Proteína pode reverter envelhecimento de células do sangue


Pesquisadores da Universidade da Califórnia, nos Estados Unidos, realizaram um avanço na compreensão dos mecanismos moleculares envolvidos no processo de envelhecimento, que podem ajudar no desenvolvimento de tratamentos para doenças degenerativas relacionadas à idade.
INSTITUIÇÃO: Universidade da Califórnia, EUA

RESULTADO: Os pesquisadores adicionaram o gene responsável pela produção da proteína SIRT3 às células-tronco do sangue de camundongos idosos, aumentando seu potencial de regeneração das células do sangue.
Trata-se do gene responsável pela produção da proteína SIRT3, da classe conhecida como sirtuínas, que desempenha um papel importante ajudando as células-tronco de sangue envelhecidas a lidarem com o o stress oxidativo.
Quando os pesquisadores infundiram a SIRT3 nas células-tronco de sangue dos camundongos idosos o tratamento estimulou a formação de novas células de sangue, o que prova uma reversão da deterioração, relacionada com a idade, na função das células-tronco velhas.
“Já sabemos que as sirtuínas regulam o envelhecimento, mas nosso estudo é o primeiro a demonstrar que elas podem reverter a degeneração vinculada ao envelhecimento”.
o envelhecimento é considerado agora um desenvolvimento altamente regulado, o que o torna passível de manipulação.
Para a realização do estudo, os pesquisadores observaram o sangue de camundongos que tinham o gene SIRT3 inativo.
Entre os animais mais novos, a ausência da proteína não causou alterações significativas. Mas, a partir do dois anos de idade, os camundongos com deficiência de SIRT3 passaram a apresentar uma quantidade menor de células-tronco sanguíneas e uma menor capacidade de regeneração de células do sangue (principal função das células-tronco), em comparação com camundongos normais de mesma idade.
A explicação para esse fato seria que, quando as células são jovens, os níveis de stress oxidativo são menores e ainda não atrapalham a função das células-tronco do sangue, Com o passar dos anos, o organismo passa a gerar mais stress oxidativo e seus sistemas de defesa deixam de ser suficientes. É nesse momento que o papel de SIRT3 se torna essencial para o organismo.
No entanto, os níveis dessa proteína vão diminuindo com o passar dos anos, o que faz com que o stress oxidativo volte a se acumular, causando o envelhecimento das células.
“Outros estudos já mostraram que uma só mutação de gene pode levar a uma extensão do período de vida”.
Para a pesquisadora, ainda é cedo para afirmar se a SIRT3 pode realmente prolongar a vida. Segundo ela, o principal objetivo do estudo nesse momento é utilizar esse conhecimento para tratar doenças degenerativas.

Envelhecimento

O que São Sirtuínas?


São uma classe de enzimas que processam a desacetilase das histonas ou a atividade da mono-ribosiltransferase. Encontram-se num grande espectro de organismos, desde as leveduras e bactérias aos humanos. As sirtuínas parecem estar relacionadas com o envelhecimento e na regulação da transcrição, apoptose e resistência ao stress, como também com regulação de processos metabólicos em situações de baixa quantidade de calorias.
Se forem colocadas Saccharomyces cerevisiae num nutriente à base de glicose, verifica-se o tempo de vida da levedura aumenta com a diminuição das calorias do nutriente. Ela mantém-se viável por um maior número de gerações. E isto também se verifica nos ratinhos.

Assim, a Saccharomyces cerevisiae serviu de modelo para descobrir que genes, e que proteínas (enzimas e coenzimas) estão envolvidos no processo de regulação relacionado com o envelhecimento. Já foram identificados mais de 16 genes. Um deles, é o gene da sirtuína Sir2 que tem o mesmo nome. Comanda a produção de uma enzima que catalisa as reacções químicas. Quando este gene está ligado mais tempo, leva à produção de mais proteína Sir2, e o tempo de vida da levedura aumenta. E quando é desligado o gene, a levedura vive menos.
Em cultura de células humanas foi analisado o comportamento da sirtuína SIRT1. Verificou-se que se comportava da mesma maneira que a Sir2 da levedura.
Como as sirtuínas são um conjunto de enzimas relacionadas com a ligação ou silenciamento de genes que têm a ver com a longevidade das células, e por conseguinte envolvidas na preservação dos tecidos do corpo, é bom de ver o filão que isto representa para a medicina, sobretudo para aqueles que procuram o elixir da eterna juventude. Particularmente, a sirtuínas participam de um mecanismo de retroalimentação mantendo as células vivas mais tempo quando submetidas a situações de stress.
A actividade das sirtuínas é inibida pela nicotinamida, que se liga a sítios específicos de receptores. Assim, certos fármacos podem interferir com esta ligação e aumentar a actividade das sirtuínas. Abre-se a porta à produção de novos agentes que bloqueiem especificamente o sítio de ligação da nicotinamida, sendo úteis no tratamento de certas doenças oncológicas, doença de Alzheimer, diabetes, aterosclerose e gota.
Estudos recentes mostram que o resveratrol, uma substância presente, por exemplo, na casca das uvas pretas, e por conseguinte também nos vinhos tintos, é muito eficaz na estimulação desta família de enzimas – as sirtuínas. Activa, possivelmente, a SIRT1. Mas como ainda não há estudos directos no humano, para já é apenas especulativa a hipótese de o resveratrol atrasar o envelhecimento humano.
Existem contudo novos estudos que vêm contradizer o anterior. Estes foram levados a cabo, tal como os anteriores, em leveduras, vermes e moscas e apenas nas primeiras ficou demonstrado que uma sobre-expressão das sirtruínas estava realmente relacionado com um aumento da longevidade. Concluiu-se igualmente que o resveratrol não está relacionado com activação destas enzimas.

Sirtuínas

O Chá Verde



É um tipo de chá feito a partir da infusão da planta Camellia sinensis. É chamado de verde porque as folhas da erva sofrem pouca oxidação durante o processamento, o que não acontece com as folhas do chá-preto.
Tem vindo a ganhar popularidade no ocidente, tradicional consumidor de chá preto, nas últimas décadas, principalmente devido às propriedades medicinais atribuídas.
Segundo alguns académicos, o consumo de chá data de há 5 mil anos, sendo a sua descoberta e difusão atribuída a Shennong. Da China passou ao Japão por meio de monges budistas que viajavam entre ambos os países, tendo-se disseminado posteriormente para outras partes da Ásia.
Os tipos mais nobres de chá-verde vêm das folhas de árvores parcialmente cobertas do sol, que tem o nome genérico de Tencha. De acordo com a qualidade, e as características de cada chá, os vasos condutores podem ser removidos, para conferir um paladar mais agradável.

Gyokuro: É enrolado e processado como o Sencha, mas tem um sabor mais doce e delicado. É considerado o chá mais nobre, dentre os com folha enrolada.
Matcha: É feito a partir do tenchá triturado até a consistência do talco, e é usado no Chanoyu, a cerimônia do chá Japonesa.
Kukicha: É feito com folhas, galhos, e partes menos nobres que sobram da colheita do Gyokuro. Conhecido pelo seu sabor leve e refrescante, e sua cor levemente amarelada, um bom Kukicha tem um sabor próprio, comparado ao Oolong chinês, e muito pouca cafeína.
Estudos indicam que o chá-verde é rico em substâncias antioxidantes chamadas polifenóis, que evitam a ação destrutiva das células por parte de radicais livres (que as degeneram por meio de oxidação), auxiliando, por exemplo, na prevenção do câncer (cancro), sendo também eficazes na inversão do envelhecimento celular precoce e, por acelerarem o metabolismo, a auxiliar na queima de tecido adiposo.
Uma chávena de chá verde pode conter até 200 mg de polifenóis (flavanóides, ácidos fenólicos, catequinas), sendo o epigalocatequina galato o que demonstra possuir os maiores efeitos anti-cancerígenos, inibindo a invasão tumoral, a metástese e a angiogênese, sendo também responsável por induzir a morte celular programada de células cancerígenas (apoptose). Segundo o Dr. Richard Béliveau, regente da cadeira de Prevenção e Tratamento do Cancro na Universidade do Quebec em Montreal, cerca de 11 mil estudos comprovam a eficácia do chá verde na prevenção de vários tipos de cancer (cancro), nomeadamente os que afetam o sistema digestivo (estômago, esófago e cólon), comprovando a sua eficiência com uma redução do risco que pode atingir os 60%. Os estudos realçaram igualmente um grande êxito na diminuição de casos de canceres do pulmão (em não fumadores), próstata e mama, reduções que atingem os 20%, 50% e 40%, respectivamente. Segundo os investigadores canadianos Richard Béliveau e Denis Gingras, as variedades de chá verde japonesas são as que possuem maiores índices de antioxidantes, e concluem que preparar o chá verde com temperaturas excessivamente altas pode resultar numa diminuição da sua ação anti-cancerígena.
O chá-verde possui quantidades moderadas de cafeína (menos que o café e o chá preto), que contribuem para a prevenção de doenças neurodegenerativas, e é rico em taninos, que fazem diminuir as taxas do LDL (colesterol ruim) e fortalecem as artérias e veias, favorecendo a prevenção de doenças cardíacas e circulatórias.
Um estudo feito nos Estados Unidos indica que o extrato de chá-verde pode suprimir o crescimento de Helicobacter pylori (em vivo e em vitro).
Um outro estudo feito na Coreia do Sul sugere que um polissacarídeo ácido encontrado no chá-verde é significativamente efetivo na prevenção da adesão do H. pylori a células epiteliais humanas em cultura.
O chá-verde possui pequenas quantidades de manganês, potássio, ácido fólico, vitamina C, vitamina K, vitamina B1 e a vitamina B2.
O chá-verde é diurético.

Aviação Comercial – Aviões supersônicos comerciais podem voltar aos céus


Voar mais rápido que a velocidade do som ainda soa como algo do futuro para as pessoas comuns, mesmo após mais de 15 anos desde que os últimos voos supersônicos comerciais foram encerrados. Os aviões que faziam essas jornadas, 14 aeronaves conhecidas como Concorde, estiveram em atividade entre 1976 e 2003. Mesmo voando três vezes mais rápido que uma aeronave de passageiros normal, as empresas de aviação não conseguiram obter lucro com essas viagens.

O motivo para o Concorde não ter rendido lucro foi, na verdade, um efeito colateral da sua velocidade. Quando o avião passava a barreira do som — cerca de 1230 km/h —, produzia ondas de choque no ar que atingiam o chão num baque alto e repentino: um estrondo sônico (do inglês, “sonic boom”). É um barulho tão impactante para as pessoas que uma lei federal dos Estados Unidos baniu todas as aeronaves comerciais de voar sobre o solo em velocidade mais rápida que o som.
A regulação e a capacidade de armazenamento de combustível dos aviões limitaram a atuação do Concorde a voos transatlânticos. Além disso, a operação era tão cara que uma passagem de um trecho entre Londres e Nova York chegava a custar US$ 5 mil. E o Concorde frequentemente voava com metade de seus assentos vazios.

O principal benefício da viagem supersônica é a redução no tempo de voo. Um voo de três horas atravessando o Atlântico tornaria possível um bate-volta dos Estados Unidos para Londres ou Paris, praticamente economizando um dia de trabalho. Como um engenheiro aeroespacial especialista em veículos aéreos de alta velocidade, eu acredito que os avanços tecnológicos recentes e as novas tendências na aviação comercial podem tornar o voo supersônico economicamente viável. Mas as regulações terão que mudar antes que os civis possam atravessar os céus mais rápido que o som.

Avião Supersônico

História – Quem Foi João Pessoa?


(Umbuzeiro, 24 de janeiro de 1878 — Recife, 26 de julho de 1930) foi um advogado e político brasileiro.
Era sobrinho de Epitácio Pessoa, presidente da República (1919-1922). Foi auditor-geral da Marinha, ministro da Junta de Justiça Militar, ministro do Superior Tribunal Militar e presidente da Paraíba (1928-1930). Foi candidato em 1930 a vice-presidente na chapa de Getúlio Vargas, mas perderam para a chapa governista, encabeçada por Júlio Prestes.
Seu assassinato, na Confeitaria Glória na Rua Nova, em Recife, por João Dantas, enquanto ainda era governador, é considerado uma das causas da Revolução de 1930, que depôs o presidente Washington Luís e levou ao poder Getúlio Vargas.
Apesar de não ter sido por motivos políticos mas sim passionais, sua morte acabou sendo usada pelos apoiadores de Getúlio Vargas contra seu opositor Júlio Prestes, que havia ganho as eleições em março, deflagrando vários protestos políticos. Segundo Getúlio, as eleições haviam sido ganhas por Prestes de forma fraudulenta. Essa situação política, somada à crise financeira decorrente da depressão econômica mundial iniciada em 1929, terminaram por desencadear a Revolução de 1930.
Foi em sua homenagem que a partir do dia 4 de setembro de 1930, a capital do estado da Paraíba, antes denominada de “Cidade da Parahyba”, passou a se chamar João Pessoa.
Negou o seu apoio ao candidato oficial à presidência da República Júlio Prestes, em 29 de julho de 1929. Mais tarde compôs com Getúlio Vargas a chapa de oposição à presidência da República para as eleições de 1 de março de 1930.
Quando ainda presidente do estado da Paraíba, já candidato a vice-presidente da República, foi assassinado no centro do Recife, na Rua Nova, precisamente na Confeitaria A Glória, por João Duarte Dantas, seu adversário político, jornalista, cuja residência fora invadida por elementos da polícia, supostamente a mando de João Pessoa, que culminou com a publicação nos jornais da capital do estado de cartas íntimas trocadas com a professora Anaíde Beiriz.
Em seu governo (1928-1930) promoveu uma reforma na estrutura político-administrativa do estado e, para enfrentar as dificuldades financeiras, instituiu a tributação sobre o comércio realizado entre o interior paraibano e o porto de Recife, até então livre de impostos. Essa medida contribuiu para o saneamento financeiro do estado, mas gerou grande descontentamento entre os fazendeiros do interior, como o coronel José Pereira Lima, chefe político do município de Princesa, na Paraíba, e com forte influência sobre a política estadual (João Dantas era seu aliado).
O seu legado histórico desperta certa polêmica. Os defensores de João Pessoa alegam que ele foi um combatente das oligarquias locais e se contrapunha a interesses de grupos tradicionais, embora ele mesmo proviesse de família de oligarcas. Seu corpo foi embalsamado no Recife e transportado para a capital paraibana por via férrea, onde chegou ao meio-dia do dia 28 de julho. O esquife ficou exposto à visitação pública na Catedral Basílica de Nossa Senhora das Neves até o dia 1 de agosto, quando foi transportado ao porto de Cabedelo para ser sepultado no Rio de Janeiro.
No ano de 1997 as cinzas do presidente João Pessoa e de sua esposa, Maria Luíza, foram transportadas para a capital paraibana e colocadas em um mausoléu construído entre o Palácio do Governo e a Faculdade de Direito da Universidade Federal da Paraíba.
A cidade de João Pessoa é assim denominada em sua memória. Antes chamada “Parahyba”, a capital teve o seu nome alterado, logo após o assassinato do presidente, fato histórico que levou Getúlio Vargas ao poder. Naquele período, foram perseguidos e mortos muitos opositores ao grupo político de que Pessoa fazia parte. O momento de exceção em que se deu a homenagem, entre outras razões, justificaria, segundo alguns pessoenses, a discussão sobre uma nova alteração na denominação da cidade.
O telegrama do “Nego”
“Paraíba, 29-julho-1929
Deputado Tavares Cavalcanti:
Reunido o diretório do partido, sob minha presidência política, resolveu unanimemente não apoiar a candidatura do eminente Sr. Júlio Prestes à sucessão presidencial da República. Peço comunicar essa solução ao líder da Maioria, em resposta à sua consulta sobre a atitude da Paraíba.
Queira transmitir aos demais membros da bancada essa deliberação do Partido, que conto, todos apoiarão, com a solidariedade sempre assegurada.
Saudações:
João Pessoa, Presidente do Estado da Paraíba.”
3 Homens Chamados João
Por que três homens chamados João? Como se sabe, João Pessoa foi assassinado naquele ano, em uma confeitaria da Rua Nova, no Recife. O assassino foi João Dantas, seu adversário político. João Dantas seria preso e posteriormente morto na Detenção do Recife, que funcionava no prédio onde hoje é a Casa da Cultura, no bairro de São José. Naquele ano, também foi morto João Suassuna, acusado de cumplicidade no homicídio do então governador da Paraíba (João Pessoa), que era candidato a vice na chapa de Getúlio Vargas, na disputa pela presidência do Brasil pela Aliança Liberal. João Suassuna era pai do escritor Ariano Suassuna. Ou seja, todos tombaram em 1930, com mortes violentas.

João Pessoa

História – Qual foi a Primeira Cidade?


Alguns arqueólogos garantem que o título de primeira cidade do mundo deveria ser atribuído a Eridu, também na Suméria. Mas de uma coisa ninguém discorda: foi em Uruk que a civilização tornou-se urbana de fato. As duas não passavam de meros assentamentos por volta de 4000 a.C. Cerca de 500 anos mais tarde, no entanto, Uruk tomou a dianteira e se converteu num modelo de urbanização para toda a Mesopotâmia.
A cidade tinha templos, bairros residenciais, praças, estabelecimentos comerciais, exército e um sistema de administração pública. Ou seja: seu povo pode ser considerado o inventor da burocracia. Em 3300 a.C., a população chegava a 40 mil habitantes – 4 vezes mais que a das vizinhas Eridu e Larak. No auge de seu poder, lá pelo ano de 2800 a.C., já passava dos 80 mil. A infl uência regional que Uruk exercia era tamanha que acabou atravessando os tempos, dando origem ao nome do país que hoje ocupa aquela região: Iraque.
Planejamento urbano
Nos bairros residenciais, os moradores eram agrupados de acordo com a profissão

Os bairros de Uruk eram comerciais, residenciais ou mistos, e seus moradores, agrupados segundo a profissão de cada um.
As casas típicas de um bairro residencial tinham dois níveis e eram feitas com tijolinhos de barro cozidos e secados ao sol.
O canal artificial Nil ligava Uruk ao rio Eufrates e dividia a cidade em dois distritos: Anu (acima do canal nesta ilustração) e Eanna.
O Templo Branco, no topo de um zigurate dedicado ao deus Na, tinha 22 metros de altura e era coberto com uma argamassa que brilhava sob o sol. Simbolizava o poder político hegemônico exercido pela cidade.
No distrito de Eanna, várias construções eram enfeitadas com mosaicos coloridos e entalhes. São os primeiros sinais de preocupação estética na arquitetura urbana.
Quando este prédio foi descoberto por arqueólogos, pensava-se que fosse um templo. Hoje, acredita-se que tenha sido um edifício de uso comunitário.
Uma muralha com 9,5 km de extensão cercava toda a cidade. Teria sido construída pelo rei mitológico Gilgamesh, governante da primeira dinastia de Uruk.
A revolução da escrita
Ela foi inventada para registrar transações comerciais
A escrita surgiu por volta de 3400 a.C. para resolver um problema de natureza bem prática dos sumérios: contar mercadorias. No início, eles esculpiam placas de argila com símbolos que representavam vacas, grãos e outras “commodities” daquela época. Queriam dizer: “Isto aqui é meu, não seu”. Depois, sentiram a necessidade de se explicar um pouco melhor: “Aquela vaca pertencia a fulano, que pagara tributos ao rei”. Os desenhos, então, foram evoluindo até que começaram a representar sons, com os quais foi possível formar palavras. Como essa forma de escrita era talhada com instrumentos em forma de cunha (foto), ela ganhou o nome de cuneiforme.
3500 a.C.
ÁSIA E OCEANIA
• Surgem as primeiras cidades muradas em território chinês.

ÁFRICA E O.MÉDIO
• O forno de queimar cerâmica é inventado na Mesopotâmia.
3425 a.C.

AMÉRICAS
• Algodão começa a ser cultivado nos Andes, para tecer redes e roupas.
3350 a.C.
EUROPA
• Desenvolvem-se os primeiros povoados nas ilhas no mar Egeu.

ÁFRICA E O.MÉDIO
• Os egípcios constroem suas primeiras cidades fortificadas: Hierakonpolis e Naqada.
3275 a.C.
EUROPA
• Na Irlanda, começa a construção de Newgrange, um dos monumentos de pedra mais antigos da Terra.
3200 a.C.
Hieroglifos egípcios
Símbolos sagrados e decifrados por poucos
Na mesma época em que os sumérios inventaram a escrita cuneiforme, os egípcios também começaram a escrever usando símbolos – os hieroglifos, que tinham caráter sagrado e só eram decifrados por um seleto grupo de escribas. Alguns desses símbolos inspiraram outras formas de escrita que surgiram mais tarde.

Primeira Cidade

Civilizações Antigas – Sumérios


Os sumérios ficaram conhecidos como um dos primeiros povos a instalar-se na região conhecida como Mesopotâmia, localizada entre os rios Tigre e Eufrates, onde hoje fica, principalmente, o Iraque. Os sumérios chegaram à região por volta de 5000 a.C. e, muito provavelmente, fixaram-se no local por causa da fertilidade do solo proporcionada pelas cheias dos dois rios.
Esse povo elaborou técnicas para construir grandes obras, como as barragens que mantinham sob controle a cheia dos rios, além de reservatórios para armazenar água nos períodos de seca prolongada e canais de irrigação, responsáveis por levar água para plantações e cidades mais distantes.
Alguns historiadores sugerem que as técnicas de construção e agricultura dos sumérios foram herdadas de um povo anterior que habitou a região e do qual pouco se sabe: os ubaídas. Esses estudiosos não sabem definir ao certo em qual momento o povo que se tornou os sumérios adentrou a região. Os sumérios referiam-se a si mesmos como “o povo da cabeça negra”, e acredita-se que o termo “sumério” tenha origem no acadiano e signifique “terra de reis civilizados”.
Cidades sumérias
Na Suméria, desenvolveram-se grandes cidades, conhecidas como cidades-estado, isto é, entidades política e economicamente independentes entre si. Isso significa que cada cidade-estado suméria possuía um rei próprio, com instituições políticas e política econômica distintas umas das outras. Entre as grandes cidades sumérias, podem ser destacadas: Ur, Uruk, Nippur e Eridu.
Nas cidades sumérias, houve um processo de desigualdade social com o surgimento de uma pequena elite econômica possuidora de terras que explorava a mão de obra dos camponeses. O controle das cidades era feito por um rei, auxiliado por uma espécie de conselho de anciãos. Durante a história dos sumérios, as diferentes cidades da região entraram em conflito algumas vezes, provavelmente para garantir o controle sobre as melhores terras.
Cada cidade suméria possuía uma grande templo, conhecido como zigurate. O zigurate era construído, principalmente, para a adoração do deus da cidade (cada cidade suméria tinha um deus mais importante). Os historiadores acreditam que a Torre de Babel, se tiver existido de fato, tenha sido um modelo de zigurate.
O maior legado deixado pelos sumérios foi o desenvolvimento da primeira forma de escrita da humanidade, por volta de 3000 a.C. Essa forma de escrita recebeu o nome de escrita cuneiforme e era realizada em blocos de argila a partir de um instrumento pontiagudo chamado cunha. Os blocos de argila poderiam ser assados caso os sumérios desejassem preservar o registro de maneira permanente.
Os historiadores acreditam que o desenvolvimento da escrita cuneiforme ocorreu em razão de uma demanda para contabilizar e fazer registros acerca de questões que envolviam o palácio do rei ou a entrada e saída de mercadorias dos comerciantes. A escrita cuneiforme, cujos símbolos poderiam representar uma palavra, foi largamente utilizada por outros povos da Mesopotâmia, como os acádios e os assírios.
Essa forma de escrita, decifrada pelos estudiosos no século XIX, foi usada correntemente na região até ser abandonada por volta de 100 a.C., quando foi substituída pela escrita alfabética.

Chegada dos acádios
Por volta de 2234 a.C., um povo que habitava a região central da Mesopotâmia conquistou as principais cidades sumérias. Os acádios eram liderados pelo rei Sargão I, da Acádia, que construiu o Império Acádio, o primeiro grande império centralizado da Mesopotâmia. O termo “acádios” faz referência à capital e grande cidade chamada de Acad. Os acádios herdaram a escrita cuneiforme e outros aspectos culturais dos sumérios.
O Império formado pelos acádios teve curta duração e foi abalado por ataques promovidos pelos gútios, os quais conquistaram rapidamente a região e foram sucedidos pelos elamitas posteriormente. A influência da cultura suméria na região estendeu-se até por volta de 1600 a.C.

Sumérios

Mais Sobre a Civilização Grega


Entre as civilizações europeias nascidas na Antiguidade, a civilização grega foi aquela que legou ao mundo ocidental elementos essenciais para a sua constituição. Foi na Grécia Antiga que apareceram, por exemplo, a concepção democrática de governo, na cidade de Atenas, e o processo de racionalização (da busca pelo “logos”, pela razão) da realidade com o método filosófico, em cidades como Mileto e Samos. A medicina ocidental também tem suas bases nos métodos dos gregos Hipócrates e Galeno.

O primeiro passo para compreender a civilização grega é saber como eles próprios se compreendiam. Para tanto, faz-se necessário saber que os gregos não viviam em um país, em um Estado-Nação, tal como hoje, mas em cidades-estados independentes. O conjunto dessas cidades-estado formava a Hélade, e os gregos eram conhecidos como helenos. As cidades-estado eram conhecidas como poleis, plural de “pólis”, palavra da qual deriva o termo “política”.
O período de formação da pólis grega é conhecido como Período Arcaico e compreende uma extensão de dois séculos, indo de 800 a 500 a.C. Antes desse período, houve outros dois, que serviram de base para o florescimento das principais cidades gregas: Período pré-homérico, de 2.000 a 1.100 a.C., e o Período homérico, de 1.100 a 800 a.C. No primeiro, prevaleceram na região banhada pelo Mar Egeu as civilizações micênica e minoica (essa última desenvolveu-se na ilha de Creta). Já no Período homérico, houve a formação dos genos, isto é, dos clãs familiares que seriam a base para o surgimento das poleis.

As principais cidades formadas na Hélade foram Atenas, Esparta e Tebas. Os povos que formaram essas cidades vieram de migrações do Norte da Europa e eram chamados de povos indo-europeus. Os principais povos indo-europeus eram: aqueus, dórios, jônios e eólios. Cada cidade possuía características próprias, desde a forma de governo até o padrão militar. O que as unificava eram os aspectos culturais, como a língua, cujo alfabeto foi desenvolvido no Período Arcaico.

A partir de 500 a.C., teve início o Período Clássico, caracterizado por ser a fase do desenvolvimento do sistema filosófico de Sócrates, Platão e Aristóteles; do teatro, com grandes dramaturgos, como Eurípedes, Sófocles e Aristófanes; das chamadas Guerras Médicas, ou Guerras Greco-Persas, travadas contra os persas; e da rivalidade entre Atenas e Esparta com a formação das Ligas do Peloponeso e de Delos, cujo desfecho foi a Guerra do Peloponeso.
Esse último evento, terminado em 338 a.C., ocasionou a hegemonia da Macedônia sobre as cidades gregas, hegemonia essa que se transformou em um império comandado por Alexandre, o Grande. O império de Alexandre ocupou uma vasta extensão, indo do sul da Europa à Índia, e levando consigo as bases da cultura grega. A expansão da cultura grega pelo mundo ficou conhecida como helenismo. O Período Helenístico foi o último período da Grécia Antiga e ocorreu de 338 a 146 a.C., época em que a civilização romana começou a se tornar hegemônica.

Arquitetura e Escultura Grega


Os gregos tinham o costume de utilizar as suas expressões artísticas como meio de falar sobre a composição de seus valores religiosos. Os templos eram marcados por um visível arranjo arquitetônico e as várias esculturas representavam as formas de várias divindades gregas. Entre outras características, podemos destacar que os gregos tinham uma grande preocupação em privilegiar conceitos que primavam pela interação entre o equilíbrio, a beleza e a simplicidade.
Percorrendo o processo de desenvolvimento da escultura grega, percebemos que durante o período arcaico, as estátuas gregas tinham uma visível influência dos padrões estéticos egípcios. Nessa fase, muitas estátuas eram construídas para homenagear a vitória de algum atleta ou o feito de algum soldado heroicamente morto no campo de batalha. Do ponto de vista estético, notamos que as estátuas do período arcaico tinham uma postura bastante rígida e o rosto não sinalizava expressão alguma.
Quando atingimos o período clássico temos o auge do desenvolvimento no campo da escultura. As formas ganham um tom mais realista ao explorar de forma mais apurada o movimento, o volume e as proporções. Comparado ao período anterior, a capacidade de reprodução do corpo humano e das vestimentas ofereciam maior expressividade às obras. Nessa época, destacamos o trabalho do escultor Fídias (490 – 430 a.C.), que embelezou Atenas com várias estátuas e monumentos.
O último período que demarca a trajetória da escultura grega se desenvolveu ao longo da dominação macedônica. Nesse momento, o contato com outras culturas e o gosto do imperador Alexandre pelo desenvolvimento das expressões artísticas abriu caminho para possibilidades estéticas bastante complexas. Além de preservar as medidas harmoniosas, a escultura desse período também se preocupou em reproduzir os sentimentos humanos, como o medo, a dor e a angústia.
No campo da arquitetura, podemos destacar o desenvolvimento de técnicas de construção bastante interessantes. Em várias obras percebemos o uso de pedras talhadas que se encaixavam umas nas outras. Por meio dessa inovação, as construções gregas dispensavam o uso da argamassa. Os templos, maiores representantes da arquitetura grega, eram divididos em três partes: o vestíbulo, a sala do deus (também chamada de nau) e o tesouro.
Outra particularidade da arquitetura grega pode ser notada através dos diferentes tipos de coluna que ornamentavam as construções do período. O estilo dórico possuía acabamento simples e destino mais funcional. Em contrapartida, as colunas jônicas eram mais bem acabadas e trabalhavam com maior número de detalhes no topo e ao longo da coluna. Por fim, ainda contamos com o estilo coríntio, que possuía em seu capitel formas e ornamentos exuberantes.
Entre os mais conhecidos arquitetos da Grécia Antiga, podemos destacar o trabalho desempenhado por Calícrates e Ictinius. Trabalhando de forma conjunta, esses dois arquitetos participaram da elaboração e execução do projeto do impressionante templo de Palas Atena. Assim como na escultura, também devemos relacionar boa parte das construções gregas ao período em que a cidade-Estado de Atenas dispôs de amplos recursos para a realização das mais diferentes obras arquitetônicas.

João Ferreira de Almeida, o tradutor da Bíblia



(Torre de Tavares, Várzea de Tavares, Portugal, 1628 — Batávia, Indonésia, 1691), foi um ministro pregador da Igreja Reformada nas Índias Orientais Holandesas, reconhecido especialmente por ter sido o primeiro a traduzir a Bíblia Sagrada para a língua portuguesa. A sua tradução do Novo Testamento foi publicada pela primeira vez em 1681, em Amsterdam. Almeida faleceu antes de concluir a tradução dos livros do Antigo Testamento, chegando aos versículos finais do Livro de Ezequiel. A tradução dos demais livros do Antigo Testamento foi concluída em 1694, por Jacobus op den Akker. Os volumes da tradução do Antigo Testamento em português foram publicados somente a partir do século XVIII, em Tranquebar e Batávia, no Oriente. A primeira edição em um único volume de uma tradução completa da Bíblia em português foi impressa somente em 1819, em Londres. Além da tradução da Bíblia, João Ferreira de Almeida também escreveu algumas obras contra os ensinos da Igreja Católica Apostólica Romana.
Almeida nasceu na localidade de Torre de Tavares, no Reino de Portugal. Ficou órfão ainda em criança e veio a ser criado na cidade de Lisboa por um tio que era membro de uma ordem religiosa. Pouco se sabe sobre a infância e início da adolescência de Almeida, mas afirma-se que teria recebido uma excelente educação visando a sua entrada no sacerdócio. Não se sabe o que teria levado Almeida a sair de Portugal, mas em 1642, aos quatorze anos de idade, já se encontrava na Ásia, passando por Batávia (atual Jacarta, na Indonésia) e, em seguida, Malaca (na atual Malásia). Naquela época, Batávia era o centro administrativo da Companhia Holandesa das Índias Orientais, e Malaca, ex-colônia portuguesa, havia sido conquistada pelos holandeses em 1641.

A conversão ao protestantismo
Em 1642, aos quatorze anos de idade, João Ferreira de Almeida deixou a Igreja Católica Apostólica Romana e se converteu ao protestantismo. Ao velejar entre Batávia e Malaca, ambas possessões holandesas no Oriente, Almeida pôde ler um tratado anticatólico em castelhano, intitulado “Differença d’a Christandade”, posteriormente traduzido por ele em língua portuguesa. Este panfleto atacava algumas das doutrinas e conceitos do catolicismo e a utilização do latim durante os ofícios religiosos. Isto provocou um grande efeito em Almeida, de modo que, ao chegar a Malaca naquele mesmo ano, juntou-se à Igreja Reformada Holandesa e dedicou-se imediatamente à tradução de trechos dos Evangelhos do castelhano para o português.
O padre João Ferreira de Almeida
É comum aparecer nas primeiras edições da tradução de João Ferreira de Almeida a informação de que ele seria padre. Isso se deve ao fato de que, naquele contexto, a palavra “padre” poderia ser utilizada para se referir tanto ao clero católico, como aos ministros protestantes. Neste sentido, ele seria padre (aqui equivalente à pastor) da Igreja Reformada Holandesa, e não da Igreja Católica Apostólica Romana. Além disso, a posição anticatólica de João Ferreira se revela em todos os seus escritos, pois além de traduzir a Bíblia, ele compôs várias obras contra pontos que considerava os erros da Igreja Católica.
Almeida integrou no ministério eclesiástico da Igreja Reformada Holandesa, primeiramente como “visitador de doentes” e, em seguida, como “pastor suplente”. Começou seu ministério tornando-se membro do Presbitério de Málaca, depois de escolhido como capelão e diácono daquela congregação.
A passagem de Almeida por Tuticorin (Sul da Índia), onde foi pastor por cerca de um ano, também parece não ter sido das mais tranquilas. Tribos da região negaram-se a ser batizadas ou ter seus casamentos abençoados por ele. De acordo com seu amigo Baldaeus, o fato aconteceu porque a Inquisição havia ordenado que um retrato de Almeida fosse queimado numa praça pública em Goa. Foi também durante a estada no Ceilão que, provavelmente, o tradutor conheceu sua mulher e casou-se. Vinda do catolicismo para o protestantismo, como ele, chamava-se Lucretia Valcoa de Lemmes (ou Lucrécia de Lamos). Um acontecimento curioso marcou o começo de vida do casal: numa viagem através do Ceilão, Almeida e Dona Lucretia foram atacados por um elefante e escaparam por pouco da morte. Mais tarde, a família completou-se, com o nascimento de um menino e de uma menina.
Sendo considerado um dos primeiros missionários protestantes a visitar aquele país, visto que servia como missionário convertido, ao serviço de um país estrangeiro, e ainda devido à exposição directa do que considerava serem doutrinas falsas da Igreja Católica Apostólica Romana, bem como à denúncia de corrupção moral entre o clero, muitos entre as comunidades de língua portuguesa passaram a considerará-lo apóstata e traidor. Esses confrontos resultaram num julgamento por um tribunal da Inquisição em Goa, Índia, em 1661, sendo sentenciado à morte por heresia. O governador-geral da Holanda chamou-o de volta a Batávia, evitando assim a consumação da sentença.
Entre outras coisas, Almeida conseguiu convencer o presbitério de que a congregação que dirigia deveria ter a sua própria cerimônia da Ceia do Senhor. Também propôs que os pobres que recebessem ajuda em dinheiro da igreja tivessem a obrigação de frequentá-la e frequentar o catecismo. Ofereceu-se para visitar os escravos da Companhia das Índias em seus bairros, dando-lhes aulas de religião — sugestão que não foi aceita pelo presbitério — e, com muita frequência, alertava a congregação a respeito das “influências papistas”.
Em 1676, Almeida comunicou ao presbitério que o Novo Testamento estava pronto. Aí começou a batalha do tradutor para ver o texto publicado — sabia que o presbitério não recomendaria a impressão do trabalho sem que fosse aprovado por revisores indicados pelo próprio presbitério.
Em 1681, a primeira edição do Novo Testamento de Almeida finalmente saiu da gráfica. Um ano depois, ela chegou à Batávia, mas apresentava erros de tradução e revisão. O fato foi comunicado às autoridades da Holanda e todos os exemplares que ainda não haviam saído de lá foram destruídos, por ordem da Companhia das Índias Orientais. As autoridades holandesas determinaram que se fizesse o mesmo com os volumes que já estavam na Batávia. Pediram também que se começasse, o mais rápido possível, uma nova e cuidadosa revisão do texto.
Apesar das ordens recebidas da Holanda, nem todos os exemplares recebidos na Batávia foram destruídos. Alguns deles foram corrigidos à mão e enviados às congregações da região (um desses volumes pode ser visto hoje no Museu Britânico, em Londres). O trabalho de revisão e correção do Novo Testamento foi iniciado e demorou dez longos anos para ser terminado. Somente após a morte de Almeida, em 1693, é que essa segunda versão foi impressa, na própria Batávia, e distribuída.
Enquanto progredia a revisão do Novo Testamento, Almeida começou a trabalhar o Antigo Testamento. Em 1683, completou a tradução do Pentateuco. Iniciou-se, então, a revisão desse texto, e a situação que acontecera na época da revisão do Novo Testamento, com muita demora e discussão, acabou se repetindo. Já com a saúde prejudicada — pelo menos desde 1670, segundo os registros —, Almeida teve sua carga de trabalho na congregação diminuída e pôde dedicar mais tempo à tradução. Mesmo assim, não conseguiu acabar a obra à qual dedicara toda a vida.
Em outubro de 1691, Almeida morreu. Nessa ocasião, chegara a Ezequiel 48:31. A tradução do Antigo Testamento foi completada em 1694 por Jacobus op den Akker, pastor calvinista holandês. Depois de passar por muitas mudanças, foi impressa na Batávia, em dois volumes: o primeiro em 1748 e o segundo, em 1753.
Entre Outubro de 2006 e Março de 2007, o programa de televisão da RTP1, Os Grandes Portugueses, realizou uma votação popular para escolher O Grande Português. Aquela votação, indicou João Ferreira de Almeida como o 19º personagem mais importante na história de Portugal.

João Ferreira de Almeida

Espaço e Economia – Mineração de Asteroides


Os minerais e os compostos voláteis podem ser extraídos de um asteroide ou um cometa para fornecer materiais de construção no espaço (por exemplo, ferro, níquel, titânio), extrair água e oxigênio para sustentar a vida de astronautas exploradores no espaço, assim como o hidrogênio e o oxigênio para seu uso como combustível de foguete. Na exploração do espaço, essas atividades são conhecidas como utilização de recursos in-situ.
A ideia de extrair matérias-primas de asteroides como ferro, níquel e água, é levada em consideração desde a década de 80, mas nunca avançaram devido aos altos custos do projeto. Atualmente, com empresários bilionários envolvidos, o projeto começa a ser levado a sério como uma alternativa à escassez de recursos naturais terrestres.
Os asteroides possuem os mais variados materiais para a mineração, como ouro, ferro e platina, que são de grande importância para o mercado mundial. Porém, um dos recursos mais valiosos para os seres humanos que exploram o espaço é a água, que também pode ser encontrada nesses corpos celestes. Outro recurso imprescindível para a exploração espacial são os combustíveis para o abastecimento de foguetes e espaçonaves, que também poderão ser extraídos desses objetos, o que reduziria os custos das futuras missões espaciais.
O objetivo é que essa mineração ocorra em asteroides próximos da Terra. De acordo com empresários, existem cerca de 400 mil desses objetos nestas condições.Os asteroides próximos da Terra são considerados como melhores candidatos para as primeiras atividades de mineração. Suas localizações os tornam disponíveis para uso na extração de materiais de construção para as instalações com base no espaço próximo à Terra, reduzindo razoavelmente o custo econômico para o transporte de suprimentos em órbita ao redor da Terra.A exploração do espaço sempre fascinou a humanidade e os primeiros passos para esta grande aventura poderá começar em breve. Duas empresas pioneiras foram recentemente fundadas, a Planetary Resources Inc. e a Deep Space Industries, já estão elaborando projetos para iniciar a mineração de asteroides.As duas empresas afirmam que a mineração destes corpos celestes é mais fácil do que a mineração da crosta terrestre. E acredita-se que existem bastantes metais preciosos no espaço à espera de serem explorados. Segundo a Planetary Resources, uma única rocha espacial de 500 metros de largura poderá ser tão rica em platina que conteria o equivalente a todos os metais do grupo platina já extraídos na história humana.

Mineração de Asteroides

Robô Minerador


A Origin Space, uma startup de mineração espacial com sede em Pequim, na China, lançará ao espaço, seu primeiro robô desenvolvido para escavação espacial a bordo de um foguete descartável da família Longa Marcha, cedido pela Academia Chinesa de Tecnologia de Veículos Lançadores.
Batizado de NEO-1, o pequeno robô escavador representará um marco no que a Origin Space está se propondo a fazer. No entanto, nessa viagem de estreia, NEO-1 não vai minerar o solo de nenhum asteroide. Por ora, seu trabalho na órbita da Terra será “verificar e demonstrar funções múltiplas, como manobra orbital da espaçonave, captura simulada de pequenos corpos celestes, identificação e controle da espaçonave inteligente”, segundo explicou Yu Tianhong, cofundador da Origin Space.
O conceito de mineração de recursos espaciais é algo polêmico e controverso. O apelo de muitos cientistas é que o Sistema Solar seja protegido dessas práticas. Ainda assim, superpotências, como China e os Estados Unidos, continuam investigando como extrair esses minérios de outros corpos celestes.

Robô Minerador

Robótica – Robô Coletor de Lixo Espacial


Em uma órbita baixa ao redor da Terra um protótipo de um “robô lixeiro” que pode capturar lixo espacial deixado por missões anteriores usando uma grande rede. Uma vez capturado, o lixo será queimado usando um sistema de propulsão elétrica.
Batizada de NEO-1, a espaçonave foi lançada em um foguete Longa Marcha 6 junto com vários outros satélites de pequeno porte. Ela também irá observar o espaço profundo e estudar pequenos corpos celestes.
Pesando 30 Kg, o robô foi desenvolvido pela Origin Space, uma empresa de Shenzen, e segundo ela irá abrir o caminho para futuras tecnologias para a mineração de asteroides.
À medida em que mais e mais satélites são lançados em órbita, especialmente após o surgimento de constelações como a Starlink, da SpaceX, e a Project Kuiper, da Amazon, o problema do lixo espacial se torna mais grave.
Ele é composto por satélites e espaçonaves desativadas, que esgotaram seu combustível ou fontes de energia, ou pedaços de foguetes e missões antigas, que podem orbitar nosso planeta por décadas.
Viajando a uma velocidade de mais de 28 mil km/h, mesmo um pequeno parafuso pode perfurar uma espaçonave com mais energia do que a bala de um rifle, destruir um satélite (gerando mais lixo espacial), ou causar sérios danos a uma missão tripulada.Recentemente, a tripulação missão da Crew-2 da Nasa e SpaceX passou por um susto quando, horas após chegar à Estação Espacial Internacional, foram ordenados a vestir seus trajes espaciais e retornar à sua cápsula devido ao risco de colisão com um objeto em órbita. Felizmente, tudo não passou de um alarme falso.
Em entrevista à imprensa chinesa a fundadora da Origin Space, Su Meng, afirma que a empresa tem planos para lançar dúzias de telescópios espaciais e mais espaçonaves para conseguir minerar asteroides comercialmente já em 2045.

Como é a Atmosfera de Marte?


A atmosfera marciana é rarefeita, e a pressão atmosférica na superfície varia de 30 Pa (0,03 kPa) no pico do Olympus Mons para mais de 1 155 Pa (1,155 kPa) nas depressões de Hellas Planitia, com uma pressão média na superfície de 600 Pa (0,6 kPa), comparado à pressão terrestre de 101,3 kPa. A atmosfera de Marte consiste em 95% de dióxido de carbono, 3% nitrogênio, 1,6% argônio, e ainda traços de oxigênio, água, e metano. A atmosfera de Marte é bastante empoeirada, dando ao céu marciano uma cor amarelada quando vista da superfície; dados da Mars Exploration Rovers indicam que partículas suspensas possuem aproximadamente 1,5 micrômetros.
A atmosfera de marte é composta das seguintes divisões:

Baixa atmosfera: É a mais aquecida afetada pelo aquecimento da poeira suspensa e do solo.
Média atmosfera: Marte possui um jet stream que flui nessa região.
Atmosfera superior, ou termosfera: Essa região apresenta temperaturas muito altas causadas pelo aquecimento do Sol. Nesse nível, os gases começam a se separar entre si ao invés de se fundirem, tal como ocorre na baixa atmosfera.
Exosfera: 200 km e acima. Essa região é onde se delimita os últimos vestígios da atmosfera e o espaço. Não há nenhum limite claro devido ao gás ser extremamente rarefeito, o que torna a definição de onde a atmosfera termina bastante difícil.
Dióxido de carbono
O principal componente da atmosfera de Marte é o dióxido de carbono (CO2). Durante o inverno marciano os pólos entram em um período de escuridão contínua, o que resfria a superfície de tal forma que 25% do CO2 atmosférico se condensa em dióxido de carbono sólido (gelo seco) formando uma capa de gelo nos pólos. Quando os pólos são expostos novamente à luz solar, durante o verão marciano, o CO2 congelado sublima, voltando à atmosfera. Esse processo leva a uma grande variação da pressão e composição atmosférica ao redor dos pólos marcianos.

Argônio
A atmosfera de Marte é consideravelmente enriquecida de gases nobres, especialmente o argônio em comparação às outras atmosferas de outros planetas do sistema solar. Diferente do dióxido de carbono, o argônio não se condensa, assim sendo a quantidade total de argônio na atmosfera é constante. No entanto, as concentrações locais podem variar devido ao fluxo de dióxido de carbono de um lugar a outro. Recentes dados de satélite mostram um aumento do argônio atmosférico sobre o polo sul no outono, que se dissipa na primavera seguinte.
Água
Outros aspectos da atmosfera marciana variam significativamente. Com a sublimação do gás carbônico durante o verão marciano, rajadas de ventos espalham o gás para além dos pólos a uma velocidade de aproximadamente 250 a 400 km/h. Essas tempestades sazonais transportam grandes quantidades de poeira e vapor de água originando névoas e nuvens cirrus parecidas com as da Terra. Essas nuvens de água congelada foram fotografadas pela Opportunity em 2004.
Metano
Cirrus no céu marciano
Traços de metano, a um nível de algumas partes por bilhão, foram inicialmente descobertos por uma equipe do NASA Goddard Space Flight Center em 2003.
A presença de metano em Marte é intrigante, visto que é um gás instável, supõe se que deve haver (ou deve ter havido ha alguns milhares de anos) uma fonte desse gás no planeta. É estimado que o planeta produza uma quantidade de 150 ton/ano de metano. Atividade vulcânica, impacto de cometas, e a existência de vida microbiana tais como metanógenos estão entre as possíveis fontes de metano, mas ainda não foram comprovadas. O metano parece ocorrer em partes do planeta, o que sugere que esse gás é rapidamente quebrado antes de se espalhar uniformemente pela atmosfera, então também é presumível que o metano vem sendo lançado continuamente na atmosfera. Atualmente planejam–se pesquisas para identificar gases que acompanham o metano que podem sugerir quais são as fontes mais prováveis; na Terra, o metano biológico liberado pelos oceanos tende a vir acompanhado pelo etano, enquanto o vulcânico é acompanhado pelo dióxido de enxofre.
Foi comprovado recentemente que o metano poderia ser produzido por processos não-biológicos envolvendo água, dióxido de carbono, e o mineral olivina, que é comum em Marte. As condições necessárias para essa reação (e.x. temperatura e pressão) não existem na superfície, mas provavelmente existem na crosta. Para provar que esse processo estaria acontecendo, serpentina, um mineral produzido nesse processo seria detectado.
Análises da ESA revelaram que a presença de metano na atmosfera marciana não é homogênea, geralmente coincidindo com a presença de vapor d’água. Na atmosfera superior esses gases estão uniformemente distribuídos, mas próximos à superfície eles se concentram em três regiões, Arabia Terra, Elysium Planitia, e Arcadia Memnonia. O cientista planetário David H. Grinspoon (Southwest Research Institute) supõe que a coincidência de vapor d’água e metano aumenta as chances de uma fonte biológica, mas isso implica explicar como a vida poderia sobreviver em um planeta tão inóspito quanto Marte. Por último, para provar a natureza orgânica do metano marciano, será necessário o envio de uma futura sonda ou robô portando um espectrômetro para mensurar massa atômica, pois as proporções isotópicas de C12 a C14 podem claramente distinguir entre orgânica ou inorgânica como sendo a natureza da origem do metano marciano.
A atmosfera de Marte é um recurso de composição conhecida disponível em todos os locais do planeta. Por essa razão tem sido proposto que uma futura exploração humana no planeta poderia usar o dióxido de carbono da atmosfera como matéria-prima para a fabricação de combustível para o retorno da missão. Pesquisas para viabilizar tal missão que propõem esse uso da atmosfera marciana incluem o Mars Direct proposto pelo cientista Robert Zubrin e pelo estudo Design reference mission da NASA. As duas principais alternativas para a utilização do dióxido de carbono são a reação de Sabatier, que converte dióxido de carbono atmosférico junto a hidrogênio adicional para produzir metano e oxigênio, e a eletrólise, usando um eletrólito de zircônio para separar o dióxido de carbono em oxigênio e monóxido de carbono.
No entanto, para que a futura colonização de Marte seja viável, seria preciso que houvesse uma quantidade muito maior de gás estufa na atmosfera para manter o clima aquecido. Usar a atmosfera de Marte como um recurso a ser consumido sem nenhuma intenção de renová-la é algo duvidoso.

Atmosfera de Marte

Missão Marte 2


Depois de levar os primeiros quatro “não astronautas” por uma viagem ao espaço pela SpaceX, o bilionário Elon Musk afirma estar gastando a maior parte do tempo em um foguete reutilizável e barato. O objetivo final, disse ele, é para que as viagens para Marte sejam mais acessíveis no futuro.
O Falcon 9 é um foguete de dois estágios que já participou de 112 lançamentos da SpaceX, incluindo a missão Inspiration4.
Ao ser questionado pela entrevistadora, Kara Swisher, quando o foguete barato que transportaria pessoas para Marte estaria disponível, Musk não deu nenhuma afirmação direta, mas disse que o transporte seria lucrativo o suficiente para “uma cidade autossustentável em Marte e uma base na Lua”.
A base lunar seria a primeira coisa por “estar praticamente ali”, explica Musk. Outro fator relevante é que a SpaceX recentemente fechou um contrato bilionário com a Nasa, avaliado em 2,9 bilhões de dólares, para construir uma espaçonave reutilizável que irá levar astronautas para a Lua na missão Artemis.

O bilionário, assim como seu competidor e CEO da Blue Origin, Jeff Bezos, tem sonhos ambiciosos de construir uma civilização interplenetária em Marte.
“Quando você está tentando desenvolver uma tecnologia totalmente nova, não é barato”, disse Musk, que insistiu que a viagem teria que ser acessível para dar certo. “Para que Marte seja uma civilização autossustentável, tem que ser.”

Missão Marte

Neurociência – Fronteira do Amor e Ódio


A famosa tênue linha entre o amor e o ódio foi finalmente encontrada pelos cientistas. Exames cerebrais mostraram uma atividade padrão quando eram apresentadas fotos de pessoas odiadas pelos participantes do estudo. Esses impulsos elétricos ocorre nas mesmas áreas ativadas pelo amor romântico, explicaram os pesquisadores Semir Zeki e John Paul Romaya, da Universidade College London.
Os pesquisadores mostraram a 17 voluntários de ambos os sexo fotos de pessoas que eles diziam odiar com outros três rostos familiares neutros. Todos os odiados eram ex-parceiros amorosos ou rivais profissionais, com exceção de um político famoso, citado por um dos voluntários.
O rastreamento identificou um padrão de atividade em diferentes áreas do cérebro, batizadas pelos pesquisadores de “circuito do ódio”, que era ativado quando os indivíduos viam os rostos das pessoas de quem não gostavam. O circuito do ódio inclui estruturas no córtex e subcórtex e representa um padrão distinto de outras emoções suscitadas por medo, ameaça, perigo.
Próximos passos
Uma da áreas do cérebro que é mobilizada é aquela que tenta prever as ações das outras pessoas, algo crucial num possível confronto com a pessoa odiada. A atividade cerebral também ocorre no putâmen e na ínsula, duas áreas ativadas quando as pessoas viram fotos de pessoas amadas. Cientistas relacionaram essas regiões a ações agressivas e situações estressantes.
Os pesquisadores observaram, porém, diferenças na manifestação dos dois sentimentos. Uma parte maior do córtex cerebral – uma área ligada à capacidade de julgar e racionalizar – é “desligada” com o amor. Isso não acontece nas situações de ódio. Isso significa que, apesar de os dois sentimentos serem passionais, os apaixonados tendam a ser menos críticos e racionais em relação a seus parceiros. Já quando estão têm de lidar com um rival, as pessoas precisam manter o foco, dizem os pesquisadores.
Aquele que odeia deve querer exercer o julgamento para calcular seus próximos passos para atingir o outro – disse Semir Zeki.

Neurociência

Festejos – O que se comemora mesmo em 1 de Janeiro?


Esta data é o Dia Mundial da Paz, além de Dia da Fraternidade Universal, sendo assim, um feriado internacional, adotado por quase todas as nações do planeta. Neste dia, tomam posse os presidentes do Brasil e da Suíça, sendo que no caso do Brasil, também tomam posse os governadores.
Brasil
Dia da posse dos cargos eletivos do poder executivo do Brasil. Nos anos ímpares, tomam posse nesta data o presidente da república, os governadores e os prefeitos, para um mandato que possui uma duração de quatro anos. Neste dia, também tomam posse juntamente com os mandatários do poder executivo, os seus respectivos ministros (no nível federal) e secretários (nos níveis estadual, distrital e municipal).
Dia Nacional do município.
No calendário romano era o dia das calendas de janeiro.
Júlio César determinou que passasse a ser o primeiro dia do ano quando fez a reforma do calendário que entrou em vigor neste dia do ano 45 a.C.. Anteriormente o ano tinha início nas calendas de março, o dia 1 de março.
No calendário litúrgico tem a letra dominical A para o dia da semana.
No calendário gregoriano a epacta do dia é *.

1º de Janeiro