Espaço e Economia – Mineração de Asteroides


Os minerais e os compostos voláteis podem ser extraídos de um asteroide ou um cometa para fornecer materiais de construção no espaço (por exemplo, ferro, níquel, titânio), extrair água e oxigênio para sustentar a vida de astronautas exploradores no espaço, assim como o hidrogênio e o oxigênio para seu uso como combustível de foguete. Na exploração do espaço, essas atividades são conhecidas como utilização de recursos in-situ.
A ideia de extrair matérias-primas de asteroides como ferro, níquel e água, é levada em consideração desde a década de 80, mas nunca avançaram devido aos altos custos do projeto. Atualmente, com empresários bilionários envolvidos, o projeto começa a ser levado a sério como uma alternativa à escassez de recursos naturais terrestres.
Os asteroides possuem os mais variados materiais para a mineração, como ouro, ferro e platina, que são de grande importância para o mercado mundial. Porém, um dos recursos mais valiosos para os seres humanos que exploram o espaço é a água, que também pode ser encontrada nesses corpos celestes. Outro recurso imprescindível para a exploração espacial são os combustíveis para o abastecimento de foguetes e espaçonaves, que também poderão ser extraídos desses objetos, o que reduziria os custos das futuras missões espaciais.
O objetivo é que essa mineração ocorra em asteroides próximos da Terra. De acordo com empresários, existem cerca de 400 mil desses objetos nestas condições.Os asteroides próximos da Terra são considerados como melhores candidatos para as primeiras atividades de mineração. Suas localizações os tornam disponíveis para uso na extração de materiais de construção para as instalações com base no espaço próximo à Terra, reduzindo razoavelmente o custo econômico para o transporte de suprimentos em órbita ao redor da Terra.A exploração do espaço sempre fascinou a humanidade e os primeiros passos para esta grande aventura poderá começar em breve. Duas empresas pioneiras foram recentemente fundadas, a Planetary Resources Inc. e a Deep Space Industries, já estão elaborando projetos para iniciar a mineração de asteroides.As duas empresas afirmam que a mineração destes corpos celestes é mais fácil do que a mineração da crosta terrestre. E acredita-se que existem bastantes metais preciosos no espaço à espera de serem explorados. Segundo a Planetary Resources, uma única rocha espacial de 500 metros de largura poderá ser tão rica em platina que conteria o equivalente a todos os metais do grupo platina já extraídos na história humana.

Mineração de Asteroides

Robô Minerador


A Origin Space, uma startup de mineração espacial com sede em Pequim, na China, lançará ao espaço, seu primeiro robô desenvolvido para escavação espacial a bordo de um foguete descartável da família Longa Marcha, cedido pela Academia Chinesa de Tecnologia de Veículos Lançadores.
Batizado de NEO-1, o pequeno robô escavador representará um marco no que a Origin Space está se propondo a fazer. No entanto, nessa viagem de estreia, NEO-1 não vai minerar o solo de nenhum asteroide. Por ora, seu trabalho na órbita da Terra será “verificar e demonstrar funções múltiplas, como manobra orbital da espaçonave, captura simulada de pequenos corpos celestes, identificação e controle da espaçonave inteligente”, segundo explicou Yu Tianhong, cofundador da Origin Space.
O conceito de mineração de recursos espaciais é algo polêmico e controverso. O apelo de muitos cientistas é que o Sistema Solar seja protegido dessas práticas. Ainda assim, superpotências, como China e os Estados Unidos, continuam investigando como extrair esses minérios de outros corpos celestes.

Robô Minerador

Robótica – Robô Coletor de Lixo Espacial


Em uma órbita baixa ao redor da Terra um protótipo de um “robô lixeiro” que pode capturar lixo espacial deixado por missões anteriores usando uma grande rede. Uma vez capturado, o lixo será queimado usando um sistema de propulsão elétrica.
Batizada de NEO-1, a espaçonave foi lançada em um foguete Longa Marcha 6 junto com vários outros satélites de pequeno porte. Ela também irá observar o espaço profundo e estudar pequenos corpos celestes.
Pesando 30 Kg, o robô foi desenvolvido pela Origin Space, uma empresa de Shenzen, e segundo ela irá abrir o caminho para futuras tecnologias para a mineração de asteroides.
À medida em que mais e mais satélites são lançados em órbita, especialmente após o surgimento de constelações como a Starlink, da SpaceX, e a Project Kuiper, da Amazon, o problema do lixo espacial se torna mais grave.
Ele é composto por satélites e espaçonaves desativadas, que esgotaram seu combustível ou fontes de energia, ou pedaços de foguetes e missões antigas, que podem orbitar nosso planeta por décadas.
Viajando a uma velocidade de mais de 28 mil km/h, mesmo um pequeno parafuso pode perfurar uma espaçonave com mais energia do que a bala de um rifle, destruir um satélite (gerando mais lixo espacial), ou causar sérios danos a uma missão tripulada.Recentemente, a tripulação missão da Crew-2 da Nasa e SpaceX passou por um susto quando, horas após chegar à Estação Espacial Internacional, foram ordenados a vestir seus trajes espaciais e retornar à sua cápsula devido ao risco de colisão com um objeto em órbita. Felizmente, tudo não passou de um alarme falso.
Em entrevista à imprensa chinesa a fundadora da Origin Space, Su Meng, afirma que a empresa tem planos para lançar dúzias de telescópios espaciais e mais espaçonaves para conseguir minerar asteroides comercialmente já em 2045.