Cinema – As Aparições de Stan Lee em filmes da Marvel


Stan Lee morreu aos 95 anos. O quadrinista foi criador ou co-criador de boa parte dos super-heróis que hoje compõem o Marvel Cinematic Universe (MCU) e as demais franquias da marca: Homem Aranha, Hulk, X-Men, Quarteto Fantástico e Pantera Negra, só para citar alguns.
Essa listinha pouco modesta, por si só, já seria mais do que o suficiente para transformá-lo na maior lenda da história dos quadrinhos. Mas Lee transgrediu o mundo nerd conseguiu fixar seu rosto do imaginário popular fazendo pequenas aparições-surpresa – em inglês, cameos – em todos os filmes com personagens da Marvel desde o ano 2000 (mesmo quando eram personagens que ele não havia criado). Nenhum rosto apareceu em tantos blockbusters.
O presidente emérito da Marvel Comics também já atuou na TV: foi o narrador da série O Incrível Hulk e do desenho Homem-Aranha e Seus Incríveis Amigos e, recentemente, apareceu em Marvel’s Agents of S.H.I.E.L.D. e Marvel’s Agent Carter.
Confira abaixo todas as suas “pontas” e em que momento do filme elas acontecem. Ela está atualizada até Venom, o lançamento mais recente. Sabe-se que ele já gravou uma aparição em Vingadores 4.
2000
X-Men
43min55
O quadrinista interpreta um vendedor de cachorro-quente na praia para onde o senador Robert Kelly foge.
2002
Homem-Aranha
1h06min58
No primeiro encontro entre Aranha e Duende Verde, Lee salva uma garotinha dos destroços de um prédio.
2003
Demolidor: O Homem sem Medo
12min57
Já com seus poderes, o jovem Matt Murdock impede que um desatento Stan Lee seja atropelado.
Hulk
12min03
Em seu primeiro papel com fala, ele interpreta o segurança do laboratório de Bruce Banner na cena inicial
2004
Homem-Aranha 2
50min40
De novo, Stan salva uma pessoa de destroços de um prédio, na primeira batalha entre o herói e o Doutor Octopus
2005
Quarteto Fantástico
43min53
Primeira aparição como personagem das HQs. Stan é Willie Lumpkin, o carteiro do Edifício Baxter
2006
X-Men: O Confronto Final
2min54
Lee e o roteirista Chris Claremont são vizinhos da jovem Jean Grey, quando Xavier e Magneto vão visitá-la
2007
Homem-Aranha 3
39min53
Aparece ao lado de Peter Parker, lendo notícias na Times Square sobre o Homem-Aranha
2007
Quarteto Fantástico e o Surfista Prateado
19min36
O velhinho mais querido das HQs interpreta a si mesmo, barrado no casamento de Reed Richards e Susan Storm. (Lee também estava presente no casório de Reed e Susan nas HQs, em Fantastic Four Annual 3, de 1965)
2008
Homem de Ferro
1h08min12
Vestindo roupão e abraçado a duas mulheres, Stan é confundido com Hugh Hefner, criador da Playboy, por Tony Stark
2008
O Incrível Hulk
12min52
Bebe o refrigerante misturado com o sangue de Bruce Banner, engarrafado no Brasil, onde o cientista estava escondido
2010
Homem de Ferro 2
10min14
Durante a Expo Stark, Tony Stark o confunde novamente. Desta vez, com o jornalista e apresentador Larry King
2011
Thor
36min10
Lee é o motorista de uma caminhonete que tenta puxar com correntes o martelo Mjölnir caído na Terra
2011
Capitão América: O Primeiro Vingador
1h12min02
Ele está na cerimônia de homenagem ao Capitão. “Achei que ele fosse mais alto”, comenta
2012
Os Vingadores
2h09min56
No final do filme, ele dá entrevista a um telejornal. “Super-heróis em Nova York? Dá um tempo!”, diz, enquanto joga xadrez
2012
O Espetacular Homem-Aranha
1h37min33
É um bibliotecário com fones de ouvido que não percebe a briga entre Aranha e o Lagarto na escola
2013
Homem de Ferro 3
1h03min51
Stan Lee agora aparece como juiz em um concurso de misses. Nota 10!
2013
Thor: O Mundo Sombrio
52min50
Interpreta um paciente na clínica psiquiátrica onde Erik Selvig está internado. Ele pede seu sapato de volta ao cientista
2014
Capitão América: O Soldado Invernal
1h33min57
É o segurança no museu dedicado ao Capitão e descobre que alguém (o próprio Steve Rogers) roubou um uniforme do herói
2014
O Espetacular Homem-Aranha 2: A Ameaça de Electro
14min21
Faz o papel de um dos convidados na formatura do colegial de Peter Parker
2014
Guardiões da Galáxia
15min58
É uma das pessoas no planeta Xandar observadas por Rocket e Groot enquanto caçam criminosos
2015
Vingadores: A Era de Ultron
25min15
Lee é um veterano da 2ª Guerra Mundial que aceita uma bebida asgardiana de Thor na festa na Torre dos Vingadores
2015
Homem-Formiga
1h46min36
No final do filme, quando o herói é procurado pelo Falcão, Lee aparece como um barman
2016
Deadpool
1h11min13
Mais um filme que coloca o velhinho num ambiente jovem: Lee é DJ e MC em um clube de striptease
2016
Capitão América: Guerra Civil
2h14min43
É um funcionário dos correios que entrega uma encomenda para Tony Stark, chamando-o de “Tony Stank” (“Tony Fedido”)
2016
Doutor Estranho
1h18min16
Está dentro de um ônibus, lendo uma revista, enquanto Estranho e Mordo enfrentam inimigos nas ruas.
2017
Guardiões da Galáxia Vol. 2
1h23min49
Com uma roupa de astronauta, ele conversa com três Vigias, enquanto Rocket, Groot, Yondu e Kraglin tentam chegar a Ego.
2017
Homem-Aranha: De Volta ao Lar
O herói experimenta seus poderes com alguma irresponsabilidade, acionando o alarme de um carro. Um vizinho rabugento (e bastante familiar) aparece na janela para reclamar
2017
Thor: Ragnarok
Lee é o barbeiro maluco que usa suas mãos mecânicas para tosar a juba do Deus do Trovão.
2018
Pantera Negra
Lee está no cassino, fazendo coisas que não seriam legais em outros locais.
2018
Vingadores: Guerra Infinita
Ele é o motorista do ônibus onde Peter Parker está quando começa o ataque a Nova York.
2018
Venom
No fim do filme, Brock está lavando a roupa suja com sua ex, Anne. Quando vai embora, tromba com um senhor que passeia com um cachorrinho. Stan Lee.

Ele é um Vigia?
Fãs da Marvel tem uma teoria de que Lee seria a versão cinematográfica do Vigia – uma criatura milenar que habita o Multiverso da Marvel com o único objetivo de observar e acompanhar os planetas onde há vida inteligente.

Enciclopédia Em Quadrinhos – Os Manuais Disney



Os Manuais Disney são um conjunto de séries de livros infantis publicados no Brasil pelo grupo Abril em vários títulos e formatos desde 1971.
Em capa dura até 1978, em brochura de 1979 em diante
1971 – Manual do Escoteiro-Mirim
1971 – Manual do Escoteiro-Mirim (2ª Edição)
1972 – Manual do Tio Patinhas
1972, dezembro – Manual do Professor Pardal
1973 – Manual do Mickey
1973 – Manual da Maga & Min
1973 – Manual do Peninha
1974 – Manual do Zé Carioca
1975 – Manual do Gastão
1975 – Magirama (Manual de Mágicas)
1976 – 2º Manual do Escoteiro-Mirim
1976 – Manual do Tio Patinhas (2ª edição revista e atualizada)
1976, novembro – Autorama (Manual do Automóvel)
1977 – Manual da Vovó Donalda
1978 – Manual do Zé Carioca (2ª edição revista e atualizada)
1979 – Manual do Escoteiro-Mirim (3ª edição)
1980 – Manual dos Jogos Olímpicos
1982 – Manual da Copa do Mundo (baseado no Manual do Zé Carioca)
1982 – Manual da Televisão
1986 – Manual da Copa do Mundo (edição revista e atualizada)
1992 – Manual dos Jogos Olímpicos (2ª edição revista e atualizada)
Fora de série
1980 – Supermanual do Escoteiro-Mirim
1985 – Biblioteca do Escoteiro-Mirim
Republicações
1988 – Nova Cultural
2016 – Editora Abril
Obras assemelhadas
Outros manuais infanto-juvenis publicados no Brasil que seguem aproximadamente o formato dos manuais Disney:

Abril
Manual do Zé Colméia
Manual da Mônica
Manual do Espião
Manual do Detetive
Editora Globo
Manuais da Turma da Mônica (coleção)
Idéia Editorial
Manual do Super-Herói
Rio Gráfica Editora
Manual de Mágicas do Mandrake
Editora Melhoramentos
Manual de Fotografia
Manual de Futebol Dicas do Pelé

História Dos Quadrinhos- DC e Marvel no Brasil: um breve relato


Uma leitura razoavelmente atenta deste ☻Mega Bloco dos quadrinhos propicia uma constatação óbvia: DC e Marvel Comics são as editoras mais mencionadas neste livro. O leitor também poderá observar que procuramos na nossa obra nomear as editoras nacionais que publicaram no Brasil material estrangeiro. Diante dessa situação, resolvemos fazer aqui um
relato da trajetória da DC e da Marvel no nosso país, tanto para situar historicamente o leitor sobre as circunstâncias em que esses grupos editoriais estiveram presentes por aqui, quanto para não ser necessário a todo momento mencionar nos verbetes quem foi responsável pelo
lançamento nacional de tal material.
1) DC Comics
É a junção das seguintes companhias editoriais: National Allied Publications, Detective Comics Inc., National Comics e All-American Publications. A DC Comics teve sua estreia no Brasil com o Consórcio Nacional em 1938, com histórias do Superman e Batman. Anos depois, o Consórcio Nacional transformou-se na Editora Brasil-América Ltda, também conhecida
como EBAL. Os referidos personagens, além de outros da DC, ganharam títulos próprios.
Após mais de quarenta anos publicando material da DC, tanto no tradicional tamanho norte americano de páginas quanto no “formatinho”, a EBAL encerrou as suas atividades em 1983.
Em 1984, foi a vez da Editora Abril assumir a responsabilidade de lançar no Brasil os títulos da DC, primeiramente com as revistas Super-Homem, Batman e Heróis em Ação, e depois com várias outras publicações, principalmente no padrão “formatinho”, com exceção de algumas minisséries e álbuns. A Abril tentou revigorar as suas publicações da DC ao adotar o formato norte-americano, mas essa tentativa se revelou infrutífera em termos de vendagem.
A parceria entre a Abril e a DC durou até 2002.
Poucos meses depois, a Panini passou a editar nacionalmente a DC. Publicando sempre
no formato norte-americano, lançou diversas edições de séries, especiais, minisséries e álbuns. A Panini permanece até hoje como principal responsável pela presença da linha DC nas bancas brasileiras.
É importante mencionar que algumas poucas séries, minisséries, especiais e álbuns da DC Comics tiveram versões nacionais por iniciativa de outras editoras que não aquelas mencionadas acima, como a Globo, Mythos, Brainstore, Opera Graphica, Metal Pesado e Tudo em Quadrinhos.
2) Marvel Comics
Apesar da Marvel ser mais nova que a DC, pode-se dizer que a sua trajetória em terras brasileiras foi mais atribulada. Quem teve a iniciativa de publicar os seus personagens por aqui inicialmente foi a EBAL em 1967. Em junho daquele ano, distribuídas inicialmente de forma gratuita em postos de gasolina, foram lançadas as revistas Capitão Z (com as histórias dos personagens Homem de Ferro e Capitão América), Super X (com Namor e Hulk) e a série “Álbum Gigante” (com Thor). Até 1975, a EBAL publicou outros personagens da Marvel (Quarteto Fantástico, Homem-Aranha, Demolidor e Mestre do Kung-Fu) em diversos títulos, sempre em preto e branco e dentro de um formato semelhante ao do norte-americano. Ainda
no final da década de 60 e na primeira metade da década de 70, pequenas editoras (GEP, GEA, Paladino, Miname & Cunha) chegaram a lançar revistas com personagens da Marvel.
De fevereiro de 1975 até janeiro de 1979, quem teve a oportunidade de editar nacionalmente a Marvel foi a Bloch Editores. Publicando em “formatinho” e em cores (apesar dos tons fortes), a Bloch lançou revistas com as histórias de Capitão América, Demolidor, Homem de Ferro, Namor, Homem-Aranha, Tocha Humana, Ka-zar, Vingadores e outros. Além dos
tradicionais super-heróis, a editora brasileira também teve a iniciativa de publicar boa parte da linha de horror da Marvel (A tumba de Drácula, Frankenstein, Lobisomem, Múmia viva).
Em 1979, duas editoras passaram a dividir os direitos de publicação dos personagens da Marvel: Rio Gráfica Editora (RGE) e Abril. A primeira assumiu os títulos de Hulk, HomemAranha, Quarteto Fantástico, X-Men, Mulher-Aranha, Nova, publicando os mesmos em títulos próprios ou almanaques (Almanaque Marvel, Superalmanaque Marvel, Super-Heróis Marvel, Almanaque Premiere Marvel), sempre dentro do padrão “formatinho” e colorido. A RGE findou sua participação em publicar títulos da Marvel em dezembro de 1982. Já a contribuição da Abril foi bem mais intensa e longeva. Inicialmente, a referida editora ficou com os personagens
Thor, Capitão América, Homem de Ferro, Punho de Ferro, Surfista Prateado e Mestre do Kung-Fu. Suas primeiras revistas com os personagens da Marvel foram Capitão América, Terror de Drácula e Heróis da TV. Em 1982, com a estreia de Superaventuras Marvel, outras figuras importantes foram incorporadas: Demolidor, Doutor Estranho, Pantera Negra, Luke Cage. Com o surgimento dos títulos próprios de Homem-Aranha e Hulk, a Abril assumiu, praticamente, a totalidade do universo Marvel no Brasil. Assim, até 2001, publicou várias séries, minisséries, especiais e graphic novels. Na maior parte desse período, utilizou-se o tradicional, e às vezes malvisto, “formatinho”, com algumas exceções, sendo que no período
final de seu “mandato editorial” com a Marvel, a Abril utilizou o padrão norte-americano no formato de suas publicações, mas a iniciativa foi malsucedida financeiramente.
A partir de janeiro de 2002, a Panini ficou com o direito de publicações dos títulos da Marvel, dedicando-se não só ao material recente dessa última, mas também à republicação de obras clássicas em encadernados e edições de luxo. A Panini continua até hoje editando publicações da Marvel, respeitando na maioria das oportunidades o tamanho original das revistas.
Assim como no caso da DC, ocasionalmente algumas outras editoras brasileiras (Globo, Mythos, Brainstore, Pandora Books) lançaram, ou lançam, material da Marvel Comics em nossas bancas ou comic stores.

Quadrinhos – Vinte anos depois (1991-2010)


Para o mercado nacional, a última década do século XX foi um pouco melancólica. Após o desaparecimento de editoras que apoiavam as obras de autores brasileiros – Grafipar, Vecchi e D-Arte –, o nosso mercado de revista em quadrinhos parecia destinado ao domínio de HQs norte-americanas (Marvel, DC, Dark Horse, Image e outras).
À medida que o novo século se aproximava, as editoras, inclusive as tradicionais, se retraíam. Primeiro a Ebal, que praticamente só editava álbuns com personagens clássicos. A Abril e a Globo foram diminuindo drasticamente os seus lançamentos mensais, até darem um adeus ao mercado dos comics. Felizmente a Abril editou, em formato de álbuns, toda a série “Carl Barks” da Disney, com 41 volumes.
Com o surgimento de novas editoras – Mythos, Panini, Pixel, Devir, HQM, Conrad –, as revistas em quadrinhos ganharam espaço para viverem mais. A Mythos se concentrou principalmente na edição de títulos da Bonelli – Tex, Zagor, J. Kendal, Mágico Vento –, e ambém publicou a Mad por mais de cinquenta números. A Panini fixou-se em personagens da Marvel, DC e Wildstorm.
E os álbuns e livros em quadrinhos? A L&PM Editores colocou muitas HQs nacionais e internacionais na sua coleção “Pocket ” e lançou algumas edições especiais, como Aya, ambientada na Costa do Marfim, África, e a israelense Valsa com Bashir. Também iniciou a ambiciosa coleção “Peanuts Completo”, de Charles Schulz, prevista para 25 álbuns,
com aproximadamente 400 páginas cada um, além de resgatar um clássico dos quadrinhos franco-belgas, Os Smurfs.
A Panini editou álbuns europeus de categoria, como a série “Aldebaran”, do brasileiro Leo. O roteiro e os desenhos dessa série são uma obra-prima. Atualmente, a Panini está editando a versão brasileira da revista Mad.
Para editoras só de álbuns, o destaque vai para a Conrad, com alguns trabalhos de primeiríssima qualidade, como O epilético, de Davi B (dois álbuns), e O fotógrafo (três álbuns),
uma história passada no Afeganistão, sobre os médicos sem fronteiras, contada com fotos e desenhos.
Da Devir, o destaque em álbuns é para Lost Girls, do casal Alan Moore & Melinda Gebbie (três volumes).
No final de 2009, a Agir colocou no mercado obras baseadas em clássicos da nossa literatura, como O Guarani, criada por Luiz Gê, O Cortiço, por Rodrigo Rosa, e O Alienista, por César Lobo.
A Escala Educacional, na mesma linha, editou clássicos de Lima Barreto e Machado de Assis, quase todos com desenhos de Francisco Vilachã, Jo Fevereiro e Sebastião Seabra. E também a série “Histórias do Brasil” e “Histórias do Mundo”, só com roteiristas e ilustradores brasileiros.
A Companhia das Letras começou a investir realmente nas HQs com a série de álbuns de Spacca, baseados em fatos históricos. Podemos citar: Santô e os pais da aviação, Viagem quadrinística de Debret pelo Brasil, D. João Carioca e, mais recentemente, uma versão do livro de Jorge Amado, Jubiabá. Em formato de livros, alguns com mais de 600 páginas, a
Companhia das Letras lançou a série “Quadrinhos na Cia.” com algumas obras de vanguarda, como Retalhos, O japonês americano, O umbigo sem fundo e Jimmy Corrigan − o menino mais esperto do mundo.
Pouco a pouco, o mercado de álbuns foi ganhando novos destaques e novos editores fora do tradicional eixo Rio-São Paulo. Por exemplo, a Zarabatana de Campinas apresentou a obra Macanudo do argentino Liniers (veja em L). E também a versão em HQ do Triste fim de Policarpo Quaresma, de Edgar Vasques e Flávio Braga.
Outro exemplo que pode ser destacado é a invasão dos mangás através de várias editoras.
A grande maioria das histórias são consideradas fracas, mas junto apareceram edições completas de clássicos como Crying Freeman, Sanctuary, Lobo solitário, Adolf e Buda, esses dois últimos de Osamu Tezuka, com mais de duas mil páginas.
Do mercado norte-americano de reedições surgiram os álbuns da série showcase (todos com mais de 500 páginas), alternando personagens clássicos da Marvel e DC (Batman, Superman) e algumas obras destacáveis, como Enemy Ace, Sgt. Rock, Jonah Hex e House of Mistery (histórias de terror da DC).
Na Argentina, em 2006, reapareceu a revista Fierro, que já passou dos cinquenta números, registrando a presença de criadores como Carlos Trillo, El Tomy, Carlos Nine, Patricia Breccia e muitos outros. Da Argentina também, principalmente nos últimos dez anos, destacaram-se
Eduardo Risso (que trabalha agora para o mercado norte-americano, em sucessos como 100 balas), Maitena (da série “Mulheres Alteradas”), Alcatena (que já desenhou Conan e Batman)
e Liniers, esse último criador das tiras de Macanudo, um prodígio de humor, sátira e criatividade naquele pequeno espaço.
E a nova geração de brasileiros? A Laerte, Glauco (lamentavelmente assassinado em março de 2010), Angeli, Vasques, Santiago, Spacca e muitos outros, juntaram-se os talentos de Allan Sieber, André Dahmer, Gabriel Bá e Fábio Moon, Grampá (esses três últimos já premiados nos Estados Unidos), Samuel Casal e muitos outros.
Na primeira década do novo século perdemos mestres como Will Eisner, Frank Robbins, Charles Schulz, John Buscema e Frank Frazetta. E os brasileiros Flávio Colin, Gedeone, Eugênio Colonnese (argentino naturalizado brasileiro) e Cláudio Seto. Dos nossos, alguns se foram enfrentando dificuldades econômicas, apesar de uma vida inteira dedicada quase exclusivamente aos quadrinhos. Eles nunca desistiram, entretanto. Deixaram uma grande
lição para os jovens que estão lutando por essa arte que, apesar dos jogos eletrônicos e outras armadilhas inventadas para emburrecer a garotada, teima em continuar.

Quadrinhos – Decadência e ascendência (1961-1980)



Havia, no entanto, uma nova tendência no ar. Os comic books, com histórias completas, começavam a ter sucesso por aqui. Surgiram o Gibi Mensal, O Guri, O Lobinho e O Globo Juvenil Mensal, estabelecendo, no decorrer dos anos 40, a decadência dos tabloides trissemanais
com histórias em continuação. Em 1945, quando terminou a Segunda Guerra, o Suplemento Juvenil e A Gazetinha tinham desaparecido. Adolfo Aizen, porém, não se entregou e criou uma nova editora, a Brasil América (EBAL), e, a partir de 1947, iniciou também a publicação maciça de comic books, começando com O Herói. Vieram em seguida as séries “Edição
Maravilhosa” (clássicos em quadrinhos), “Aí, Mocinho!”, “Álbum Gigante”, e as revistas Superman, Mindinho, Epopeia, entre outras. A Rio Gráfica Editora (RGE), de Roberto Marinho, também atacava com Shazam, Biriba, em publicações semanais e mais tarde mensais, Novo Gibi e Novo Globo Juvenil, inundando as bancas com “os Gibis”.
Em 1950, Victor Civita entrava no mercado brasileiro, com as histórias de Walt Disney (O Pato Donald, Mickey) e também revistas com quadrinhos italianos e argentinos (Raio Vermelho, Misterix). Foi o começo da, hoje poderosa, Editora Abril. No Rio, Aizen dava força aos desenhistas nacionais, principalmente na “Edição Maravilhosa”, que publicou inúmeras
adaptações de romances brasileiros (Alencar, Macedo, Jorge Amado, José Lins do Rego). Em São Paulo, na década de 50, surgiram algumas editoras que trabalhavam, principalmente, com material nacional, a La Selva, a Salvador Bentivegna e a GEP. Mas como no Brasil ainda não
havia uma lei de reserva de mercado, era bem mais barato importar do que produzir aqui. É evidente que houve alguns curtos períodos de ebulição, principalmente no final da década de 70 e início da de 80, através de editoras já extintas, como a Grafipar, do Paraná, e a Editora Vecchi, do Rio. A Abril e a EBAL, durante muitos anos, alternaram-se na publicação do material norte-americano da Marvel e da DC Comics, criando uma espécie de marasmo no mercado brasileiro. O surgimento de alguns artistas que se destacaram primeiro nas tiras dos jornais – Henfil, Angeli, Glauco, Paulo Caruso, Laerte, Fernando Gonsales – abriram a possibilidade de novas publicações mensais. Surgiram então Chiclete com Banana, Circo, Geraldão, Níquel Náusea e Piratas do Tietê. Ao mesmo tempo, o público adulto, de maior poder aquisitivo, passava a contar com a publicação sistemática de álbuns, primeiro através da L&PM Editores, cuja coleção “L&PM Quadrinhos” ultrapassou cem títulos, e depois da Martins Fontes.
Isso foi essencial para que a Rio Gráfica (hoje Editora Globo) e a Abril investissem mais no campo dos quadrinhos, publicando minisséries e graphic novels. A rigor, porém, o quadrinista nacional continuava um pária. Embora algumas editoras, como a D-Arte de Rodolfo Zalla,
publicasse essencialmente material nacional, as poderosas do gênero continuavam não dando oportunidade aos brasileiros. Preferiam, quando muito, publicações destinadas somente para crianças como, por exemplo, Mônica e outros personagens criados por Mauricio de Sousa,
de grande e merecido sucesso, e a quadrinização de personagens famosos na TV, como Xuxa, Sérgio Mallandro, Os Trapalhões, Gugu e Angélica. Apesar disso, alguns artistas nacionais saíram daqui e triunfaram na Europa – Alain Voss e Sérgio Macedo, por exemplo –, e outros ganharam publicações no exterior, como Mozart Couto, Watson Portela e Deodato Filho. Aos brasileiros não faltavam talento e criatividade, mas apenas um espaço definido e garantido nesse mercado.

Quadrinhos – A desmobilização e a Europa (1945-1961)


Embora na França, na Itália, na Bélgica, na Alemanha, na Espanha e em outros países da Europa desde o início do século se produzissem quadrinhos, eles praticamente não iam além das suas fronteiras. Só realmente após a Segunda Guerra é que os europeus começaram
a dar o ar de sua graça. Na Bélgica, um personagem criado por Hergé, Tintin, virou nome de uma revista famosa. Veio depois Spirou, outro personagem que se transformou em revista. As publicações europeias apresentavam séries, diferentes das tiras ou historinhas dos comics books
norte-americanos. Em geral, eram narrativas que se completavam em 45 ou mais páginas, para depois serem publicadas em álbuns. O modelo belga logo foi adotado pela França e outras nações europeias, dando um diferencial aos quadrinhos realizados no Velho Mundo. Enquanto
isso, nos Estados Unidos, com o término do conflito, muitos heróis voltaram à “vida civil”.
Foi nesta época que surgiram duas figuras clássicas, Rip Kirby (Nick Holmes, no Brasil), de Alex Raymond, e Steve Canyon, de Milton Caniff. Em termos de humor apareceram Pogo, de Walt Kelly, e Peanuts (Minduim), de Charles Schulz, dando um novo vigor às daily strips cômicas. E também Beetle Bailey (Recruta Zero), de Mort Walker, que ao contrário de muitos
personagens, ironizou a vida da caserna e o militarismo. A imaginação não tinha limites, principalmente nos comic books, onde os criadores possuíam espaço maior, ao contrário das limitadas tiras diárias. Foi a época que a dupla Stan Lee/Jack Kirby deu um novo dimensionamento aos super-heróis, através da Marvel Comics. Época do surgimento de Spiderman (Homem-Aranha), Hulk, The Fantastic Four (Quarteto Fantástico), Thor, The Silver Surfer (O Surfista Prateado) e muitos outros. Infelizmente, os comic books já haviam passado por uma espécie de “purga”, quando o moralismo vigente dos anos 50 exigiu “moderação” na violência e no sensacionalismo de algumas publicações.

Os super-heróis e a guerra (1938-1945)



Embora o Fantasma, de Lee Falk e Ray Moore, tivesse máscara e usasse um uniforme colante, não era ainda um super-herói. Estes surgiram realmente quando os muito jovens Joe Shuster e Jerry Siegel criaram para uma revista mensal, Action Comics (junho de 1938), o personagem chamado Superman (Super-Homem). O sucesso foi imediato e um ano depois outro jovem, Bob Kane, criava para a Detective Comics (maio de 1939) Batman. Pronto,
ninguém mais iria deter a nova onda. Os estudiosos afirmam que entre 1940/45 surgiram perto de quatrocentos super-heróis, embora poucos tenham realmente permanecido. Entre eles figuravam The Sub-mariner (O príncipe submarino), Human Torch (Tocha Humana) e, principalmente, Captain America e Captain Marvel (Capitão América e Capitão Marvel). Com
a deflagração da Segunda Guerra Mundial – na qual os Estados Unidos só foram se envolver depois do ataque japonês a Pearl Harbour, em dezembro de 1941 – muitos heróis e superheróis dos quadrinhos foram “convocados” para lutarem contra as forças do Eixo (Alemanha, Itália e Japão). As histórias perderam seu caráter ingênuo e puramente aventureiro para se transformarem em objetos panfletários e ideológicos. Mesmo assim, e porque a causa justa era dos “aliados”, que lutavam contra o fascismo militarista, os daily comics e os comic books continuavam fascinando o grande público. E não era só a guerra a temática dos comics. Em
1940, um desenhista chamado Will Eisner lança, nas sunday pages, um personagem que se tornaria revolucionário, The Spirit. Em histórias completas, The Spirit deu uma dimensão nova em termos de linguagem a já quase cinquentenária forma de expressão.

Quadrinhos – A era de ouro (1929-1938)


Havia iniciado a era de ouro dos quadrinhos. Foi um período fecundo para a criação de novos personagens e novos gêneros: adventure strips, aviation strips, detective strips e muitos outros. Nesse período surgiram Joe Palooka (Joe Sopapo), de Ham Fisher; Dick Tracy, de Chester Gould; Brick Bradford, de Ritt/Gray; Alley Oop (Brucutu), de V. T. Hamlim; Flash Gordon, X-9 e Jungle Jim (Jim das Selvas), todos os três de Alex Raymond, considerado
um dos maiores quadrinistas de todos os tempos. E também Terry and the Pirates, de Milton Caniff; Mandrake, o Mágico, de Falk/Davis; Li’l Abner (Ferdinando), de Al Capp; Phanton (O Fantasma), de Falk/Moore; Prince Valiant (Príncipe Valente), de Harold Foster; The Lone Ranger (chamado erroneamente de Zorro, no Brasil) e King of Mounted Police (O Rei da
Polícia Montada), estas duas últimas popularizando um novo gênero, as western strips. As tiras diárias e os suplementos dominicais em quadrinhos estavam em todos os grandes jornais dos Estados Unidos e das principais cidades do mundo. Na década de 30 popularizaram-se também os chamados comic books. No início, essas revistas baratas apenas reapresentavam material compilado das principais histórias publicadas nos dailys dos jornais. Tornando-se cada vez mais lidos, os comic books (que no Brasil até hoje conhecemos pelo nome genérico de “gibis”) foram criando editoras mais poderosas, que passaram a investir em material original,
essencialmente desenhado para suas páginas. Era uma nova etapa que começava.

História dos Quadrinhos



Briga pelo espaço (1895-1929)

As HQs como se conhecem hoje são frutos do jornalismo moderno. Na última década do século XIX, Joseph Pulitzer e William Randolph Hearst, os mais poderosos proprietários de cadeias de jornais nos Estados Unidos, brigavam pela conquista de um público maior. Para atraírem uma massa semialfabetizada e também os imigrantes, que tinham dificuldades com
o inglês, criaram os suplementos dominicais. A grande parte do material destes “sundays” era formada por narrativas figuradas, bem ao estilo europeu. Foi num destes suplementos que surgiu, em 1895, o personagem de Richard Outcault, The Yellow Kid (O garoto amarelo).
No princípio, a figura fazia parte de um painel maior. O sucesso levou Outcault a produzir algum material semanal com The Yellow Kid, onde existiam pequenas histórias distribuídas em quatro ou mais imagens. Em certos momentos, o garoto amarelo falava em balloons.
Estava lançada a nova moda. Não havia mais textos ao pé das imagens. Pouco depois da virada do século, as imagens em quadrinhos já existiam tanto diariamente como em páginas dominicais. Todas eram narrativas alegres, com situações cômicas, daí o nome como até hoje
são chamados os quadrinhos nos Estados Unidos, comics. Esses comics essencialmente de jornais passaram a ser publicados em duas modalidades: daily strips (tiras diárias, em preto e branco) e sunday pages (suplementos dominicais, a cores). Uma das histórias mais antigas do gênero, The Hatzenjammer Kids (Os sobrinhos do capitão), criação original de Rudolph
Dirks, resistiu por mais de oitenta anos. Para melhor organizar uma distribuição das histórias em quadrinhos, Hearst e Pulitzer criaram os Syndicates. A mesma história era enviada para vários jornais e seus criadores (em geral um roteirista e um desenhista) ganhavam percentagem
sobre as vendas. Isto deu enorme força à “nova arte”, atraindo artistas plásticos e ilustradores para os comics. E começaram os gêneros, todos cômicos: kid strips (tiras de garotos), animal strips, family strips, girl strips e algumas misturas como boy-family-dog-strips. Até a década de 20, os quadrinhos lidavam essencialmente com um humor conclusivo em poucas imagens.
Com o passar dos anos, inovadores foram criando uma narrativa que “continuava” no próximo dia, aumentando a atração pela leitura.

Dos Quadrinhos para o Cinema – Stan Lee


Stanley Martin Lieber, mais conhecido como Stan Lee (Nova Iorque, 28 de dezembro de 1922 — Los Angeles, 12 de novembro de 2018), foi um escritor, editor, publicitário, produtor, diretor, empresário e ator norte-americano. Foi editor-chefe e presidente da Marvel Comics antes de deixar a empresa para se tornar presidente emérito da editora, bem como um membro do conselho editorial. Lee também era conhecido por fazer várias aparições em filmes da Universo Cinematográfico Marvel.
Em colaboração com vários artistas, incluindo Jack Kirby e Steve Ditko, concriou diversos super-heróis incluindo o Homem-Aranha, Hulk, Doutor Estranho, Quarteto Fantástico, Demolidor, Pantera Negra e os X-Men. Além disso, desafiou a organização de censura da indústria de quadrinhos americana, o Comics Code Authority, indiretamente levando-a a atualizar suas políticas. Lee liderou a expansão da Marvel Comics de uma pequena divisão de uma editora para uma grande corporação de multimídia.
A família de Lee era relativamente pobre, tendo ele morado boa parte da infância e da adolescência em um “quarto-e-sala” na região do Bronx, na periferia de Nova Iorque, em que ele e o irmão dividiam o diminuto e único quarto do apartamento e os pais dormiam em um sofá-cama na sala.
Lee tornou-se assistente em 1939 na editora Timely Comics, divisão de revistas pulps e revistas em quadrinhos de Martin Goodman, que na década de 1960, evoluiria para a Marvel Comics. Lee, cuja prima Jean, era a esposa de Goodman, foi formalmente contratado pelo editor da Timely, Joe Simon.
Seu primeiro trabalho publicado foi um conto ilustrado por Jack Kirby intitulado Captain America Foils the Traitor’s Revenge, publicado em Captain America Comics #3 (de maio de 1941), usando o pseudônimo Stan Lee. Explicou mais tarde em sua autobiografia e várias outras fontes, que pretendia salvar seu nome dado para mais trabalho literário. Esta história inicial também introduziu o uso do escudo do Capitão América como uma arma de arremesso. Iniciou criando histórias em quadrinhos para as revistas Headline Hunter e Foreign Correspondent, publicada dois números depois. A primeira cocriação de super-heróis de Lee foi o Destroyer, em Mystic Comics #6 (agosto de 1941). Outros personagens que cocriou durante este período, os fãs e historiadores chamam de Era de ouro das histórias em quadrinhos americanas incluem Jack Frost, estreando em USA Comics #1 (agosto de 1941), e Father Time, estreando em Captain America Comics #6 (agosto de 1941).
Revolução da Marvel
No final dos anos 50, o editor da DC Comics, Julius Schwartz, reviveu o arquétipo do super-herói e experimentou um sucesso significativo com sua versão atualizada do Flash, e mais tarde com a super equipe da Liga da Justiça da América. Em resposta, o editor Martin Goodman designou Lee para criar uma nova equipe de super-heróis. A esposa de Lee sugeriu que ele experimentasse histórias que preferia, já que ele planejava mudar de carreira e não tinha nada a perder.[
A revolução de Lee se estendeu além dos personagens e enredos até a maneira como os quadrinhos engajaram os leitores e construíram um senso de comunidade entre fãs e criadores. Ele introduziu a prática de incluir regularmente um painel de crédito na página inicial de cada história, nomeando não apenas o roteirista e o desenhista, mas também o arte-finalista e o letrista.
Em 1972, Lee parou de escrever revistas em quadrinhos mensais para assumir o papel de publisher. Seus últimos roteiros foram publicados em The Amazing Spider-Man #110 (julho de 1972) e Fantastic Four # 125 (agosto de 1972).
Lee tornou-se o rosto público da Marvel Comics. Fez aparições em convenções de quadrinhos por todos os Estados Unidos, dando palestras em faculdades e participando de painéis de discussão. Lee e John Romita Sr. lançaram a tira de jornal do Homem-Aranha em 3 de janeiro de 1977.
Lee afastou-se dos deveres regulares na Marvel nos anos 90, embora continuasse a receber um salário anual de US$ 1 milhão como presidente emérito.
Lee morreu em 12 de novembro de 2018, aos 95 anos, no Cedars-Sinai Medical Center em Los Angeles, Califórnia. Foi levado para o hospital em uma ambulância de emergência médica no início do dia e morreu pouco depois. Em 2017 havia sofrido um surto de pneumonia e passou a ter problemas de visão. Morava com sua filha Joan Celia desde a morte da esposa Joan Lee, em 2017. Joan Lee morreu aos 93 anos, seis meses antes do casal completar setenta anos de união.
A NFL Brasil o homenageou com um vídeo mostrando concepções artísticas nos capacetes de cada um dos 32 times da liga, que foram inspiradas nos personagens da Marvel criados por ele.

Stan Lee foi introduzido no Will Eisner Award Hall of Fame em 1994, no Jack Kirby Hall of Fame em 1995 e recebeu uma National Medal of Arts em 2008.

O Fim da Revista de Humor mais antiga do Planeta



O mundo dos quadrinhos está perdendo mais um ícone: depois de 67 anos de publicação ininterrupta, desde sua primeira edição, a MAD MAGAZINE, ícone ímpar do humor satírico, está dizendo adeus ao mercado de quadrinhos. A DC Comics, que publica a revista, emitiu nota afirmando que a edição de agosto de 2019 foi a última a contar com material inédito. A revista, na verdade, continuou a ser publicada por mais algum tempo, mas trazendo apenas republicações de material antigo, com capas novas. Segundo comentários, a publicação só não está sendo cancelada de vez para atender aos assinantes, mas tão logo todas as assinaturas vençam, deve sair de cena de vez. Da mesma forma, falou-se que uma edição especial de fim de ano poderia trazer material inédito, mas isso carece de confirmação oficial.
O que vale mesmo, é que a MAD, depois de quase 70 anos de existência, é a mais nova vítima dos novos tempos no que se refere ao mercado editorial, e com o agravante de se perder um dos últimos bastiões do humor livre e politicamente incorreto que acabou por se tornar tabu nestes tempos do massacrante estilo do politicamente correto, frente a um público que parece cada vez mais radical e que não sabe mais rir de si mesmo, ofendendo-se por qualquer coisa, por menor que seja, o que tem feito do mundo um lugar cada vez mais chato e egocêntrico.
A publicação estreou em outubro de 1952, sob a batuta do editor Harvey Kurtzman, que trabalhava para a editora EC Comics, de William Gaines., com o título completo de “Tales Calculated to Drive You Mad” (“Histórias com a intenção de levá-lo a loucura”, numa tradução em português), e desde o início, publicava paródias e piadas. O estilo ácido e provocativo da revista logo a colocou na alça de mira do Comics Code Authority, órgão de censura que virou o pesadelo de muitas editoras na década de 1950, concebido para “vigiar” as publicações editoriais estadunidenses depois da polêmica desencadeada pelo livro “Sedução dos Inocentes”, que associava a delinquência juvenil à leitura de quadrinhos por parte dos jovens. A MAD, contudo, conseguiu escapar da censura ao mudar o seu formato para o estilo magazine (revista), dissociando-se do tradicional formato americano que os títulos de quadrinhos ostentavam na época, e dali em diante, nada mais deteria a publicação da EC Comics.
Nada era tabu na revista, que parodiava a tudo e a todos. De grandes sucessos da TV e do cinema, a personalidades e situações do dia-a-dia, tudo era assunto para render piadas, sátiras, e todo tipo de produção humorística que viesse à cabeça de seu grupo de colaboradores. A revista ganhou até seu personagem-símbolo, Alfred E. Newman, que passou a estrelar as capas da revista e várias páginas internas, sempre “interpretando” ou “estrelando” as maiores loucuras imaginadas. Apesar do grande sucesso que a revista estava alcançando, a EC Comics ia mal das pernas, e Harvey Kurtzman teve de pular fora do negócio, ao mesmo tempo que a EC fechava as portas. Mas a MAD seguiu em frente, agora com Al Feldstein como editor, e a partir dali, a publicação viveria seus momentos mais icônicos, chegando no auge a vender mais de 2 milhões de exemplares. Al Feldstein esteve à frente da publicação até 1984, quando se aposentou. A editoria da publicação passaria para a dupla Nick Meglin e John Ficarra, que por lá ficaram até 2004, quando Meglin também se aposentou da função, deixando Ficarra à frente da revista desde então. William Gaines, por sua vez, havia vendido o que restou da EC Comics para a Kinney Parking Company, que também era dona da National Comics, que viria a se tornar a DC Comics. Gaines passou a ser membro do conselho diretivo da Kinney, e teve liberdade para continuar publicando a MAD sem interferências editoriais, e fez isso até 1992, quando morreu, tendo sido um dos pilares que garantiram a independência da publicação, e um dos motivos da sua fama entre os leitores.
Tal sucesso não era obra do acaso. Contando com uma trupe de colabores de peso, como Al Jaffee, Don Martin, Dave Berg, Mort Drucker, Antonio Prohías, Sérgio Aragonés, entre muitos outros, a MAD se notabiliza por um humor politicamente incorreto, onde nada era sagrado, mas fazendo também humor sutil e inteligente, parodiando situações com muita classe e sem cair no baixo calão. A revista ganhou muitos leitores de peso, que declararam publicamente seu amor pelo conteúdo por vezes tresloucado que era publicado, e muitos afirmaram que a decisão da DC, atual editora responsável pela publicação, de encerrar a produção de material para a revista significa uma perda irreparável para o mundo editorial, e ao humor contemporâneo.
Infelizmente, a MAD já não tinha mais a inspiração e a sagacidade dos bons tempos. Mas, em vez de tentar formar uma nova e competente equipe que soubesse dar continuidade ao longo histórico de produções realizadas em quase sete décadas, os manda-chuvas editoriais preferiram a saída mais fácil, que era acabar com o título, ainda que de forma sutil. Não foi uma decadência recente, mas um longo processo que foi se acumulando nos últimos anos, onde a MAD foi perdendo relevância e importância não apenas pela queda da qualidade do que era publicado em suas páginas, mas também por más decisões editoriais, que não souberam atualizar a revista para encarar os novos tempos. Sempre houve lugar para o humor, mas ultimamente essa se tornou uma área cinzenta e hostil, com um público cada vez mais rabugento, que implica com piadas por implicar, onde rir de minorias, gays, entre outros esteriótipos passou a ser visto como discriminação e racismo. O mundo perdeu a graça de saber rir, e parece determinado cada vez mais a ficar mais carrancudo e intolerante. A MAD sentiu isso, ainda mais porque o time criativo dos últimos anos nãol possuía a erudição e o talento com o qual muitos colaboradores de antigamente sabiam fazer piada de uma maneira inteligente sem ser provocativa e esculachada.
O grande sucesso que a MAD fazia no mercado editorial estadunidense não passava despercebido em outros países, e um deles foi o Brasil, onde a editora Vecchi resolveu arriscar e lançou a edição nacional da publicação, em 1974. Com Otacílio D’Assunção à frente da publicação brasileira, a MAD em Português também se tornou um grande sucesso editorial, chegando a vender cerca de 200 mil exemplares por edição. O melhor de tudo foi que, para aumentar o material disponível para publicação, começaram a produzir sátiras e piadas por aqui mesmo, utilizando o trabalho de artistas nacionais, dando um charme adicional à edição brasileira. Foram 103 edições regulares até 1983, além de várias edições especiais, todas encerradas pela falência da Vecchi. Mas, para felicidade dos leitores nacionais, a MAD não ficaria muito tempo longe das bancas: em 1984, a editora Record assumiu a publicação, que teve por lá o seu período mais longevo, terminando apenas no ano 2000, após 159 edições regulares e muitas publicações especiais no meio do caminho com o título MAD in Brazil. E, como vaso ruim não quebrava fácil, a revista continuou nas bancas brasileiras, agora pela Mythos Editora, e sempre com o velho Ota como editor, garantindo a qualidade do conteúdo da revista. A publicação na Mythos encerrou-se em 2006, após 46 números, onde a periodicidade já não era mais mensal como antigamente. O mercado editorial nacional, que nunca foi muito fácil, também tinha lá suas crises, e a MAD também começava a sofrer com isso. Em 2008, a publicação ganhou mais uma chance, agora pela Panini, que lançou a revista de forma mais regular até 2016, com 90 números, para então encerrar definitivamente o ciclo da MAD em terras tupiniquins, até o presente momento. O sucesso da MAD nacional motivou até o surgimento de revistas concorrentes tentando imitar o seu estilo de humor, como a Pancada, mas sem conseguir o mesmo sucesso e popularidade, durando pouco tempo nas bancas nacionais.
O grande sucesso que a MAD fazia no mercado editorial estadunidense não passava despercebido em outros países, e um deles foi o Brasil, onde a editora Vecchi resolveu arriscar e lançou a edição nacional da publicação, em 1974. Com Otacílio D’Assunção à frente da publicação brasileira, a MAD em Português também se tornou um grande sucesso editorial, chegando a vender cerca de 200 mil exemplares por edição. O melhor de tudo foi que, para aumentar o material disponível para publicação, começaram a produzir sátiras e piadas por aqui mesmo, utilizando o trabalho de artistas nacionais, dando um charme adicional à edição brasileira. Foram 103 edições regulares até 1983, além de várias edições especiais, todas encerradas pela falência da Vecchi. Mas, para felicidade dos leitores nacionais, a MAD não ficaria muito tempo longe das bancas: em 1984, a editora Record assumiu a publicação, que teve por lá o seu período mais longevo, terminando apenas no ano 2000, após 159 edições regulares e muitas publicações especiais no meio do caminho com o título MAD in Brazil. E, como vaso ruim não quebrava fácil, a revista continuou nas bancas brasileiras, agora pela Mythos Editora, e sempre com o velho Ota como editor, garantindo a qualidade do conteúdo da revista. A publicação na Mythos encerrou-se em 2006, após 46 números, onde a periodicidade já não era mais mensal como antigamente. O mercado editorial nacional, que nunca foi muito fácil, também tinha lá suas crises, e a MAD também começava a sofrer com isso. Em 2008, a publicação ganhou mais uma chance, agora pela Panini, que lançou a revista de forma mais regular até 2016, com 90 números, para então encerrar definitivamente o ciclo da MAD em terras tupiniquins, até o presente momento. O sucesso da MAD nacional motivou até o surgimento de revistas concorrentes tentando imitar o seu estilo de humor, como a Pancada, mas sem conseguir o mesmo sucesso e popularidade, durando pouco tempo nas bancas nacionais.

Quadrinhos – O Batman que Ri



Origem
A história do Batman da Terra -22 não era muito diferente de qualquer outra versão do Cruzado Encapuzado. Ele também era um membro da Liga da Justiça. Quando o Lex Luthor do seu mundo decidiu se tornar um herói e tentou convencer a Liga a deixá-lo se juntar, ele foi o único a se opor a ele, pois sabia que não acreditava realmente em ser um herói, mas apenas se interessava por si mesmo.
Tudo correu para o lado dele quando o Coringa começou uma onda de assassinatos em Gotham City, quando ele estava morrendo dos mesmos produtos químicos que o transformaram no que ele era. Ele matou todos os inimigos de Batman, incluindo o Pinguim, Mulher-Gato, Crocodilo e o Ventríloquo. Ele também viu o cadáver de seu amigo Jim Gordon que foi morto depois de lançar uma armadilha de ácido plantada pelo Coringa em seu notebook.
Mais tarde, Batman foi drogado pelo Coringa, afetando seu corpo, mas não sua mente, para que ele pudesse testemunhar o caos que causou. O Coringa bombardeou um hospital na frente de Bruce, contou como ele matou Gordon derretendo seu rosto com ácido e matou a tiros os pais de muitas crianças na frente dele antes de começar a injetar as crianças órfãs com o Veneno do Coringa . Batman finalmente se libertou de suas restrições e acabou batendo e sufocando-o até a morte com raiva, repetidamente pedindo que ele parasse. Sem o conhecimento dele, o Coringa exalou uma toxina contida em seu coração, que infectou qualquer pessoa próxima a ele se ele morresse. Nesse caso, era o Batman.
Dois dias após o assassinato do Coringa, Batman e o Superman falaram sobre o que aconteceu. Bruce revelou que o Coringa foi tão longe quanto ele. Embora não sentisse culpa, ele afirmou que não estava planejando fazer da matança uma coisa normal. Superman assegurou-lhe que a filia dos Laboratórios S.T.A.R. em Metrópolis concordou em cuidar de todas as crianças que foram infectadas pelo Veneno do Coringa e adquiriram sua personalidade.
Um dia depois, Batgirl, Asa Noturna, Capuz Vermelho, e o Robin Vermelho estavam treinando na Batcaverna quando notaram que os robôs de treinamento estavam lutando mais do que o normal. Embora tenham conseguido fazer o exercício, Asa Noturna expressou o que todos estavam sentindo; algo estava errado e Bruce os trouxe lá para conversar sobre isso. Bruce explicou que havia sido infectado por uma nanotoxina avançada contida nas células de Coringa para transformar a mente de quem o matou como o dele. Asa Noturna presumiu que ele estava treinando-os para que eles pudessem derrubá-lo caso ele se virasse, mas ele recusou quando a Família Batman pediu que os deixasse ajudá-lo. Batman, no entanto, afirmou que não os havia chamado para ajudá-lo, mas para superá-los enquanto ele atirava em seus ajudantes mortos. Bruce mais tarde convenceu seu filho Damian a ficar ao seu lado.[3] Uma semana após a morte do Coringa, ele havia massacrado o resto da Liga da Justiça usando os estoques de armas de vários vilões que eles haviam construído ao longo dos anos. Na Torre de Vigilância da Liga da Justiça, ele encurralou o Super-homem injetando um gás com infiltração de kryptonita no ar, fazendo os olhos de Clark sangrarem, e afirmou que não queria mais se conter. Clark avisou que as pessoas vão resistir a ele depois de perceber o que ele se tornou; Bruce respondeu que está ansioso por isso, caso contrário não será divertido. Ele então trouxe sua esposa Lois e seu filho Jon antes dele, este último também sofrendo de olhos sangrando.
Bruce zombou dele e pediu que ele mentisse para sua família que tudo ficaria bem, o que Clark recusou. Ele então revelou um Damian deformado e o resto dos Robins para Clark, antes de mostrar uma Kryptonita Negra modificada, afirmando que ele o testou em Supergirl que matou seus próprios pais adotivos antes de morrer. A transformação de Bruce em “O Batman Que Ri” terminou, permitindo que ele gargalhasse quando Clark e Jon separaram Lois antes de morrer depois que ele jogou a kryptonita em sua direção. Ele também matou muitos Homens Imortais, antes de perceberem quantos deles realmente existiam no mundo.
As pessoas da Terra -22 reagiram, mas Bruce aniquilou todos que se opuseram contra ele, até que ele e seus Robins eram tudo o que restavam. O último a enfrentá-lo foi Alfred, que quase conseguiu derrotar Bruce manipulando sua caverna, seus veículos e todo o seu equipamento. Mas convencendo Alfred de que ainda havia esperança para ele, Bruce conseguiu prendê-lo em sub-cavernas e, alimentando-o com restos e sussurrando no ouvido o tempo todo, Bruce conseguiu quebrar Alfred para se tornar seu servo leal novamente.
Quando seu mundo começou a desaparecer da existência, Barbatos chegou e revelou o resto do Multiverso das Trevas para ele, e seus planos de ir atrás do verdadeiro Multiverso também. Acreditando que ele era o bastão ideal para ajudá-lo, ele fez dele a ponta de lança de seus planos de arrastar toda a criação para a escuridão.

Montando os Cavaleiros
O Batman Que Ri foi para o Multiverso das Trevas para montar as versões mais distorcidas do Batman para ajudar a conquistar o Multiverso principal. Viajando para cada um dos mundos dos Cavaleiros minutos antes de serem apagados da existência, ele apelou para o desejo deles não apenas de viver, mas de trazer suas marcas únicas de verdade e justiça para mundos além dos seus. Cada Batman aproveitou a oportunidade e eles esperaram o momento de viajar para Terra 0. Uma vez que a Corte de Corujas os convocou, seu primeiro ato foi fazer com que seus Robins deformados matassem os líderes da Corte. Ele então soltou os Cavaleiros nas cidades de cada membro da Liga da Justiça.
Este Batman foi visto em seguida ajudando os outros Cavaleiros a derrotar o Cyborg a bordo da Torre de Vigilância. Uma vez que Victor caiu, o Batman Que Ri explicou que eles haviam sido chamados para o universo por causa de um grande toque, e que apesar de sua natureza de pesadelo, eles eram necessários para salvar o mundo.
Resistência em Gotham
Nos dias seguintes, o Batman Que Ri assumiu o controle de Gotham, governando sobre ele dos Desafiadores da Montanha. Para causar estragos, o Batman que Ri deu os Cartas feitos de Metalurgia Cósmica a alguns dos maiores inimigos do Batman, incluindo o Charada, a Hera Venenosa, o Chapeleiro Louco, Bane, o Sr. Frio e Vagalume. As cartas permitiram que os vilões alterassem a Realidade, e com eles os vilões governavam diferentes seções da cidade.
Quando o filho do Batman entrou em Gotham procurando por seu pai, ele conseguiu derrubar o Charada com a ajuda do Arqueiro Verde, da Arlequina e do Crocodilo. O Batman Que Ri, então, ordenou que seu filho favorecido se juntasse à briga, já que a torre de Barbatos ainda tinha que ser completada. Depois de encontrar o Asa Noturna, a resistência também foi capaz de derrubar o Senhor Frio e seus monstros de gelo, mas ao fazê-lo, o “filho mais favorecido” do Batman Que Ri seqüestrou e envenou os Jovens Titãs transformando-os em coringa e deu-lhes cartas. Apesar dos obstáculos e da perda do Crocodilo, a resistência conseguiu chegar perto do coração da cidade. Nesse momento, o Batman Que Ri enfrentou pessoalmente a resistência com o resto dos Cavaleiros das Trevas. Antes que ele pudesse tirá-los, eles foram retirados da cidade por Senhor Destino.
O Batman que Ri olha enquanto seus companheiros de equipe torturam a Liga da Justiça, mas sua alegria é interrompida por Cyborg, que salva a Liga da Justiça. Ele ataca a Mulher-Maravilha depois que ela encontra a clava do Gavião Negro, atirando na cabeça dela com balas feitas do 8º metal. Mais tarde, ele revela que capturou o Over-Monitor, que, quando ligado ao cérebro astral do Anti-Monitor, destruiria toda a realidade, tanto o Multiverso das Trevas quanto o Multiverso. No entanto, seu plano é interrompido pela Liga da Justiça e seus aliados do Multiverso, incluindo o Batman de um Universo Antigo, o Vampiro Batman e um Batman da Terra-30. Bruce Wayne, da Terra Primal, enfrenta o Batman Que Ri, resultando em Bruce levando um tiro. No entanto, o Coringa chega e ajuda Bruce no combate contra o Batman Que Ri, cortando os dedos no processo. O Coringa explica para o Batman Que Ri a sua verdadeira fraqueza: ele é capaz de chegar a tudo, mas apenas para coisas que Bruce Wayne pode pensar. E a única coisa que Bruce Wayne nunca planejou é Batman se unindo ao Coringa. Bruce escapa com o Over-Monitor enquanto a caverna desmorona no Batman Que Ri e no Coringa, deixando seus destinos desconhecidos.
O Coringa e o Batman que Ri revelaram ter sobrevivido, o último dos quais foi mantido prisioneiro por Lex Luthor. Depois que Luthor e sua Legião do Mal são derrotados pela Liga da Justiça, ele se desespera o suficiente para recrutar o Batman Que Ri em suas fileiras.
O nome do personagem foi influenciado por dois filmes mudos que inspiraram Bob Kane e Bill Finger para criar tanto o Batman quanto o Coringa: “O Morcego” (1926) e “O Homem Que Ri” (1928).

História – Quando o Homem Deixou de ser Nômade
No crescente fértil foi que o homem deixou de ser nômade. Ali surgiu o primeiro sistema de escrita e também os rudimentares cálculos matemáticos. Desenvolveu-se pioneiramente a agricultura e o comércio. Por tudo isso é que se considera que no crescente fértil nasceu a civilização humana, ou seja, pessoas vivendo em sociedade e de forma fixa, não sedentária.
A região permitiu que tanto desenvolvimento ocorresse por conta da sua localização estratégica: havia ali solo fértil, com fauna e flora diversa e com irrigação constante. O ser humano então passou a utilizar técnicas e ferramentas para tornar a vida fixa possível.
O Crescente Fértil é denominado o “Berço da Civilização”, posto que vários povos da antiguidade (cerca de 10.000 a.C.) se desenvolveram nessa região, daí sua grande importância na história da humanidade.
Corresponde a uma região do Oriente Médio, com aproximadamente 500 mil km2 de extensão. Está localizada entre a Jordânia, Líbano, Síria, Egito, Israel, Palestina, Irã, Iraque e parte da Turquia.
Abriga grandes rios tal qual o Nilo, Tigre, Eufrates e Jordão. Todos eles tornaram a agricultura o principal meio de subsistência das primeiras grandes civilizações da antiguidade oriental.

Resumo
Além da agricultura, atividade que fixou a raça humana em detrimento do nomadismo, o Crescente Fértil destacou-se pelo desenvolvimento social, político, econômico e cultural das civilizações.
Isso desde o surgimento de cidades, do comércio, do alfabeto (escrita) e de diversas ferramentas criadas pelo homem.
Foi nesse contexto que as civilizações antigas se “sedentarizaram”, ou seja, passaram a fixar-se nos locais e a produzir seus próprios alimentos.
Essa “sedentarização” foi o fulcro necessário para o crescimento das cidades e, sobretudo, para o desenvolvimento das antigas civilizações. Destacam-se o desenvolvimento científico, o progresso tecnológico e outros modos de subsistência.
Muitos métodos de agricultura foram utilizados, como os sistemas de irrigação e drenagem de pântanos, que foram se ampliando e propiciando o maior desenvolvimento das civilizações.
Muitos historiadores indicam a região do Crescente Fértil como a precursora da formação das grandes civilizações, denominadas Impérios.
Atualmente, o Crescente Fértil vem sofrendo com diversos impactos ambientais. Muitas das regiões, que antes eram consideradas férteis, hoje foram tomadas pela desertificação, tornando-se assim, áreas improdutivas e inférteis.

Significado
O “Crescente Fértil” ou “Meia Lua Fértil” recebe esse nome uma vez que a região, se olhada no mapa, possui a forma de uma lua em estágio crescente. Ou seja, um semicírculo que, por extensão, recebeu a adjetivação “fértil”.
As cheias dos rios que o circundam, produziam vales com solos férteis (adubo natural rico em nutrientes) favoráveis para a prática da agricultura.
O termo “Crescente Fértil” foi utilizado pela primeira vez pelo arqueólogo e historiador estadunidense James Henry Breasted (1865-1935).
Foi citado em sua obra “Antigos Registros do Egito” (em inglês: “Ancient Records of Egypt”), publicada em 1906. A ideia do autor era designar as áreas da Mesopotâmia e do Egito.

Civilizações
Muitas civilizações se desenvolveram na região denominada de Crescente Fértil, por exemplo, os sumérios, persas, assírios, acádios, egípcios, hebreus, fenícios, mesopotâmicos, dentre outras.
Dessas duas grandes civilizações se destacam: a civilização egípcia, surgida às margens do rio Nilo, e a civilização mesopotâmica, desenvolvida às margens dos rios Tigres e Eufrates.

Cidades da DC Gotham e Metrópolis


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As cidades de Batman e Superman são seriam próximas.
Gotham já não é mais uma cidade dominada pelo crime e pela corrupção, mas que graças aos esforços filantrópicos de Bruce Wayne, a cidade foi trazida de volta à sua antiga glória.
Claro que o Batman também tem sua parcela de crédito pelo desaparecimento dos vilões.

Gotham: Química Ace
Então, temos um vislumbre do prédio da Química Ace, o local de “nascimento” do Coringa. Aqui, o breve comercial faz uma ponte com o Esquadrão Suicida, exaltando a ligação entre os filmes da DC, uma vez que todos fazem parte do mesmo universo.
Como visto no trailer de Esquadrão Suicida, a origem da Arlequina será mostrada, e pelo seu processo de transformação ser muito similar ao do Coringa, ela estará conectada nos mínimos detalhes com a Química Ace.

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Gotham em vida
A cidade brilha ainda mais ao visitarmos a aba especial de Gotham no site da Turkish Airlines. Se você jogou Batman Arkham Kinight sabe que Gotham possui seus bairros temáticos com suas peculiaridade. Isso está presente em peso na versão cinematográfica da cidade. “Os edifícios do centro da cidade de Gotham, incluindo a Torre Wayne, o edifício Ellsworth, a Torre Davenport, e a Torre do Relógio, lançam sombras profundas ao meio-dia, e criam uma corte arquitetônica de reis.” Diz o site. “A Gotham City Opera House e o Teatro Rosemont são pilares gêmeos dos intelectuais, e sua arquitetura chama até mesmo aqueles que não se importam em ver as apresentações”. Um desses dois lugares deve estar relacionado a morte dos pais de Bruce.

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Metrópolis e Gotham: Atrações
No fim ainda temos uma visão panorâmica de Gotham, e o símbolo de uma celebridade local brilhando no céu. Bruce termina convidando a todos a visitarem sua “grandiosa cidade”.
Esta visão mais pessoal, meio celebridade dos super-heróis foi uma sacada muito inteligente da equipe de publicidade do filme, fazendo com que Batman e Superman sejam tratados como atrações. Uma abordagem simples, mas incrivelmente realista e palpável.
Metrópolis e Gotham: Contrastes
Nesta versão, Gotham e Metrópolis são retratadas cidades vizinhas para enaltecer o contraste entre elas.
De acordo com o diretor Zack Snyder, a ideia é mostrar duas cidades irmãs separadas por uma grande baia, como Oakland e San Francisco. Ben Affleck, por sua vez, vê “Metrópolis como uma cidade bem sucedida e saudável, e Gotham como um lugar onde pessoas oprimidas vivem”.
Está claro que Bruce tentou levar Gotham ao mesmo nível da Metrópolis pré-kryptonianos, algo que ele aparentemente conseguiu.

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Metrópolis: Reconstrução
Entretanto, Metrópolis não foi salva apenas pelo Superman. Após a cidade quase ser varrida do mapa, Lex Luthor investiu em sua reconstrução e se tornou uma espécie de símbolo. O comercial trata de deixar bem claro isso, falando da cidade como um local renascido e reconstruído.
Isso tudo tendo acontecido em apenas 18 meses traz à tona o complexo de Deus de Lex. Mas é claro que o símbolo de Lex não é maior que o do Superman, que até ganhou uma estátua em sua homenagem e em homenagem às vítimas da invasão kryptoniana.
Lex possui seus complexos e desejos maquiavélicos de se tornar a pessoa mais poderosa do mundo. O que o diferencia é que ele tem os meios para se tornar o que almeja, mas existe alguém em seu caminho. Lex pôde reconstruir Metrópolis a sua imagem e semelhança, transformando-a na Cidade do Futuro.

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Quadrinhos – Várias Faces de um Coringa


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Coringa é um dos maiores personagens da cultura pop, quiçá o maior vilão de todos os tempos. Mas sua personalidade mudou drasticamente no decorrer dos anos, seja por causa de censuras impostas aos quadrinhos ou para torná-lo mais sádico. Essas mudanças também são bastante representativas nas adaptações, já que o personagem já foi interpretado por quatro atores diferentes: Cesar Romero, Jack Nicholson, Heath Ledger e Jared Leto. Mas você conhece os motivos do Palhaço do Crime ter mudado tanto e quais são as principais diferenças entre essas versões? Você sabia que atualmente todas essas personalidades divergentes são dadas como vários Coringas?

Recentemente, na edição número 42 de Justice League, Batman adquiriu controle da Cadeira de Moebius, um aparato que permite ao usuário conhecimento universal. Uma das questões que Bruce Wayne quis desvendar quando estava sentado nela era a identidade do seu maior inimigo. Para sua surpresa, ela respondeu que existem três Coringas diferentes. Essa história foi escrita por Geoff Johns, que hoje é um dos maiores nomes nas produções dos longas da DC. As interpretações do vilão no cinema são todas diferentes, porém correspondentes às três versões que surgiram nos quadrinhos.

Coringa Mestre do Crime
Esta é a primeira versão do personagem e a única que tem uma origem realmente detalhada. Nascido na Era de Ouro dos quadrinhos, em 1940, o vilão era um serial killer com um senso de humor um tanto controverso. Ele estreia nos gibis anunciando pelo rádio que vai roubar diamantes e assassinar um homem, algo que ele faz pouco depois. Ele continua a matar pessoas pelas edições posteriores, além de transformar o rosto das vítimas no seu sorriso ou fazer máscaras com a pele delas.

Esta versão do Coringa é a que coincide com a interpretação do Jack Nicholson para o personagem, no longa dirigido por Tim Burton em 1989. Entretanto, tal visão violenta do vilão não pode durar muito tempo nos quadrinhos, já que surgiu o Comics Code Authority, um controle que regulamentava o que deveria ou não estar nos gibis. Este sistema foi criado depois que o livro Seduction of the Innocence, do psicanalista alemão Fredric Wertham, alegava que as HQs estavam desvirtuando as crianças. Este tipo de censura, que a própria indústria determinou para não ser perseguida socialmente, marcou o fim da Era de Ouro e uma grande mudança no Palhaço do Crime.

Coringa Brincalhão
A segunda versão do vilão passou de assassino em massa para brincalhão. Tudo que ele mais queria durante esse período era roubar bancos e museus, fugindo das características violentas de anteriormente. Ele não tinha intenção de ferir quem aparecesse pelo caminho, apenas de fazer piadas com quem aparecesse pelo seu caminho. Esse período fez o personagem ficar famoso por aparatos como a flor que espirra água, a pistola que dispara uma bandeira e até mesmo o Jokermobile, um carro roxo com o rosto dele na parte dianteira.

A personalidade mais divertida do vilão ficou conhecida nas telas por causa da interpretação que Cesar Romero deu ao Coringa, na série de televisão da década de 60. No Brasil, essa versão ficou muito mais famosa por causa de Feira da Fruta, uma redublagem feita por fãs que se popularizou pela Internet e até hoje é cultuada.

Coringa Psicopata
Na década de 70, o Coringa foi remodelado novamente. Desta vez, ele voltaria a ser um vilão com instinto assassino. Ele tornou-se muito mais característico por seus problemas mentais, deixando-o completamente insano, fazendo com que as atitudes dele fossem imprevisíveis. Esta personalidade é a que mais faz sentido com o personagem atual, sendo a mais icônica por causa de história marcantes, como A Piada Mortal, no qual ele deixa a Bárbara Gordon paraplégica apenas para tornar o dia do Comissário Gordon ruim e provar seu ponto de vista.
A interpretação de Heath Ledger para o Palhaço do Crime é a que mais se aproxima da psicótica, mesmo que ele tenha características claríssimas de anarquismo, que foram adotados pelo ator durante seu período de estudo do personagem. Ele não tem problema de matar violentamente, vê o Homem-Morcego como sua contra-parte e tenta provar que sua visão do mundo é a correta.

O Quarto Coringa
A versão de Jared Leto, em Esquadrão Suicida, é formada por várias épocas do personagem. O roteiro traz muitos momentos icônicos dele, principalmente em suas vestimentas. Entretanto, ele foge dos aspectos mais comuns do vilão. Ele é um criminoso com estilo de cafetão, a ponto de oferecer a Arlequina para outro bandido, para assim violentá-lo em seguida. Atitude que leva a outra parte nova dele: o envolvimento mais romântico dele com Harleen Quinzel. No longa, ele parece nutrir algum tipo de amor pela moça, algo que difere bastante dos quadrinhos, onde ele claramente abusa dela.

Ele tem várias tatuagens pelo corpo, espalha metodicamente facas pelo chão e faz planos muito bem calculados. Outro ponto curioso é que não dá para entender ainda como ele tornou-se o Coringa, já que ele requisita a Arlequina o pulo nos produtos químicos quando ela está em transição de personalidade. O vilão deve ser melhor desenvolvido no próximo longa do Batman, já que muitas cenas dele foram cortadas de Esquadrão Suicida.
A origem do Coringa tem versões muito diferentes, na série Gotham, por ex, seus ataques de risos seriam provocados por um gás do riso desenvolvido por outro vilão, O Espantalho.
Ele ainda foi visto de outras maneiras em animações e games, nos quais foi brilhantemente o grande vilão da franquia Arkhan. Isto criou muitas visões diferentes para o Palhaço do Crime e que ganharam espaço no cânone das histórias do Batman. Jared Leto apenas começou a introduzir uma no visão para a persona, que deve crescer exponencialmente nos próximos anos.
Coringa, um pesadelo
“Com Gotham à beira da anarquia e cortada do mundo externo, apenas Jim Gordon, Bruce Wayne e um grupo de heróis permanece para retomar a cidade. Inspirado em Terra de Ninguém, vilões como Pinguim, Charada, as Sereias e Jeremiah tomam conta de várias regiões da cidade. A ordem será restaurada ou caos reinará em Gotham?”

Imagem e Semelhança – Coringa X Duende Verde


 

Se você é atento, deve ter notado a incrível semelhança entre os dois vilões
Alex Ross divulgou um vídeo onde compara dois de seus desenhos mais conhecidos envolvendo vilões: o Duende Verde e o Coringa. O desenhista falou sobre a similaridade dos personagens e suas inspirações para criar os desenhos.
A imagem do Duende Verde foi criada especialmente para seu estande em uma SDCC, onde o público veria o Coringa de um lado e o rival do Homem-Aranha do outro. “Foi muito divertido ver as similaridades entre os dois personagens e contrastá-las”.

Quadrinhos – Watchmen


Watchmen
É uma série limitada de história em quadrinhos escrita por Alan Moore e ilustrada por Dave Gibbons, publicada originalmente em doze edições mensais pela editora norte americana DC Comics entre 1986 e 1987.
Watchmen é considerada um marco importante na evolução dos quadrinhos nos EUA: introduziu abordagens e linguagens antes ligadas apenas aos quadrinhos ditos alternativos, além de lidar com temática de orientação mais madura e menos superficial, quando comparada às histórias em quadrinhos comerciais publicadas naquele país. Embora tenha sido publicada originalmente como uma série limitada, logo depois ganhou uma versão encadernada, sendo agora classificada como graphic novel (ou “romance gráfico”). termo que define séries fechadas publicadas como livros, o sucesso de crítica e de público que a série teve ajudou a popularizar o formato conhecido como até então pouco explorado pelo mesmo mercado.
Diz-se que Watchmen foi, no contexto dos quadrinhos da década de 1980 — juntamente com A Queda de Murdock e The Dark Knight Returns, de Frank Miller, e Maus, de Art Spiegelman — um dos responsáveis por despertar o interesse do público adulto para um formato até então considerado infanto-juvenil.
A trama de Watchmen é situada nos EUA de 1985, um país no qual aventureiros fantasiados seriam realidade. O país estaria vivendo um momento delicado no contexto da Guerra Fria e em via de declarar uma guerra nuclear contra a União Soviética. A mesma trama envolve os episódios vividos por um grupo de super-heróis do passado e do presente e os eventos que circundam o misterioso assassinato de um deles. Watchmen retrata os super-heróis como indivíduos verossímeis, que enfrentam problemas éticos e psicológicos, lutando contra neuroses e defeitos, e procurando evitar os arquétipos e super-poderes tipicamente encontrados nas figuras tradicionais do gênero. Isto, combinado com sua adaptação inovadora de técnicas cinematográficas, o uso frequente de simbolismo, diálogos em camadas e metaficção, influenciaram tanto o mundo do cinema quanto dos quadrinhos.
Como vimoos em um outro artigo do ☻ Mega, uma adaptação para o cinema foi lançada em 6 de março de 2009.
Em 2018, a emissora HBO oficializou a produção de uma série baseada na HQ com estreia para 2019, porém anunciou que a história apresentada será diferente dos quadrinhos, apesar de estar situada no mesmo universo.
Ambientada em uma realidade fictícia na qual heróis mascarados (ou fantasiados) são uma presença real na história da humanidade, Watchmen é um drama de crime e aventura que incorpora temas e referências relacionados a filosofia, ética, moral, cultura popular e de massas, história, artes e ciência.

A trama principal trata dos desdobramentos de uma conspiração revelada após a investigação do assassinato de um herói aposentado, o Comediante, que atuara nos últimos anos como agente do governo. Em torno desta história giram várias tramas menores que exploram a natureza humana e as diferentes interpretações de cada pessoa para os conflitos do bem contra o mal, através das histórias pessoais e relacionamentos dos personagens principais.
A responsabilidade moral é um tema de destaque, e o título Watchmen refere-se à frase em latim “Quis custodiet ipsos custodes”, traduzida comumente na língua inglesa como “Who watches the watchmen?” (“Quem vigia os vigilantes?”), tirada de uma sátira de Juvenal. Neste sentido, a obra procura questionar o próprio conceito de “super-herói” comum nos quadrinhos estadunidenses e enraizados na cultura de massas daquele país e a partir daí manifestar-se sobre questões diversas: ao longo de seu texto, a obra (assim como seus próprios personagens) evita mesmo utilizar-se da expressão “super-herói”, preferindo termos como “aventureiros fantasiados” ou “vigilantes mascarados”.

A intenção de Alan Moore foi dar verossimilhança aos personagens de HQ e literatura pulp. Para tanto, não só construiu personalidades bem elaboradas como também detalhou todo um complexo universo sem se esquecer das questões culturais, econômicas e políticas.

Partindo da premissa de que uma criatura tão poderosa quanto o Dr. Manhattan teria conseqüências gritantes na geopolítica mundial, economia e comportamento da sociedade, o roteirista inglês imaginou um mundo onde dirigíveis fossem o meio de transporte mais eficaz e economicamente viável, seguido de perto por eficientes carros elétricos. A genética e a produção de novos materiais também sofreram grande influência dos avanços tecnológicos implementados por Manhattan. No plano político, a existência desse personagem fez a balança da Guerra Fria pender fortemente para o lado dos Estados Unidos. Até 1985, a União Soviética não havia ousado pôr os pés no Afeganistão.
Enredo
Na realidade histórica alternativa apresentada em Watchmen, Richard Nixon teria conduzido os EUA à vitória na Guerra do Vietnã e em decorrência deste fato, teria permanecido no poder por um longo período. Esta vitória, além de muitas outras diferenças entre o mundo verdadeiro e o retratado nos quadrinhos, como por exemplo os carros elétricos serem a realidade da indústria dos automóveis e o petróleo não ser mais a maior fonte de energia, derivaria da existência naquele cenário de um personagem conhecido como Dr. Manhattan, um indivíduo dotado de poderes especiais, os quais o levam a possuir vasto controle sobre a matéria e a energia, elevando-o ao estado de um homem-deus.

Neste mundo, existiriam quadrinhos de super-heróis no final de 1930, inclusive do Superman, os quais eventualmente seriam a principal inspiração para que um dos personagens das série viesse a se tornar um combatente do crime (o primeiro Nite Owl). As revistas deste gênero então teriam deixado de existir, sendo substituídas por quadrinhos de piratas (talvez devido ao surgimento de heróis verdadeiros). O Dr. Manhattan, o único a possuir poderes (como explodir ou desmontar objetos, e até mesmo pessoas, pois controla os átomos), foi o primeiro da “nova era” de super-heróis mais sofisticados que durou do começo dos anos 1960 até a promulgação da Lei Keene em 1977, implantada em resposta à greve da polícia e a revolta da população contra os vigilantes que agiam acima da lei. À época, o grupo conhecido como Crimebusters se dispunha a combater a criminalidade na cidade de Nova York.

A Lei Keene exigia que todos os “aventureiros fantasiados” se registrassem no governo. A maioria dos vigilantes resolveu se aposentar, alguns revelando suas identidades secretas para faturar com a atenção da mídia; caso de Adrian Veidt, o Ozymandias. Outros, como o Comediante e o Dr. Manhattan, continuaram a trabalhar sob a supervisão e o controle do governo. O vigilante conhecido como Rorschach, entretanto, passou a operar como um herói renegado e fora-da-lei, sendo freqüentemente perseguido pela polícia.

A história abre com a investigação do assassinato de Edward Blake, logo revelado como sendo a identidade civil do vigilante mascarado conhecido como O Comediante. Tal assassinato chama a atenção de Rorschach, o qual passará toda a primeira metade da trama entrando em contato com seus antigos companheiros em busca de pistas, considerando praticamente todos como possíveis suspeitos.
Rorschach suspeita basicamente que o evento da morte de Blake estaria relacionado a um possível rancor de criminosos presos pelos heróis no passado, tese que ganha força à medida que outros ex-combatentes do crime e o próprio Rorschach são duramente atingidos por um aparentemente planejado ataque sistemático à suas integridade físicas e credibilidade.
Capítulos
Os nomes dos capítulos refletiam as passagens literárias (Nietzsche, Einstein, a Bíblia Sagrada) ou musicais (Bob Dylan, Jimi Hendrix) do último quadrinho da história.

À meia-noite, todos os agentes…
Amigos ausentes
O Juíz de toda a Terra
Relojoeiro
Temível Simetria
O abismo também contempla
Um irmão para o Dragão
Antigos fantasmas
As trevas do mero ser
Dois cavaleiros estavam se aproximando
Contemplai minhas realizações, ó poderosos
Um mundo mais adorável
Apesar de os heróis de Watchmen serem inicialmente inspirados em personagens da Charlton Comics, vale dizer que Moore tomou emprestado elementos de vários outros quadrinhos, além de criar grande parte dos detalhes.

Os personagens principais da série são:

Comediante (Edward Blake) — Um homem que reconhece o horror presente nas relações humanas e se refugia no humor. Para o personagem, a ironia é, em vários momentos, um reflexo amargo da percepção desse horror. Adaptado do Pacificador, com elementos inspirados em Nick Fury. Edward Blake é cínico e violento, sua “alma de militar” o leva a cumprir seus objetivos muitas vezes a um custo alto.
Dr. Manhattan (Jonathan Osterman) — É o homem-deus, que vê a vida como apenas mais um fenômeno do cosmo, e é o único herói dotado de super-poderes. Dr. Manhatan era um cientista nuclear, acidentalmente desintegrado em uma experiência. Aos poucos sua força de vontade faz seus átomos se unirem novamente e volta à vida, mas de uma maneira diferente. Surge como um ser capaz de manipular a matéria, viajar para pontos longínquos no espaço, desde Marte até outras galáxias, ocupar vários lugares no espaço ao mesmo tempo, ver seu, mas apenas o seu, passado e futuro simultaneamente considerando a relatividade do tempo. Ao contrário do que muitos pensam ele possui sentimentos, porém os demonstra de forma diferenciada. Na história se torna o grande trunfo dos Estados Unidos na área militar e tecnológica. Durante a saga o Dr. Manhattan vai perdendo aos poucos sua humanidade, se tornando um ser menos humano e que enxerga apenas reações químicas. É adaptado do Capitão Átomo.
Coruja I (Hollis Mason) — Policial que se tornou um vigilante inspirado nas HQs e na literatura pulp. Possui um forte senso de dever, e anseia por relações mais ingênuas, onde o bem e o mal estejam bem definidos. Adaptado do primeiro Besouro Azul (Dan Garret).
Coruja II (Dan Dreiberg) — Um intelectual rico, solitário e retraído. Adaptado do segundo Besouro Azul (Ted Kord) com elementos do Batman. É um expert em tecnologia avançada e possui vários equipamentos especiais que usa contra o crime.
Ozymandias (Adrian Veidt) — Um visionário brilhante e ególatra movido por um obscuro senso de dever. Seu codinome vem de um poema de Percy Bysshe Shelley, que descreve a estátua do rei Ozymandias esquecida no deserto. É um bilionário excêntrico, considerado o homem mais inteligente do mundo. Sua inteligência é tamanha que o torna exímio atleta e lutador, consegue desviar de balas pois calcula a trajetória na hora do disparo. Adaptado do Thunderbolt. Possui um lince (fêmea) geneticamente alterado chamada Bubastis. Veidt se aposentou três anos antes da lei Kenee que proibia os vigilantes (menos o comediante e Dr Manhattan).
Rorschach (Walter Kovacs) — Personagem enigmático, pessimista e com muita força interior, é incapaz de se relacionar normalmente com a sociedade. Projeta na luta contra o Mal seu senso de solidariedade e constrói sua própria moral. Rorschach é um sociopata, considerado o terror do submundo e um fugitivo da justiça. É ele quem move o enredo e todos os personagens desde o começo da saga, ao perceber que um complô está em andamento. Foi baseado nos personagens Questão e Mr. A, da Charlton Comics.
Espectral II (Laurie Juspeczyk) — Laurel, ou Laurie, é uma mulher forçada a viver à sombra do pragmatismo de sua mãe, que foi a primeira vigilante a obter lucro em cima do combate ao crime. É ex-mulher do Dr. Manhattan e mantém com ele uma certa cumplicidade. Adaptada da Sombra da Noite, com elementos de Lady Fantasma e Canário Negro.
Before Watchmen (em português: Antes de Watchmen) é uma série de histórias em quadrinhos, que foi publicada pela DC Comics em 2012. Atuando como um prequel da série limitada, o projeto foi composto de sete séries limitadas e um epílogo one-shot. A responsável pela publicação da série no Brasil é a Panini Comics.
As HQs que compõem a franquia são:

Volume 01: Antes de Watchmen: Coruja;
Volume 02: Antes de Watchmen: Espectral;
Volume 03: Antes de Watchmen: Rorschach;
Volume 04: Antes de Watchmen: Dr. Manhattan;
Volume 05: Antes de Watchmen: Comediante;

Volume 06: Antes de Watchmen: Ozymandias;
Volume 07: Antes de Watchmen: Dollar Bill & Moloch;
Volume 08: Antes de Watchmen: Minutemen

 

Cinema – Ponha um Sorriso Nessa Cara!


coringa no cinema
Se Beber, Não Case; Escola de Idiotas; Um Parto de Viagem. À primeira vista, é difícil imaginar que Todd Phillips, diretor de todas essas produções, um dia estaria envolvido em um filme como Coringa – dramático, tenso e violento.
Joaquin Phoenix, por outro lado, é conhecido por interpretar papéis excêntricos – o que combina muito com sua personalidade. Quando ele foi confirmado como o vilão, muita gente comemorou: a opinião geral era que o palhaço cairia como uma luva para ele.
O começo da ideia
Phillips foi o idealizador de Coringa. Em 2016, ele apresentou o projeto para os executivos da Warner, mas revela que não foi nada fácil convencê-los. “Não foi algo da noite para o dia”, disse ele. “Basicamente, eu estava dizendo para pegar um personagem com 75 anos de legado consolidado e criar uma história de origem a ele.”
A ideia do diretor era usar o mundo das histórias em quadrinhos como pano de fundo para fazer o que ele chama de “filmes de estudo de personagem”: histórias como Um Estranho no Ninho, Serpico e O Rei da Comédia, este último uma das grandes inspirações para Coringa.
“Nos últimos cinco, dez anos, os filmes de super-heróis dominaram o cinema. Eles são ótimos, mas não permitem uma abordagem profunda do personagem principal.” Phillips cita A Rede Social, sobre a história de Mark Zuckerberg, criador do Facebook, como um exemplo recente do tipo de produção que ele queria fazer.
Phillips conta que, nas primeiras conversas com o pessoal da Warner, sua sugestão era que a DC Comics criasse um selo de filmes independentes. O “DC Black”, como ele mesmo chamou, serviria para que diretores criassem histórias originais, sem a necessidade de estarem amarradas com o universo cinematográfico de Liga da Justiça, Esquadrão Suicida e cia.
“Claro que, para a Warner, filmes independentes são aqueles cujo orçamento é de US$ 50 milhões, mas o legal dessas histórias é que elas não precisariam ter grandes efeitos especiais, explosões ou prédios caindo.” A ideia não vingou, mas Phillips conseguiu que Coringa saísse do papel.

Dupla dinâmica
Phoenix foi a primeira escolha para o personagem principal. Na verdade, Phillips escreveu o roteiro com ele em mente. “É um dos grandes dessa geração”, elogia o diretor. Mas a primeira reação do ator não foi bem nessa linha.
“Quando recebi o convite, pensei: ‘De jeito nenhum vou fazer isso!’”, disse o ator. Phoenix estava relutante pois não fazia ideia de qual seria a abordagem ideal. Mas assim que Phillips apresentou suas ideias para o filme, ele mudou de opinião.
“O fato desse Coringa dar risadas quase que de forma dolorosa me deixou bastante interessado”, conta Phoenix. “Nunca havia pensado nisso.” Joaquin disse que foi a visão de Phillips sobre o personagem que o fez encarar o papel. “Todd sabia o que estava fazendo. Era o cara certo para dirigir esse filme.”
A dupla dinâmica, então, estava formada. Os dois mergulharam de cabeça na produção. “Nós íamos para o set duas horas antes do início das filmagens e, depois que o dia terminava, conversávamos por mais duas horas sobre o filme”, lembra Phoenix.

Quadrinhos? Hoje não
Tanto Phillips quanto Phoenix bateram na mesma tecla durante a conversa: Coringa não é uma adaptação dos quadrinhos. “É claro que consultamos algo aqui e ali, afinal, não criamos o personagem nem Gotham City”, esclarece o diretor, que cita A Piada Mortal, de 1989, como uma dessas fontes de consulta esporádica. “Mas nós tivemos liberdade para fazer o que quiséssemos.”
Todd se baseou, principalmente, nas lembranças que tinha das histórias que lia quando criança. Ele defende que a ideia, desde o começo, era fazer algo com o máximo de originalidade – opinião compartilhada por Phoenix. “Eu não quis fazer algo baseado em algum quadrinho ou performance anterior”, disse o ator. “Era importante que seguíssemos nosso próprio caminho.”
Ora, se as páginas dos gibis não foram o foco da inspiração, o que seria? Resposta: anos 1970. “Foi nessa época que, na minha opinião, foram feitos os maiores filmes de estudo de personagem”, confessa Phillips. O diretor, então, revisitou os longas da época, como os dirigidos por Martin Scorsese: Taxi Driver, Touro Indomável, O Rei da Comédia…Todos eles, veja só, estrelados por Robert De Niro, que, não por acaso, está em Coringa.
Sem as versões do vilão dos quadrinhos como base, Phoenix e Phillips tentaram criar uma versão mais humana para o personagem. Fleck é um cara desajustado, que sofreu bullying e tem traumas de infância. O desafio da dupla era grande: como transformar uma pessoa vulnerável (e que gera empatia no público) em um vilão enlouquecido?
Phoenix conta que as primeiras cenas gravadas foram as que ele está totalmente vestido como o Coringa. Para ele, apesar da dificuldade inicial em achar o tom do personagem, o processo inverso o ajudou na composição de Fleck. “Dessa maneira, pude entender melhor como o palhaço vivia dentro daquele cara, e como ele foi lentamente evoluindo até chegar no Coringa.”
Para a maquiagem, a produção elaborou mais de 100 versões de rostos de palhaço, até que Todd definiu qual seria. Outra parte difícil de definir foi a risada do Coringa. Phoenix confessou que demorou até encontrar uma versão que o agradasse, e disse só resolveu esse problema quando as filmagens já tinham começado.
Há um futuro para Coringa?
Quando perguntados sobre uma possível sequência, ambos desconversaram. “Acho que vai depender da audiência”, disse Phoenix. “Isso é com o estúdio, mas eu topo fazer qualquer coisa que envolva o Joaquin”, falou Phillips.
O ponto é que Coringa não precisa de uma continuação. “A ideia do ‘DC Black’ foi pensada justamente para proteger esse filme.” Phillips também negou que o próximo Batman, dirigido por Matt Reeves, vá se conectar de alguma forma com o longa. Mas não escondeu o desejo de comandar outra história independente. “Meu herói favorito é o Demolidor, mas se pudesse, adoraria fazer um filme sobre o Rorschach [personagem de Watchmen] nessa mesma pegada intimista.”

A recente controvérsia
Nas últimas semanas, criou-se uma discussão em torno da violência do filme – e o que ela poderia incitar. Para alguns críticos, Coringa pode ser potencialmente perigoso por, de certa forma, enaltecer um personagem mau, fazendo com que pessoas se identificassem com ele da maneira errada.
Nos EUA, por exemplo, o Exército tem tomado cuidado para que ataques não aconteçam durante a estreia do longa. A polêmica chegou até Phoenix: recentemente, ele abandonou uma entrevista após ser questionado se o filme poderia inspirar pessoas com os mesmos problemas do Coringa a fazer o mesmo que o vilão.
O papo com Phoenix e Phillips, porém, aconteceu antes de tudo isso. Mas ambos defendem que o personagem nunca foi pensado como alguém com distúrbios mentais ou com o qual as pessoas se identificariam (e defenderiam). “Eu sempre acreditei que, de um jeito ou de outro, filmes funcionam como um espelho, que reflete o que está acontecendo com a sociedade naquele momento”, disse Todd. “Nosso objetivo era que a história funcionasse de maneiras diferentes para cada pessoa que assistir. (…) E se elas começarem a discutir a partir do filme, é uma coisa boa.”

Mega Sampa – Exposição do 80 Anos de Batman Chegou em S. Paulo


Batman expo
Batman, o famoso Cavaleiro das Trevas, é um personagem nascido nos quadrinhos em 1939 — pois é, o morcego já é um oitentão. Um fenômeno que atravessou décadas e nunca deixou de ser popular, o personagem já foi mais sombrio, mais fanfarrão, soturno e até detetive.
A expo dos 80 anos do heroi dos quadrinhos, telinha e telona chegou em S Paulo e será exibido no Memorial da América Latina.
Na mostra de Ivan Freitas da Costa (o mesmo curador do sucesso recente Quadrinhos, que ficou em cartaz no MIS), a ideia é que o visitante se sinta como o personagem. O percurso, com doze ambientes famosos de Gotham City, é o mesmo do super-herói em uma de suas missões.
Tudo começa na mansão Wayne, com uma grande mesa de jantar vazia. O super-herói, vale lembrar, não tem família e foi acompanhado por seu fiel mordomo, Alfred — pelo menos essa é a versão mais popular da história do personagem, que já foi criado até por tios nas histórias em quadrinhos.
A mesa central tem um tampo “aberto”, com vidro por cima e vários quadrinhos históricos dispostos no interior. Apesar de ser ambientada como uma cena de jantar, com comidas e utensílios cenográficos, o móvel também funciona como linha do tempo. O visitante pode acompanhar a evolução da publicação desde o começo até a recente número 1 000, lançada em maio de 2019. Essa última, segundo Ivan, foi o item mais trabalhoso de conseguir. Vale o aviso: o ambiente inicial é um pouco escuro e sobram efeitos sonoros estrondosos, ou seja, alguns sustos podem acontecer.
A mesa central tem um tampo “aberto”, com vidro por cima e vários quadrinhos históricos dispostos no interior. Apesar de ser ambientada como uma cena de jantar, com comidas e utensílios cenográficos, o móvel também funciona como linha do tempo. O visitante pode acompanhar a evolução da publicação desde o começo até a recente número 1 000, lançada em maio de 2019. Essa última, segundo Ivan, foi o item mais trabalhoso de conseguir. Vale o aviso: o ambiente inicial é um pouco escuro e sobram efeitos sonoros estrondosos, ou seja, alguns sustos podem acontecer.
A marca da cenografia é essa: a exposição não é apenas um lugar para tirar fotos, mas também não segue o modelo clássico de uma exibição ou mostra. Apesar da beleza dos ambientes, quase sempre pensados como cenários do universo Batman, ainda há muita informação para absorver por ali. E é tudo bem didático, não tem problema se você não for o fã número um do morcego. Também não é obrigatório conhecer a história original dos quadrinhos. A intenção, segundo Ivan, é atender a todos os públicos, desde o “superfã”, passando pelos cosplayers até o público leigo. A responsável pela expografia é a agência Caselúdico, que reúne em seu portfólio as mostras O Mundo de Tim Burton (MIS, 2016), Castelo Rá Tim Bum (Memorial da América Latina, 2018) e a recente Entra que Lá Vem História, em cartaz no Shopping Eldorado até 22 de setembro.

O caminho segue para a batcaverna. “É hora de colocar o uniforme”, brinca Ivan. Na sala, o visitante dá de cara com o uniforme do Robin, exposto da mesma maneira que o morcego fazia após o Menino Prodígio ser morto pelo Coringa em um dos quadrinhos protagonizados pelo super-herói. Ali estão alguns brinquedos originais da chamada batmania, período após o lançamento da série de 1966, em que produtos inspirados no universo Batman tomaram conta das prateleiras das lojas. Tem de tudo: carrinhos, bonecos, máscaras esquisitas e até uma pistola de água com design pra lá de inusitado.
Saindo da exposição, a brincadeira continua com a clássica lojinha temática. A cenografia segue a mesma linha da mostra e os produtos são dispostos em prédios de Gotham City. Nem a área de alimentação escapou da caracterização, recebendo elementos temáticos.
São esperados 200 000 visitantes até novembro. Ivan conta que começou a planejar essa mostra há cerca de dez anos, logo após a Batman 70, que aconteceu em Belo Horizonte. O curador, no entanto, garante que mais difícil do que decidir o que fará parte da exposição, é escolher o que deixar para trás. O acervo é dividido entre itens de sua coleção particular e a de Marcio Escoteiro, maior colecionador do homem-morcego no Brasil.

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Marvel – Luto no QG dos Vingadores


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Stanley Martin Lieber nasceu em 1922, em Nova York, nos Estados Unidos. Começou a trabalhar em HQs com o pseudônimo de Stan Lee em 1939, contratado por John Goodman, fundador da Timely Publications e primo de sua mulher, Joan.
Ele foi um dos nomes mais importante dos quadrinhos americanos ao criar super-heróis como Homem-Aranha, Thor, Hulk, X-Men, Pantera Negra, Homem de Ferro, Doutor Estranho e Demolidor.
Roteirista e editor da Marvel, foi um dos responsáveis por transformar a empresa na maior editora de quadrinhos do mundo a partir de 1961.
Após a mudança do nome da editora, primeiro para Atlas Comics, e depois para Marvel Comics, Lee revolucionou o mercado de quadrinhos ao modernizar o gênero de heróis com criações para um público mais velho, como o lançamento de “Quarteto Fantástico”.
Com dramas familiares e heroísmos que utilizavam elementos de ficção científica, as histórias ajudaram na fama de personagens mais complexos e realistas da Marvel em relação à sua principal concorrente, a DC.
O mesmo aconteceu com o Homem-Aranha em 1962, um jovem adolescente que dividia suas aventuras com problemas no colégio e contas a pagar, e que se tornou um dos heróis mais populares dos quadrinhos.
Em parceria com artistas como Jack Kirby e Steve Ditko, Lee ainda criou outros personagens icônicos, como Hulk, Thor, Homem de Ferro e Demolidor.
Em 1963, com a cabeça no movimento por direitos civis de negros no Estados Unidos, lançou os X-Men, uma equipe de mutantes que eram marginalizados e hostilizados pelos humanos.
Dos quadrinhos para cinema e TV
Em 1981, Lee transformou seus heróis em desenhos animados exibidos por emissoras de TV.
Quando a Marvel Comics e a Marvel Productions foram adquiridas pela New World Entertainment em 1986, os horizontes do quadrinista foram se expandido ainda mais.
Lee teve a oportunidade de se envolver mais profundamente na criação e desenvolvimento de filmes e seriados. Ele constantemente fazia aparições nas produções do estúdio.
“Meu pai amou todos seus fãs. Ele era o melhor homem e o mais decente”, comentou a filha do editor, Joan Celia Lee.

lee e bush

 

 

Quadrinhos – O Quarteto Fantástico


quarteto fantástico
Nome original Fantastic Four
Membro(s) Lista de Membros do Quarteto Fantástico
Fundadores Senhor Fantástico
Mulher Invisível
Tocha Humana
Coisa
Criado por Stan Lee
Jack Kirby
Primeira aparição The Fantastic Four #1 (Novembro de 1961)
Editora(s) Marvel Comics (US)
Panini Comics (BR)
Base de operações Edifício Baxter

É uma equipe de super-herói de histórias em quadrinhos publicados pela Marvel Comics. O grupo estreou em The Fantastic Four #1 (data de novembro 1961), que ajudou a inaugurar um novo nível de realismo no meio. O Quarteto Fantástico foi o primeiro time de super-herói criado pelo escritor-editor Stan Lee e o ilustrador Jack Kirby, que desenvolveram uma abordagem colaborativa para a criação de quadrinhos com este título que usariam a partir de então.

Como a maioria dos personagens criados pela Marvel durante a década de 1960, o Quarteto Fantástico deve os seus poderes à exposição a radiação, neste caso mais especificamente à radiação cósmica, com a qual teriam entrado em contacto durante uma viagem de exploração espacial.

Embora a formação do grupo mude ocasionalmente, a equipe mantêm-se estável em volta dos quatro amigos que ganharam superpoderes ao serem atingidos pelos raios cósmicos.

A equipe iniciou-se com a renovação da Marvel que ocorreu na década de 1960 sob o comando de Stan Lee. Permaneceram mais ou menos populares desde então e foram adaptados para outros meios, incluindo três séries relativamente bem-sucedidas de desenhos animados e, até ao momento, três filmes lançados respectivamente em 2005, 2007 e 2015.

Em 2015, a revista entrou em hiato devido à problemas jurídicos com a 20th Century Fox, cujos executivos pleitavam que o estúdio detinha os direitos autorais sobre os personagens.

Em 2018, foi revelado o retorno da revista para Agosto desse mesmo ano, a contagem reiniciaria e Dan Slott estaria no roteiro da série.
Segundo a lenda, em 1961, o editor-chefe da Marvel, Martin Goodman, estava a jogar uma partida de golfe com o editor rival Jack Liebowitz da DC Comics. Liebowitz contou a Goodman sobre o sucesso que a DC estava a ter recentemente com a Liga da Justiça, um nova série que apresentava uma equipe formada por vários personagens de sucesso da editora.
Baseado nesta conversa, Goodman decidiu que sua companhia deveria começar a publicar a sua própria série sobre uma super-equipe. Lee, que estava prestes a deixar a indústria assim que seu contrato acabasse, associou-se ao desenhista Jack Kirby para produzir uma revista inovadora protagonizada por uma família de super-heróis, Reed Richards (Senhor Fantástico), Sue Storm (Garota Invisível), Ben Grimm (Coisa), e Johnny Storm (Tocha Humana) que eram imperfeitos e consequentemente mais humanos do que qualquer herói publicado à época, dessa forma, tornando-se o standard para a editora ao longo dos anos.
Em Fevereiro de 2004, a Marvel lançou o Quarteto Fantástico Ultimate, uma versão do grupo para o universo Ultimate. Também lançou a Marvel Knights 4. Apesar de não ser exatamente voltada para adultos, os títulos Marvel Knights procuram atingir uma faixa de público um pouco mais velho.
O Quarteto Fantástico apareceu pela primeira vez no Brasil na revista do Demolidor, publicada pela EBAL a partir de 1969. Em 1970, foi lançada a revista própria dando sequência às histórias. A revista durou até 1972. Depois de um curto período pela GEA, o Quarteto retornou à EBAL, que continuou as aventuras na revista do Homem-Aranha que teve o último número publicado em janeiro de 1975. Nas revistas do aracnídeo foram publicadas pela primeira vez no Brasil as famosas histórias da “Trilogia de Galactus”, “Inumanos”,[7] “Pantera Negra” e outros clássicos do Quarteto produzidos pela dupla Stan Lee/Jack Kirby.

Depois da fase da EBAL, o Quarteto Fantástico foi relançado em revista própria pelas Editoras Bloch, que lançou primeiramente as aventuras solo do Tocha Humana e do Tocha Humana Original, e RGE. Depois de pouco mais de uma dezena de números nesta última, a revista seria cancelada e os direitos do personagem passaram para a Editora Abril, aonde se mantiveram até o ano 2000. Actualmente, é distribuída pela Panini, onde suas histórias são a base do “Universo Marvel”.
Os super-poderes do Quarteto Fantástico foram obtidos quando um foguete espacial experimental projectado por Reed Richards atravessou uma tempestade de raios cósmicos durante seu voo experimental. Depois da aterrissagem forçada de regresso à Terra, os quatro tripulantes da nave descobriram que se tinham transformado e possuíam novas e bizarras habilidades.
Reed podia esticar seu corpo e assumir qualquer formato. A sua noiva, Susan Storm, ganhou a habilidade de se tornar invisível, vindo posteriormente a desenvolver as habilidades de projectar campos da força e de tornar objectos visíveis em invisíveis. O seu irmão mais novo, Johnny Storm, adquiriu o poder de controlar o fogo e, devido à alteração de temperatura do ar à sua volta, pode voar. Por último, o piloto Ben Grimm foi transformado em um monstro rochoso, dotado de força incrível e cuja carne é quase invulnerável. No entanto, Reed culpa-se constantemente desse facto devido à impossibilidade de o Coisa assumir a forma humana e se sentir traumatizado com isso. O Coisa tornou-se uma espécie de figura paternal no meio do grupo, apresentando sempre como contraponto um humor cáustico muito próprio. Ao longo dos tempos transformou-se no personagem mais amado, por ser directo e não ter meias palavras, dizendo directamente o que pensa.
Os quatro personagens foram moldados inspirados nos clássicos quatro elementos gregos: Terra (Coisa), fogo (Tocha Humana), vento (Mulher Invisível) e água (a “fluidez” do Senhor Fantástico). Estes mesmos quatro elementos inspiraram também uma criação anterior de Jack Kirby, os Desafiadores do Desconhecido.

A equipe de aventureiros, passou a proteger a humanidade, a Terra e o Universo de inúmeras ameaças. Incentivados principalmente pela curiosidade científica de Reed, a equipe explorou o espaço, a zona negativa, o Microverso, outras dimensões e quase cada vale escondido, nação ou civilização perdida do planeta. O Quarteto faz a ponte entre personagens mais “cósmicos” da Marvel, tais como o Surfista Prateado ou o Vigia e os mais “terrestres”, Homem-Aranha e X-Men.

O Quarteto Fantástico já ocupou vários quartéis-generais, o mais notável foi o Edifício Baxter em Nova York. O edifício Baxter foi substituído pelo Four Freedoms Plaza, construído no mesmo local, após a destruição do Edifício Baxter infligida por Kristoff Vernard, filho adoptivo do Doutor Destino, o arqui-inimigo do grupo, tendo o grupo ocupado provisoriamente a Mansão dos Vingadores antes de o Four Freedoms Plaza estar terminado. Também houve o Pier 4, um armazém no litoral de Nova York que serviu de sede provisória após o Four Freedoms Plaza ter sido destruído, devido às acções de outra equipe de super-heróis, os Thunderbolts. Mais recentemente, utilizam um satélite orbital como base.

A revista enfatiza o fato de que o Quarteto, ao contrário da maioria das super-equipes, serem literalmente uma família. Três dos quatro membros são oficialmente parentes, sendo a excepção o Coisa que é um amigo chegado da família. Além deles, os filhos de Reed e Sue Richards, Franklin e Valeria, aparecem regularmente na série.

Ao contrário da maioria dos super-heróis, as identidades do Quarteto Fantástico não são secretas. A parte negativa disso é a vulnerabilidade que o fato confere aos amigos e família. A parte positiva é a simpatia que o Quarteto tem junto à população humana, que admira suas proezas científicas e heróicas.
Durante a Guerra Civil surge a primeira divisão no Quarteto. Sue e Johnny unem-se aos Vingadores Secretos do Capitão América, o Coisa muda-se para Paris, regressando aos EUA somente na batalha final ao lado do Capitão América, Reed foi um dos líderes da força do Homem de Ferro e a favor do registo oficial dos super-heróis.
Mulher-Hulk – Substituiu o Coisa quando este ficou por conta própria no planeta do Beyonder, após as Guerras Secretas.
Cristalys – Uma Inumana e ex-namorada de Johnny Storm que teve de abandonar o grupo por não conseguir adaptar-se a poluição terrestre. Substituiu a Mulher Invisível aquando da sua primeira gravidez.
Outros membros provisórios, foram: A inumana Medusa, o herói de aluguel Luke Cage, uma outra namorada do Tocha Humana, Frankie Raye que tinha poderes semelhantes aos dele e que mais tarde se tornou o arauto de Galactus com o nome de Nova, Sharon Ventura usando o nome de Miss Marvel (não confundir com a ex-vingadora Carol Danvers que também usou esse nome) e que durante uma certa época se tornou uma versão feminina do Coisa.
Em uma história, uma fugitiva Skrull veio a terra e nocauteou todos os membros do Quarteto Fantástico. Então ela chamou alguns heróis para supostamente vingar sua família. O grupo era formado por Wolverine, Hulk, Motoqueiro Fantasma e Homem-Aranha.
[homem aranha] esta no quarteto fantastico no lugar do tocha humana.