Qual foi o 1º Jornal do Mundo?


O primeiro jornal que se tem notícia surgiu em Roma em 59 A.C e se chamava Acta Diurna. Ele nasceu do desejo de Júlio César de informar o público sobre os acontecimentos sociais e políticos e divulgar eventos programados para cidades próximas. O jornal era escrito em grandes placas brancas e expostas em locais públicos onde transitavam muitas pessoas. As Acta informavam os cidadãos sobre escândalos no governo, campanhas militares, julgamentos e execuções.
Em 1447, a prensa, inventada por Johann Gutemberg inaugurou a era do jornal moderno e permitiu o livre intercâmbio de ideias e cultura, disseminando o conhecimento. Durante essa época, a classe média em ascensão, que correspondiam aos comerciantes, era abastecida de informações sobre o mercado por boletins informativos, que muitas vezes tinham um teor sensacionalista. Foi só na primeira metade do século XVII que os jornais começaram a surgir como publicações periódicas. Os primeiros jornais modernos nasceram em países da Europa Ocidental como Alemanha, França, Bélgica e Inglaterra. A maior de parte de suas publicações traziam notícias da Europa e raramente incluíam informações da América ou Ásia. Os jornais ingleses costumavam relatar derrotas sofridas pela França e os franceses relatarem os escândalos da família real inglesa. Os assuntos locais começaram a ser priorizados na segunda metade do século XVII, mas ainda eram controladas para que os jornais não abordassem nada que incitasse o povo a uma atitude de oposição ao governo dominante. Ainda assim, alguns jornais conseguiram alguns feitos como as manchetes de jornais que noticiaram a decapitação de Charles I ao fim da Guerra Civil Inglesa, apesar de Oliver Cromwell ter tentado apreender os jornais na véspera da execução. A primeira lei para proteger a liberdade de imprensa surgiu em 1766 na Suécia.
A invenção do telégrafo, sistema concebido para transmitir mensagens de um ponto para outro em grandes distâncias, em 1844, transformou a imprensa escrita, pois permitiu que as informações fossem passadas rapidamente, possibilitando relatos mais novos e relevantes. A partir daí, os jornais emergiram no mundo inteiro.
No início do século XIX, os jornais se tornaram, definitivamente, o principal veículo de divulgação e recebimento de informações. O período entre 1890 a 1920 ficou conhecido como “anos dourados” da mídia com a construção de verdadeiros impérios editoriais. Além de informarem, os jornais também ajudaram na divulgação de propaganda revolucionária como o texto “O Iskra” ( A Centelha ) publicado por Lênin em 1900.
No anos 20, a invenção do rádio causou alvoroço nos jornais. Os editores, como resposta, renovaram os formatos e conteúdos de seus jornais para torná-los mais atraentes, com maior volume de textos e cobertura mais amplas e profundas.

Depois, foi a televisão, que parecia acabar com a soberania do jornal. Entre 1940 e 1990, a circulação de jornais diminuiu. Apesar da queda, a televisão não tornou o jornal obsoleto. A atual revolução tecnológica também gera novos desafios para mídia impressa, pela rápida difusão e instantaneidade da informação onde uma pessoa conectada pode produzir e consumir informações das mais diversas fontes.
Apesar da evolução dos meios digitais, o jornal impresso ainda é um veículo popular e poderoso no relato de notícias e fatos da realidade. Grandes jornais continuam crescendo mesmo com a portabilidade, a maioria deles têm, inclusive, versões online, que atraem o novo leitor pela credibilidade que alcançou com a versão impressa. Além disso, há ainda muitas pessoas que não abrem mão de ter o contato físico com jornal e se recusam a se adaptar aos novos meios.

O que é Imprensa Marron?


É o nome dado ao tipo de jornalismo focado em divulgar notícias sensacionalistas onde os dados nem sempre são checados corretamente, tornando a notícia falsa e o veículo sem credibilidade.
O termo imprensa marrom é inspirado no termo yellow press (imprensa amarela), que surgiu nos Estados Unidos, quando no final do século XIX os jornais New York World e The New York Journal brigavam para ver quem iria publicar em suas páginas o desenho Yellow Kid. A briga foi tão forte que ambos começaram a publicar notícias falsas, sensacionalistas e sem escrúpulos para atacar o concorrente e vender mais jornais.
No Brasil, a adaptação do termo ocorreu pelo jornalista Calazans Fernandes. Por achar a cor amarela muito amena, escolheu substituí-la pela cor marrom para fazer referência a imprensa sensacionalista e inescrupulosa.
A primeira revista brasileira a ser acusada de agir como imprensa marrom foi a revista Escândalo, que extorquia dinheiro de pessoas fotografadas em situações comprometedoras. Certa vez, um homem fotografado pela revista se suicidou após se negar a pagar para não ter sua foto publicada.
Calazans Fernandes, o inventor da adaptação da expressão imprensa marrom, contribuiu para o fim da revista Escândalo, já que divulgou todas as barbaridades que a revista fazia para conseguir uma alta vendagem.

As Maiores Economias do Mundo



Fonte: GOV.br
Produto Interno Bruto (PIB), em bilhões de US$, 2016

País US$ bilhões

1º Estados Unidos 18.569,10
2º China 11.218,28
3º Japão 4.938,64
4º Alemanha* 3.466,64
5º Reino Unido 2.629,19
6º França 2.463,22
7º Índia 2.256,40
8º Itália 1.850,74
9º Brasil 1.798,62
10º Canadá 1.529,22
11º Coreia do Sul 1.411,25
12º Rússia 1.280,73
13º Austrália 1.258,98
14º Espanha 1.232,60
15º México 1.046,00
PIB Paridade Poder de Compra (PPC), em bilhões de US$, 2016

País US$ bilhões

1º China 21.291,77
2º Estados Unidos 18.569,10
3º Índia 8.662,35
4º Japão 5.237,79
5º Alemanha* 3.980,28
6º Rússia 3.799,70
7º Brasil 3.141,34
8º Indonésia 3.032,09
9º Reino Unido 2.785,56
10º França 2.733,68
11º México 2.315,65
12º Itália 2.234,50
13º Turquia 1.988,33
14º Coreia do Sul 1.934,03
15º Arábia Saudita 1.750,86
Fonte: FMI, World Economic Outloook Database (abril de 2017).

  • Estimativa do FMI.
    PIB per capita, em US$, 2016

País US$

1º Luxemburgo* 103.198,82
2º Suíça 79.242,28
3º Noruega* 70.391,57
4º Macau* 67.079,30
5º Irlanda 62.562,27
6º Catar* 60.786,72
7º Islândia 59.629,05
8º Estados Unidos 57.436,41
9º Dinamarca* 53.743,97
10º Singapura 52.960,73
11º Austrália* 51.850,27
12º Suécia* 51.164,51
13º San Marino* 46.446,62
14º Países Baixos 45.282,63
15º Áustria 44.498,37
Fonte: FMI, World Economic Outloook Database (abril de 2017).

  • Estimativa do FMI.

Próximas Missões Espaciais


O ano de 2021 foi marcado por grandes eventos no espaço, como o envio de civis à órbita terrestre, uma sonda da Nasa “tocando” o Sol e o lançamento do tão esperado Telescópio Espacial James Webb. Este ano também promete ser agitado. Se você não quiser perder nenhuma missão espacial importante, confira alguns eventos para ficar de olho.

Artemis 1

A Nasa pretende lançar, entre março e abril deste ano, a missão Artemis 1. O foguete Space Launch System (SLS) deve fazer um voo de teste não tripulado que levará a espaçonave Orion até a órbita lunar – e, depois, de volta à Terra.

O SLS tem 101 metros de altura e é o foguete mais poderoso que a Nasa já construiu. Por enquanto, ele está passando por testes no Centro Espacial Kennedy, na Flórida, para garantir que seus componentes e a espaçonave estão se comunicando com os sistemas terrestres como esperado.

Essa é a primeira etapa da missão Artemis da Nasa, que planeja levar a primeira mulher à Lua em 2024 e marcará o retorno de uma nave tripulada ao satélite natural após quase cinco décadas.
Starship

Este ano, a SpaceX planeja colocar uma espaçonave em órbita. O veículo em questão é a Starship, e seu lançamento está programado para março. A ideia é que ela fique em órbita por um breve período de tempo antes de reentrar na atmosfera terrestre e aterrissar no Oceano Pacífico.
A Starship é projetada para ser totalmente reutilizável e substituir os veículos de lançamento Falcon 9 e Falcon Heavy da Space X, assim como a cápsula Dragon. A empresa espera utilizá-la para futuras missões tripuladas a Marte.

JUICE
A JUICE (Jupiter Icy Moons Explorer) é uma missão da Agência Espacial Europeia (ESA) cujo lançamento está programado para maio de 2022. A missão vai explorar três das maiores luas de Júpiter – Ganimedes, Calisto e Europa – e deve chegar à órbita do planeta em 2029.
Mas não será preciso esperar tanto para ter notícias do planeta: a espaçonave Juno, da Nasa, orbita Júpiter desde 2016 e vai oferecer imagens de perto da lua Europa em setembro, quando sobrevoar a superfície lunar a apenas 335 quilômetros de distância. Psyche
Em julho, a missão Psyche, da Nasa, será lançada a bordo de um foguete Falcon Heavy, da Space X. O objetivo é estudar um grande asteroide metálico chamado Psyche, que orbita o Sol (sua trajetória passa entre Marte e Júpiter). Ele parece ser feito principalmente de ferro e pode ser o núcleo de protoplaneta – ou seja, a fase inicial na formação de um planeta.
A chegada da missão está prevista para 2026, e a ideia é que a sonda espacial forneça aos cientistas as primeiras imagens próximas desse objeto. A missão deve oferecer pistas sobre a origem dos núcleos planetários e a evolução de planetas.

Luna 25
Também está programado para julho o lançamento da Luna 25, primeira missão da Rússia à superfície da Lua desde 1976 – e primeira missão a pousar no Polo Sul do satélite. A Luna 25 seria lançada em outubro de 2021, mas foi adiada por conta de problemas com o sistema de pouso da espaçonave.
A missão vai explorar o solo e a exosfera da Lua a partir de nove instrumentos científicos que serão levados a bordo da espaçonave, incluindo um braço robótico para coletar amostras de solo.

Luna 25 faz referência ao Programa Luna, que consistiu em uma série de missões espaciais enviadas à Lua pela União Soviética entre as décadas de 1950 e 1970.
DART
Em setembro, a missão DART (Double Asteroid Redirection Test ou “teste de redirecionamento de asteroide duplo”, em português) deve atingir seu alvo: o asteroide Dimorphos. É a primeira tentativa da NASA de alterar a órbita de um asteroide e mudar sua rota.
A missão foi lançada em 23 de novembro de 2021. Ela foi projetada para testar uma estratégia de defesa planetária. A ideia é que o experimento forneça dados para possíveis situações de emergência no futuro.

Estação Espacial Chinesa
A construção da Tiangong, Estação Espacial Chinesa (CSS, na sigla em inglês), começou em 2021, e a previsão é que ela seja finalizada este ano. Para isso, um módulo de laboratório chamado Wentian será lançado para acoplar ao módulo Tianhe – o principal e primeiro da estação a ser enviado para a órbita da Terra. A expectativa é que, no fim do ano, uma terceira peça (o módulo Mengtian) seja enviado para completar a CSS.

Nanotecnologia na Saúde


A nanotecnologia na saúde tem se destacado nos últimos anos, pois, com os seus avanços, é possível notar o aumento da eficácia em tratamentos e diagnósticos para doenças degenerativas, por exemplo. Por meio dos conceitos de computação, física, química e biologia molecular, a nanotecnologia tem várias aplicações que prometem grandes avanços na ciência, portanto, na saúde não é diferente.

Esse estudo é baseado no controle e manipulação de mini partículas, onde se analisa o desenvolvimento dos materiais. Se comparado a uma escala normal, as partículas são mais estáveis, porém na nanoescala, os materiais podem se tornar mais fortes e resistentes, capazes de melhorar as propriedades das mini partículas.
Nesse sentido, a nanotecnologia na saúde tende a ser ainda mais promissora nos próximos anos. Por isso, acompanhe a seguir como é a sua aplicação na área médica!
Como é a nanotecnologia na saúde?
Os estudos na nanotecnologia influenciam diretamente nos avanços da medicina. Tornando assim, possível a realização de diagnósticos e tratamentos que, até há poucos anos, eram mais difíceis de identificar com antecedência ou alcançar uma intervenção eficiente. Entenda mais!
Descoberta de doenças e curas
Entre as aplicações da nanotecnologia na saúde, está a de possíveis descobertas de algumas doenças. Os nanodispositivos são aplicados no paciente e permite colher dados indicativos, em tempo real, sobre alterações do corpo humano. Em seguida, com acompanhamento médico, é feito o tratamento.
Contudo, há chances de descobrir com antecedência a formação de distúrbios causadores de doenças, como o câncer, por exemplo. Nesse sentido, a cura é outra oportunidade da nanotecnologia, afinal, existe um processo de aplicação de nanotubos no paciente, no qual o tecido celular é exposto a uma luz a laser para matar as células defeituosas, sem afetar as saudáveis.
Segurança em medicamentos
Semelhante ao processo de cura citado no tópico anterior, a segurança com uso de medicamentos é umas das aplicações mais promissoras. Assim, dá para direcionar o medicamento na célula que precisa ser tratada. Consequentemente, os efeitos colaterais diminuem e aumentam a qualidade de vida do paciente.
Tratamentos mais rápidos e eficazes
Com a manipulação e controle nas mini partículas, os tratamentos se tornam mais eficazes, pois as chances de rejeição, quando implantadas no paciente, diminuem devido à alta compatibilidade com o organismo da pessoa. Como resultado, temos um tratamento mais rápido e assertivo.
Qual a importância para a saúde?
A nanotecnologia promete trazer muitos benefícios e conquistas na área da saúde, seja para pacientes ou para os profissionais de saúde. Como vimos, graças às suas teorias, é possível potencializar diagnósticos e tratamentos eficientes. Dessa forma, mesmo durante a terapia, há chances de manter a qualidade de vida do paciente.
No entanto, para os profissionais de saúde, os benefícios estão relacionados aos equipamentos, como seringas, bisturis e outros materiais importantes nas rotinas ambulatorial e hospitalar. Por meio de nanopartículas, é possível barrar e impedir a proliferação de microrganismos, que poderiam resultar em infecções.
No entanto, mesmo que ainda precise de mais estudos e testes para usar esses recursos com cuidado, a nanotecnologia na saúde tem capacidade para fazer muitas mudanças na ciência como um todo. Afinal, o leque de possibilidades desses estudos são amplos, tornando-se cada vez mais funcionais e seguros para o mundo.

Neurociência – O Neurochip Alemão


O neurochip, primeiro circuito integrado hibrido que junta moleculas de um semicondutor (silicio) e celulas vivas (neuronios), foi criado por cientistas do Instituto Max Planck de Bioquimica, de Munique, na Alemanha. ”A experiencia representa uma etapa fundamental na neuroeletronica”, nas palavras dos pesquisadores.
Com a ajuda de micropipetas, eles extrairam celulas nervosas de caracois, ligeiramente maiores e portanto mais faceis de serem manipuladas do que as de um ser humano.
Cada neuronio foi colocado sobre um transistor, para amplificar sua voltagem, e conectado a uma fonte de energia. Esta liberou um sinal eletrico, detectado pelo transistor sobre o qual havia sido colocado o neuronio e passou ao transistor vizinho, antes de retornar ‘a fonte, criando assim o primeiro circuito integrado parcialmente vivo.
”O funcionamento de um circuito de silicio-neuronio-neuronio-silicio abre caminho para o desenvolvimento de sistemas neuroeletronicos que podem ser utilizados nos estudos de doencas neurologicas e de redes neurais” (na pesquisa de computadores mais velozes e mais especializados), escreveram os cientistas Peter Fromherz e Gunther Zeck na edicao desta semana do Proceedings of the National Academy of Science (PNAS).
Pesquisas como essa levam ‘a medicina do futuro, quando partes do sistema nervoso poderao ser consertadas atraves do implante de microprocessadores e neuronios, capazes de devolver ao paciente as funcoes perdidas. Um neurochip, por exemplo, pode reparar uma espinha dorsal seccionada.
A longo prazo, tais pesquisas tem tambem implicacoes na robotica pois permitirao a fabricacao de microcomputadores capazes de se adaptar a diferentes situacoes e raciocinar como um verdadeiro cerebro, como nos filmes de ficcao cientifica.
O proximo passo da equipe do Max Planck e’ desenvolver uma rede mais longa de neuronios conectados a transistores, englobando ate’ 15 mil componentes vivos e eletronicos.
A dificuldade, segundo eles, esta’ na identificacao correta das sinapses (as conexoes entre dois neuronios) pelas quais passa o impulso eletrico e na construcao de circuitos integrados maiores.
Para tanto, terao de aprender como fixar os neuronios. Como toda celula viva, eles tendem a se deslocar da base, para se mover livremente, como fazem dentro do cerebro. Para fabricar o neurochip, a equipe de bioquimicos isolou os neuronios de caracol em minigaiolas de polimero.

NASA estende funcionamento da sonda InSight por algumas semanas em Marte


Com a aposentadoria anunciada no mês passado, a sonda InSight, da NASA, pode trabalhar um pouquinho mais em Marte, segundo uma atualização sobre a missão disponibilizada nesta terça-feira (21) no site do Laboratório de Propulsão a Jato (JPL) da agência.
Após fornecer medições sem precedentes sobre a atividade sísmica em Marte e até imagens fascinantes (como a de um nascer do Sol), a sonda InSight está prestes a parar de funcionar.
Há meses, a NASA vem alertando que o módulo provavelmente não resistiria até o meio deste ano com tanto acúmulo de poeira em suas matrizes de energia solar. Em janeiro, uma grande tempestade de poeira regional cobriu os painéis solares, o que acionou automaticamente o modo de segurança. Isso já havia acontecido repetidas vezes em 2021, provocando mais acúmulo de poeira e reduzindo sua fonte de energia.
Devido a preocupações de peso e potência, o lander não carrega um sistema suplementar para limpar a poeira, como motores ou escovas. Então, usando um furo no braço robótico, a equipe responsável pelo InSight reduziu um pouco a sujeira e ganhou vários impulsos de energia, mas essas atividades se tornam cada vez mais difíceis à medida que a energia disponível diminui.Para preservar a potência da sonda da melhor forma possível, esse braço robótico será colocado em uma “pose de aposentadoria”, em uma posição invertida em forma de V para ter vistas do sismômetro uma vez que ele não é mais ordenado a se mover da Terra. Isso estava previsto para acontecer até o fim de junho.No entanto, a equipe da missão optou por operar o sismômetro por mais tempo do que o planejado anteriormente, com seu desligamento agora esperado para fim de agosto ou início de setembro.

Isso poderá descarregar as baterias do lander mais cedo e fazer com que a espaçonave fique sem energia, mas também pode permitir que o sismômetro detecte abalos sísmicos adicionais em Marte, além dos mais de 1,3 mil já detectados até agora desde 2018.

“A InSight ainda não terminou de nos ensinar sobre Marte”, disse Lori Glaze, diretora da Divisão de Ciência Planetária da NASA em Washington. “Vamos obter até o último pedaço de ciência que pudermos antes que o lander conclua as operações”.
“O objetivo é levar os dados científicos até o ponto em que o InSight não pode operar, em vez de conservar energia e operar o lander sem nenhum benefício científico”, disse Chuck Scott, gerente de projetos da missão InSight no JPL.
Todos os instrumentos já foram desligados, à exceção do sismômetro. A partir de quando o braço robótico for colocado em pose de aposentadoria, o sismômetro funcionará pelo menos intermitentemente por mais um período (sendo ligado e desligado de tempos em tempos). O “último off” deve ser acionado até dezembro, colocando um fim definitivo a essa missão histórica.

A Sonda InSight


InSight (abreviação de Interior Exploration using Seismic Investigations, Geodesy and Heat Transport, e anteriormente denominada GEMS) é uma atual missão espacial norte americana da NASA, com destino ao planeta Marte.
A sonda foi lançada em 5 de maio de 2018 às 11:05 UTC através de um veículo lançador Atlas V.[3] A missão InSight terá como objetivo colocar uma aterrissador equipado com um sismógrafo e um medidor fluxo de calor, para pesquisar sobre a evolução dos denominados “planetas interiores” ou “planetas rochosos” (Mercúrio, Vénus, Terra, Marte, incluindo até mesmo a Lua).
A missão é operada pela NASA e gerenciada pelo Jet Propulsion Laboratory (JPL). O programa InSight foi selecionado como o finalista do Programa Discovery, eliminando os programas Titan Mare Explorer (TIME) e o programa Comet Hopper (CHopper) em agosto de 2012.
O programa InSight foi inicialmente denominado como GEMS (Geophysical Monitoring Station), mas seu nome foi alterado no início de 2012 a pedido da NASA. O programa é administrado pelo Jet Propulsion Laboratory (JPL) da NASA, com a participação de cientistas de vários países. O orçamento missão é cotada em 425 milhões de dólares, sem incluir o financiamento do veículo de lançamento. Uma falha persistente de vácuo no sismógrafo denominado “Seismic Experiment for Interior Structure” (abreviado como SEIS) levou a NASA a adiar o lançamento inicialmente planejado em março de 2016 para maio de 2018. O Jet Propulsion Laboratory assumiu a tarefa de redesenhar e construir um novo recipiente de vácuo do SEIS, com a agência espacial francesa (CNES) sendo responsável pela manipulação de integração de instrumentos e atividades de teste.
A InSight tem como objetivo estudar o interior de Marte, e abordar uma questão fundamental da ciência planetária e do Sistema Solar: compreender os processos que moldaram os planetas rochosos do Sistema Solar interno (incluindo a Terra) há mais de quatro bilhões de anos.
O principal objetivo da InSight é estudar a história evolutiva mais antiga dos processos que moldaram Marte. Ao estudar o tamanho, espessura, densidade e estrutura geral do núcleo , do manto e da crosta de Marte, bem como a taxa em que o calor é dissipado do interior do planeta, a InSight fornecerá um vislumbre dos processos evolutivos de todos os planetas rochosos do Sistema Solar interno. Os planetas rochosos internos compartilham uma ascendência comum que começa com um processo chamado acreção. A medida que o corpo celeste aumenta de tamanho, seu interior se aquece e evolui para se tornar um planeta terrestre, contendo um núcleo, um manto e uma crosta.
Em termos de processos fundamentais que moldam a formação planetária, pensa-se que Marte contém o registro histórico mais profundo e preciso, porque é grande o suficiente para ter sofrido os primeiros processos de acreção e aquecimento interno que moldaram os planetas terrestres, ao mesmo tempo em que é pequeno o suficiente para manter os sinais desses processos. O programa InSight pode representar uma possível oportunidade para o programa Mars MetNet, e para o desenvolvimento de novos instrumentos científicos para missões futuras.
A sonda também irá conter dois microchips com os nomes de mais de 2,4 milhões de pessoas.
A sonda foi lançada em 5 de maio de 2018 às 11:05 UTC através do veículo de lançamento Atlas V 401 (AV-078) a partir da complexo de lançamento da Base da Força Aérea de Vanderberg, no complexo 3-leste.
A jornada para Marte levaria aproximadamente seis meses e meio, através de 484 milhões de quilômetros, para uma aterrissagem programada para o final de novembro de 2018. Caso a sonda viesse a aterrissar com sucesso, uma fase inicial de dois meses iria começar como parte de seus dois anos (cerca de um ano marciano) da missão principal.
Após a aterrissagem, a poeira acomodou-se na sonda por algumas horas, tempo durante o qual os motores que rotacionam e operam os painéis solares foram iniciados para desdobra-los.
Em 7 de dezembro, a InSight gravou sons do vento marciano (possivelmente gerados por redemoinhos) através do instrumento SEIS, que é capaz de gravar vibrações dentro da faixa de audição humana, embora que sejam bastante baixos (também conhecidos como sons do tipo subwoofer), e os enviou a Terra.

Biologia – Animais mais próximos do ser humano conseguem armazenar fatos de anos


Os elefantes ganharam a fama, mas, no reino animal, quem tem uma memória extraordinária são os chimpanzés e os orangotangos. Segundo um artigo publicado na revista Current Biology, os mais próximos primos do homem não apenas reconhecem fisionomias e locais: eles se recordam de eventos, mesmo aqueles ocorridos pelo menos três anos antes. A pesquisa, conduzida por cientistas da Universidade de Aarhus, na Dinamarca, e do Instituto Max Planck, na Alemanha, responde a uma questão há tempos discutida entre primatólogos, biólogos e neurocientistas: se o armazenamento de fatos a longo prazo é uma característica unicamente humana.
Definitivamente não, diz Gema Martin-Ordas, principal autora do artigo e pesquisadora do Centro de Estudos da Memória Autobiográfica da Universidade de Aarhus. Ela esclarece que existem vários tipos de memórias, e que todos os animais, mesmo os pequenos insetos, são capazes de armazenar experiências sensoriais e espaciais. Ainda no fim do século 19, o fisiologista russo Ivan Pavlov mostrou que ratos de laboratório condicionam o comportamento ao levar choques, um sinal de que eles têm gravada no cérebro a sensação desagradável e tentam evitá-la. Contudo, a memória à qual Martin-Ordas se referiu na pesquisa dinamarquesa e alemã ultrapassa esse mecanismo básico. Trata-se da memória autobiográfica, uma verdadeira viagem ao tempo, quando o que se evocam não são sensações, mas lembranças.

A cientista comportamental conta que desejava testar se outros primatas além do homem tinham experiências como a descrita pelo escritor Marcel Proust em sua obra-prima, Em busca do tempo perdido. Nos sete volumes, o livro francês é construído sobre a memória do narrador. ;Ele descreve, por exemplo, como o gosto peculiar de uma petit madeleine molhada no chá de limão traz à mente, de forma espontânea, a memória de infância de visitar sua tia Leonie pelas manhãs e, nessas ocasiões, ofereciam a ele petit madeleine com chá de limão. O principal objetivo de um de nossos experimentos foi investigar se, como no exemplo de Proust, a memória de eventos remotos completos pode, em chimpanzés e orangotangos, ser desencadeada por algumas pistas.

Quais os macacos mais parecidos com os seres humanos?



O homem faz parte da superfamília de primatas chamada Hominoidea, que inclui somente grandes macacos, como o gibão (um símio do sudoeste asiático), o orangotango, o gorila e o chimpanzé. Em comum com o homem, esses macacos têm porte desenvolvido, capacidade de rotação do braço no ombro, ausência de rabo e certas características dentárias (32 dentes, molares com quatro pontas). Pela classificação existente, que divide a Hominoidea em três famílias, os gibões são os mais afastados do grupo.
Os dados genéticos não são totalmente seguros quanto ao macaco mais próximo dos humanos”, diz a paleoantropóloga Marta Mirazón Lahr, da Universidade de São Paulo. Mas sabe-se que gorila, chimpanzé e homem são semelhantes. “Em termos de evolução, a separação entre eles ocorreu de uma vez só ou em um espaço de tempo relativamente curto entre eles”, acrescenta. Já o chimpanzé e o homem são mais próximos entre si do que do gorila. Em termos evolutivos, a linha ancestral que originou os gorilas se separou dos dois outros. Chimpanzé e homem tiveram um ancestral comum. “O primata mais próximo do ser humano é o chimpanzé, que tem 98% do DNA em comum”.
Veja as diferenças entre o homem e o chimpanzé
Cérebro três vezes maior, com peso menor.
Braços mais curtos que as pernas.
Tórax menor e mais fino.
Músculos e nervos da mão e dedos mais desenvolvidos, com maior capacidade de manipulação.
Postura ereta.

Biologia e Evolução – O Bonobo


(nome científico: Pan paniscus), também chamado chimpanzé-pigmeu e, menos frequentemente, chimpanzé-anão ou grácil, é uma das duas espécies incluídas no gênero Pan. A outra espécie do gênero é Pan troglodytes, o chimpanzé-comum. Ambas as espécies são chimpanzés, embora esse termo seja usado principalmente para a maior das duas espécies, P. troglodytes.
O bonobo distingue-se pelas pernas relativamente longas, lábios cor-de-rosa e o rosto moreno. O bonobo é encontrado numa área de cerca de 500 000 km² da Bacia do Congo, na República Democrática do Congo, na África central. A espécie é omnívora e habita as florestas primárias e secundárias, incluindo as áreas pantanosas.
O bonobo é popularmente conhecido por seus altos níveis de comportamento sexual. Os bonobos têm relações tanto heterossexuais quanto homossexuais para apaziguar os conflitos, adquirir status social, afeto, excitação e para redução do estresse.
Junto com o chimpanzé-comum, o bonobo é o parente vivo mais próximo geneticamente do ser humano.
Etimologia
Apesar do nome comum alternativo, “chimpanzé-pigmeu”, o bonobo não é diminuto em comparação com o chimpanzé-comum. “Pigmeu” pode ter aparecido por causa dos povos pigmeus que vivem na mesma área. O nome “bonobo” apareceu pela primeira vez em 1954, quando Tratz e Heck propuseram o novo termo.
História evolutiva
Fósseis
Os fósseis de chimpanzé não foram descritos até 2005. As populações de chimpanzés existentes na África Ocidental e Central não se sobrepõem com os principais locais de fósseis humanos no leste de África. No entanto, já foram relatados fósseis de chimpanzés no Quênia. Isto indica que tanto os seres humanos quanto os membros do clado Pan estavam presentes no leste africano e no Grande Vale do Rift durante o médio Pleistoceno. De acordo com A. Zihlman, as proporções do corpo do bonobo se assemelham às dos Australopithecus.
Taxonomia e filogenia
O anatomista alemão Ernst Schwarz é creditado por ter descoberto o bonobo, em 1928, com base em uma análise dum crânio no museu de Tervuren, na Bélgica, que, anteriormente, pensava-se ser de um chimpanzé juvenil. Schwarz publicou as suas descobertas em 1929. Em 1933, o anatomista americano Harold Coolidge ofereceu uma descrição mais detalhada do bonobo e elevou-o ao estatudo de espécie. O psicólogo e primatologista americano Robert Yerkes foi também um dos primeiros cientistas a observar grandes diferenças entre os chimpanzés e os bonobos. Estes foram primeiramente discutidos em detalhe em um estudo realizado por Eduard Paul Tratz e Heinz Heck publicado no início dos anos 50.

O primeiro sequenciamento e montagem do genoma do bonobo foi publicado em junho de 2012. Depois duma análise prévia inicial, o National Human Genome Research Institute confirmou que o genoma do bonobo é cerca de 0,4% divergente do do chimpanzé-comum.
É geralmente considerado mais grácil do que o chimpanzé-comum, e as fêmeas são um pouco menores que os machos. A massa corporal em machos varia entre os 34 a 60 kg, contra uma média de 30 kg no sexo feminino. O comprimento total dos bonobos (desde o nariz até a anca) é de 70 a 83 centímetros. A cabeça também é menor do que a do chimpanzé-comum, com menos cumes proeminentes na testa acima dos olhos. Têm um rosto preto com lábios cor-de-rosa, orelhas pequenas, narinas largas e cabelos compridos na sua cabeça. As fêmeas têm as mamas ligeiramente mais proeminentes, em contraste com os seios planos de outros macacos fêmeas, embora não sejam tão proeminentes como as dos seres humanos. O bonobo também tem um corpo mais esbelto, ombros estreitos, pescoço fino e pernas longas, quando comparadas às do chimpanzé-comum.
Os bonobos são tanto terrestres como arborícolas. São animais quadrúpedes, podendo locomover-se de forma bípede quando têm as mãos ocupadas.
A espécie distingue-se por uma postura ereta, uma organização social matriarcal, e o papel proeminente da atividade sexual em sua sociedade.
Entre os bonobos, assim como ocorre com outras centenas de espécies animais já estudadas pela etologia, pode não existir relação direta entre sexo e reprodução. Tanto entre bonobos quanto entre humanos, esta distância entre sexo e reprodução é particularmente acentuada. É no campo sexual que os bonobos se revelam muito criativos. “O sexo é a chave da vida social dos bonobos”. Para os bonobos, é o sexo que funciona como instrumento de compensação da agressividade, fazendo o papel de agente reconciliador.
Isso é possível porque, ao contrário da maioria das fêmeas de outras espécies, que só são receptivas ao sexo no período fértil, as fêmeas bonobos são atrativas e ativas sexualmente durante quase todo o tempo.
Bonobos, que têm uma sociedade matriarcal, o que é incomum entre macacos, são uma espécie completamente bissexual – ambos os sexos se envolvem em comportamento heterossexual e homossexual, mas a homossexualidade entres fêmeas é um pouco mais acentuada. Cerca de 60% de toda a atividade sexual dos bonobos ocorre entre duas ou mais fêmeas. Enquanto o sistema de interação homossexual em bonobos apresenta a mais alta frequência de homossexualidade conhecida em qualquer espécie, homossexualidade tem sido reportada em todas as espécie de grandes macacos (grupo que inclui os seres humanos), bem como uma variedade de outras espécies de primatas.
Os bonobos são capazes de passar no teste do espelho.
Eles se comunicam principalmente através de meios vocais, embora o significado de suas vocalizações não sejam atualmente conhecidos. No entanto a maioria dos humanos entendem as suas expressões faciais.
e alguns dos seus gestos naturais, como o convite para brincar. Dois bonobos do Great Ape Trust, Kanzi e Panbanisha, foram ensinados a se comunicarem usando um teclado de lexigramas e podem responder a frases faladas. Kanzi tem um vocabulário de mais de 500 palavras em inglês e ele compreende mais de 3 000 palavras faladas em inglês. Knzi também é conhecido por aprender através da observação das pessoas e ensinar sua mãe; Kanzi começou a fazer as tarefas a que sua mãe era ensinada apenas observando, das quais algumas a mãe nem queria saber. Algumas pessoas, como o filósofo e bioeticista Peter Singer, argumentam que esses resultados permitem, aos grandes primatas, terem os mesmos direitos que os humanos.
Casos em que os primatas não humanos manifestaram a sua alegria foram relatados. Um estudo gravou e analisou os sons feitos por bebês humanos e bonobos quando recebiam cócegas.
O bonobo é endêmico da República Democrática do Congo (antigo Zaire) e é encontrado nas áreas em volta do Rio Congo. Em 1990, seguindo as recomendações do World Wildlife Fund, tinha sido aprovada uma reserva de 3800 km² na Reserva Florestal de Lomako, porém a instabilidade política nunca permitiu concretizar o projeto. Hoje, essa área padece do que se chama “Síndrome da Floresta Vazia”, onde não se percebe a presença de vida animal quase nenhuma, em comparação com a exuberância do passado. Estima-se que 50% da reserva está submetida a caça sem controle de todas as espécies ali refugiadas.
A Lista vermelha da IUCN classifica os bonobos como uma espécie ameaçada de extinção, com estimativas de 29 500 a 50 000 chimpanzés.
As principais ameaças às populações de bonobos são a perda do habitat e a caça de carne de animais silvestres, que aumentou drasticamente durante a Primeira e a Segunda Guerra do Congo na República Democrática do Congo.

Quem foi Cincinato Braga?


(Piracicaba, 7 de julho de 1864 — Rio de Janeiro, 12 de agosto de 1953) foi um político brasileiro que exerceu vários mandatos em cargos públicos no estado de São Paulo. Filho de major Domingos José da Silva Braga e de Bárbara Augusta de Matos Braga, Cincinato teve uma carreira longa na política brasileira durante o início do regime republicano.
Cincinato Braga foi um político brasileiro mais conhecido por ter sido eleito deputado estadual e federal pelo estado de São Paulo diversas vezes durante o começo do século XX, período que sucedeu o golpe que instaurou o regime de República no Brasil. Formou-se advogado na Faculdade de Direito de São Paulo em 1886, tendo logo após exercido o cargo de promotor público na Comarca de São Carlos, onde recebeu o título de “cidadão são-carlense”.

Começou sua carreira política elegendo-se deputado estadual e depois federal em sucessivos mandatos pelo Partido Republicano Paulista. Apoiou a campanha civilista de Rui Barbosa. Durante o governo de Artur Bernardes foi presidente do Banco do Brasil.

Escreveu importantes obras sobre a economia paulista e brasileira, história e geografia, sendo “Magnos Problemas de São Paulo”, lançado em 1948, uma obra destaque.
Com 89 anos, Cincinato César da Silva Braga morreu no dia doze de agosto do ano de 1953 no Rio de Janeiro.
Cincinato Braga teve seu nome atrelado a uma via pública dentro do bairro da Bela Vista na cidade de São Paulo como uma homenagem ao político.
Nascido no município de Piracicaba em Belém do Descalvado na fazenda de sua família chamada “Graciosa”, Cincinato Braga deu início aos estudos no Colégio Padre Antônio José de Castro, no interior do estado de São Paulo na cidade de São Carlos do Pinhal, e também no Colégio Culto à Ciência, em Campinas entre o ano de 1878 a 1881, sendo a última escola onde estudaram também figuras notáveis como Alberto Santos Dumont e Júlio de Mesquita.[1] No ano de 1881, Cincinato Braga começou sua graduação em direito pela Faculdade de Direito da Universidade de São Paulo (USP). Após a conclusão do curso em 1886, ele teve sua imagem ligada diretamente às campanhas em favor da implementação do regime republicano assim como da abolição da escravatura no Brasil, além de tornar-se promotor público na cidade de São Carlos do Pinhal no mesmo ano.
O primeiro cargo público ocupado foi o de deputado à Assembléia Constituinte de São Paulo no ano de 1891 conseguido com o apoio dos municípios do estado de São Paulo como São Carlos, Rio Claro, Piracicaba, Jaú, Brotas, Dois Córregos e Jabuticabal. Em novembro de 1891, o Congresso Nacional foi dissolvido por uma imposição do presidente da República, marechal Deodoro da Fonseca, nesse contexto, Cincinato formou o grupo Dissidência Paulista em parceria com os deputados Júlio de Mesquita, Paulo Novais, Bueno de Andrade, Eduardo Guimarães, Rivadávia Correia, Vicente de Carvalho e Gonçalves Bastos. Como forma de protesto, os deputados membros renunciaram aos seus cargos e mandatos, e posicionaram-se contra à moção de solidariedade da Assembléia Legislativa ao presidente estadual Américo Brasiliense, apoiador de Deodoro na dissolução do Congresso.
A partir disso, Cincinato Braga, antigo aliado da eleição do Marechal à presidência, passou para a oposição do governo de Deodoro da Fonseca e participou da revolta contra o golpe que aconteceu na cidade de São Paulo. Os políticos Prudente de Morais, Júlio de Mesquita, Manuel Ferraz de Campos Sales e outros revoltosos do estado de São Paulo fundaram uma junta e Cincinato Braga ficou encarregado de representá-la no Distrito Federal da época Rio de Janeiro em uma conspiração para derrubar o presidente.
Em 1892 assume a cadeira de deputado federal, eleito em abril do mesmo ano para substituir o político Francisco de Paula Rodrigues Alves que fora nomeado pelo então presidente da república Floriano Peixoto para o Ministério da Fazenda. Cincinato Braga foi eleito deputado federal pelo estado de São Paulo nos anos seguintes de 1894, 1897 e 1900. No último mandato, foi um dos nomes que assinou o manifesto aos republicanos de São Paulo em setembro de 1901. Esse documento foi utilizado como principal referência à formação da Segunda Dissidência Paulista, dessa vez liderada por Júlio de Mesquita e Prudente de Morais. O movimento era contrário à indicação do político Bernardino de Campos para o cargo máximo do Executivo paulista feita pelo então presidente por Campos Sales, que governou de 1898 até o ano de 1902. Mesmo assim, Bernardino de Campos assumiu o cargo de presidente de São Paulo entre 1902 a 1904. Cincinato Braga não foi eleito durante as eleições de 1902, ficando de fora da Câmara Federal. O político voltou para o cargo público de deputado federal no ano de 1906 pelo estado de São Paulo. No ano de 1908, reeleito novamente, o deputado federal é um dos principais nomes da Campanha Civilista, movimento contrario ao militarismo e apoiador da candidatura de Rui Barbosa a presidência da república nas eleições seguintes em 1910. Hermes da Fonseca, rival de Rui Barbosa, é eleito em março de 1910. De modo sucessivo, o deputado Cincinato Braga se reelegeu nas eleições de 1912 e também de 1915, ano em que chegou a ser líder da bancada a qual pertencia na Câmara dos Deputados. Apesar disso, renunciou o cargo de líder no ano seguinte (1916) devido a conflitos com a candidatura do político Altino Arantes para concorrer a presidência do estado de São Paulo.
O Estado Novo de Getúlio Vargas foi estabelecido no dia 10 de novembro de 1937 e fechou todos os órgãos legislativos que existiam no país. Cincinato Braga teve seu mandato cancelado e se afastou da vida pública. Somente com o fim do regime de Vargas, em 1945, que retornou aos serviços públicos sendo nomeado como presidente do Banco do Comércio do Rio de Janeiro no ano de 1949.
Cincinato Braga foi também escritor, historiador e economista, sendo membro de instituições como o Instituto Histórico e Geográfico Brasileiro, assim como da Sociedade de Geografia do Rio de Janeiro. Teve textos publicados em grandes veículos de mídia do Brasil como O Estado de S. Paulo e, de mesmo modo, no Jornal do Comércio do Rio de Janeiro.
Entre as obras lançadas pelo político brasileiro, estão essas.
1894 – Caixa de Conversões
1894 – Indústria Pastoril
1894 – Emissão de papel-moeda
1894 – Apontamentos históricos sobre a fundação da cidade e município de São Carlos
1894 – O Popular
1910 – Ação Rescisória
1910 – A questão dos pilões (verdades contra mentiras)
1910 – O câmbio
1915 – Questões econômico-financeiras
1917 – Intensificação econômica do Brasil
1919 – As secas do Nordeste e a reorganização econômica
1919 – Ensino industrial, siderurgia etc.
1923 – Magnos problemas econômicos de São Paulo (Reeditado em 1948 como Problemas brasileiros)
1923 – O Brasil de ontem, de hoje e de amanhã (estudo econômico-financeiro)
1930 – Brasil Novo

Como Fica O Investimento em Ciência no Brasil?


Instituição centenária, a Academia Brasileira de Ciências apresentou em 23 de junho de 2022, um documento que foi enviado a todos os candidatos à presidência da República com propostas para a área. Intitulado “A importância da ciência como política de Estado para o desenvolvimento do Brasil”, o relatório classifica o atual momento como “preocupante”, especialmente pela redução de recursos para o Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovações.
“Este contexto tem causado desestruturação e sucateamento do ecossistema científico e tecnológico, levando à fuga de cérebros do país, ao desalento dos jovens pesquisadores e à perda de credibilidade do sistema”, afirma a ABC, presidida pela professora Helena Nader.
Entre as medidas recomendadas, estão o aumento do percentual do PIB brasileiro investido em Ciência, Tecnologia e Inovações para pelo menos 2%, o que seria mais que o dobro do atual, e a capacitação de mestres e doutores para que, em dez anos, o Brasil tenha 2 mil pesquisadores por milhão de habitantes – hoje, tem 900.
Além dos números, a ABC recomenda que haja a garantia de participação de conselheiros técnicos da área nos três Poderes, “para que políticas públicas sejam desenhadas com aporte do conhecimento sobre cada tema.”
Na Educação, a Academia avalia que o país precisa de uma “revolução”. E sugere, entre outras iniciativas, a valorização da escola pública e da carreira do professor. Pede ainda a garantia de um orçamento robusto para as universidades públicas e institutos técnicos, além do aumento do valor das bolsas de mestrado, doutorado e pós-doutorado do CNPq, da Capes e das Fundações de Apoio à Pesquisa, que estão defasadas por causa da inflação.
“Não podemos ficar dependendo de quem tem a caneta de mão. precisamos de política de Estado e de subsídios para isso”, apontou Helena Nader ao apresentar o documento, em evento no Rio de Janeiro.

Tecnologia – Mercado de impressão 3D atingirá mais de 40 bilhões de dólares até 2025


De acordo com estudo da consultoria Markets and Markets (até 2025 o mercado global das impressoras 3D deve atingir um valor de US$ 42,9 bilhões, com crescimento médio de 23,3% (2018-2025). As impressões tridimensionais têm papel essencial na indústria 4.0, ao lado de tecnologias como internet das coisas, big data, inteligência artificial, cobots e biologia sintética, e seu mercado é amplo e atrativo.
Há alguns anos, essas impressões pareciam algo distante, presente apenas no imaginário coletivo e em filmes de ficção, mas hoje é realidade concreta. Trata-se de um recurso que possibilita a customização em série com elevação de produção, personalização e redução de custos.
As impressoras 3D são a digitalização da manufatura em que todo o processo é feito com uso de arquivos digitais: desenho, protótipo, impressão e fabricação.
Já imaginou um futuro em que você não precisará sair de casa para comprar utensílios domésticos? Isso não é nenhum filme de ficção científica e estamos cada vez mais próximos de viver essa era.
A Impressão 3D é um processo de manufatura de objetos sólidos tridimensionais em que se baseia na adição de material por camadas a partir de um arquivo digital.

O princípio de uma impressora 3D é o oposto de um equipamento de manufatura subtrativa, como uma fresadora por exemplo, em que a fabricação se baseia na retirada de material para dar forma em um objeto.

A impressão 3D se apresenta como um método de fabricação com capacidade de criar geometrias complexas utilizando menos material quando comparado aos mais tradicionais meios de fabricação.
Hoje no mercado existe uma infinidade de versões desktop de impressoras 3D a um preço acessível, permitindo assim que as pessoas usufruam dessa tecnologia em suas casas.
Apesar da tecnologia de impressão 3D ter ganho destaque somente agora, a primeira impressora 3D foi criado em 1983 por Chuck Hull, engenheiro formado pela Universidade do Colorado.
Inconformado com a demora de 2 meses para a fabricação de pequenas peças plásticas primordiais para o processo produtivo de sua empresa, Chuck criou um equipamento em que um feixe de luz incidia em um tanque com resina de um fotopolímero — material polimérico que muda de líquido para sólido quando a luz incide sobre ele — formando o objeto camada por camada até que a peça estivesse completa.
Com isso o então engenheiro, deu entrada no pedido de patente do primeiro equipamento de estereolitografia (SLA) em 1984. Anos mais tarde, em 1986, Hull se tornou co-fundador da 3D System, hoje empresa referência mundial em soluções no ramo de impressão 3D.
Como funciona?
Todo processo começa com um modelo 3D criado em um computador através de um software de CAD (Computer Aided Design) ou de um scanner 3D que possibilita você criar uma cópia digital de um objeto.
Para materializar o seu modelo 3D, é necessário fatiar em centenas ou milhares de camadas horizontais. Esse processo é feito através de um programa de fatiamento, responsável por gerar comandos para o equipamento, sendo os mais populares no mercado são o Simplify 3D e o Cura. Atualmente no mercado, alguns software de CAD já estão vindo com funcionalidades de fatiamento.
Os fatiadores também são responsáveis por realizar ajustes no modelo como por exemplo a geração de suportes — para iniciar uma camada em alguns processos de impressão, é necessário que tenha algo que a sustente, dessa forma o programa identifica superfícies aéreas e cria estruturas auxiliares para impressão. Além disso é possível ajustar parâmetros de impressão que podem afetar na qualidade e resistência mecânica da peça.
Tendo o seu modelo 3D fatiado, é necessário alimentá-lo em seu equipamento. Sendo realizado através de via USB, SD ou Wi-Fi. O canal de transferência de arquivo dependerá do modelo de impressora 3D utilizado. Após carregado o objeto está pronto para ser impresso! Existem diversas formas de imprimir 3D, todas se baseiam na fabricação aditiva diferindo apenas na forma como as camadas de material são colocadas.
Fotopolimerização em cuba
Conforme foi descrito anteriormente, o primeiro processo de impressão 3D criado se baseia em uma fonte de luz UV para solidificar as camadas do objeto em um tanque cheio de resina fotopolimérica.Extrusão de material
Esse é o processo de impressão mais empregado, devido a sua facilidade de operação e armazenagem de matéria-prima. Em contrapartida, ele possui um acabamento inferior quando comparado a outros processos de manufatura aditiva.
Fused Deposition Modeling (FDM) ou Fused Filament Fabrication (FFF)
A tecnologia de impressão FDM ou FFF utiliza fio de material, tanto metálico quanto polimérico, fornecido para uma extrusora através de uma bobina. O bocal da extrusora, possui o grau de liberdade para se mover na horizontal e vertical controlando o fluxo de material para a formação do objeto, e além disso a extrusora é aquecida permitindo que o material seja depositado em camadas.
Os materiais mais empregado nesse processo é o ABS e o PLA, apesar de existir filamentos até mesmo com propriedades flexíveis ou condutoras de eletricidade.
Fusão de camada de pó
Esse processo se baseia no princípio de sinterização de material, permitindo a fabricação de peças com geometrias complexas e com alta tolerância geométrica. Os materiais empregados por essa tecnologia podem ser tanto polímeros, metais e cerâmicas.
Sinterização seletiva a laser (SLS)
O processo por SLS utiliza um laser de alta potência para fundir pequenas partículas de material. O laser empregado nessa tecnologia é utilizado de forma seletiva para que o material seja fundido em uma camada transversal, conforme gerada através do modelo 3D, após isso é aplicado uma nova camada de partícula, repetindo o processo até que seja formada a peça tridimensional.
Qual será o futuro da impressão 3D?
Um dos pilares da Indústria 4.0, a impressão 3D atualmente não está presente apenas no ambiente industrial, existem diversos estudos de aplicação dessa tecnologia principalmente na medicina. Além disso, o baixo custo de impressoras do tipo FDM e a popularização do movimento de “Faça você mesmo” está permitindo que as pessoas tenham essa tecnologia em casa.

História – Os Primeiros Matemáticos


Admite-se universalmente que os gregos foram os primeiros matemáticos. Primeiros no sentido de que foram eles que iniciaram o desenvolvimento da matemática a partir de princípios básicos. Hípias $(425a.C.)$, ou algum outro por volta de sua época, mostrou que, em termos de números inteiros, não era possível nenhuma comparação numérica exata entre os lados e a diagonal de um quadrado de lado unitário, assim como no pentágono regular ou num cubo. Na verdade, para muitas figuras geométricas conhecidas.
Foi um choque para a comunidade matemática grega tomar conhecimento de que há coisas como segmentos de reta incomensuráveis e que a ocorrência dessa situação é espantosamente comum, isto é, que conceitos afins ao cálculo aparecem nas mais elementares situações. Os diálogos de Platão mostram que os matemáticos da época ficaram profundamente perturbados com essa descoberta.
A descoberta da incomensurabilidade confrontou os matemáticos diretamente com um processo infinito. Sempre que o algoritmo euclidiano para achar o máximo divisor comum de dois números inteiros é aplicado em aritmética, o processo acaba num número finito de passos, pois o conjunto dos inteiros positivos tem um mínimo, o número $1$. Se, por outro lado, o esquema análogo é aplicado com uma visão geométrica para achar a medida comum a dois segmentos de reta incomensuráveis, o processo prosseguirá indefinidamente. Não há algo como menor segmento de reta, pelo menos não segundo a visão grega ortodoxa, nem segundo os conceitos modernos convencionais.
A perspectiva de um processo infinito perturbou os matemáticosantigos, pois se viam diante de uma crise. Eram incapazes de replicar aos sutis paradoxos de Zenão de Etéia propostos por volta da mesma época em que se deu a devastadora descoberta dos incomensuráveis. Aristóteles e outros filósofos gregos procuraram responder a esses paradoxos, mas o fizeram de maneira tão pouco convincente, que os matemáticos da época concluíram que era melhor evitar totalmente os processos infinitos.
Essa visão poderia parecer um impedimento a qualquer equivalente grego do cálculo. Eudóxio sugeriu uma abordagem que aos matemáticos pareceu irrefutável e que servia essencialmente aos mesmos propósitos de um processo infinito. Ele começou com um axioma, muitas vezes conhecido como “Lema de Arquimedes”, que parece como Definição 4 no Livro $V$ dos Elementos de Euclides.
“Diz-se que grandezas têm uma razão, uma para a outra, se,
por multiplicação, uma for capaz de exceder à outra.”
Eudóxio com certeza utilizou essa “definição”, que realmente é uma suposição, de maneira muito semelhante à empregada por Euclides no Livro $X$, 1 (e ainda posteriormente por Arquimedes) para provar o procedimento básico no “método da exaustão”, o equivalente grego do cálculo:
“Consideradas duas grandezas desiguais, se da maior subtraírmos uma grandeza maior que a metade, e da que resta uma grandeza maior que sua metade, e ese este processo é repetido continuamente, restará uma grandeza que será menor que a menor das grandezas consideradas.”
Essa afirmação pode ser generalizada substituindo “maior que sua metade” por “maior que ou igual à sua metade (ou seu terço ou qualquer outra fração própria)”.
Aqui, numa forma geométrica desajeitada, está um dos mais antigos teoremas sobre limites, pois o fulcro da questão é que se $A$ é a maior das grandezas dadas (positivas) $A$ e $a$, e se $u_n = \dfrac{A}{2^n}$, então:
$$\lim_{n\rightarrow \infty}u_n=0 < a$$ Notamos que, enquanto a notação moderna recorreu ao símbolo de infinito, a linguagem antiga cuidadosamente evitava qualquer referência aberta a um processo infinito. As duas formulações, no entanto, não estão distantes quanto a seu significado. Para mostrar que: $$\lim_{n\rightarrow \infty}u_n=0$$ deve-se demonstrar que, dado um número positivo $\varepsilon $, mesmo que pequeno (o equivalente da grandeza menor $a$ na proposição de Euclides), pode-se achar um inteiro $N$ (o equivalente da frase de Euclides “se este processo é repetido continuamente”) tal que para $n>N$ vale a relação $u_n<\varepsilon $.
O cálculo de Euclides (derivado, presumivelmente, de Eudóxio) pode ter sido menos efetivo que o de Newton e Leibniz, dois milênios mais tarde, mas, em termos de ideias básicas, não estava muito longe do conceito de limite usado rudemente por Newton e aprimorado no século $XIX$.

Mega Glossário – Física


QUANTIDADE DE MOVIMENTO: O produto da massa de um objeto por sua velocidade.
QUARKS: Constituintes elementares dos protons, neutrons e todas as outras partículas que interagem através da força nuclear forte.
Atualmente, existem seis tipos de quarks, todos observados indiretamente em aceleradores de partículas.
RADIAÇÃO ELETROMAGNÉTICA: Radiação emitida por cargas elétricas quando em movimento acelerado.
RAIO DE CURVATURA: O parâmetro dependente do tempo que determina a distância relativa entre dois observadores em modelos cosmológicos homogêneos e isotrópicos.
RAIOS CÓSMICOS: “Chuveiros” de partículas altamente energéticas que penetram em nossa atmosfera, provenientes do espaço interestelar.
REFRAÇÃO: Deflexao sofrida por um raio de luz ao propagar-se de um meio (por exemplo, ar) para outro (por exemplo, água).
SALVAR OS FENÔMENOS: Segundo a doutrina platônica, o esforço para explicar os complicados movimentos dos objetos celestes em termos de simples movimentos circulares.
SINGULARIDADE: Em seu uso técnico, singularidade expressa um valor particular do argumento de uma função matemática que gera resultados infinitos.
SUPERNOVA: O evento explosivo que marca a morte de uma estrela muito maciça. Durante uma explosão de supernova, a luminosidade da estrela pode chegar a ser 1 bilhão de vezes maior do que a luminosidade do Sol.
TEÍSMO: A crença na existência de um Deus ou deuses cuja presença é imanente ao mundo.
TELESCÓPIO REFLETOR: Telescópio cujo elemento principal de foco é um espelho.
TELESCÓPIO REFRATOR: Telescópio cujo elemento principal de foco é uma lente.
TEMPO ABSOLUTO: De acordo com a física newtoniana, o tempo absoluto flui sempre à mesma razão, independentemente do estado de movimento dos observadores.
TEORIA CINÉTICA: A parte da física que estuda as propriedades térmicas de sistemas físicos assumindo que eles são compostos por constituintes microscópicos.
TERMODINÂMICA: A parte da física que estuda as propriedades térmicas de sistemas físicos a partir de suas propiedades macroscópicas, como temperatura e pressão.
VÁCUO QUÂNTICO: O estado fundamental, ou seja, de menor energia, de um sistema quântico.

Prêmio Nobel – 4 GÊNIOS QUE GANHARAM O PRÊMIO NOBEL MAIS DE UMA VEZ


O Prêmio Nobel, outorgado anualmente pela Academia Sueca, é concedido a pesquisadores, escritores e filantropos que se destacaram por suas contribuições para o avanço da humanidade. A premiação está entre os maiores reconhecimentos que uma pessoa pode receber ao longo de sua carreira e, pelo menos no que diz respeito aos cientistas, apenas as mentes mais brilhantes têm a honra de levar um “Nobelzinho” para casa.
E, se receber um desses prestigiosos prêmios já é um feito e tanto, imagine quão extraordinário um pesquisador precisa ser para ganhar um segundo Nobel! Pois existem quatro cientistas que tiveram esse privilégio.
Marie Curie
A cientista Marie Sklodowska Curie, além de ser a primeira mulher da História a receber um Prêmio Nobel, foi também a primeira pessoa a ser laureada com duas dessas premiações — um em Física e, alguns anos depois, outro em Química. No entanto, você sabia que Curie quase não foi nomeada para o primeiro prêmio?
Isso porque, em 1903, a Academia Francesa de Ciências decidiu indicar apenas os cientistas Henri Becquerel e Pierre Curie — marido de Marie — como candidatos ao Prêmio Nobel de Física à Academia Sueca. Só que o matemático Gösta Mittag-Leffler ficou indignado ao saber da indicação e avisou a Pierre, que, então, decidiu tirar essa história a limpo.
Pierre escreveu uma carta explicando que a participação de Marie na pesquisa dos corpos radioativos havia sido imensa para que ela não fosse incluída na candidatura. No fim, os três cientistas — o casal Curie e Becquerel — receberam o Nobel de Física e, em 1911, Marie recebeu o segundo prêmio, desta vez de Química, por sua descoberta dos elementos rádio e polônio.

Linus Pauling
O feito de Marie Curie só foi repetido mais de quatro décadas mais tarde, pelo químico norte-americano Linus Pauling — que, aliás, foi o primeiro da História a receber dois Nobel não compartilhados. O primeiro prêmio ele recebeu em 1954, por suas pesquisas sobre a natureza das ligações químicas e suas aplicações na determinação da estrutura das substâncias complexas.
Os trabalhos de Pauling revolucionaram a forma como as moléculas eram estudadas através da aplicação da mecânica quântica à química, e ele também pesquisou em detalhe as ligações químicas do hidrogênio, a estrutura das proteínas e conhecia como ninguém o funcionamento da hemoglobina — presente nos glóbulos vermelhos e responsável pelo transporte do oxigênio do sangue.

O segundo prêmio que Pauling recebeu foi o da Paz, em 1963, por seu ativismo político e por sua campanha iniciada nos anos 40 e que culminou na criação do Tratado de Interdição Parcial de Ensaios Nucleares, firmado por 113 países, incluindo os Estados Unidos, a então União Soviética, o Reino Unido, Alemanha, Japão, China e Brasil.
John Bardeen
O norte-americano John Bardeen — formado originalmente em Engenharia Elétrica — foi o único cientista até a hoje a ser laureado com dois Nobel de Física, um em 1956, por seus trabalhos relacionados com semicondutores e pela descoberta do transístor, e o outro, em 1972, por sua participação no desenvolvimento da teoria da supercondutividade, juntamente com Leon Neil Cooper e John Robert Schrieffer.
Aliás, é graças — em grande parte — às pesquisas de Bardeen sobre a estrutura atômica e as propriedades dos semicondutores que podemos ouvir as últimas novidades no rádio, assistir às nossas séries e programas favoritos pela televisão, conversar por meio dos telefones celulares e navegar pela internet com os nossos computadores, smartphones e tablets. Também foi a partir de seu trabalho sobre a supercondutividade que os mistérios dessa propriedade física começaram a ser desvendados pela Ciência.
Frederick Sanger
O último cientista a ter a honra de receber dois Nobel por suas contribuições foi o bioquímico britânico Frederick Sanger. Ele foi laureado com dois prêmios de Química, um em 1958, e o outro em 1980, e ambos foram pra lá de merecidos! A primeira premiação aconteceu depois de ele determinar a sequência de aminoácidos da insulina, hormônio responsável pela regulação do metabolismo da glicose.
Sua descrição detalhada da cadeia química que compõe a insulina permitiu que ela pudesse ser sintetizada em laboratório pela primeira vez em 1963 — façanha pela qual as pessoas que sofrem de diabetes serão eternamente gratas a Sanger —, mas não foi por isso que ele recebeu o segundo Nobel.

O prêmio seguinte, também de Química, veio em 1980, depois que Sanger desenvolveu um método de sequenciar o DNA, e sua técnica permitiu a realização do primeiro sequenciamento total do genoma de um organismo (na ocasião, do bacteriófago Φ-X174). Aliás, foi Sanger quem, basicamente, determinou as letrinhas com as quais o “Livro da Vida” está escrito — A, C, U e G, de adenina, citosina, uracila e guanina —, isto é, a sequência base dos ácidos nucleicos.

Menções honrosas
Além dos quatro gênios acima, que receberam dois prêmios cada um, existem duas instituições que foram laureadas mais de uma vez pela Academia Sueca! São elas o ACNUR — Alto Comissariado das Nações Unidas para os Refugiados —, com dois Nobel, e a Cruz Vermelha, organização humanitária internacional focada na proteção da vida, que já recebeu três.
Também vale mencionar que a família de Marie Curie, de quem falamos no primeiro item desta lista, soma quatro prêmios: um de Pierre Curie, dois de Marie e mais um de Irène Joliot-Curie, filha do casal que, em 1935, recebeu um Nobel de Química pela descoberta da radioatividade artificial.

História da Odontologia


• Da pré-história até os anos 30
Apesar de não existirem registros claros sobre dentistas no início da civilização, entende-se, através de pedras e pergaminhos, que os antigos acreditavam que o sol curava todas as infecções, inclusive as dentárias.
Também os gregos primitivos adoravam o sol, sendo Apolo, o deus Sol, sua divindade, e na igreja Católica, Santa Apolônia tornou-se a imagem à qual se rende tributo para as dores dentárias. Como se pode ver, apesar de não existirem dentistas como conhecemos nesta época, as preocupações com o trato dos dentes já estavam presentes e possibilitaram os avanços na área.
• Odontologia na Idade média
Em 1363, Guy de Chauliac, cirurgião-dentista em Avignon, introduziu pela primeira vez o termo “dentista” na história da profissão.
Nesta mesma época, adotou a ligadura intermaxilar nas fraturas e começou a recomendar que as pessoas procurassem dentistas para retirarem seus dentes. Até 1700, esses profissionais atuaram tipicamente em praças de mercados, atendendo em meio a uma centena de curiosos.
• Modelos de gesso e modelagem para próteses
Em 1746, Claude Mouton publicou o seu primeiro trabalho. Este se relacionava à prótese. Nesta época, a profissão intitulada como dentista evoluiu muito. Após 10 anos do feito de Claude, Philip Pfaff lançou seu primeiro livro de Odontologia, em 1756. Neste material, Philip ensinava como os modelos de gesso deviam ser preparados e instruía, ainda, sobre a confecção de outros tipos de prótese e o capeamento pulpar.
Próximo ao final do século, surgiu mais uma importante inovação na área da odontologia. Os dentes em porcelana, que são um grande marco do avanço desta área.
• Das cadeiras de madeira até as metálicas
Em 1871 foi fabricada uma cadeira odontológica feita em metal e alguns anos mais tarde, em 1892, Wilkerson tornou-se conhecido por criar um novo modelo. Nesta modernização, os movimentos deixaram de ser feitos por manivelas, passando ao controle por alavancas, uma grande inovação!
Como era necessário que o paciente ficasse com a boa aberta por bastante tempo, é datada desta época, também, outros aparelhos e ferramentas que passaram a auxiliar, e facilitar, os procedimentos. A partir de 1882, o sugador de saliva passou a fazer parte dos consultórios e está neles até hoje. Esta modernização impactou, positivamente, toda a trajetória da profissão.
• Prevenção, Implante e Odontologia Social
Para exercer a profissão de dentista, sempre foi preciso considerar o diagnóstico e o tratamento das doenças bucais. E, a fim de prevenir a placa bacteriana, uma das mais comuns enfermidades tratando-se da boca, criaram-se técnicas e medidas com potencial para esta prevenção.
A importância em conhecer sobre as possíveis doenças e problemas dentários é grande a toda a população. Apesar de existirem hoje muitos profissionais da área, o cuidado ocorre basicamente no dia a dia, dentro de casa. Muitos dentistas têm, graças a isso, trabalhado para oferecer meios de prevenção aos seus pacientes.
O flúor, ingrediente presente na pasta de dente, foi um grande avanço neste campo, contribuindo com o trabalho destes profissionais.
A “arte de curar”
“A arte de curar” é uma expressão muito comum entre as matérias responsáveis pelo trato e prevenção da saúde, sendo frequentemente atribuída a profissionais de carreira médica.
Dentro da odontologia, este conceito ficou conhecido como “Medicina preventiva” uma vez que grande parte dos dentistas trabalha de modo antecipado, antes que um problema dentário, de fato, ocorra.
A profissão espelha e inspira muitos jovens que se dedicam por anos para obter tal capacitação e título e é de extrema importância também.

A Anestesia na Extração Dentária


Anestesia local x anestesia geral
De maneira geral, o profissional pode optar entre duas técnicas anestésicas: a local e a geral. Viviane explica que, no caso da anestesia local, a aplicação pode ser feita pelo próprio cirurgião dentro do consultório. Por outro lado, a anestesia geral requer mais cuidados. “Ela tem que ser realizada pelo médico anestesista em um hospital ou em clínicas apropriadas”.
Os anestésicos odontológicos mais conhecidos
As técnicas para inibir a dor já evoluíram bastante desde que a anestesia foi criada, por isso, não faltam opções de anestésicos odontológicos. Segundo a dentista, existem pelo menos cinco tipos mais comercializados. Em cada um deles, alguns critérios como características do paciente e qual procedimento será realizado são levados em consideração na hora da escolha.

Lidocaína
É considerado, o anestésico padrão na odontologia. Ele costuma ser utilizado para procedimentos de duração média e também é o mais indicado para gestantes. A ação no organismo começa entre dois a três minutos.
Articaína
Ao contrário da lidocaína, esse é um anestésico de longa duração e não é apropriado para gestantes, podendo oferecer alguns riscos tanto para a mãe quanto para o feto. Com ele, o efeito tem início a partir de dois minutos.
Prilocaína
A dentista conta que essa substância tem as mesmas características da articaína, também deve ser evitada em gestantes e pacientes que apresentam hipotireoidismo, diabetes e ansiedade.
Mepivacaína
Esse anestésico é outra opção para os procedimentos de duração intermediária. Viviane explica, no entanto, que a substância tem toxicidade e potência duas vezes mais forte que a lidocaína. Com ela, o efeito no organismo acontece depois de um ou dois minutos.
Bupivacaína
Esse anestésico é o que apresenta duração mais longa e sua diferença para os outros tipos é bem significativa. De acordo com Viviane, a potência da bupivacaína é quatro vezes mais forte que a da lidocaína. No corpo, o efeito começa entre seis a oito minutos.
Anestesias e reações alérgicas: o que fazer?
Apesar de raro, é possível que essas substâncias anestésicas não sejam bem recebidas pelo organismo. A reação alérgica, no entanto, pode e deve ser evitada. “Qualquer paciente ao chegar ao consultório deve preencher um ficha em que irá relatar quaisquer tipos de alergia e doenças que ele venha a apresentar. É de extrema importância que o dentista investigue a saúde deste paciente antes de qualquer procedimento.

História da Anestesia


A descoberta da anestesia foi uma das inovações clínicas que revolucionaram a cirurgia. A anestesia com éter foi descoberta em Boston na década de 1840. Anos antes, em 1831, o clorofórmio havia sido elaborado. O médico escocês Sir James Simpson de Edimburgo foi o primeiro a usá-lo como anestésico em 1847, mas só foi largamente aceito na medicina por volta de 1853.
A única anestesia conhecida até o momento era feita à base de álcool e pólvora, aplicada no paciente por via oral. Normalmente ele era segurado pelos assistentes enquanto mordia algo para não gritar, até que a operação terminasse. Geralmente eram feitas desta forma amputações, consideradas na época como “grandes cirurgias”.
Embora os pacientes agüentassem dores extraordinárias, havia uma busca urgente por analgésicos. Para aliviar a dor, eram combinadas várias substâncias, a maior parte delas extraída de plantas “medicinais”. Às vezes, a mistura ficava muito forte e o paciente morria por overdose.
Nos anos 1800, boa parte das pessoas buscava na religião, ou nelas mesma, a força para suportar a dor, que era vista como uma punição de Deus para os perversos e como purificadora da alma para os bons.
A anestesia com éter foi introduzida nos EUA em 1846, e com clorofórmio, no Reino Unido, em 1847. A inalação dos vapores desses compostos não apenas colocava as pessoas para “dormir”, tornando-as insensíveis à dor, mas seu uso significava que os pacientes se “tornaram inconscientes à tortura”. Assistir a um filme antigo de guerra é, de fato, presenciar tortura a sangue frio.
Essa grande invenção na história da medicina não só beneficiou os pacientes, como também tornou mais fácil a vida dos cirurgiões, que não tinham mais que lidar com pacientes desesperados contorcendo-se de dor na mesa de cirurgia durante uma amputação, ou com uma fuga precipitada.