Estação espacial chinesa em queda é avistada por telescópio


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Prestes a completar seu voo desgovernado em direção a Terra, a estação espacial chinesa Tiangong-1 foi avistada por astrônomos italianos e norte-americanos. Um telescópio controlado de maneira robótica conseguiu rastrear o módulo espacial e fornecer imagens durante uma transmissão realizada por pesquisadores do The Virtual Telescope Project, na Itália, e do Observatório Tenagra, nos Estados Unidos.
Identificar a estação espacial não foi tarefa fácil: o Tiangong-1 realiza uma trajetória sem rumo a cerca de 200 quilômetros de altura da Terra, com velocidade de quase 28 mil quilômetros por hora.
De acordo com a Agência Espacial Europeia (ESA), a reentrada na atmosfera deve ocorrer entre os dias 30 de março e 2 de abril: lançada em 2011, a Tiangong-1 está desabitada desde 2013 e desgovernada desde 2016.
Cálculos realizados por especialistas afirmam que o Brasil é um dos países que poderiam ser atingidos por fragmentos da estação espacial após sua reentrada na atmosfera. A possibilidade disso acontecer é de cerca de 2,28%. Uma chance bastante remota, mas não nula.
Por ter cerca de 10 metros de comprimento, 3 metros de largura e 8,5 toneladas no lançamento (devido ao gasto de combustível, o peso atual é menor), destroços podem chegar intactos à superfície. As chances de acertarem uma pessoa, no entanto, são ínfimas: 0,02%.
E a possibilidade de um pedaço da Tiangong-1 atingir você é muito mais remoto do que acertar as seis dezenas da Mega-Sena com apenas um jogo: em números, há 0,0000000000027% de chance da estação espacial espatifar sobre sua cabeça contra 0,000002% de probabilidade de tornar-se milionário na loteria. Conte os zeros e faça suas apostas.

Facebook cria atalho para dar mais controle de dados aos usuários


Fonte: Veja

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O Facebook divulgou uma série de mudanças para que os usuários tenham mais controle sobre seus dados e privacidade. As modificações foram anunciadas após o escândalo de coleta de dados pela Cambridge Analytica, consultoria que usou informações de 50 milhões de usuários quando trabalhava para a campanha de Donald Trump à presidência dos Estados Unidos. Mais recentemente, membros da rede social relataram que o Facebook também armazena dados pessoais, como ligações e mensagens SMS do smartphone.
Segundo o Facebook, a rede social será atualizada nas próximas semanas. “A maioria das mudanças já está em andamento há algum tempo, mas os eventos dos últimos dias ressaltaram sua importância”, afirmaram em comunicado o vice-presidente responsável pela privacidade do Facebook, Erin Egan e a diretora jurídica adjunta da rede social, Ashlie Beringer.
Uma das modificações será no design do menu de Configurações para dispositivos móveis. Ao invés de espalhar as opções de configurações em quase 20 abas diferentes, o usuário poderá ter acesso a tudo em um só lugar.
O Facebook também criou o recurso “Atalho de Privacidade” para que os usuários controlem seus dados com mais facilidade e possam entender melhor como a ferramenta funciona.

Na nova aba de privacidade, será possível adicionar mais camadas de segurança, como a autentificação de dois fatores – para conseguir fazer login, a rede social pede que o usuário confirme dados aos quais, supostamente, somente ele teria acesso.
Outra opção será a de controlar suas informações pessoais. Com isso, o usuário pode revisar o que compartilhou e deletar o que quiser, inclusive publicações a quais reagiu, excluir solicitações de amizade que mandou e pesquisas no Facebook.
Além disso, o usuário passa a administrar as informações que o Facebook repassa aos anunciantes – o que muda a dinâmica de propagandas as quais é exposto.
“As pessoas também nos disseram que as informações de privacidade, segurança e anúncios deveria serem mais fáceis de encontrar”, afirmaram os porta-vozes do Facebook.
A rede social também liberou uma ferramenta para procurar, fazer download e deletar dados do Facebook. O “Acesse Suas Informações” facilita que o usuário encontre o que precisa ao separar as informações por abas, como “curtidas e reações” e “seguindo e seguidores”. A partir do menu, é possível apagar o que quiser de sua timeline ou perfil.
Escândalo
O Facebook envolveu-se em um escândalo sobre os dados de seus usuários após o jornal The New York Times revelar que a Cambridge Analytica, consultoria que participou da campanha de Donald Trump à presidência dos Estados Unidos, obteve dados de 50 milhões de usuários. A companhia afirma não ter feito nada de ilegal.
Dois dias depois, o fundador da rede social, Mark Zuckerberg, admitiu que a rede social errou e se desculpou. “Temos a responsabilidade de proteger seus dados, se não pudermos, não merecemos servi-los”, escreveu Mark Zuckerberg na primeira reação pública desde que o escândalo veio à tona.
No último domingo, a rede social publicou anúncios em jornais britânicos e norte-americanos para pedir desculpas aos usuários.

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Quadrinhos – A Morte do Super Homem


A Morte do Super-Homem capa
É um arco de histórias em quadrinhos que serviu como catalisador para o evento crossover da DC Comics de 1993. O arco de histórias completo é chamado de A Morte e o Retorno do Superman.
A premissa é tão simples quanto o título: Superman entra em combate com um aparentemente imbatível monstro chamado Apocalypse nas ruas de Metrópolis. Como desfecho da batalha, ambos combatentes morrem.
Funeral para um amigo”, o surgimento de quatro indivíduos clamando-se como o “novo” Superman, e o eventual retorno do Superman original em “O Retorno do Super-homem”
A história, planejada pelo editor Mike Carlin e a equipe criativa de Superman de Dan Jurgens, Roger Stern, Louise Simonson, Jerry Ordway, e Karl Kesel, atingiu enorme sucesso: os títulos do Superman ganharam exposição internacional, alcançando o topo das vendas de quadrinhos. O evento foi amplamente coberto pela mídia jornalística americana e mundial.
No retorno, 4 Supermans
Durante o período que esteve morto, quatro indivíduos clamaram o manto de Superman:

Super-Homem - Funeral para um Amigo - 02 de 04-CAPA_PhotoRedukto

“O Homem de Aço”, um Superman usando uma armadura de resistência incrível que esconde John Henry Irons, identidade de “Aço”, antes criador de armas poderosas para o exército. Irons abandonou a proteção de Superman para morar em Washington e adotar sua própria identidade como “Aço”.
“O Último filho de Krypton”, um Superman violento, foi revelado ser a reencarnação de O Erradicador, vivo graças ter usado sua energia para formar um corpo a imagem de Kal-El, o último filho do planeta Krypton. Ainda hoje o Erradicador existe, mas pela energia viva de um cientista terrestre e compartilha recordações humanas e kryptonianas.
“A maravilha de Metrópolis”, um adolescente, supostamente um clone de Superman, liberado das garras dos criadores antes de alcançar a idade madura, recusava aceitar para si o nome de Superboy. Finalmente ele aceitou e fixou residência na ilha do Havaí. Mais tarde foi descoberto que de fato era um clone melhorado de um ser humano, seu criador, Paul Westfield, diretor do Projeto Cadmus, agora morto.
“O Homem do Amanhã” (posteriormente conhecido como Superciborgue), um ciborgue valente, foi proclamado como reconstruído de Superman, mas suas verdadeiras intenções eram o fim quando em aliança com Mongul, arrasou uma cidade de 7 milhões de habitantes, Coast City, casa do Lanterna Verde, Hal Jordan!
A primeira vez que uma morte de Superman ocorreu foi numa história imaginária, a morte secreta do Superman, de 1961.
Nos anos 70, Superman descobriu-se infectado por um vírus consciente alien que não tinha cura conhecida, e estava destinado a morrer em pouco tempo. O mundo já antecipava a morte do Superman e se lamentava que seu maior herói se iria. Felizmente, o herói conseguiu enganar o vírus consciente de modo que forjou sua morte usando conhecimentos tibetanos a fim de parar seus batimentos cardíacos. Quando o vírus sentiu que ele estava “morto”, saiu do corpo para achar outros corpos, mas Superman já estava precavido e prendeu o vírus numa duplicata de si.
Outra história imaginária, escrita por Alan Moore para ser a última história do Superman Pré-Crise (O que aconteceu com o Super-homem?), narra o que aconteceu ao Superman ter sua mais dramática batalha. Entretanto, na verdade o herói aparece vivo na última página, mas adotou uma falsa identidade como marido de Lois Lane.
Em 86, John Byrne escreveu uma história onde a vilã Banshee Prateada, usando de magia, pôs o Homem de aço num torpor semelhante a morte clínica. Foi realizado o funeral, e antecedendo muitos anos a morte do Superman por Apocalypse, o mundo e vários heróis tinham suas reflexões sobre a perda do maior herói do mundo. Lex Luthor também estava irado, pois não admitia que outra pessoa tivesse destruído o Superman sem ser ele (comportamento que seria repetido durante a Morte do Superman, onde Luthor esmurrava o corpo de Apocalypse).

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Mega 30 Anos + Sobre Marie Curie


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Maria Salomea Sklodowska nasceu em 1867 na cidade de Varsóvia, na Polônia. Em qualquer outra família, Maria e suas três irmãs mais velhas teriam sido criadas para serem boas esposas, mas não foi o caso: os Sklodowska lutaram para que as quatro filhas tivessem as mesmas oportunidades acadêmicas que seu único filho homem.
Os esforços tiveram resultados: décadas depois, Maria — que mudou seu nome para Marie ao se mudar para a França — se tornou uma das pioneiras nos estudos relacionados à radioatividade. Perdemos esta incrível cientista nesta mesma data (4 de julho) , mas fomos privilegiados com os diversos conhecimentos e descobertas que ela nos deixou.
Marie teve que se esforçar muito mais por ser mulher. Como aponta Alexander Rivkin, da Escola de Medicina David Geffen da Universidade da Califórnia, nos Estados Unidos: “Marie Curie foi uma gênia da ciência quando as oportunidades para as mulheres, especialmente na academia, eram escassas”. Apesar de ter terminado o colegial quando tinha apenas 15 anos, Marie não conseguiu estudar na Universidade de Varsóvia, na Polônia, porque a instituição não aceitava estudantes do sexo feminino. Aos 17 anos, ela se mudou para Paris para estudar física na Universidade Paris-Sorbonne. Marie optou por morar em um apartamento péssimo, mas que era próximo da universidade, de forma que pudesse ter mais tempo para estudar. Ela vivia sem dinheiro, e por muito tempo sobreviveu de pão e chá. No fim, Marie colheu os frutos do esforço: ela foi uma das melhores alunas de sua turma, recebeu o diploma em física em 1893 e ganhou uma bolsa para estudar matemática na mesma instituição.
Ao estudar a descoberta da radioatividade espontânea, feita por Henri Becquerel, Marie e seu marido Pierre desenvolveram a teoria da radioatividade. A cientista descobriu que é possível medir a força da radiação do urânio; que a intensidade da radiação é proporcional à quantidade de urânio ou tório no composto e que a habilidade de emitir radiação não depende da disposição dos átomos em uma molécula e sim com o interior do próprio átomo.
Quando percebeu que alguns compostos tinham mais radiação do que o urânio, Marie sugeriu a existência de outro elemento com mais radiação do que o urânio e o tório. A cientista estava certa: em 1898, ela e Pierre descobriram dois novos elementos radioativos, o rádio (900 vezes mais radioativo que o urânio) e o polônio (400 vezes mais radioativo que o urânio), cujo nome é uma homenagem à Polônia, país de origem de Marie.
Em 1903, Marie e Pierre dividiram o Prêmio Nobel de Física com Henri Becquerel pela descoberta da radioatividade e, em 1911, a cientista foi agraciada com o Prêmio Nobel de Química pela descoberta e pelos estudos em torno dos elementos rádio e polônio. Ela foi a primeira pessoa e única mulher a ter ganhado o Nobel duas vezes em áreas distintas.
A descoberta do rádio e do polônio colaborou para o desenvolvimento dos aparelhos de raio X. Durante a Primeira Guerra Mundial, Marie foi a campo levando aparelhos portáteis de raio X para ajudar nos cuidados dos soldados feridos.

História – Roupas na Antiguidade


Pouco se sabe sobre o modo de se vestir dos antigos mas, por meio de desenhos inscritos, pinturas em vasos, paredes e estátuas se pode ter uma noção. Os egípcios usavam apenas roupas brancas indicando poder e riqueza.
Somente os ricos da classe alta conseguiam se vestir e esse privilégio era somente válido para adultos. Os homens se vestiam com um tecido cobrindo suas partes íntimas parecendo uma espécie de fralda e as mulheres usavam uma espécie de vestido amarrado nas costas com os seios à mostra.

Com o passar do tempo, as mulheres passaram a cobrir seus seios e os homens a usar saias cada vez maiores para cobrir-se. Com o passar do tempo, as pessoas passaram a usar túnicas com um buraco no meio para a cabeça e amarrados à cintura. Os persas foram os primeiros a fazerem ajustes nas roupas e isso facilitava na locomoção, na caça e na lida.

A Humanidade e a Tecnologia


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Através do teclado do meu computador digito esse texto e através da sua tela você o lê. Aqui criamos um elo de comunicação, neste momento somos ajudados pela tecnologia.
A tecnologia nos ajuda em diversas áreas, facilita processos, acelera as comunicações e gera resultados rápidos. Acontece que para tudo há um limite, e ainda que não façam tantos anos que a tecnologia atingiu um certo ápice, existem pessoas comprovando na pele que o excesso de tecnologia pode prejudicar a vida social e até mesmo a saúde.
Não só o fato de vermos famílias inteiras ou grupos de amigos em um restaurante por exemplo, imersos, todos, em seus celulares e tablets ultra modernos sem conversar. Há também outras situações que nos mantém reféns da modernidade: ter que olhar o email diversas vezes por dia, acompanhar as atualizações das redes sociais, responder centenas de mensagens e de depender de uma conexão de alta velocidade 24 horas por dia para satisfazer nossas curiosidades, buscar informações, cumprir tarefas, pagar contas, descobrir tendências, ideias, empresas, pessoas, etc…
Mas como definir se a quantidade de contato que temos com a tecnologia chega a ser prejudicial?
David Backer, fundador da The School of Life deu uma palestra em São Paulo algumas semanas atrás sobre o tema Tecnologia e Humanidade e por sorte estivemos presentes para escutar o que David tinha a dizer. Seu discurso foi sobre o quanto a tecnologia tem influenciado as relações pessoais, sociais e o quanto deixamos que ela invada nossa vida, acabando com a nossa privacidade, desrespeitando nosso ritmo psíquico, biológico e afetando até mesmo nossa saúde.
Máquinas, equipamentos, dispositivos são essenciais para sobreviver em um modelo de sociedade onde o virtual está cada dia mais próximo do real. Descobrir um limite de interação com as tecnologias é algo individual, cada um deve buscar essa equação para respeitar sua própria natureza.
Por mais que busquemos as tecnologias mais incríveis, ainda assim é o homem que as inventa, as cria, ou seja, todo potencial de sua criação está no homem. Esse encontro me fez pensar quão alta é a tecnologia do nosso próprio corpo. Possuímos a mais avançada tecnologia, a tecnologia natural, biológica, humana… ou seja, não podemos esquecer as funções que nosso corpo desempenha, a quantidade de informações que armazenamos, como conseguimos acessá-las a uma velocidade absurda, a capacidade de bilhões de cálculos, o potencial analítico que temos, auto-regulações corporais, sentimentos, emoções, razão, etc.
A tecnologia evidentemente evolui, mas e a humanidade? Estamos evoluindo nosso lado humano e tendo orgulho dessa evolução tanto quanto da tecnologia? Precisamos de um movimento que valorize as características naturais do homem, que respeite seus limites e que trabalhe dentro de um nível de tolerância individual, considerando que somos diferentes, que suportamos coisas absolutamente distintas. Os talentos também são individuais, devem ser exercitados, desenvolvidos e o tempo que nos prendemos à tecnologia muitas vezes consome esses importantes momentos. Outro importante momento que não estamos desfrutando e que nos é essencial é o ócio. David lembrou que perdemos o poder da lentidão por exemplo, de cultivar o pensamento lento, perdemos também a alegria da imperfeição, afinal estamos longe de sermos perfeitos seja no que for.
O que não nos damos conta é que podemos escolher o que pensar e como pensar, as imposições da atualidade dificultam esse processo, mas ainda depende de nós essa escolha.
Então que sejamos usuários da tecnologia e não seus escravos…
O mundo anda mais preocupado com o High Tech. Escrevemos recentemente uma matéria sobre isso. Hoje há uma necessidade de se recuperar o High Touch. High Touch para quem nunca ouviu falar, quer dizer a alta tecnologia do toque, do afeto, do carinho, ou seja, da humanidade. Ela sim nos toca verdadeiramente, não é fria como uma máquina que reage ao nossos estímulos por pura programação.
A naturalidade humana vem se perdendo por diversos motivos, pelo excesso do uso de tecnologias, pelos sistemas falidos que vivemos; sejam políticos, sociais ou econômicos. Por uma cultura popular globalizada em que existem apenas dois grupos de pessoas os “winners” e os “loosers”. Você é um vencedor na vida se tem dinheiro, sucesso e reconhecimento, caso contrário é um perdedor, depreciado pelos que possuem mais dinheiro.
Esses dias conversando com um amigo ele me disse: você já parou pra pensar no que significa estar “bem de vida”?
E aí parei para pensar que o “bem de vida” hoje significa “estar bem financeiramente”. É triste que assim seja, mas sou otimista e a favor do movimento humano. Quem sabe um dia estar bem de vida se torne um expressão que tenha mais a ver com VIDA do que com dinheiro, a vida é mais do que isso. Então te convido a refletir sobre como anda pensando e no que, para que nosso olhar e posicionamento sobre o mundo evolua e essa evolução seja mais importante do que a evolução tecnológica. Para que a expressão estar “bem de vida” signifique ter saúde, paz e estar de acordo com sua própria jornada.
A era do comportamento padrão se foi, entendemos bem o termo globalização e já experimentamos seus efeitos positivos e negativos. O acesso à informação nos permite decidir com mais base, nos traz reflexões diversas. A era da tecnologia está aí para nos servir e nos ajudar, o que vale é saber usá-la para continuarmos “bem de vida”.

Novo estudo sugere que existia algo antes do Big Bang


O que é o Big Bang

Cerca de 90 anos atrás, um astrônomo belga chamado Georges Lemaître propôs que mudanças observadas na luz de galáxias distantes implicavam que o universo estava se expandindo.
Se o universo está ficando maior, isso significa que costumava ser menor.
Ao “voltar a fita” cerca de 13,8 bilhões de anos, chegamos finalmente em um ponto no qual o espaço deveria estar confinado a um volume incrivelmente pequeno, também conhecido como “singularidade”.
Os desdobramentos do Big Bang
Há uma série de modelos que os físicos usam para descrever o “nada” do espaço vazio. A relatividade geral de Einstein é um deles: descreve a gravidade em relação à geometria do tecido subjacente do universo.
Mas teoremas propostos por Stephen Hawking e o matemático Roger Penrose, por exemplo, afirmam que as soluções para as equações da relatividade geral em uma escala infinitamente densa – como dentro de uma singularidade – são incompletas.
Recentemente, Hawking deu sua opinião sobre o que havia antes do Big Bang em uma entrevista para Neil deGrasse Tyson, onde ele comparou as dimensões espaço-tempo do Big Bang com o polo sul. “Não há nada ao sul do Polo Sul, então não havia nada antes do Big Bang”, disse.
No entanto, outros físicos argumentam que há algo além do Big Bang. Uma das propostas, por exemplo, é de um universo espelho do outro lado desse evento, onde o tempo se move para trás.
A hipótese
Na nova pesquisa, os físicos Tim A. Koslowski, Flavio Mercati e David Sloan apresentaram um modelo que ressalta as contradições do Big Bang, conforme a relatividade geral.
Voltando a toda a questão da singularidade, os pesquisadores reinterpretaram o modelo existente do espaço em expansão, distinguindo o próprio espaço-tempo do “material” nele.
Eles chegaram a uma descrição do Big Bang onde a física permanece intacta conforme o estágio em que atua se reorienta.
Ao invés de uma singularidade, a equipe chama isso de “ponto de Janus”, em homenagem ao deus romano com dois rostos.
Entenda
Antes do ponto de Janus, as posições relativas e as escalas das coisas que compõem o universo efetivamente se achatariam em uma “panqueca” bidimensional à medida que voltamos no tempo.
Passando pelo ponto de Janus, essa panqueca se torna 3D novamente, apenas de trás para a frente.
É como se estivéssemos em um universo “invertido”. Os pesquisadores acreditam que isso poderia ter profundas implicações na simetria da física de partículas, talvez até produzindo um universo baseado principalmente em antimatéria.
Embora essa ideia de inversão não seja nova, a abordagem dos pesquisadores em torno do problema da singularidade é. “Não apresentamos novos princípios e não modificamos a teoria da relatividade geral de Einstein – apenas a interpretação que é colocada sobre os objetos”, disse um dos pesquisadores, David Sloan, da Universidade Oxford.

Barbeiragem Eletrônica – Carro autônomo da Uber pode não ser culpado por morte de pedestre


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Um carro autônomo da Uber se envolveu no primeiro acidente fatal deste tipo de tecnologia. O veículo atropelou uma mulher em Tempe, Arizona, nos Estados Unidos, que morreu a caminho do hospital.
O acidente aconteceu no início do dia numa rodovia movimentada. O carro da Uber estava circulando com o modo autônomo ativado e, segundo a polícia, estaria entre 61 e 64 quilômetros por hora, numa via em que o limite é de 72 quilômetros por hora.
O The Verge, o sargento Ronald Elcock afirmou que o carro não diminuiu a velocidade antes de se chocar com a pedestre, uma mulher chamada Elaine Herzberg, de 49 anos. Ainda havia um motorista de segurança no carro, um funcionário da Uber chamado Rafael Vasquez, de 44 anos.
Segundo a polícia de Tempe, Elaine entrou na pista “abruptamente” empurrando uma bicicleta coberta por sacos plásticos, apurou o Ars Technica. É provável que a vítima fosse moradora de rua. Não se sabe ainda se o motorista de emergência tentou impedir o acidente.
Após checar os vídeos gravados pelas câmeras do carro autônomo, a chefe de polícia Moir disse que “é muito claro que teria sido difícil evitar esta colisão em qualquer modo, autônomo ou dirigido por um humano, pela maneira como ela saiu das sombras direto para o meio da rodovia”.
O inquérito, porém, ainda não foi concluído, de modo que a Uber ainda pode, sim, ser ao menos parcialmente responsabilizada pelo acidente. Um órgão federal de segurança em transporte, o NTSB, está também conduzindo uma investigação paralela à da polícia de Tempe.
A Uber diz que está colaborando com as autoridades, e também confirmou que os testes com sua tecnologia de carros autônomos foram suspensos não apenas em Tempe, mas em todas as outras cidades dos EUA em que eles estavam sendo realizados.

Ciência no Cinema – A Teoria de Tudo


A teoria de Tudo
Baseado na biografia de Stephen Hawking, o filme mostra como o jovem astrofísico (Eddie Redmayne) fez descobertas importantes sobre o tempo, além de retratar o seu romance com a aluna de Cambridge Jane Wide (Felicity Jones) e a descoberta de uma doença motora degenerativa quando tinha apenas 21 anos.
O filme narra a vida do cientista Stephen Hawking, responsável pela teoria sobre buracos negros e portador de esclerose lateral amiotrófica, que o confinou a uma cadeira de rodas e a uma expectativa de vida de dois anos, quando ainda era jovem. Pois o ator Eddie Redmayne (Os Miseráveis) está absolutamente impecável no papel do protagonista. Ele passa a maior parte do filme mudo, por conta da evolução da doença do personagem, mas adota um repertório de trejeitos e postura (a maneira como ele – não – sustenta o ombro torto, por exemplo) incrivelmente semelhantes aos de Hawking – o resultado é um registro quase que documental sobre o biografado.
James Marsh (vencedor do Oscar de melhor documentário com O Equilibrista) soube aproveitar com sensibilidade o extenso material da vida do estudioso, baseado nas memórias da própria (primeira) esposa de Stephen Hawking, Jane Hawking – interpretada com sutileza por Felicity Jones (O Espetacular Homem-Aranha 2 – A Ameaça de Electro), que passa da excitação do início da relação ao visível cansaço (humano) decorrente dos cuidados com o marido.

O roteiro (de Anthony McCarten) tinha tudo para ser um dramalhão daqueles (afinal, estamos falando de Hollywood), mas se converte em um retrato que, para além de fiel, é poético e (surpresa!) bem-humorado. Ao mesmo tempo em que A Teoria de Tudo é apresentando com leveza, o filme também não foge de polêmicas que poderiam chocar a audiência mais conservadora, a principal delas envolvendo um triângulo amoroso. Em um dado momento, um terceiro elemento, Jonathan Hellyer Jones (Charlie Cox) entra para a vida do casal. Cada um dos personagens tem consciência das suas limitações e, por isso, a iminente mudança na relação é abordada de maneira natural e madura. Não deixa de ser arriscado (afinal, estamos falando de Hollywood).
A fotografia de Benoît Delhomme também chama a atenção: é exuberante, com destaque para a cena do “baile de maio”, quando Stephen joga todo seu charme para Jane, sob as luzes de um carrossel e, em seguida, de fogos de artifício; ou no filtro usado para dar uma cara de caseiro para as cenas do casamento dos dois.
É bem verdade que o contexto geral da trama que envolve as descobertas profissionais – bem como o conhecido ateísmo de Hawking – é deixado de lado para privilegiar a história de amor do casal. Mas é uma opção que, como tal, foi bem executada. E sem a necessidade de muletas (ou cadeira de rodas).

 

O Legado de Stephem Hawking


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A carreira de Stephen William Hawking (1942-2018), já seria fantástica para uma pessoa qualquer. Mas Hawking se agigantou ao contrariar a previsão dos médicos de que não sobreviveria a uma doença degenerativa rápida e mortal.
Seu pai, Frank Hawking, era médico, e sua mãe, Isobel Hawking, estudou filosofia, política e economia. Ambos se formaram pela Universidade de Oxford, onde viviam. Ele inglês, ela escocesa, o casal se conheceu logo após o início da Segunda Guerra Mundial, onde ela trabalhava como secretária e ele, médico.
Stephen foi o primeiro filho dos dois. Depois dele viriam duas irmãs, Philippa e Mary, e um irmão adotado, Edward. Em 1950, quando o jovem Hawking tinha 8 anos, Frank se tornou chefe da divisão de parasitologia do Instituto Nacional para Pesquisa Médica, e a família se mudou para St. Albans. Não tinham luxos e eram tidos pelos vizinhos e conhecidos como muito inteligentes e excêntricos.
Curiosamente, Stephen demorou a engrenar nos estudos. Aprendeu a ler tardiamente, aos 8 anos. Da infância, Hawking se lembra de sua paixão por trens de brinquedo e, mais tarde, aeromodelos. “Meu objetivo sempre foi construir modelos que funcionassem e que eu pudesse controlar”, contou o cientista, em sua autobiografia Minha Breve História, publicada em 2013.
Esse desejo de compreender como as coisas funcionam e controlá-las seria a motivação mais básica para perseguir uma carreira em física e cosmologia, segundo ele. Partiu para estudar física na Universidade de Oxford e estava namorando Jane Wilde, uma amiga de sua irmã, quando, em 1962, começou a sentir os primeiros sintomas de sua doença. Recebeu então o diagnóstico: esclerose lateral amiotrófica.
De progressão usualmente acelerada, ela é caracterizada pela crescente paralisia dos músculos, culminando com a incapacidade de respirar e a morte. O médico previu que Hawking não viveria mais três anos. Não haveria tempo sequer para concluir seu doutorado em física.

Stephen e Jane discutiram aquela situação terrível e decidiram manter o relacionamento. Tornaram-se noivos em 1964, o que, segundo o próprio Hawking, lhe deu “algo pelo que viver”. Casaram-se em 14 de julho de 1965. Tiveram um filho, Robert, em 1967, uma filha, Lucy, em 1970, e um terceiro filho,

Timothy, em 1979. Hawking seguia desafiando o prognóstico médico. De forma jamais vista, a doença se estabilizou e entrou numa marcha lenta sem precedentes. Não que Hawking não tenha pago um alto preço, com a crescente perda de controle do corpo. Mas, surpreendendo a todos, o cientista conseguiu ter uma carreira e uma vida plenas. Mas obviamente a vida da família se tornava cada vez mais difícil. Os anos 1970 marcaram o auge da produção científica de Stephen. Ao fim da década, ele assumiria a cátedra lucasiana na Universidade de Cambridge – a mesma que havia sido ocupada por Isaac Newton séculos antes –, onde permaneceria por mais de três décadas, até se aposentar. E foi nessa mesma época que ele de fato encantou o mundo com sua pesquisa.

O maior feito científico do físico inglês foi demonstrar que os buracos negros não são completamente negros, e sim emitem uma pequena quantidade de radiação. Até então, pensava-se que esses objetos – normalmente fruto da implosão de uma estrela de alta massa que esgotou seu combustível – fossem literalmente imortais. Como nada consegue escapar de seu campo gravitacional, inclusive a luz, o futuro do cosmos tenderia a ter somente buracos negros gigantes, que permaneceriam para todo o sempre.

Contudo, ao combinar efeitos da mecânica quântica à relatividade geral, Hawking descobriu que a energia do buraco negro poderia “vazar” lentamente na forma de radiação. Com isso, ao longo de zilhões de anos, até mesmo esses parentemente indestrutíveis objetos tendem a deixar de existir.

Se Hawking cativou os físicos com essa previsão surpreendente – que só não lhe valeu um Prêmio Nobel pela dificuldade extrema de detectar a sutil radiação emanada de um buraco negro –, ele conseguiu capturar com igual habilidade a imaginação do público, com vários livros de divulgação científica, a começar pelo bestseller Uma breve história do tempo, de 1988.

A imagem do “gênio preso a uma cadeira de rodas que se comunica por um sintetizador de voz” era irresistível demais para a mídia, e Hawking soube usar sua fama em favor de causas importantes, como a defesa dos direitos dos deficientes físicos ou a advocacia da exploração espacial. De forma igualmente surpreendente, tornou-se um ícone da cultura pop.

Em 1992, Hawking participou, como ele mesmo, de um episódio da série de TV Jornada nas estrelas: A nova geração. Numa cena muito interessante, ele aparece jogando pôquer com Isaac Newton, Albert Einstein e o androide Data, um dos personagens principais do programa. Dois anos depois, o grupo Pink Floyd inclui trechos de falas do sintetizador de Hawking na música “Keep talking”. Em 2007, em comemoração aos seus 65 anos, o físico faz um voo parabólico em avião para experimentar a mesma ausência de peso que se sente no espaço. E em 2012 ele fez uma ponta num episódio da série de comédia americana The Big Bang Theory.

Essa cortina de fama, contudo, não conseguia esconder as dificuldades de Hawking na vida pessoal. Ao final da década de 1970, Jane, compreensivelmente, se apaixonou por um organista de igreja que se tornara amigo da família, Jonathan Hellyer Jones. A relação passou muito tempo num estágio platônico e acabou evoluindo com a aceitação de Hawking. Diz Jane que ele concordou, “contanto que eu continuasse a amá-lo”. No fim, o casamento acabou chegando ao fim depois que o cientista acabou se apaixonando por Elaine Mason, uma das enfermeiras que lhe prestavam cuidados. Hawking casou-se pela segunda vez em 1995, e o novo relacionamento durou até 2006. Houve rumores de que Elaine o agredia, mas Stephen jamais quis prestar queixa, deixando a situação no ar. “Meu casamento com Elaine foi apaixonado e tempestuoso. Tivemos nossos altos e baixos, mas o fato de Elaine ser enfermeira salvou minha vida em diversas ocasiões”, resumiu, em sua autobiografia.
Apesar da fama, Hawking nunca gostou de discutir seus problemas pessoais em público, e durante todo esse período, não houve exceção. Em compensação, sua celebridade pode tê-lo levado a violar um dos mais básicos princípios do comportamento acadêmico: não se deve fazer afirmações extraordinárias sem evidências igualmente extraordinárias.

Em 2004, o pop-star britânico anunciou ter solucionado um dos mais intrigados problemas ligado à física de buracos negros, o chamado “paradoxo da informação”. É basicamente a ideia de que a informação codificada no interior das partículas que caem no buraco negro é destruída e desaparece do Universo para sempre. Os físicos consideram isso paradoxal porque as leis físicas funcionam justamente em razão das condições anteriores do sistema. Se você parte de um estado “desinformado”, não há como aplicar as teorias sobre ele para saber o que acontece depois ou determinar o que ocorreu antes.

Ao dizer que teria resolvido o dilema, Hawking chamou a atenção dos físicos do mundo inteiro. Mas ele nunca apresentou cálculos que demonstrassem isso. Dez anos depois, em 2014, repetiu a dose, dizendo ter concluído que buracos negros podem nem existir.

Mais uma vez um choque: a imensa maioria dos cientistas já estava convencida de que esses fenômenos são reais, depois de estudá-los a fundo – embora só por meio de equações. Mas Hawking de novo não apresentou o devido embasamento matemático para demonstrar sua conclusão bombástica.
A situação é perfeitamente compreensível, dada a extrema dificuldade que Hawking tinha para se comunicar. Só o fazia por meio de um computador, que traduzia pequenos movimentos da bochecha em letras e palavras, que então são expressas por meio de um sintetizador de voz. Imagine a dificuldade do cientista em desenvolver suas ideias, altamente matemáticas, valendo-se apenas de sua mente para proceder com os cálculos. É natural que o pesquisador tenha passado o fim da vida desenvolvendo apenas artigos sumários, na esperança de que outros fisgassem as ideias e as desenvolvessem mais concretamente.
Fora do âmbito acadêmico, Hawking também soube usar muito bem sua fama, ao alertar para riscos existenciais à humanidade ocasionados pelo progresso tecnológico, em especial a inteligência artificial. “As formas primitivas de inteligência artificial que temos agora se mostraram muito úteis. Mas acho que o desenvolvimento de inteligência artificial completa pode significar o fim da raça humana”, disse o cientista, em 2014.
Convencido de que a humanidade precisa colonizar outras partes do Universo para sobreviver a esse e outros riscos à nossa existência, Hawking era um dos primeiros passageiros na lista de espera da empresa Virgin Galactic, que deve realizar voos espaciais suborbitais nos próximos anos. Morreu aos 76 anos, em Cambridge, sem ter realizado este sonho.

Joseph Nicéphore Niépce


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Niépce, nascido em 7 de março de 1765 e morto aos 68 anos em julho de 1833

(Chalon-sur-Saône, 7 de março de 1765 — Saint-Loup-de-Varennes, 5 de julho de 1833) foi um inventor francês responsável por uma das primeiras fotografias

Niépce começou seus experimentos fotográficos em 1793, mas as imagens desapareciam rapidamente. Ele conseguiu imagens que demoraram a desaparecer em 1824 e o primeiro exemplo de uma imagem permanente ainda existente foi tirada em 1826. Ele chamava o processo de heliografia e demorava oito horas para gravar uma imagem.
Em 1793, enquanto servia como oficial do exército francês, Niépce tenta obter imagens gravadas quimicamente com a câmara escura, durante uma temporada em Cagliari. Aos 40 anos, Niépce retirou-se do exército francês para se dedicar a inventos técnicos, graças à fortuna que sua família possuía. Nesta época, a litografia era muito popular na França, e como Niépce não tinha habilidade para o desenho, tentou obter através da câmera escura uma imagem permanente sobre o material litográfico de imprensa. Recobriu um papel com cloreto de prata e expôs durante várias horas na câmera escura, obtendo uma fraca imagem parcialmente fixadas com ácido nítrico. Como essas imagens eram em negativo e Niépce pelo contrário, queria imagens positivas que pudessem ser utilizadas como placa de impressão, determinou-se a realizar novas tentativas.
Após alguns anos, Niépce recobriu uma placa de estanho com betume branco da Judeia que tinha a propriedade de se endurecer quando atingido pela luz. Nas partes não afetadas, o betume era retirado com uma solução de essência de alfazema. Em 1826, expondo uma dessas placas durante aproximadamente 8 horas na sua câmera escura fabricada pelo ótico parisiense Chevalier, conseguiu uma imagem do quintal de sua casa. Apesar desta imagem não conter meios tons e não servir para a litografia, todas as autoridades na matéria a consideram como “a primeira fotografia permanente do mundo”. Esse processo foi batizado por Niépce como heliografia, gravura com a luz solar.
Em 1827, Niépce foi a Kew, perto de Londres, visitar Claude, levando consigo várias heliografias. Lá conheceu Francis Bauer, pintor botânico que de pronto reconheceu a importância do invento. Aconselhado a informar ao Rei Jorge IV e à Royal Society sobre o trabalho, Niépce, cauteloso, não descreve o processo completo, levando a Royal Society a não reconhecer o invento. De volta para a França, deixa com Bauer suas heliografias do Cardeal d’Amboise e da primeira fotografia de 1826.
Em 1829 substitui as placas de metal revestidas de prata por estanho, e escurece as sombras com vapor de iodo. Este processo foi detalhado no contrato de sociedade com Daguerre, que com estas informações pode descobrir em 1831 a sensibilidade da prata iodizada à luz. Niépce morreu em 1833 deixando sua obra nas mãos de Daguerre.

Mega Memória – Fatos Importantes do dia 7 de Março


Eventos Históricos

1573 – Paz de Constantinopla encerra guerra entre Turquia e Veneza.
1785 – A França cede a Ilha de São Bartolomeu para a Suécia.
1793 – A França declara guerra à Espanha.
1821 – Dom João VI, do Brasil, promulga um decreto que anuncia o retorno da corte à Portugal e a transmissão do trono brasileiro ao seu filho Dom Pedro.
1871 – O Visconde de Rio Branco assume a presidência do Conselho de Ministros.
1876 – Alexander Graham Bell recebe a patente do telefone.
1906 – A Finlândia se torna o primeiro país do mundo a dar às mulheres o direito ao voto.
1918 – Partido Bolchevique transforma-se em Partido Comunista Russo.
1926 – Nova York e Londres realizam a primeira ligação transatlântica de rádio-telefone.
1936 – Alemanha viola o Tratado de Versailles e ocupam a zona desmilitarizada da Romênia.
1947 – Terroristas atacam uma delegacia de polícia em Assunção, Paraguai, dando origem a cinco meses de sangrenta guerra civil.
1984 – Descobrimento do cometa Russell 4.
1989 – China decreta lei marcial no Tibet depois de três dias de protestos anti-China.
1991 – Forças leais a Saddam Hussein executam mais de 400 pessoas no Sul do Iraque nos dias seguintes a uma rebelião em Basra.
1992 – O presidente russo, Boris Yeltsin, encerra o controle de preços no país.
1996 – Pela primeira vez, o Parlamento palestino é eleito democraticamente.
2000 – Californianos rejeitam o casamento gay em um plebiscito.
2001 – Ariel Sharon se torna primeiro-ministro de Israel.
2002 – Confrontos entre hindus e muçulmanos deixam mais de 600 mortos no Estado indiano de Gujarat.
2004 – A ginasta Daiane dos Santos ganha medalha de ouro na Copa do Mundo da Alemanha.

Nascimentos
» Alessandro Manzoni (1785-1873), poeta italiano
» Maurice Joseph Ravel (1875-1937), compositor francês
» Anna Magnani (1908-), atriz italiana.

Falecimentos
1274 – Tomás de Aquino, santo, teólogo e filósofo italiano
1770 – Santa Teresa Redi, canonizada em 1934
1897 – Harriet Jacobs, ex-escrava e escritora americana
1979 – Guiomar Novaes, pianista brasileira
1990 – Luís Carlos Prestes, líder comunista brasileiro
1999 – Stanley Kubrick, cineasta americano
1999 – Antônio Houaiss, diplomata e filólogo brasileiro

Implacável Seleção Natural – Filhotes que começam a vida matando os irmãos


☻Mega Arquivo – 30º Ano
Águia Real

A postura da águia real, semelhante à maioria das aves de rapina, é geralmente de dois ovos por ninho. Muitas vezes, um ovo eclode alguns dias antes. Isso dá ao filhote primogênito uma enorme vantagem, ele cresce mais rápido e mais forte do que o irmão mais novo, ganhando facilmente a briga pela comida. Se o alimento for pouco, o caçula morrerá de fome. Se a falta de comida for extrema, o filhote mais velho matará o mais novo e o devorará, os pais não farão nada para impedir o fratricídio. Os cientistas estimam que 80% dos filhotes da águia real morrem dessa maneira.

Hiena Malhada

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A maioria dos mamíferos predadores, como os grandes felinos, nascem com os olhos fechados e sem dentes, ou seja, completamente inofensivos. No entanto, esse não é o caso das hienas malhadas. Elas nascem com olhos bem abertos, já em alerta e com dentes afiadíssimos. Os filhotes da hiena malhada começam a lutar cedo para estabelecer o domínio. Os filhotes maiores mordem brutalmente os irmãos mais fracos e mesmo que os adultos os separem, tão logo fiquem sozinhos na toca, voltam a brigar. As batalhas entre hienas filhotes podem durar semanas.
Há relatos em que os filhotes cavam tocas menores dentro da toca comunitária, onde eles podem brigar sem a interferência dos adultos. Em alguns casos, os mais fracos morrem por causa dos ferimentos, mas geralmente, o destino deles é ainda pior: após serem implacavelmente intimidados pelos irmãos mais fortes, eles ficam tão amedrontados que sequer ousam sair da toca quando a mãe chega para alimentá-los, morrendo assim de fome.

Louva-a-deus
Esses insetos predadores são conhecidos por seus hábitos sexuais de causar pesadelos, a fêmea frequentemente devora o macho depois do sexo, ou até mesmo durante o ato sexual, geralmente começando por arrancar a cabeça do infeliz amante.
Esta tendência canibal não é exclusividade dos adultos. A fêmea deposita os ovos num casulo endurecido e o prende à uma folha ou a um caule. Nascerão de 100 a duzentos louva-a-deuses, todos ao mesmo tempo. Muitas vezes, a primeira refeição desses filhotes é um dos próprios irmãos. Tal comportamento é mais comum quando pequenos insetos são escassos ao redor da área em que os filhotes nasceram.

Garça Branca
As garças são conhecidas pela bela aparência e pelo voo elegante, e ninguém as considera como animais brutais. No entanto, elas são uma das espécies mais propensas ao fratricídio. Normalmente as garças põe três ovos. Os dois primeiros ovos recebem uma carga elevada de hormônios dentro do corpo da mãe, o terceiro ovo só recebe metade dessa carga. O filhote nascido com menos hormônios terá um comportamento menos agressivo, quando o alimento é escasso, os dois filhotes mais violentos o atacam e matam-no, e o jogam para fora do ninho. Isso significa mais comida para os irmãos assassinos.

Salamandra Tigre
Como a maioria dos anfíbios, as salamandras tigres começam a vida como girinos. Diferente das outras espécies, porém, os ovos da salamandra tigre podem se desenvolver em dois tipos diferentes de girinos: o normal e o canibal. O girino canibal é maior e tem os dentes mais desenvolvidos, geralmente ele só aparece quando a lagoa em que os ovos foram colocados começa a secar ou quando a comida é escassa. Eles comem os girinos menores e se desenvolvem mais rapidamente, se transformando mais depressa em adultos. Essa estratégia permite que as salamandras tigres perpetuem a espécie mesmo em condições desfavoráveis. O mais surpreendente porém, é que os girinos canibais parecem reconhecer seus irmãos e evitam matá-los. Estudos mostram que até mesmo os primos são poupados quando as circunstâncias permitem. Mas se a fome apertar, tanto irmãos como primos entram no cardápio do dia.

Cuco Comum
O cuco comum, geralmente não mata os irmãos de sangue, mas sim os irmãos adotivos. A fêmea adulta dessa espécie se parece muito com um gavião. Ela usa essa semelhança para afastar outros pássaros que estejam com ovos no ninho. Enquanto o ninho é abandonado, ela come um dos ovos e o substitui com um dos seus próprios, então, voa para longe.
Quando os donos do ninho voltam, não percebem a diferença e continuam a cuidar da prole. Mas o filhote do cuco geralmente nasce antes e ainda cego e sem penas, começará imediatamente a jogar os ovos ou os irmãos adotivos para fora do ninho, empurrando-os para a morte. Aos pais adotivos, incapazes de impedir o crime, só resta a alternativa de criar o cuco como se fosse o próprio filhote.

Cuco Manchado
Se você acha que o cuco comum é ruim, espere até conhecer o seu primo um pouco maior, o cuco manchado, encontrado em partes da Europa e Ásia. A fêmea dessa espécie coloca seu ovo (geralmente um, mas às vezes dois) em um ninho de pega rabuda. Os filhotes do cuco manchado não tem o impulso de jogar os outros ovos e filhotes para fora do ninho, mas eles geralmente se desenvolvem mais rápido que seus infelizes irmãos adotivos, e eles têm enormes e coloridas bocas escancaradas que parecem ser irresistíveis para a pega rabuda. O resultado é que as pegas alimentam-os com mais frequência do que aos seus próprios filhotes. Mesmo quando os filhotes do cuco deixam o ninho, ainda voltam para serem alimentados pelos pais adotivos. Esta é uma desgraça para os filhotes da pega, que muitas vezes morrem de fome, abandonados em seu próprio ninho.

Abelha Rainha
Como todos sabem, as abelhas vivem em colônias compostas de uma rainha, alguns zangões (abelhas macho, cuja única função é fecundar a rainha), e as operárias, que são fêmeas estéreis e fazem basicamente todo o trabalho na colônia, encontram néctar para a produção de mel, fabricam a cera e são responsáveis por uma substância especial chamada geleia real, que é produzida por uma glândula na cabeça das operárias jovens.
A geleia real é um alimento altamente nutritivo. É o alimento para a Rainha e para todas as larvas em desenvolvimento na colônia. No entanto, quando a rainha começa a envelhecer e seu poder reprodutivo diminui, as operárias selecionam umas poucas larvas, levam-nas para células especiais longe das outras e começam a alimentá-las com quantidades enormes de geleia real.
Como a larva da rainha se desenvolve pendurada de cabeça para baixo, as operárias tampam a célula com cera. Quando pronta para emergir, a nova rainha faz um corte circular ao redor da cobertura da célula. Células abertas ao lado indicam que a nova rainha foi, provavelmente, morta por uma rival. Quando uma jovem rainha emerge, ela irá perseguir e tentar matar suas rivais. Ao contrário das outras abelhas, o ferrão da rainha não é ciliado. Ela pode picar o quanto quiser sem morrer por causa disto. Em certas circunstâncias, como durante a cisão de uma colônia, as operárias podem isolar as rainhas para impedir um confronto, permitindo a formação de uma nova colônia.

Copidomopsis Floridanum
Copidomopsis floridanum é uma vespa parasitoide, um dos exemplos mais extremos de fratricídio do mundo. A vespa adulta encontra uma lagarta e a ferroa, fazendo com que ela fique completamente paralisada. Em seguida, ela injeta dois ovos no corpo da lagarta, um dos ovos é do sexo masculino, outro do sexo feminino. Mas eles não dão origem a um irmão e uma irmã. Em vez disso, os ovos rapidamente clonam a si mesmos, em um processo conhecido como poliembrionia, e logo a lagarta, ainda viva, mas completamente impotente; é o berçário para 200 larvas do sexo masculino, e mais de 1.200 larvas fêmeas.
Entre as fêmeas, aproximadamente umas 50 começam a crescer mais rapidamente que os seus irmãos, desenvolvendo mandíbulas enormes, entretanto, não desenvolvem órgãos sexuais. Outrora pensava-se que o papel dessas larvas monstros era proteger os irmãos menores, comendo os ovos de outras vespas que porventura os colocassem na lagarta já ocupada. No entanto, sabe-se agora que este não é o caso, pois elas devoram a maioria de seus irmãos machos. Os machos fertilizam suas irmãs ainda no interior da lagarta, e somente um ou dois deles são suficientes para fertilizar todas as fêmeas. Portanto, eliminando o excesso de machos, as larvas canibais garantem que haverá mais comida (o corpo da infeliz lagarta) para suas irmãs férteis, aumentando suas chances de sobrevivência. Esta função é apenas da larva canibal.

Tubarão Cinza
O tubarão cinza, apesar da aparência feroz, geralmente é inofensivo para o homem. A fêmea do tubarão cinza tem dois úteros, cada um deles produz muitos ovos. Os ovos eclodem ainda dentro do úteros. Os embriões logo desenvolvem dentes afiados e começam a matar e a comer seus irmãos e irmãs, e todos os ovos não fecundados, até que reste apenas um embrião vivo em cada útero.
Como resultado, a mãe dá à luz a dois filhotes , os sobreviventes de cada útero, e uma vez que eles se alimentaram fartamente dentro do corpo da mãe, já estão enormes quando nascem, medem cerca de um metro de comprimento!
O tubarão cinza é, portanto, o fratricida nesta lista que começa a matar os irmãos antes de nascer. No momento de seu nascimento, já é um assassino experiente. Esta estratégia de sobrevivência brutal é conhecida como canibalismo intrauterino, e foi descoberto em 1948, quando um cientista que estava sondando o ventre de um tubarão cinza, foi mordido na mão por um dos embriões. O canibalismo intrauterino tem sido relatado em outras espécies de tubarões, incluindo o grande tubarão branco e até mesmo o tubarão-frade (um plácido e inofensivo comedor de plâncton quando adulto), estes, porém, se alimentam apenas de ovos não fertilizados. O tubarão cinza é o único que devora outros embriões.

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A um passo de Marte: Nasa faz primeiro teste de poderoso foguete


Nasa realizou nesta quarta-feira um primeiro teste em solo de um foguete auxiliar destinado a equipar o futuro veículo de lançamento de carga pesada da agência espacial norte-americana, o “Space Launch System” (SLS), que será utilizado para cumprir a meta de viajar até Marte.
“Teste fantástico, resultado fantástico”, comemorou Alex Priskos, um dos encarregados do sistema de propulsão dos ônibus espaciais da Nasa.
Preso horizontalmente ao solo na base de uma montanha em Utah, o foguete auxiliar de 54 metros de comprimento funcionou como previsto, após ser aquecido durante dois minutos para testar o desempenho do sistema quando for eventualmente lançado.
Mais de 500 sensores registraram os dados emitidos, que serão analisados nos próximos meses.
O arranque do motor do foguete foi feito a uma temperatura ambiente elevada para simular um lançamento no verão, quando a atmosfera supera os 35° C.
Outro teste está previsto para o início de 2016, com temperaturas muito frias, no intuito de simular um lançamento no inverno.
O futuro veículo de lançamento de carga pesada da Nasa será equipado por estes dois foguetes de reforço para a decolagem, que são versões modernizadas e mais potentes que as usadas para o ônibus espacial.
Eles permitirão dispor de 75% da força propulsora do SLS durante os dois primeiros minutos do lançamento. O restante será garantido pelos quatro motores criogênicos RS-25 do lançador, que provêm também do ônibus.
O último ônibus espacial voou em julho de 2011.
O SLS realizará seu primeiro voo de testes em 2018 e lançará na ocasião a cápsula Orion. No futuro, esta cápsula transportará dois astronautas norte-americanos para as missões ao redor da Lua, de um asteroide e, no longo prazo, até Marte, possivelmente em 2030.
A cápsula Orion realizou seu primeiro voo-teste sem astronautas em dezembro de 2014, quando deu voltas ao redor da Terra para testar seu escudo térmico ao voltar para a atmosfera.

Astronomia – Satélites do Sistema Solar (introdução)


satelites
Os planetas e os planetas anões oficiais do Sistema Solar são conhecidos por serem orbitados por 182 satélites naturais ou luas. 19 satélites do Sistema Solar são grandes o suficiente para serem gravitacionalmente arredondados, e, portanto, seriam considerados planetas ou planetas anões se estivessem em órbita direta ao redor do Sol.
Um satélite natural é um corpo celeste que orbita ao redor de um corpo celeste de maiores dimensões. É o caso, por exemplo, da Lua que é o satélite natural do planeta Terra. O nosso Sistema Solar possui 8 planetas, e ao redor dos planetas orbitam ao todo mais de 170 satélites naturais (ou luas) atualmente conhecidos. Dos 8 planetas do nosso Sistema Solar, apenas os planetas Mercúrio e Vénus não têm quaisquer satélites naturais conhecidos.
Os satélites naturais dos planetas do Sistema Solar possuem dimensões muito diferentes. Alguns têm vários milhares de km de diâmetro, outros têm diâmetros na ordem de 1 km.

Ganimedes – O maior satélite de todos os planetas do Sistema Solar. Trata-se, por isso, também do maior satélite do planeta Júpiter, possuindo 5.262 km de diâmetro. Ganimedes foi descoberto em 1610, pelo astrónomo italiano Galileu Galilei.

Titã – O segundo maior satélite do Sistema Solar, sendo o maior satélite do planeta Saturno, possuindo 5.150 km de diâmetro. Este é o único satélite do Sistema Solar que sabemos possuir uma atmosfera densa. Titã foi descoberto em 1655 pelo astrónomo holandês Christiaan Huygens.

Calisto – Este satélite do planeta Júpiter aparece em terceiro lugar, com 4.820 km de diâmetro. Calisto foi descoberto no ano de 1610 por Galileu Galilei.

Io – Em quarto lugar surge outro satélite de Júpiter. Io possui 3.642 km de diâmetro. Esta lua de Júpiter é caracterizada pela sua intensa atividade vulcânica, sendo mesmo o objeto com maior atividade vulcânica de todo o Sistema Solar. Io foi descoberto em 1610 por Galileu Galilei.

Lua – O satélite do planeta Terra aparece em quinto lugar. A nossa Lua possui 3.475 km de diâmetro. O diâmetro da Lua é cerca de 1/4 do diâmetro da Terra, o que faz com que a Lua seja o maior satélite do Sistema Solar em termos de proporção com seu planeta, porém é o quinto em termos absolutos.

Europa – Em lugar sexto surge outra lua do planeta Júpiter. Europa possui 3.121 km de diâmetro. Debaixo de sua crosta de gelo, é possível que exista um oceano de água salgada. Europa foi descoberto em 1610 por Galileu Galilei.

Tritão – Em sétimo lugar está Tritão, sendo este o maior satélite do planeta Neptuno com 2.706 km de diâmetro. Dada a sua grande distância ao Sol, Tritão é um dos objetos mais frios do Sistema Solar com temperaturas a rondar os -235º C. Tritão foi descoberto em 1846 pelo astrónomo inglês William Lassell.

Titânia – Em oitavo lugar aparece o maior satélite do planeta Úrano. Titânia possui 1.577 km de diâmetro. Titânia foi descoberto em 1787 pelo astrónomo William Herschel (o astrónomo que descobriu o planeta Úrano).

Reia – A nona maior lua do Sistema Solar é Reia, que é também a segunda maior do planeta Saturno, possuindo 1.528 km de diâmetro. Reia foi descoberta pelo astrónomo italiano Giovanni Cassini em 1672.

Oberon – Em décimo lugar surge Oberon, satélite do planeta Úrano. O diâmetro de Oberon é de 1.523 km. Oberon foi descoberto em 1787 pelo astrónomo William Herschel.

Aeronáutica – Avião desenvolvido na China atravessa o mundo em três horas


avião chines
Cientistas chineses criaram um avião hipersônico que atinge velocidades de 6 mil km/h, cinco vezes mais rápido do que a velocidade do som. A aeronave é capaz de atravessar o mundo em três horas.
Os pesquisadores da Academia de Ciências da China, liderados pelo cientista Cui Kai, dizem que o avião em questão vai de Beijing até Nova York em duas horas, enquanto aviões convencionais demoram até 14 horas para isso.
Chamado I-plane, o avião é um modelo biplano parecido com aeronaves usadas durante a Primeira Guerra Mundial. Ele conta com duas camadas de asas que reduzem turbulência e cria mais sustentação. Ele também consegue transportar mais carga do que outras aeronaves hipersônicas.
Os pesquisadores publicaram um artigo na revista científica Physics, Mechanics and Astronomy com alguns detalhes sobre a aeronave. Em um teste feito em um túnel de vento, uma versão reduzida do avião atingiu 8,6 mil km/h de velocidade.
O I-plane não é o primeiro projeto de avião hipersônico. A empresa aeronáutica Boeing também está desenvolvendo um avião com as mesmas características que seria capaz de ir do Brasil ao Japão em três horas. Por enquanto, não há previsão para a aeronave ser usada na aviação comercial.

Planeta Terra, a Biosfera Perfeita


biosfera
Os ecossistemas são sistemas dinâmicos resultantes da interdependência entre os fatores físicos do meio ambiente e os seres vivos que o habitam. Os nutrientes, a água, o ar, os gases, a energia disponível e as substâncias orgânicas e inorgânicas num ambiente constituem a parte abiótica (não viva) de um ecossistema. O conjunto de seres vivos é chamado de biota e é composto de três categorias de organismos: as plantas, os animais e os decompositores – microrganismos que decompõem plantas e animais e os transformam em componentes simples, reciclados.
Uma floresta, um rio, um lago ou um simples jardim são exemplos de ecossistemas. Eles se misturam e interagem. Os ecossistemas podem, também, ser subdivididos em pequenas unidades bióticas, conhecidas como comunidades biológicas. Elas são formadas por duas ou mais populações de espécies que interagem e são interdependentes – como o conjunto da fora e da fauna de um lago.
Já o termo habitat se refere a um ambiente ou ecossistema que oferece condições especialmente favoráveis à sobrevivência de certa espécie. Por exemplo, o cerrado é o habitat do lobo-guará. Um ecossistema pode ser o habitat de diversas espécies para as quais oferece alimento, água, abrigo, entre outras condições essenciais à reprodução da vida.

Biomas
Os grandes conjuntos relativamente homogêneos de ecossistemas são chamados de biomas. O termo bioma designa as comunidades de organismos estáveis, desenvolvidas e bem adaptadas às condições ambientais de uma grande região – pense na Floresta Amazônica ou na tundra ártica. Na Geografia, o estudo dos biomas tem como um dos focos principais a vegetação, elemento que se destaca na paisagem.

Biosfera
A biosfera ou “esfera da vida” é o conjunto de todos os biomas do planeta. Ela faz referência a todas as formas de vida da Terra em escala global – dos reinos monera, protista, animal, vegetal e dos fungos – em conjunto com os fatores não vivos que as sustentam. A biosfera abrange desde as profundezas dos oceanos, que atingem cerca de 11 mil metros, até o limite da troposfera, camada inferior da atmosfera, que atinge uma altitude de cerca de 12 mil metros. Entre os seres vivos, os humanos são os que possuem a maior capacidade de intervenção (positiva e negativa) no equilíbrio das diversas formas de vida que constituem a biosfera.

O QUE ISSO TEM A VER COM BIOLOGIA
Veja abaixo uma descrição resumida dos cinco reinos da natureza:
Reino Monera: organismos unicelulares procariontes, como bactérias e cianobactérias
Reino Protista: seres unicelulares eucariontes, como algas, protozoários e amebas
Reino dos Fungos: seres eucariontes, unicelulares e pluricelulares, como mofos, bolores, cogumelos e leveduras
Reino Vegetal: seres pluricelulares autótrofos, com células revestidas de uma parede de celulose, como briófitas (musgos), pteridófitas (samambaias), gimnospermas (pinheiros) e angiospermas (plantas com flores e frutos)
Reino Animal: organismos pluricelulares e heterótrofos, que inclui os vertebrados (um subfilo dos cordados, que abrange animais com esqueleto interno, coluna vertebral, cérebro e medula espinhal) e os invertebrados (animais sem coluna vertebral nem cérebro)
Biodiversidade
O termo biodiversidade abarca toda a variedade das formas de vida (animais, vegetais e microrganismos), espécies e ecossistemas, em uma região ou em todo o planeta. É uma riqueza tão grande que se ignora o número de espécies vegetais e animais existentes no mundo. A estimativa é de que haja cerca de 14 milhões, mas até agora somente 1,7 milhão foi classificado pela União Internacional para a Conservação da Natureza (IUCN). A biodiversidade garante o equilíbrio dos ecossistemas e, por tabela, do planeta todo. Por isso, qualquer dano provocado a ela não afeta somente as espécies que habitam determinado local, mas toda uma fina rede de relações entre os seres e o meio em que vivem.
A principal ameaça à biodiversidade do planeta é justamente a ação humana. De acordo a World Wildlife Fund, uma das ONGs ambientalistas mais ativas no mundo, em menos de 40 anos o planeta perdeu 30% de sua biodiversidade, sendo que os países tropicais tiveram uma queda de 60% nesse período.
PEGADA ECOLÓGICA
Segundo a organização não governamental World Wildlife Fund, o homem está consumindo 30% a mais dos recursos naturais que a Terra pode oferecer. Se continuarmos nesse ritmo predatório de exploração dos recursos naturais, em 2030 a demanda atingirá os 100%, ou seja, precisaremos de dois planetas para sustentar o mundo.
A pressão das atividades humanas sobre os ecossistemas é medida pela pegada ecológica. Ela nos mostra se o nosso estilo de vida está de acordo com a capacidade do planeta de oferecer seus recursos naturais, de renová-los e de absorver os resíduos produzidos pela atividade humana.
O índice, apresentado em hectares globais, representa a superfície ocupada por terras cultivadas, pastagens, florestas, áreas de pesca ou edificadas. Em tese, a sustentabilidade do planeta estaria garantida se cada pessoa no mundo utilizasse 1,8 hectare de área (quase dois campos de futebol). O problema é que essa média é de cerca de 2,7 hectares. Nos países desenvolvidos, esse número é ainda maior – o índice dos Estados Unidos, por exemplo, é de 8 hectares por pessoa. O Brasil apresenta um índice um pouco maior que a média mundial: 2,6.

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