11.338 – Astronáutica – Espaçonave russa pode cair na Terra após falha ao entrar em órbita


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O Centro de Controle de Voos Espaciais (CCVE) da Rússia considerou nesta quarta-feira (29 de abril de 2015) como perdida a nave-cargueiro Progress M-27M, lançada na (28) rumo à Estação Espacial Internacional (ISS), embora as tentativas para recuperar o equipamento ainda estivessem em andamento.

O destino da nave ainda é imprevisível: pode cair na Terra ou mesmo queimar durante a reentrada na atmosfera e não causar maiores transtornos. A nave não é tripulada.
“O acoplamento da nave-cargueiro à ISS já não é possível. O importante agora é garantir uma saída mais ou menos controlada da nave de órbita”, disse um analista do CCVE à agência Interfax.
Há um vídeo que mostra imagem gerada pela espaçonave, que está girando sem controle.

Os controladores de voo russos ainda tentam restabelecer a conexão com a nave de carga, mas com poucas possibilidades de sucesso.

O astronauta aposentado Chris Hadfield, que já comandou missões espaciais na ISS, disse pelo Twitter que “é cedo para prever quando [a Progress] entrará na atmosfera”, mas que o acompanhamento será feito de perto pelas agências espaciais americana e russa.

A órbita da aeronave, com a projeção de onde na superfície da Terra está passando, pode ser acompanhada na ferramenta de monitiramento N2YO

CARGA PESADA
A Progress M-27M, que transporta 2,5 toneladas de provisões para a ISS, deveria chegar à plataforma internacional seis horas depois de seu lançamento, que ocorreu as 3h10 desta terça-feira (horário de Brasília), na base de Baikonur, no Cazaquistão. Ela carregava combustível, oxigênio, alimentos, equipamentos científicos para os tripulantes da ISS.
Após a perda, cujo custo é estimado em até US$ 90 milhões, o próximo cargueiro em direção à ISS poderá sair da Terra antes do dia 8 de agosto, data prevista inicialmente pela agência espacial russa.
De qualquer forma, a tripulação que está na Estação Espacial Internacional tem provisões suficientes para continuar com sua vida no espaço, apesar do incidente com a Progress.
A atual tripulação é formada pelos russos Anton Shkaplerov, Gennady Padalka e Mikhail Kornienko, pela italiana Samantha Cristoforetti e os americanos Terry Virts e Scott Kelly.
A ISS é um projeto no qual participam 16 países e tem um custo estimado em US$ 100 bilhões. A plataforma, com tripulantes a bordo de maneira contínua desde 2000, pesa cerca de 450 toneladas e orbita a uma distância entre 335 a 460 quilômetros da Terra, com velocidade de 27.000 km/h.

11.337 – Os benefícios da vitamina D à saúde


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A vitamina D, exaustivamente estudada por cientistas ao redor do mundo, costuma dividir opiniões na comunidade médica. O nutriente pode ser encontrado em alimentos como bacalhau, salmão, leite e gema de ovo, mas sua fonte principal é o sol – o pivô da discordância. Enquanto alguns médicos defendem que a única maneira de garantir quantidades suficientes da vitamina é por meio do banho de sol sem o uso de protetor solar, outros defendem que a cota deve ser obtida com alimentos e suplementos.
Independentemente da fonte, a vitamina D traz diversos benefícios à saúde. O nutriente promove a absorção de cálcio e protege contra males ligados ao sistema ósseo, como fraturas e osteoporose. Mas não é só isso. Saiba o que mais a ciência já provou sobre a vitamina D.

Gera bebês mais saudáveis
Ter baixos níveis de vitamina D durante a gravidez significa transmitir menor quantidade do nutriente ao futuro bebê — o que pode ocasionar uma série de problemas. Um estudo da Universidade de Pittsburgh, nos Estados Unidos, mostrou que a falta de vitamina D faz com que as mulheres deem à luz bebês com baixo peso, já que sem o nutriente a absorção de cálcio pelo organismo é prejudicada, e o crescimento ósseo, reduzido. Outra pesquisa, britânica, provou que filhos de mães com baixos níveis da vitamina têm chances 5% maiores de desenvolver esclerose múltipla na idade adulta.

Previne fraturas em idosos
A vitamina D é especialmente benéfica para idosos. Um estudo suíço mostrou que 20 microgramas diários do nutriente ajudam a evitar fraturas nas pessoas mais velhas, já que a vitamina auxilia na absorção de cálcio pelo organismo, fortalecendo os ossos. De acordo com outro estudo, realizado na Dinamarca, a ingestão de suplementos de cálcio e de vitamina D faz com que os idosos tenham maior expectativa de vida, reduzindo em 9% as chances de mortalidade em um período de três anos.

Combate o diabetes
A vitamina D pode ser aliada na luta contra o diabetes tipo 2. Em uma entrevista no livro ‘The Healing Power of Sunlight & Vitamin D’ (O poder de cura da luz do sol e da vitamina D, em tradução livre), o médico Michael Holick afirma que a falta da substância pode agravar os efeitos do diabetes tipo 2 no organismo. Isso porque a vitamina D regula a secreção de insulina pelo pâncreas e pode aumentar a sensibilidade ao hormônio. Já uma pesquisa alemã afirma que as propriedades anti-inflamatórias da vitamina protegem o organismo contra a doença.

Evita o câncer
Segundo Michael Holick no livro ‘The Healing Power of Sunlight & Vitamin D’, a vitamina D possui a capacidade de regular o crescimento celular. Por isso, pessoas que vivem em países onde a incidência dos raios solares é menor são mais propensas à deficiência de vitamina D e ao desenvolvimento de alguns tipos de câncer.

Fortalece o sistema imunológico
A vitamina D é capaz de estimular as defesas naturais do corpo, diminuindo o risco de infecções. Reforçando essa ideia, um estudo apresentado nos Estados Unidos provou que a razão pela qual os obesos têm mais alergias do que pessoas de peso normal está justamente na deficiência de vitamina D — a relação entre excesso de peso e a diminuição do nutriente no organismo já foi cientificamente comprovada.

Faz bem para os pulmões
Diversos estudos científicos já comprovaram a contribuição da vitamina D para a saúde pulmonar. Segundo um trabalho publicado no periódico ‘American Journal of Respiratory and Critical Care Medicine’, em caso de infecção pulmonar, o nutriente é capaz de acelerar os efeitos do tratamento medicamentoso. Outro estudo, realizado pela Universidade Harvard, nos Estados Unidos, mostrou que a vitamina D tem um efeito protetor contra os efeitos do tabagismo na função pulmonar. De acordo com os pesquisadores, a falta do nutriente prejudica ainda mais a atividade dos pulmões dos fumantes.

Reduz os efeitos do Alzheimer
Segundo uma revisão de estudos realizada no Canadá, os resultados de testes cognitivos em pessoas com Alzheimer pioram quando a concentração de vitamina D está baixa. Os cientistas não sabem ainda, contudo, que condição dá origem à outra — se é a falta de vitamina D que ocasiona o Alzheimer, ou o contrário.

Afasta doenças cardiovasculares
Cientistas da Universidade da Dinamarca acompanharam mais de 10 000 pessoas por 29 anos e constataram: o risco de infarto e morte aumenta quando há deficiência de vitamina D no organismo. O nutriente participa do controle das contrações do músculo cardíaco. Além disso, quando seus níveis estão baixos, pode haver acúmulo de cálcio nas paredes das artérias, favorecendo a formação de placas que aumentam a probabilidade de infarto e derrame.

O cão é realmente o melhor amigo do homem?


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“Quanto mais conheço o homem, mais gosto do meu cão” é muito mais que um provérbio. Pesquisadores japoneses conseguiram explicar a chave dessa relação, que tem milhares de anos de evolução. Segundo um estudo, liderado pelo veterinário Takefumi Kikusui, da Universidade de Azabu, quando homem e cachorro se olham nos olhos, um processo químico desencadeia a liberação de oxitocina, um hormônio ligado ao apego, que retroalimenta a felicidade dos dois.
O experimento reuniu 30 cães com seus donos em um mesmo recinto por 30 minutos, para observar seu comportamento. Antes e depois de testemunhar as trocas de olhares, carícias e vozes suaves, que aconteceram ao longo da experiência, os especialistas mediram os níveis de oxitocina presentes na urina dos homens e dos cães. E os resultados são surpreendentes: quanto mais os cães e donos se olharam nos olhos, mais oxitocina foi produzida por seus cérebros. Depois, o experimento foi repetido com lobos domésticos, criados a mamadeira, mas os níveis hormonais não aumentaram dessa vez.
Mais tarde, os cientistas realizaram um terceiro experimento, borrifando oxitocina no focinho de alguns cães, que foram colocados novamente em um quarto, um por vez e em turnos – dessa vez, ao lado de seus donos e de duas pessoas desconhecidas. Os animais, em sua maioria, demonstraram um comportamento comum: ficaram congelados, olhando nos olhos de seus donos e produzindo uma quantidade grande de oxitocina, em relação à gerada por seus donos.
“Esses resultados amparam a existência de um ciclo de oxitocina que se autoperpetua na relação entre homens e cães de uma maneira semelhante à que ocorre entre uma mãe e seu filho”, afirma Kikusui. Em um longo processo de domesticação, que durou milhares de anos, os cães puderam evoluir até imitar um comportamento humano: o olhar das crianças. Os resultados obtidos reforçam as terapias com cães, usadas em pessoas com autismo ou transtorno de estresse pós-traumático, condições em que se utiliza a oxitocina como tratamento experimental.

NASA anuncia que nave Messenger se chocará contra o planeta Mercúrio


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A nave espacial Messenger, da NASA, está prestes a se chocar contra Mercúrio, o planeta que ela tem estudado há pouco mais de quatro anos. Lançada em 2004, depois de seis anos e meio de viagem, a Messenger chegou à órbita do planeta mais próximo ao Sol do nosso sistema. Após realizar uma longa e bem-sucedida missão, que recolheu informações que os cientistas estudarão por muitos anos, a nave em breve ficará sem combustível e se colidirá contra a superfície de Mercúrio, a 14.087 km/h.
O impacto acontecerá em algum momento entre amanhã (29) e depois de amanhã (30), do lado oposto à Terra, por isso não poderá ser visto do nosso planeta. Em sua despedida, o engenheiro de sistemas da missão, Daniel O’Shaughnessy, destaca: “Pela primeira vez na história, temos um conhecimento real sobre o planeta Mercúrio, que tem se mostrado um mundo fascinante”. A última manobra do Messenger ocorreu na semana retrasada, reduzindo aos poucos todo o gás hélio remanescente. “Agora, a nave já não é mais capaz de lutar contra a atração da gravidade do Sol”, explicou O’Shaughnessy.

11.333 – Guerra contra a Dengue – 222 mil casos, recorde histórico em SP


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O número de casos de dengue superou o recorde histórico em São Paulo, até o dia 22 de abril. Foram 222.044 casos em 645 cidades, o total de municípios do Estado, de acordo com relatório divulgado pelo Centro de Vigilância Epidemiológica. O número de casos de dengue é o maior desde o início da série, em 1986, segundo o jornal Folha de S. Paulo.
Até então, o recorde de contaminações havia sido registrado pelo órgão em 2013, com 209.052 pessoas. No ano passado, houve menos casos, 204.236 vítimas.
São Paulo registra uma epidemia de dengue, com mais de 300 casos para cada 100.000 habitantes. Segundo o jornal, o número de mortes confirmadas também deve bater o recorde histórico. Só até o dia 22 de abril, 125 pessoas infectadas morreram – o maior número é de 2010, quando 141 pessoas morreram de dengue em todo o ano, segundo o Ministério da Saúde. Noventa mortes com suspeita de dengue ainda estão em fase de testes laboratoriais para esclarecer a causa.
As contaminações continuam a subir nas regiões de maior concentração de pessoas: Baixada Santista, Campinas e Grande São Paulo. As cidades com maior número absoluto de infecções por dengue são Sumaré, Catanduva, Sorocaba, Campinas e a capital paulista.

11.332 – Com a corda no pescoço – Suicídio mata mais que homicídio e desastres


Segundo uma estimativa da Organização Mundial da Saúde, 883 mil pessoas se matam no mundo a cada ano. É mais gente do que todos os mortos em guerras, vítimas de homicídios e desastres naturais – coisas que, somadas, tiram 669 mil vidas por ano. E um novo estudo indica que o ritmo dos suicídios está se acelerando. A Universidade de Oxford² estudou os efeitos da crise econômica global, que começou em 2008, sobre as taxas de suicídio nos EUA, no Canadá e na Europa. Em todos os casos, elas apresentaram crescimento: de 4,8%, 4,5% e 6,5%, respectivamente. Os suicídios no mundo já vinham aumentando (o número global de casos cresceu 60% desde a década de 1970), mas agora assumiram um ritmo mais intenso.
A crise econômica não é o único fator envolvido. Em 2010, pela primeira vez na história, a maioria da humanidade passou a viver em cidades – onde há mais estresse e mais pressão para ser bem-sucedido. Ao mesmo tempo, as pessoas nunca estiveram tão sós: segundo um estudo feito nos EUA, 40% dos adultos se consideram solitários (o dobro da década de 1980). E isso pode estar impulsionando a depressão e as tentativas de tirar a própria vida. “Quanto maiores os laços sociais em uma cultura, menores as taxas de suicídio”, afirma o psiquiatra Humberto Corrêa, especializado em suicídio.
A família e os amigos nem sempre percebem que a pessoa está pensando em se matar. Mas uma nova técnica³ promete apontar o risco de suicídio com antecedência, por meio de um simples exame de sangue – que mede os níveis de dois genes relacionados à intenção de se matar. O exame foi criado para uso militar e ainda está em fase de testes.

11.331 – Saúde – As próximas epidemias


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Tudo começa com febre alta, garganta seca e dores de cabeça. Gripe, certo? Vai melhorar. Só que não melhora. Vem o vômito incontrolável, uma diarreia ataca forte e surgem irritações na pele. Uma intoxicação alimentar, certo? Vai melhorar. Só que não melhora. A pessoa começa a sangrar pela pele e alguns de seus órgãos, como os rins e o fígado, começam a falhar. Ela está com ebola. Apavorante, não é? O vírus mata entre 50% e 90% das pessoas que o contraem em questão de dias. E este ano teve o maior surto de ebola da história. Pela primeira vez, o vírus ameaçou deixar a África e atacar outros continentes. Até a conclusão desta edição, havia 3 mil casos da doença, com mais de 1.500 mortes. A Organização Mundial de Saúde estima que 20 mil pessoas sejam infectadas até o final do ano – o que deverá significar 10 mil mortes por ebola. A epidemia está sendo contida e, ao que tudo indica, não haverá uma epidemia global. Mas o caso já é apontado pelos especialistas como um ensaio do que está por vir. Muitos cientistas acreditam que a humanidade irá acabar enfrentando um surto sem precedentes, que irá matar uma parcela significativa da população mundial. A grande dúvida é: como e quando essa grande epidemia vai acontecer?

Isso não seria exatamente uma novidade. Em 1918, uma mutação do vírus da gripe se espalhou rapidamente pelo mundo e, em questão de um ano, matou pelo menos 50 milhões de pessoas. A gripe espanhola, como ficou conhecida, ceifou mais vidas que a Primeira Guerra Mundial, que aconteceu na mesma época. Na ocasião, ninguém sabia nem o que era um vírus, quanto mais como combatê-lo. Estimativas indicam que 500 milhões de pessoas chegaram a ser infectadas pela gripe espanhola. Um quarto de toda a população mundial na época.

Em 2005, ao estudar um cadáver de uma vítima conservado sob o gelo no Alasca, pesquisadores dos CDC (Centros para Controle e Prevenção de Doenças), nos Estados Unidos, conseguiram recuperar amostras do vírus da gripe espanhola. Ele foi ressuscitado para estudos em laboratório. Dois anos depois, outro grupo de cientistas pegou o vírus recriado e o inoculou em macacos, para entender como a gripe agia. Descobriram algo surpreendente. O vírus fazia o sistema imunológico da vítima disparar – causando danos ao próprio organismo, que levavam à morte. Ou seja: o que matava não era a ação direta do vírus em si. Numa tentativa desesperada de reação a ele, o corpo se autodestruía. Isso explicou por que a gripe espanhola era mais letal para as vítimas jovens, de 20 a 50 anos. Elas tinham o sistema imune mais forte. Quanto maior a altura, maior o tombo
O ebola ainda não se espalhou pelo mundo porque, diferentemente do vírus da gripe, ele não se propaga pelo ar (apenas pelo contato com secreções e fluidos corporais da pessoa infectada). E porque, ao contrário do HIV, por exemplo, ele mata depressa – o que evita que a pessoa tenha tempo de espalhar a doença para muitas outras. Mas, se ele sofrer uma mutação, e alguma dessas características mudar, a humanidade não terá como escapar de uma epidemia global.
É um pensamento aterrorizante. Por isso, há cientistas trabalhando a todo vapor para tentar evitar que esse cenário se concretize. Mas há uma variável incontrolável nessa história toda. É o que une a gripe espanhola, a aids e o ebola no mesmo pacote de doenças: todas elas são causadas por vírus que originalmente vieram de animais.

“E isso é o resultado não intencional de coisas que nós estamos fazendo.” São as intervenções humanas na natureza, cada vez mais agressivas, que provocam o surgimento das chamadas zoonoses – a passagem de vírus dos animais para nós. Todas as grandes epidemias começam assim. E não é difícil entender o porquê. Se um vírus está confinado em animais, ele não tem contato com seres humanos. Isso significa que os humanos não desenvolvem qualquer adaptação a ele. Quando o vírus sai dos bichos e vem até nós, estamos despreparados para reagir. Nosso organismo não consegue combatê-lo com a força necessária, ou então age de forma brutal demais, e por isso autodestrutiva (como no caso da gripe espanhola). As zoonoses estão por trás das principais ameaças atuais.
O ebola veio dos morcegos, cuja carne é considerada alimento em alguns países africanos. A aids veio dos chimpanzés, pelo contato entre o sangue de um chimpanzé infectado pelo SIV (um vírus parente do HIV) e o sangue de um ser humano. As gripes suína e aviária surgiram dos porcos e das aves – e seu espalhamento foi facilitado porque criamos enormes quantidades desses bichos, em locais confinados, para matar e comer.

Mas será possível detectar – e conter – uma epidemia antes mesmo que ela comece? Alguns cientistas apostam que sim.

Eles estão criando simulações de computador e novas técnicas de diagnóstico para tentar detectar vírus perigosos no mundo animal, antes que cheguem à humanidade. “A ideia é identificar infecções sérias, como a próxima SARS”, diz o epidemiologista Stephen Morse, da Universidade Columbia. A SARS, sigla inglesa para síndrome respiratória aguda grave, apavorou o mundo em 2002. Surgida na China, ela era causada por um vírus que não se espalhava pelo ar, apenas em gotículas de saliva. A partir de novembro de 2002, a doença começou a se espalhar de avião pelo mundo todo, carregada por pessoas infectadas. Chegou a 37 países e só foi contida, em julho de 2003, porque o vírus foi identificado rapidamente, o que permitiu isolar as pessoas contaminadas. Dos 8.273 casos registrados da doença até a contenção do surto, houve 775 mortes. A SARS também veio dos animais: civetas (mamífero africano que parece um gato selvagem), cães-guaxinins e até gatos domésticos que pegaram o vírus de morcegos e o repassaram. Tudo sempre termina nos humanos, um alvo irresistível para os vírus – somos 7 bilhões de indivíduos, a maioria amontoada em cidades, e até o final do século poderemos chegar a 11 bilhões. Isso, claro, se uma grande epidemia não devastar a população.

Em 2009, pareceu que a humanidade iria viver uma nova catástrofe. Começou a circular, vinda dos porcos, uma versão particularmente perigosa do vírus influenza, o causador de todas as gripes. Os porcos têm uma característica ruim: eles podem ser contaminados tanto pela gripe humana quando pela gripe aviária. Os dois vírus se encontram dentro do porco e podem trocar genes entre si – gerando uma versão mais forte. Foi o que aconteceu. O supervírus se chamava H1N1. E a doença que ele provocava foi batizada de gripe suína. A epidemia surgiu no México, se espalhou pelo mundo e gerou um esforço global de combate (no Brasil, grande parte da população foi vacinada). A doença só foi contida em 2010, quando já tinha matado 300 mil pessoas. Mas 11% a 21% da população mundial foi infectada pelo H1N1. Ou seja: podia ter sido ainda pior. Bem pior.
Ninguém demonstrou isso de forma mais contundente que Yoshihiro Kawaoka, um controverso cientista da Universidade de Wisconsin-Madison, nos EUA. Ele pegou o H1N1 e, em laboratório, induziu-o a sofrer mutações em ritmo acelerado. Acabou criando um supervírus – que é imune a todas as vacinas conhecidas pelo homem. Kawaoka está tentando se antecipar à natureza e criar vírus assassinos, bem como defesas contra eles, antes que as epidemias estourem por aí. Mas e se os vírus escaparem? Ele diz que não há perigo. “O trabalho é feito por pesquisadores experientes em condições apropriadas, com aprovação prévia de um comitê de biossegurança”, disse o cientista ao jornal britânico The Independent.

Mas algo sempre pode dar errado. Recentemente, o governo dos EUA encontrou num refrigerador de laboratório amostras do temível vírus da varíola – que deveriam ter sido destruídas após a erradicação da doença, em 1980. Muita gente, inclusive cientistas, não gosta da ideia de vírus superperigosos guardados em laboratório. Para piorar, a medicina moderna também está criando outra ameaça: bactérias superperigosas. Essas, fora do laboratório.

São cada vez mais frequentes os relatos de infecções hospitalares incuráveis, causadas por bactérias imunes a todos os antibióticos. Só nos EUA, elas já causam cerca de 25 mil mortes por ano, e o quadro tende a piorar. O surgimento dessas superbactérias é resultado de décadas de uso exagerado dos antibióticos. Hoje, damos esses remédios até para os animais, com pouco controle (nos EUA, 80% de toda a produção de antibióticos é consumida por bois, vacas, porcos, galinhas e outros animais criados para abate). O problema é que a exposição constante aos antibióticos está fazendo com que as bactérias criem imunidade a eles. Durante o século 20, estivemos na dianteira. Agora, as bactérias estão começando a reagir. A humanidade tem tentado reduzir o uso dos antibióticos (no Brasil, por exemplo, agora só é possível comprá-los com receita, que fica retida na farmácia) e criar novas versões deles, mas está perdendo terreno. Nos últimos cinco anos, apenas dois novos antibióticos foram aprovados nos EUA – um ritmo de inovação oito vezes menor do que nos anos 80. Nossas armas estão acabando. Por isso, já se cogita uma estratégia radical: abandonar os antibióticos tradicionais e usar vírus para matar as bactérias. A ideia é encontrar (ou desenvolver) vírus que não façam nada contra células humanas, mas sejam letais para as bactérias. Até, claro, que apareçam superbactérias imunes a eles. Assim é a corrida armamentista da biologia. E da vida.
Aconteça o que acontecer, uma coisa é clara. O sonho ingênuo do século 20, de erradicar todas as doenças infecciosas, acabou. A realidade do século 21 é muito mais dura. É criar todas as armas possíveis para se prevenir contra as próximas epidemias.

11.330 – Dawn chega a Ceres, o planeta anão


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Os pesquisadores especulam que o planeta anão possa ter tido um oceano líquido no passado, a exemplo das luas Europa, de Júpiter, e Encélado, de Saturno, numa época em que Ceres tinha mais calor interno para derreter a água no subsolo. Hoje provavelmente não há mecanismo capaz de elevar a temperatura a ponto de liquefazer a água, mas nada impede que o maior dos membros do cinturão de asteroides entre Marte e Júpiter tenha sido amigável à existência de vida nos primórdios da formação do Sistema Solar.
Espera-se que a chegada da Dawn não sofra nenhum contratempo. A manobra de inserção orbital é bem menos emocionante do que costumam ser as chegadas de espaçonaves a Marte, por exemplo. Normalmente, uma sonda é enviada da Terra em alta velocidade, com praticamente todo o impulso dado nos primeiros minutos de viagem, e então precisa disparar seus propulsores a toda potência na hora certa para frear e, assim, ser capturada pela gravidade do planeta-alvo, sem “passar lotada”. Mas não é o caso da Dawn, que usa motores iônicos para se deslocar por aí.
O lema de um motor iônico podia bem ser “devagar e sempre”, pois ele dá uma aceleração muito suave à espaçonave, bem inferior à dos foguetes convencionais, mas gasta bem pouco combustível, o que permite mantê-lo ligado por anos a fio. Depois de tanto tempo acelerando de pouco em pouco, a sonda acaba acumulando grande velocidade. E por poder permanecer manobrando ativamente no espaço, a aproximação de Ceres é feita de forma a praticamente equalizar as velocidades do planeta anão e da nave em suas jornadas ao redor do Sol. Assim, é muito mais fácil deixar que ela seja simplesmente capturada pela gravidade do astro, sem requerer uma brusca freada na reta final. O resultado é uma manobra sem emoção — que inclusive será feita num momento em que Ceres irá se interpor entre a Terra e a Dawn. O resultado é uma interrupção momentânea das comunicações, que só será restabelecida depois que a sonda já estiver em órbita.
As últimas imagens divulgadas pela Nasa ainda fazem parte das manobras de aproximação e representam apenas uma fração da qualidade esperada para o fim de abril, quando a Dawn estará na órbita certa para o início das observações científicas. A partir do momento da captura orbital, a sonda acionará seus motores iônicos para reduzir a distância entre ela e a superfície de Ceres a meros 13,5 mil km. Para que se tenha uma ideia, até agora, as melhores imagens foram obtidas a 40 mil km de distância.
E a qualidade também deve continuar subindo ao longo da missão científica, que deve ir até junho de 2016 e passará por quatro órbitas diferentes, cada uma menor que as demais. Na última etapa, a Dawn estará a meros 400 km do solo — mais ou menos a mesma altitude da Estação Espacial Internacional em torno da Terra. Depois que o trabalho estiver terminado, ela permanecerá em órbita de Ceres, desativada, por mais algumas centenas de anos.
Contudo, uma das coisas surpreendentes revelada conforme a Dawn registrou imagens de uma rotação completa de Ceres — um dia lá dura pouco mais de nove horas — é que o brilho dos pontos ainda se mantém depois que a cratera já entrou na sombra. Não seria essa uma evidência de que o relevo é mais alto ali? Raymond explica que os dados ainda não foram completamente calibrados e por isso preferiu não especular mais. “É surpreendente que possamos vê-lo no terminador [a faixa que divide o dia da noite]. Não temos informação sobre a inclinação do terreno.

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11.329 – As profecias mais arrepiantes de Rasputin, o Monge Louco


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Também conhecido como “Monge Louco”, Grigori Yefimovich Rasputin (1869-1916) foi um famoso místico russo de origem camponesa e baixa formação escolar, que exerceu uma influência enorme sobre a monarquia russa. Responsável por curas milagrosas, ele foi descrito historicamente como um ser espiritual, de faculdades extrassensoriais assustadoras e um dom especial para a premonição. Listamos abaixo cinco de suas previsões mais aterrorizantes.
• “O útero da mulher será como a terra dos rios; ambos serão estéreis. E isto será uma dádiva, pois o útero não estéril e a terra não estéril criarão monstros. Desventurado o dia em que o útero materno for comercializado – como se comercializa a carne dos bovinos. Nesses tempos, o homem, criatura de Deus, se transformará em criatura da ciência”.
• “Os venenos abraçarão a Terra como um amante fogoso. E, neste mortal abraço, os céus terão o hálito da morte, e as fontes não darão senão águas amargas, e muitas destas águas serão mais tóxicas que o sangue podre da serpente. Os homens morrerão por causa do ar, mas será dito que morreram do coração ou dos rins… E as águas amargas vão infectar os tempos como a cicuta, porque as águas amargas trarão tempos amargos”.
• “As plantas, os animais e os homens foram criados para ficarem divididos. Mas vai chegar o dia em que não haverá mais fronteiras, então o homem será meio homem e meio vegetal. E o animal será animal, planta e homem. Nesses campos, sem fronteira, vereis pastar um monstro chamado kobala”.
• “Quando as imagens voarem, aparecerá um fruto venenoso, e serão muitos que o comerão. E o fruto venenoso transformará os homens em animais, incapazes de levantar a cabeça aos céus… As imagens que voam consumirão as forças do homem, mas o fruto venenoso irá embriagá-lo. E quando tudo tiver terminado, o homem ficará mais cansado e destruído, mais faminto do que antes”.
• “O ar que hoje desce aos nossos pulmões para levar a vida levará um dia à morte. E chegará o dia em que não haverá montanha nem colina; não haverá mar nem lago que não esteja envolvido pelo hálito fétido da morte. E todos os homens respirarão a morte, e todos os homens morrerão por causa dos venenos suspensos no ar. As plantas ficarão doentes e morrerão uma atrás da outra. Os bosques se transformarão em um enorme cemitério, e, entre as árvores secas, vagarão, sem rumo, homens aturdidos e envenenados pelas chuvas venenosas”.

11.328 – Droga anticâncer consegue adiar sinais de alzheimer em roedores


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Cientistas conseguiram, em roedores, uma reversão de um quadro de alzheimer, doença neurodegenerativa que afeta milhões de pessoas em todo o mundo, utilizando uma droga que está sendo tesada contra câncer.
Esse trabalho foi realizado na Universidade de Duke (EUA) e publicado recentemente no periódico científico “Journal of Neuroscience”.
Para realizar o estudo, foram criados camundongos manipulados geneticamente para terem genes que levassem ao desenvolvimento da doença. Esses camundongos apresentam características semelhantes aos humanos: alterações comportamentais, perdas de neurônios e placas neuríticas –causadas pelo acúmulo da proteína beta-amiloide no cérebro.
A ideia era observar esses camundongos e acompanhar o desenvolvimento da doença. O grande achado do estudo é que o mal de Alzheimer pode ter como uma de suas causas uma falha no funcionamento de células imunológicas. Quando os cientistas viram o perfil genético de uma célula imunológica presente no cérebro, a microglia, viram que ela estava suprimida.
Segundo Matthew Kan, principal autor do estudo, esse resultado não era exatamente o que se esperava. Os cientistas imaginavam que seria uma atividade exacerbada do sistema imunológico a candidata a promover o aparecimento da doença.
Eles também viram um aumento anormal nos níveis da enzima arginase nas mesmas regiões do cérebro onde neurônios estavam morrendo.
Injetando um bloqueador da atividade da arginase (DFMO) no modelo animal como tratamento preventivo fez com que houvesse um retardo no início dos sinais e com que os animais tivessem um desempenho melhor em testes de memória.

11.327 – Agora Vai…Google lança seu próprio serviço de telefonia móvel


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Na última quarta-feira, dia 22 de abril, a Google lançou seu próprio serviço móvel sem fio nos EUA, com potenciais grandes economias para os clientes que utilizam seus aparelhos em casa e em viagens internacionais. No momento, o serviço chamado “Projeto Fi” está disponível apenas por convite e para o smartphone Google Nexus 6.
O serviço irá usar hotspots Wi-Fi, juntamente com as redes móveis das operadoras dos EUA Sprint e T-Mobile, e pode ser usado em 120 países sem tarifas de roaming. Ele será oferecido a um custo mensal de US$ 20 para serviço básico mais US$ 10 por mês para cada gigabyte de dados utilizados. Os clientes só pagam pelos dados que usam, ao contrário dos pacotes oferecidos por algumas operadoras no país.
Segundo a gigante da tecnologia, o serviço conecta-se automaticamente a mais de um milhão de hotspots de Wi-Fi abertos e já verificados nos quesitos de velocidade e confiabilidade. “Quando você não está no Wi-Fi, nós o transferimos para aquela de nossas redes parceiras que esteja entregando a velocidade mais rápida, de modo a obter 4G LTE em mais lugares”.
As conexões serão criptografadas e o número de telefone ficará na nuvem, de modo que o usuário possa falar e mandar mensagens com o seu número em praticamente qualquer telefone, tablet ou laptop. Para viagens globais, o Projeto Fi permitirá chamadas de baixo custo em muitos países e acesso a dados em velocidades 3G sem encargos adicionais.
O novo serviço poderia dar um impulso para a linha de aparelhos Nexus da Motorola, que foi vendida pela Google no ano passado à Lenovo e, eventualmente, para outros telefones equipados com sistema operacional Android.
Revolucionário ou não, o anúncio do Projeto Fi foi suficiente para fazer com que as ações da Google subissem logo depois da novidade ser dividida com o mundo.

11.326 – Ocupação Humana – A ameaça sobre os rios da Amazônia


Foz do Amazonas, imagem da Nasa. Observe a quantidade de água barrenta lançada no Atlântico
Foz do Amazonas, imagem da Nasa. Observe a quantidade de água barrenta lançada no Atlântico

Além da beleza natural ofuscante, a Amazônia é detentora de números grandiosos. A vegetação da maior floresta tropical do mundo, com aproximadamente 6,5 milhões de km², cobre parte do território de nove países da América do Sul. Mas não é somente mantendo suas árvores em pé que será possível preservar o equilíbrio deste bioma vital para o planeta. É necessário cuidar de suas águas.
A região amazônica possui o maior sistema fluvial do planeta. São mais de 100 mil quilômetros de rios, riachos, igapós, várzeas e outros tipos de áreas alagáveis. Só a foz do Rio Amazonas é responsável por desaguar cerca de 6.700 km3 de água doce por ano no Oceano Atlântico, o que representa quase 20% de todo fluxo global de água fluvial de superfície.
Todavia, muita atenção foi dada ao desmatamento na Amazônia nos últimos anos – algo fundamental e importantíssimo -, mas a proteção de seus rios foi negligenciada. Com o intuito de alertar sobre esta questão, a Iniciativa Amazônia Viva, da organização não-governamental WWF-Internacional, em parceria com suas instituições sulamericanas, lançou hoje (13/04) o relatório “O Estado da Amazônia: Conectividade e Saúde dos Ecossistemas de Água Doce”*. O estudo foi divulgado em evento paralelo do VII Fórum Mundial de Água, realizado pelo Conselho Mundial da Água*, que acontece em Gyeongju, na Coréia do Sul (de 12 a 17/4).
O relatório mostra como a ligação hidrológica da Bacia Amazônia é imprescendível para a sobrevivência de inúmeras espécies. Muitos peixes dependem das migrações laterais ou longitudinais em algumas partes de seus ciclos de vida. É o caso do bagre, por exemplo. A espécie viaja milhares de quilômetros desde o estuário da Amazônia até as cabeceiras dos rios de água branca (barrenta) e deixa suas ovas nos contrafortes dos Andes. Ou seja, o bagre só consegue se reproduzir graças aos chamados corredores de migração.
A conexão entre a água doce da Amazônia também regula o fluxo de material orgânico e inorgânico, necessários para o desenvolvimento da vida aquática e terrestre. Durante épocas de cheias e inundações, sedimentos que são carregados pelo rio influenciam o crescimento de plantas e trazem alimentos para os animais. Alguns rios chegam a subir entre 15 a 20 metros de altura nestes períodos. A floresta Xixuaú, na divisa dos estados de Amazonas e Roraima, depende exatamente deste ciclo para sua preservação.
Entretanto, todo este equilíbrio harmônico do bioma aquático da Amazônia está sob ameaça. Na região Amazônica (não só no Brasil, mas como em seus vizinhos), atualmente 154 usinas hidrelétricas e barragens estão em funcionamento, outras 21 se encontram em construção e nada menos que 277 novas estão sendo planejadas. Se estas obras forem concretizadas, apenas três rios afluentes do Amazonas manterão seu fluxo livre.
“A eletricidade pode ser importante para o desenvolvimento sustentável da Amazônia. A energia hidrelétrica não é uma energia limpa, mas ela é melhor do que a energia proveniente de combustíveis fósseis e do que a energia nuclear. Mesmo assim, o planejamento e o desenvolvimento hidrelétrico precisam levar em conta que abordagens integradas são viáveis na Amazônia”, destaca Claudio Maretti, líder da Iniciativa Amazônia Viva.

11.325 – Paradoxo – O “Dia da Terra” foi criado por um assassino?


No dia 22 de abril de 1970, milhares de pessoas se reuniram no Fairmount Park, na Filadélfia, nos EUA, para celebrar o primeiro ‘Dia da Terra’ – um evento que serviria para alertar mais pessoas sobre a necessidade da preservação do meio ambiente.

O mestre de cerimônias era Ira Einhorn, conhecido como “O Unicórnio” por causa de seu sobrenome (que, em alemão, significa ‘um chifre’). Muitos anos depois, ele passaria a ser chamado de o “Unicórnio Assassino”.
Einhorn fazia parte de uma geração de artistas e ativistas – no seu círculo próximo estavam Philip K. Dick (autor de vários livros de ficção científica incluindo “Androides sonham com ovelhas elétricas?”), o criador de Star Trek, Gene Roddenbery e o poeta da geração beat Allen Ginsberg.
Você sabe que o Dia da Terra foi um sucesso. E muito disso se deve e Einhorn, conhecido como um sujeito pacífico. Mas de acordo com o livro “On The Wild Side”, escrito por Martin Gardner, o ativista era extremamente narcisita e mostrava uma tendência à violência sexual. Ele era insanamente ciumento em relação a suas namoradas, apesar de ter relações fora dos namoros. Em um verso escrito por ele em 1966, ele descreve a sensação de liberdade que teve ao quase matar uma moça batendo em sua cabeça com uma garrafa. Em um de seus diários também há uma passagem descrevendo sua vontade de estrangular outra mulher com quem era envolvido.
Em 1972, Einhorn conheceu e se apaixonou por Helen Maddux, de 25 anos. O relacionamento entre os dois foi turbulento e em 1977 ela deixou o ativista e se mudou para Nova York. Ao mesmo tempo, começou a namorar outro sujeito. Naquele mesmo ano, Helen desapareceu.

Einhorn negou qualquer conhecimento sobre o paradeiro da ex-namorada. Mas um mandato em 1979 garantiu à polícia uma busca na casa do criador do Dia da Terra e, na ocasião, um corpo mumificado foi encontrado na residência. O sangue havia sido drenado e os restos estavam armazenados em um plástico. Quando foi indagado sobre o corpo, Einhorn teria dito “Vocês encontraram o que vocês encontraram”. Exames revelaram que se tratava de Helen.
Ele foi preso, mas conseguiu ser liberado após pagar uma fiança de 40 mil dólares – tudo garantido por seu advogado, Arlen Specter, que mais tarde seria eleito senador dos EUA.
O ativista roubou a identidade de um de seus ‘seguidores’, casou novamente e passou os próximos 16 anos morando em várias cidades da Europa. Ele foi localizado e preso em 1997, na França, e extraditado novamente para os EUA onde permanece preso – sua sentença é perpétua. Ele continua afirmando que é inocente, que foi vítima de um golpe e que é o preso mais famoso da Pensilvânia. No entanto, a página oficial do Dia da Terra não faz nenhuma menção a ele e, em fotos divulgadas no site do primeiro evento, o Unicórnio não aparece em nenhuma delas.

11.324 – Astronomia – Chuva de estrelas Púpidas vai iluminar o céu da Terra


chuva de meteoros
Após a chuva de estrelas Líridas, que ocorreu no começo da semana, os céus noturnos da Terra serão iluminados pelas Púpidas, outro magnífico fenômeno de chuvas estelares que terá seu auge nesta noite e segue até o dia 28 de abril.
As Líridas foram originadas de partículas de poeira cósmica, desprendidas da cauda do cometa C/1861 G1 Thatcher, que irradiou da constelação de Lyra. Dessa forma, seus meteoritos puderam ser mais nitidamente vistos da Terra a partir do hemisfério norte.
Já a chuva de estrelas Púpidas, que acontece nesta noite e vem da constelação Puppis, poderá ser melhor observada no hemisfério sul, embora seja visível também no resto do mundo. As Púpidas derivam de restos desprendidos do cometa 26P/Grigg-Skjellerup, que, ao ingressar na atmosfera terrestre, emite luzes de tom amarelado. Esta chuva ocorrerá até o dia 28 de abril.

11.323 – Instituições de Ensino – A Universidade de Copenhague


Universidade de Copenhague
Universidade de Copenhague

(Københavns Universitet em dinamarquês) é a maior e mais antiga universidade e instituição de pesquisa da Dinamarca. Fundada em 1479, possui mais de 33.500 estudantes, a maior parte dos quais do sexo feminino (57%), e mais de 9.000 funcionários. A universidade têm vários campi localizados dentro e próximo de Copenhague, estando o mais antigo localizado na parte central da cidade. A maioria dos cursos são ministrados em dinamarquês; todavia, mais e mais cursos têm sido oferecidos em inglês e alguns em alemão. A universidade é membro da International Alliance of Research Universities (IARU).

11.322 – Mega Bloco Biologia – Parte 4


astrobiologia2

Exclusivo para o ☻Mega

 

Em agosto de 1932, o professor Picard foi além dos 16.670 de altitude metros e em setembro do ano seguinte, aviadores russos chegaram a mais de 19 mil metros.

Três necessidades especiais retém o ser vivo em níveis inferiores: oxigênio, pressão e temperatura. Em 1932 e 1924, expedições ao Himalaia procuraram satisfazer, a primeira, levando consigo grandes suprimentos de oxigênio comprimido e o mesmo faziam os aeronautas que tentavam atingir regiões superiores da atmosfera. Dentro de certos limites, o organismo dos alpinistas pode ir se acostumando gradativamente ao decréscimo de pressão atmosférica, como na expedição ao /everest em 1933, mas eles se expõem ao mal da montanha de forma extrema.

O major Hingston, médico da expedição ao Everest, em 1924, conta que o menor esforço como o de atar o cordão das botinas, abrir uma lata de conservas, entrar num saco de dormir, já causava enormes dificuldades respiratórias.

O frio em tais regiões atinge níveis inferiores a 30ºC negativos e é difícil manter o corpo aquecido. Nas altas montanhas há violentas tempestades de neve e avalanches.

As formas biológicas que nos são familiares não se estendem por mar adentro, sendo substituídas por outras espécies mais adaptadas ao frio e a escuridão e a alta pressão dessas regiões. Um mergulhador nu poderia descer a cerca de 9 metros e  manter-se no máximo por uns 2 minutos. Há notável restrição dos movimentos dos seres vivos no mar. Mesmo as baleias, estão sujeitas a tais inconvenientes ao mergulharem no abismo dos oceanos. Esses cetáceos são dotados de dispositivos reticulados dos vasos sanguíneos e que servem para minimizar o desprendimento das bolhas gasosas ao regresar a superfície.  Já o sistema circulatório e respiratório das criaturas terrestres funcionam com dificuldade quanto maior for a pressão.

 

Possibilidade de vida extraterrestre

Tais suposições tem girado em torno da existência de condições semelhantes as da Terra. Na superfície de Vênus reina um clima análogo ao terrestre, muito mais quente e úmido e com gases tóxicos.

O desenvolvimento e a pesquisa de hipóteses sobre vida extraterrestre é conhecido como “exobiologia” ou “astrobiologia”, embora a astrobiologia também considere a vida baseada na Terra, em seu contexto astronômico. Muitos cientistas consideram que a vida extraterrestre é plausível, mas ainda não há nenhuma evidência direta de sua existência.

Desde meados do século XX, houve uma contínua busca por sinais de vida extraterrena, desde radiotelescópios usados ​​para detectar possíveis sinais de civilizações extraterrestres, até telescópios usados ​​para procurar planetas extra-solares potencialmente habitáveis​​. O tema também desempenhou um papel importante em obras de ficção científica.

A hipótese de formas de vida alienígena, tais como bactérias, foi levantada a existir no Sistema Solar e em todo o universo. Esta hipótese baseia-se na vasta dimensão e nas leis físicas consistentes do universo observável. De acordo com este argumento, feito por cientistas como Carl Sagan e Stephen Hawking, seria improvável que a vida não existisse em algum lugar fora do planeta Terra.

Este argumento é incorporado no princípio de Copérnico, que afirma que a Terra não ocupa uma posição única no universo, e no princípio da mediocridade, que sugere que não há nada de especial sobre a vida na Terra.

A vida pode ter surgido de forma independente em muitos lugares em todo o Universo. Alternativamente a vida também pode se desenvolver com menos frequência, mas se espalhar entre planetas habitáveis ​​através da panspermia ou exogênese.

Em qualquer caso, as moléculas orgânicas complexas necessárias para a formação da vida podem ter se formado no disco protoplanetário de grãos de poeira ao redor do Sol antes da formação da Terra com base em estudos de modelos computacionais.

De acordo com estes estudos, este mesmo processo também pode ocorrer em torno de outras estrelas que mantêm um sistema planetário.

Entre os locais sugeridos em que a vida pode ter se desenvolvido no passado estão os planetas Vênus e Marte, em Europa, uma das luas de Júpiter,e em Titã e Encélado, duas das luas de Saturno.Em maio de 2011, os cientistas da NASA informaram que Encélado “está emergindo como o local mais habitável além da Terra no Sistema Solar para a vida como a conhecemos.”Desde os anos 1950, os cientistas têm promovido a ideia de que “zonas habitáveis​​” são os locais mais prováveis ​​para a vida ser encontrada. Várias descobertas nesse tipo de zona desde 2007 têm estimulado estimativas sobre a frequências de habitats semelhantes à Terra, com números que chegam em muitos milhares de milhões.

 

Toda a vida na Terra é baseada em 26 elementos químicos. No entanto, cerca de 95% desta vida é construída sobre apenas seis desses elementos: carbono, hidrogênio, nitrogênio, oxigênio, fósforo e enxofre, abreviados como CHONPS. Estes seis elementos formam os “blocos de construção” básicos de praticamente toda a vida na Terra, enquanto a maioria dos elementos restantes são encontrados apenas em quantidades vestigiais.

A vida na Terra requer água como solvente em que as reações bioquímicas ocorrem. Quantidades suficientes de carbono e outros elementos, juntamente com a água, pode permitir a formação de organismos em outros planetas com uma composição química e uma faixa de temperatura semelhante à da vida na Terra. Os planetas rochosos, tais como Terra, são formados num processo que permite a possibilidade de que tenham composições semelhantes à da Terra. Devido à sua abundância relativa e utilidade na manutenção da vida, muitos têm a hipótese de que as formas de vida em outros lugares do universo iriam utilizar estes mesmos materiais básicos para se formar. No entanto, outros elementos e solventes podem proporcionar uma base para a vida. Formas de vida baseadas em amônia (em vez de água) já foram sugeridas, embora esta solução pareça pior do que a água.

Do ponto de vista químico, a vida é fundamentalmente uma reação auto-replicante, mas que poderia surgir sob um grande número de condições e com vários ingredientes possíveis, embora carbonooxigênio dentro da faixa de temperatura com água líquida pareça um ambiente mais propício. Sugestões foram feitas mesmo que as reações de auto-replicação de algum tipo pudessem ocorrer dentro do plasma de uma estrela, apesar de que isso seria muito pouco convencional.

A tentativa de definir características limitadas desafia certas noções sobre necessidades morfológicas. Esqueletos, que são essenciais para grandes organismos terrestres de acordo com os especialistas do campo da biologia gravitacional, são quase certos de que são replicados em outros lugares do universo, de uma forma ou de outra.

Os cientistas estão procurando diretamente bioassinaturas dentro do Sistema Solar, com a realização de estudos sobre a superfície de Marte e de meteoros que caíram na Terra. No momento, não existe nenhum plano concreto para a exploração de Europa em busca de vida. Em 2008, uma missão conjunta da NASAe da Agência Espacial Europeia (ESA – sigla em inglês) foi anunciada que teria estudos que incluíam Europa. No entanto, em 2011 a NASA foi forçada a despriorizar a missão devido a uma falta de financiamento e é possível que a ESA vá assumir a missão sozinha.

A hipótese de Gaia estipula que qualquer planeta com uma população robusta de seres vivos terá uma atmosfera em desequilíbrio químico, que é relativamente fácil de determinar a distância pela espectroscopia. No entanto, avanços significativos na capacidade de encontrar pequenos mundos rochosos perto de suas estrelas são necessárias antes que tais métodos espectroscópicos podem ser usados ​​para analisar planetas extrasolares.

Em agosto de 2011, as descobertas da NASA, com base em estudos de meteoritos encontrados na Terra, sugere componentes de DNA e RNA (adenina, guanina e moléculas orgânicas relacionadas), os “blocos de construção” para a vida como a conhecemos, podem ser formados em ambientes extraterrestres no espaço sideral.

Em outubro de 2011, os cientistas relataram que a poeira cósmicacontém matéria orgânica complexa (“sólidos orgânicos amorfos com uma estrutura aromática-alifáticos mista”), que podem ser criados naturalmente e rapidamente por estrelas.37 38 39 Um dos cientistas sugerem que estes compostos podem ter sido relacionados com o desenvolvimento da vida na Terra disse que, “se este for o caso, a vida na Terra pode ter começado mais fácil, visto que estes produtos orgânicos podem servir como ingredientes básicos para a vida.”

Em agosto de 2012, os astrônomos da Universidade de Copenhague relataram a detecção de uma molécula de açúcar específica, glicolaldeído, em um planeta localizado em um sistema de estrelas distantes. A molécula foi encontrada em torno das protoestrelas binárias IRAS 16293-2422, que estão localizadas a 400 anos-luz da Terra.40 41 O glicolaldeído é necessário para formar o ácido ribonucleico, ou RNA, que tem função semelhante ao DNA. Esta constatação sugere que moléculas orgânicas complexas podem se formar em sistemas estelares antes da formação dos planetas e, eventualmente, entrar no planetas jovens no início de sua formação. Se houver uma sociedade extraterrestre avançada, não há garantia de que ela está transmitindo informações na direção da Terra, ou que essa informação possa ser interpretada como tal pelos seres humanos. O período de tempo necessário para que um sinal.

11.321 – Astronomia – Exoplanetas


kepler e terra
Astrônomos procuram exoplanetas (ou planetas extrassolares) que podem ser propícios à vida, estreitando a busca para planetas rochosos que orbitem dentro da zona habitável de suas respectivas estrelas. Desde 1992, centenas de planetas em torno de outras estrelas na Via Láctea foram descobertos. Em 14 agosto de 2014, o Extrasolar Planets Encyclopaedia identificou 1 815 planetas extrassolares. Os planetas extrassolares variam muito em tamanho e vão desde a planetas rochosos semelhantes à Terra, até gigantes gasosos maiores do que Júpiter.Espera-se que o número de exoplanetas observados aumente consideravelmente nos próximos anos. Como a sonda Kepler precisa ver três trânsitos estelares por cada exoplaneta antes de identificá-lo como candidato a planetas, até agora ela apenas foi capaz de identificar planetas que orbitam sua estrela a uma taxa relativamente rápida.
A missão deverá continuar pelo menos até 2016, tempo em que se espera que muitos mais candidatos a exoplanetas sejam encontrados.
Em 24 de abril de 2007, os cientistas do Observatório Europeu do Sul em La Silla, no Chile, disseram que tinham encontrado o primeiro planeta parecido com a Terra. O planeta, conhecido como Gliese 581 c, orbita dentro da zona habitável de sua estrela, a Gliese 581, uma anã vermelha que está a 20,5 anos-luz (194 trilhões de km) da Terra. Pensou-se inicialmente que este planeta poderia conter água líquida, mas simulações computacionais recentes do clima em Gliese 581 c feitas por Werner von Bloh e sua equipe no Instituto Alemão para Pesquisa do Impacto Climático sugeriram que o dióxido de carbono e o metano na atmosfera criariam um aumento do efeito estufa. Isso aqueceria o planeta bem acima do ponto de ebulição da água (100 graus Celsius), o que desestimula as esperanças de encontrar vida.
omo resultado de modelos de efeito estufa, os cientistas estão agora voltando sua atenção para Gliese 581 d, que fica fora da zona habitável tradicional da estrela. Em maio de 2011, os pesquisadores previram que Gliese 581 d, não só está na “zona habitável”, onde a água pode estar presente sob a forma líquida, mas é grande o suficiente para ter uma atmosfera de dióxido de carbono estável e “quente o suficiente para ter oceanos, nuvens e precipitação “, segundo o Centro Nacional de França para a Investigação Científica.Em dezembro de 2011, a NASA confirmou que Kepler-22b, distante 600 anos-luz, tem 2,4 vezes o raio da Terra e é, potencialmente, o planeta mais próximo da Terra em termos de tamanho e temperatura.

11.320 – Religião e Vida Extraterrestre


Crenças budistas e hindus sobre ciclos infinitos e repetidos de vida chamados Samsara levaram a descrições sobre a existência de mundos múltiplos e que mantém contatos mútuos (palavra sânscrita sampark (सम्पर्क) significa “contato”, como em Mahasamparka (महासम्पर्क) = “o grande contato”). De acordo com escrituras budistas e hindus, existem inúmeros universos. O Talmud judaico afirma que existem pelo menos 18 mil outros mundos, mas fornece pouca elaboração sobre a natureza desses mundos, ou sobre se são físicos ou espirituais. Com base nisso, no entanto, o Sefer HaB’rit, do século XVIII, postula que existem criaturas extraterrestres e que algumas podem possuir inteligência. Acrescenta que os seres humanos não devem esperar que as criaturas de outros mundos se assemelhem com a vida terrestre, assim como as criaturas do mar não se assemelham com os animais terrestres.
De acordo com a Ahmadiyya uma referência mais direta do Corão apresentada por Mirza Tahir Ahmad como uma prova de que a vida em outros planetas pode existir de acordo com o livro sagrado islâmico. Em seu livro, Revelation, Rationality, Knowledge & Truth, ele cita o versículo 42:29: “E entre os Seus sinais está a criação dos céus e da terra, e de todas as criaturas vivas (da’bbah) …”; de acordo com este verso há uma vida nos céus. De acordo com o mesmo verso: “E Ele tem o poder de reuni-los (jam-‘i-him), quando Ele o fará”; indica a aproximação da vida na Terra com a vida em outros lugares do Universo. O verso não especifica o tempo ou o lugar desta reunião, mas afirma que este evento certamente vai acontecer quando Deus assim o desejar. Deve-se salientar que o termo árabe Jam-i-him, usado para expressar o evento do encontro, pode implicar em um encontro físico ou um contato através da comunicação.
Quando o cristianismo se espalhou por todo o Ocidente, o sistema ptolomaico tornou-se amplamente aceito e, embora a Igreja nunca tenha emitido qualquer pronunciamento formal sobre a questão da vida extraterrestre, pelo menos tacitamente, a ideia era aberrante. Em 1277, o bispo de Paris, Étienne Tempier, retrucou Aristóteles em um ponto: Deus poderia ter criado mais de um mundo (dada sua onipotência). Notavelmente, o cardeal Nicolau de Kues especulou sobre alienígenas na Lua e no Sol.
Desde a década de 1830, os Santos dos Últimos Dias acreditam que Deus criou e vai criar muitos planetas, como a Terra em que os seres humanos vivem. Eles acreditam que todas esses povos são filhos de Deus. Joseph Smith Jr., o fundador da Igreja de Jesus Cristo dos Santos dos Últimos Dias, ensinou que Deus revelou esta informação a Moisés e que o relato da Criação escrito por Moisés correspondia apenas a “nossa” terra. Não há nenhuma doutrina oficial relacionada com o local desses planetas habitados.
Na antiguidade, era comum a assumir um cosmos que consiste de “muitos mundos” habitados por formas de vida inteligentes, não-humanas, mas estes “mundos” eram mitológicos e criados sem a compreensão heliocêntrica do sistema solar, ou a compreensão da o Sol como uma entre incontáveis ​​estrelas.
Houve uma mudança dramática no pensamento iniciado pela invenção do telescópio e pela desconstrução feita por Copérnico da cosmologia geocêntrica. Uma vez que ficou claro que a Terra era apenas mais um planeta entre inúmeros corpos no universo, a teoria de vida extraterrestre começou a se tornar um tópico na comunidade científica. O proponente do início da era moderna mais conhecido de tais ideias foi o filósofo italiano Giordano Bruno, que defendeu no século XVI a ideia de um universo infinito em que cada estrela é cercada por seu próprio sistema planetário. Bruno escreveu que outros mundos “não têm menos força, nem uma natureza diferente da nossa terra” e, como a Terra, “contém animais e habitantes”.
As especulações sobre a vida em Marte aumentaram no final do século XIX, após a observação telescópica por alguns observadores de canais marcianos aparentes – que foram, contudo, rapidamente considerados ilusões ópticas. Apesar disso, em 1895, o astrônomo norte-americano Percival Lowell publicou seu livro Mars, seguido por Mars and its Canals de 1906, uma proposta de que os canais eram obra de uma antiga civilização marciana há muito desaparecida.
Uma análise espectroscópica da atmosfera de Marte começou em 1894, quando o astrônomo americano William Wallace Campbell mostrou que nem água nem oxigênio estavam presentes na atmosfera do planeta vermelho.
Em novembro de 2011, a Casa Branca divulgou uma resposta oficial a duas petições pedindo ao governo dos Estados Unidos reconhecesse formalmente que os extraterrestres têm visitado a Terra e divulgasse qualquer evidência de interação intencional do governo com seres extraterrestres. De acordo com a resposta: “O governo dos Estados Unidos não tem nenhuma evidência de que qualquer vida existe fora do nosso planeta, ou que uma presença extraterrestre tenha contactado ou engajado qualquer membro da raça humana.”
Além disso, de acordo com a resposta, “não há informação credível que sugira que qualquer evidência está sendo escondida dos olhos do público.”A resposta observou ainda que esforços, como o SETI, o telescópio espacial Kepler e o rover Mars Science Laboratory da NASA, continuam à procura de sinais de vida extraterrestre. A resposta, referiu que “as probabilidades são muito altas” de que pode haver vida em outros planetas, mas “as chances de nós fazermos contato com qualquer uma delas, especialmente as que são inteligentes, são extremamente pequenas, dadas as distâncias envolvidas.”
Em 2010, o famoso físico teórico Stephen Hawking advertiu que os seres humanos não deveriam tentar entrar em contato com formas de vida alienígenas. Ele alertou que civilizações extraterrestres podem saquear Terra por recursos naturais. “Se os alienígenas nos visitarem, o resultado seria muito parecido como quando Colombo desembarcou na América, o que não deu muito certo para os nativos americanos”, disse ele.
Jared Diamond também manifestou preocupações similares. Cientistas da NASA e da Universidade Estadual da Pensilvânia publicaram um artigo em abril de 2011 abordando a questão: “Será que entrar em contato com extraterrestres seria algo benefício ou prejudicial para a humanidade?” O documento descreve os cenários positivos, negativos e neutros para esse contato.

11.319 – E Então, cadê o ET? II


Nave numa praça de Varginha MG
Nave numa praça de Varginha MG

Não há qualquer evidência amplamente aceita que corrobore a existência de vida extraterrestre; no entanto, várias reivindicações controversas já foram feitas. A crença de que alguns objetos voadores não identificados (OVNIs) podem ter origem extraterrestre e alegações de abdução alienígena são rejeitadas pela maior parte da comunidade científica. A grande maioria dos relatos de OVNIs podem ser explicados por avistamentos de aeronaves humanas, fenômenos atmosféricos ou objetos astronômicos conhecidos; ou são apenas hoaxes.

Após o Caso Roswell, ocorrido em 1947 na localidade de Roswell, no Novo México, Estados Unidos, várias teorias conspiratórias sobre a presença de seres extraterrestres no planeta Terra se tornaram um fenômeno cultural generalizado no país durante a década de 1940 e no início da era espacial na década de 1950, o que foi acompanhado por uma onda de relatos de avistamentos de OVNIs. A sigla “OVNI” foi criada em 1952, no contexto da enorme popularidade do conceito de “discos voadores”, logo após o avistamento de um OVNI pelo piloto Kenneth Arnold em 1947, em Washington. Os documentos Majestic 12, publicados em 1982, sugerem que houve um interesse genuíno em teorias da conspiração envolvendo OVNIs dentro do governo dos Estados Unidos durante os anos 1940.
No Brasil, casos envolvendo OVNIs ou supostas aparições de seres extraterrestres também tornaram-se mais frequentes depois de Roswell. Um dos casos mais famosos foi o da “Operação Prato”, o nome dado a uma operação realizada pela Força Aérea Brasileira (FAB) em 1977 e 1978, através do Comando Aéreo Regional em Belém, para verificar a ocorrência de fenômenos desconhecidos que envolviam luzes que supostamente tinham um comportamento hostil e que eram relatadas pela população do município de Colares, no norte do estado do Pará. Outro caso bastante conhecido no país é o do Incidente de Varginha, em 1996, quando moradores do município de Varginha, Minas Gerais, alegaram terem visto os corpos de três seres alienígenas. Três jovens da cidade ainda mantêm a versão de que teriam visto um dos seres ainda com vida.