uma grande preocupação para pessoas com horários de trabalho irregulares, especialmente para trabalhadores em turnos que normalmente têm duração reduzida do sono”, comenta a médica. “Isso é algo que as pessoas devem considerar planejar, para garantir que estejam dormindo o suficiente na semana anterior e na posterior às vacinas”.
Por mais que os resultados sejam satisfatórios, ainda há outros pontos que precisam ser explorados para definir, por exemplo, quantos dias de sono curto afetam a resposta de anticorpos. Além de mais evidências a partir da análise de hormônios sexuais em mulheres.

Saúde – A Importância da Vacinação Contra o HPV


Ao longo da vida, uma a cada duas pessoas já teve, tem ou terá contato com o HPV (papilomavírus humano), uma Infecção Sexualmente Transmissível (IST) relacionada a diversos tipos de câncer, que atinge 291 milhões de mulheres e homens no mundo. Embora muitos sejam infectados pelo vírus, poucos descobrem que são portadores, seja pela falta de informação ou por serem casos assintomáticos. A cobertura vacinal, como mais um ponto negativo, está longe do recomendado.
O que é o HPV?
O papilomavírus humano é um grupo de vírus com pelo menos 14, dos seus 200 subtipos, cancerígenos. A IST causada por eles é transmitida por contato direto com a pele ou mucosa infectada, sendo a via sexual, mesmo que sem penetração vaginal ou anal, a principal forma de contágio, o que inclui contato oral-genital.
A maioria das infecções por HPV é assintomática ou inaparente e de caráter transitório, ou seja, regride com o passar do tempo. No entanto, é um fator de risco para um câncer invasivo no colo do útero, que é a principal causa de morte entre mulheres na América Latina e no Caribe, segundo a Organização Pan-Americana da Saúde (OPAS). Nos homens, geralmente a área afetada é o pênis, que fica com verrugas. Entre os sinais, também podem aparecer dor e sangramento.
Prevenção antes de tratamento
Vacinação, uso de preservativos, exames de rotina e diagnóstico precoce são essenciais para o combate ao câncer do colo de útero e outros tumores do sistema reprodutivo. A vacina novalente, que chegou ao Brasil neste mês, atua contra o HPV, o que previne este tipo de câncer e o de vulva, vagina, canal anal, pênis, de boca e garganta. Além dos quatro subtipos do vírus que a quadrivalente já protegia (6, 11, 16 e 18), ela atua contra mais cinco adicionais (31, 33, 45, 52, 58), que são responsáveis por um acréscimo de 20% dos casos de câncer de colo de útero. Vale lembrar que a cobertura vacinal gratuita contra o HPV é exclusiva para meninas e meninos de 9 a 14 anos.
Embora a quadrivalente já estivesse disponível para adolescentes e imunossuprimidos (pessoas que são portadoras de HIV, transplantados de órgãos sólidos ou medula óssea e pacientes oncológicos), a cobertura vacinal está abaixo dos 80% recomendados pelo Ministério da Saúde. Em 2022, por exemplo, somente 55,6% das meninas tomaram a segunda dose; contra 35,6% dos meninos. O problema é que é durante essa idade que a imunização tem maior potencial, porque geralmente a criança ainda não iniciou a vida sexual.
Isso, muitas vezes, está relacionado ao estigma ligado à vacina. Pais não vacinam os filhos por presumirem que estimularia o sexo, adultos não tomam as doses por pensarem que os efeitos só são sentidos quando não há prática de atividade sexual alguma e pessoas que já tiveram contato com o vírus acham que não precisam de nenhuma proteção. No entanto, o risco de infecções ou reinfecções diminui drasticamente em todos os casos.
Como tratar?
Existe um tratamento voltado a controlar os sintomas do HPV, como o aparecimento de verrugas ou sangramentos, que pode ser realizado por profissionais de saúde tanto no SUS quanto em redes de saúde privada. As chances de eliminar os sinais são grandes, sendo que o processo dói durante a cirurgia e na própria recuperação. Caso surjam dúvidas, leve ao seu médico, como ensinam as duas especialistas, “Empodere-se! A conscientização traz mudanças. Se a gente conhece o HPV, a gente detecta, descobre e questiona”..

Programado Para Morrer – Humanos são programados para viver apenas 38 anos


Cientistas australianos descobriram uma forma de usar mutações no DNA para determinar a longevidade de várias espécies de vertebrados, inclusive os seres humanos
Pesquisadores do CSIRO, a agência governamental australiana que coordena a pesquisa científica no país, desenvolveram um método para medir a longevidade de uma espécie na natureza através de marcas em seu DNA. E fizeram uma descoberta surpreendente: somos “programados” para viver apenas 38 anos.
“Existem muitos genes ligados à longevidade, mas as diferenças entre as sequências de DNA desses genes não parecem explicar as diferenças na longevidade entre espécies”, disse o Dr. Ben Mayne, pós-doutorando associado ao CSIRO. “Em vez disso, acreditamos que a densidade de um tipo especial de mutação no DNA, chamada metilação do DNA, determina a longevidade natural dos vertebrados”.
“A metilação do DNA não altera a sequência de um gene, mas age como um interruptor e ajuda a controlar se e quando ele está ligado. Usando o tempo de vida conhecido de 252 espécies diferentes de vertebrados, fomos capazes de prever com precisão a longevidade através da densidade de metilação do DNA que ocorre em 42 genes diferentes. Estes genes provavelmente são bons alvos para o estudo do envelhecimento, o que é de enorme significado biomédico e ecológico “.
Para calibrar seu método, cientistas usaram como base o genoma de animais com longevidade conhecida, disponível em bancos de dados públicos como o NCBI Genomes e a Animal Ageing and Longevity Database.
Usando este método, os cientistas conseguiram determinar que a longevidade de uma Baleia da Groenlândia pode chegar a 268 anos, 57 anos a mais do que se acreditava possível. Um Mamute Lanoso, extinto há cerca de 10 mil anos, vivia 60 anos. Já a recém extinta tartaruga-gigante da ilha Pinta, no arquipélago de Galápagos, poderia chegar a 120 anos. O último exemplar da espécie, conhecido como “George Solitário”, morreu em 2012 aos 102 anos.
Ao analisar o genoma de hominídeos, os cientistas descobriram que os extintos Denisovanos e Neandertais podiam viver até 37,8 anos, o mesmo que os humanos modernos na mesma época.
Então, porque vivemos muito mais do que isso? A resposta é simples: uma combinação de avanços na medicina, mudanças no estilo de vida e melhor alimentação aumentaram nossa “validade”. O mesmo pode ser observado em outros animais: a longevidade média de um gato doméstico é de 15 anos, mas há casos registrados de animais que, com cuidado adequado, viveram mais de 30.

Como ter mais longevidade e expectativa de vida?


A evolução da longevidade cresce vertiginosamente desde o início do século. Entretanto, mesmo que no início do Século XX tivemos grandes revoluções na medicina, a expectativa de vida ao redor do mundo continuou crescendo por todo Século XXI também.
podemos ver claramente o aumento na expectativa de vida nos anos 1900 quando foram inventados novos medicamentos, como vacinas e antibióticos. Mas, posteriormente, o mundo se envolveu nas Grandes Guerras, e a expectativa caiu bruscamente nos anos 40. Mesmo assim, a expectativa de vida continuou crescendo, e levando novos desafios para a comunidade médica.
Como já falamos em outros textos, o aumento da longevidade fez com que doenças, antes consideradas raras, tivessem maior incidência, como as doenças neurodegenerativas, doenças crônicas pulmonares, cânceres e diabetes. Isso é facilmente entendido por cientistas e profissionais da saúde, pois, naturalmente, o corpo não foi feito para viver com auxílio de medicamentos e outros recursos. Nesse sentido, as células passam a falhar ao desempenhar suas funções, e por isso essas doenças são frequentemente relacionadas ao envelhecimento.
No início do Século XX a sociedade evoluiu em diversos sentidos que contribuíram para o aumento da longevidade de vida. Infelizmente, alguns desses avanços foram permitidos somente por conta das duas Grandes Guerras Mundiais que o mundo se envolveu, como é o caso da descoberta da Penicilina por Alexander Flamming, médico da 1º Guerra Mundial.
Mas, como falamos, não foi somente a descoberta de novos medicamentos que fez com que a expectativa de vida aumentasse. Na metade do século XX também foram feitos os primeiros transplantes de órgãos, e medidas de saneamento básico foram implementadas no mundo todo, diminuindo a incidência das doenças infectocontagiosas.
Também podemos mencionar que a população passou a ter mais instrução, tomando medidas para ter uma vida mais longeva. Na semana passada publicamos um texto sobre o tabagismo e os males que o fumo causa na saúde. Para se ter uma ideia, de acordo com o site Our World In Data, em 2000, 32,8% da população brasileira acima de 15 anos fumava um cigarro diariamente. Em 2018 esse número era de 16,5%.
Não faz bem para a saúde comer até se sentir “cheio”. Isso foi verificado pelo escritor e empresário Dan Buettner, conforme foi publicado pela UOL em 2019. O autor pesquisou os hábitos das pessoas que vivem em países mais longevos e constatou que é um hábito desses países não comer até ficar super satisfeito. De acordo com a publicação, é importante mastigar lentamente os alimentos, já que o cérebro demora cerca de 20 minutos para registrar a saciedade após a primeira garfada. A alimentação em excesso também está relacionada a obesidade, que, por sua vez, desencadeia outras doenças graves, como doenças cardíacas e diabetes.
Uma pesquisa promovida pelo Centro de Pesquisas Biomédicas Pennington, dos EUA, concluiu que cortar 15% das calorias diárias pelo período de dois anos já retarda o processo metabólico, diminuindo o dano da oxidação e protegendo o corpo de doenças relacionadas ao envelhecimento.
O corpo necessita de movimento, e, como já falamos, da mesma forma que ele não foi feito para viver tanto, ele também não foi feito para ficar parado. Após os 50 anos começamos a perder massa muscular, processo chamado de sarcopenia. Estima-se que cerca de 1% e 2% de massa magra seja perdida anualmente. A USP realizou uma pesquisa e constatou que a queda progressiva da composição natural é um fator relacionado a longevidade.
Num estudo, realizado ao longo de quatro anos com um grupo de 839 idosos, os pesquisadores observaram que o risco de mortalidade em geral durante o período foi de 63 vezes maior entre mulheres com pouca massa apendicular (massa dos braços e pernas) e 11,4 vezes maior entre homens. A OMS recomenda 150 minutos (2,5 horas) de exercício físico toda semana, principalmente musculação. Atividades diárias que exigem movimento, como caminhar para o trabalho e subir escadas são recomendadas também. Em todas as idades, os problemas de alimentação incluem tanto a desnutrição quanto o consumo excessivo de calorias. Uma dieta equilibrada para mais longevidade de vida consiste em consumir todos os MACROS (proteínas, gorduras e carboidratos) e MICRONUTRIENTES (vitaminas e minerais). O Guia Alimentar para a População Brasileira, criado pelo Ministério da Saúde, criado em parceria com a Organização Pan-americana de Saúde, Organização Mundial de Saúde e a Universidade de São Paulo, recomenda priorizar alimentos naturais e frescos, e utilizar óleos, gorduras, sal e açúcar em pequenas quantidades, bem como evitar alimentos processados e ultraprocessados.
A Universidade de Harvard fez um estudo durante 12 anos para avaliar mudanças na dieta de 74 mil pessoas. Dessa forma, constataram que pequenas mudanças são suficientes para aumentar significativamente a expectativa de vida. Os resultados mostraram que as pessoas que comeram melhor, ingerindo grãos, frutas, vegetais e peixes, ricos em ômega 3, reduziram entre 8% e 17% o risco de morte prematura por qualquer causa. A piora na qualidade da dieta mostrou um aumento na mortalidade de 6% a 12%.
Além dos fatores físicos, a saúde mental está cientificamente associada a longevidade. Uma pesquisa, realizada em colaboração de diversas universidades renomadas dos EUA, como a Escola de Medicina da Universidade de Boston e a Escola de Medicina da Universidade de Harvard, analisou 71 mil homens e mulheres durante 30 anos e 10 anos, respectivamente. Com isso, eles constataram que as pessoas consideradas otimistas tiveram vidas de 11% a 15% mais longas que os considerados pessimistas, além de possuírem chance de 50% a 70% maior de chegarem aos 85 anos.
Um estudo realizado na Inglaterra analisou 9.050 pessoas com idade média de 65 anos. Ao longo dos oito anos e meio de pesquisa foi constatado que as pessoas que sentiam que o que faziam realmente valia a pena tiveram 30% menos chances de morrer, e viveram, em média, dois anos a mais do que os demais. A explicação é que as pessoas com propósito são mais motivados e possuem mais controle sobre suas emoções. Além disso, levam uma vida mais saudável e apresentam melhores índices metabólicos, com um sistema imunológico mais fortalecido e melhor desempenho cerebral.
Situações de estresse são comuns, mas viver estressado é muito prejudicial para a saúde. A situação de estresse faz com que haja uma série de reações físicas e emocionais, desencadeando problemas capazes de causar ou acelerar a morte e antecipar o envelhecimento. Enfraquecimento do sistema imunológico, alteração no sono, doenças psiquiátricas e indução a hábitos não saudáveis, como o fumo, são efeitos do estresse. Pesquisadores do Projeto Blue Zone verificaram que pessoas em países mais longevos se estressam em alguns momentos. Entretanto, o diferencial é que eles possuem mais recursos e tomam atitudes para aliar o estresse. Exemplo disso é não trabalhar tanto, ter momentos de lazer, participar de atividades comunitárias, praticar algum hobby e cuidar da espiritualidade.

Medicina – Por que dá dor de estômago e nas costas?


A dor no estômago e dor nas costas que acontecem ao mesmo tempo, sugerem um problema gastrointestinal, como gastrite, refluxo ou excesso de gases.
No entanto, existem outras causas, como: pedra nos rins, infecção urinária, inflamação de vesícula, inflamação do pâncreas (pancreatite), contraturas musculares e dissecção de aorta.
Algumas situações são menos preocupantes, mas outras podem oferecer risco de morte, como a pancreatite e a dissecção de aorta. Portanto, se apresenta os sintomas com frequência ou se a dor vier associada a febre, vômitos e queda da pressão, procure um atendimento médico para avaliação.
Gastrite
Na gastrite, inflamação da parede do estômago, os sintomas são de dor na “boca do estômago”, dor localizada na região central da barriga, associada a outros sintomas típicos, como:
Azia,
Indigestão,
Sensação de barriga inchada,
Mau hálito.
A dor pode ser irradiada para as costas, devido ao incômodo, que leva a posturas de compensação e com isso, mau jeito e contraturas musculares.
O tratamento deve ser feito com antiácidos, alimentação balanceada, comer mais vezes e em menor quantidade, além de reduzir o peso (para pessoas acima do peso ideal) e acompanhamento regular por um gastroenterologista.
O refluxo gastroesofágico causa queimação no peito, que pode vir acompanhada de “dor no peito”, que irradia para o dorso, por vezes confundida com infarto do coração, devido a sua localização e intensidade.
A azia e a dor no peito nos casos de refluxo, ocorrem principalmente após a alimentação.
O tratamento também deve ser acompanhado pelo gastroenterologista e se baseia na mudança de hábitos, alimentação balanceada e uso de medicamentos antiácidos.
O acúmulo de gases no abdome, pelo consumo de alimentos gordurosos ou bebidas gaseificadas, é uma causa comum de dores abdominais que irradiam para as costas.
Outros sintomas associados são a sensação de barriga inchada e episódios de arrotos e flatulência.
O alívio dos sintomas se dá com massagens, movimentação, e quando preciso, medicamento antigases, como a simeticona.
Pedra nos rins
A doença renal, seja presença de pedra nos rins ou infecção renal, pode causar a dor na região nas costas que irradia para a barriga.
Na presença de pedras, a dor pode vir associada a náuseas, vômitos, suor frio e sangue na urina. Na infecção urinária que atinge os rins, é comum a presença de febre e ardência ao urinar, junto com a dor.
O tratamento deverá ser definido pelo urologista. Nos casos de infecção urinária é preciso uso de antibióticos. Na presença de pedra obstruindo o fluxo de urina, antibióticos e procedimento cirúrgico para a retirada e restabelecimento do fluxo urinário.
Cálculo na vesícula
A presença de pedras na vesícula causa cólicas, náuseas e vômitos, após a alimentação mais gordurosa. Essa dor pode ser irradiada para o dorso, especialmente se houver inflamação na parede da vesícula.
O tratamento definitivo é feito com a retirada do órgão por cirurgia. O cirurgião geral é o responsável pela avaliação e conduta.
Pancreatite
A pancreatite é a inflamação do pâncreas e tem como sintoma principal a dor que se inicia no meio da barriga e se espalha para a costas, formando uma dor em “cinturão de dor”. Além da dor é comum a presença de náuseas,vômitos, suor frio e febre.
Trata-se de uma doença grave, que pode levar ao óbito se não for rápida e devidamente tratada.
O tratamento consiste em suspender completamente alimentação pela boca, medicamentos e pesquisa da causa desse problema. Se a causa for um cálculo impactado, pode ser indicado um procedimento cirúrgico de urgência.
Dissecção de Aorta
A dissecção da artéria aorta, é o descolamento entre as suas paredes (interna e média), que formam um espaço e permite o acúmulo de samgue nesse espaço. O acúmulo de sangue (hematoma), causa uma fragilidade nesse vaso.
Com isso, um trauma ou aumento da pressão podem levar a ruptura da artéria. No entanto, por ser a maior artéria do corpo humano, a sua ruptura causa um sangramento grave e alto risco de morte.
Os sintomas são de dor súbita na região do tórax, que irradia para o meio das costas. O paciente pode sentir ainda, mal-estar, suor e queda da pressão.
Na suspeita de dissecção de aorta, procure imediatamente uma emergência médica.
Dor muscular
A dor muscular, devido a um mau jeito, trauma, ou posturas ruins no dia a dia, causam dor no dorso ou em toda a parte das costas, pode também irradiar-se para o dorso, dependendo do grupo muscular comprometido.
Neste caso, o tratamento deve ser feito com repouso e uso de relaxante muscular.
Quando procurar uma emergência?
Quando apresentar dor associada a um dos sinais e sintomas listados abaixo, procure imediatamente uma emergência médica.
Dor em cinturão, associada a náuseas e vômitos
Febre alta (acima de 37.8º)
Queda da pressão arterial, suor frio
Icterícia (olhos ou pele amarelada)
Alteração neurológica (dor associada a desmaio ou perda da consciência).
Para maiores esclarecimentos, converse com o seu médico de família ou clínico geral.

Gastroenterologia – Refluxo


O tratamento pode ser feito com medicamentos, dieta, mudanças na alimentação e no estilo de vida, além de cirurgia, dependendo do caso.
O tratamento medicamentoso do refluxo inclui o uso de remédios que modificam a produção de ácido estomacal ou favorecem o esvaziamento gástrico. O tratamento do refluxo gastroesofágico é feito sobretudo com medicamentos e mudanças na dieta. Os casos mais graves necessitam de cirurgia.
Os principal grupo de medicamento usados para tratar o refluxo são os inibidores de bomba de prótons (omeprazol, pantoprazol, entre outros). Outras medicações eventualmente também podem ser usadas como antagonistas dos receptores H-2, que bloqueiam a secreção de suco gástrico.
Cirurgia para refluxo gastroesofágico
Já a cirurgia para refluxo é indicada quando a medicação e as mudanças na alimentação e no estilo de vida não resultam, ou como alternativa a tratamentos demasiado longos.

O tratamento cirúrgico consiste no fortalecimento da válvula responsável por impedir o refluxo, localizada na entrada do estômago. Nenhuma parte do estômago é retirada na cirurgia.

Medidas não medicamentosas no tratamento do refluxo
É fundamental alterar o estilo de vida durante o tratamento do refluxo gastroesofágico. Apenas os medicamentos não são suficientes para tratar o problema.
Alguns alimentos e bebidas que devem ser evitados por pessoas com refluxo gastroesofágico: café ou qualquer outra bebida com cafeína, chocolate, alimentos ácidos ou muito condimentados, bebidas alcoólicas e bebidas gasosas.
Algumas das recomendações para aliviar e evitar o refluxo gastroesofágico incluem não fumar, não ingerir bebidas alcoólicas, perder peso (quando necessário), reduzir o tamanho das refeições, evitar roupas apertadas, não ir dormir logo após uma refeição (esperar pelo menos 3 horas) e colocar calços de 15 a 20 cm embaixo dos pés da cama para elevar a cabeceira.
O que é refluxo e quais são os sintomas?
O refluxo gastroesofágico é o retorno do conteúdo do estômago para o esôfago. O refluxo pode ocorrer quando há muita produção de ácido estomacal ou quando o músculo que fecha a passagem entre o estômago e o esôfago (esfíncter) não fecha adequadamente.

Os sintomas do refluxo gastroesofágico incluem azia, sabor ácido na boca devido ao retorno de alimentos ou bebidas que retornam estômago, sensação de queimação no peito, dificuldade para engolir e tosse seca.
Quais as possíveis complicações do refluxo?
Apesar de evoluir bem e ter um bom prognóstico com o tratamento adequado, o refluxo pode causar algumas complicações se não receber o tratamento e cuidados necessários.
Dentre as possíveis complicações decorrentes do refluxo estão: lesões na mucosa gástrica, hemorragias, úlcera, esofagite, estreitamento do esôfago, esôfago de Barrett e câncer de esôfago.
O tratamento do refluxo gastroesofágico pode ser realizado pelo médico de família, clínico geral ou gastroenterologista.

Medicina – Câncer de Pulmão


O câncer de pulmão é um dos tumores malignos mais recorrentes e possui sintomas como tosse, dispneia (falta de ar), dor torácica, perda de peso, cansaço e presença de sangue no escarro.
É um dos tumores malignos mais comuns. A doença pode ser de dois tipos diferentes: o de pequenas células e o de não pequenas células (o tipo mais frequente).
O tabagismo é o principal fator de risco para o câncer de pulmão e é responsável por 90% dos casos. O câncer pulmonar primário é raro em não fumantes.
Entre os outros fatores que devem ser considerados estão a exposição a certos agentes químicos (asbesto, arsênico), a metais pesados (níquel, cromo), os fatores genéticos, a presença de doença obstrutiva crônica, como enfisema pulmonar e bronquite, e história familiar de câncer de pulmão.
Os sintomas geralmente surgem quando o câncer já está em estágio avançado e incluem:

Tosse ou mudança no padrão da tosse do fumante;
Dispneia (falta de ar);
Dor torácica;
Perda de peso;
Cansaço;
Presença de sangue no escarro.
Diagnóstico

A investigação inicial pressupõe o levantamento da história do paciente e os resultados do exame de raios-X de tórax. Se for constatada a presença de lesão no pulmão, para confirmar o diagnóstico, devem ser solicitados exames complementares, como ressonância magnética, tomografia computadorizada, broncoscopia e biópsia da lesão.
O tratamento inclui cirurgia, quimioterapia e/ou radioterapia. Geralmente, demanda a combinação de cirurgia com quimioterapia ou radioterapia. Em alguns casos, pode ser utilizada a fototerapia dinâmica a laser, que consiste em injetar medicações que posteriormente serão ativadas com laser.
Recomendações

Abandone o cigarro; o tabagismo é responsável pela imensa maioria dos casos de câncer de pulmão;
Se você fuma ou fumou por mais de 10 anos, deve fazer raios-X de pulmão ou uma tomografia a cada um ou 2 anos;
Evite a exposição a agentes químicos, ou metais pesados, como asbesto, arsênico, entre outros.

Mega Mitos – Microondas é Perigoso?


Quando usado corretamente, não há nada com o que se preocupar em termos de radiação de um micro-ondas, de acordo com a Organização Mundial da Saúde.
Algumas pesquisas mostraram que os legumes perdem parte de seu valor nutricional no micro-ondas.
Por exemplo, descobriu-se que o microondas remove 97% dos flavonoides – compostos com benefícios anti-inflamatórios – do brócolis. Isso é um terço a mais do que a perda causada pela fervura.
No entanto, um estudo de 2019 que analisou a perda de nutrientes do brócolis no micro-ondas apontou que estudos anteriores variavam o tempo de cozimento, a temperatura e se o brócolis estava ou não na água.
Ele descobriu que tempos de cozimento mais curtos (eles deixavam o brócolis por um minuto no microondas) não comprometiam o conteúdo nutricional.
Vapor e micro-ondas podem até aumentar o conteúdo da maioria dos flavonoides, que são compostos ligados à redução do risco de doenças cardíacas.
“Sob as condições de cozimento usadas neste estudo, o micro-ondas parecia ser uma maneira melhor de preservar os flavonoides do que o vapor”, escreveram os pesquisadores.
Mas eles também descobriram que micro-ondas com muita água (como a quantidade que você usaria para ferver) causava uma queda nos flavonoides.O pesquisador Xianli Wu, cientista do Centro de Pesquisa em Nutrição Humana de Beltsville, no Departamento de Agricultura dos EUA, diz que não há consenso para explicar por que o micro-ondas poderia aumentar o conteúdo de flavonoides.
Pode ser que ele facilite a medição dos flavonoides – talvez amolecendo o tecido da planta, facilitando sua extração – em vez de aumentar sua quantidade.
Mas não há uma resposta direta sobre se os vegetais reterão mais nutrientes no micro-ondas do que qualquer outro método. Isso ocorre porque cada alimento é diferente em termos de textura e nutrientes que eles contêm, de acordo com Wu.
Esquentando plástico
Frequentemente, colocamos no microondas alimentos em embalagens plásticas, mas alguns cientistas alertam para o risco de ingestão de ftalatos. Quando expostos ao calor, esses aditivos plásticos podem se decompor e se dissolver em alimentos.
alimentos na Universidade Estadual de Washington.
Em um estudo de 2011, os pesquisadores compraram mais de 400 recipientes de plástico projetados para conter alimentos e descobriram que a maioria vazava substâncias químicas que afetam os hormônios.
Os ftalatos são um dos plastificantes mais usados, adicionados para tornar o plástico mais flexível e frequentemente encontrado em recipientes para viagem, embalagens plásticas e garrafas de água.
Sabe-se que eles afetam hormônios e nosso sistema metabólico. Nas crianças, os ftalatos podem aumentar a pressão sanguínea e a resistência à insulina, o que pode aumentar o risco de distúrbios metabólicos, como diabetes e hipertensão.
A exposição a ele também tem sido associada a problemas de fertilidade, asma e Transtorno do Déficit de Atenção com Hiperatividade (TDAH).
Os ftalatos também são potenciais desreguladores dos hormônios da tireoide, diz Leonardo Trasande, professor de medicina ambiental e saúde da população na NYU School of Medicine, em Nova York. Entre outras coisas, esses hormônios são cruciais para o desenvolvimento do cérebro dos bebês durante a gravidez.
O bisfenol (BPA) também é comumente usado em produtos plásticos, e estudos sugeriram que ele também pode afetar os hormônios. Mas a pesquisa é limitada, comparada à quantidade de estudos que analisam os ftalatos.
Os ftalatos estão por toda parte – mesmo em brinquedos e loções para o corpo – e ainda não está claro quanto dano eles causam. Mas a maioria dos especialistas concorda que o aquecimento de plástico com ftalatos pode aumentar a exposição a eles.
Riscos para a saúde
Mesmo se você evitar plásticos, existem outros riscos potenciais de aquecer alimentos no micro-ondas – incluindo aquecimento irregular e as altas temperaturas usadas.
Primeiro, pense em usar o micro-ondas para reaquecer, em vez de cozinhar, alimentos, pois eles podem cozinhar de maneira desigual. “Dependendo da porção de alimento que é aquecida, haverá algumas partes mais quentes que outras”, diz Francisco Diez-Gonzalez, professor de segurança alimentar da Universidade da Geórgia.
“As temperaturas ficarão diferentes em partes distintas da comida. É difícil atingir uma temperatura completamente uniforme, principalmente quando se fala de alimentos crus.”
Mas é importante observar que o reaquecimento de alimentos também apresenta riscos. Os alimentos devem ser aquecidos até os 82° C (176° F) para matar bactérias nocivas, mas como as bactérias ainda podem crescer quando os alimentos esfriam, você não deve reaquecer uma refeição mais de uma vez.
Radiação segura
Quanto à radiação do micro-ondas, ela é completamente inofensiva. Eles usam radiação eletromagnética de baixa frequência – o mesmo tipo usado em lâmpadas e rádios. Quando você coloca comida dentro de um microondas, ele absorve essa radição, o que faz com que as moléculas de água na comida vibrem, causando a fricção que aquece a comida.
Os seres humanos absorvem ondas eletromagnéticas também. Mas os fornos de micro-ondas produzem ondas de frequência relativamente baixa e que ficam contidas no forno. Mesmo que não fosse o caso, as ondas são inofensivas, diz Tang. (É claro que o calor no micro-ondas não é inofensivo – portanto, você nunca deve colocar, por exemplo, uma criatura viva dentro dele).
Diferentemente dos aparelhos de raios-X, os micro-ondas não usam radiação ionizante, o que significa que eles não carregam energia suficiente para separar elétrons dos átomos.
medicina de radiação no centro médico da Universidade de Georgetown.
As preocupações com a radiação de microondas foram amplamente esclarecidas nos anos após a invenção do forno de micro-ondas.

OMS publica relatório global sobre inteligência artificial na saúde


O relatório Ethics and governance of artificial intelligence for health (Ética e governança da inteligência artificial para a saúde, em tradução ao português) é resultado de dois anos de consultas realizadas por um painel de especialistas internacionais indicados pela OMS.
A inteligência artificial pode ser, e em alguns países ricos já está sendo usada para melhorar a velocidade e a precisão do diagnóstico e da triagem de doenças; para auxiliar no atendimento clínico; fortalecer a pesquisa em saúde e o desenvolvimento de medicamentos; e apoiar diversas intervenções de saúde pública, como vigilância de doenças, resposta a surtos e gestão de sistemas de saúde.
A inteligência artificial também pode capacitar os pacientes a ter maior controle de seus próprios cuidados de saúde e compreender melhor suas necessidades em evolução. Também poderia permitir que países com poucos recursos e comunidades rurais, onde os pacientes frequentemente têm acesso restrito a profissionais de saúde ou profissionais médicos, preencham as lacunas no acesso aos serviços de saúde.
No entanto, o novo relatório da OMS adverte contra superestimar os benefícios da inteligência artificial para a saúde, especialmente quando isso ocorre às custas de investimentos e estratégias essenciais para alcançar a cobertura universal de saúde.
O documento também aponta que as oportunidades estão ligadas a desafios e riscos, incluindo coleta e uso antiético de dados de saúde; preconceitos codificados em algoritmos e riscos da inteligência artificial para a segurança do paciente, cibersegurança e meio ambiente.
Embora o investimento dos setores público e privado no desenvolvimento e implantação da inteligência artificial seja fundamental, por exemplo, seu uso não regulamentado poderia subordinar os direitos e interesses dos pacientes e das comunidades aos poderosos interesses comerciais de empresas de tecnologia ou aos interesses dos governos em vigilância e controle social.
O relatório também enfatiza que os sistemas capacitados principalmente em dados coletados de indivíduos em países de alta renda podem não funcionar bem para indivíduos em ambientes de baixa e média renda.
Os sistemas de inteligência artificial devem, portanto, ser cuidadosamente projetados para refletir a diversidade de ambientes socioeconômicos e de saúde. Eles devem ser acompanhados por capacitação em habilidades digitais, envolvimento da comunidade e conscientização, especialmente para milhões de profissionais de saúde que precisarão de alfabetização digital ou retreinamento se suas funções forem automatizadas, e que devem lidar com máquinas que podem desafiar a tomada de decisão e autonomia de provedores e pacientes.
Em última análise, orientados pelas leis existentes e obrigações de direitos humanos e novas leis e políticas que consagram princípios éticos, governos, fornecedores e designers devem trabalhar juntos para abordar questões éticas e de direitos humanos em cada estágio do design, desenvolvimento e implantação de uma tecnologia de inteligência artificial.

Psicologia – A Angústia


É uma situação psicológica caracterizada por um conjunto de sintomas que surgem devido a alguma situação em que a pessoa se sente ameaçada por algo que irá acontecer, o que leva à preocupação excessiva, irritabilidade, alteração dos batimento cardíacos e insegurança, por exemplo. Além disso, devido à preocupação excessiva, é possível também notar dor muscular provocada pela tensão e dor de cabeça constante. Na presença de sinais e sintomas indicativos de angústia, é importante que o psicólogo seja consultado para que seja identificado o fator responsável pelo sentimento e, assim, possa ser iniciado o melhor tratamento, além de ser também importante que a pessoa pratique atividades que ajudem a promover a sensação de bem-estar, como atividade física ou meditação, por exemplo.
Os sintomas de angústia podem surgir de forma progressiva, sendo os principais:

Dor e sensação de aperto no peito e na garganta;
Batimentos do coração rápidos;
Sensação de sufocamento, com dificuldade em respirar;
Inquietação e desassossego constante;
Dor de cabeça constante;
Tensão muscular;
Mudança repentina de humor;
Falta de ar;
Pensamentos negativos;
Insegurança;
Insônia;
Tristeza constante.
Além destes sintomas comuns de angústia, a pessoa pode ainda apresenta outros sintomas que que podem ser confundidos com depressão e que tem impacto no dia-a-dia, como apatia, falta de apetite, insônia, dificuldades de concentração, contraturas musculares, dores no corpo e cansaço constante.

Possíveis causas
A angústia é normalmente desencadeada por situações que ainda vão acontecer e que é percebida como uma ameaça para a pessoa, o que gera preocupação excessiva e insegurança, resultando nos sintomas. No entanto, é possível também sentir-se angustiado quando há a lembrança de alguma situação passada ou ser consequência da perda de um ente querido, por exemplo.
Tratamento
é necessário resolver a causa que está na sua origem, de forma a eliminar todos os sintomas, sendo importante que esse processo seja acompanhado por um psicólogo. Isso porque o psicólogo poderá auxiliar melhor no processo de auto-conhecimento e de desenvolvimento de habilidades para enfrentar os sentimentos e as situações que causam angústia.

No entanto, em alguns casos, mesmo quando são realizadas sessões de terapia, é possível que os sinais e sintomas persistam, podendo a angústia ser acompanha por outros transtornos psicológicos, como depressão e/ou ansiedade, sendo necessário acompanhamento psiquiátrico, que pode indicar o uso de medicamentos que ajudam a promover a qualidade de vida.

Além da terapia, é importante investir em atividades que ajudem a relaxar e que possam promover a sensação de bem-estar, como por exemplo:

Praticar atividade física regularmente, pois a prática de exercícios promove a liberação de substâncias como dopamina, serotonina e endorfinas que estão associadas ao bem-estar e prazer, aliviando os sintomas de angústia. Além disso, a atividade física ajuda a relaxar os músculos e a aliviar as dores e tensões do corpo;
Praticar meditação, pois através do controle da respiração, redução das distrações e do silêncio é capaz de ajudar a acalmar a mente. O mindfulness é um tipo de meditação que pode auxiliar na redução dos sentimentos de angústia, pois ajuda a pessoa a lidar melhor com seus pensamentos negativos por meio da atenção e consciência plena, ou seja, estar mais atento às atividades diárias e cotidianas;
Ter uma alimentação saudável e rica em triptofano pode também ajudar a melhorar os sentimentos de angústia a promover o bem-estar. Dessa forma, é importante ter uma alimentação rica em grãos integrais, legumes e frutas, e reduzir alimentos que tenham muito açúcar e gordura;
Praticar yoga, que corresponde a um conjunto de exercícios para o corpo e para a mente que ajudam a aliviar sintomas de ansiedade e estresse. É baseado em três elementos como postura, respiração e meditação e ajuda a melhorar o equilíbrio, força muscular e promove bem-estar emocional.
Além disso, fazer a técnica de controle da respiração também pode ajudar a relaxar e aliviar os sintomas da angústia. Para isso, deve-se tentar respirar de forma profunda e lenta pelo nariz, levando o ar até ao abdômen e soltando o ar suavemente através da boca.

Medicina – Avanços ou Retrocesso?


Pasteur disse que a sorte só favorece as mentes preparadas (le hasard ne favorise que les esprits préparés).
Talvez seja por isso que quando, ao voltar das férias, Alexander Fleming descobriu que um fungo havia contaminado seu cultivo de estafilococos, ele não se conformou simplesmente.
Em vez de jogá-los no lixo, ele observou que, perto do fungo, as colônias de estafilococos haviam morrido.
Essa observação levou à descoberta da penicilina, que deu início à era dos antibióticos.
E posso dizer que aqueles que vivem nesta era são privilegiados na história da nossa espécie.
Os antibióticos são substâncias com a extraordinária capacidade de matar bactérias sem fazer mal ao paciente infectado.
São provavelmente, junto com as vacinas, um dos avanços científicos mais importantes da medicina.