Cultura – Autobiografia de Rita lee


Rita Lee é rock and roll, mas também é literatura. A ex-Mutante foi uma escritora de sucesso. Ao todo, lançou 11 livros ao longo da vida: títulos infantis, contos, fotolivro, antologia de letras e até história em quadrinhos.
Rita abre o livro contando que o tumor foi descoberto por acaso, em abril de 2021, numa consulta em que tentava dar fim ao mal-estar após tomar a segunda dose da vacina contra a Covid.

Trechos
“fui comunicada pelo dr. Ribas de que poderia ser uma de três coisas: fungo, tuberculose ou câncer. A ‘massa’, como eles se referiam ao troço, precisava ser mais bem investigada para fecharem o diagnóstico e terem mais detalhes. Era preciso que eu fizesse naquela mesma tarde uma tomografia com contraste para buscar sinais de metástase. Foi dra. Estelita que, com toda a calma, delicadeza e seriedade do mundo, me disse que eu estava com um câncer de 20 centímetros de perímetro no pulmão esquerdo e que apenas uma biópsia em alguns pontos revelaria o tipo de células cancerígenas, que eu faria no dia seguinte. Para tanto, eu deveria ser internada e depois, quem sabe, voltaria para casa.”

Livro – Atentado contra o Autor dos “Versos Satãnicos”


Jurado de morte pelo Irã por ter escrito o livro Os Versos Satânicos, o autor anglo-indiano Salman Rushdie, de 75 anos, foi atacado por um desconhecido em Nova York nesta sexta-feira, 12. De acordo com a Associated Press, Rushdie estava prestes a dar uma palestra na Chautauqua Institution, um centro educacional sem fins lucrativos no oeste da cidade, quando foi surpreendido por um homem que desferiu facadas nele. O escritor caiu no chão, e o agressor foi contido por testemunhas. Momentos depois, a polícia de Nova York confirmou que Salman Rushdie foi esfaqueado no pescoço, e ainda não se sabe seu estado de saúde. Vídeos mostram ele sendo socorrido de maca e sendo colocado em um helicóptero. É possível ver que ele está ensanguentado. A polícia também informou que o suspeito foi detido.
De acordo com relatos de testemunhas à imprensa estrangeira, um homem mascarado correu para o palco quando Rushdie estava prestes a começar sua palestra, desferindo as facadas no escritor. O agressor também acertou Henry Reese, que entrevistaria o autor durante a palestra. Reese é cofundador de uma organização sem fins lucrativos que oferece refúgio a escritores exilados sob ameaça de perseguição e sofreu um pequeno ferimento na cabeça.
Salman Rushdie foi submetido a uma cirurgia de emergência. Mais tarde, a polícia de Nova York divulgou o nome do suspeito: Hadi Matar, um jovem de 24 anos de Nova Jersey. O agressor conseguiu acesso ao local onde o autor iria dar a palestra, mas estaria agindo sozinho, segundo autoridades. Investigadores não encontraram ameaçadas enviadas anteriormente ao evento e ainda não há indicativo da motivação por trás do ataque.
Publicada originalmente com o título The Satanic Verses, a obra é proibida no Irã desde 1989, pois muitos muçulmanos a consideram uma blasfêmia. Em 1989, o então líder do Irã, Ruhollah Khomeini, emitiu uma fatwa, um decreto pedindo a morte de Salman Rushdie. Houve também a oferta de recompensa de 3 milhões de dólares para quem matasse Rushdie.

Literatura – Polêmica em Versos Satãnicos


Por décadas, até séculos, diversos escritores foram acusados dos mais diversos crimes contra a moral e a ordem, resultando na proibição das suas obras ou mesmo em ameaças à vida dos próprios autores. Ao longo da história, as artes sempre desempenharam esse papel de suscitar discussões intensas e ações extremas das alas mais reacionárias da sociedade — e a literatura não é exceção.
O caso do exílio do romancista indiano Salman Rushdie é emblemático desse poder divisivo da arte. Após a publicação de um dos seus romances mais conhecidos, Os Versos Satânicos, em 1988, o escritor foi condenado por publicar obra considerada ofensiva à fé islâmica e enfrentou ameaças de morte. Forçado a deixar seu país sob proteção do governo britânico, o autor vive radicado nos Estados Unidos desde 2000.
Em sua escrita, Rushdie mescla os artifícios fantásticos do realismo mágico com a precisão descritiva da ficção histórica, resultando em uma obra que destrincha minuciosamente as relações de poder e opressão que permeiam as dinâmicas entre colônia e metrópole, entre nativos e imigrantes, entre o Ocidente e o Oriente –– análise que Rushdie empreende com tremenda técnica e sensibilidade.
Opostos em confronto
Os Versos Satânicos narra a história de dois protagonistas antagônicos: Gibreel Farishta, célebre estrela de Bollywood, e o soturno ator e dublador Saladin Chamcha. Somos apresentados à dupla em meio ao primeiro episódio fantástico da trama: a queda de ambos dos céus acima de Londres após a explosão do avião em que viajavam da Índia para a capital inglesa.
É apenas mais adiante que descobrimos o contexto por trás do terrível acidente que, milagrosamente, poupa a vida dos protagonistas, que conseguem sobreviver à queda graças à interferência de poderes sobrenaturais. A queda reflete a brutalidade da chegada dos imigrantes ao antigo centro do poder colonial, e é o evento que dará início à lenta metamorfose de ambos.
Como personagens, Gibreel e Chamcha não podiam ser mais diferentes: enquanto o primeiro é uma figura envolta em escândalos e atitudes reprováveis, o segundo é um homem que se leva a sério demais; enquanto Gibreel tece comentários irônicos sobre a colônia, Chamcha defende fervorosamente a honra britânica em detrimento de sua terra natal.
Logo após tombar à terra, Chamcha descobre chifres em sua testa e aos poucos se converte na imagem do próprio Diabo, e passa a ser tratado com asco e repulsa pelas autoridades britânicas que tanto estimava. Gibreel, por sua vez, recebe visões do Arcanjo Gabriel e perde lentamente a sanidade, assombrado por eventos fantásticos da história islâmica (e outros episódios enigmáticos inteiramente inventados por Rushdie).
Contudo, as posições das personagens –- o demônio e o messias –– são desafiadas e revertidas diversas vezes ao longo da trama, e à medida que a narrativa avança torna-se cada vez mais claro que os dois são adversários escolhidos por uma força maior para enfrentarem-se em um terrível confronto no clímax da história.
O silenciamento da arte
É justamente nas visões fornecidas pelo espírito do Arcanjo que está a polêmica que resultou na intensa reação por parte da comunidade muçulmana mais conservadora. Os Versos Satânicos do título se referem a um episódio controverso na religião islâmica, visto pelas autoridades muçulmanas como blasfêmia. Segundo a lenda, o profeta Maomé teria sido enganado pelo Diabo, que teria sussurrado versos que acabaram incorporados ao Corão e depois retratados pelo profeta após perceber seu erro.
A inclusão desse evento na narrativa, bem como o título que o evoca, resultou em uma extrema reação negativa por parte das comunidades islâmicas. Em fevereiro de 1989, após uma manifestação violenta contra o livro no Paquistão, o aiatolá Khomeini, então líder supremo do Irã, emitiu uma fatwa (poderoso pronunciamento legal na lei islâmica) pedindo a morte de Rushdie e de seus editores.
Todavia, a intensidade de tais reações extremistas diante de obras de arte polêmicas acaba por prolongar a relevância da obra, cumprindo o propósito contrário dos seus proponentes, que é o de silenciar os questionamentos levantados pela arte. O livro de Rushdie é um grande exemplo disso, pois permanece leitura essencial para todos que se interessam por realismo mágico e questões pós-coloniais.
Os Versos Satânicos é uma narrativa em que mundos contrastantes entram em colisão: os mundos pessoais de Gibreel e Chamcha, a Índia e o Reino Unido, a ex-colônia e a metrópole, os imigrantes e os nativos, fiéis e ateus, e outras dicotomias realçadas pelos elementos fantásticos cuidadosamente introduzidos por Rushdie. Além das intrigantes temáticas tratadas com grande inteligência e profundidade pelo autor, a prosa de Rushdie é rica em experimentação narrativa e metáforas e é a força que arrasta o leitor até a última página.
Seus críticos, portanto, falharam: Rushdie não somente vive, mas viverá para sempre no cânone da literatura contemporânea.

OS VERSOS SATÂNICOS | Salman Rushdie
Editora: Companhia de Bolso;
Tradução: Misael H. Dursan;
Tamanho: 600 págs.;
Lançamento: Agosto, 2008 (atual edição).gi

Dica de Livro – Ciência Proibida


O Lado Obscuro da Ciência
Joseph Mengele e os horrores da medicina nazista. A terrível unidade 731, onde o Japão usou chineses como cobaias. Os textes mais extremos feitos em animais. Lobotomia: a barbaridade que rendeu um Prêmio Nobel. Neste livro, você irá conhecer o lado sinistro da ciência.
Todo estudo clínico de uma nova droga precisa passar por quatro ou cinco fases, numeradas de zero a 4. E, mesmo antes disso, estudos pré-clínicos, feitos em células cultivadas em laboratório (os testes in vitro) e em animais (os in vivo), precisam ter demonstrado que a substância pode realmente trazer benefícios.

Livro – Marx Estava Certo?



Marx pode ter errado sobre o comunismo, mas estava certo sobre o capitalismo, diz Gray
Como efeito colateral da crise financeira, mais e mais pessoas estão começando a pensar que Karl Marx estava certo. O grande filósofo, economista e revolucionário alemão do século 19 acreditava que o capitalismo era radicalmente instável.
Ele tem uma tendência intrínseca de produzir avanços e fracassos cada vez maiores, e no longo prazo, ele estava destinado a se autodestruir.
Marx saudava a autodestruição do capitalismo. Ele era confiante que uma revolução popular ocorreria e daria origem um sistema comunista que seria mais produtivo e muito mais humano.
Marx estava errado sobre o comunismo. Aquilo sobre o que ele estava profeticamente certo era a sua compreensão da revolução do capitalismo. Não era somente a instabilidade endêmica do capitalismo que ele compreendia, embora neste sentido ele fosse muito mais perspicaz do que a maioria dos economistas da sua época e da nossa.
Mais profundamente, Marx compreendeu como o capitalismo destrói a sua própria base social – o meio de vida da classe média. A terminologia marxista de burguês e proletário tem um tom arcaico.
Mas quando ele argumentava que o capitalismo iria arrastar as classes médias a algo parecido com a existência precária dos sobrecarregados trabalhadores de sua época, Marx previu uma mudança na maneira como vivemos à qual só agora estamos lutando para nos adaptarmos.
Ele via o capitalismo como o sistema econômico mais revolucionário da história, e não pode haver dúvida de que ele se diferencia daqueles que vieram antes dele.
Os caçadores e coletores persistiram nesta forma de vida por milhares de anos, enquanto as culturas escravagistas permaneceram assim por quase o mesmo tempo, e as sociedades feudais sobreviveram por muitos séculos. Em contraste, o capitalismo transforma tudo que ele toca.
Não são só as marcas que estão mudando constantemente. As empresas e as indústrias são criadas e destruídas em um fluxo incessante de inovação, enquanto as relações humanas são dissolvidas e reinventadas em novas formas.
O capitalismo foi descrito como um processo de destruição criativa, e ninguém pode negar que ele foi prodigiosamente produtivo. Praticamente qualquer um que esteja vivo na Grã-Bretanha hoje tem uma renda real maior do que eles teriam se o capitalismo nunca tivesse existido.

Retorno negativo
O problema é que entre as coisas que foram destruídas no processo está o estilo de vida do qual o capitalismo dependia no passado.
Defensores do capitalismo argumentam que ele oferece a todos os benefícios que, na época de Marx, eram desfrutados somente pela burguesia, a classe média estabelecida que possuía capital e tinha um razoável nível de segurança e liberdade em suas vidas.
No capitalismo do século 19, a maioria das pessoas não tinha nada. Elas viviam de vender o seu trabalho, e quando os mercados entravam em queda, eles enfrentavam tempos difíceis. Mas à medida que o capitalismo evolui, seus defensores dizem, um número crescente de pessoas pode se beneficiar dele.
Na verdade, na Grã-Bretanha, nos EUA e em muitos outros países desenvolvidos nos últimos 20 ou 30 anos, o contrário vem ocorrendo. A segurança do emprego não existe, as atividades e as profissões do passado em grande parte acabaram e as carreiras que duram uma vida inteira são meramente lembranças.
Se as pessoas têm qualquer riqueza, isto está nas suas casas, mas os preços dos imóveis nem sempre crescem. Quando o crédito fica restrito como agora, eles podem ficar estagnados por anos. Uma minoria cada vez menor pode contar com uma pensão com a qual pode viver confortavelmente, e não são muitos os que tem economias significativas.
Mais e mais pessoas vivem um dia de cada vez, com pouca noção do que o futuro pode reservar. AS pessoas da classe média costumavam imaginar as suas vidas desdobradas em uma progressão ordenada. Mas não é mais possível olhar para uma vida como uma sucessão de estágios em que cada um é um passo dado a partir do último.
No processo da destruição criativa, a escada foi afastada, e para um número cada vez maior de pessoas, uma existência de classe média não é mais sequer uma aspiração.

Assumindo riscos
Enquanto o capitalismo avançava, ele devolveu as pessoas a uma nova versão da existência precária do proletariado de Marx. As nossas rendas são muito maiores, e em algum grau nós estamos protegidos contra os choques por aquilo que resta do Estado de bem-estar social do pós-guerra.
Mas nós temos muito pouco controle efetivo sobre o curso das nossas vidas, e a incerteza na qual vivemos está sendo piorada pelas políticas voltadas para lidar com a crise financeira.
As taxas de juros a zero em meio a preços crescentes querem dizer que as pessoas estão tendo um retorno negativo de seu dinheiro, e ao longo do tempo o seu capital está se erodindo.
A situação de muitas das pessoas mais jovens é ainda pior. Para adquirir os talentos de que precisa, a pessoa tem de se endividar. Já que em algum ponto será necessário se reciclar, é preciso tentar economizar, mas se a pessoa está endividada desde o começo, esta é a última coisa que ela poderá fazer.
Não importa a sua idade, a perspectiva que a maioria das pessoas enfrenta é de uma vida de insegurança.
Ao mesmo tempo em que privou as pessoas da segurança da vida burguesa, o capitalismo criou o tipo de pessoa que vive a obsoleta vida burguesa. Nos anos 80, havia muita conversa sobre valores vitorianos, e propagandistas do livre mercado costumavam argumentar que ele traria de volta para nós os íntegros valores de outrora.
Para muitos, as mulheres e os pobres, por exemplo, estes valores vitorianos podem ser bastante ilógicos em seus efeitos. Mas o fato mais importante é que o livre mercado funciona para corroer as virtudes que mantêm a vida burguesa.
Quando as economias estão se perdendo, ser econômico pode ser o caminho para a ruína. É a pessoa que toma pesados empréstimos e não tem medo de declarar a insolvência que sobrevive e consegue prosperar.
Quando o mercado de trabalho está altamente volátil, não são aqueles que se mantém obedientemente fiéis a sua tarefa que são bem-sucedidos, e sim as pessoas que estão sempre prontas para tentar algo novo e que parece mais promissor.
Em uma sociedade que está sendo continuamente transformada pelas forças do mercado, os valores tradicionais são disfuncionais, e qualquer um que tentar viver com base neles está arriscado a acabar no ferro-velho.

Vasta riqueza
Olhando para um futuro no qual o mercado permeia cada canto da vida, Marx escreveu no ‘Manifesto Comunista’: “Tudo que é sólido se desmancha no ar”. Para alguém que vivia na Grã-Bretanha no início do período vitoriano – o Manifesto foi publicado em 1848 -, isto era uma observação incrivelmente perspicaz.
Naquela época, nada parecia mais sólido que a sociedade às margens daquela em que Marx vivia. Um século e meio depois, nos encontramos no mundo que ele previu, onde a vida de todo mundo é experimental e provisória, e a ruína súbita pode ocorrer a qualquer momento.
O capitalismo levou a uma revolução, mas não a que Marx esperava. O feroz pensador alemão odiava a vida burguesa e queria que o comunismo a destruísse. E assim como ele previu, o mundo burguês foi destruído.
Mas não foi o comunismo que conseguiu esta proeza. Foi o capitalismo que eliminou a burguesia.

Pesquisadores encontram livros envenenados em biblioteca universitária


livro envenenado
Alguns deve se lembrar do livro letal de Aristóteles que tem um papel importante na premissa da obra O Nome da Rosa, de Umberto Eco. Envenenado por um monge beniditino louco, o livro dá início ao caos no monastério italiano do século 14, matando todos os leitores que lambem seus dedos antes de virar as páginas tóxicas. Algo do tipo poderia acontecer na realidade?

Nossa pesquisa indica que sim: descobrimos que três livros raros da coleção da biblioteca da Universidade do Sul da Dinamarca contêm grandes concentrações de arsênico em suas capas. Os livros são de vários assuntos históricos e foram publicados entre os séculos 16 e 17.
As características venenosas dos livros foram detectadas por meio de análises de raios-x fluorescente. Essa tecnologia demonstra o espectro químico de um material ao analisar a radiação “secundária” emitida por ele durante uma grande concentração de energia e é bastante utilizada em campos como os da arqueologia e da arte para investigar os elementos químicos de louças e pinturas, por exemplo.
Brilho verde
Levamos esses livros raros para os raios-x porque a biblioteca já tinha descoberto que fragmentos de manuscritos medievais, como cópias da lei romana e da lei canônica, foram utilizados para desenvolver suas capas. É bem documentado que encadernadores dos séculos 16 e 17 costumavam reciclar pergaminhos antigos.
Tentamos identificar os textos usados em latim, ou pelo menos tentar ler parte desses conteúdos. Mas então descobrimos que os textos em latim nas capas dos três volumes eram difíceis de ler por conta de uma camada grossa de tinta verde que escondia as letras antigas. Então os levamos para o laboratório: a ideia era atravessar a camada de tinta usando raios-x fluorescentes e focando nos elementos químicos da tinta que estava por baixo dela, como o ferro e o cálcio, na esperança de que as letras ficassem mais legíveis para os pesquisadores da universidade.
A nossa análise, no entanto, revelou que o pigmento verde da camada era de arsênio. Esse elemento químico está entre as substâncias mais tóxicas do mundo e a exposição a ele pode causar vários sintomas de envenenamento, o desenvolvimento de câncer e até morte.

O arsênio é um metalóide que, na natureza, geralmente é combinado com outros elementos como carbono e hidrogênio. Esse é conhecido como arsênico orgânico. Já o arsênio inorgânico, que pode ocorrer em formas puramente metálicas e em outros compostos, tem variáveis mais perigosas e que não diminuem com o passar do tempo. Dependendo no tipo e duração de exposição, os sintomas do arsênio podem incluir irritação no estômago, no intestino, náusea, diarreia, mudanças na pele e irritação dos pulmões.
Acredita-se que o pigmento verde que contém arsênio seja do tom “verde Paris”, que contém acetoarsênio de cobre. Essa cor também é conhecida como “verde esmeralda” por conta de seus tons verdes deslumbrantes parecidos com o da pedra rara. O pigmento — um pó cristalino — é fácil de fazer e já foi utilizado com vários propósitos, principalmente no século 19. O tamanho dos grãos do pós influenciam o tom das cores, como pode ser visto em tintas a óleo. Grãos maiores produzem um verde mais escuro, enquanto os menores produzem um verde mais claro. O pigmento é conhecido principalmente por sua intensidade de cor e resistência a desaparecer.

Pigmento do passado
A produção industrial do verde Paris começou no início do século 19 na Europa. Pintores impressionistas e pós-impressionistas usavam diferentes versões do pigmento para criar suas vívidas obras de arte. Isso significa que muitas peças de museu hoje contêm o veneno. Em seu auge, todos os tipos de materiais, até capas de livros e roupas, podiam receber uma camada do verde Paris por razões estéticas. O contato contínuo com a substância, é claro, levava a pele dos envolvidos a desenvolver alguns dos sintomas de exposição abordados acima.
Mas na segunda metade do século 19, os efeitos tóxicos da substância eram mais conhecidos, e as variáveis de arsênio pararam de ser utilizadas como pigmentos e passaram a ser usadas mais em pesticidas em plantações. Outros pigmentos foram encontrados para substituir o verde Paris em pinturas e na indústria têxtil. No meio do século 20, o uso da substância em fazendas também foi diminuindo.
No caso dos nossos livros, o pigmento não foi utilizado por motivos estéticos. Uma explicação plausível para a aplicação — possivelmente no século 19 — da substância em livros velhos é para protegê-los de insetos e vermes. Em algumas circunstâncias, compostos de arsênio podem ser transformados em um tipo de gás venenoso com cheio de alho. Há histórias sombrias de papeis de parede vitorianos verdes acabando com a vida de crianças em seus quartos.

Agora, a biblioteca guarda nossos três volumes venenosos em caixas separadas em cabines ventiladas. Também planejamos em digitalizá-los para minimizar o contato físico. Ninguém espera que um livro contenha uma substância venenosa, mas isso pode acontecer.

Livro – Mundo do Cão


filhote-dalmata-macho
“Só falta falar” é a frase favorita dos donos de cachorro. Pois o escritor francês Roger Grenier descobriu que os cães falam, ao seu modo. Pelo menos, encontraram grandes porta-vozes em figurões históricos, como Napoleão, ou em filósofos, como Schopenhauer. O cão é sobretudo o melhor amigo do escritor. Jack London, Baudelaire, Rilke, Gide e Thomas Mann são alguns dos autores lembrados em Da Dificuldade de Ser Cão (Companhia das Letras), coletânea de anedotas canino-literárias. Grenier reuniu essas histórias com afeto e sem método. Como quem leva o cão para passear.

Recordes Insólitos do Guiness


Guiness 2019
O Livro de Recordes do Guinness celebra mais um ano e traz consigo mais um conjunto de recordistas. Na edição de 2019 pode encontrar-se desde o homem com mais modificações corporais, mais precisamente 516, um repetente que já tinha sido eleito o homem com mais piercings em 2010, ao gato que consegue equilibrar mais dados numa só pata.
A estes recordes pouco comuns a que o Guinness nos tem habituado ao longo dos anos, junta-se Ash Randall, um britânico que foi considerado a pessoa que conseguiu controlar uma bola de futebol, com a sola dos pés, durante mais tempo, em cima do tejadilho de um carro em movimento – num total de 93 segundos.
Segue-se Josh Horton, que conseguiu balançar uma guitarra na cabeça durante 7 minutos e 3,9 segundos e a estudante de arte Elizabeth Bond que conseguiu criar as maiores agulhas de tricot do mundo, com 4,42 metros de comprimento cada uma.
No campo alimentar e em apenas um minuto, o irlandês Barry John Crows consegue fazer 78 salsichas e Kevin Strahle consegue comer nove donuts açucarados.
E como a idade é só um número, aos 85 anos Betty Goedhart é a trapezista mais velha do mundo – depois de ter começado a ter aulas aos 78 – e SumiRock a DJ mais velha, com 83.
A alemã Dunja Kuhn conseguiu ter 59 arcos hula-hoop a rodopiar em várias partes do corpo ao mesmo tempo e Mirko Hansen, do mesmo país, conseguiu fazer o melhor tempo a percorrer 50 metros a patinar com as mãos.
Mas nem só as pessoas bateram recordes, como o gato acima já fazia adivinhar. Jessica e a sua humana, Rachael Grylls, saltaram 59 vezes à corda juntas, o maior número de vezes registado entre uma pessoa e um cão juntos. Ainda no que a patudos diz respeito, Feather, uma cadela norte-americana conseguiu saltar a uma altura de 191,7 centímetros.

Psicologia – Pioneiro e Ilustre Desconhecido


James william
William James (1842-1910) foi um filósofo americano e pioneiro da Psicologia em 1875. Montou um laboratório na Universidade de Harvard e sua obra Princípios de Psicologia de 1890 é um dos poucos clássicos da disciplina.
Ele foi o primeiro intelectual a oferecer um curso de psicologia nos Estados Unidos. James foi um dos principais pensadores do final do século XIX e é considerado por muitos como um dos filósofos mais influentes da história dos Estados Unidos enquanto outros o rotularam de “pai da psicologia americana”
untamente com Charles Sanders Peirce e John Dewey, James é considerado uma das principais figuras associadas à escola filosófica conhecida como pragmatismo, e também é citado como um dos fundadores da psicologia funcional. Uma análise da da Psicologia Geral, publicada em 2002, classificou James como o 14º mais eminente psicólogo do século XX. Uma pesquisa publicada no American Psychologist em 1991 classificou a reputação de James em segundo lugar, atrás apens de Wilhelm Wundt, que é amplamente considerado o fundador da psicologia experimental. James também desenvolveu a perspectiva filosófica conhecida como empirismo radical. O trabalho de James influenciou intelectuais como Émile Durkheim, Edmund Husserl, Bertrand Russell, Ludwig Wittgenstein, Hilary Putnam e Richard Rorty, e até presidentes, como Jimmy Carter.
Nascido em uma família rica, James era filho do teólogo de Swedenborgian Henry James Sr. e irmão do famoso romancista Henry James. James inicialmente estudou medicina, mas nunca exerceu a profissão. Em vez disso, descobriu que seus verdadeiros interesses estavam na filosofia e na psicologia. James escreveu amplamente sobre muitos tópicos, incluindo epistemologia, educação, metafísica, psicologia, religião e misticismo. Entre seus livros mais influentes estão: Os princípios da psicologia, que foi um texto inovador no campo da psicologia; Essays in Radical Empiricism, um importante texto em filosofia; e As Variedades da Experiência Religiosa, onde James investiga diferentes formas de experiência religiosa, incluindo teorias sobre a cura de patologias mentais.
Em 1864, James decidiu ingressar o curso de medicina, na Harvard Medical School. Foi nesse período que ele começou a estudar teologia. Ele interrompeu seus estudos durante parte de 1865 para se juntar ao zoólogo e geólogo suíço Louis Agassiz numa expedição científica (Expedição Thayer) no Brasil. Permaneceu oito meses no país, principalmente no Rio de Janeiro e na Amazônia, inclusive rascunhou um diário e produziu diversos desenhos de cenas da expedição, que expressam uma consciência crítica e um distanciamento moral da ideia colonialista que a norteava. Teve de interromper sua viagem após sentir forte enjoo e contrair varíola.

Seus estudos foram interrompidos mais uma vez devido a doenças em abril de 1867. Ele viajou à Alemanha em busca de uma cura, onde ficou até novembro de 1868. Esse período marcou o início de sua produção literária, com alguns de seus artigos aparecendo em publicações especializadas. James completou o curso de medicina em Junho de 1869, mas nunca praticou essa profissão. Ele se casou com Alice Gibbens em 1878.
Durante seus anos em Harvard, James se juntou a discussões filosóficas com Charles Sanders Peirce, Oliver Wendell Holmes e Chauncey Wright, que evoluíram em um animado grupo conhecido como o Clube Metafísico, em 1872. Louis Menand, em seu livro sobre o assunto, especula que o Clube estabeleceu os fundamentos para o pensamento intelectual norte-americano por décadas.

Em 1882 ele começou a ser um notório pesquisador científico da paranormalidade, se associando a recém fundada inglesa Society for Psychical Research, organização que o influenciou a fundar em 1885 a American Society for Psychical Research. Durante duas décadas estudou a médium Leonora Piper, junto a cientistas das duas organizações. Em 1896, um discurso no qual ele descreveu Piper como uma paranormal autêntica chegou a ser publicado pela revista Science.
Em 1890, após 12 anos de escrita, William James publicou o livro Princípios de Psicologia, uma obra pioneira que combinava elementos de filosofia, fisiologia e psicologia. O livro abordou temas diversos como o fluxo de consciência (conceito introduzido por James), a vontade e as emoções. Embora inclua diferentes abordagens e métodos, James (influenciado por contemporâneos como Wilhelm Wundt e Gustav Theodor Fechner) declarou que Princípios de Psicologia é uma obra derivada do método da introspecção. Assim, o autor utiliza diferentes experiências próprias para ilustrar conceitos psicológicos, como a atenção e a consciência.

Um dos capítulos mais influentes dessa obra diz respeito às emoções. Nele, James expõe sua teoria – também associada a Carl Lange – que as emoções são conseqüências, e não causas, das reações fisiológicas associadas a ela: “O senso comum diz, nós perdemos algo, ficamos tristes e choramos; nós encontramos um urso, nos assustamos e corremos; somos insultados por um rival, ficamos bravos e atacamos. A hipótese a ser defendida aqui é que essa sequência está incorreta… que nós nos sentimos tristes porque choramos, bravos porque atacamos, e com medo porque trememos”. James defendia que é conceitualmente impossível imaginar uma emoção como a culpa sem suas claras consequências fisiológicas, como as lágrimas, dores no peito e falta de ar.

Pragmatismo
A perspectiva filosófica exposta em Pragmatismo, de 1907, postula que as teorias científicas e filosóficas devem ser usadas como instrumentos a serem julgados por seus resultados ou fins. James argumenta que todas as teorias são apenas aproximações da realidade, e que portanto seria um erro considerá-las apenas por sua própria coerência interna. O autor argumenta que essa busca por coerência seria a posição racionalista, em que a busca de princípios e categorias platônicas se sobrepõe aos fatos e aos resultados. Em contraponto, James sugere que a veracidade de uma ideia deve ser considerada em um sentido instrumental, analisando os resultados produzidos por sua adoção.

Uma das consequências dessa visão utilitária da verdade é que fenômenos como a religião, que para James são ideias úteis, deveriam ser considerados verdadeiros se mostrassem bons resultados: “em princípios pragmáticos, se a hipótese de Deus funciona satisfatoriamente no sentido mais amplo da palavra, ela é verdadeira”. A filosofia do pragmatismo é, para James, um meio-termo entre o racionalismo e o empiricismo, sendo uma perspectiva aberta à investigação de qualquer hipótese, desde que essa seja capaz de se mostrar concretamente útil. A perspectiva pragmatista de James teve grande influência para o movimento funcionalista da psicologia.

Dica de Livro – O Rastro da Bruxa: História da aviação brasileira através de seus acidentes: 1928-1996


rastro da Bruxa
O acidente com o voo 1907, no dia 29 de setembro de 2006, mostrou mais uma vez o quanto desastres aéreos envolvendo aviões de passageiros nos mobilizam: plantões nos telejornais, reportagens especiais, manchetes em toda a mídia, e nós acompanhando passo a passo o desenrolar das investigações. Somos informados de que uma comissão apontará as causas do acidente. O tempo passa e temos a impressão de que mesmo as tragédias caem no esquecimento.
O livro do comandante Carlos Germano ensina que acidentes aéreos não são fatalidades – são gestados ao longo do tempo por problemas latentes do sistema que, em determinadas circunstâncias, se alinham à espera de uma falha operacional que os desencadeie. Ao rever a história dos acidentes aéreos brasileiros, o autor nos conforta ao mostrar que nenhuma dessas tragédias passa em branco. A análise minuciosa de cada uma delas contribui de forma decisiva para melhorar o nível de segurança dos nossos vôos.
O livro merecia um glossário para ajudar os leigos a acompanhar essa história.

Dica de Livro – Os Gênios Também Erram


erro de Einstein
Nas salas de aula, os professores de ciência ensinam que Albert Einstein e Charles Darwin são gênios incontestáveis. Nada mais justo. O primeiro decifrou a expansão do universo, e o segundo escancarou o parentesco entre homens e macacos. Mas o caminho que levou a essas descobertas não foi pavimentado apenas com acertos. Houve erros, e não foram poucos. É sobre eles que se debruça o astrofísico e escritor romeno Mario Livio no recém-lançado livro “Brilliant Blunders” (“Erros Geniais”, em tradução livre, com lançamento em maio de 2014 no Brasil).
Além de apontar os equívocos, o livro deixa claro o quanto a evolução científica não é necessariamente uma progressão linear do pensamento, em que um cientista passa o bastão para o seguinte. Darwin foi brilhante em desenvolver a teoria da seleção natural, mas não enxergou as repercussões dela sobre as regras da hereditariedade aceitas em sua época. “Mas isso levou outros cientistas a reescreverem completamente essas normas, levando às nossas noções modernas de genes”, diz a física e jornalista Marcia Bartusiak, professora de redação científica do Instituto de Tecnologia de Massachusetts (MIT).
Assim como no exemplo de Darwin, muitos equívocos forçaram outros pensadores a corrigir ou redirecionar ideias. Linus Pauling desenvolveu um modelo de DNA (ácido desoxirribonucleico) errado na essência, já que a estrutura pensada pelo cientista não era a de um ácido. “Os outros pensaram: ‘Como o maior químico do mundo poderia estar errado?’”, diz Marcia. Dois cientistas muito mais jovens, James Watson e Francis Crick, não só tinham certeza do erro como se apressaram e chegaram à descrição de DNA.
Um exemplo curioso de erro que não estava “tão errado” assim diz respeito a Einstein. Quando o cientista formulou a Teoria da Relatividade, as equações que desenvolveu só fariam sentido se o universo estivesse se expandindo ou se contraindo, mas os cientistas da época acreditavam que o cosmo era estável. Para “consertar” a teoria, o físico adicionou às equações uma constante cosmológica. Astrônomos descobriram que o cosmo não estava estático, mas se expandindo. Einstein baniu a constante e a chamou de seu maior erro. Contudo, outros cientistas reabilitaram-na, já que ela poderia explicar a “energia escura”, força hipotética que estaria acelerando a expansão do universo.
Outro ponto sobre o qual “Brilliant Blunders” joga luz é o fato de algumas dessas mentes brilhantes serem cabeças-duras na hora de admitir os erros. Exemplos são William Thomson, conhecido como Lord Kelvin, e Fred Hoyle. Mesmo diante de evidências de que estavam errados (Kelvin com o cálculo da idade da Terra e Hoyle com a sua teoria furada sobre o universo), eles se recusaram a admitir o lapso. Os acertos posteriores em suas carreiras deram um lustro na imagem que eles deixaram no panteão do conhecimento humano. Os erros flagrados no livro não diminuem a importância desses gênios. Mostram apenas que a ciência é um empreendimento humano e, como tal, sujeito às nossas fraquezas.

kelvin

linus pauling

Dica de Livro – A China Antes e Depois de Mao Tse Tung


China C Rossi
Trechos do ☻Mega Foram Usados Para Escrever o Livro
Este livro junta artigos de Ernest Mandel, S. Wu, Carlos Rossi, Pierre Rousset, Roland Lew acerca da evolução da Revolução Chinesa.
O crescimento demográfico aliado aos fenômenos de urbanização, industrialização e disseminação dos padrões de consumo das nações mais desenvolvidas em direção às nações menos desenvolvidas tem exacerbado o conflito redistributivo em nível mundial. A globalização da economia e a monopolização dos mecanismos de mercado como forma de alocação de recursos e decisão sobre o que produzir e consumir expõe as enormes contradições abrigadas dentro do sistema via os impactos ambientais e o preço das “commodities” agrícolas e minerais, aí incluso o petróleo.
Quando Mao Tsé-tung morreu, em 1976, a China era um país rural de 1 bilhão de habitantes, pobre, quase paupérrimo, com 85% de sua população vivendo no campo numa economia de subsistência, com uma parca dieta vegetal, sem meios de transporte além de pernas, bicicletas e de seus animais.
A maior fonte de energia disponível era primária, tirada deles próprios ou da natureza sem nenhuma sofisticação industrial. A infraestrutura de energia e transporte era quase inexistente para o tamanho de sua população, e os padrões de consumo, tão frugais que seria impossível a um ocidental imaginar como eles podiam viver daquela maneira. O sonho de consumo de um chinês era um rádio e uma bicicleta, e a moda, ano após ano, eram os indefectíveis terninhos tipo Mao, com o mesmo design e cores, distribuídas duas ou três peças por habitante. Tudo era racionado, da comida ao sabonete. Os níveis de consumo da China, principalmente de alimentos, beiravam o limite da sobrevivência, daí a grande criatividade dos chineses nos ingredientes de sua culinária, principalmente no que tange a proteína animal.
O impacto da China no mercado mundial de commodities agrícolas, minerais e energia era zero, assim como seu impacto no mercado de bens industrializados. Embora já dispusesse de um razoável poderio militar e inclusive detentora de bombas nucleares, do ponto de vista do impacto econômico no mundo e pressão sobre recursos naturais e emissão de poluentes, tudo se passava como se a China e suas centenas de milhões de habitantes não existissem! Era um enorme ponto no mapa mundial despertando mais curiosidade do que qualquer preocupação. A China de Mao, em 1976, não era muito diferente da China vista por Marco Polo ao final do século 13 ou por Lorde MacCartney ao final do século 18. A China era um imenso país igualitário, vivendo na pobreza absoluta.
Em 2012, apenas 36 anos depois, a China de Hu Jintao, em termos mundiais, era a segunda maior economia, a primeira nação industrial e maior exportador de bens industriais. O país é hoje o maior produtor e consumidor mundial de aço, alumínio, cimento, automóveis, eletrodomésticos, computadores, roupas, sapatos, para nomear alguns itens. Maior consumidor mundial de alimentos, energia e commodities minerais. Nesse curto espaço de tempo, a China deixou de ser uma bucólica nação agrícola e rural para se tornar uma nação industrializada, quase urbana com mais de 50% de sua população vivendo nas cidades.
Nossa civilização ocidental desenvolveu um modelo econômico baseado na abundância relativa, isto é, os recursos do mundo são para todos e devem ser comercializados livremente pelas forças de mercado, mas os padrões de vida e consumo, não. Assim caberá a algumas nações e povos trabalharem mais e fornecerem os recursos. E a outras consumirem. Umas viverão na abundância e outras na penúria! Parafraseando Clausewitz, que dizia que “a guerra é continuação da política sob outros meios”, atrevo a dizer que “a globalização dentro da visão ocidental é a continuação do colonialismo e da escravidão sob outras formas”.

Depois de séculos de exploração colonial, a pregação pela abertura comercial e dos benefícios da economia de mercado, propagados à exaustão pelas nações abastadas do centro como modelo a ser seguido pelas nações pobres da periferia, parece não estar resistindo a seu grande teste que é o crescimento chinês. Imaginem se os demais 4,7 bilhões da população mundial seguirem o mesmo caminho da China! O crescimento acelerado da China era tudo que as nações ocidentais não sabiam que não queriam!

mao tse tung

Literatura Clássica – Os três Mosqueteiros


os 3 mosqueteiros
Romance histórico escrito pelo francês Alexandre Dumas. Inicialmente publicado como folhetim no jornal Le Siècle de março a julho de 1844, foi posteriormente lançado como livro, ainda em 1844, pelas Edições Baudry, e reeditado em 1846 por J. B. Fellens e L. P. Dufour com ilustrações de Vivant Beaucé.
É o volume inicial de uma trilogia, com base nos importantes fatos do século XVII francês: dos reinados dos reis Luís XIII e Luís XIV e da Regência que se instaurou entre os dois governos.
O título previsto inicialmente seria “Athos, Porthos e Aramis”, mas foi alterado para “Os Três Mosqueteiros” por sugestão de Desnoyers, encarregado da secção de folhetins do “Siècle”, para quem o título evocava aos leitores as três Moiras da mitologia grega (Parcas, na mitologia romana). Dumas aceitou este último título notando que seu absurdo (já que seus heróis são ao todo quatro) contribuiria para o sucesso da obra
Este livro conta a história de um jovem de 18 anos, proveniente da Gasconha, D’Artagnan, que vai a Paris buscando se tornar membro do corpo de elite dos guardas do rei, os mosqueteiros do Rei. Chegando lá, após acontecimentos similares, ele conhece três mosqueteiros chamados “os inseparáveis”: Athos, Porthos e Aramis. Juntos, os quatro enfrentaram grandes aventuras a serviço do rei da França, Luís XIII, e principalmente, da rainha, Ana de Áustria.
Encontraram seus inimigos, o Cardeal Richelieu e os seus guardas, além de Milady, uma bela mulher à serviço de Richelieu, que já foi casada com Athos. Essa lista também inclui os huguenotes e os ingleses, inimigos da Coroa francesa.
Com seus numerosos combates e suas reviravoltas romanescas, “Os Três Mosqueteiros” é o exemplo típico do romance de capa-e-espada.
Na primeira segunda-feira do mês de abril de 1625, o burgo de Meung vê o jovem d’Artagnan, que pretende entrar para a companhia dos Mosqueteiros do Rei, ser humilhado por dois desconhecidos, na verdade agentes do Cardeal Richelieu: Rochefort e Milady de Winter. Rochefort lhe confisca uma carta de recomendação escrita por seu pai para Monsieur de Tréville, capitão dos Mosqueteiros do Rei. Já em Paris, mesmo sem a carta, d’Artagnan apresenta-se ao M. de Tréville, que não pode lhe prometer um lugar na companhia. Saindo da entrevista, em perseguição a Rochefort, Rostad Lok que havia reconhecido da janela, d’Artagnan provoca contra sua vontade três mosqueteiros para um duelo, ao esbarrar no ombro de Athos, ao se enrodilhar no boldrié de Porthos e ao apanhar do chão um lenço que comprometia Aramis.
O herói de “Os Três Mosqueteiros” é baseado no personagem histórico Charles de Batz de Castelmore d’Artagnan do regimento de Luís XIII de França: os “Cadetes da Gasconha”. Seu nome é citado em memórias e correspondências da época, notadamente nas de Madame de Sévigné. Alexandre Dumas dispunha como fonte das “Memórias de M. D’Artagnan” de Gatien de Courtilz de Sandras redigidas em 1700, 27 anos após a morte de d’Artagnan[2]. Dumas pinça daí uma grande quantidade de detalhes que reescreve dentro de seu estilo bastante pessoal.
O projeto deste livro que dá origem à trilogia sobre d’Artagnan e os Três Mosqueteiros é originalmente uma idéia de Auguste Maquet, constante colaborador de Dumas, que o ajuda na redação do romance.
As memórias da época em que ocorrem os eventos abordados pelo livro lhes fornecem um manancial de intrigas, notadamente no episódio dos ferretes da rainha que é narrado, por exemplo, por La Rochefoucauld no primeiro capítulo de suas “Memórias”.

Livro – Breve História de Quase Tudo


Breve Historia de Quase Tudo
Um inventário de tudo o que sabemos sobre o mundo, da origem do universo até os dias de hoje, explicado de maneira clara até para o leitor de primeira viagem. Vencedor do prêmio Aventis 2004, o livro teve os direitos de publicação negociados em 29 países e vendeu mais de 2 milhões de exemplares na Inglaterra.
Ao constatar que ignorava o porquê dos oceanos serem salgados, o renomado escritor e cronista Bill Bryson percebeu, com certo desagrado, que tinha pouquíssimo conhecimento sobre o planeta em que vivia. A indagação o propeliu à tarefa épica de entender – e explicar – tudo o que sabemos sobre o mundo.
Bryson parte da origem do universo e segue até os dias de hoje, tratando de assuntos relacionados à física, geologia, paleontologia e todas as outras disciplinas que considerava “maçantes” na escola. Antítese do texto didático tradicional, sua prosa foge dos jargões técnicos sem nunca abrir mão da profundidade. A preocupação do autor está em entender como os cientistas realizam suas descobertas. Para compilar esta Breve história de quase tudo, Bryson consultou dezenas de obras e pesquisadores e montou o que pode ser considerado um delicioso guia de viagens pela ciência.

“Um clássico moderno da escrita científica.” – The New York Times

“Um diário de viagem pela ciência, escrito por um guia inteligente, engajado e bem-informado, que ama o assunto e está louco para dividir esse prazer” – The Times

Título original: A SHORT HISTORY OF NEARLY EVERYTHING
Capa: Kiko Farkas / Máquina Estúdio
Elisa Cardoso/ Máquina Estúdio
Páginas: 544
Formato: 16.00 x 23.00 cm
Peso: 0.833 kg
Acabamento: Brochura
Lançamento: 01/12/2005
ISBN: 9788535907247
Selo: Companhia das Letras

Livros do século 19 podem ser levados pra casa em biblioteca da Assembleia Legislativa


livros
Andar entre os estreitos corredores da biblioteca do terceiro andar da Alesp (Assembleia Legislativa do Estado de São Paulo) é uma pequena viagem no tempo. Nas prateleiras, há volumes com mais de cem anos, como a série “Costumes, Usos e Trajos de Todos os Povos do Mundo”, de Augusto Wahlen, em edição de 1878. No corredor ao lado, há um conjunto com a obra completa de Shakespeare (1564-1616) impressa em Paris, em 1904.
Outra coleção de destaque por lá é a Brasiliana, série de cerca de 400 livros publicados a partir de 1930 que traz estudos e visões sobre o Brasil a partir de várias áreas do conhecimento, como história e biologia.
Antes restrito aos funcionários da Alesp e a pedidos de empréstimo de outras instituições, esse acervo pode ser consultado e emprestado por qualquer pessoa desde o começo deste mês. O cadastro exige RG e comprovante de endereço e permite levar até três livros por vez, com devolução em 15 dias.
A maior parte dos 9.000 volumes trata das várias áreas do direito. “Temos projetos de lei e discursos feitos desde o tempo do Império, alguns deles anotados à mão”, diz o deputado Cauê Macris (PSDB), presidente da Alesp, que busca atrair mais público para a casa, sediada no Palácio 9 de Julho, edifício de 1948, em frente ao parque Ibirapuera. “Queremos que as pessoas não venham apenas para os debates, mas que usem mais o prédio.”
Outra prateleira que vale prestar atenção é a que contém volumes sobre a história paulista, com livros escritos em várias décadas. Lá estão os volumes publicados nos anos 1920 pelo historiador Affonso d’Escragnole Taunay (1876-1958) e também o recente “A Capital da Solidão”, de Roberto Pompeu de Toledo.
Além da biblioteca, a instituição também abre ao público seu acervo histórico, com cerca de 150 mil fotografias e outros milhares de itens, como medalhas, mapas e cartas.
Uma delas, de 1901, veio de Paris. Santos Dumont (1873-1932) escrevia ao então Congresso de São Paulo para contar as novidades de seus planos de voar.

Livros de Destaque
Série “Costumes, Usos e Trajos de Todos os Povos do Mundo”, de Augusto Wahlen, de 1878.
Obras Completas de William Shakespeare, em francês, editadas em 1904.
“São Paulo nos Primeiros Anos”, de Affonso d’Escragnole Taunay, em edição da década de 1920.
Coleção Brasiliana, com mais de 300 volumes publicados a partir de 1930.
“História dos Bairros de São Paulo”, série publicada em 1988.

Livro – A noite em que a Força Aérea Brasileira caçou um ovni


Extraterrestres-Salvador-Nogueira
Era uma noite estrelada, em 19 de maio de 1986. Às 23h15, chegou a informação de que a torre de controle de São José dos Campos, no interior de São Paulo, havia avistado luzes de cores amarelo, verde e laranja se deslocando sobre a cidade. Ao mesmo tempo, sinais foram detectados no radar em solo. O primeiro a observar o fenômeno foi o coronel Ozires Silva, então recém-nomeado presidente da Petrobras (antes, tinha comandado a Embraer). Ele estava a bordo do avião Xingu PT-MBZ e viu uma dessas luzes. “A visibilidade era uma beleza. Uma noite toda estrelada, típica do mês de maio. E entre as estrelas eu vi um clarão, um objeto ovalado. Parecia um astro. A diferença é que astro não aparece no radar”, disse o fundador da Embraer numa entrevista. “Voei na direção dele. E, enquanto me aproximava, ele começou a desaparecer.”

Às 0h39, foi acionada a aeronave de alerta da defesa da Base Aérea de Santa Cruz, no Rio de Janeiro. O jato de caça partiu rumo a São José dos Campos, guiado pela detecção de sinais intermitentes no radar da torre de controle. A uma altitude de 5.200 metros, o piloto avistou uma luz branca abaixo de seu nível de voo. Posteriormente o objeto foi subindo e se posicionou 10 graus acima da aeronave de interceptação. Ambos começaram a aumentar a altitude, e o caça o perseguiu até os 10 mil metros. No trajeto, a luz por um momento mudou de branca para vermelha, depois verde e novamente branca, permanecendo nessa cor. O radar do caça detectou o objeto, que indicava estar de 10 a 12 milhas de distância (16 a 18,2 km), voando na direção do mar.
A perseguição prosseguiu até a aeronave atingir o ponto de não-retorno (que significa que não haveria combustível suficiente para voltar à base de origem). Como não houve aproximação efetiva, decidiu-se pelo fim da caça. Menos de 30 minutos depois, detecções de eco de radar começaram a ser feitas sobre a região de Anápolis, Goiás. Os sinais de radar eram mais confiáveis, davam direção e velocidade de deslocamento dos objetos. À 1h48, um segundo caça, dessa vez partindo da Base Aérea de Anápolis, subiu aos céus para investigar. O piloto chegou a obter contato pelo radar da sua aeronave, mas não conseguiu ver nada. Parecia uma perseguição absolutamente desleal. Enquanto o jato voava como um avião, em velocidade supersônica, o objeto tinha um nível de agilidade incompatível com aeronaves terrestres. Voava em zigue-zague, ora se aproximava, ora se afastava, mesmo estando mais rápido que o caça. Por fim, ao perder contato por radar, o avião retornou à base. Em compensação, no Rio de Janeiro, a mobilização continuava. Um segundo caça decolou à 1h50 na direção de São José dos Campos e avistou uma luz vermelha de onde emanava o sinal de radar detectado em solo. Perseguiu-a por alguns minutos, sem conseguir se aproximar, até que ela se apagou.
Simultaneamente, apareceram nada menos que 13 diferentes registros do radar em solo na traseira da aeronave. O piloto fez uma volta de 180 graus para tentar observá-las, mas nenhum contato visual ou com o radar de bordo foi efetuado. Uma segunda e uma terceira aeronaves decolariam de Anápolis, às 2h17 e às 2h36, sem obter qualquer tipo de contato. Os interceptadores lá no Rio foram pousando conforme sua autonomia chegava ao fim. O último recolheu-se à base às 3h30. No resumo do relatório assinado naquele ano pelo brigadeiro-do-ar José Pessoa Cavalcanti de Albuquerque, então comandante interino do Comdabra (Comando de Defesa Aeroespacial Brasileiro), os militares tiram conclusões definitivas. Primeiro, sobre a natureza dos objetos perseguidos e observados, capazes de “produção de ecos radar, não só no sistema de Defesa Aérea, como nos radares de bordo dos interceptadores (…), variação de velocidade de voo subsônico até supersônico, bem como manutenção de voo pairado, variação de altitudes inferiores a 5 mil pés (aproximadamente 1.500 m) até 40 mil pés (aproximadamente 12 mil metros), emissão de luminosidade nas cores branca, verde, vermelho, e outras vezes não apresentando indicação luminosa, capacidade de aceleração e desaceleração de modo brusco, capacidade de efetuar curvas com raios constantes, bem como com raios indefinidos”.
Não é preciso dizer que esse conjunto de qualidades não existe em nenhuma aeronave cujo princípio de operação seja dominado pela ciência terrestre. Da forma cautelosa, como seria peculiar a um documento de origem militar, o relatório termina da seguinte maneira: “Como conclusão dos fatos constantes observados, em quase todas as apresentações, este Comando é de parecer que os fenômenos são sólidos e refletem de certa forma inteligências, pela capacidade de acompanhar e manter distância dos observadores como também voar em formação, não forçosamente tripulados.” Foi a afirmação mais contundente sobre ovnis já feita pela Força Aérea Brasileira.

Trecho do livro Extraterrestres, de Salvador Nogueira.

Livro – A Idade da Razão


idade da razão
É um romance de Jean-Paul Sartre, publicado em 1945. O livro é o primeiro volume da trilogia Os Caminhos da Liberdade (em francês: Les Chemins de la liberté).
O romance, que se passa na Paris boêmia dos anos 30, gira em torno da vida de Mathieu, um professor de filosofia que procura dinheiro para pagar por um aborto para Marcelle, sua amante. Em três dias, vários personagens e suas ações são analisados, e as percepções e observações dos personagens recolhidas para dar ao leitor um retrato detalhado do personagem principal.
A obra mostra claramente a noção existencialista sartreana e o perfil psicológico dos personagens – tomando decisões importantes para suas próprias vidas. Demonstra ainda como a concepção de Sartre sobre liberdade está intrinsecamente ligada à existência humana, sendo o alvo final desta existência.
Enquanto a novela progride, a narrativa do personagem expõe conceitos de Sartre sobre o que significa estar livre e como se opera no âmbito da sociedade com esta filosofia. Este romance é uma representação imaginária de seus trabalhos filosóficos principais (O ser e o nada) onde se alcança a liberdade suprema com o nada, ou, mais precisamente, sendo nada.

Livro – Filósofo britânico ensina o beabá das religiões em 50 verbetes


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Traçar um panorama das religiões do planeta usando apenas 50 verbetes de uma página cada um soa, à primeira vista, como a proverbial missão impossível. A equipe coordenada pelo filósofo britânico Russell Re Manning, no entanto, conseguiu operar esse pequeno milagre, e o resultado funciona como uma bem-vinda introdução ao fenômeno das crenças religiosas.
Com o título um tanto desajeitado “Religião: 50 Conceitos e Crenças Fundamentais Explicados de Forma Clara e Rápida”, o livro organizado por Manning, que é professor da Universidade de Cambridge, poderia ser apenas superficial quando se considera o espaço limitadíssimo concedido a cada crença –afinal de contas, quando se tenta resumir 3.000 anos de judaísmo ou 2.500 anos de budismo com menos de mil palavras, quase tudo parece ter ficado de fora.
Por outro lado, a concisão e a abrangência acabam favorecendo o enfoque comparativo, o que ajuda o leitor a se dar conta de temas comuns, paralelos e influências mútuas entre as diferentes crenças.
Graças a isso, e à organização temática que não é apenas geográfica nem temporal (com seções como “Tradições indígenas”, “Espiritualidades do Oriente”, “Cristianismos pelo mundo” e “Novas religiões”), fica mais fácil perceber o quanto as mais variadas fés, apesar das contradições superficiais do ponto de vista teológico, expressam tendências muito similares e profundamente arraigadas à mente humana.

Golpe na Cultura – Livraria Leitura da avenida Paulista fecha as portas


Mais uma livraria fecha as portas. Desta vez, é a Leitura da avenida Paulista, que já encerrou suas atividades por causa dos altos custos -que envolviam R$ 30 mil só de IPTU- e do baixo retorno.
De acordo com Marcus Carvalho, sócio da rede, a loja custava três vezes mais que filiais em cidades como Teresina e Maceió e vendia menos. A ideia de Carvalho é continuar a abrir lojas em cidades com poucas livrarias. Ele diz que é rentável ser a principal ou segunda principal rede nessas cidades.

Mega Polêmica – Auto Ajuda Funciona?


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Na realidade a pergunta deveria ser, por que não funciona.
Você já se perguntou porque a maioria das pessoas que gostam de ler livros de auto-ajuda não melhoram de vida?
Esse tipo de livro não era para ajudar o leitor a ganhar mais confiança, obter a independência financeira, aprender a se comunicar melhor, etc?
É verdade que existe bastante livros de auto-ajuda por aí que não valem o papel em que são impressos. Isso porque o próprio autor NUNCA conseguiu o resultado que diz ajudar as pessoas ou porque por mais que o autor tenha conseguido obter aquele resultado ele não conseguiu escrever o livro de maneira didática.
Mas existem também diversos livros que além de excelentes também fazem parte da lista dos best-sellers, mesmo assim diversas pessoas possuem esses livros nas prateleiras ou na cabeceira da cama e suas vidas continuam iguais.

Esse é justamente um dos motivos!
Uma pesquisa americana divulgou que menos de 10% da população que compra um livro, lê esse livro após o primeiro capítulo. Dessa forma, não adianta o quão bom é o livro e o quão fácil é a estratégia ensinada pelo autor, se a pessoa não lê, não vai conseguir nenhum benefício através do livro.
Esse é um dos motivos mais óbvios.
Por que poucos desses 10% conseguem algum resultado significativo?
Se apenas ler fosse suficiente era de se esperar que 1 a cada 10 pessoas que leem livros de auto-ajuda fossem bem-sucedidas.

Esse porém não é o caso.
Por anos eu li diversos livros de auto-ajuda para superar os mais diversos objetivos como: Vencer a timidez, melhorar minha comunicação, me tornar financeiramente livre, etc. E por mais que eu tenha lido diversos livros diferentes para cada um desses objetivos até o final, alguns livros que eram recomendados por pessoas extremamente bem-sucedidas e tinha transformado a vida de milhares de pessoas, eu nunca conseguia um progresso significativo, na maioria das vezes, não conseguia progresso nenhum.
Sempre acreditei que se algo funciona para uma pessoa sequer, funciona para qualquer um. Essa crença me fez continuar a ler esse tipo de livros mesmo não obtendo nenhum resultado.
Qual foi o livro que você leu e pensou “Esse conceito é bem legal, gostaria que isso funcionasse comigo” ?
O termo auto ajuda pode ser referir a qualquer caso onde um indivíduo ou um grupo (como um grupo de apoio) procura se aprimorar econômica, espiritual, intelectual ou emocionalmente. O termo costuma ser aplicado como uma panaceia em educação, negócios e psicologia, propagandeada através do lucrativo ramo editorial de livros sobre o assunto. Para quem não sabe Na mitologia grega, Panaceia (ou Panacea em latim) era a deusa da cura. O termo Panacéia também é muito utilizado com o significado de remédio para todos os males.
A melhor solução evidentemente é você procurar alguém que sim sabe como te ajudar não se ajudar com uma leitura,uma vez que evidentemente a interpretação fica por conta de quem o lê e cada um tem uma forma de ver a coisa e entendimento, fica então em credito a analise de cada um e o que cada um ira fazer com suas informações.
Auto Ajuda virou uma religião, uma heresia, e por isto seus livros na tradição medieval, precisariam ser queimados.
Mas não por padres, avós, mestres, mas sim pelos próprios compradores.
Antigamente, o livro de autoajuda mais vendido era o “Como Fazer Amigos e Influenciar Pessoas”, de Dale Carnegie, meno male, pelo menos induzia você sair do seu casulo e conhecer pessoas.
Os mais vendidos de autoajuda hoje são uma tragédia.