Alerta – Aquecimento global pode reduzir fotossíntese


Se a humanidade não fizer nada para reduzir o uso de combustíveis fósseis, as emissões de CO2 não vão diminuir. Elas tenderão, pelo contrário, a crescer – e o planeta poderá alcançar 4,3oC de aquecimento global.
Essa é a pior das hipóteses, o mais catastrófico dos quatro cenários projetados pelo IPCC (Intergovernmental Panel on Climate Change), grupo internacional de cientistas que analisa o aquecimento global.

Pode acontecer, com diversas consequências graves – que incluiriam, como aponta um novo estudo (1), a queda da capacidade fotossintética das florestas tropicais.

Pesquisadores dos EUA, do Brasil e da Austrália cruzaram medições de temperatura via satélite com amostras florestais, e descobriram duas coisas. A primeira é que, hoje, as folhas das plantas já passam de 40oC em alguns momentos.
A segunda é que o calor extremo reduz a fotossíntese. Eles calcularam que, se as florestas sofrerem mais 3,4 a 4,4oC de aquecimento, começarão a perder sua capacidade de fazer esse processo, em que as plantas absorvem CO2.
E isso teria um efeito extra: sobraria mais dióxido de carbono na atmosfera, realimentando o aquecimento global. 

Sustentabilidade – A Agricultura Vertical


Crescendo tanto em tamanho quanto em número, as cidades em todo o mundo estão experimentando uma expansão acelerada. Com áreas verdes sendo regularmente perdidas para a urbanização ou seus efeitos — como o aumento do nível do mar ou desastres ambientais — e populações em expansão trazendo mais bocas para alimentar, as indústrias agrícolas estão em crise. Visto por muitos como solução, a agricultura vertical é a prática de empilhar camadas de cultivos uns sobre os outros, usando a mais recente tecnologia de design e engenharia para produzir mais em menos espaço.

A agricultura tradicional horizontal, no entanto, faz mais pelo meio ambiente do que simplesmente cultivar nossa comida. Os espaços verdes ao ar livre muitas vezes servem como habitats naturais, filtragem do ar e controle de temperatura para a área circundante. Ao levar o conceito de agricultura vertical para o mundo da arquitetura, podemos trazer toda a bondade da fazenda diretamente para nossa porta.
Absorvendo e reemitindo o calor do sol, infraestruturas urbanas como rua e prédios criam um efeito de ilha de calor. Para abordar e reduzir isso, muitos novos edifícios tendem a empregar fachadas verdes. O prédio do Urban Farming Office da VTN Architects, por exemplo, tem como objetivo reverter a divergência da cidade de Ho Chi Minh de suas origens como uma floresta tropical exuberante. ‘Demonstrando a possibilidade de agricultura urbana vertical’, introduz a VTN Architects, sua fachada cria um ‘microclima confortável em todo o prédio, filtrando a luz solar e purificando o ar’.

Não é apenas nas fachadas dos edifícios onde a agricultura vertical pode ter um efeito positivo na qualidade do ar. No The Offices of Buck O’Neill Builders da jones | haydu, por exemplo, uma parede viva atrai e filtra o ar através de sua variedade de plantas, antes de reciclá-lo de volta ao espaço com um ventilador conectado. Na Bathyard Home, a Husos Architects demonstrou o valor que certas plantas amantes da umidade podem ter. ‘Em uma localização estratégica entre dois espaços úmidos’, explicam os arquitetos, as plantas envasadas, elevadas e penduradas absorvem o excesso de umidade e, portanto, reduzem o mofo no pequeno banheiro central. Embora benéficos em nível pessoal e público, produtos e instalações naturais, como paredes vivas, requerem sistemas de irrigação complexos, ocupando mais espaço e exigindo manutenção regular. Tal despesa contínua pode estar fora de questão para alguns orçamentos de projetos, mas o bônus biofílico da estética por si só ajuda a melhorar a saúde mental e o bem-estar.

Onda de Calor – Inferno no Inverno


O verão é em dezembro, mas o calor chegou 3 meses antes, ainda no final do inverno.
Há um alerta de perigo para essa onda de calor, com temperaturas 5°C mais quentes que a média do ano passado.
A culpa do calorão é uma forte massa de ar quente que se espalhou em grande parte do país, bloqueando chuvas e frentes frias. O próximo fim de semana deve ser tórrido em São Paulo, com temperaturas acima de 35°C. Com o aumento de temperatura, surgem alguns grupos de risco como os idosos por exemplo. Com um aumento de 2°C na média global, mais de 25% das estações meteorológicas da EDuropa vão registrar temperaturas letais para seres humanos jovens e saudáveis no mínimo uma vez nos próximos 100 anos.
No ano passado, o verão europeu já mostrou que não estava pra brincadeira, matando 60 mil pessoas no continente entre maio e setembro. O que veremos na Europa e América do norte, é um aumento enorme da incidência de tais ondas de calor a medida que o mundo se aquece entre 1,5 e 2,0 graus, mas esse é só um retrato simplificado de um confuso desequilíbrio.

Qual Limite de Calor o Corpo Humano Suporta?


Os pesquisadores vem tentando descobrir devido as recentes ondas de calor e não estamos falando de situações extremas como alguém perdido no deserto. A ideia é saber até que ponto um cidadão comum numa cidade comum é capaz de sobreviver a um aquecimento progressivo. Com uma técnica chamada bulbo úmido, foram realizadas experiências para simular o suor humano. O suor é a última barreira do organismo contra o calor, o próximo passo é pasar mal. Foi descoberto que o limite pe de 35°C, depois disso, somente com algum auxílio externo, como um ar condicionado por ex. Uma exposição prolongada a mais de 6hs numa temperatura dessas pode ser fatal. Vale lembrar que 35°C não é atemperatura ambiente e sim do bulbo úmido, dependendo das condições de umidade. Isso é uma estimativa e não uma regra, já que há indivíduos adaptados a temperaturas mais altas.

Biologia – Espécies Invasoras


O pombo que você vê aos montes pelas ruas não é um animal nativo brasileiro.  A espécie foi trazida pelos europeus ainda lá no século XVI, como (pasme) animal de estimação. Hoje, eles podem ser considerados pragas, mas estão longe de serem as piores espécies invasoras.  Recentemente, um grande estudo publicado pela Plataforma Intergovernamental sobre Biodiversidade e Serviços Ecossistêmicos (IPBES), trouxe um alerta.  Espécies invasoras ou exóticas estão se espalhando cada vez mais, em uma velocidade que não estamos conseguindo conter. Essas espécies nada mais são do que animais que foram levados e introduzidos (de forma intencional ou não) para um habitat diferente do seu natural.

Sendo formado por uma complexa e intrincada rede, o equilíbrio do ecossistema é como um castelo de cartas. Uma carta fora do lugar é o suficiente para colocar tudo abaixo.

Mais de 37.000 espécies exóticas foram introduzidas pelo ser humano em diferentes regiões ao redor do mundo. Dessas, pelo menos 3.500 são prejudiciais para o ambiente, com um dano estimado em 400 bilhões de dólares por ano. Em um artigo publicado pela Nature, entre os anos de 1970 e 2017.

o prejuízo estimado em danos e custos para a contenção dessas espécies chegou a 1,28 trilhão de dólares.

Seja em terra ou no mar, essas espécies “alienígenas” estão espalhadas por todos os lugares e por todos os grupos de seres vivos.  As formigas de fogo vermelhas 

Formigas vermelhas

Originárias da América do Sul, elas chegaram em Sicília, na Itália, e estão deixando as autoridades europeias em alerta.

Suas colônias crescem rapidamente e, com uma picada venenosa, conseguem atacar presas e outras espécies com várias vezes o seu tamanho.

Ainda não se sabe como elas chegaram lá, mas pesquisadores apontam que elas provavelmente vieram em navios de carga de lugares como EUA, China  ou Taiwan. Com a globalização, as chances delas conseguirem viajar em gramados e plantas é bem maior. 

Jacintos de água

Também conhecidas como aguapés, a Pontederia crassipes cada vez mais sufoca o Lago Vitória, na África Oriental.

Também originárias da América do Sul, essa planta aquática em certo momento já cobriu quase 90% do Lago Vitória. Com rápida disseminação, essa planta bloqueia a entrada de sol, afetando toda a vida aquática do local – além de se tornarem vetores para a criação de mosquitos. Ela é uma flor do tipo ornamental, e acredita-se que foram levadas pelos belgas na década de 1980.

Caramujo Gigante Africano

Por aqui, uma das espécies animais que mais causa problemas é esse molusco gigante, o Lissachatina fulica.

Ele foi introduzido no Brasil nos anos 80, como uma alternativa barata para a produção do famoso prato francês escargot. O tiro saiu pela culatra. 

Não havendo um mercado consumidor desse tipo de alimento, os animais foram jogados fora, e se espalharam rapidamente. 

Os caramujos podem colocar até mais de 500 ovos por vez, e já podem ser encontrados em quase todos os estados do país.

Carpa comum

Originário da Europa, o Cyprinus carpio é um dos animais exóticos mais introduzidos em outros habitats do mundo. 

O grande problema é que, além de se reproduzirem rapidamente, sua técnica de alimentação pode causar danos para as outras espécies nativas, já que essa carpa geralmente se alimenta remexendo os sedimentos.

Cobra-arbórea-marrom

Essa aqui foi responsável por quase acabar com diversas espécies de uma ilha inteira. A Boiga irregularis, foi levada acidentalmente para a Ilha  de Guam, no pacifico, após o fim da Segunda Guerra Mundial. Sem a presença de predadores naturais, a cobra foi responsável por causar a extinção de várias espécies de aves e pequenos lagartos nativos da própria ilha.

Planeta Terra-Mudanças Climáticas no Planeta


As mudanças climáticas são, sem dúvidas, um dos maiores desafios da sociedade atual. Apesar de sempre usarmos o urso-polar como símbolo dessas mudanças, as alterações no clima estão longe de atingir apenas esses animais. Os impactos das mudanças climáticas são significativos e afetam desde a nossa saúde até a produção de alimentos. A seguir, você entenderá melhor o que são as mudanças climáticas e como elas afetam a nossa vida e a dos outros seres vivos do planeta.
Mas, afinal, o que são mudanças climáticas e quais as causas?
Mudanças climáticas são alterações provocadas nos padrões climáticos a longo prazo com base nas alternâncias meteorológicas, ou seja, nas condições do tempo observadas por um período. Elas podem ser causadas por processos naturais e também pela ação do homem.
Causas naturais e Causas antrópicas
Incidência solar: A radiação solar que chega até a superfície pode variar, podendo ser mais elevada ou reduzida em alguns períodos.
Queima de combustíveis fósseis, o que emite à atmosfera gases de efeito estufa.
Órbita da Terra: O planeta sofre variação em sua órbita segundo os movimentos que realiza, o que faz ele receber mais ou menos radiação solar.
Aumento do desmatamento, ou seja, da retirada da cobertura vegetal.
EL Niño e La Niña: Esses fenômenos causam alterações na temperatura média das águas do Pacífico, modificando as condições climáticas das áreas em que atuam.
Emissão de gases poluentes à atmosfera por indústrias e automóveis.
Atividade vulcânica: Os vulcões podem apresentar períodos de maior atividade. Em situações de elevadas ocorrências de erupções vulcânicas, ocorre o sistema de resfriamento climático da Terra.
Poluição do solo e dos recursos hídricos, o que altera o equilíbrio ambiental.

Distribuição Mundial De Água


Infelizmente, a maior parte da hidrosfera do planeta, 97%, é composta por água dos mares e oceanos que, por serem extremamente salgadas, são impróprias para consumo. Em alguns locais, pratica-se a dessalinização da água, mas esse processo é caro e pouco eficiente, sendo ainda pouco praticado.
Da água restante do mundo, 71% dela está em forma de gelo nas calotas polares. Como o processo de transporte dessas geleiras é caro e também pouco eficaz, quase não há atividades referentes ao abastecimento de localidades através do manuseio de icebergs. Os outros 29% restantes de água potável no mundo estão distribuídos em águas subterrâneas (18%), rios e lagos (7%) e umidade do ar (4%). Assim, percebemos que o problema da água para o ser humano reside no fato de a sua maior parte não estar viável para consumo. Apesar disso, mesmo com o fato de a proporção de água potável disponível ser reduzida, ainda sim estamos falando de uma quantidade muito grande de água. No entanto, o seu mau uso vem reduzindo drasticamente a sua disponibilidade, seja através da péssima manutenção dos rios, seja pela sua poluição. Por esse motivo, estima-se que a água seja um dos principais fatores geopolíticos ao longo do século XXI.
Outro fato agravante é a má distribuição dessa água potável pelo mundo. Algumas regiões do Oriente Médio e da África, por exemplo, apresentam uma significativa crise quanto ao abastecimento de água, o que se agrava com a ausência de saneamento básico para boa parte da população.

No caso do Brasil, há certo privilégio, pois somos o país que possui a maior disponibilidade de água potável, com cerca de 11% do total. Porém, trata-se de uma falsa abundância, pois também em nosso território essa água é mal distribuída. A sua maior parte encontra-se na região Norte do país, zona menos habitada e com solos pouco agricultáveis. As regiões Sul, Sudeste, Centro-Oeste e Nordeste dividem a quantidade restante, sendo que essa última é a que mais sofre com os problemas de escassez de água.
Por esse motivo, além de se promover uma maior conscientização popular sobre o correto uso, armazenamento e preservação da água e de suas fontes naturais, é preciso também a realização de políticas públicas para garantir o seu acesso por toda a população, com ações de democratização estrutural, como o saneamento básico.

Consumo Mundial de Água


O consumo de água no mundo é um dos grandes temas em debate na atualidade. Em uma média total, a maior parte da utilização da água é realizada pela agricultura, que detém 70% do consumo; seguida pela indústria, que detém 22%; e pelo uso doméstico e comercial com 8%. No entanto, nos países subdesenvolvidos, essa média é diferente: a agricultura representa 82%; a indústria, 10%; e as residências, 8%. Nos países desenvolvidos, a relação dessas atividades com o consumo é de 59% para a indústria, 30% para a agricultura e 11% para o uso doméstico.

Por razões econômicas, estruturais e sociais, os países desenvolvidos consomem muito mais água do que os subdesenvolvidos e emergentes, tanto nas práticas econômicas quanto no uso direto individual. Para se ter uma ideia, em alguns países desenvolvidos, como nos Estados Unidos, uma pessoa consome em média 575 litros de água, enquanto em países subdesenvolvidos a maior parte dos habitantes convive com apenas 15 litros por dia, o que revela as grandes desigualdades econômicas e sociais existentes ao redor do globo.
É claro que, à medida que alguns países periféricos ou emergentes vão promovendo uma relativa melhoria de suas economias e também de suas estruturas sociais, o consumo de água vai se acentuando, o que também eleva a média global. Na tabela a seguir podemos conferir o crescimento do consumo de água no mundo:
Entre 1990 e 1950, o consumo passou de 580 para 1400 km³ anuais de água, o que representa um aumento de 2,4 vezes em um período de cinquenta anos. Nos cinquenta anos seguintes, o aumento foi de 2,8 vezes, saltando para 4000 km³/ano na virada do milênio. A ONU, seguindo esses dados e as tendências de consumo atuais, estima que, no ano de 2025, o consumo mundial de água será de 5200 km³/ano — uma alta de 1,3 vezes em um período de 25 anos. Se realizarmos a divisão por país, poderemos notar que a maior parte dos maiores consumidores mundiais de água, como já frisamos, faz parte do grupo de nações economicamente desenvolvidas, com destaque para os Estados Unidos, cuja média de consumo por cidadão (per capita) é duas vezes maior do que o da Europa inteira. Registra-se também o papel dos países considerados emergentes.
Existe, como podemo perceber, uma disparidade muito grande com relação ao consumo de água per capita, isto é, em relação à quantidade de habitantes em cada país. Muitas nações ficam abaixo do mínimo estipulado pela ONU, que é de 100 litros de água por dia, a exemplo da China que sofre com o seu elevado volume populacional em uma área em grande parte composta por desertos. Existem, inclusive, muitas áreas com estresse hídrico – quando o consumo de água é superior à capacidade de renovação local –, tais como alguns países do Oriente Médio, a Índia e até algumas regiões brasileiras.

O Ciclo da Água



Ou ciclo hidrológico é um ciclo biogeoquímico no qual se observa a água fluindo entre os seres vivos e o meio ambiente. A água é encontrada nos diferentes estados físicos no planeta, apresentando-se nas formas líquida, sólida e gasosa, sendo a forma líquida a fase primária de utilização pelos organismos vivos.
Durante o ciclo da água, essa substância muda de estado, sendo observada, por exemplo, a evaporação de água presente em oceanos, rios e lagos e a condensação do vapor de água para a formação das nuvens. O ciclo da água permite que esse elemento circule constantemente pelo planeta, permitindo, assim, que a vida aqui se desenvolva.
A água é uma substância encontrada em nosso planeta nos três estados físicos: sólido, líquido e gasoso. A maioria dos organismos utiliza-a na forma líquida para a realização de seus diversos processos biológicos. A maior parte da superfície do nosso planeta é recoberta por água, sendo estimado que 70% do planeta sejam cobertos por essa substância.

Nos oceanos encontram-se 97% da água da biosfera. No que diz respeito à água doce, cerca de 2% estão presentes nas geleiras e calotas polares e 1% está nos rios, lagos e águas subterrâneas. A água presente na atmosfera apresenta valores insignificantes. Para saber mais sobre esse elemento vital para a nossa existência leia artigos relacionados aqui mesmo n o ☻Mega.
Os seres vivos dependem de água para sua sobrevivência, uma vez que ela faz parte da composição do corpo de todos os organismos vivos, além de participar de uma série de reações químicas.
Nos seres humanos, por exemplo, além de compor nossas células e participar das reações químicas que ocorrem em nosso corpo, ela atua no transporte de substâncias, sendo o principal componente do plasma sanguíneo, atua na regulação da temperatura por meio do suor, faz parte da composição das lágrimas, faz parte do fluído presente nas articulações e do líquido amniótico, além de vários outros processos.
O ciclo da água faz com que essa substância circule no ambiente e esteja disponível para o uso pelos organismos vivos. Sem água, a vida no planeta não seria possível. Vale salientar, no entanto, que o ciclo da água, apesar de permitir que a água circule constantemente, não pode garantir que ela esteja disponível para todos os seres vivos.

Isso se deve ao fato de que a distribuição de água no planeta ocorre de forma desigual, além disso, fatores como força dos ventos, cobertura vegetal, tipo de solo e temperatura podem afetar a velocidade do ciclo bem como a quantidade de água envolvida no processo.
O ciclo da água faz com que a água circule em nosso meio de maneira contínua, envolvendo tanto componentes bióticos como abióticos. O ciclo da água é movido pela energia solar. O Sol aquece a água de oceanos, mares, rios e lagos, fazendo com que a água passe do estado líquido para o gasoso (evaporação).

Além disso, a energia solar é responsável por promover a sublimação do gelo e o processo de transpiração, sendo a transpiração dos vegetais responsável por liberar uma grande quantidade de água para a atmosfera. Dá-se o nome de evapotranspiração ao processo no qual o vapor de água resultante da transpiração das plantas e evaporação dos solos é levado para a atmosfera.

O vapor de água liberado nos diferentes processos sobe até camadas mais altas da atmosfera, nas quais se condensa e forma nuvens. As correntes de ar podem mover as nuvens para diferentes regiões. A água retorna à superfície da Terra por meio da precipitação, que é a liberação da água das nuvens na forma de chuva, granizo ou neve, a depender de fatores, como a temperatura do local. A água que retorna à superfície pode cair novamente em rios, lagos, oceanos e mares, pode infiltrar no solo e atingir os aquíferos ou fluir pela superfície.

A água na superfície terrestre pode ser absorvida pelas plantas, que necessitam dela para o seu metabolismo, pelas raízes. A água que está presente nas plantas pode ser absorvida por animais quando eles se alimentam delas. Não podemos esquecer-nos de que animais apresentam também água em seu corpo e, portanto, essa substância vai fluindo pela cadeia alimentar. Além disso, os animais também ingerem água, sendo essa substância fundamental para a sua sobrevivência.
Como mencionado, as plantas liberam água de volta ao ambiente por meio da transpiração. Além disso, eliminam água no estado líquido em um processo conhecido como gutação. Os animais, por sua vez, devolvem a água para o meio por meio de urina, fezes, respiração e transpiração. O processo de decomposição dos seres vivos também garante que parte da água incorporada neles retorne ao meio.
Resumo do ciclo da água
O ciclo da água permite que a água circule pelos seres vivos e pelo meio físico;
A energia solar aciona o ciclo da água, promovendo a evaporação da água;
O vapor de água atinge camadas mais altas da atmosfera e condensa-se, formando as nuvens;
A água retorna à superfície terrestre caindo na forma de chuva, neve ou granizo.
Ao retornar para a superfície, a água pode seguir diferentes caminhos, como acumular-se em rios, lagos e oceanos ou infiltrar-se no solo.

Fauna e flora da Floresta Amazônica


A fauna e a flora da Floresta Amazônica destacam-se por sua diversidade. Nessa floresta, considerada a maior floresta tropical do mundo, encontramos muitas espécies diferentes e que, muitas vezes, são exclusivas dela. Além disso, não podemos esquecer-nos de que a diversidade biológica local pode ainda ser muito maior, uma vez que nem todas as espécies foram identificadas.
De acordo com o Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio), existem cerca de 40 mil espécies de plantas, 300 espécies de mamíferos e 1,3 mil espécies de aves habitando 4,196.943 km² de florestas densas e abertas.
A riqueza da fauna da Floresta Amazônica é incalculável, sendo reconhecidas milhares de espécies de animais. Várias espécies de insetos, anfíbios, mamíferos e répteis são encontradas ali, fazendo parte de uma complexa e rica teia alimentar.Dentre os animais encontrados na Floresta Amazônica, podemos destacar: jacarés, serpentes, como a sucuri, várias espécies de sapos, rãs e pererecas, e uma grande variedade de aves, como tucanos, araras e o galo-da-serra. Insetos, como formigas, mariposas, borboletas e besouros, são também abundantes.
Não podemos esquecer-nos também dos mamíferos, como as cotias, a pacas e a imponente onça-pintada, considerada o maior felino das Américas e que está no topo da cadeia alimentar. Vale destacar que, além da Floresta Amazônica, a onça-pintada pode ser vista na Mata Atlântica, no Pantanal e no Cerrado.
Os primatas também merecem atenção quando o assunto é a fauna da Floresta Amazônica. De acordo com ICMBio, “a Amazônia é uma das regiões com maior diversidade de primatas no mundo, abrigando cerca de 20% de todos os táxons descritos do grupo, incluindo — total ou parcialmente — a distribuição de 16 espécies ameaçadas de extinção em nível nacional (três Criticamente em Perigo, três Em Perigo e 10 Vulneráveis), oito Quase Ameaçadas e 13 com Dados Insuficientes para sua adequada avaliação”.
Nos rios que cortam a Floresta Amazônica, encontramos espécies como o peixe-boi-da-amazônia e o boto-cor-de-rosa, sendo este último famoso pela lenda que diz que, à noite, essa espécie se transforma em um homem que seduz mulheres. O boto-cor-de-rosa é considerado o maior golfinho de água doce do mundo e pode atingir cerca de 2,5 metros de comprimento.

Além dessas espécies, vários peixes são encontrados nessas águas, como o pirarucu, a piranha, a enguia elétrica, a arraia e o candiru. Este último é bastante conhecido devido a relatos de que pode ser atraído pela urina e alojar-se na uretra humana. Entretanto é importante deixar claro que os ataques desses animais são raros e a atração pela urina ainda não foi comprovada cientificamente.
Flora da Floresta Amazônica
A flora da Floresta Amazônica é também extremamente rica e bela. Várias plantas são utilizadas pelo ser humano na fabricação de móveis e casas, na alimentação, na fabricação de cosméticos e até mesmo de medicamentos. De acordo com o Ministério do Meio Ambiente, na Amazônia, “crescem 2.500 espécies de árvores (ou um-terço de toda a madeira tropical do mundo) e 30 mil espécies de plantas (das 100 mil da América do Sul)”.
Dentre as árvores encontradas na Amazônia, podemos citar a grande samaúma, que pode atingir incríveis 50 metros de altura e dois metros de diâmetro. Sua madeira apresenta grande valor comercial, por isso foi amplamente explorada ao longo do tempo.

O guaraná, o cupuaçu, o cacau, o mogno e a seringueira são também plantas encontradas na Floresta Amazônica. A seringueira destaca-se nesse grupo por fornecer o látex usado na produção da borracha, sendo, portanto, de grande valor comercial. Não podemos deixar de citar também que a Floresta Amazônica é rica em plantas com menor dimensão, como trepadeiras, cipós e plantas epífitas.
Nas várzeas e igapós, encontramos a chamada vitória-régia, que se destaca por ser uma das maiores plantas aquáticas de todo o mundo, existindo registros de folhas com mais de dois metros de diâmetro. A flor dessa planta é considerada símbolo da Amazônia.
Ameaças à fauna e flora da Floresta Amazônica
Tanto a fauna quanto a flora da Floresta Amazônica apresentam um valor inestimável para a humanidade. O equilíbrio da floresta está diretamente relacionado com a manutenção da biodiversidade, sendo fundamental a sua preservação. Infelizmente a fauna e a flora da Floresta Amazônica estão extremamente ameaçadas e vários são os problemas que a biodiversidade local enfrenta. Dentre eles os que merecem destaque são: o desmatamento, as queimadas, e a caça e pesca indiscriminada.

Ecologia – O Futuro do Plástico


O bebê consegue ouvir durante a gravidez, principalmente o som da circulação sanguínea da mãe. Também sente os toques na barriga dela, e o sabor dos alimentos que ela come. Mas, fora isso, é como se o feto estivesse em outro planeta.
Porque ele está separado do nosso mundo pela placenta: órgão que se forma a partir da quarta semana de gravidez e funciona como um filtro poderosíssimo, controlando o fluxo de nutrientes e impedindo que vírus e bactérias entrem. Mesmo estando dentro do corpo da mãe, onde há dezenas de trilhões de micróbios, o bebê se desenvolve num ambiente 100% estéril. Exceto por uma coisa ainda mais onipresente: plástico.
Em setembro, um estudo publicado por cientistas chineses detectou, pela primeira vez, a presença de microplásticos (partículas com menos de 5 milímetros) na placenta humana. Eles analisaram as placentas de 17 gestantes, e todas continham quantidades “muito abundantes” de microplásticos. Eram onze tipos, em especial o PVC, que é usado em canos (e estava presente em 43% das amostras), e o polipropileno, dos canudinhos e potes de margarina (14,5%).
Eles interferem com a placenta, e podem afetar o bebê. Em março, pesquisadores da Universidade de Manchester demonstraram como o Bisphenol A (BPA), ingrediente presente em vários tipos de plástico, faz isso.
Quando a gestante ingere fragmentos dessa substância, ela se espalha pelo corpo e chega à placenta, onde inibe um gene chamado ESRRG, que controla o crescimento do feto. Com isso, o bebê pode nascer menor, e sob maior risco de desenvolver pressão alta, diabetes e doenças da tireoide ao longo da vida.
Estamos expostos ao plástico antes mesmo de nascer. E, ao chegar a este mundo, somos bombardeados por ele. Literalmente. Em 2020, cientistas da Universidade Cornell, nos EUA, coletaram amostras de ar em 11 pontos do país – e descobriram que, nelas, “chovem” mais de 1.000 toneladas de microplásticos por ano, o equivalente a 120 milhões de garrafas PET.
Ele está em todos os lugares – até na neve dos Alpes e do Ártico.
É nesse cenário que, em março, a ONU assinou o primeiro acordo internacional de combate aos resíduos plásticos. Ele inclui mais de 70 países e é o maior pacto ambiental desde o Tratado de Paris, criado em 2015 para tentar frear as emissões globais de CO2. Mas, por enquanto, nada concreto ficou definido.
Os países signatários têm até 2024 para, aí sim, definir um cronograma de metas e obrigações. No fim de novembro, a União Europeia propôs uma série de novas leis, que tornam obrigatória a reciclagem de garrafas e limitam o uso de plástico em embalagens (os minifrascos de xampu em hotéis, por exemplo, ficariam proibidos).
Com essas medidas, dizem as autoridades, seria possível reduzir em 15% o uso de plástico até 2040. A nova legislação ainda terá de ser votada e regulamentada em cada país do continente.
Um estudo da Universidade de Newcastle analisou a quantidade presente em alguns alimentos, como peixes, mariscos, sal, cerveja, água, mel e açúcar – e concluiu que cada adulto ingere em média 20 gramas de microplásticos, o equivalente a uma pecinha de Lego, por mês.
E o cálculo não considera outros alimentos ou fontes, como os microplásticos presentes em cremes dentais ou liberados por panelas com o evestimento antiaderente danificado que podem soltar mais de 9.000 pedacinhos a cada uso. Ou seja: não estamos apenas sendo soterrados pelo plástico. Ele já está dentro de nós.
Em dois estudos, publicados este ano por cientistas italianos e holandeses, 75% das amostras de leite materno analisadas continham microplásticos – e o sangue de 77% dos voluntários. As consequências disso para a saúde ainda não estão claras. Estudos em animais sugerem que a ingestão de microplásticos pode provocar disfunções metabólicas e reprodutivas – e, em testes de laboratório. A palavra “plástico” vem da Grécia antiga. Era um adjetivo, plastikos, classificando qualquer material fácil de moldar. Foi só a partir do século 19 que ele começou a virar substantivo. Em 1856, o inventor inglês Alexander Parkes inventou a parkesina: nitrato de celulose, feito a partir de polpa de madeira tratada com ácido nítrico. Nascia o primeiro plástico.
Seu objetivo era relativamente modesto: substituir o marfim em objetos domésticos, como botões, puxadores de gavetas e suportes de escovas. Parkes fundou uma empresa, a Parkesine Company, para comercializá-lo. Não deu certo. O produto era caro e visivelmente inferior ao marfim, além de bastante inflamável.
Parkes acabou tendo de vender a empresa. Mas a ideia foi adiante, e deu origem ao celuloide usado em filmes fotográficos e de cinema. Parkes morreu em 1890, com mais de 60 patentes em seu nome. (Hoje, a parkesina tem outras aplicações: as armações de óculos geralmente são feitas de nitrato de celulose.)
Em 1907, o químico belga Leo Baekeland desenvolveu o primeiro plástico totalmente sintético: o baquelite, que é produzido com dois ingredientes simples e baratos, o fenol e o formaldeído (também conhecido como formol), em uma máquina que Leo chamou de Bakelizer.
Foi um salto e tanto. O baquelite (cujo nome científico, impronunciável, é polioxibenzimetilenglicolanidrido) era estável, maleável, versátil e, o mais importante, resistente à eletricidade e ao calor. Baekeland criou uma empresa para produzir e comercializar o material, a General Bakelite Company. Nas décadas seguintes, rádios, telefones e interruptores, entre uma infinidade de produtos, foram feitos de baquelite.
Baekeland ficou famoso, foi capa da revista Time, e se tornou um dos inventores mais ricos de sua época. Morreu em 1944, com mais de 100 patentes e um legado de peso: 175 mil toneladas de baquelite produzidas, para uso em mais de 15 mil produtos. Foi graças a ele que o plástico entrou nas casas das pessoas.
Mas Baekeland passou seus últimos meses de vida em um sanatório, acossado por manias – aposentado à força pelo filho após vários anos de desentendimentos, ele só aceitava comida enlatada e havia desenvolvido uma estranha obsessão: queria criar um jardim tropical de proporções bíblicas.

O papel das borboletas nos ecossistemas


A borboleta é um inseto com muita diversidade, pois existem espécies de muitas cores e tamanhos diferentes. Ao redor do mundo, existem mais de 28.000 espécies de borboleta, sendo que cerca de 80% vive em regiões tropicais. As borboletas desempenham um importante papel nos ecossistemas atuando como polinizadoras, fonte de alimento e como indicadoras do bem-estar do ecossistema.

Polinização
Embora não tão eficientes quanto as abelhas, as borboletas têm um papel fundamental polinizando as flores que se abrem durante o dia. Borboletas costumam escolher flores grande e coloridas, que possuem uma plataforma de pouso (labelo). Elas capturam o pólen em suas pernas longas e finas enquanto bebericam o néctar da flor.
Estado do ecossistema
As borboletas têm um ciclo de vida anual (transformando-se de ovo a adulto em um ano) e necessitam que as mesmas condições estejam presentes todos os anos para os novos ovos amadurecerem. Isso faz das borboletas extremamente sensíveis às mudanças climáticas, como a poluição ou perda do habitat, o que faz com que elas sejam mais responsivas que pássaros, plantas e outras espécies com ciclos de vida maiores. Portanto, a abundância de borboletas indica, geralmente, que o ecossistema está saudável.

Migração
Muitas espécies de borboletas, como a Monarca e a Bela-dama, migram longas distâncias — podendo chegar a 4.800 km. Essa migração possibilita a polinização em grande escala e também aumenta o interesse humano nessas espécies.

Presas
Borboletas são uma ótima fonte de alimento para predadores, como pássaros e ratos. Algumas espécies de borboletas, como a Monarca, são tóxicas, o que serve como mecanismo de defesa e são perigosas para alguns predadores.

Restauração
Borboletas contribuem para a restauração de um ecossistema, pois fornecem uma fonte de alimento e a atividade de polinização. Um aumento na população de borboletas pode indicar uma ampliação na diversidade de plantas e outros grupos polinizadores nas áreas restauradas.

Austrália Infestada por Ratos



Esse país que sempre viveu um problema de suas praias serem infestadas por tubarões, dessa vez o vilão é outro.
Uma praga de milhões de ratos-domésticos (camundongos) se espalhou pela região nas últimas semanas, causando sérios danos a plantações e colocando a saúde mental de muitas pessoas em crise.
“Viver com ratos todos os dias faz você se sentir suja”, diz Melanie Moeris, que mora na província de Nova Gales do Sul.

“O chão é repleto de ratos. Simplesmente não há como escapar deles”, diz Brody Thomas Roche.

Especialistas e moradores consideram esta a pior praga que enfrentaram em muitos anos na região, após uma longa estiagem que já havia atingido a economia local.

Mas foi justamente porque a seca acabou, com rápida recuperação das fazendas, que os ratos começaram a se reproduzir em massa.
Norman Moeris, fazendeiro na cidade de Gilgandra, diz que seu celeiro de feno foi destruído por ratos, deixando-o com perdas equivalentes a mais de R$ 210 mil.
Após vários anos de seca no sudoeste da Austrália, as condições agora são perfeitas para o surgimento dos ratos.
Há muita comida, umidade e poucos predadores.
“Saímos de uma seca e as coisas de repente ficaram boas demais [para os ratos] muito rápido. E as espécies que se reproduzem cedo, como os ratos, são realmente capazes de tirar proveito dessa situação”, explica Martin Murray, um agrônomo da cidade Delungra.
“Vai demorar um pouco para que o resto do ecossistema se recupere e equilibre a situação”, acrescenta.
Os ratos podem gerar uma ninhada de seis a dez crias em poucas semanas. Em toda a temporada de reprodução, uma única fêmea pode dar à luz até 500 roedores.

“Na Austrália, a maioria das regiões só tem uma safra por ano. E ser atingida por uma infestação em um ano bom pode ser um grande revés”, explica Murray.
Moeris diz que a infestação de ratos levou muitos fazendeiros ao mesmo ponto em que estavam no meio da seca: “Perdi muito dinheiro”.
‘Eles andam no travesseiro’
Lisa Minogue, uma agricultora do vilarejo de Barmedman, diz que não há como capturar os milhares de ratos em sua propriedade.
“Temos armadilhas em casa, colocamos iscas do lado de fora. Mas isso só pega parte dos ratos que estão por aí”, explica.
“Você está na cama à noite e consegue ouvi-los correndo pelo quarto. Você ouve os ruídos enquanto andam no travesseiro.”
Isso está afetando o sono das pessoas e causando colapsos nervosos, à medida que os roedores invadem as casas. Eles comem comida das prateleiras da cozinha, além de haver excrementos por toda parte.
As armadilhas conseguem matar centenas de ratos, mas os moradores ainda precisam lidar com o mau cheiro.
“Há o cheiro de ratos vivos, mas também o cheiro de mortos, apodrecendo. É simplesmente horrível, horrível.”
Martin Murray concorda: “Esse tipo de coisa desgasta mais do que qualquer coisa.”
O governo de Nova Gales do Sul reservou um fundo de cerca de R$ 210 milhões para apoiar os agricultores que tiveram que gastar milhares de dólares em armadilhas.
Mas não há ajuda para compensar todas as perdas nas fazendas e na economia local.
Espera-se que, com a chegada do inverno no sul e o aumento dos predadores, a praga acabe diminuindo. Mas não há garantias.
Os ratos gostam de fazer tocas resistentes dentro de celeiros e outras estruturas agrícolas.
“Você trabalha duro a vida toda, tentando manter tudo funcionando, alimentando a todos e cuidando da terra. Mas eles estão matando tudo”, lamenta Roche.

Biologia – Quem é Quem na Cadeia Alimentar da Terra



Em todo e qualquer ecossistema encontramos organismos vivos que estabelecem relações de alimentação entre eles. Uma planta realizando fotossíntese, uma lagarta comendo uma planta e um pássaro comendo uma lagarta são exemplos de relações de alimentação existentes entre os seres vivos. Essas relações são estudadas pela análise das cadeias e teias alimentares.
As cadeias alimentares são as relações de alimentação existentes entre os seres vivos de um ecossistema. Por meio da análise da cadeia alimentar, é possível observar como os nutrientes e a energia fluem entre os seres vivos que vivem naquela região. Diferentemente de uma teia alimentar, a cadeia apresenta um fluxo unidirecional. Veja um exemplo:

Planta → Borboleta → Sapo → Serpente

As setas no exemplo acima representam o sentido do fluxo de energia e podem ser lidas como “serve de alimento para”. Sendo assim, a planta serve de alimento para a borboleta, que serve de alimento para o sapo, que serve de alimento para a serpente.

Mapa Mental: Cadeia e Teia Alimentar
Produtores: são o primeiro nível trófico a ser analisado em uma cadeia alimentar e também em uma teia. Eles são capazes de produzir seu alimento, não necessitando de ingerir outros seres vivos. Os processos utilizados por esses seres vivos, que são chamados de autotróficos, para a produção dos alimentos é a fotossíntese e a quimiossíntese. Podemos citar como exemplos de produtores as plantas, algas e algumas espécies de bactérias.
Produtores: são o primeiro nível trófico a ser analisado em uma cadeia alimentar e também em uma teia. Eles são capazes de produzir seu alimento, não necessitando de ingerir outros seres vivos. Os processos utilizados por esses seres vivos, que são chamados de autotróficos, para a produção dos alimentos é a fotossíntese e a quimiossíntese. Podemos citar como exemplos de produtores as plantas, algas e algumas espécies de bactérias.
A teia alimentar representa melhor as relações de alimentação que existem em um ecossistema. Ela pode ser definida de uma maneira simplificada como as várias cadeias alimentares de um ecossistema. Assim sendo, a teia não apresenta um fluxo unidirecional, como a cadeia alimentar, pois mostra que um mesmo organismo pode apresentar diferentes hábitos alimentares e, consequentemente, ocupar diferentes níveis tróficos.
Ao longo da cadeia alimentar há uma transferência de energia e de matéria orgânica. Estas transferências têm aspectos semelhantes, uma vez que se realizam sempre dos autotróficos para os níveis tróficos superiores (herbívoros, carnívoros e decompositores), mas existe uma diferença fundamental: os nutrientes são reciclados pelos decompositores, que os tornam disponíveis para os seres autotróficos sob a forma de minerais, fechando assim o ciclo da matéria, enquanto a energia, que é utilizada por todos os seres vivos para a manutenção da vida, é parcialmente consumida em cada nível trófico.
Pirâmide de energia: Na teoria, nada limita a quantidade de níveis tróficos que possa sustentar uma cadeia alimentar no entanto, há um problema. Apenas uma parte da energia armazenada em um nível trófico para o próximo nível. Isso ocorre,porque os organismos usam grande parte da energia que utilizam para realizar seus processos vitais, como respiração, movimento e reprodução. O resto da energia é liberada para o meio ambiente como calor: Apenas 10% da energia disponível dentro de um nível trófico é transferido para os organismos seguinte nível trófico. Por exemplo, um décimo da energia solar captada por grama acaba armazenado nos tecidos de vacas e outros animais de pasto. E apenas um décimo do que a energia, ou seja, 10% de 10%, ou 1%, no total, é transferida para as pessoas que comem carne. Portanto, os níveis mais existem entre o produtor e o consumidor o mais alto nível no ecossistema, menor a energia restante.

Números pirâmides: pirâmide ecológica também pode basear-se no número de corpos individuais cada nível trófico. Em alguns ecossistemas, como é o caso da pradaria, a forma de pirâmide de números é igual para as pirâmides de energia e biomassa. No entanto, nem sempre é o caso. Por exemplo, em quase todas as florestas são menos produtores do que os consumidores. A árvore tem um monte de energia e biomassa, mas um único organismo. Muitos insetos vivem na árvore, mas tem menos energia e biomassa.

☻Mega Sampa – O Parque da Ciência



O Parque Ciência, visitado num sábado, fica localizado em Cidade Tiradentes, Zona Leste da cidade de São Paulo, tendo por volta de 178.000 m² de área no total. Foi inaugurado em 22 de janeiro de 2011, tendo custado R$1,9 milhão à Prefeitura de São Paulo.
Avaliação do parque (0 a 5) é 1,7. ou seja, precário
Infraestrutura do parque
Campo de futebol, quadras poliesportivas, equipamentos de ginástica, playground, bancos e mesas para jogos, bicicletário, sanitários (depedrados no dia da visita), sala multiuso para educação ambiental e uso da comunidade (inoperante).

Fauna do parque
Há 30 espécies de animais, sendo duas de répteis (lagarto-teiú), duas de mamíferos, representadas pelo preá e gambá-de-orelha-preta, além de 26 de aves. Aves florestais como jacuaçu e tucano-de-bico-verde são avistadas com frequência, bem como bico-chato-de-orelha-preta com seu canto particular. Nas áreas de capinzais, coleirinha, tiziu e bico-de-lacre nutrem-se de grãos. Há também no parque piá-cobra e joão-teneném.

Flora do parque
É composta predominantemente por remanescente de Mata Atlântica em estágio inicial de sucessão, além de áreas gramadas e arborização implantada. Dentre as árvores, destacam-se aleluia, aroeira-mansa, cabuçu, camboatá-de-folhas-largas, cuvitinga, embaúba-vermelha, figueira-branca, guamirim, maria-mole, samabaiaçu, tapiá-guaçu e tapiá-mirim. No componente arbustivo destacam-se piperáceas e melastomatáceas. Dentre as herbáceas, destacam-se os caetés, samambaia-do-brejo e dentre as trepadeiras destacam-se esmilacáceas e sapindáceas.
Não há lanchonetes no interior do parque, por isso, caso queira, leve alimentos e bebidas de casa.
Não há restrição para a entrada de animais domésticos no parque, desde que os cães estejam em guias.
No tocante à segurança geral do parque, não observamos quaisquer vigias no dia da visita.
O Parque Ciência precisa de uma maior atenção de seus gestores, pois sua manutenção atual deixa muito a desejar.

Vale a pena
Levar as crianças para brincar no playground existente no parque;
Utilizar as quadras poliesportivas para praticar seu esporte preferido e
Caminhar pelas pistas do parque,observando a vegetação ao redor.
Horário de funcionamento:
6h às 18h
Telefone:
(11) 2282-2879
Localização:
Rua Ernestina Lesina, 266, Cidade Tiradentes

Rombo na Camada de Ozônio


ozonio
Um novo buraco na camada de ozônio foi detectado, desta vez no Ártico, segundo um artigo publicado no último dia 27 de março na revista Nature. O fenômeno é o maior já registrado na região, mas ao que tudo indica, está se recuperando rapidamente.
O ozônio é um gás que compõe a atmosfera e tem como função filtrar a radiação ultravioleta, nociva aos seres vivos. Todos os anos, na Antártica, o frio extremo faz com que nuvens de alta altitude se formem no Polo Sul. Componentes químicos como cloro e bromo, resíduos de atividades industriais humanas, reagem na superfície dessas nuvens e “comem” a camada de ozônio, situada entre 10 km e 50 km acima do solo.
Só que, no Ártico, essas condições atmosféricas são mais raras, porque lá as temperaturas variam mais (entre quente e frio) e essa destruição do ozônio acaba não acontecendo. Mas, de acordo com o artigo da Nature, em 2020, ventos vindos do oeste prenderam ar frio sobre o ártico em um vórtice polar (um ciclone), permitindo que nuvens se formassem e propiciassem, assim, as reações que levam à destruição da camada de ozônio.
Pesquisadores que monitoram frequentemente esse fenômeno com balões atmosféricos registraram uma queda de até 90% na quantidade de ozônio no fim de março. Geralmente, eles registram cerca de 3,5 partes por milhão (ppm) de ozônio, agora eles constataram apenas 0,3.
“O buraco no ozônio do Ártico não é uma ameaça à saúde porque está localizado sobre áreas de alta latitude que são pouco povoadas”, disse Markus Rex, cientista atmosférico do Instituto Alfred Wegener, à revista Nature. Além disso, as temperaturas começam a subir com o fim do inverno, dissolvendo o vórtice polar e recuperando a camada.

Mega Bloco Biologia – O que é uma espécie invasora?


labrador
Os cães, talvez os primeiros animais domesticados pelo homem, possivelmente surgiram através da seleção artificial de linhagens de lobos e chacais selvagens, e hoje têm uma população mundial estimada em 400 milhões de indivíduos. Em muitos lugares, principalmente onde existem populações de vida livre, eles são uma ameaça a espécies nativas

É aquela que, oriunda de certa região, penetra e se aclimata em outra onde não era encontrada antigamente (espécie introduzida), prolifera sem controle e passa a representar ameaça para espécies nativas, para a saúde e economia humanas e/ou para o equilíbrio dos ecossistemas que vai ocupando e transformando a seu favor.
Ainda que as invasões possam acontecer de maneira natural, e de fato já aconteceram inúmeras vezes na história da Terra, as atividades e movimentações humanas vêm desempenhando, em tempos históricos, o maior papel na introdução, em praticamente todas as regiões do mundo, de espécies exóticas que se tornaram invasoras, um processo que recentemente vem se acelerando tanto que assumiu a dimensão de crise global, gerando extensas repercussões negativas no equilíbrio ecológico, na economia, na sociedade e na cultura. A invasão de relativamente poucas espécies muito adaptáveis e competitivas sobre vastas áreas do globo tende a empobrecer e homogeneizar os ecossistemas, e é um dos principais fatores em ação na atualidade para a crescente e acelerada perda de biodiversidade mundial, cujo impacto continua a ser subestimado.
Além do declínio ou extinção de espécies nativas, as invasões acarretam prejuízos em colheitas, degradação de florestas, solos e pastagens, favorecem a disseminação de doenças e pragas, e, perturbando os ciclos físicos, químicos, biológicos e climáticos, afetam todos os serviços ambientais oferecidos pela natureza, que são fundamentais para a vida humana. Com a crescente a interferência do homem nos ambientes, projeta-se que as invasões se multipliquem no futuro e, com elas, seus impactos indesejáveis.
Ao contrário de outros problemas ambientais que podem se diluir e amenizar com o tempo, as invasoras muitas vezes se tornam espécies dominantes e as consequências negativas tendem a se agravar à medida que sua adaptação se completa. O combate às invasões nem sempre é possível e, quando tentado, em regra se revela um procedimento altamente complexo, custoso e nem sempre garante bons resultados, podendo ocorrer até mesmo efeitos adversos imprevistos.
Espécie nativa: espécie que evoluiu no ambiente em questão ou que lá chegou desde épocas remotas, sem a interferência humana.

Espécie exótica: espécie que está em ambiente diferente de seu local de origem, por ação do homem (intencional ou acidental).

Exótica casual: espécie fora de seu ambiente de origem, sem a capacidade de formar população persistente.

Exótica naturalizada: espécie fora de seu ambiente de origem, capaz de formar população persistente e de conviver com a comunidade nativa sem invadir ecossistema natural ou antrópico.

Invasora: espécie exótica em ecossistema natural ou antrópico, que desenvolve altas taxas de crescimento, reprodução e dispersão.

Praga: espécie exótica ou não, indesejável no local por razões geralmente econômicas.

Superdominante: espécie nativa que se comporta como invasora, mediante desequilíbrio ambiental.
Todos os grupos taxonômicos, incluindo as plantas, os animais, os fungos e os microrganismos, têm espécies de potencial invasivo, e qualquer ecossistema pode ser afetado.
As invasões podem se dar de forma natural, através de migrações de populações, transporte de sementes pelo vento, água ou animais, e ser provocadas por alterações geográficas e climáticas, entre outros meios. A flora e a fauna da Terra variaram radicalmente ao longo de sua história de milhões de anos, adaptando-se às sempre mutantes feições do planeta. Populações se dispersaram no espaço, eliminando competidores no caminho, e espécies conheceram grande florescimento somente para serem superadas por outras mais versáteis, mais equipadas ou mais resistentes, que apareciam no cenário da ininterrupta evolução dos seres e da luta pela vida sob condições ambientais cambiantes.
No entanto, desde que o homem apareceu sobre a Terra ele vem interferindo em seu ambiente. Entre as formas de interferência está a introdução de espécies exóticas em regiões onde elas originalmente não existiam. A domesticação, desde milhares de anos atrás, de animais como o cão, o gato, o gado, e de plantas como o milho e o trigo, espécies que adquiriram elevado valor alimentício, econômico, social ou cultural para o homem, as difundiu por grandes regiões do planeta à medida que a população humana migrava, aumentava em número e expandia seus domínios. Em tempos mais recentes, os usos ornamentais, sociais, medicinais, religiosos, científicos e paisagísticos de muitas espécies as difundiu por toda parte.
Com a crescente mobilidade do ser humano, muitas outras, como os ratos e as baratas, se transportaram inadvertidamente para regiões distantes de sua origem, ocultas em veículos, cargas, bagagens e mesmo pessoas, pois deve-se incluir neste cômputo as espécies que usam o homem como hospedeiro ou veículo habitual ou eventual, sendo especialmente ilustrativo o fato de que a maior parte das invasões acontece exatamente ao longo de linhas importantes de tráfego de bens e pessoas.
Também contribui significativamente o intenso comércio internacional – legal e ilegal – de animais de estimação e plantas ornamentais exóticas, e em alguns países é a principal causa de invasões; muitos desses indivíduos fogem, espalham sementes ou acabam liberados pelos donos em ambientes que lhes são estranhos, estabelecem populações com sucesso, e passam a ser invasores, alterando os sistemas ecológicos da região.
Outros fatores antropogênicos que têm levado a invasões são o desmatamento e a degradação de áreas verdes, abrindo espaços para a penetração de espécies exóticas, e o aquecimento global, que força populações para fora de suas áreas de origem em busca de locais mais propícios à sua sobrevivência.
Por exemplo, nos últimos 30 anos 9 milhões de km² de tundra do Hemisfério Norte já foram invadidos por espécies arbóreas e arbustivas nativas das regiões temperadas, em função do rápido aquecimento da região ártica.
Todos os biomas da Terra já foram de alguma maneira prejudicados por invasões, e os impactos mais acelerados ocorrem nas florestas temperadas e tropicais, nas zonas semiáridas do Mediterrâneo, nas savanas e campos tropicais e nas águas interiores.
Os efeitos da introdução de espécies exóticas são em geral imprevisíveis, mas elas só se tornam uma ameaça significativa quando passam a ser invasoras, quando os efeitos podem ser graves e extensos. Esse fenômeno ocorre não só quando a espécie exótica encontra no novo local boas condições para sua vida e reprodução, mas acima de tudo quando não encontra inimigos naturais capazes de efetivarem sobre sua população um controle biológico, preservando o equilíbrio dos ecossistemas invadidos. Por isso, as invasoras tendem a proliferar de maneira explosiva e serem grandes transformadoras dos ambientes conquistados, alterando suas características físicas, modificando as relações entre os seres vivos e os sistemas de dominância, se tornando predadoras, interferindo nas cadeias tróficas e na química dos substratos inorgânicos, na densidade e distribuição da biomassa, no balanço energético e genético, e competindo diretamente por espaço e nutrientes com espécies residentes. Às vezes as transformações são tão profundas a ponto de inviabilizar a sobrevivência de outros seres, causando sua extinção ou deslocamento para regiões mais favoráveis, e assim obrigando as espécies expulsas a se tornarem elas mesmas invasoras de outras áreas, num efeito de cascata.
Estima-se que seja cerca de 480 mil o número das espécies introduzidas modernamente em outros locais, e destas até 30% se tornaram invasoras em pelo menos uma das regiões que as receberam, causando uma série de efeitos danosos.
A extinção ou declínio de predadores que estão no topo da cadeia alimentar, por exemplo, em geral desencadeia um efeito cascata que altera o equilíbrio ecológico de toda a região, favorecendo a proliferação intensa das espécies que eles predavam, ora livres de sua maior ameaça. Estas, por sua vez, florescendo em grande número, esgotam as populações de suas próprias presas. Tal vem sendo o caso dos grandes tubarões, dizimados pela pesca predatória, causando uma multiplicação de antigas presas como as focas e de predadores secundários como arraias e tubarões menores, e ocasionando o declínio de outras espécies das quais essas se alimentam.
Em 1994 a população de leões do Parque Nacional de Serengueti, na Tanzânia, declinou em cerca de 30% em função uma epidemia transmitida por cães domésticos que viviam no entorno da reserva.
Vários estudos relataram casos de extinção de populações inteiras de certas espécies de regiões isoladas ou insulares pela introdução de um único indivíduo de espécie exótica.
Na região de Stellenboschberg, África do Sul, as bacias de captação pluvial foram invadidas por Pinus patula e Eucalyptus grandis, causando uma redução de 52% no volume captado nas áreas invadidas por P. patula, e de 100% nas invadidas por E. grandis, e reduzindo em 30% o fornecimento de água potável para a Cidade do Cabo, o que ocorre similarmente em outras regiões num país em que a água é escassa, além de causar a extinção de muitas outras espécies.
Os excrementos corrosivos dos pombos-comuns, nativos da Europa mas encontrados em bandos em todas as grandes cidades do mundo a ponto de se tornarem uma praga urbana, são uma importante causa de degradação de monumentos históricos e estruturas humanas, além de essas aves potencialmente transmitirem doenças para as pessoas e outros animais.
A introdução do cupim Coptotermes formosanus no Havaí foi responsável por intensos danos em estruturas de madeira e gasta-se anualmente mais de 60 milhões de dólares em seu controle;[36]
A introdução de ratos Rattus norvegicus nas Ilhas Seychelles desencadeou um declínio acentuado no turismo local pelas perdas que provocou na biodiversidade insular, que constituía um dos maiores atrativos locais.
O caracol argentino Pomacea canaliculata tem sido a causa de enormes quebras de safras de arroz em vários países asiáticos, além de veicular doenças humanas.
A introdução de coelhos Oryctolagus cuniculus na Inglaterra e na Austrália. Esses coelhos, originários da Península Ibérica, foram levados da França para a Inglaterra, no século XII e, em 1778, daí para a Austrália. Eles se tornaram praga tanto na Inglaterra como na Austrália, gerando grande prejuízo por perdas agrícolas. Seu controle foi tentado por meio de sua contaminação pelo vírus da mixomatose que, embora letal à grande maioria dos indivíduos, deixou de sê-lo na medida em que foi havendo a seleção de populações do coelho resistentes ao vírus.
A abelha europeia africanizada Apis mellifera, introduzida no Brasil para pesquisa científica, e que escapou do controle dos laboratórios, espalhando-se por toda a América do Sul e Central. Essa abelha é agressiva ao ser humano e também compete por recursos com as abelhas nativas.
Segundo o Secretariado da Convenção sobre a Biodiversidade, os prejuízos econômicos causados pelas espécies invasoras em todo o mundo, na forma de perdas em colheiras, pastagens e florestas, além das despesas nos planos de combate, podem chegar a 1,4 trilhões de dólares a cada ano, equivalendo a 5% da economia mundial. Nestes custos não estão incluídos o declínio da biodiversidade e as extinções de espécies, os danos estéticos e culturais às paisagens e comunidades, e a perda de serviços ambientais, que ainda não foram bem calculados em termos econômicos e às vezes nem podem sê-lo, mas que sem dúvida são altíssimos, afetando o homem e a natureza como um todo, ameaçando a estabilidade social e política das nações, o seu crescimento econômico, e o desenvolvimento de um futuro sustentável e equitativo para todos os seres.
A gravidade da situação é tanta que já em 1996 a ONU, através da Convenção sobre a Biodiversidade, elaborada por um grande grupo de especialistas de 80 países e ratificada por 168 governos nacionais, alertou que as invasões constituem um desafio “imenso, insidioso, crescente e irreversível”.
A Convenção sobre a Biodiversidade considera a prevenção como a melhor forma de combate às invasões, mas se ela não é possível, a erradicação é a medida indicada, mas deve ser iniciada preferencialmente assim que forem notados os primeiros sinais da invasão, pois mais tarde a propagação da espécie pode ficar inteiramente fora de controle. Muitas ações de erradicação já foram empreendidas, tendo se tornado rotineiras em muitos países.
A erradicação do ratão-do-banhado das Ilhas Britânicas custou 4 milhões de dólares e oito anos de esforço. Nos Estados Unidos foi tentada a erradicação do caracol exótico Achatina fulica, uma praga agrícola e vetor de doenças, com a introdução de um outro caracol, do gênero Euglandina, que em seu habitat de origem era um inimigo natural do outro. No entanto, a espécie da qual se esperava a solução gerou mais problemas, pois não demonstrou nenhum interesse pela sua presa potencial, preferindo em vez se alimentar de espécies nativas, tornando-se ele mesmo outra praga e provocando a extinção de pelo menos sete outras espécies.
Mas, como assinala enfaticamente o consenso virtualmente unânime dos especialistas e instituições internacionais como a ONU e seus organismos afiliados, é preciso lembrar que a invasão de espécies é um fenômeno que interage com outros problemas ambientais de origem humana, como a poluição, o aquecimento global, o desmatamento, os quais se reforçam mutuamente e que, juntos, estão atualmente levando o mundo a um perigoso estado crítico, sendo previstas consequências catastróficas em escala global se continuar inalterada a tendência predatória, imediatista e irrefletida do homem de superexplorar, destruir e perturbar o ambiente.
O Brasil não é uma exceção nesse contexto. Desde o século XVII se registram casos de invasões, mas apenas há poucos anos o problema vem recebendo atenção oficial e acadêmica, e foi somente em 2005 que apareceu a primeira listagem de espécies invasoras no Brasil, compilada por uma parceria entre várias instituições e o governo federal. Essa ausência de dados dificultou e dificulta o mapeamento da situação atual e a estimativa das mudanças já provocadas, bem como o planejamento de ações de manejo e combate às invasoras.
O estudo de espécies invasoras pode ser feito por várias áreas da biologia, mas a maior parte das procuras sobre organismos invasores tem sido feita pela ecologia e pela geografia, onde a questão das invasões biológicas é especialmente importante. Embora, por volta de 1860, Charles Darwin já tivesse chamado a atenção para o crescimento explosivo das espécies invasoras, foi só em 1958 que Charles Elton, em seu livro Ecology of invasions by animals and plants, adverte para a necessidade de se conhecer melhor essas espécies e estabelecer estratégias de controle.

ratoburguer
Rattus norvegicus, uma espécie com difusão mundial que causa grandes prejuízos de vários tipos para o homem e o ambiente.

Meio Ambiente – Larvas que comem Plástico


larvas
As larvas até podem ser seres repulsivos, mas acredite: elas podem ajudar a salvar o planeta Terra da destruição. Essas criaturas viscosas podem livrar o planeta de mais de 33 milhões de toneladas de plástico e isopor, além de garrafas de água, copos e todos os outros tipos de resíduos plásticos descartados de forma irregular na natureza.
As chamadas larvas que comem plástico estão sendo encaradas pelos pesquisadores como a chave para combater a poluição plástica em todo o mundo. Na verdade, essa espécie já é comprovadamente responsável por um importante processo de reciclagem das matérias-primas plásticas que são jogadas no meio ambiente.
O problema é que elas comem uma quantidade mínima de plástico por dia, o que torna inviável utilizar apenas o trabalho desses insetos para conter a poluição.
Somente nos Estados Unidos, todos os anos, são jogadas mais de 33 milhões de toneladas de lixo plástico no meio ambiente. Menos de 10% de todo o lixo produzido acaba sendo reciclado corretamente, o que é um fato preocupante e triste, visto que vários tipos de plásticos, inclusive os usados em garrafas Pet, podem ser reciclados quantas vezes forem necessárias.
Isso significa que, de uma forma ou de outra, a maioria desse lixo plástico termina em um aterro, onde pode levar séculos para biodegradar. Mas, agora, os pesquisadores parecem ter encontrado uma solução para esse problema!
Os cientistas descobriram que as minhocas podem comer isopor, transformá-lo em material biodegradável e obter toda a nutrição de que necessitam. Um estudo colaborativo entre a Universidade de Stanford e pesquisadores chineses descobriu que 100 larvas podem consumir quase 40 miligramas de isopor por dia.
Na natureza, existem muitos insetos que comem plástico, mas esta é a primeira vez que eles confirmaram que o resultado da digestão é um produto natural. Além disso, os pesquisadores também descobriram que o plástico não faz mal aos insetos. Isso significa que, além de consumir o plástico, as larvas ainda o transformam em resíduo orgânico inofensivo ao meio ambiente e a outras espécies animais.
Este tipo de descoberta pode tornar melhores as atuais técnicas de reciclagem. O próximo passo é entender como acontece o processamento do plástico dentro do organismo das larvas e criar esse tipo de mecanismo em larga escala para ser usado no mundo todo. É um longo caminho a ser percorrido, mas, ao menos, trata-se de uma esperança para conter a poluição da natureza, causada pelo próprio homem.

ONG constrói barreira para filtrar plástico de região do Oceano Pacífico


barreira
Sediada na Holanda, a organização não-governamental The Ocean Cleanup busca remover a poluição por plástico presente em um região conhecida como Grande Ilha de Lixo do Oceano Pacífico. Para isso, a instituição criou uma enorme barreira mecânica para “filtrar” a poluição com a ação da própria correnteza do oceano.
Versões anteriores do sistema apresentavam falhas de funcionamento que deixavam o plástico escapar, mas a organização anunciou que o problema foi resolvido. Até agora, a barreira jSediada na Holanda, a organização não-governamental The Ocean Cleanup busca remover a poluição por plástico presente em um região conhecida como Grande Ilha de Lixo do Oceano Pacífico. Para isso, a instituição criou uma enorme barreira mecânica para “filtrar” a poluição com a ação da própria correnteza do oceano.
Versões anteriores do sistema apresentavam falhas de funcionamento que deixavam o plástico escapar, mas a organização anunciou que o problema foi resolvido. Até agora, a barreira já reteve pedaços de plástico de todos os tamanhos.
Segundo a Administração Nacional Oceânica e Atmosférica (NOAA), dos Estados Unidos, a poluição de plástico que afeta o Oceano Pacífico não é constituída somente de garrafas e copos de plástico boiando na superfície da água. Na verdade, a poluição se estende até o solo oceânico — e a maior parte do lixo é de micro plásticos, partículas com dimensões de pouco mais de cinco milímetros.á reteve pedaços de plástico de todos os tamanhos.

Segundo a Administração Nacional Oceânica e Atmosférica (NOAA), dos Estados Unidos, a poluição de plástico que afeta o Oceano Pacífico não é constituída somente de garrafas e copos de plástico boiando na superfície da água. Na verdade, a poluição se estende até o solo oceânico — e a maior parte do lixo é de micro plásticos, partículas com dimensões de pouco mais de cinco milímetros.
Um estudo conduzido pela The Ocean Cleanup mostrou que o micro plástico não boiava, mas normalmente ia diretamente para o fundo do oceano. Então pedaços de plástico maiores costumavam ficar acumulados na superfície.

A Vaca é Sagrada, o Antílope, Não – Antílope é enterrado vivo por ordem do governo indiano


Mais uma triste notícia de maus-tratos contra animais: um antílope ferido foi enterrado vivo por um homem que comandava uma escavadeira. Segundo o portal britânico Mirror, ele seria membro do Departamento Florestal de Bihar, estado do leste da Índia.
O bicho é da espécie Boselaphus tragocamelus, também conhecida como nilgó ou antílope-azul. É endêmica da região indiana e somente os machos possuem chifres.
Um vídeo do acontecido foi registrado. Como a qualidade da imagem é baixa, é difícil identificar se é uma antílope fêmea ou macho.
Além disso, a gravação evidencia que o animal estava já em um buraco, provavelmente uma cova feita justamente para enterrá-lo. O bicho aparece assustado e praticamente não se mexe.
A usuária do Twitter Francesgracella, responsável por publicar o vídeo na internet, relatou que as autoridades de Bihar teriam ordenado a morte de 300 antílopes. Segundo ela, agricultores da região reclamaram que os antílopes estavam danificando as plantações.
Por isso, o governo chamou caçadores para matar os animais com projetéis. Um dos bichos, no entanto, sobreviveu – e foi morto sendo enterrado vivo.
É possível ver ao vídeo no Twitter, mas atenção: as imagens são fortes.