Saúde – Qual é a diferença entre a dengue comum e a hemorrágica?


Ambas são causadas pelo mesmo vírus, transmitido pela picada do mosquito Aedes aegypti. A chamada dengue clássica na maioria dos casos não apresenta grandes problemas além de febre e dores, pois os  próprios glóbulos brancos – nossas células de defesa – são capazes de eliminar a virose. Já a dengue hemorrágica pode até matar e, com raríssimas exceções, só ocorre nos casos reincidentes da doença Isso porque existem quatro tipos diferentes do vírus da dengue: quem é infectado por um deles desenvolve anticorpos permanentes contra esse tipo específico, mas continua vulnerável aos demais. Se surge uma segunda contaminação, a doença torna-se muito mais violenta, acompanhada – por estranho que pareça – de uma produção anormal de anticorpos. “Esse paradoxo ainda é um mistério para nós. Mas o número exagerado de células de defesa aumenta também a quantidade de outras substâncias naturalmente liberadas durante o processo infeccioso, que acabam causando lesões nas paredes dos vasos sanguíneos.

Como o vírus destrói as plaquetas – células sanguíneas responsáveis pela cicatrização –, esse sangramento interno (a hemorragia propriamente dita) não é estancado.  Isso faz cair a pressão arterial, levando à insuficiência circulatória, que pode ser fatal.

DENGUE CLÁSSICA

SINTOMAS – Febre alta, dor de cabeça, fadiga e falta de apetite, dores nos músculos, nas juntas e ao redor dos olhos. Manchas na pele e sangramentos leves também costumam ocorrer.

TRATAMENTO – Resume-se a alguns cuidados para aliviar os sintomas. Os médicos geralmente receitam apenas antitérmicos para baixar a febre e soro fisiológico para reidratar o organismo

DENGUE Hemorrágica

SINTOMAS – Os mesmos da dengue comum, mais sangramentos leves – na gengiva, por exemplo – e outros mais graves, como hemorragias gastrointestinal e intracraniana e derrames

TRATAMENTO – Terapias contra insuficiência circulatória, como reposição de plasma. Deve-se evitar remédios à base de ácido acetilsalicílico (como a aspirina), pois podem provocar ainda mais sangramento.  

DENGUE CLÁSSICA

1 – Após a penetração do vírus na corrente sanguínea, entram em ação os glóbulos brancos. Essas células, responsáveis pela defesa do organismo, fazem o primeiro ataque ao inimigo invasor.

O combate desencadeia um processo inflamatório. Nessa etapa, o organismo produz anticorpos especificos contra o tipo do vírus que causou a infecção, tornando-se imune a ele. A pessoa está curada.

O mesmo indivíduo é picado por um mosquito contaminado por outro dos quatro diferentes tipos de vírus da dengue. Dessa vez, não se sabe por que, o organismo produz anticorpos em níveis exagerados.

Como em todo processo infeccioso, são liberadas substâncias chamadas mediadoras – só que em quantidade anormal. Tamanho excesso lesiona a veia. Como o vírus também destrói as células responsáveis pela cicatrização e o sangramento pode ser fatal.

Doenças que ocorrem tanto em seres humanos quanto em outros animais


Existem doenças que ocorrem tanto em homens quanto em outros animais, como é o caso do câncer. Isso acontece porque muitos seres apresentam anatomia e fisiologia parecidas.

→ Epilepsia
A epilepsia é um problema que provoca a ocorrência de várias crises epiléticas, as quais são decorrentes de uma atividade anormal do cérebro. Esse problema é bastante conhecido em seres humanos e também muito relatado em outros seres vivos, como animais de estimação. A epilepsia acomete de 2% a 3% dos cães, e, em gatos, a incidência é de 0,5%, sendo assim, é de fundamental importância que esse distúrbio seja compreendido adequadamente por médicos veterinários.

→ Diabetes
O diabetes mellitus é uma doença relacionada com uma baixa produção ou problemas na ação de um hormônio chamado de insulina. É a insulina que garante o controle de glicose no sangue, pois diminui a taxa dessa substância ao permitir a sua entrada na célula. No diabetes, observa-se a hiperglicemia, que é um aumento da glicose no sangue.

O diabetes não é uma doença endócrina exclusiva de seres humanos e pode ocorrer também em outros organismos. Em animais de estimação, sua ocorrência está crescendo por causa do aumento no número de animais sedentários e obesos.

→ Câncer
O câncer é um problema que pode afetar diferentes partes do organismo do homem, assim como de outros seres vivos. Essa doença caracteriza-se por uma multiplicação desordenada de células, que são capazes de invadir tecidos e órgãos vizinhos e até mesmo distantes do seu local de origem.

Caso não seja tratado adequadamente, o câncer pode levar à morte, o que não é diferente em outros seres vivos. Geralmente, o tratamento em outros animais consiste na cirurgia para a retirada de tumor, porém, algumas vezes, recomendam-se outros procedimentos, como a quimioterapia. Essa doença é grave em qualquer ser vivo, e é considerada a primeira causa de morte em cães idosos.

“gripe é uma doença viral bastante frequente nos seres humanos. Apesar de ser pouco preocupante na maioria dos casos, é uma enfermidade que merece atenção. Nos Estados Unidos, por exemplo, a gripe mata aproximadamente de 20 mil a 40 mil pessoas todos os anos.

Assim como as outras doenças citadas, a gripe também não é exclusiva dos seres humanos. Em razão desse fato, muitas variantes da gripa podem surgir, uma vez que frequentemente o ser humano é contaminado por vírus presentes em outras espécies animais. O vírus Influenza A, por exemplo, é responsável pela contaminação de organismos como suínos, equinos, cães, gatos e aves.”

A pneumonia é uma inflamação dos pulmões que acomete diversos organismos, tais como cães e gatos. Animais em cativeiros, como répteis, frequentemente também são acometidos pelo problema. Essa doença, que pode ser causada por vírus, fungos e bactérias, necessita de cuidado especial, pois pode causar a morte do indivíduo se não tratada adequadamente.

Saúde – Mais Sobre Tirzerpatida – Novo remédio para diabetes que promove perda de peso inédita


Trata-se de uma medicação injetável de uso semanal bastante aguardada por médicos e pacientes após estudos anunciarem efeitos significativos no controle da glicemia e do peso corporal.

O remédio, desenvolvido pela farmacêutica Eli Lilly, inaugura uma nova classe terapêutica que simula a ação de dois hormônios naturalmente produzidos pelo organismo, o GLP-1 e o GIP.  Essa atuação estimula a liberação de insulina pelo pâncreas, desacelera o esvaziamento do estômago e eleva a sensação de saciedade, contribuindo para o equilíbrio dos níveis de açúcar no sangue e a perda de peso – fator que também favorece o controle do diabetes.

Nos estudos clínicos com o medicamento, mais da metade dos participantes alcançou índices considerados normais de hemoglobina glicada, exame que dá uma média do comportamento da glicemia nos últimos três meses.

O sinal verde concedido pela Anvisa foi amparado em um conjunto de dez estudos envolvendo, ao todo, mais de 19 mil pessoas com diabetes tipo 2 pelo mundo, inclusive no Brasil. 

O diabetes é um problema de saúde global que afeta aproximadamente 463 milhões de adultos (20 a 79 anos de idade) mundialmente, com o T2DM sendo responsável por aproximadamente 90% de todos os diabetes no mundo (IDF 2019). O diabetes mellitus tipo 2 é uma das principais causas de insuficiência renal, cegueira, amputação e doença CV, e essas complicações são as principais causas de óbito na maioria dos países (IDF 2019). Espera-se que a prevalência mundial de diabetes aumente ao longo do tempo: no ano de 2030, a projeção de 578,4 milhões de adultos com idade entre 20 e 79 anos e, no ano de 2045, a projeção de 700,2 milhões viverão com diabetes.

Estudos evidenciaram que a tirzepatida reduz efetivamente a HbA1c e espera-se que resulte em redução do risco de doença microvascular a longo prazo, prevenindo cegueira, insuficiência renal com necessidade de diálise e amputação devido à neuropatia. Além disso, a tirzepatida parece fornecer controle glicêmico superior a algumas outras terapias disponíveis. Outro benefício dessa droga é a mudança favorável do peso corporal (perda de peso), uma vez que o sobrepeso e a obesidade contribuem para a fisiopatologia do DM2. O perfil de reações adversas é semelhante ao dos agonistas de GLP-1 comercializados e, devido ao uso prevalente dessa classe de medicamentos, espera-se que seja bem aceito por pacientes com diabetes. As reações adversas mais comuns estão relacionadas à tolerabilidade gastrointestinal e diminuição do apetite. Na dose mais alta de 15 mg, 6,6% dos pacientes descontinuaram a tirzepatida devido a eventos adversos gastrointestinais. Essas reações adversas são facilmente identificáveis por pacientes que podem optar por descontinuar a terapia sem danos residuais e espera-se que a dose seja titulada clinicamente de acordo com a tolerabilidade e as necessidades de controle glicêmico.

Aliado Contra o Diabetes


Tirzepatida é a nova esperança. Cerca da metade das pessoas com diabetes que utilizaram o remédio atingiram a taxa de hemoglobina glicada menor que 5,7 %, valor considerado de referência para pessoas sem diabetes, a perda média de peso entre os participantes do estudo chegou a 13% e algune indivíduos, 15%. A maioria das pessoas com diabetes tipo 2 também é obesa. Estudos com a tirzepatida em pessoas com obesidade sem diabetes constataram redução média de 23%. Alguns com perda superior a 30%, mas no momento a medicação ainda não é aprovada contra a obesidade. Há efeitos colaterais como náuseas e diarréias. Houve também redução de gordura no fígado, pressão e níveis de triglicerídes. Mas ainda levará alguns meses até que ela esteja disponível no Brasil.

Ser Atleta de Fim de Semana Faz Bem ao Coração (?)


Muita gente prefere praticar exercícios no final de semana, quando tem mais horas disponíveis. Mas será que compensa?
Segundo estudiosos, tanto ativdades intensas nos finais de semana quanto exercícios regulares moderados foram associados a risco menor de AVC. Mas para a conta fechar tem que somar 150 minutos ou mais de treinos vigorosos por semana. Mas o maior problema é a falta de condicionamento.
A bicicleta é um ótimo exercício cardio, que faz gastar bastante caloria e trabalha bem os músculos inferiores. Fazer uma mescla de exercícios aeróbicos para diversas partes do corpo também é uma boa pedida.

Saúde – Reconhecendo Sinais de Ataque Cardíaco


Uma pesquisa apresentada no Congresso da Sociedade Europeia de Cardiologia 2023 indica que reconhecer e agir sobre os sintomas de ataque cardíaco pode proporcionar uma recuperação mais rápida e eficiente. Para chegar a esses resultados, o estudo utilizou dados do KRAMI-RCC, um registro alimentado com respostas dadas por sobreviventes de infartos da Coreia do Sul. Pacientes que passaram por mais de um ataque cardíaco são mais propensos a conhecer os seus sintomas. Apesar disso, essa taxa de identificação ainda é baixa em ambos os grupos”, destaca Kyehwan Kim, um dos autores do estudo e especialista do Hospital da Universidade Nacional de Gyeongsang, em nota à imprensa.
Além da característica dor no peito, outros efeitos de um infarto incluem dor irradiada para os braços, mandíbula e pescoço; tontura; suor frio; falta de ar; mal-estar e perda de consciência. Segundo Kim, “a maioria das pessoas aponta a dor no peito, mas menos de um terço reconhece os demais sintomas”.
Amostragem
O registro KRAMI-RCC recebe as respostas dadas por sobreviventes de ataques cardíacos logo no início de seu processo de recuperação. Enfermeiros treinados conduzem os questionamentos, que têm como objetivo registrar os possíveis efeitos sentidos pelos indivíduos: dor no peito; falta de ar; suores frios; dor irradiada para a mandíbula, ombro ou braço; tontura/vertigem/tontura/perda de consciência; e dor de estômago.
Dessa forma, as pessoas foram classificadas em dois grupos: como tendo “sintomas reconhecidos”, se conseguissem identificar pelo menos um dos efeitos listados ou, caso contrário, como “não reconheceram os sintomas”. Feito isso, os pesquisadores compararam as características dos pacientes, o tempo de tratamento e sua sobrevida.
A análise ainda considerou características sociais dos indivíduos, como idade, sexo, status de relacionamento e escolaridade. Também foi levantado o histórico de saúde das pessoas, a fim de se observar a reincidência de infartos e o diagnóstico de outras doenças ou condições médicas.

Ao todo, o estudo incluiu 11.894 pessoas. Desse número, 10.623 (90,4%) tiveram apenas um ataque cardíaco e os outros 1.136 (9,6%) tiveram um evento repetido. Dentre os casos de reincidência do infarto, 118 foram excluídos por falta de dados, restando, assim, 1.018 pacientes para as análises.
No geral, pouco mais da metade dos avaliados (52,3%) reconheceu os sintomas do infarto. A maioria das pessoas (92,9%) conseguiu identificar a dor torácica, enquanto aproximadamente um terço reconheceu falta de ar (32,1%) e suores frios (31,4%). Pouco mais de um quarto reconheceu dor irradiada (27,4%), enquanto apenas 7,5% identificaram vertigem/tontura/perda de consciência e 1,3% notaram a dor de estômago.

Em relação às características dos pacientes, os homens (79,3%) mostraram-se mais propensos a reconhecer os sintomas do que as mulheres (69%). Outros traços associados ao reconhecimento dos sinais foram ter uma idade mais jovem, apresentar maior nível de escolaridade e morar com um cônjuge.
Os pesquisadores também compararam o tempo de terapia e os resultados entre os dois grupos. Cerca de 57,4% dos sobreviventes que identificaram corretamente os sintomas do infarto receberam tratamento para abrir as artérias e restaurar o fluxo sanguíneo no prazo de duas horas, em comparação com apenas 47,2% daqueles que não reconheceram os sintomas.

Da mesma forma, os pacientes que reconheceram os sintomas tiveram menor taxa de mortalidade hospitalar (1,5%) em comparação com aqueles que não o fizeram (6,7%). O grupo que não consegue reconhecer os sintomas com mais frequência foi associado a quadros clínicos com possíveis complicações, como choque cardiogênico e insuficiência cardíaca.
Entre as pessoas com infarto do miocárdio recorrente, a taxa de reconhecimento de sintomas foi de 57,5% para aqueles previamente inscritos no KRAMI-RCC e de 43,2% para aqueles não inscritos anteriormente. Apenas 14,4% dos indivíduos que enfrentaram um infarto pela primeira vez conseguiram identificar os sintomas.

“As descobertas indicam que é necessário educar o público em geral sobre os ataques cardíacos. Logo que se sentir os primeiros sintomas de um infarto, já se deve solicitar uma ambulância. Em nosso estudo, os pacientes que conheciam os sintomas de um ataque cardíaco tinham maior probabilidade de receber tratamento rapidamente e, posteriormente, sobreviver”.
Segundo o Ministério da Saúde do Brasil, ataques cardíacos são a maior causa de mortes no país. Estima-se que ocorram de 300 mil a 400 mil casos anuais de infarto, e que a cada cinco a sete casos, ocorra um óbito. “Para diminuir o risco de morte, o atendimento de urgência e emergência, nos primeiros minutos, é fundamental para salvar uma vida”.

Saúde – Evitando o Infarto


O infarto é uma das doenças mais perigosas e que mais matam os brasileiros. Ele é causado pela falta de oxigênio no sangue, quando a circulação sanguínea para de funcionar.
Por mais que o infarto seja mais comum em pessoas hipertensas ou com colesterol alto, é capaz de atingir pessoas de qualquer idade. O que provoca o infarto é o acúmulo de gordura no fluxo sanguíneo.
COMO EVITAR UM INFARTO?
Ter uma alimentação rica em fibras e vitaminas
Praticar exercícios físicos ou esportes
Evitar o consumo de alimentos gordurosos, com alto teor calórico
Evitar o consumo de álcool e cigarros
Consultar um médico cardiologista, pelo menos uma vez no ano, para verificar algum indício de riscos.

Sintomas

Dor no peito que se espalha para o braço esquerdo
Suor frio
Palidez
Sensação de desmaio
Falta de ar
Náuseas
Vômito
Segundo o Hospital Albert Einstein, o tratamento recomendado para o infarto é a desobstrução da artéria entupida e o uso de medicamentos.

Saúde – A Importância da Vacinação Contra o HPV


Ao longo da vida, uma a cada duas pessoas já teve, tem ou terá contato com o HPV (papilomavírus humano), uma Infecção Sexualmente Transmissível (IST) relacionada a diversos tipos de câncer, que atinge 291 milhões de mulheres e homens no mundo. Embora muitos sejam infectados pelo vírus, poucos descobrem que são portadores, seja pela falta de informação ou por serem casos assintomáticos. A cobertura vacinal, como mais um ponto negativo, está longe do recomendado.
O que é o HPV?
O papilomavírus humano é um grupo de vírus com pelo menos 14, dos seus 200 subtipos, cancerígenos. A IST causada por eles é transmitida por contato direto com a pele ou mucosa infectada, sendo a via sexual, mesmo que sem penetração vaginal ou anal, a principal forma de contágio, o que inclui contato oral-genital.
A maioria das infecções por HPV é assintomática ou inaparente e de caráter transitório, ou seja, regride com o passar do tempo. No entanto, é um fator de risco para um câncer invasivo no colo do útero, que é a principal causa de morte entre mulheres na América Latina e no Caribe, segundo a Organização Pan-Americana da Saúde (OPAS). Nos homens, geralmente a área afetada é o pênis, que fica com verrugas. Entre os sinais, também podem aparecer dor e sangramento.
Prevenção antes de tratamento
Vacinação, uso de preservativos, exames de rotina e diagnóstico precoce são essenciais para o combate ao câncer do colo de útero e outros tumores do sistema reprodutivo. A vacina novalente, que chegou ao Brasil neste mês, atua contra o HPV, o que previne este tipo de câncer e o de vulva, vagina, canal anal, pênis, de boca e garganta. Além dos quatro subtipos do vírus que a quadrivalente já protegia (6, 11, 16 e 18), ela atua contra mais cinco adicionais (31, 33, 45, 52, 58), que são responsáveis por um acréscimo de 20% dos casos de câncer de colo de útero. Vale lembrar que a cobertura vacinal gratuita contra o HPV é exclusiva para meninas e meninos de 9 a 14 anos.
Embora a quadrivalente já estivesse disponível para adolescentes e imunossuprimidos (pessoas que são portadoras de HIV, transplantados de órgãos sólidos ou medula óssea e pacientes oncológicos), a cobertura vacinal está abaixo dos 80% recomendados pelo Ministério da Saúde. Em 2022, por exemplo, somente 55,6% das meninas tomaram a segunda dose; contra 35,6% dos meninos. O problema é que é durante essa idade que a imunização tem maior potencial, porque geralmente a criança ainda não iniciou a vida sexual.
Isso, muitas vezes, está relacionado ao estigma ligado à vacina. Pais não vacinam os filhos por presumirem que estimularia o sexo, adultos não tomam as doses por pensarem que os efeitos só são sentidos quando não há prática de atividade sexual alguma e pessoas que já tiveram contato com o vírus acham que não precisam de nenhuma proteção. No entanto, o risco de infecções ou reinfecções diminui drasticamente em todos os casos.
Como tratar?
Existe um tratamento voltado a controlar os sintomas do HPV, como o aparecimento de verrugas ou sangramentos, que pode ser realizado por profissionais de saúde tanto no SUS quanto em redes de saúde privada. As chances de eliminar os sinais são grandes, sendo que o processo dói durante a cirurgia e na própria recuperação. Caso surjam dúvidas, leve ao seu médico, como ensinam as duas especialistas, “Empodere-se! A conscientização traz mudanças. Se a gente conhece o HPV, a gente detecta, descobre e questiona”..

Programado Para Morrer – Humanos são programados para viver apenas 38 anos


Cientistas australianos descobriram uma forma de usar mutações no DNA para determinar a longevidade de várias espécies de vertebrados, inclusive os seres humanos
Pesquisadores do CSIRO, a agência governamental australiana que coordena a pesquisa científica no país, desenvolveram um método para medir a longevidade de uma espécie na natureza através de marcas em seu DNA. E fizeram uma descoberta surpreendente: somos “programados” para viver apenas 38 anos.
“Existem muitos genes ligados à longevidade, mas as diferenças entre as sequências de DNA desses genes não parecem explicar as diferenças na longevidade entre espécies”, disse o Dr. Ben Mayne, pós-doutorando associado ao CSIRO. “Em vez disso, acreditamos que a densidade de um tipo especial de mutação no DNA, chamada metilação do DNA, determina a longevidade natural dos vertebrados”.
“A metilação do DNA não altera a sequência de um gene, mas age como um interruptor e ajuda a controlar se e quando ele está ligado. Usando o tempo de vida conhecido de 252 espécies diferentes de vertebrados, fomos capazes de prever com precisão a longevidade através da densidade de metilação do DNA que ocorre em 42 genes diferentes. Estes genes provavelmente são bons alvos para o estudo do envelhecimento, o que é de enorme significado biomédico e ecológico “.
Para calibrar seu método, cientistas usaram como base o genoma de animais com longevidade conhecida, disponível em bancos de dados públicos como o NCBI Genomes e a Animal Ageing and Longevity Database.
Usando este método, os cientistas conseguiram determinar que a longevidade de uma Baleia da Groenlândia pode chegar a 268 anos, 57 anos a mais do que se acreditava possível. Um Mamute Lanoso, extinto há cerca de 10 mil anos, vivia 60 anos. Já a recém extinta tartaruga-gigante da ilha Pinta, no arquipélago de Galápagos, poderia chegar a 120 anos. O último exemplar da espécie, conhecido como “George Solitário”, morreu em 2012 aos 102 anos.
Ao analisar o genoma de hominídeos, os cientistas descobriram que os extintos Denisovanos e Neandertais podiam viver até 37,8 anos, o mesmo que os humanos modernos na mesma época.
Então, porque vivemos muito mais do que isso? A resposta é simples: uma combinação de avanços na medicina, mudanças no estilo de vida e melhor alimentação aumentaram nossa “validade”. O mesmo pode ser observado em outros animais: a longevidade média de um gato doméstico é de 15 anos, mas há casos registrados de animais que, com cuidado adequado, viveram mais de 30.

Como ter mais longevidade e expectativa de vida?


A evolução da longevidade cresce vertiginosamente desde o início do século. Entretanto, mesmo que no início do Século XX tivemos grandes revoluções na medicina, a expectativa de vida ao redor do mundo continuou crescendo por todo Século XXI também.
podemos ver claramente o aumento na expectativa de vida nos anos 1900 quando foram inventados novos medicamentos, como vacinas e antibióticos. Mas, posteriormente, o mundo se envolveu nas Grandes Guerras, e a expectativa caiu bruscamente nos anos 40. Mesmo assim, a expectativa de vida continuou crescendo, e levando novos desafios para a comunidade médica.
Como já falamos em outros textos, o aumento da longevidade fez com que doenças, antes consideradas raras, tivessem maior incidência, como as doenças neurodegenerativas, doenças crônicas pulmonares, cânceres e diabetes. Isso é facilmente entendido por cientistas e profissionais da saúde, pois, naturalmente, o corpo não foi feito para viver com auxílio de medicamentos e outros recursos. Nesse sentido, as células passam a falhar ao desempenhar suas funções, e por isso essas doenças são frequentemente relacionadas ao envelhecimento.
No início do Século XX a sociedade evoluiu em diversos sentidos que contribuíram para o aumento da longevidade de vida. Infelizmente, alguns desses avanços foram permitidos somente por conta das duas Grandes Guerras Mundiais que o mundo se envolveu, como é o caso da descoberta da Penicilina por Alexander Flamming, médico da 1º Guerra Mundial.
Mas, como falamos, não foi somente a descoberta de novos medicamentos que fez com que a expectativa de vida aumentasse. Na metade do século XX também foram feitos os primeiros transplantes de órgãos, e medidas de saneamento básico foram implementadas no mundo todo, diminuindo a incidência das doenças infectocontagiosas.
Também podemos mencionar que a população passou a ter mais instrução, tomando medidas para ter uma vida mais longeva. Na semana passada publicamos um texto sobre o tabagismo e os males que o fumo causa na saúde. Para se ter uma ideia, de acordo com o site Our World In Data, em 2000, 32,8% da população brasileira acima de 15 anos fumava um cigarro diariamente. Em 2018 esse número era de 16,5%.
Não faz bem para a saúde comer até se sentir “cheio”. Isso foi verificado pelo escritor e empresário Dan Buettner, conforme foi publicado pela UOL em 2019. O autor pesquisou os hábitos das pessoas que vivem em países mais longevos e constatou que é um hábito desses países não comer até ficar super satisfeito. De acordo com a publicação, é importante mastigar lentamente os alimentos, já que o cérebro demora cerca de 20 minutos para registrar a saciedade após a primeira garfada. A alimentação em excesso também está relacionada a obesidade, que, por sua vez, desencadeia outras doenças graves, como doenças cardíacas e diabetes.
Uma pesquisa promovida pelo Centro de Pesquisas Biomédicas Pennington, dos EUA, concluiu que cortar 15% das calorias diárias pelo período de dois anos já retarda o processo metabólico, diminuindo o dano da oxidação e protegendo o corpo de doenças relacionadas ao envelhecimento.
O corpo necessita de movimento, e, como já falamos, da mesma forma que ele não foi feito para viver tanto, ele também não foi feito para ficar parado. Após os 50 anos começamos a perder massa muscular, processo chamado de sarcopenia. Estima-se que cerca de 1% e 2% de massa magra seja perdida anualmente. A USP realizou uma pesquisa e constatou que a queda progressiva da composição natural é um fator relacionado a longevidade.
Num estudo, realizado ao longo de quatro anos com um grupo de 839 idosos, os pesquisadores observaram que o risco de mortalidade em geral durante o período foi de 63 vezes maior entre mulheres com pouca massa apendicular (massa dos braços e pernas) e 11,4 vezes maior entre homens. A OMS recomenda 150 minutos (2,5 horas) de exercício físico toda semana, principalmente musculação. Atividades diárias que exigem movimento, como caminhar para o trabalho e subir escadas são recomendadas também. Em todas as idades, os problemas de alimentação incluem tanto a desnutrição quanto o consumo excessivo de calorias. Uma dieta equilibrada para mais longevidade de vida consiste em consumir todos os MACROS (proteínas, gorduras e carboidratos) e MICRONUTRIENTES (vitaminas e minerais). O Guia Alimentar para a População Brasileira, criado pelo Ministério da Saúde, criado em parceria com a Organização Pan-americana de Saúde, Organização Mundial de Saúde e a Universidade de São Paulo, recomenda priorizar alimentos naturais e frescos, e utilizar óleos, gorduras, sal e açúcar em pequenas quantidades, bem como evitar alimentos processados e ultraprocessados.
A Universidade de Harvard fez um estudo durante 12 anos para avaliar mudanças na dieta de 74 mil pessoas. Dessa forma, constataram que pequenas mudanças são suficientes para aumentar significativamente a expectativa de vida. Os resultados mostraram que as pessoas que comeram melhor, ingerindo grãos, frutas, vegetais e peixes, ricos em ômega 3, reduziram entre 8% e 17% o risco de morte prematura por qualquer causa. A piora na qualidade da dieta mostrou um aumento na mortalidade de 6% a 12%.
Além dos fatores físicos, a saúde mental está cientificamente associada a longevidade. Uma pesquisa, realizada em colaboração de diversas universidades renomadas dos EUA, como a Escola de Medicina da Universidade de Boston e a Escola de Medicina da Universidade de Harvard, analisou 71 mil homens e mulheres durante 30 anos e 10 anos, respectivamente. Com isso, eles constataram que as pessoas consideradas otimistas tiveram vidas de 11% a 15% mais longas que os considerados pessimistas, além de possuírem chance de 50% a 70% maior de chegarem aos 85 anos.
Um estudo realizado na Inglaterra analisou 9.050 pessoas com idade média de 65 anos. Ao longo dos oito anos e meio de pesquisa foi constatado que as pessoas que sentiam que o que faziam realmente valia a pena tiveram 30% menos chances de morrer, e viveram, em média, dois anos a mais do que os demais. A explicação é que as pessoas com propósito são mais motivados e possuem mais controle sobre suas emoções. Além disso, levam uma vida mais saudável e apresentam melhores índices metabólicos, com um sistema imunológico mais fortalecido e melhor desempenho cerebral.
Situações de estresse são comuns, mas viver estressado é muito prejudicial para a saúde. A situação de estresse faz com que haja uma série de reações físicas e emocionais, desencadeando problemas capazes de causar ou acelerar a morte e antecipar o envelhecimento. Enfraquecimento do sistema imunológico, alteração no sono, doenças psiquiátricas e indução a hábitos não saudáveis, como o fumo, são efeitos do estresse. Pesquisadores do Projeto Blue Zone verificaram que pessoas em países mais longevos se estressam em alguns momentos. Entretanto, o diferencial é que eles possuem mais recursos e tomam atitudes para aliar o estresse. Exemplo disso é não trabalhar tanto, ter momentos de lazer, participar de atividades comunitárias, praticar algum hobby e cuidar da espiritualidade.

Medicina – Por que dá dor de estômago e nas costas?


A dor no estômago e dor nas costas que acontecem ao mesmo tempo, sugerem um problema gastrointestinal, como gastrite, refluxo ou excesso de gases.
No entanto, existem outras causas, como: pedra nos rins, infecção urinária, inflamação de vesícula, inflamação do pâncreas (pancreatite), contraturas musculares e dissecção de aorta.
Algumas situações são menos preocupantes, mas outras podem oferecer risco de morte, como a pancreatite e a dissecção de aorta. Portanto, se apresenta os sintomas com frequência ou se a dor vier associada a febre, vômitos e queda da pressão, procure um atendimento médico para avaliação.
Gastrite
Na gastrite, inflamação da parede do estômago, os sintomas são de dor na “boca do estômago”, dor localizada na região central da barriga, associada a outros sintomas típicos, como:
Azia,
Indigestão,
Sensação de barriga inchada,
Mau hálito.
A dor pode ser irradiada para as costas, devido ao incômodo, que leva a posturas de compensação e com isso, mau jeito e contraturas musculares.
O tratamento deve ser feito com antiácidos, alimentação balanceada, comer mais vezes e em menor quantidade, além de reduzir o peso (para pessoas acima do peso ideal) e acompanhamento regular por um gastroenterologista.
O refluxo gastroesofágico causa queimação no peito, que pode vir acompanhada de “dor no peito”, que irradia para o dorso, por vezes confundida com infarto do coração, devido a sua localização e intensidade.
A azia e a dor no peito nos casos de refluxo, ocorrem principalmente após a alimentação.
O tratamento também deve ser acompanhado pelo gastroenterologista e se baseia na mudança de hábitos, alimentação balanceada e uso de medicamentos antiácidos.
O acúmulo de gases no abdome, pelo consumo de alimentos gordurosos ou bebidas gaseificadas, é uma causa comum de dores abdominais que irradiam para as costas.
Outros sintomas associados são a sensação de barriga inchada e episódios de arrotos e flatulência.
O alívio dos sintomas se dá com massagens, movimentação, e quando preciso, medicamento antigases, como a simeticona.
Pedra nos rins
A doença renal, seja presença de pedra nos rins ou infecção renal, pode causar a dor na região nas costas que irradia para a barriga.
Na presença de pedras, a dor pode vir associada a náuseas, vômitos, suor frio e sangue na urina. Na infecção urinária que atinge os rins, é comum a presença de febre e ardência ao urinar, junto com a dor.
O tratamento deverá ser definido pelo urologista. Nos casos de infecção urinária é preciso uso de antibióticos. Na presença de pedra obstruindo o fluxo de urina, antibióticos e procedimento cirúrgico para a retirada e restabelecimento do fluxo urinário.
Cálculo na vesícula
A presença de pedras na vesícula causa cólicas, náuseas e vômitos, após a alimentação mais gordurosa. Essa dor pode ser irradiada para o dorso, especialmente se houver inflamação na parede da vesícula.
O tratamento definitivo é feito com a retirada do órgão por cirurgia. O cirurgião geral é o responsável pela avaliação e conduta.
Pancreatite
A pancreatite é a inflamação do pâncreas e tem como sintoma principal a dor que se inicia no meio da barriga e se espalha para a costas, formando uma dor em “cinturão de dor”. Além da dor é comum a presença de náuseas,vômitos, suor frio e febre.
Trata-se de uma doença grave, que pode levar ao óbito se não for rápida e devidamente tratada.
O tratamento consiste em suspender completamente alimentação pela boca, medicamentos e pesquisa da causa desse problema. Se a causa for um cálculo impactado, pode ser indicado um procedimento cirúrgico de urgência.
Dissecção de Aorta
A dissecção da artéria aorta, é o descolamento entre as suas paredes (interna e média), que formam um espaço e permite o acúmulo de samgue nesse espaço. O acúmulo de sangue (hematoma), causa uma fragilidade nesse vaso.
Com isso, um trauma ou aumento da pressão podem levar a ruptura da artéria. No entanto, por ser a maior artéria do corpo humano, a sua ruptura causa um sangramento grave e alto risco de morte.
Os sintomas são de dor súbita na região do tórax, que irradia para o meio das costas. O paciente pode sentir ainda, mal-estar, suor e queda da pressão.
Na suspeita de dissecção de aorta, procure imediatamente uma emergência médica.
Dor muscular
A dor muscular, devido a um mau jeito, trauma, ou posturas ruins no dia a dia, causam dor no dorso ou em toda a parte das costas, pode também irradiar-se para o dorso, dependendo do grupo muscular comprometido.
Neste caso, o tratamento deve ser feito com repouso e uso de relaxante muscular.
Quando procurar uma emergência?
Quando apresentar dor associada a um dos sinais e sintomas listados abaixo, procure imediatamente uma emergência médica.
Dor em cinturão, associada a náuseas e vômitos
Febre alta (acima de 37.8º)
Queda da pressão arterial, suor frio
Icterícia (olhos ou pele amarelada)
Alteração neurológica (dor associada a desmaio ou perda da consciência).
Para maiores esclarecimentos, converse com o seu médico de família ou clínico geral.

Gastroenterologia – Refluxo


O tratamento pode ser feito com medicamentos, dieta, mudanças na alimentação e no estilo de vida, além de cirurgia, dependendo do caso.
O tratamento medicamentoso do refluxo inclui o uso de remédios que modificam a produção de ácido estomacal ou favorecem o esvaziamento gástrico. O tratamento do refluxo gastroesofágico é feito sobretudo com medicamentos e mudanças na dieta. Os casos mais graves necessitam de cirurgia.
Os principal grupo de medicamento usados para tratar o refluxo são os inibidores de bomba de prótons (omeprazol, pantoprazol, entre outros). Outras medicações eventualmente também podem ser usadas como antagonistas dos receptores H-2, que bloqueiam a secreção de suco gástrico.
Cirurgia para refluxo gastroesofágico
Já a cirurgia para refluxo é indicada quando a medicação e as mudanças na alimentação e no estilo de vida não resultam, ou como alternativa a tratamentos demasiado longos.

O tratamento cirúrgico consiste no fortalecimento da válvula responsável por impedir o refluxo, localizada na entrada do estômago. Nenhuma parte do estômago é retirada na cirurgia.

Medidas não medicamentosas no tratamento do refluxo
É fundamental alterar o estilo de vida durante o tratamento do refluxo gastroesofágico. Apenas os medicamentos não são suficientes para tratar o problema.
Alguns alimentos e bebidas que devem ser evitados por pessoas com refluxo gastroesofágico: café ou qualquer outra bebida com cafeína, chocolate, alimentos ácidos ou muito condimentados, bebidas alcoólicas e bebidas gasosas.
Algumas das recomendações para aliviar e evitar o refluxo gastroesofágico incluem não fumar, não ingerir bebidas alcoólicas, perder peso (quando necessário), reduzir o tamanho das refeições, evitar roupas apertadas, não ir dormir logo após uma refeição (esperar pelo menos 3 horas) e colocar calços de 15 a 20 cm embaixo dos pés da cama para elevar a cabeceira.
O que é refluxo e quais são os sintomas?
O refluxo gastroesofágico é o retorno do conteúdo do estômago para o esôfago. O refluxo pode ocorrer quando há muita produção de ácido estomacal ou quando o músculo que fecha a passagem entre o estômago e o esôfago (esfíncter) não fecha adequadamente.

Os sintomas do refluxo gastroesofágico incluem azia, sabor ácido na boca devido ao retorno de alimentos ou bebidas que retornam estômago, sensação de queimação no peito, dificuldade para engolir e tosse seca.
Quais as possíveis complicações do refluxo?
Apesar de evoluir bem e ter um bom prognóstico com o tratamento adequado, o refluxo pode causar algumas complicações se não receber o tratamento e cuidados necessários.
Dentre as possíveis complicações decorrentes do refluxo estão: lesões na mucosa gástrica, hemorragias, úlcera, esofagite, estreitamento do esôfago, esôfago de Barrett e câncer de esôfago.
O tratamento do refluxo gastroesofágico pode ser realizado pelo médico de família, clínico geral ou gastroenterologista.

Medicina – Cuidado com a Esofagite


Pode favorecer o desenvolvimento de câncer de esôfago, pois a acidez do refluxo provoca alterações celulares na sua mucosa, que, com o tempo, facilitam o desenvolvimento de lesões, até mesmo evoluindo para o câncer.
essa modificação das células do esôfago é conhecida como esôfago de Barrett, que não deixa de ser um processo de defesa do organismo, para se proteger da ação do suco gástrico, visto que o estômago possui proteção contra o ácido do suco gástrico, mas o esôfago não.
Assim, quando as células que revestem o esôfago são continuamente atacadas pelo ácido estomacal, elas sofrem transformações e se tornam semelhantes às células do estômago para poderem resistir à acidez.
Estudos comprovaram que pacientes que apresentam esôfago de Barret com mais de 2 cm de espessura têm mais chances de desenvolver câncer de esôfago. Apesar de ter uma evolução lenta, pode causar câncer em até 1% dos casos.
Por isso, para evitar que uma esofagite evolua para uma doença mais grave, é preciso controlar o refluxo com medicamentos e mudanças na alimentação e hábitos de vida.

Mega Mitos – Microondas é Perigoso?


Quando usado corretamente, não há nada com o que se preocupar em termos de radiação de um micro-ondas, de acordo com a Organização Mundial da Saúde.
Algumas pesquisas mostraram que os legumes perdem parte de seu valor nutricional no micro-ondas.
Por exemplo, descobriu-se que o microondas remove 97% dos flavonoides – compostos com benefícios anti-inflamatórios – do brócolis. Isso é um terço a mais do que a perda causada pela fervura.
No entanto, um estudo de 2019 que analisou a perda de nutrientes do brócolis no micro-ondas apontou que estudos anteriores variavam o tempo de cozimento, a temperatura e se o brócolis estava ou não na água.
Ele descobriu que tempos de cozimento mais curtos (eles deixavam o brócolis por um minuto no microondas) não comprometiam o conteúdo nutricional.
Vapor e micro-ondas podem até aumentar o conteúdo da maioria dos flavonoides, que são compostos ligados à redução do risco de doenças cardíacas.
“Sob as condições de cozimento usadas neste estudo, o micro-ondas parecia ser uma maneira melhor de preservar os flavonoides do que o vapor”, escreveram os pesquisadores.
Mas eles também descobriram que micro-ondas com muita água (como a quantidade que você usaria para ferver) causava uma queda nos flavonoides.O pesquisador Xianli Wu, cientista do Centro de Pesquisa em Nutrição Humana de Beltsville, no Departamento de Agricultura dos EUA, diz que não há consenso para explicar por que o micro-ondas poderia aumentar o conteúdo de flavonoides.
Pode ser que ele facilite a medição dos flavonoides – talvez amolecendo o tecido da planta, facilitando sua extração – em vez de aumentar sua quantidade.
Mas não há uma resposta direta sobre se os vegetais reterão mais nutrientes no micro-ondas do que qualquer outro método. Isso ocorre porque cada alimento é diferente em termos de textura e nutrientes que eles contêm, de acordo com Wu.
Esquentando plástico
Frequentemente, colocamos no microondas alimentos em embalagens plásticas, mas alguns cientistas alertam para o risco de ingestão de ftalatos. Quando expostos ao calor, esses aditivos plásticos podem se decompor e se dissolver em alimentos.
alimentos na Universidade Estadual de Washington.
Em um estudo de 2011, os pesquisadores compraram mais de 400 recipientes de plástico projetados para conter alimentos e descobriram que a maioria vazava substâncias químicas que afetam os hormônios.
Os ftalatos são um dos plastificantes mais usados, adicionados para tornar o plástico mais flexível e frequentemente encontrado em recipientes para viagem, embalagens plásticas e garrafas de água.
Sabe-se que eles afetam hormônios e nosso sistema metabólico. Nas crianças, os ftalatos podem aumentar a pressão sanguínea e a resistência à insulina, o que pode aumentar o risco de distúrbios metabólicos, como diabetes e hipertensão.
A exposição a ele também tem sido associada a problemas de fertilidade, asma e Transtorno do Déficit de Atenção com Hiperatividade (TDAH).
Os ftalatos também são potenciais desreguladores dos hormônios da tireoide, diz Leonardo Trasande, professor de medicina ambiental e saúde da população na NYU School of Medicine, em Nova York. Entre outras coisas, esses hormônios são cruciais para o desenvolvimento do cérebro dos bebês durante a gravidez.
O bisfenol (BPA) também é comumente usado em produtos plásticos, e estudos sugeriram que ele também pode afetar os hormônios. Mas a pesquisa é limitada, comparada à quantidade de estudos que analisam os ftalatos.
Os ftalatos estão por toda parte – mesmo em brinquedos e loções para o corpo – e ainda não está claro quanto dano eles causam. Mas a maioria dos especialistas concorda que o aquecimento de plástico com ftalatos pode aumentar a exposição a eles.
Riscos para a saúde
Mesmo se você evitar plásticos, existem outros riscos potenciais de aquecer alimentos no micro-ondas – incluindo aquecimento irregular e as altas temperaturas usadas.
Primeiro, pense em usar o micro-ondas para reaquecer, em vez de cozinhar, alimentos, pois eles podem cozinhar de maneira desigual. “Dependendo da porção de alimento que é aquecida, haverá algumas partes mais quentes que outras”, diz Francisco Diez-Gonzalez, professor de segurança alimentar da Universidade da Geórgia.
“As temperaturas ficarão diferentes em partes distintas da comida. É difícil atingir uma temperatura completamente uniforme, principalmente quando se fala de alimentos crus.”
Mas é importante observar que o reaquecimento de alimentos também apresenta riscos. Os alimentos devem ser aquecidos até os 82° C (176° F) para matar bactérias nocivas, mas como as bactérias ainda podem crescer quando os alimentos esfriam, você não deve reaquecer uma refeição mais de uma vez.
Radiação segura
Quanto à radiação do micro-ondas, ela é completamente inofensiva. Eles usam radiação eletromagnética de baixa frequência – o mesmo tipo usado em lâmpadas e rádios. Quando você coloca comida dentro de um microondas, ele absorve essa radição, o que faz com que as moléculas de água na comida vibrem, causando a fricção que aquece a comida.
Os seres humanos absorvem ondas eletromagnéticas também. Mas os fornos de micro-ondas produzem ondas de frequência relativamente baixa e que ficam contidas no forno. Mesmo que não fosse o caso, as ondas são inofensivas, diz Tang. (É claro que o calor no micro-ondas não é inofensivo – portanto, você nunca deve colocar, por exemplo, uma criatura viva dentro dele).
Diferentemente dos aparelhos de raios-X, os micro-ondas não usam radiação ionizante, o que significa que eles não carregam energia suficiente para separar elétrons dos átomos.
medicina de radiação no centro médico da Universidade de Georgetown.
As preocupações com a radiação de microondas foram amplamente esclarecidas nos anos após a invenção do forno de micro-ondas.

OMS publica relatório global sobre inteligência artificial na saúde


O relatório Ethics and governance of artificial intelligence for health (Ética e governança da inteligência artificial para a saúde, em tradução ao português) é resultado de dois anos de consultas realizadas por um painel de especialistas internacionais indicados pela OMS.
A inteligência artificial pode ser, e em alguns países ricos já está sendo usada para melhorar a velocidade e a precisão do diagnóstico e da triagem de doenças; para auxiliar no atendimento clínico; fortalecer a pesquisa em saúde e o desenvolvimento de medicamentos; e apoiar diversas intervenções de saúde pública, como vigilância de doenças, resposta a surtos e gestão de sistemas de saúde.
A inteligência artificial também pode capacitar os pacientes a ter maior controle de seus próprios cuidados de saúde e compreender melhor suas necessidades em evolução. Também poderia permitir que países com poucos recursos e comunidades rurais, onde os pacientes frequentemente têm acesso restrito a profissionais de saúde ou profissionais médicos, preencham as lacunas no acesso aos serviços de saúde.
No entanto, o novo relatório da OMS adverte contra superestimar os benefícios da inteligência artificial para a saúde, especialmente quando isso ocorre às custas de investimentos e estratégias essenciais para alcançar a cobertura universal de saúde.
O documento também aponta que as oportunidades estão ligadas a desafios e riscos, incluindo coleta e uso antiético de dados de saúde; preconceitos codificados em algoritmos e riscos da inteligência artificial para a segurança do paciente, cibersegurança e meio ambiente.
Embora o investimento dos setores público e privado no desenvolvimento e implantação da inteligência artificial seja fundamental, por exemplo, seu uso não regulamentado poderia subordinar os direitos e interesses dos pacientes e das comunidades aos poderosos interesses comerciais de empresas de tecnologia ou aos interesses dos governos em vigilância e controle social.
O relatório também enfatiza que os sistemas capacitados principalmente em dados coletados de indivíduos em países de alta renda podem não funcionar bem para indivíduos em ambientes de baixa e média renda.
Os sistemas de inteligência artificial devem, portanto, ser cuidadosamente projetados para refletir a diversidade de ambientes socioeconômicos e de saúde. Eles devem ser acompanhados por capacitação em habilidades digitais, envolvimento da comunidade e conscientização, especialmente para milhões de profissionais de saúde que precisarão de alfabetização digital ou retreinamento se suas funções forem automatizadas, e que devem lidar com máquinas que podem desafiar a tomada de decisão e autonomia de provedores e pacientes.
Em última análise, orientados pelas leis existentes e obrigações de direitos humanos e novas leis e políticas que consagram princípios éticos, governos, fornecedores e designers devem trabalhar juntos para abordar questões éticas e de direitos humanos em cada estágio do design, desenvolvimento e implantação de uma tecnologia de inteligência artificial.

O Chá Verde



É um tipo de chá feito a partir da infusão da planta Camellia sinensis. É chamado de verde porque as folhas da erva sofrem pouca oxidação durante o processamento, o que não acontece com as folhas do chá-preto.
Tem vindo a ganhar popularidade no ocidente, tradicional consumidor de chá preto, nas últimas décadas, principalmente devido às propriedades medicinais atribuídas.
Segundo alguns académicos, o consumo de chá data de há 5 mil anos, sendo a sua descoberta e difusão atribuída a Shennong. Da China passou ao Japão por meio de monges budistas que viajavam entre ambos os países, tendo-se disseminado posteriormente para outras partes da Ásia.
Os tipos mais nobres de chá-verde vêm das folhas de árvores parcialmente cobertas do sol, que tem o nome genérico de Tencha. De acordo com a qualidade, e as características de cada chá, os vasos condutores podem ser removidos, para conferir um paladar mais agradável.

Gyokuro: É enrolado e processado como o Sencha, mas tem um sabor mais doce e delicado. É considerado o chá mais nobre, dentre os com folha enrolada.
Matcha: É feito a partir do tenchá triturado até a consistência do talco, e é usado no Chanoyu, a cerimônia do chá Japonesa.
Kukicha: É feito com folhas, galhos, e partes menos nobres que sobram da colheita do Gyokuro. Conhecido pelo seu sabor leve e refrescante, e sua cor levemente amarelada, um bom Kukicha tem um sabor próprio, comparado ao Oolong chinês, e muito pouca cafeína.
Estudos indicam que o chá-verde é rico em substâncias antioxidantes chamadas polifenóis, que evitam a ação destrutiva das células por parte de radicais livres (que as degeneram por meio de oxidação), auxiliando, por exemplo, na prevenção do câncer (cancro), sendo também eficazes na inversão do envelhecimento celular precoce e, por acelerarem o metabolismo, a auxiliar na queima de tecido adiposo.
Uma chávena de chá verde pode conter até 200 mg de polifenóis (flavanóides, ácidos fenólicos, catequinas), sendo o epigalocatequina galato o que demonstra possuir os maiores efeitos anti-cancerígenos, inibindo a invasão tumoral, a metástese e a angiogênese, sendo também responsável por induzir a morte celular programada de células cancerígenas (apoptose). Segundo o Dr. Richard Béliveau, regente da cadeira de Prevenção e Tratamento do Cancro na Universidade do Quebec em Montreal, cerca de 11 mil estudos comprovam a eficácia do chá verde na prevenção de vários tipos de cancer (cancro), nomeadamente os que afetam o sistema digestivo (estômago, esófago e cólon), comprovando a sua eficiência com uma redução do risco que pode atingir os 60%. Os estudos realçaram igualmente um grande êxito na diminuição de casos de canceres do pulmão (em não fumadores), próstata e mama, reduções que atingem os 20%, 50% e 40%, respectivamente. Segundo os investigadores canadianos Richard Béliveau e Denis Gingras, as variedades de chá verde japonesas são as que possuem maiores índices de antioxidantes, e concluem que preparar o chá verde com temperaturas excessivamente altas pode resultar numa diminuição da sua ação anti-cancerígena.
O chá-verde possui quantidades moderadas de cafeína (menos que o café e o chá preto), que contribuem para a prevenção de doenças neurodegenerativas, e é rico em taninos, que fazem diminuir as taxas do LDL (colesterol ruim) e fortalecem as artérias e veias, favorecendo a prevenção de doenças cardíacas e circulatórias.
Um estudo feito nos Estados Unidos indica que o extrato de chá-verde pode suprimir o crescimento de Helicobacter pylori (em vivo e em vitro).
Um outro estudo feito na Coreia do Sul sugere que um polissacarídeo ácido encontrado no chá-verde é significativamente efetivo na prevenção da adesão do H. pylori a células epiteliais humanas em cultura.
O chá-verde possui pequenas quantidades de manganês, potássio, ácido fólico, vitamina C, vitamina K, vitamina B1 e a vitamina B2.
O chá-verde é diurético.

Fitness


Que ao menos uma hora de atividade física semanal é essencial para melhorar o condicionamento físico, além da capacidade cognitiva, não é novidade. Agora, a ciência se dedica aos estudos dos efeitos do emagrecimento dos exercícios.
Com base no Instituto Nacional de Saúde dos Estados Unidos, pesquisadores da Clinica Mayo, uma das organizações de pesquisas médicas mais conceituadas do país, classificaram os 39 exercícios que mais queimam calorias. Tudo depende, é claro, da intensidade da atividade e do peso do praticante (quanto mais pesado, mais calorias se perde).

  1. Corrida (a uma velocidade de 12 km/h) 861 – 1.074 cal
    Quando Usain Bolt quebrou o recorde mundial de 100m, ele estava acelerando a 43km/h. Então, pensar em correr a 12km/h pode ser atividade relativamente fácil.
  2. Pular corda – 861-1.074 cal
    Além de divertido, é uma ótima opção para perder muitas calorias.
  3. Futebol – 752-937 cal
    De acordo com o último censo global realizado pela Fifa, estima-se que existam 265 milhões de pessoas que jogam futebol.
  4. Tae kwon do – 752-937 cal
    Esta arte marcial coreana se concentra em belos chutes em direção à cabeça. Para se ter uma ideia, somente na Grã-Bretanha há mais de 20.000 membros na Associação de Tae kwon do. Lá, há mais de 600 academias especializadas no esporte.
  5. Natação, com movimentos rápidos – 715-892 cal
    A natação é um tipo de exercício que envolve o corpo inteiro e isso é ótimo para as articulações. Movimentos bem desempenhados e feitos com rapidez garantem muitas calorias a menos.
  6. Subir escadas correndo – 657-819 cal
    Além de definir coxas e glúteos, incluir subidas de escada ao treino queima muitas calorias. De acordo com estudo do jornal britânico de medicina esportiva, mulheres sedentárias que passaram a subir degraus correndo não só aumentaram a capacidade aeróbica máxima em 17,1 % , como reduziram o colesterol “ruim” em 7,7% — além de observarem perda de peso, em uma hora de treino. E o melhor: qualquer escada de casa serve.
  7. Corrida leve (a uma velocidade de 8kmh) – 606-755 cal
    Correr mais rápido obviamente gasta mais calorias. Mas praticar o exercício em ritmo razoável também gasta. Tente correr em ritmo moderado, a cerca de 8 km/h por uma hora e veja o resultado.
  8. Tênis – 606-755 cal
    Estudos com diversos jogadores de tênis comprovaram que a massa óssea do braço desses atletas é mais forte do que a de pessoas que não praticam o esporte – o que sugere que jogar tênis durante a vida aumenta a mineralização dos ossos do braço.
  9. Escalada – 606-755 cal
    Cada parede de escalada é um quebra-cabeça, pois o cérebro precisa pensar nos próximos passos, onde o praticante deverá colocar as mãos e os pés. Treina-se mente e o corpo.
  10. Futebol americano – 584-728 cal
    Além da perda calórica, praticantes do esporte aumentam força e equilíbrio. Em 2009, aconteceu o primeiro campeonato brasileiro dessa modalidade de futebol. Segundo a Confederação Brasileira de Futebol Americano, já existem mais de 100 times espalhados pelo país.
  11. Basquete- 584-728 cal
    Basquete é daqueles esportes ótimos para exercitar a coordenação motora. É preciso mirar a cesto, correr batendo a bola, se desvencilhar do adversário e, enfim, suar a camiseta.
  12. Patinação- 548-683 cal
    Ao patinar, você faz força com as pernas para o lado. O movimento fortalece a parte externa dos glúteos e é bastante divertido.
  13. Aeróbico de alto impacto – 533-664
    Os exercícios de alto impacto incluem corrida, saltos e outras sequências misturadas. É preciso abaixar, tocar o chão, pular, subir rapidamente…
  14. Raquetebol- 511-637 cal
    À primeira vista, o esporte, muito praticado pelos americanos, lembra o squash: ambos são atividades com raquete, jogados em quadras fechadas e com bolas de borracha. As diferenças estão nas regras do jogo, no tamanho da quadra e no tipo de raquete. Mas é tão divertido quanto.
  15. Patinação no gelo – 511-637 cal
    A patinação no gelo é benéfica para as articulações, já que é de baixo impacto, além de melhorar equilíbrio e coordenação. Ótimo para todas as idades.
  16. Mochilar – 511-637 cal
    Qualquer viagem ao estilo de mochileiros, com bagagem nas costas e muita caminhada, será, além de divertida, benéfica para se livrar de algumas calorias. Ainda melhor se essa mochila estiver cheia de roupas de ginástica.
  17. Esqui lento (à uma velocidade de 4 km/h) – 496-619 cal
    O esqui lento requer uma técnica semelhante à da patinação tradicional e a no gelo — em vez de simplesmente empurrar-se para baixo em uma montanha, por exemplo, se deixe levar com pouquíssimos movimentos.
  18. Wakeboard ou esqui aquático – 438-546 cal
    O esporte proporciona um excelente treino de pernas. O praticante tem que estabilizar suas pernas para absorver os impactos na água.
  19. Máquina de remo – 438-546 cal
    Quem tiver problemas nas costas, é melhor evitar esse exercício. Acredita-se que 30% a 50% dos praticantes poderão ter algum episódio de dor lombar, em um período de doze meses.
  20. Caminhadas – 438-546 cal
    Um estudo realizado pela Universidade de Michigan descobriu que caminhar em terrenos irregulares aumenta a quantidade de energia gasta em 28% a mais do que em terrenos planos.
  21. Natação leve – 423-528 cal
    O exercício de peito é o menos benéfico para o gasto calórico, mas ainda assim o mais eficaz para treino cardiovascular.
  22. Hidroginástica – 402-501 cal
    Na hidroginástica, os exercícios realizados na têm pouco impacto. É recomendado principalmente para a terceira idade.
  23. Beisebol – 365-455 cal
    Jogadores profissionais de beisebol tendem a ser magros, com baixo índice de gordura corporal e com grande capacidade de corrida em apenas sete segundos.
  24. Canoagem – 256-319 cal
    A principal diferença entre uma canoa e um caiaque está nas lâminas da pá (a canoa tem uma, o caiaque tem duas). A posição de assento também é um diferencial: enquanto o canoista se senta ou se ajoelha, o praticante de caiaque fica com as pernas esticadas na parte da frente.
  25. Halterofilismo – 365-455 cal
    Levantamento de peso. Estudos compravam que a atividade é capaz de retardar a chamada sarcopenia: perda natural de massa muscular que ocorre à medida que envelhecemos.
  26. Corrida leve, ao estilo trote, em esteira – 365-455 cal
    Se puder optar por dar os chamados “trotes” em asfalto, tanto melhor. Mas ter esteira em casa é uma ótima forma de não escapar dos exercícios diários.
  27. Aeróbico de baixo impacto – 365-455 cal
    Qualquer tipo de treino que não seja musculação, com baixa intensidade. O gasto calórico é garantido.
  28. Caminhada leve (à velocidade de 5km/h) – 314-391 cal
    Friedrich Nietzsche já dizia que as grandes ideias acontecem ao caminhar.
  29. Esqui alpino – 314-391 cal
    Conhecido esporte de inverno, consiste em percorrer um percurso com passagens obrigatórias, e entre estacas plantadas na neve chamadas “portas”. O objetivo é completar o trajeto no menor tempo possível.
  30. Golfe – 314-391 cal
    Há estudos que comprovam que golfistas vivem, em média, cinco anos a mais em relação aos não praticantes do esporte. No mínimo, vale tentar e se divertir com as tacadas.
  31. Power yoga – 292-364 cal
    Power yoga é semelhante à ioga tradicional, mas a um ritmo mais rápido.
  32. Vôlei- 292-364 cal
    Um estudo de 2017 da Universidade Pública de Economia, de Londres, com 459 atletas, comprovou que aqueles que praticavam esportes de equipe, como o vôlei, relataram estar mais satisfeitos com sua vida em geral.
  33. Pedalada leve (menos de 10 mph) – 292-364 cal
    Diversos estudos já comprovaram que andar de bicicleta estimula a produção de endorfina, ativa a circulação sanguínea e gera bem-estar.
  34. Caiaque – 365-455 cal
    Andar com caiaque é unir o o útil ao agradável: bela vista do mar, com bastante exercício nos braços. Aventure-se!
  35. Tai chi – 219-273 cal
    A prática originária na China do séc. XIII é caracterizada por movimentos leves e graciosos. Ideal para qualquer idade, com impacto zero nas articulações.
  36. Boliche – 219-273 cal
    Além de tonificar os músculos, um jogador de boliche certamente vai perder calorias ao se esforçar para jogar bolas cada vez mais pesadas.
  37. Dança de salão – 219-273 cal
    Com variações de passos aos diversos ritmos aprendidos em aulas de dança de salão, uma hora é suficiente para perder até 273 calorias, em média.
  38. Caminhada lenta – 204-255 cal
    Exercitar-se sempre, não importa a que ritmo ou velocidade. Caminhadas são fáceis, práticas e garantem um gasto mínimo de energia.
  39. Hatha yoga – 183-228 cal
    Pesquisadores da Universidade de Harvard descobriram que oito semanas de ioga diária melhoraram significativamente a qualidade do sono, além de ajudar a baixar os ponteiros da balança.

Saúde – Obesidade Hoje



A Organização Mundial de Saúde afirma: a obesidade é um dos mais graves problemas de saúde que temos para enfrentar. Em 2025, a estimativa é de que 2,3 bilhões de adultos ao redor do mundo estejam acima do peso, sendo 700 milhões de indivíduos com obesidade, isto é, com um índice de massa corporal (IMC) acima de 30.
No Brasil, essa doença crônica aumentou 67,8% nos últimos treze anos, saindo de 11,8% em 2006 para 19,8% em 2018. Diante dessa prevalência, vale chamar a atenção que, de acordo com a Pesquisa de Vigilância de Fatores de Risco e Proteção para Doenças Crônicas por Inquérito Telefônico (Vigitel), realizada pelo Ministério da Saúde, a obesidade voltou a crescer entre nós após uma breve trégua. Entre 2015 e 2017, ela ao menos se manteve estável em 18.9%.
A maior taxa de crescimento foi entre adultos de 25 a 34 anos (84,2%) e de 35 a 44 anos (81,1%). Hoje, no país, 20,7% das mulheres têm obesidade e 18,7% dos homens.
Já em relação à obesidade infantil, o Ministério da Saúde e a Organização Panamericana da Saúde apontam que 12,9% das crianças brasileiras entre 5 e 9 anos de idade têm obesidade, assim como 7% dos adolescentes na faixa etária de 12 a 17 anos.

Pandemia – Covid 19



A semana que marcou um ano de pandemia no país é tragicamente simbólica. No dia 24 de fevereiro, atingimos 250 mil mortos por Covid-19, o mesmo número de pessoas que lotariam três estádios do Maracanã. Um dia antes, enquanto médicos da linha de frente já precisavam escolher quem deveria receber um leito de UTI em diversas cidades, alguns dos principais jornais brasileiros traziam em seus espaços publicitários um manifesto assinado pela Associação Médicos pela Vida.
No texto, a entidade apresentava como solução o tratamento precoce, estratégia que mistura remédios já contraindicados por dezenas de sociedades médicas e autoridades em saúde ao redor do mundo. Em meia página, o grupo defendia a “combinação correta” de medicamentos para evitar o agravamento da infecção, com base em dados questionáveis, criticados pela comunidade científica, e um forte apelo emocional. E realimentava a noção de um suposto beco sem saída: na iminência de um colapso da saúde, seria melhor ficar de braços cruzados ou lançar mão do que está disponível e se fiar num pretenso conhecimento empírico para trazer esperança aos pacientes com coronavírus?
Numa nação em que parcela significativa da população é contrária a medidas de isolamento social como o lockdown, a ideia de tocar a vida protegido por algumas pílulas caiu como uma luva. Mas pesa contra ela uma fragilidade óbvia. Se o tratamento precoce, encampado pelo Ministério da Saúde, fosse uma saída, o que explica a devastação imposta pelo vírus Sars-CoV-2 a tantas cidades brasileiras? Ou o êxito de outros países que não recorreram a ele para domar a Covid-19? Apesar de inúmeros estudos e da própria Organização Mundial da Saúde (OMS) refutarem cloroquina e companhia, a venda desses fármacos decolou por aqui. E a tática continua sendo empregada a torto e a direito. “É difícil ter de ficar justificando algo tão básico como o fato de que não devemos usar ou prescrever remédios comprovadamente ineficazes”, sintetiza o infectologista Celso Ramos, que lida com epidemias desde os anos 1970.
Membro da Academia Nacional de Medicina, Ramos é uma das muitas vozes a denunciar a politização em torno do tratamento da Covid-19 e seus reveses — dos riscos à saúde de quem toma comprimidos sem respaldo científico ao desperdício de recursos que poderiam evitar mortes. “O Brasil é hoje o maior exemplo de estratégia equivocada no controle da pandemia”, diz o infectologista Gerson Salvador, da Universidade de São Paulo (USP). Desde março do ano passado, na mesma velocidade em que surgiam pesquisas mostrando o que fazer e o que não fazer, o “kit Covid” prosperou, sob a vista grossa de autoridades e o incentivo de governantes. Doze meses depois, cá estamos em meio a novas variantes do vírus pipocando em solo nacional, UTIs lotadas.
Quando as provas mais contundentes da ineficácia da cloroquina e os alertas sobre seus riscos vieram à tona, entre junho e agosto, já havia uma nova candidata à espreita, a ivermectina.
Em abril, um experimento australiano feito em culturas de células isoladas indicava que o comprimido, usado há décadas para combater parasitas como o piolho, neutralizava o coronavírus — a mesma ação foi observada em outros tipos de vírus no passado.
Embora isso nunca tenha sido confirmado em gente como a gente, foi o suficiente para alçar o composto, antigo e tradicional, à fama. Ele explodiu em popularidade e superou até a cloroquina nas vendas.

Mega Paradoxo – Obesidade Mata Mais que A Fome



Um grande estudo apresentou dados alarmantes sobre a obesidade. O excesso de peso causou três milhões de mortes no mundo em 2010, número três vezes maior que as mortes causadas por desnutrição. Este estudo mostrou que a desnutrição, que em 1990 estava no 1º lugar no ranking das doenças que mais tiravam anos de vida, passou nos dias atuais para o 8º lugar, em compensação a obesidade subiu da 10º para a 6º colocação.
Um trabalho gigantesco, produzido por 500 cientistas de 300 instituições – que analisaram 187 países ao longo das últimas quatro décadas. É o Global Burden of Disease (“Peso Global das Doenças”), que acaba de ser publicado e é o maior estudo já realizado sobre a saúde da humanidade. Ele traz duas grandes conclusões. A boa é que a expectativa de vida aumentou em praticamente todo o mundo, e as mortes relacionadas à subnutrição caíram de 3,4 milhões, em 1990, para 1,4 milhão em 2010, último ano analisado pelo estudo. Em 1990, a subnutrição era a doença com maior “peso”, ou seja, aquela que mais tirava anos de vida saudável da humanidade. Agora, ela despencou para oitavo lugar. Mas a obesidade, eis a má notícia, subiu de décimo para sexto – e a má alimentação, com uma dieta pobre em nutrientes, aparece em quinto (os quatro maiores fatores de risco são pressão alta, tabagismo, uso de álcool e poluição). “As dietas pobres em frutas, verduras e grãos integrais têm impacto surpreendente”, escrevem os autores do estudo.
A pesquisa constatou que, entre 1990 e 2010, a expectativa de vida global dos homens subiu de 62,8 para 67,5 anos, e a das mulheres subiu de 68,1 para 73,3. Ou seja: as mulheres ampliaram em seis meses a vantagem que levam sobre os homens.
Mas nem todos os países evoluíram. Na Bielorússia, os homens perderam 1,4 ano por causa do aumento no consumo de álcool. E Lesoto, na África, viu sua expectativa de vida desabar – regrediu 12,2 anos entre os homens e 14,7 entre as mulheres – devido à epidemia de Aids.