Mega Techs – Dispositivo de grafeno poderá transformar sinais de Wi-Fi em energia


grafeno
Uma nova ideia para um dispositivo à base de grafeno desenvolvida por pesquisadores do MIT (Massachusetts Institute of Technology, nos EUA) poderá nos ajudar a obter energia a partir das ondas de rádio que nos cercam. O aparelho é chamado de “retificador terahertz”, devido ao fato de que foi projetado para captar ondas na frequência dos terahertz. Elas são naturalmente produzidas por muitos aparelhos eletrônicos, incluindo qualquer um equipado com Wi-Fi.
“Estamos cercados por ondas eletromagnéticas na faixa dos terahertz”, diz Hiroki Isobe, principal autor do estudo. “Se pudermos converter essa energia em uma forma que possamos usar na vida cotidiana, isso ajudaria a enfrentar os desafios energéticos pelos quais estamos passando”
O dispositivo seria basicamente um quadrado de grafeno colocado sobre uma base de nitrito de boro, com antenas em dois lados. O grafeno amplifica o sinal coletado pela antena, e os elétrons são “ordenados” na mesma direção pelo nitrito de boro, gerando uma corrente contínua (DC).
Embora a quantidade de energia não seja o suficiente para recarregar um smartphone, pode ser o bastante para alimentar dispositivos como sensores remotos ou eletrônicos implantáveis, como marca-passos.
Uma vantagem do projeto da equipe de Isobe é que pode funcionar à temperatura ambiente. Em contraste, retificadores atuais são baseados em elementos supercondutores, que tem de ser mantidos a uma temperatura próxima do zero absoluto. A desvantagem é que o design exige grafeno ultra limpo, livre de qualquer tipo de impureza.
Os pesquisadores agora irão trabalhar na construção de um retificador baseado nos planos. “Se ele funcionar à temperatura ambiente, poderemos usá-lo em várias aplicações portáteis”, diz Isobe.

Estudo sugere que coronavírus pode estar nos humanos há anos


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Desde que o novo coronavírus começou a se espalhar pelo mundo, diversas teorias sobre sua origem circularam nas redes sociais e no imaginário da comunidade científica. Agora, um novo estudo afirma que o vírus pode estar em humanos há muitos anos e que passou a ser nocivo para as pessoas após diversas mutações.
Esta pesquisa se originou da que provou que o Sars-Cov-2 não foi criado em laboratório. Dessa forma, foram explorados dois cenários. O primeiro, e mais falado, é que o vírus se originou em animais, provavelmente morcegos ou pangolins. “Embora não tenha sido identificado nenhum coronavírus animal que seja suficientemente semelhante para ter atuado como progenitor direto do Sars-Cov-2, a diversidade de coronavírus em morcegos e outras espécies é pouco analisada”, destacaram os pesquisadores.
A segunda e mais surpreendente hipótese é que a mutação ocorreu já nos humanos, após ser transmitido de um hospedeiro animal há anos, talvez décadas, atrás. “Então, como resultado de mudanças evolutivas graduais ao longo de anos ou talvez décadas, o vírus acabou adquirindo a capacidade de se espalhar de humano para humano e causar doenças graves”, concluíram.
Embora ainda não consigam provar qual das duas hipóteses é a correta, os pesquisadores procuram evidências para inclinarem a balança para uma das duas possibilidades. Enquanto a resposta não é encontrada, diversos países e a Organização Mundial da Saúde trabalham em uma forma de combater a Covid-19, testando remédios e desenvolvendo vacinas.

Ma, temática da Pandemia de COVID-19


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Vivemos hoje, em 2020, uma pandemia: O coronavírus (SARS-CoV-2), causador da doença chamada COVID-19, que foi descoberto em 31/12/2019. Os primeiros coronavírus humanos foram isolados pela primeira vez em 1937. No entanto, foi em 1965 que o vírus foi descrito como coronavírus, em decorrência do perfil na microscopia, parecendo uma coroa. O coronavírus é uma família de vírus que causam infecções respiratórias. O contágio, que se iniciou na China, gerou uma pandemia, ou seja, o evento que é caracterizado por uma enfermidade epidêmica que é amplamente disseminada na população mundial.
A matemática pode nos ajudar a interpretar os futuros cenários de contágio e o crescimento da população infectada usando como base para este estudo as funções exponenciais. Funções exponenciais são ferramentas muito importantes devido ao número imenso de aplicações que ela nos proporciona. Alguns estudos que fazem uso desse tipo de funções são aqueles envolvendo cálculos financeiros, datação por carbono-14 de minerais e artefatos arqueológicos, crescimento de bactérias e populacional, entre outras diversas aplicações. Vamos apresentar algumas definições sobre esse tipo de função:
Seja uma função f:R→R e uma constante real α. Essa função é chamada de exponencial se, a lei de associação pode ser escrita da forma:
f(x)=ax
x (Interações) y=f(x)
(nº de infectados)
0 1
1 5
2 25
3 125
4 625
… …
10 9.765.625
Assustador, não? Com apenas 10 interações, alcançamos a marca de quase 10 milhões de infectados.
Neste caso, com apenas 14 interações, chegaríamos a marca de mais de 6 bilhões de infectados.
Felizmente, no mundo real, em situações pandêmicas possuem diversos fatores que podem conter a evolução do contágio. A quarentena é um desses meios de contenção que evitam que pessoas contaminem ou sejam contaminadas, o uso de máscaras, álcool, desinfetantes e entre outros produtos auxiliam na não proliferação de um vírus numa população. Mas, se não houver nenhum tipo de prevenção, é possível que um cenário como estes apresentados aconteça, mesmo que em pontos isolados como pequenas cidades ou bairros.

Pesquisadores encontram livros envenenados em biblioteca universitária


livro envenenado
Alguns deve se lembrar do livro letal de Aristóteles que tem um papel importante na premissa da obra O Nome da Rosa, de Umberto Eco. Envenenado por um monge beniditino louco, o livro dá início ao caos no monastério italiano do século 14, matando todos os leitores que lambem seus dedos antes de virar as páginas tóxicas. Algo do tipo poderia acontecer na realidade?

Nossa pesquisa indica que sim: descobrimos que três livros raros da coleção da biblioteca da Universidade do Sul da Dinamarca contêm grandes concentrações de arsênico em suas capas. Os livros são de vários assuntos históricos e foram publicados entre os séculos 16 e 17.
As características venenosas dos livros foram detectadas por meio de análises de raios-x fluorescente. Essa tecnologia demonstra o espectro químico de um material ao analisar a radiação “secundária” emitida por ele durante uma grande concentração de energia e é bastante utilizada em campos como os da arqueologia e da arte para investigar os elementos químicos de louças e pinturas, por exemplo.
Brilho verde
Levamos esses livros raros para os raios-x porque a biblioteca já tinha descoberto que fragmentos de manuscritos medievais, como cópias da lei romana e da lei canônica, foram utilizados para desenvolver suas capas. É bem documentado que encadernadores dos séculos 16 e 17 costumavam reciclar pergaminhos antigos.
Tentamos identificar os textos usados em latim, ou pelo menos tentar ler parte desses conteúdos. Mas então descobrimos que os textos em latim nas capas dos três volumes eram difíceis de ler por conta de uma camada grossa de tinta verde que escondia as letras antigas. Então os levamos para o laboratório: a ideia era atravessar a camada de tinta usando raios-x fluorescentes e focando nos elementos químicos da tinta que estava por baixo dela, como o ferro e o cálcio, na esperança de que as letras ficassem mais legíveis para os pesquisadores da universidade.
A nossa análise, no entanto, revelou que o pigmento verde da camada era de arsênio. Esse elemento químico está entre as substâncias mais tóxicas do mundo e a exposição a ele pode causar vários sintomas de envenenamento, o desenvolvimento de câncer e até morte.

O arsênio é um metalóide que, na natureza, geralmente é combinado com outros elementos como carbono e hidrogênio. Esse é conhecido como arsênico orgânico. Já o arsênio inorgânico, que pode ocorrer em formas puramente metálicas e em outros compostos, tem variáveis mais perigosas e que não diminuem com o passar do tempo. Dependendo no tipo e duração de exposição, os sintomas do arsênio podem incluir irritação no estômago, no intestino, náusea, diarreia, mudanças na pele e irritação dos pulmões.
Acredita-se que o pigmento verde que contém arsênio seja do tom “verde Paris”, que contém acetoarsênio de cobre. Essa cor também é conhecida como “verde esmeralda” por conta de seus tons verdes deslumbrantes parecidos com o da pedra rara. O pigmento — um pó cristalino — é fácil de fazer e já foi utilizado com vários propósitos, principalmente no século 19. O tamanho dos grãos do pós influenciam o tom das cores, como pode ser visto em tintas a óleo. Grãos maiores produzem um verde mais escuro, enquanto os menores produzem um verde mais claro. O pigmento é conhecido principalmente por sua intensidade de cor e resistência a desaparecer.

Pigmento do passado
A produção industrial do verde Paris começou no início do século 19 na Europa. Pintores impressionistas e pós-impressionistas usavam diferentes versões do pigmento para criar suas vívidas obras de arte. Isso significa que muitas peças de museu hoje contêm o veneno. Em seu auge, todos os tipos de materiais, até capas de livros e roupas, podiam receber uma camada do verde Paris por razões estéticas. O contato contínuo com a substância, é claro, levava a pele dos envolvidos a desenvolver alguns dos sintomas de exposição abordados acima.
Mas na segunda metade do século 19, os efeitos tóxicos da substância eram mais conhecidos, e as variáveis de arsênio pararam de ser utilizadas como pigmentos e passaram a ser usadas mais em pesticidas em plantações. Outros pigmentos foram encontrados para substituir o verde Paris em pinturas e na indústria têxtil. No meio do século 20, o uso da substância em fazendas também foi diminuindo.
No caso dos nossos livros, o pigmento não foi utilizado por motivos estéticos. Uma explicação plausível para a aplicação — possivelmente no século 19 — da substância em livros velhos é para protegê-los de insetos e vermes. Em algumas circunstâncias, compostos de arsênio podem ser transformados em um tipo de gás venenoso com cheio de alho. Há histórias sombrias de papeis de parede vitorianos verdes acabando com a vida de crianças em seus quartos.

Agora, a biblioteca guarda nossos três volumes venenosos em caixas separadas em cabines ventiladas. Também planejamos em digitalizá-los para minimizar o contato físico. Ninguém espera que um livro contenha uma substância venenosa, mas isso pode acontecer.

De onde surgiu o provérbio “além do tombo, o coice”?


coice de mula
Os jovens citadinos podem até não entender o significado desse dito popular tão conhecido lá para as bandas do nosso interior. É o que se costuma dizer quando o azar vem em dobro. Ou seja, além de cair do cavalo, ainda pode ser atingindo com o coice que pode ser pior do que a própria queda.
Esta expressão popular tem o significado de dois castigos ao mesmo tempo, quando ocorrem duas situações desagradáveis simultaneamente. Ela origina-se da situação em que o cavaleiro, além de ser derrubado da montaria ainda recebe desta um coice. E é muito comum na linguagem popular do nordeste brasileiro.

O rei está pelado? De onde Surgiu a Expressão “Em Terra de Cego quem Tem só um olho é Rei”


terra de cego
“Nenhum ditado popular explica tão bem os problemas do Brasil. Ele mostra por que existe tanta gente incompetente dirigindo nossas empresas e instituições. Mostra também por que é tão fácil chegar ao topo da pirâmide sem muita visão ou competência.”
Stephen Kanitz, consultor de empresas, palestrante e best seller
“O rei está pelado! Foi aquele espanto. Um silêncio profundo. Seguido pelo grito enfurecido da multidão. Menino louco! Menino burro! Não vê a roupa nova do rei! Está querendo desestabilizar o governo! Moral da estória: Em terra de cego, quem tem um olho não é rei. É doido.”
Rubem Alves, cronista
“É mais fácil se tornar um escravo do que propriamente um rei. Há muitos pais e parentes que, desde a infância da pessoa cega ou com baixa visão, colocam-se na posição de tutores onipresentes, tornando-se reféns de um cativeiro que eles criaram.”
Sônia B. Hoffman, especialista em deficiência visual

Você entendeu alguma coisa? Nem eu
Mas vamos ao dito popular: Em terra de cego quem só tem um olho é rei
Expressão popular que significa: no meio da ignorância que sabe pouco domina.
Fulano se deu bem, também ¨em terra de cego quem tem olho é rei¨.
Essa expressão pode significar que em um mundo onde a maioria das pessoas não sabe nada (cegos), quem tem conhecimento (olho) se sobressai perante os demais (rei).

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Dito Popular – De onde surgiu a expressão “Só enxerga o próprio umbigo”?


Relativo a egoísmo ou narcisismo

umbigo2Algumas definições:
O egoísta costuma viver em torno do próprio umbigo, quando cai, tonto pelo próprio egoísmo, sempre há alguém diferente dele para confortá-lo.
Humberto Rocha

Há pessoas que transformam o azul em cinza. Que só olham para o próprio umbigo. Que não são capazes de um gesto de gentileza. Que tem olhos de inveja. Que pensam que são muito melhores do que são. Que não dão valor ao trabalho. Que não tem uma palavra de elogio ao próximo. Há pessoas que vieram ao Mundo achando que são seu Centro. E por isso dão valor ao acessório, nunca ao principal!
Jorge Rodini
Tenho certeza, que, ficamos todos muito tristes quando percebemos a capacidade que algumas pessoas tem de olhar apenas para o próprio umbigo, um jeito egoísta de ver a vida acreditando que somente ela possui problemas e que os seus são maiores que os dos outros, e que só os seus são mais importantes e que tem que ser os primeiros a serem solucionados… Eu creio que algumas pessoas ao longo da vida perdem a sensibilidade de “ver” e “sentir” o outro, são pessoas que se dizem atarefados, que não enxergam mais nada na sua frente, além do próprio trabalho, seu cansaço ou a preocupação apenas com os seus problemas… Entre tantas outras situações e papéis em que a pessoa em questão só pensa no próprio umbigo e se lamenta.Ao olhar apenas para o próprio umbigo o ser humano perde a capacidade de se doar aos outros, de perceber quem está ao seu redor e até mesmo mais necessitado de atenção, amor, carinho…Pessoas egoístas não percebem nem ao menos quem precisa ser ouvido, porque são mesquinhas, egocêntricas… “O meu ‘EU” é o centro de tudo” .Você conhece alguém assim? Para mim eu posso sempre, para o outro vou até , talvez, pensar, se terei tempo ou paciência para ajudar… Porque qualquer coisa que eu possa fazer, que tire o meu olhar do meu Umbigo, me cansa, pois,Ouvir dá trabalho, é mais fácil falar de si sem parar e não perceber o outro e suas necessidades…Então iremos viver apartando-se de tudo aquilo sobre o qual temos inexorável responsabilidade, encontrando uma pomposa desculpa que nos faça de fato acreditar que não temos nada com isso.Assim é muito fácil !!! Nada me irrita mais que o egoísmo – é pelo egoísmo que o Ser Humano esquece de ser “Humano” de verdade. Acaba-se perdendo até mesmo o grau de parentesco, de vínculo afetivo. É por egoísmo que pessoas se matam, se magoam se destroem…Que pena que os seres humanos estão cada vez mais, perdendo a capacidade de sentir e de sensibilizar-se, de arregaçar as mangas e tentar ajudar quem precisa de algum modo, seja quem for e como puder… E não falo aqui de causas grandiosas não, saber ouvir já é um grande gesto de amor, ter empatia colocando-se no lugar do que sofre e pensando de que maneira poderia ajudá-lo, pois como seria duro se estivesse em seu lugar… Também é uma válida opção. Deveremos ser sempre para o outro o que gostaríamos que este outro fosse para nós. E ajudar também não se restringe somente a quem amamos não, isso também seria uma forma de egoísmo, nosso manancial para ajudar o próximo é inesgotável desde que tenhamos um pré- requisito também esquecido nos conturbados e modernos dias de hoje: a boa vontade, fazendo bem feita a parte que nos cabe fazer, que é nossa responsabilidade. Dizer a alguém que ela olha sempre para o seu próprio Umbigo é uma maneira de chamá-la de egoísta. Pois, esta expressão “olhar para o próprio umbigo” soa muito bem ao ouvido daquelas pessoas que não se importam com quem está ao seu lado e leva a vida como se o mundo girasse ao seu redor.Mesmo sabendo que o umbigo fica exatamente no centro geométrico do nosso corpo. Em qualquer lugar que olharmos em volta do nosso umbigo ainda vamos estar olhando para nós mesmos, devemos fugir dessa lógica!

próprio umbigo

Morcegos estão sendo mortos no Peru por medo do novo coronavírus


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Algumas pessoas no Peru estão matando morcegos com o intuito de controlar a pandemia de Covid-19, causada pelo novo coronavírus. Segundo as autoridades do país, os cidadãos estão preocupados com a possibilidade do animal transmitir a doença.
A preocupação dos peruanos se baseia na crença dos especialistas de que o novo coronavírus seja a mutação de um vírus que atinge outra espécie animal. Dentre os principais suspeitos de ser o hospedeiro original do Sars-CoV-2 estão pangolins, serpentes e morcegos — espécies comumente consumidas em Wuhan, na China, onde a doença surgiu.
As autoridades peruanas alertam para o fato de que o vírus que afeta os humanos é uma mutação do que atingia os animais, ou seja, outras espécies provavelmente não são vetores da doença. “Não devemos distorcer a situação devido à pandemia. Os morcegos não são nossos inimigos”, disse o Serviço Nacional de Florestas e Fauna Silvestre (SERFOR) do Peru em comunicado.
Agora, o SERFOR está resgatando os morcegos ameaçados: mais de 200 animais já foram removidos de regiões onde estavam expostos aos humanos e transferidos para uma caverna. Além disso, os especialistas tentam informar a população sobre a importância dessa espécie para os seres humanos. “Setenta por cento das espécies no mundo se alimentam de insetos, muitos dos quais são prejudiciais à agricultura e à nossa saúde, como mosquitos que espalham a dengue e outras doenças”, afirmam as autoridades.

Genoma do Coronavírus


carona virus

No último dia 28 de fevereiro, uma equipe de pesquisadores brasileiros de maioria feminina anunciou ter completado o sequenciamento do genoma do novo coronavírus, o Covid-19. O grupo, coordenado pela médica Ester Sabino, diretora do Instituto de Medicina Tropical da USP, revelou o feito apenas 48 horas depois da detecção do primeiro caso da doença no Brasil.
Perguntas e Respostas
Quanto tempo levou para realizar o sequenciamento do genoma do Covid-19?
Foram 24 horas. O tempo reduzido é resultado da ajuda de novas tecnologias, que otimizam os processos do sequenciamento.

Qual a utilidade prática desse sequenciamento?
Ele nos fornece diversos dados sobre o vírus, os quais podem ser utilizados na produção de vacinas, no desenvolvimento de tratamentos ou até mesmo nos diagnósticos.

Por que o Brasil foi o primeiro país a fazer esse sequenciamento?
Desde que o país passou por epidemias de zika e dengue, o nosso grupo estava trabalhando em aprimorar os testes de sequenciamento, em uma tentativa de entender mais sobre essas doenças. Estávamos envolvidos com o sequenciamento genético há muito tempo. O resultado desses esforços é que fomos mais rápidos, porque já estávamos prontos.

Trata-se de um vírus novo?
No mundo, não, mas, para os humanos, sim. Acreditamos que o vírus afetasse algum animal, provavelmente o morcego, até sofrer mutações e passar a infectar pessoas também. É importante lembrar que há, no total, sete tipos de coronavírus que nos adoecem.

Quão perigoso é o Covid-19?
O novo vírus mata menos do que outras epidemias recentes, como a gripe suína, mas é muito mais fácil de transmitir. Devemos nos preocupar, porém não em excesso. A doença é grave apenas em algumas pessoas, que desenvolvem pneumonia. Em outras, é como uma simples gripe.

Nova York pode ser o novo epicentro do coronavírus


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Com a cidade possuindo 35 mil infectados até o momento, a agência de saúde alerta para a possibilidade de um aumento significativo no número de casos.
No entanto, antes da divulgação do relatório consolidado, representantes da agência conversaram com alguns jornalistas na Suíça e revelaram que o mundo deve registrar um “aumento significativo” em comparação ao que foi contabilizado até o momento.
Até a noite de ontem, segunda-feira (23), a OMS reconheceu 334 mil casos, além de registrar 14,5 mil mortes em diversas partes do mundo. Com os EUA, mais especificamente Nova York, sendo o local com o maior registro de casos confirmados.
Com isso, a OMS acredita que os norte-americanos podem enfrentar o ápice da doença em breve. Eles ainda alertam para a possibilidade do país se tornar o novo epicentro da pandemia. “Estamos vendo uma progressão muito rápida do número de casos nos EUA”, alertou Margaret Harris, porta-voz da OMS.
Ainda segundo Harris, cerca de 85% dos novos casos registrados vem da Europa e dos EUA – com os norte-americanos sendo detentores de 40% desse total. Até o momento, 35 mil pessoas foram contaminadas pelo novo coronavírus nos Estados Unidos.
A OMS se preocupa principalmente com Nova York, apontada como principal local de transmissão dentro do país. A taxa de infecção na cidade é cinco vezes maior do que a média de todo os EUA. Esse rápido crescimento foi atribuído principalmente à demora para aplicação de medidas emergenciais e de isolamento social.
Margaret ainda alerta que os números podem ser ainda maiores do que os conhecidos. Isso porque, recentemente, a OMS destacou que os números divulgados até este momento– de infectados e de mortes – são reflexos da transmissão ocorrida há cinco ou seis dias. Por esse motivo, um aumento significativo nas confirmações pode acontecer a qualquer momento.

Genética – As Mutações


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Todos os seres vivos possuem material genético. O nosso principal material genético é o DNA e, diariamente, ele é replicado, produz proteínas através do RNA dentre outras coisas. Quando alguma proteína começa a ser sintetizada de forma errônea ou surge algo inesperado como um câncer, há uma grande chance de ter acontecido uma mutação genética. Logo, mutação genética é quando há uma perturbação no material genético dos seres vivos causando mudanças nas sequências de nucleotídeos.
Todos os seres vivos possuem material genético. O nosso principal material genético é o DNA e, diariamente, ele é replicado, produz proteínas através do RNA dentre outras coisas. Quando alguma proteína começa a ser sintetizada de forma errônea ou surge algo inesperado como um câncer, há uma grande chance de ter acontecido uma mutação genética. Logo, mutação genética é quando há uma perturbação no material genético dos seres vivos causando mudanças nas sequências de nucleotídeos.
As consequências das mutações
Existem mutações benéficas, mas a grande maioria geram doenças e características diferentes. Por exemplo, a anemia falciforme é a substituição do ácido glutâmico pelo ácido valina e causa uma alteração na forma da proteína. Assim, acontecem alterações no formato dos glóbulos vermelhos do sangue deixando-os incapazes de transportar oxigênio.
Das características, existem mutações que causam o albinismo. Pessoas albinas são extremamente sensíveis a luz solar já que a pele não produz melanina. Este tipo de mutação é hereditário e a pessoa já nasce com ela. Existe o vitiligo, que é a despigmentação da pele. Esta mutação não tem hora para acontecer e a pessoa simplesmente tem sua pele despigmentada, surgindo manchas brancas por todo o corpo.
Das mutações benéficas, existem aquelas que conferem ao seres algum tipo de adaptação. Um exemplo interessante é o das pessoas que têm uma mutação específica no gene CCR5 que confere resistência a infecção do vírus HIV. Uma teoria é de que essa mutação no gene CCR5, comum em pessoas europeias, seja uma resistência inicial à peste bubônica que arrasou a Europa no século XIV e acaba servindo para o HIV também.
Além dos erros nos processos de duplicação do DNA, uma causa relevante do surgimento de mutações: os fatores ambientais. Dentre esses fatores estão o tabagismo, exposição a raios X, exposição à luz ultravioleta, ácido nitroso, corantes existentes em alguns alimentos dentre outras coisas.
Em vários países, há a preocupação da manutenção da camada de ozônio (O3), pois ela é uma proteção natural da Terra contra os raios ultravioleta.
As mutações também podem ser hereditárias, ou seja, passadas de mãe para filho ou de pai para filho. Mutações hereditárias ocorrem quando genes que transmitem características diferentes como albinismo ficam contidos dentro do óvulo ou do espermatozoide.

Como a história ensina a lidar com pandemias


gripe espanhola
Qualquer semelhança, não é mera coincidência

Não confunda, você está no ☻Mega Arquivo

Gripe Espanhola matou milhões com transmissão acelerada.
O componente de História nas escolas, além de outros benefícios, tem como objetivo ensinar erros cometidos no passado para que a sociedade saiba como evitar que se repitam. Olhando para as grandes pandemias que já assolaram o mundo, uma que se assemelha bastante à atual crise do novo coronavírus (Covid-19) é a Gripe Espanhola. “Com os primeiros casos aparecendo no primeiro semestre de 1918, a Gripe Espanhola surgiu quando o mundo experimentava a Grande Guerra”, relembra o coordenador da assessoria de História, Filosofia e Sociologia do Sistema Positivo de Ensino, Norton Frehse Nicolazzi Junior. “Ela acabou sendo chamada de espanhola, cogita-se, pelo fato de a Espanha ser um país neutro na Guerra. Nenhum país naquele momento ia se responsabilizar por disseminar aquele vírus de mortandade tão grande”, explica.
Como o Brasil também participou da guerra, o professor lembra que os primeiros brasileiros infectados foram membros de uma frota contaminada na costa do mediterrâneo. Mas a chegada do vírus se deu em meados de setembro de 1918, com a vinda, ao Rio de Janeiro, de um navio britânico com aproximadamente 200 tripulantes doentes e outros infectados aparentemente saudáveis. A partir desse momento, esses marinheiros se misturaram com a população e acabaram transmitindo o vírus, causando um contágio em progressão geométrica”, descreve Nicolazzi. A situação ficou tão precária no país que o presidente da República no momento, Rodrigues Alves, morreu em 1919, em decorrência da pandemia.
As medidas de fechamento de fronteira e isolamento são lições aprendidas com a Gripe Espanhola e, anteriormente, com a Peste Bubônica. “Esse isolamento se mostra necessário se pensarmos na analogia histórica. No caso da Gripe Espanhola, a fronteira aberta permitiu que o vírus chegasse e rapidamente se espalhasse por diversas capitais brasileiras”, relata o coordenador do grupo de ensino paranaense. “No espaço de um mês, em capitais mais afastadas do litoral, tínhamos cerca de 20 óbitos por dia. Se houvesse um fechamento de fronteiras e isolamento, esse número certamente seria menor”. Nicolazzi afirma ainda que não existem condições de comparar a atual epidemia com as anteriores, mas essa expansão, da maneira como ela ocorre, é fruto do próprio processo de progresso técnico, de progresso econômico e da ideia de uma globalização. “As pessoas em trânsito favoreceram a disseminação da Peste no final do período medieval e a disseminação da Gripe Espanhola no início do século 20, com navios circulando o mundo inteiro em função da guerra. Isso tudo favoreceu muito a propagação das doenças, assim como hoje o vírus facilmente acessa o mundo todo”, detalha.
Quanto à desinformação notada nos dias atuais, o professor conta que, antigamente, era muito pior. “As principais potências envolvidas na guerra esconderam os casos de Gripe Espanhola para não transmitirem fraqueza durante o confronto. As pessoas achavam que não seriam contaminadas até o momento em que elas começam a ver os seus próximos adoecerem e morrerem em questões de poucos dias”, recorda. Para ele, a não aceitação da gravidade do problema no primeiro momento faz parte da própria dinâmica das pessoas de tentarem de alguma forma se protegerem.

Supercomputador da IBM identifica substâncias para conter coronavírus


Supercomputador-chines
33 quadrilhões de cálculos por segundo

O supercomputador Summit, da IBM, identificou 77 substâncias químicas que podem ser usadas para conter o avanço do contágio do novo coronavírus no mundo. Os pesquisadores do Laboratório Nacional Oak Ridge National publicaram os resultados no periódico científico ChemRxiv.
Um supercomputador pode fazer operações que um computador comum simplesmente não consegue. O Summit foi o primeiro do mundo a atingir velocidade de exaop, ou seja, um quintilhão de operações por segundo. Em uma análise genômica, ele já atingiu velocidade de 1,88 exaop.
Com isso, a máquina pode realizar uma série de cálculos para identificar potenciais tratamentos para frear o avanço da Covid-19. Mas, em média, ele realiza 200 quadrilhões de cálculos por segundo, o que é 1 milhão de vezes mais do que um notebook comum.
Após analisar mais de 8 mil substâncias, o supercomputador encontrou algumas que conseguem se ligar ao pico de material genético que o vírus libera no organismo, desse modo, contendo o contágio.
Com a identificação de substâncias, o Summit deixa a ciência global mais perto da criação de uma vacina contra o novo coronavírus.
Os pesquisadors agora irão executar simulações novamente com um modelo do vírus mais preciso para confirmar a eficácia dos resultados encontrados neste primeiro estudo.
“Os resultados que obtivemos não significam que encontramos uma cura ou um tratamento para novo coronavírus”, afirma Jeremy Smith, diretor de Universidade do Tennessee e do Centro de Biofísica Molecular do Laboratório Nacional de Oak Ridge.
A proposta das operações realizadas no Summit é fornecer um norte para as pesquisas científicas que podem levar à criação de tratamentos, vacina ou mesmo cura para o novo coronavírus.

O que é a hidroxicloroquina?


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Hidroxicloroquina, cloroquina e remdesivir. Esses são os medicamentos que, segundo estudos científicos, podem ser eficazes no combate ao novo coronavírus.
A hidroxicloroquina, também conhecida pelo nome comercial Reuquinol, é a mais promissora. O remédio é usado para o tratamento da malária desde os anos 1930, mas também já foi usado para combater doenças como artrite reumatoide e lúpus.
O remédio chegou a ser substituído por outros recentemente porque o protozoário parasita plasmodium falciparum, causador da malária, tornou-se resistente à sua ação. A hidroxicloroquina podia ser usada para prevenir ou combater a malária.
O medicamento já se mostrara anteriormente eficaz contra a Sars, uma doença respiratória aguda que surgiu na China em 2002 e pertence ao grupo coronavírus, assim como o vírus causador da atual pandemia de Covid-19.
Em um estudo publicado por cientistas chineses em 18 de março na revista científica Nature, as drogas hidroxicloroquina e remdesivir se mostraram capazes de inibir a infecção do SARS-CoV-2 (nome do novo coronavírus) em simulação in vitro.
Outro estudo feito na França, realizado pelo Instituto Mediterrâneo de Infecção de Marselha, publicado no periódico científico International Journal of Antimicrobial Agents, mostra que a hidroxicloroquina teve desempenho positivo. Em alguns casos, foi usado também um antibiótico chamado azitromicina, que combate infecções pulmonares causadas por bactérias.
Gregory Rigano, orientador de pesquisa na Universidade de Stanford, nos Estados Unidos, e coautor de um estudo sobre o uso de hidroxicloroquina em humanos para combater o coronavírus. Em um experimento feito com dois grupos, um que recebeu o medicamento e outro que não o recebeu, o resultado da droga no combate ao novo coronavírus foi eficaz. O antibiótico azitromicina foi usado em conjunto com a cloroquina, como no estudo feito na França.
O estudo ainda está para ser publicado, mas Rigano já concedeu uma entrevista a uma rádio americana falando sobre o tema. “Esse será o estudo mais importante a ser lançado sobre o tema. Ponto”, disse Rigano. O bilionário Elon Musk também publicou uma mensagem no seu perfil no Twitter nesta semana afirmando que a droga poderia ser eficaz contra o novo coronavírus. A FDA realiza testes com a cloroquina para combater a Covid-19.
Apesar de promissora, a droga ainda precisa de mais testes clínicos antes de ser distribuída amplamente para a população de forma segura. Por isso, Donald Trump, presidente dos Estados Unidos, pediu que a Federal Drug Administration, análoga à Anvisa brasileira, seja ágil com o processo de testes e aprovação do medicamento.
Outro medicamento que tem se mostrado promissor contra o novo coronavírus é o remdesivir. Porém, por ser um medicamento experimental, não se espera que ele esteja amplamente disponível para o tratamento de um grande número de pessoas tão cedo quanto a hidroxicloroquina. A farmacêutica americana Gilead detém a patente do remdesivir.
Os medicamentos anti-virais lopinavir e favipiravir chegaram a ser considerados como drogas em potencial para tratar a Covid-19, mas um estudo divulgado na noite de ontem mostrou que elas são ineficazes. Com isso, os esforços dos cientistas de todo o mundo agora se voltam à hidroxicloroquina.

hidoxitonina

Número de mortos por coronavírus na Itália supera o da China


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A Itália se tornou o país do mundo a registrar o maior número de mortes pelo novo coronavírus. Segundo o jornal italiano Corriere della Sera, citando fontes oficiais do governo italiano, o país agora acumula 3.405 mortes, superando a China, que registra 3.130 fatalidades e é o país no qual a doença surgiu no final do ano passado.
Nesta semana, a Itália é o país, ainda, a registrar o maior número de mortos em apenas um dia, 475, desde o início da epidemia. O número de hoje mostra uma leve desaceleração nas fatalidades. No entanto, o total de casos confirmados saltou de 35.713 para 41.035.
A Itália continua o segundo país do mundo mais afetado pela covid-19. Com a atualização do governo italiano, agora contabiliza 41.035 casos confirmados e é seguido por Irã, com 18.407, e Espanha, com 17.395. O total global de pessoas afetadas pelo novo coronavírus é de 229.390.
Ultimas notícias: Ate o fechamento dessa matéria
Itália registra 793 mortes por coronavírus em um único dia
O país tem agora mais de 4,8 mil mortos.
O governo italiano pede para o mundo não desviar o olho da Itália. O caos nos hospitais ensina que é hora de ficar em casa.
Os primeiros dois casos no país aconteceram no penúltimo dia de janeiro. Uma semana depois houve mais um caso confirmado. Na quinzena seguinte, outro. No dia seguinte, já eram 11 confirmados; depois, 132. E o contágio vem crescendo exponencialmente.
As cidades de Bergamo, Brescia e Cremona, no norte do país, são o foco da doença. Profissionais da saúde de Bergamo acusaram a prefeitura de demorar duas semanas para atender o pedido deles de quarentena. Em outras regiões italianas, o isolamento da população conseguiu segurar o contágio.
E justo o norte da Itália foi o porto seguro para quase quatro mil pessoas. O desembarque do cruzeiro que partiu de Buenos Aires seria em Marselha, mas a França só permitiu que franceses pisassem em terra firme. O passageiro brasileiro não sabe quando volta para casa.

“Estamos todos a salvo dentro do navio, graças a Deus. Todos os passageiros e tripulantes, não há nenhum caso, não temos infecção, nada. Pedimos auxílio e atenção do governo e órgãos competentes para que possam nos tirar em segurança do navio”
A União Europeia concordou em estabelecer uma cláusula para pandemias, que derruba os limites de gastos públicos pelo menos até a crise se acalmar. Essa medida permite que os governos liberem empréstimos baratos para empresas se financiarem.

Na Espanha — o segundo país europeu mais atingido pela pandemia —, profissionais da saúde e militares correm para transformar um centro de conferências em Madri um hospital gigante. Médicos e enfermeiros da capital e de outras cidades alertam para a falta de equipamentos e material de proteção para as equipes. Em 24 horas, o número de casos deu um salto para quase 25 mil. As mortes passam de 1,3 mil.
O Reino Unido cogita comprar ações de companhias aéreas britânicas, segundo o jornal Financial Times. A preocupação também é em manter o abastecimento da população.
Um dos cientistas da equipe do governo tem vergonha do comportamento nos mercados. Ele pediu para população cuidar dos trabalhadores da saúde, uma referência ao desabafo de uma enfermeira exausta.
Ela tinha dobrado o turno e na volta para casa não encontrou o que precisava. Prateleiras vazias…
Mas os funcionários dos hospitais não estão esquecidos. O estádio de Wembley se iluminou para homenagear quem está na linha de frente contra o novo coronavírus. É para essas pessoas que lutam dia e noite que a torre Eiffel mandou neste sábado a sua luz.
Na noite deste sábado, o primeiro-ministro da Itália, Giuseppe Conte, determinou que todas as empresas do país devem fechar as portas até o dia 3 de abril — com exceção das consideradas essenciais.

Fake News – Notícias Falsas se Propagam bem mais rápido que o vírus


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Os casos do novo coronavírus têm causado apreensão mundial. Após mortes em vários países, mensagens sobre a Covid-19 têm sido disseminadas na web.
Circulam pelas redes sociais mensagens que afirmam que tomar um banho bem quente (ou bem frio) pode prevenir o contágio ou mesmo combater o coronavírus. É #FAKE.
A Organização Mundial de Saúde (OMS) afirma que tomar um banho quente não impede ninguém de pegar a Covid-19.
“A temperatura corporal normal permanece em torno de 36,5ºC a 37ºC, independentemente da temperatura do banho/chuveiro. Na verdade, tomar um banho com água extremamente quente pode ser prejudicial, pois pode provocar queimaduras”, diz a entidade.
“A melhor maneira de se proteger contra a Covid-19 é limpar frequentemente as mãos. Ao fazer isso, você elimina vírus que podem estar em suas mãos e evita infecções que podem ocorrer ao tocar seus olhos, boca e nariz”
ma das mensagens diz que, além do banho quente, uma chuveirada gelada logo em seguida é ainda melhor. “Confira super dicas de como você pode fortalecer sua imunidade da Covid-19. Ah! Antes que eu me esqueça acrescente BANHO GELADO por 1 minuto após banho quente para turbinar sua imunidade 👍.”
Um youtuber também afirma que, “além de vitamina C, você pode tomar banho quente e frio”. “Aumenta muito a imunidade. Você mesmo mata vírus. Mata bactérias quando você começar a esquentar o seu próprio corpo.”
Não é verdade.
O Ministério da Saúde diz que “não há evidências científicas que mostrem que vitamina C, vitamina D, inhame, própolis, banhos “quente/frio” e chá de erva doce sejam prevenções eficazes contra o novo coronavírus”.
O ministério reforça às pessoas que, antes de compartilharem mensagens sobre saúde, confirmem se elas são verdadeiras.
O virologista Rômulo Neris, formado pela UFRJ e pesquisador visitante da Universidade da Califórnia, em Davis, afirma que não existe nenhuma evidência científica de que banho quente ou frio diminua a carga viral de uma infecção. “Essa fake news mistura o tratamento de um sintoma com o tratamento da infecção. Banhos quentes podem ajudar a aliviar sintomas como nariz escorrendo ou entupido, dor de garganta e tensão muscular por dor. Isso, inclusive, é uma recomendação do CDC para resfriados comuns. O banho frio, por outro lado, pode ajudar a diminuir a percepção da febre no indivíduo. Apesar disso, ambos não têm nenhum efeito descrito contra o Sars-CoV-2.”
“O banho só é importante em um aspecto: se bem tomado, com água corrente e sabão, limpa nossa pele de potenciais exposições ao vírus no ambiente. Mas, novamente, não faz nada contra uma infecção já em curso.”

Sauna e calor
Também é possível encontrar na web quem diga que o vírus não sobrevive no calor e a 30 minutos de sauna.
Uma checagem feita pela equipe do Fato ou Fake também mostra que é falsa a afirmação de que o novo coronavírus não resiste ao calor.
Circula pelas redes sociais uma imagem que imita o padrão das feitas pelo governo federal com uma mensagem que afirma que, de acordo com a medida provisória 922, o cidadão com mais de 60 anos que estiver na rua terá sua aposentadoria suspensa por tempo indeterminado. O texto diz ainda que filhos e netos do infrator que tenham mais de 18 anos serão responsabilizados com multa de R$ 1.045. As medidas, segundo a mensagem, são para assegurar a saúde da população em meio à pandemia do novo coronavírus. É #FAKE.
Primeiro, a medida provisória 922 não é de 18 de março de 2020, como diz a mensagem falsa, mas de 28 de fevereiro. No texto da proposta, não há nenhuma menção ao trânsito de idosos e à penalidade por descumprimento do isolamento.
A MP, na verdade, permite que órgãos da administração federal realizem a contratação temporária de servidores civis federais aposentados. Como tem força de lei, a MP já está em vigor, mas o texto ainda precisa ser analisado por uma comissão parlamentar mista e votado nos plenários do Senado e da Câmara em até 120 dias.
Circula pelas redes sociais uma mensagem com o título “Ambev – retire seu álcool gel” que orienta as pessoas a clicar em um link, colocar o CEP e pesquisar qual o ponto de distribuição mais próximo de seu endereço. É #FAKE.
A Ambev diz que a mensagem é totalmente falsa. “Algumas mensagens estão circulando pelas redes sociais levando ao cadastro para retirada de álcool em gel em postos de recolhimento. Gostaríamos de alertar que nosso álcool em gel produzido será destinado para uso em hospitais públicos. Não clique em links suspeitos.”
Circula nas redes sociais um vídeo em que um homem apresenta uma caderneta de vacinação de seu cachorro com um adesivo da vacina “Vanguard HTLP 5/ CV-L”, destinada à prevenção do coronavírus canino. No vídeo, o homem diz: “Esse vírus não é novo, gente. Até meus cães estão imunes a esse vírus. Meu cachorro está mais imunizado do que eu? Eles vêm falar agora que estão fabricando essa vacina? Me poupe. Esse vírus é antigo”. A mensagem é #FAKE.
O gerente técnico e de pesquisa aplicada para animais de companhia da Zoetis, fabricante da vacina mencionada no vídeo, explica que o produto não se destina a humanos nem tem a ver com o novo coronavírus.
“O coronavírus da vacina é um coronavírus que é conhecido há bastante tempo. Ele é conhecido há décadas e provoca nos cães um quadro gastrointestinal, principalmente diarreia; às vezes, vômito. Então esse coronavírus que já é conhecido do cão há bastante tempo, embora pertença à mesma família de coronavírus, não tem relação com esse coronavírus novo, que é o Sars coronavírus 2, que acomete humanos. Essa vacina serve só para prevenir a coronavirose canina. Essa vacina não serve para tratar pessoas que têm infecção pelo coronavírus”
“Não existe nenhum relato ou proposição de que o novo coronavírus que está causando tudo que vemos hoje seja relacionado com cães e gatos. O coronavírus que ataca cães e gatos é da mesma família que está atacando a população mundial, porém ele corresponde a um outro gênero, que é o gênero alphacoronavírus. O que ataca humanos é o gênero betacoronavírus. Só aí eles já diferem bastante um do outro. Depois do gênero, ele ainda se diferencia em espécies. Há o coronavírus canino e o coronavírus felino. Para humanos, ele vai se dividir no que se apregoa chamar de Sars COV, Mers-Cov e o Sars COV 2, causador da pandemia de Covid 19.”

Quanto a temperatura ambiente
Uma revisão de 22 estudos sobre vários tipos de coronavírus publicada no Journal of Hospital Infection indica que, quanto maior a temperatura, menor o tempo de permanência do vírus em algumas superfícies. Ainda assim, os dados mostram que mesmo em temperaturas elevadas como 30ºC ou 40ºC os vírus resistem, às vezes por dias.
A Organização Mundial da Saúde (OMS), faz o alerta de que o vírus pode, sim, ser transmitido em áreas mais quentes. “Segundo as evidências obtidas até agora, o vírus responsável pela Covid-19 pode ser transmitido em todas as áreas, incluindo áreas com clima quente e úmido”.
“Vírus não respeita temperatura. O H1N1 atingiu os Estados Unidos em pleno verão. A Influenza é um vírus de inverno e tem todo ano no Caribe [região tropical]. No ano passado, teve surto de H1N1 no Amazonas”
A mensagem circula com algumas variações no texto. Numa delas, há a informação de que, após ficar 3 ou 4 dias restrito à garganta e mais 5 ou 6 dias nos pulmões, o vírus se torna letal. Weissmann diz que o coronavírus pode, de fato, causar tosse seca, coriza e pneumonia, mas que está mais que comprovado que essa letalidade alardeada não se sustenta.
O Ministério da Saúde reforça que isso não faz qualquer sentido.

Farmacologia – hidroxicloroquina e cloroquina na lista de remédios controlados


cloroquina
A procura por hidroxicloroquina aumentou depois que algumas pesquisas indicaram que o produto pode ser utilizado no tratamento do Sars-Cov-2. Mas não há nenhuma comprovação sobre o benefício da substância no tratamento do novo vírus.
As substâncias estão presentes em medicamentos contra a malária, reumatismo, inflamação nas articulações, lúpus, entre outros.
A medida é para evitar que pessoas que não precisam do medicamento provoquem o desabastecimento do mercado. A Anvisa informou que os medicamentos que possuem a substância não são recomendados no tratamento da Covid-19.
Com a nova determinação da Anvisa, os pacientes que já fazem uso de medicamentos com as substâncias poderão continuar utilizando a receita simples para a compra do produto durante o prazo de 30 dias.
Na nova categoria, o medicamento só poderá ser entregue mediante receita branca especial em duas vias. Médicos que fazem a prescrição de hidroxicloroquina ou cloroquina já devem começar a utilizar este formato. A venda irregular em farmácias é considerada infração grave.

Saúde – Celebridades com Corona Vírus


celebs com corona

 

Tom Hanks e a esposa, Rita Wilson

O casal foi o primeiro do mundo das celebridades a divulgar o diagnóstico nas redes. Eles estão na Austrália, onde o ator filmava com o diretor Baz Luhrmann. Ambos já saíram do hospital e estão se recuperando em casa. Segundo o último post engraçadinho de Hanks, os dois passam bem e já realizam atividades cotidianas, como lavar louça e roupas. Ele publicou uma imagem de sua máquina de escrever favorita: que se chama, olha só, Corona.

Gabriela Pugliesi
A influenciadora fitness foi uma das 14 pessoas que contraíram o vírus durante o casamento de sua irmã, num resort de luxo em Itacaré, na Bahia. Agora, pouco mais de uma semana depois, ela afirmou nas redes sociais que continua com tosse, mas já se sente bem melhor. Durante a quarentena, continuou publicando vídeos com exercícios leves, como alongamentos, e posts patrocinados.

Preta Gil
A cantora foi outra que contraiu a doença no casamento da irmã de Pugliesi, em Itacaré. Ela está em quarentena desde então em um hotel em São Paulo, juntamente com o marido. Ativa nas redes sociais, Preta disse essa semana que tem se sentido melhor, mas continua em observação.
Fernanda Paes Leme
A atriz afirmou ter sofrido com os sintomas da doença, mas que sente uma melhora diária. Nas redes sociais, ela compartilhou que sua vizinha lhe entregou uma melancia, sabendo que ela estava doente e não poderia sair.

Kristofer Hivju
O ator norueguês conhecido pelo personagem Tormund, de Game of Thrones, afirmou que teve um resultado positivo para o coronavírus, mas que tem sentido poucos sintomas. Ele fez um apelo para que as pessoas fiquem em casa.

Vacina do coronavírus será testada direto em humanos – sem passar por animais


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O primeiro caso confirmado do novo coronavírus foi detectado na China em 7 de janeiro. Pouco tempo depois do anúncio, a empresa de biotecnologia Moderna Therapeutics já estava trabalhando no desenvolvimento de uma vacina para o vírus. Agora, eles afirmaram que vão iniciar os testes diretamente em humanos, sem passar pelo protocolo padrão de testar em animais.
Os ensaios clínicos (com humanos) e pré-clínicos (com animais) que garantem a segurança de uma vacina levam meses ou anos em uma situação ideal. Porém, diante de uma pandemia global, as farmacêuticas estão interessadas em encontrar a uma forma de barrá-la o mais rápido possível – o que abre uma brecha para pular etapas e começar logo de cara as aplicações em voluntários Homo sapiens.
A Moderna começou a procurar voluntários saudáveis no início de março. A ideia é testar 45 pessoas entre 18 e 55 anos, que vão tomar duas doses da vacina com intervalo de um mês. Cada cobaia receberá US$ 100 por visita feita ao laboratório ao longo do estudo, e serão aproximadamente 11 visitas (com a cotação a R$ 5,00, muito brasileiro ficaria ouriçado para participar – e embolsar R$ 5,5 mil). Os experimentos estão rolando no Instituto de Pesquisa em Saúde de Seattle (EUA).
A atitude de pular os ensaios pré-clínicos evidentemente põe em risco a saúde dos voluntários e está gerando objeções éticas da comunidade científica. Muitos pesquisadores se manifestaram contrários à decisão. Para piorar, a Moderna desenvolveu um mecanismo de imunização inédito – não há nenhuma outra vacina no mercado que utilize a mesma técnica, o que torna a experiência ainda mais arriscada.
Explicando: atualmente, há dois tipos diferentes de vacina. Algumas utilizam o próprio micróbio, morto ou quimicamente atenuado, para que ele não seja capaz de causar infecção. Outras utilizam apenas um pedacinho do micróbio – no caso dos vírus, geralmente uma proteína – que sirva de gabarito para o sistema imunológico a criar anticorpos. Nos dois casos, a ideia é treinar o corpo para a chegada da ameaça real.
A vacina da Moderna, por outro lado, usa uma molécula chamada RNA mensageiro (RNAm). No nosso organismo, o RNAm transmite informações contidas em nosso DNA para os ribossomos e possibilita a produção de proteínas. A nova vacina nada mais é do que um monte de RNAm sintético – que instrui o corpo a produzir proteínas iguais às do coronavírus. A ideia é que nosso corpo, ao se ver inundado por essas proteínas alienígenas, aprenda a reconhecê-las para depois identificar e derrotar o corona de verdade.
Se vai funcionar é outra história. A Moderna tentou testar o truque em ratos de laboratório, mas os animais não se mostraram ideais para tal experimento, pois suas células não são atacadas pelo vírus da mesma maneira que as nossas (cada mamífero tem seus próprios parasitas, e eles raramente são intercambiáveis).
Alguns camundongos foram geneticamente modificados no ano 2000, durante o surto da SARS – que também foi causada por um coronavírus –, de maneira a torná-los mais suscetíveis a vírus humanos. Isso permitia utilizá-los como cobaias eficazes em ensaios pré-clínicos. Infelizmente, essa linhagem não sobreviveu aos últimos vinte anos – era muito caro mantê-la. O jeito é começar do zero: a Mersana já está trabalhando em ratinhos com especificações parecidas, que deverão ficar prontos em algumas semanas
Uma vacina que utiliza a técnica de RNAm foi desenvolvida contra o coronavírus causador da MERS, outra epidemia que encheu os jornais nas últimas décadas. Ela foi testada nos ratos mencionados anteriormente. A resposta imune foi suficiente para protegê-los, o que é um dado otimista. Obviamente, porém, não se pode afirmar nada sobre sua aplicabilidade à Covid-19.
Estima-se a vacina estará disponível para uso humano em cerca de um ano – o que obviamente não é rápido o suficiente para barrar a pandemia. Sem contar que, se algo der errado – e isso acontece com frequência em ensaios clínicos –, os testes recomeçam do zero, o que atrasa ainda mais a solução. Os fabricantes de vacinas acreditam que o caso do Covid-19 é um teste importante para demonstrar como lidaremos, no futuro, com surtos de outras infecções desconhecidas.

Medicina – 4 vacinas que estão sendo testadas contra o coronavírus


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Com a Covid-19 ultrapassando a marca de 100 mil casos confirmados no mundo, cientistas e empresas farmacêuticas estão correndo contra o tempo para desenvolver uma vacina capaz de conter o espalhamento da epidemia.
Há pelo menos oito iniciativas de desenvolvimento de vacinas contra o SARS-cov-2 em andamento. Mas o desafio é grande – qualquer vacina precisa passar muitos testes pré-clinicos e clínicos (isto é, com humanos) antes de ser fornecida à população. Para o setor privado, isso é sinônimo de um investimento alto em um produto que talvez não dê certo.
Uma vacina como a da gripe já é conhecida há anos: basta adaptá-la à versão do vírus que está pegando naquele inverno. Por isso, o processo é incomparavelmente mais rápido, e pode rolar anualmente. Por outro lado, nunca houve uma vacina contra os coronavírus. O trabalho está começando basicamente do zero.
Toda vacina se baseia no mesmo princípio: treinar o sistema imunológico para lutar contra os patógenos que se aventuram para dentro do seu corpo. Isso já acontece naturalmente – ninguém pega catapora duas vezes porque, depois da primeira infecção, seu corpo já aprendeu a lutar contra o vírus até então desconhecido e tem um exército de anticorpos prontos para eliminá-lo novamente, caso apareça. A vacina nada mais é do que um meio de ensinar seu corpo a se proteger sem precisar passar pelo perrengue da infecção.
Para isso, há dois tipos diferentes de vacina. Algumas utilizam o próprio patógeno, morto ou quimicamente atenuado – para que ele não seja capaz de causar infecção, mas seja o suficiente para fazer seus glóbulos brancos armazenarem a “impressão digital” da ameaça. Outras utilizam apenas um pedacinho do micróbio – no caso dos vírus, geralmente uma proteína – que sirva de gabarito para o corpo criar anticorpos.
A maioria das vacinas está sendo desenvolvida por empresas privadas ou em parceria com elas. Nenhum dos concorrentes quer divulgar detalhes de sua receita. Afinal, quem encontrar a bala de prata contra o coronavírus terá em mãos algo mais valioso que a receita do molho do Big Mac – e, no estágio atual, ainda é impossível saber qual é a solução mais promissora. O mais seguro é esconder o próprio baralho – e blefar.
Sabe-se que a Johnson & Johnson está estudando uma vacina baseada no vírus desativado, e a Clover Biopharmaceuticals, em parceria com a Universidade de Queensland, na Austrália, está pesquisando versões da vacina que usam uma proteína do vírus para gerar resposta imune. Perceba que essas são as duas estratégias clássicas, já mencionadas acima.
Há uma terceira forma de se fazer vacinas, mais moderna e talvez mais eficaz no caso do novo coronavírus. São as chamadas vacinas de mRNA. O RNA mensageiro, no interior de uma célula humana, é o responsável por carregar a receita para fabricar uma proteína do DNA, onde ela fica armazenada, para o ribossomo, a linha de produção onde ela será montada. Os coronavírus, porém, não têm DNA: armazenam seu código genético em RNA, mesmo.

Ao invés de injetar o patógeno inteiro ou uma proteína dele em você, essas vacinas injetam um trecho do código genético do vírus, que contém as instruções para fabricar alguma proteína reconhecível pelo nosso sistema imunológico. Repetindo: em vez de injetar a proteína pronta, essa vacina injeta a receita para fabricá-la.

Nossas células comuns não são muito boas em reconhecer que o material genético que vem na vacina é estrangeiro – então elas vão simplesmente ler aquela receita e produzir a proteína codificada nos ribossomos. Ou seja, a vacina transforma suas células em verdadeiras fábricas de proteínas virais. Nosso sistema imunológico, porém, é mais esperto na hora de reconhecer o que vem de fora, e vai ler as proteínas como corpos estranhos. Assim, começará a produção de anticorpos contra eles.
Essa é técnica pela qual optou a empresa de biotecnologia Moderna Therapeutics. As autoridades sanitárias dos EUA anunciaram recentemente que começaram a testá-la em humanos. Outra empresa, a alemã CureVac, também está desenvolvendo uma vacina de mRNA, mas ela ainda está em estágio pré-clínico (ou seja: não está sendo testada em humanos ainda)
Existe ainda um outro método parecido, que utiliza o mesmo mecanismo, mas com moléculas de DNA em vez de RNA. A ideia é soltar um pedacinho de DNA com a receita para uma proteína do vírus no interior das nossas células, e torcer para o maquinário de fabricação de proteínas detectar o dito cujo e começar a usá-lo inocentemente. Esse DNA não vem do vírus, naturalmente (afinal, o corona só tem RNA). Ele precisa ser “cultivado” com auxílio de estruturas bacterianas chamadas plasmídeos, que não vem ao caso explicar aqui.
É esse método que a Inovio Pharmaceuticals vem explorando em seus estudos. O único problema é o risco desse pedacinho de DNA se incorporar definitivamente ao nosso material genético nativo. O que não é legal por motivos óbvios – ninguém quer virar um transgênico de vírus (ainda que ao longo de nossa evolução muitos genes fornecidos por vírus tenham acabado nos beneficiando).
Enquanto nenhuma vacina fica pronta, diversas equipes pelo mundo também vem tentando desenvolver tratamentos para os infectados. Uma técnica é testar diversos medicamentos que já existem no mercado para outras doenças em pacientes com Covid-19. A lógica é mais ou menos assim: talvez esses medicamentos consigam afetar algum mecanismo de ação do novo coronavírus – qual, não sabemos. É um tiro no escuro.

Mas não custa tentar. Na lista dos candidatos, há drogas que são usadas no tratamento de HIV, ebola e malária, por exemplo. O mais avançado e promissor de todos é o remdesivir, desenvolvido pela Gilead Sciences inicialmente para tratar ebola, mas que se mostrou mais eficiente em vírus respiratórios. Mas, mesmo assim, estimativas iniciais dizem que as chances da substância de fato funcionar para a Covid-19 é só de 50%.