Medicina – Reposição da Testosterona


Sabe-se que o envelhecimento masculino traz sinais como diminuição da libido, redução da massa e força muscular, osteopenia e diminuição da performance cognitiva. Também causa aumento de gordura abdominal, com resistência à insulina, insônia, depressão, entre outros.

Entre os múltiplos fatores que influenciam no processo de envelhecimento e no surgimento desses sintomas, destaca-se a diminuição nos níveis de testosterona.

O diagnóstico, que aponta para a necessidade de realizar a reposição hormonal masculina, baseia-se na testagem do nível do hormônio, com um valor mínimo de referência.

No tópico seguinte, abordaremos 15 coisas que eles precisam saber sobre o assunto.

Fatores importantes sobre a reposição hormonal masculina

A redução dos níveis de testosterona, conforme já citamos neste texto, traz uma série de sintomas que impactam na qualidade de vida dos homens. Por isso, separamos uma lista com tudo o que o seu paciente precisa saber sobre reposição hormonal. Confira:

  1. De acordo com a Sociedade Brasileira de Endocrinologia e Metabologia, aproximadamente 15% dos homens que têm entre 50 e 60 anos e 50% dos homens com 80 anos apresentam deficiência androgênica;
  2. A redução gradual dos níveis de testosterona ocorre durante o processo de envelhecimento, sugerindo a necessidade dessa reposição;
  3. Sintomas como falta de interesse sexual e dificuldades de manter a ereção, entre outros, podem ter motivos não relacionados à falta de testosterona;
  4.  Homens na andropausa, ao contrário das mulheres na menopausa, ainda são férteis, mas há uma redução da fertilidade;
  5. reposição hormonal masculina deve ser feita quando não houver contraindicações;
  6. O paciente só deve aderir à reposição hormonal com indicação médica, após os devidos exames.

Pontos delicados em relação ao tratamento

  • O tratamento de reposição hormonal masculina não é recomendado a homens diagnosticados com câncer de próstata ou de mama. O uso também deve ser avaliado pelo médico em casos de insuficiência cardíaca, hepática ou renal, antecedentes de infarto do miocárdio, diabetes mellitus, nefrose ou nefrite e hipertrofia prostática benigna com sintomas obstrutivos;
  • A deficiência de testosterona pode ser retardada com a adoção de um estilo de vida saudável. Este requer a prática de exercícios físicos, uma dieta equilibrada e sono em dia. Vícios como o tabaco também são prejudiciais;
  • A diminuição da testosterona pode causar sintomas depressivos;
  • A diminuição da densidade óssea, ocasionada pelo deficit de testosterona, pode ocasionar osteoporose;
  • A reposição de hormônios ajuda a aumentar o interesse sexual, a massa muscular e a densidade óssea.
  • Também pode gerar problemas de concentração e memória, além de desorientação espacial;
  • reposição hormonal masculina deve ser feita com as finalidades bem observadas e sem abusos. Não deve ser um meio para ganho de massa muscular, pois apresenta efeitos colaterais;
  • O tratamento em homens idosos deve ser levado a sério e ter acompanhamento médico constante. Esse cuidado é indispensável, levando em conta que a reposição de hormônios será feita muitas vezes ao longo da vida.
  • Feita com o devido acompanhamento médico, a reposição melhora a qualidade de vida do homem em muitos aspectos, a começar pelo aumento do interesse sexual. Também ajuda a perder peso e contribui com o aumento de massa muscular.

Opções de tratamento

O tratamento para andropausa pode ser realizado a partir da aplicação do uso de adesivos cutâneos e de injeções de hormônios, a exemplo da testosterona injetável, como Cipionato de Testosterona, que pode ser aplicado com doses de 200 mg, no intervalo de 2 a 4 semanas por 60 dias.

Ou com Undecilato de Testosterona, que proporciona uma melhor adesão ao tratamento e níveis séricos de testosterona dentro do patamar fisiológico, dentre outras vantagens. A dosagem indicada é de 250 mg/ml, aplicáveis no intervalo de 3 a 6 meses.

Gel transdérmico de testosterona

Outra possibilidade de tratamento para reposição hormonal masculina é o uso do gel transdérmico de testosterona em um procedimento não invasivo. A aplicação de 1 g da substância deve ser feita diariamente até a total absorção, na mesma hora, todas as manhãs, em superfícies sem pelos. Para auxiliar, na hora de estabelecer a dosagem, o paciente pode utilizar um frasco dosador.

Um dos locais adequados é a parte interna dos braços, que deve estar com a pele limpa e seca. Outras pessoas devem evitar o contato com as partes despidas e não lavadas onde o produto foi aplicado.

Como precaução, o paciente ainda deve lavar as mãos imediatamente após a aplicação. Também é necessário cobrir a pele com roupas, após o gel secar.

Quando for previsto o contato direto pele com pele, o local deve ser lavado com água e sabão, a fim de retirar quaisquer resíduos de testosterona. Se o contato for acidental, a área de contato da outra pessoa também precisa ser lavada com água e sabão o mais rápido possível.

Testosterona: os reais problemas em injetar o hormônio em seu corpo


reposição hormonal
Seja por motivos estéticos ou para melhorar a performance esportiva, jamais pense em injetar testosterona sem antes saber de todos os riscos que você corre. O esteroide vem sendo indicado e até prescrito como uma solução mágica para ganhar mais músculos, secar a gordura, melhorar a disposição e até a libido. Só que seu indiscriminado pode causa inúmeros danos à saúde.
Conhecida como o hormônio sexual masculino, a testosterona tem um papel fundamental no desenvolvimento de massa muscular, por isso é tão buscado como atalho para o corpo “perfeito”. Apesar do título de “masculino”, o esteroide também é produzido por mulheres.
O problema quando começamos a injetar testosterona sintética sem necessidade é que sobrecarregamos o nosso fígado e rins e acabamos aumentando os riscos de doenças graves em nosso organismo, como o câncer. “A hepatite medicamentosa pode ser uma consequência a curto prazo, em alguns casos chegando a ser fulminante. Essa sobrecarga ao fígado, a longo prazo, leva à mutação de algumas células podendo predispor a tumores deste órgão”, comenta o ortopedista Sérgio Maurício, especialista em medicina do esporte.
Isso vale a todos, mas principalmente para aquelas pessoas que já têm alguma predisposição. As áreas que mais podem desenvolver tumores são fígado, testículo, mama e endométrio. Sérgio ainda explica que o excesso do esteroide também pode gerar aumento da pressão arterial e causar doenças cardíacas, infarto do miocárdio e acidente vascular cerebral (AVC).

“Muitos desses riscos estão também presentes da ‘terapia de reposição hormonal’ que está tanto moda agora. Nela, inúmeras pessoas buscam meramente um ganho estético, e não a melhora da qualidade de vida, que é o objetivo principal do tratamento”, comenta.
Os efeitos irreversíveis
Segundo Cidinha, o sexo feminino é muito mais vulnerável aos efeitos dessas drogas, mesmo usando doses muito menores. “Pelos ovários e as supra-renais, produzimos testosterona em doses muito mais baixas que os homens. Com o uso da testosterona injetável sem apresentar uma deficiência na sua produção podem sofrer os efeitos negativos masculinizantes desse hormônio”, explica.
Entre eles estão, o crescimento de pelos, acne no rosto e nas costas (devido ao aumento da produção de sebo), diminuição das mamas e perda de cabelo. Além disso, há consequências definitivas para seu corpo, como o aumento do clitóris e o engrossamento da voz. “Comprometem para sempre a vida de mulheres que abusam desse tipo de droga porque são alterações irreversíveis mesmo após a suspensão do uso de anabolizantes.
As adeptas do anabolizante podem ter dificuldade de engravidar. “O uso deste hormônio está relacionado a alterações do ciclo menstrual ou ausência de menstruação”.
Quem ainda busca melhorar seu desempenho esportivo com a ajuda do hormônio pode ver o tiro sair pela culatra. Isso porque o esteroide aumenta o risco de rupturas de tendões e tendinites. “Acontece devido ao enfraquecimento de sua estrutura e à desorganização das fibras de colágeno”, explica Sérgio. Você também pode ganhar peso meses após o término do uso do medicamento.
Por fim, existe ainda uma associação entre o uso de anabolizantes e o aumento da agressividade, irritabilidade, depressão, mania e psicoses.

Medicina – Reposição Hormonal Masculina


andropausa
A deficiência androgênica (diminuição da produção do hormônio masculino) está presente em cerca de 15% dos homens entre 50 e 60 anos, chegando a 50%, ou mais, dos homens com 80 anos.
Durante o envelhecimento, ocorre uma diminuição lenta e gradual dos níveis de testosterona. Com isso podem surgir sintomas que podem indicar a necessidade de reposição hormonal em uma parcela dos homens.
Os principais sintomas que podem sugerir a reposição hormonal são: declínio do interesse sexual; dificuldade de ereção; falta de concentração e capacidade intelectual; perda de pelos; ganho de peso à custa de gordura; diminuição de massa e força muscular; irritabilidade e insônia; entre outros. Os sintomas não são específicos e podem ocorrer em outras condições, que não a deficiência de testosterona.
A diminuição de produção hormonal masculina, diferentemente da Menopausa, não determina o fim da fertilidade para o homem, apenas uma diminuição dela.
A Terapia de Reposição Hormonal Masculina deve ser indicada para todos os homens que apresentam os sintomas de queda hormonal e que não apresentem contraindicações para seu uso. Ela pode ser administrada através de gel, adesivos cutâneos ou injeções.
Antes de recorrer à terapia, é necessário que o paciente comprove a queda na taxa de hormônios, através de exames laboratoriais, com acompanhamento médico.
Entre as contraindicações para Terapia Hormonal Masculina está a suspeita ou caso confirmado de câncer de próstata ou de mama masculina. O acompanhamento médico durante o tratamento é primordial para a segurança do paciente.
Estilo de vida saudável, conquistado com uma dieta equilibrada, a prática de exercícios físicos de forma regular, uma boa qualidade do sono, não fumar e não engordar são ótima recomendações que podem retardar ou impedir o aparecimento da deficiência de testosterona e seus sintomas.
As medicações para reposição hormonal masculina não devem ser usadas para ganho muscular ou melhora do desempenho atlético de maneira abusiva. Elas podem causar graves efeitos colaterais e sérios danos à saúde.
Quando bem indicada, e feita com acompanhamento médico, a reposição hormonal traz benefícios aos homens, como melhora da libido, perda de peso, aumento da massa muscular e da densidade óssea.

Gordura no Fígado – O Preço da Inatividade


gordura no figado
Complicados, os termos “esteatose hepática” e “doença hepática gordurosa não alcoólica” podem até confundir quem os lê. Mas fique tranquilo: eles denominam um só distúrbio, mais fácil de entender quando chamado simplesmente de gordura no fígado. Estamos falando da disfunção hepática mais comum no mundo inteiro!
Atualmente, as estimativas são de que 30% da população sofra com esteatose hepática. Em resumo, a gordura vai se alojando no fígado com os anos, sobrecarregando-o de pouco em pouco. Mais pra frente, falaremos de hábitos que promovem essa invasão gordurosa.
Embora leve anos até ser descoberto, por não apresentar sintomas claros, o distúrbio acarreta complicações bem graves – como cirrose e até câncer, conforme explica Edison Parise, hepatologista na Universidade Federal de São Paulo (Unifesp) e presidente do Instituto Brasileiro do Fígado (Ibrafig).
O médico lista, entre as principais causas da esteatose hepática, a síndrome metabólica, um conjunto de problemas que envolve obesidade, pressão alta e níveis elevados de glicose, colesterol e triglicérides. Também podem ter culpa no cartório complicações na tireoide, sedentarismo e exposição excessiva a agentes químicos, como pesticidas ou certos medicamentos.
Após o diagnóstico médico de um daqueles nomes complicados, a principal recomendação costuma abranger mudanças no estilo de vida. Isso inclui a adoção daqueles hábitos que, na verdade, todo mundo já prega como saudáveis (fazer exercício, comer com moderação, maneirar no álcool). Mas eles nem sempre são fáceis de incorporar na rotina, o que inclusive ajuda a justifica a “epidemia” de gordura no fígado.
Quando o assunto é a relação entre a alimentação e a saúde do fígado, os profissionais cobram muita cautela com o álcool. “Entre quem apresenta esteatose, o consumo deve ser restringido, porque pode agravar as lesões hepáticas”, explica Juliana Vieira Meireles, nutricionista clínica do Hospital Sírio Libanês, em São Paulo.
Para quem ainda não tem a condição, no entanto, alguns estudos têm apontado que a ingestão moderada de vinho, por exemplo, pode favorecer a saúde do órgão. De acordo com Juliana, esse tipo de vantagem só se demonstra verdadeiro nos indivíduos ativos com uma dieta equilibrada e sem histórico da doença na família. E cabe reforçar: os goles devem vir em quantidades moderadas!
Probióticos
Segundo Juliana, estudos têm demonstrado que, quando associado ao consumo de fibras, o de probióticos (como é o caso de iogurte, queijos e leite fermentado) está relacionado a melhoras no metabolismo das gorduras. A nutricionista explica ainda que esse tipo de alimento ajuda na eliminação do colesterol pelas fezes – uma ótima notícia para quem tem esteatose. “Controlar principalmente a presença do LDL, o colesterol ‘ruim’, diminui a quantidade de gorduras que chegam ao fígado”, comenta a especialista.

Gordura alimentar
Existem diferentes tipos desse nutriente, e é essencial distingui-los para compreender quais devem fazer parte da dieta de quem está com o fígado cheio de banha – e quais não devem.
As gorduras saturadas, presentes em produtos de origem animal como manteigas e carnes ou queijos gordos, estão ligados ao aumento do LDL, considerado o colesterol “ruim”.
Já as insaturadas, vindas em sua maioria dos vegetais, diminuem o LDL e aprimoram o perfil de colesterol do organismo. Com moderação, elas fazem bem para o organismo como um todo.
Por último, as gorduras trans: modificadas industrialmente, elas catapultam o nível de LDL e fazem o mesmo com os triglicérides, além de reduzir o colesterol considerado bom, o HDL. São ainda mais prejudiciais à saúde do que as saturadas – tanto que estão sendo abolidas dos produtos. Hoje, restringem-se mais a sorvetes e bolachas.
Carboidratos
Dizem por aí que quem sofre com a gordura no fígado deve evitar os carboidratos por completo. Mas não se desespere: o cardápio não precisa ser tão restritivo assim. “A estratégia de boas escolhas de fontes de carboidrato parece ser fundamental”, explica Juliana. Sim, como com as gorduras, maneirar e optar pelas fontes mais saudáveis é bem importante.
Os carboidratos simples, como os encontrados no açúcar de mesa e em cereais refinados, são absorvidos com mais velocidade, o que joga a glicemia lá para o alto. Além disso, eles se convertem em gordura no fígado com maior facilidade. Portanto, não exagere.
Já os complexos, presentes em alimentos integrais e os tubérculos, acessam a circulação e o fígado de maneira mais vagarosa. Isso minimiza o risco de sobrecargas.
Um recado final antes de deixarmos a alimentação de lado: essas particularidades mostram como é bom visitar um nutricionista, em especial se o fígado já está repleto de banha. “Os carboidratos devem ser adequados em quantidade e em tipo ao gasto energético de cada paciente”.
Os sedentários que me perdoem, mas exercício é fundamental
“Quando você vai propor uma mudança de estilo de vida, modificações na dieta e o incentivo à atividade física são os principais fatores. Cerca de 70% dos pacientes são inativos ou têm um índice baixo de exercício no dia a dia”, explica o médico Edison Parise. “A atividade física, seja aeróbica ou de resistência, aumenta a capacidade de perder gordura”, completa.

Tabagismo
Apesar de não engordar o fígado, fumar prejudica muito a capacidade de o órgão se recuperar depois de adversidades. Isso acontece por causa da falta de oxigenação adequada das células – não é fácil encontrar ar puro em meio a tanta fumaça, mesmo dentro do corpo. Isso, aliás, prejudica a recuperação de quase todos os nossos tecidos.

Sono
O ato de dormir tem sido cada vez mais reconhecido pela ciência por seu papel na saúde. Além de atrapalhar o desempenho da insulina (o que indiretamente contribui para a degeneração do fígado), a falta de sono tira a vontade de se exercitar.

Gordura-no-fígado-esteatose1

DIETA

Medicina – O Hormônio de Crescimento


crescixadsmento2bsaudc3a1vel-412x324
A sigla GH (Growth Hormone) se refere ao hormônio do crescimento. O GH é produzido pela glândula hipófise, situada na base do crânio, e está presente em todas as pessoas normais. É indispensável durante o período de crescimento e sem ele a estatura adulta normal não pode ser alcançada.
Para avaliar o ritmo de desenvolvimento os médicos utilizam a velocidade de crescimento. Para isso é preciso ter pelo menos duas medidas de estatura e um intervalo de tempo entre elas. Nos primeiros meses de vida as medidas podem ser mensais, mas depois a cada três ou quatro meses. Nos primeiros dois anos de vida a criança cresce cerca de 25 cm, ocorrendo uma desaceleração progressiva da velocidade de crescimento, mas na puberdade ela volta a acelerar. O acompanhamento com o Pediatra é fundamental para detectar precocemente qualquer alteração da velocidade de crescimento, e com isso permitir o diagnóstico precoce de doenças que afetam o crescimento. Quando o crescimento é menor que o esperado, o ideal é que um especialista seja consultado. Quanto mais cedo for percebido o problema, melhores serão as chances de recuperação.
O nanismo é um termo usado para situações de baixa estatura grave. Manifesta-se principalmente a partir dos dois anos de idade, impedindo o crescimento e desenvolvimento durante a infância e adolescência. Pode ser causado por deficiência de hormônio de crescimento (chamado de nanismo hipofisário) ou por doenças ósseas congênitas.
Quando o corpo humano produz GH em excesso, causa uma doença conhecida como gigantismo. É um quadro de crescimento exagerado, acompanhado de outros problemas graves de saúde. Pode surgir na infância, durante a puberdade ou na vida adulta.
A deficiência de GH pode ser causada por problemas genéticos, traumas, doenças infecciosas ou inflamatórias, tumores cranianos, radioterapia, quimioterapia, entre outras. Muitas vezes não é possível identificar a causa da deficiência, mesmo realizando todos os exames disponíveis.
Uma das formas de se identificar problemas de crescimento é observar que a criança está demorando para trocar a numeração de roupas e calçados ou quando ela se torna a menor da turma da escola. Esses são sinais importantes que devem estimular os pais a procurar um médico endocrinologista.
As crianças devem ser medidas e os dados de peso e estatura precisam ser colocados nos gráficos para serem interpretados corretamente. Só assim é possível comparar as medidas da criança com as de outras crianças da mesma idade e sexo e também com a estatura dos pais.
O crescimento acontece até que haja a fusão ou fechamento das cartilagens de crescimento, que é uma região especial dos ossos. A época em que ocorre o término do crescimento vai depender muito da idade de início e de término da puberdade. Depois que as cartilagens dos ossos longos se fecham, não há mais possibilidade de crescer, mesmo tomando o GH. Nesse caso, além de não fazer crescer, o uso do GH não é seguro e pode trazer prejuízo para a saúde.
Adultos com deficiência de GH podem fazer a reposição do hormônio de crescimento. Nesses casos o tratamento com GH produz outros benefícios para a saúde como melhora da capacidade física, aumento da massa magra (ossos e músculos), redução da gordura corporal e melhora da qualidade de vida. Por causa desses benefícios, algumas pessoas utilizam o GH erroneamente para tratar a obesidade, reduzir o processo de envelhecimento e melhorar o desempenho físico. A medicação é contraindicada para esses fins por não ser considerada segura. No esporte, a sua utilização é considerada ilícita e passível de punição.
A abordagem dos problemas de crescimento é feita da seguinte forma: inicialmente o endocrinologista avalia o histórico de saúde da família e da criança, incluindo os antecedentes gestacionais e de nascimento, além do exame físico completo para identificar outros sinais de doenças. Depois realiza a pesquisa de possíveis causas por meio de exames laboratoriais e radiológicos. Se for constatada uma deficiência de hormônio de crescimento, o endocrinologista indicará o tratamento com GH. É importante saber que existem outras situações que atrapalham o crescimento normal e que também podem ser tratadas com GH. Tomar hormônio, só com orientação médica.

gh-bergamo

Medicina – Aparelho quase igual ao pâncreas chega ao país


pancreas artificial
O número de brasileiros diagnosticados com diabetes cresceu 61,8% nos últimos 10 anos, de acordo com dados recentes do Ministério da Saúde. Significa que 8,9% da população sofre da doença — eram 5,5% em 2006. Ao todo, estima-se que há mais de 14 milhões de homens e mulheres vivendo com diabetes e, a cada ano, surgem 60 mil novos casos no país.
Assegurar que os níveis de glicose no sangue estejam sempre adequados é um desafio para a maioria desses pacientes. A hipoglicemia (queda drástica destas taxas de açúcar no sangue), por exemplo, pode levar à perda de consciência, convulsões e, em casos mais graves, ao óbito. A boa notícia é que agora eles poderão contar com uma novidade: a primeira bomba de infusão de insulina (equipamento computadorizado e portátil), com liberação contínua do hormônio em pacientes diabéticos que, pela primeira vez, é capaz de suspender o hormônio antes do episódio de hipoglicemia– evitando, assim, até 75% destes casos.
De tamanho de um celular, o aparelho é o primeiro no país a, automaticamente, suspender a infusão de insulina quando prevê uma crise de hipoglicemia e a reiniciar a administração do hormônio quando a taxa de glicose volta a atingir um nível seguro. “Sem dúvida é um passo à frente para um dia chegarmos no caminho do pâncreas artificial”, observa Freddy Eliaschewitz, endocrinologista.
Já existem bombas de insulina no Brasil. Essa, no entanto, é a primeira de circuito fechado, ou seja: o glicosímetro (que mede o nível de glicose, ou açúcar no sangue) e a bomba de insulina (que libera a insulina na corrente sanguínea) estão no mesmo sistema e se “comunicam”. O glicosímetro avisa a bomba de insulina o quanto de insulina o corpo está precisando, ou se é necessário interromper a entrega da mesma, evitando o episódio de hipoglicemia (queda de açúcar no sangue), que pode causar desmaios, coma e até levar a óbito.

Dispositivo:
Fabricado pela irlandesa Medtronic, a bomba MiniMed 640G libera insulina através de um pequeno tubo e uma cânula (conhecidos como conjunto de infusão), colocada sob a pele do paciente. Com uma espécie de dispositivo inovador, o sistema imita a forma como um pâncreas saudável fornece insulina ao corpo.
Com base nos valores de glicose enviados pelo sensor a cada cinco minutos,durant 24 horas por dia, a tecnologia SmartGuard do sistema MiniMed640 consegue prever, com 30 minutos de antecedência, quando o nível de glicose do paciente estará próximo do limite mínimo e, assim, interrompe automaticamente a administração de insulina.
Totalmente personalizável, o novo dispositivo possibilita ao paciente configurar múltiplos limites ao longo do dia, de acordo com suas necessidades individuais, proporcionando conforto e mais proteção contra a hipoglicemia. Quando o nível de glicose no sangue diminui ou aumenta fora dos parâmetros, um alarme de advertência é ativado.
Pessoas de todas as idades com diabetes de tipo 1 ou tipo 2 podem usar a bomba de infusão de insulina. No entanto, um médico deve aconselhar sobre o melhor tratamento para cada paciente.
O Brasil é o terceiro país da América Latina, além do México e Colômbia, a disponibilizar a tecnologia.

Medicina – O Tumor Neuroendócrino


tumor neuroendocrino
Os tumores neuroendócrinos ( NET s) são neoplasmas que surgem de células dos sistemas endócrino ( hormonal ) e nervoso . Muitos são benignos , enquanto alguns são malignos . Eles ocorrem mais comumente no intestino, onde eles são muitas vezes chamados de tumores carcinoides , mas eles também são encontrados no pâncreas, pulmão e do resto do corpo.
Embora existam muitos tipos de NETs, eles são tratados como um grupo de tecido, porque as células dessas neoplasias compartilham características comuns, como a aparência semelhante , tendo grânulos secretoras especiais e muitas vezes produzindo aminas biogênicas e hormonas polipeptídicas.
Acredita-se que as NETs provenham de várias células neuroendócrinas cuja função normal é servir na interface neuroendócrina. Células neuroendócrinas estão presentes não só nas glândulas endócrinas em todo o corpo que produzem hormônios, mas são encontrados em todos os tecidos do corpo.
Tumores neuroendócrinos do intestino delgado foram distinguidos pela primeira vez de outros tumores em 1907.
Eles foram chamados tumores carcinóides porque seu crescimento lento foi considerado como “cancer-like” em vez de verdadeiramente cancerígeno.
No entanto, em 1938, foi reconhecido que alguns destes tumores do intestino delgado poderia ser maligno. Apesar das diferenças entre essas duas categorias originais e outras complexidades devido à inclusão subseqüente de outras NETs de pâncreas e de origem pulmonar, todas as NETs são algumas vezes (incorretamente) subsumidas no termo “carcinoid”.
Células enterocromafinas , que dão origem a tumores carcinóides, foram identificadas em 1897 por Nikolai Kulchitsky e sua secreção de serotonina foi estabelecida em 1953 quando o efeito “flushing” da serotonina tinha se tornado clinicamente reconhecido. Carcinoid doença cardíaca foi identificada em 1952, e carcinoid fibrose em 1961.
Embora as estimativas variem, a incidência anual de tumores neuroendócrinos clinicamente significativos é de aproximadamente 2,5-5 por 100.000 dois terços são tumores carcinóides e um terço são outros NETs.
A prevalência foi estimada em 35 por 100.000 e pode ser consideravelmente maior se os tumores clinicamente silenciosos forem incluídos. Um estudo de autópsia do pâncreas em pessoas que morreram de causas não relacionadas descobriu uma incidência notavelmente alta de NETs assintomáticos minúsculos. Estudo microscópico de rotina de três seções aleatórias do pâncreas encontrou NETs em 1,6%, e várias seções identificaram NETs em 10%.
À medida que a imagem diagnóstica aumenta a sensibilidade, como a ultra- sonografia endoscópica , podem-se descobrir coincidentemente pequenas NET clinicamente insignificantes; Não estando relacionados com sintomas, tais neoplasmas podem não requerer excisão cirúrgica.
locais:
Glândula pituitária : tumor neuroendócrino da hipófise anterior
Glândula tireóide : Tumores de tireóide neuroendócrino, particularmente carcinoma medular
Tumores da paratireóide
Timo e tumores carcinóides mediastinais
Tumores neuroendócrinos pulmonares
Brônquios
Tumores carcinoides pulmonares: carcinoide típico (TC; baixo grau); Carcinoide atípico (AC, intermediário)
Câncer de pulmão de pequenas células (SCLC)
Carcinoma neuroendócrino de células grandes do pulmão (LCNEC)
Os carcinomas extrapulmonares de pequenas células (ESCC ou EPSCC)
Tumores neuroendócrinos gastroenteropancreáticos (GEP-NET)
O intestino grosso GEP-NET (tumores de foregut pode conceitualmente abrange não somente NETs do estômago e duodenum proximal, mas também o pâncreas, e mesmo o thymus, o pulmão eo bronchus)
Tumores endócrinos pancreáticos (se considerados separadamente do intestino anterior GEP-NET)
O intestino médio GEP-NET (da metade distal da 2ª parte do duodeno para os dois terços proximais do cólon transverso)
Apêndice, incluindo NET bem diferenciadas (benignas); Bem diferenciadas NET (incerteza potencial maligno); Carcinoma neuroendócrino bem diferenciado (com baixo potencial maligno); Carcinoma exocrino-neuroendócrino misto (carcinoma de células caliciformes, também chamado de adenocarcinoide adenocarcinoide e muco)
Hindgut GEP-NET
Fígado e vesícula biliar
Os tumores adrenais, particularmente tumores adrenomedulares
Feocromocitoma
Tumores do sistema nervoso periférico , tais como:
Schwannoma
Paraganglioma
Neuroblastoma
Peito
Tracto geniturinário
Tumor carcinóide do tracto urinário e carcinoma neuroendócrino
ovário
Tumor neuroendócrino do colo do útero
Testículos
Carcinoma de pele de Merkel (cancro trabecular)
Várias condições herdadas:
Neoplasia endócrina múltipla tipo 1 (MEN1)
Neoplasia endócrina múltipla tipo 2 (MEN2)
Doença de von Hippel-Lindau (BVS)
Neurofibromatose tipo 1
Esclerose tuberosa
Complexo de Carney

Os sintomas dos hormônios secretados podem levar à medição das hormonas correspondentes no sangue ou seus produtos urinários associados, para o diagnóstico inicial ou para avaliar a mudança de intervalo no tumor.
Tomografia computadorizada , ressonância magnética , ultra- sonografia e endoscopia (incluindo ultra-sonografia endoscópica) são ferramentas diagnósticas comuns. As tomografias utilizando meio de contraste podem detectar 95 por cento de tumores com mais de 3 cm de tamanho, mas geralmente não tumores abaixo de 1 cm.
Avanços na medicina nuclear imagiologia, também conhecida como imagem molecular, melhorou paradigmas de diagnóstico e tratamento em pacientes com tumores neuroendócrinos. Isto é devido à sua capacidade de não apenas identificar sítios de doença, mas também caracterizá-los. Os tumores de neuronectrina expressam receptores de somatostatina, fornecendo um alvo único para imagiologia.
Várias questões ajudam a definir o tratamento adequado de um tumor neuroendócrino, incluindo sua localização, invasividade, secreção hormonal e metástase. Os tratamentos podem ser destinados a curar a doença ou a aliviar os sintomas ( paliação ). A observação pode ser viável para tumores neuroendócrinos de baixo grau não funcionantes. Se o tumor está localmente avançado ou tem metástase, mas ainda assim está crescendo lentamente, o tratamento que alivia os sintomas pode muitas vezes ser preferível ao imediato cirurgias desafiadoras.
Nos tumores carcinóides malignos com síndrome carcinoide, a sobrevivência média melhorou de dois anos para mais de oito anos.
Mesmo que o tumor tenha avançado e metastatizado, tornando a cirurgia curativa inviável, cirurgia muitas vezes tem um papel nos cancros neuroendócrinos para paliação dos sintomas e, possivelmente, aumento da vida útil.
Em tumores secretores, os análogos de somatostatina administrados por via subcutânea ou intramuscular aliviam os sintomas bloqueando a libertação de hormona. Uma revisão de consenso relatou o uso de análogos de somatostatina para GEP-NETs.
Estes medicamentos também podem estabilizar anatômicamente ou encolher tumores, como sugerido pelo estudo PROMID (placebo-controlado prospectivo randomizado estudo sobre a eficácia antiproliferativa Octreotide LAR em pacientes com tumores MIDgut neuroendócrino metastático): pelo menos neste subconjunto de NET, a estabilização tumoral média Foi de 14,3 meses em comparação com 6 meses para o placebo.
O lanreótido é a primeira e única terapêutica antitumoral aprovada pela FDA que demonstra um benefício de sobrevivência livre de progressão estatisticamente significativo numa população combinada de doentes com GEP-NETS.
As metástases ao fígado podem ser tratadas por vários tipos de tratamentos da artéria hepática com base na observação de que as células tumorais obtêm quase todos os seus nutrientes da artéria hepática, enquanto as células normais do fígado obtêm cerca de 70-80 por cento dos seus nutrientes e 50% Seu suprimento de oxigênio a partir da veia porta, e assim podem sobreviver com a artéria hepática efetivamente bloqueada.
A ablação por radiofreqüência (RFA) é usada quando um paciente tem relativamente poucas metástases. No RFA, uma agulha é inserida no centro da lesão e a corrente é aplicada para gerar calor; As células tumorais são mortas por cozimento.
A crioablação é semelhante à RFA; Uma substância endotérmica é injetada nos tumores para matar por congelamento. A crioablação tem sido menos bem sucedida para o GEP-NET do que para o RFA.

Farmacologia – Medicamento produzido no Brasil vai beneficiar por ano 30 mil pacientes com acromegalia


SONY DSC
SONY DSC

Em 2015, o Ministério da Saúde vai ofertar dois milhões e cinquenta mil comprimidos de Cabergolina, medicamento para tratar a acromegalia, doença rara, caracterizada pela produção exagerada de hormônio do crescimento que provoca o aumento de extremidades do corpo como mãos, pés, orelhas e nariz; bem como de órgãos internos como coração e fígado.
A aquisição desse medicamento, que vai beneficiar cerca de 30 mil pacientes do SUS por ano, será produzido no Brasil, conforme explica o secretário de Ciência, Tecnologia e Insumos Estratégicos do Ministério da Saúde, Carlos Gadelha:”É uma parceria da Bahiafarma, de Farmanguinhos e Fiocruz. É um marco histórico que mostra o acerto de uma política que vem sendo perseguida, particularmente, nos últimos seis anos e que está implicando no renascimento da produção nacional em saúde que, praticamente, tinha sido destruída na vertente das instituições públicas no passado.”
De acordo com o secretário de Ciência, Tecnologia e Insumos Estratégicos, Carlos Gadelha, com a compra do medicamento Cabergolina, produzido no Brasil, o Ministério da Saúde vai economizar 50% do valor que era investido para aquisição do mesmo no mercado internacional: “Se eu for comparar o preço da Parceria de Desenvolvimento Produtivo com o preço que vigia antes da parceria, o Ministério ainda consegue uma economia de, praticamente, 17 milhões de reais do que era pago antes da parceria ter se iniciado. Ele já era um produto incorporado, mas, agora com a produção nacional, a gente torna ele mais econômico e mais estável o abastecimento, com menor risco de, por exemplo, frente à flutuação do mercado internacional, frente qualquer vulnerabilidade externa, a gente vai ter a produção nacional garantida.”
Somente em 2015, o Ministério da Saúde vai investir 17 milhões e 400 mil reais na compra de mais de dois milhões de comprimidos para tratar pacientes do SUS com a doença rara, caracterizada pela produção exagerada de hormônio do crescimento.
O medicamento, até o momento importado, é fruto de parceria de desenvolvimento produtivo entre a Bahiafarma, que detém o registro do medicamento junto a Anvisa, e a indústria farmacêutica brasileira Cristália que adquiriu a tecnologia fora do país e que está em fase avançada de incorporação pela Bahiafarma.
O fornecimento ao SUS da Cabergolina beneficia pessoas que possuem distúrbios hormonais relacionados ao hormônio prolactina, afetando o mecanismo do leite materno, além de acromegalia que promove crescimento de nariz , orelhas
A diretora da Bahiafarma, Julieta Palmeira, disse que a Cabergolina é o primeiro medicamento da Bahiafarma a ser adquirido pelo Ministério da Saúde em compra centralizada e a ser distribuído ao SUS de todo o país.

Rejuvenescimento: a polêmica do chip com hormônio


chip1
Trata-se de um aparelho de silicone do tamanho de um palito de fósforo, introduzido sob a pele no braço ou na nádega para jogar hormônios na corrente sanguínea. Ela disse que seu rosto ficou como o de um bebê. A modelo Talytha Pugliesi aplicou, aos 30, o mesmo tipo de implante. Contou que as medidas do quadril passaram de 91 cm para 88 cm, deu tchau para a celulite e ainda ganhou músculos. A tática é comum entre as jovens modelos. E cada vez mais adultos surfam nessa onda na tentativa de rejuvenescer.
Nos últimos anos, a terapia hormonal antienvelhecimento vem se popularizando cada vez mais nos Estados Unidos e, ultimamente, no Brasil. Chips debaixo da pele, pílulas, géis e injeções que se apresentam como a bala de prata para manter o corpo jovem. Funciona assim: hormônios são substâncias que ordenam reações metabólicas no organismo. A maioria é produzida nas glândulas endócrinas, mas muitos também nascem em outras partes do corpo, como testículos, ovários ou até mesmo no tecido gorduroso. Em conjunto, eles são maestros que regem o trabalho do corpo e são responsáveis por inúmeras reações, desde a definição do nosso sexo até a sensação de barriga cheia após o prato de lasanha de domingo.
Mas, ao envelhecer, você diminui a produção de vários hormônios, como se os maestros prestes a se aposentar estivessem com braços cansados demais para reger a orquestra. A terapia anti-aging (nome inglês para a terapia hormonal antienvelhecimento) parte do pressuposto de que é saudável repor essas substâncias para combater os efeitos do relógio.
Na verdade, aplicar hormônios no corpo não é exatamente uma novidade. A técnica é recomendada há várias décadas nos casos em que eles estão em déficit no organismo por causa de algum problema. É o caso de diabéticos, que usam insulina (um hormônio) sintética para limitar a quantidade de glicemia no sangue, ou de pessoas com ananismo, que repõem o hormônio do crescimento (o GH) em falta. Isso tem um nome: terapia hormonal.
O tratamento também pode ser usado, com muito cuidado, quando há uma deficiência esperada da produção de hormônios. Todo mundo sabe, por exemplo, que mulheres na menopausa reduzem a fabricação de estrógeno e de progesterona. Em casos graves, nos quais a paciente sofre muito com calorões, ressecamento vaginal, insônia e alterações no humor, a reposição é uma alternativa para combater esses efeitos. “Quando fazemos a terapia hormonal, tratamos os sintomas de uma fase da vida que pode ser incômoda e que para algumas pessoas chega a ser incapacitante”, explica o médico Fernando Reis, responsável pelo ambulatório de endocrinologia ginecológica do Hospital de Clínicas da UFMG.
Mas a terapia hormonal pode contribuir para o surgimento de diversas doenças, como câncer de mama e de endométrio, infarto, derrame cerebral, entre outros efeitos colaterais nada agradáveis. Um estudo famoso lançado em 1991 chamado Women¿s Health Initiative observou os efeitos da reposição hormonal em 161.608 mulheres de 50 a 79 anos. Metade tomou estrógeno e progesterona. A outra metade, placebo. Cinco anos e meio antes do previsto, por motivos éticos, a pesquisa foi encerrada. Na população que fazia uso da terapia hormonal, aumentaram em 29% os riscos de ataques cardíacos, 41% de derrames cerebrais, 113% de embolia pulmonar, 26% de câncer de mama e 50% de demência nas mulheres com mais de 65 anos. Houve, no entanto, benefícios: o risco de fraturas nos ossos caiu em 34% e de câncer de cólon em 37%.
A terapia hormonal antienvelhecimento, porém, segue outra lógica. Nela, a pessoa toma doses manipuladas de hormônios artificiais mesmo que eles não estejam em falta no organismo ou mesmo quando sua redução é normal, com o objetivo de turbinar o organismo – um tipo de doping estético. Isto é, usá-los enquanto você é jovem e a produção está ótima ou quando você já envelheceu, mas a redução deles está dentro dos padrões. Os mais usados nas terapias estéticas são a testosterona, o GH, o estradiol, o DHEA, a progesterona, o estrógeno e a melatonina. Esse grupinho é responsável por estimular a multiplicação de células, o que ajuda na regeneração da pele e outros órgãos, e demais efeitos no corpo que associamos ao rejuvenescimento, como ter mais disposição ou mais músculos.
Na prática, a ideia é que, se a melatonina fortalece o sistema imunológico, por que não usá-la no dia a dia para ficarmos mais protegidos contra doenças ou para fortalecer os velhinhos? Seguindo a mesma lógica, GH é fundamental na infância ao estimular a divisão celular e favorecer o crescimento dos ossos. Se idosos têm maior tendência a desenvolver osteoporose, que tal dar o hormônio para eles?
Para isso, são usados hormônios produzidos em laboratório, mas com exatamente a mesma estrutura molecular dos que são fabricados no nosso corpo. São chamados de bioidênticos, hormônios sintetizados na natureza, oriundos de plantas ou até de xixi de éguas grávidas. Antes de iniciar o tratamento, o médico faz uma bateria de exames para verificar os níveis de todos os hormônios, se o paciente tem histórico de alguma doença ou algum tumor em desenvolvimento, realiza entrevistas clínicas para entender se ele enfrenta algum problema de saúde e acompanha de perto o indivíduo.

Controvérsias
A reposição hormonal utilizada em mulheres que chegam à menopausa vem sendo criticada e associada ao aparecimento de câncer, de doenças cardiovasculares e de trombose. Para muitos médicos, a reposição de estrógeno, progesterona e testosterona (mulheres também produzem o hormônio masculino, mas numa quantidade 30 vezes menor) nessa fase só deve ser usada em último caso.
Uma força-tarefa liderada pela Sociedade Europeia de Endocrinologia, por exemplo, emitiu conselhos rígidos para o consumo de hormônios. O grupo não recomenda o uso de testosterona em mulheres nos casos de infertilidade, disfunção sexual, cognitiva, cardiovascular, metabólica, dos ossos ou outros problemas de bem-estar – o hormônio masculino aumenta os músculos, reduz gordura e turbina a libido nas mulheres. Tudo porque não haveria bons estudos para provar a eficácia do hormônio nessas situações e para garantir a segurança de paciente no longo prazo. Isso sem contar que nenhum dos hormônios da terapia antienvelhecimento é feito especificamente para proporcionar efeitos rejuvenescedores. É uma prática off-label – isto é, usada para aplicações fora do aconselhado na bula.
Nos últimos anos, várias pesquisas começaram a questionar a eficácia da medicina anti-aging. O GH, por exemplo, pode causar uma sensação de mais ânimo e energia. Mas um estudo feito em 2000 na Universidade de Ohio e publicado no jornal da Endocrine Society investigou dois grupos de ratos: um era geneticamente modificado para produzir mais GH e o outro produzia normalmente a substância. O resultado foi que os bichinhos que fabricavam mais GH morreram bem mais cedo, em vez de viverem mais.

Os efeitos da melatonina também foram analisados e tiveram um resultado pouco animador. Um estudo do Instituto Petrov de Pesquisa Oncológica, de São Petersburgo, na Rússia, feito em 2003 e publicado na revista da Sociedade Americana de Gerontologia, forneceu esse hormônio a ratinhas ao longo de meses. Apesar de aumentar a expectativa de vida delas, a substância aumentou a incidência de tumores. Na conclusão, os pesquisadores não recomendaram a melatonina em terapias de longo prazo para humanos.
Evidentemente, há uma série de estudos que dão argumentos favoráveis para a terapia hormonal antienvelhecimento. Mas os críticos dizem que as pesquisas têm poucos voluntários e que são publicadas em revistas científicas de menor relevância. Um dos estudos feitos por Dr. Life, publicado em 1992 no Journal of Obesity and Related Metabolic Disorders, testou os efeitos da testosterona em homens obesos. De fato, quem tomou o hormônio diminuiu a gordura abdominal, os níveis de colesterol, a pressão arterial e o açúcar no sangue, em comparação a quem tomou placebo.

Proibição no Brasil
Gradualmente, hormônio após hormônio começou a ser questionado. A história mudou aqui no Brasil em 2012, quando o Conselho Federal de Medicina emitiu uma resolução que proibiu essa terapia. Desde então, hormônios só podem ser receitados quando houver déficit comprovado da substância. O médico que for pego aplicando essa técnica para combater o envelhecimento pode ter o registro cassado. A resolução também proíbe as receitas de antioxidantes (vitaminas ou sais minerais) com o mesmo objetivo. “Não existe terapia hormonal contra o envelhecimento. Todos os estudos que tentaram demonstrar isso acabaram com aumento do risco de câncer de mama em mulheres e câncer de próstata em homens, além do aumento do risco de AVC”, argumenta Emílio Morguchi, geriatra que fez parte do grupo de trabalho que fez uma revisão de vários estudos sobre o assunto e que emitiu a resolução do conselho.
As terapias hormonais prometem menos peso, mais energia, pele macia. Conheça melhor essa técnica, popular nos EUA, mas proibida no Brasil.
Na verdade, aplicar hormônios no corpo não é exatamente uma novidade. A técnica é recomendada há várias décadas nos casos em que eles estão em déficit no organismo por causa de algum problema. É o caso de diabéticos, que usam insulina (um hormônio) sintética para limitar a quantidade de glicemia no sangue, ou de pessoas com ananismo, que repõem o hormônio do crescimento (o GH) em falta. Isso tem um nome: terapia hormonal.

Na prática, a ideia é que, se a melatonina fortalece o sistema imunológico, por que não usá-la no dia a dia para ficarmos mais protegidos contra doenças ou para fortalecer os velhinhos? Seguindo a mesma lógica, GH é fundamental na infância ao estimular a divisão celular e favorecer o crescimento dos ossos. Se idosos têm maior tendência a desenvolver osteoporose, que tal dar o hormônio para eles?
Para isso, são usados hormônios produzidos em laboratório, mas com exatamente a mesma estrutura molecular dos que são fabricados no nosso corpo. São chamados de bioidênticos, hormônios sintetizados na natureza, oriundos de plantas ou até de xixi de éguas grávidas. Antes de iniciar o tratamento, o médico faz uma bateria de exames para verificar os níveis de todos os hormônios, se o paciente tem histórico de alguma doença ou algum tumor em desenvolvimento, realiza entrevistas clínicas para entender se ele enfrenta algum problema de saúde e acompanha de perto o indivíduo.

A maioria dos adeptos da medicina antienvelhecimento, incluindo Dr. Life, rejeita a ideia de que a terapia promove rejuvenescimento, uma vez que não há como retroceder o tempo. No lugar, preferem dizer que o tratamento proporciona um envelhecimento com mais qualidade de vida. Há quem defenda uma certa filosofia contra o “sistema”: usar hormônios para garantir um envelhecimento melhor seria mais saudável do que depender da indústria farmacêutica e tomar um remédio atrás do outro, cada qual com possíveis efeitos colaterais. Uma carta aberta do endocrinologista brasileiro Victor Sorrentino, adepto da medicina antienvelhecimento, circula na internet e defende que a prática “fura” a indústria farmacêutica, ao não depender de patentes e ao diminuir a demanda por medicamentos. Por causa dos resultados e de discursos como este, os hormônios se tornaram populares.

 
Evidentemente, há uma série de estudos que dão argumentos favoráveis para a terapia hormonal antienvelhecimento. Mas os críticos dizem que as pesquisas têm poucos voluntários e que são publicadas em revistas científicas de menor relevância. Um dos estudos feitos por Dr. Life, publicado em 1992 no Journal of Obesity and Related Metabolic Disorders, testou os efeitos da testosterona em homens obesos. De fato, quem tomou o hormônio diminuiu a gordura abdominal, os níveis de colesterol, a pressão arterial e o açúcar no sangue, em comparação a quem tomou placebo. Mas o teste foi realizado com apenas 23 voluntários, acompanhados por oito meses. “Estudos para aprovar a terapia antienvelhecimento precisam ser feitos com 500 mil pessoas”, defende a médica Eliane Maria Frades da Costa, supervisora da Endocrinologia do Hospital de Clínicas da USP.

Proibição no Brasil
Gradualmente, hormônio após hormônio começou a ser questionado. A história mudou aqui no Brasil em 2012, quando o Conselho Federal de Medicina emitiu uma resolução que proibiu essa terapia. Desde então, hormônios só podem ser receitados quando houver déficit comprovado da substância. O médico que for pego aplicando essa técnica para combater o envelhecimento pode ter o registro cassado. A resolução também proíbe as receitas de antioxidantes (vitaminas ou sais minerais) com o mesmo objetivo. “Não existe terapia hormonal contra o envelhecimento. Todos os estudos que tentaram demonstrar isso acabaram com aumento do risco de câncer de mama em mulheres e câncer de próstata em homens, além do aumento do risco de AVC”, argumenta Emílio Morguchi, geriatra que fez parte do grupo de trabalho que fez uma revisão de vários estudos sobre o assunto e que emitiu a resolução do conselho.

Nos Estados Unidos, meca da medicina anti-aging, cada Estado tem autonomia para liberar a prática. Existe, inclusive, uma organização especializada no assunto: a American Academy of Anti-Aging Medicine, que conta com aproximadamente 26 mil membros de mais de 120 países, incluindo brasileiros. No entanto, quase todos os Estados norte-americanos proíbem a técnica. Um estudo de 2014 da American Society for Parental and Enteral Nutrition, intitulado Anti-Aging Diet and Supplements: Fact or Fiction? (“Dieta e suplementos antienvelhecimento: fato ou ficção?”) concluiu: “Testes clínicos encontraram um risco maior de doenças cardiovasculares com a terapia por estrógeno e testosterona e um aumento do risco de câncer com a terapia hormonal em indivíduos outrora saudáveis”.

Precursor do implante hormonal no mundo todo (aquele com um chip, usado pelas modelos), o endocrinologista e farmacêutico brasileiro Elsimar Coutinho diz que desaprova o uso para efeitos antienvelhecimento. “Clínica de endocrinologia não é clínica de beleza. Hormônio só deve ser usado quando está em déficit”, afirma.

Os principais hormônios das terapias antienvelhecimento

DHEA (dehidroepiandrosterona)
USADO PARA: há quem defenda que melhora a cognição, a libido, ajuda a emagrecer e diminui a perda óssea. É um pré-hormônio que o organismo converte em testosterona e, por causa disso, é usado na terapia antienvelhecimento para render os mesmos efeitos.
RISCOS: por outro lado, está relacionado ao aumento do risco de câncer de próstata.

Testosterona
USADO PARA: regula a libido, a potência sexual, o coração e favorece a produção de músculos e a queima de gordura tanto em homens como em mulheres.
RISCOS: usada de forma inadequada, pode desequilibrar os níveis de colesterol e masculinizar as mulheres – isto é, engrossar a voz, aumentar a quantidade de pelos e o tamanho do clitóris.

Progesterona
USADO PARA: hidratante para a pele (amenizaria as rugas), promove a libido, fortalece o coração, o raciocínio, a memória e os ossos. Ela prepara o útero para receber o óvulo fecundado, além de estimular o desenvolvimento das glândulas mamárias para a produção de leite. Compostos sintéticos parecidos com a progesterona inibem a ovulação e são usados como método contraceptivo.
RISCOS: pode causar depressão, dores de cabeça, retenção de fluidos, flacidez nos seios, disfunções renais e até aborto.

Hormônio do crescimento (GH)
USADO PARA: diminuir a produção de gordura, aumenta a massa muscular e promove o desenvolvimento dos ossos.
RISCOS: pode provocar diabetes, ganho de peso, estimular o crescimento de tumores e aumentar a largura dos ossos, em especial da mandíbula, dos pés e das mãos.

Estrógeno
USADO PARA: aliviar os sintomas associados à menopausa. Determina as características sexuais femininas e fortalece o coração, os ossos e tem efeitos benéficos sobre a pele – esses três últimos efeitos motivam seu uso na terapia anti-aging.
RISCOS: a longo prazo, está associado ao surgimento do câncer de mama e da trombose.

Estradiol
USADO PARA: produzir efeitos similares ao estrógeno, além de dar mais disposição. É o mais potente dos estrógenos produzidos pela mulher. Nos homens, é fabricado em menor quantidade.
RISCOS: além de poder trazer os efeitos negativos de qualquer estrógeno, o estradiol aumenta as chances de desenvolver fotossensibilidade.

Melatonina
USADO PARA: o hormônio do sono ajuda a ter noites de descanso mais tranquilas, o que reduz a presença de radicais livres que levam ao envelhecimento e doenças.
RISCOS: ligado ao surgimento de tumores e à piora de asma.

Cortisol
USADO PARA: combater inflamações e estabilizar a pressão arterial. Liberado em situações de stress, ele dá mais disposição.
RISCOS: o uso exagerado pode causar aumento do peso, hipertensão, diabetes e imunossupressão.

Obesidade – Nova droga reduz ganho de peso de ratos


obesidade e bactéria

Novo estudo:

Pesquisadores descobriram um método para bloquear o grelina, o “hormônio da fome”, em ratos. No futuro, a técnica pode ser usada em humanos para tratamentos de redução de peso. O hormônio é conhecido por promover ganho de peso e estimular o apetite em mamíferos, quando ativado por uma enzima específica.
O grelina é um hormônio dispara sensações de fome para o cérebro quando o estômago está vazio. Por ser produzido diretamente no estômago, o hormônio diminui sua concentração conforme a pessoa ingere o alimento, reduzindo assim a sensaçao de fome e controlando a quantidade de comida ingerida.
Segundo a pesquisa, publicada na revista Science, os cientistas conseguiram bloquear em ratos a enzima que ativa o hormônio e os animais diminuiram consideravelmente o ganho de peso, apesar de comerem exatamente a mesma quantidade de ratos que não receberam o bloqueador.
Atualmente, o bloqueador da enzima está em fase inicial de testes com ratos e ainda deve demorar para ser testado em humanos. No entanto, os pesquisadores afirmam que os resultados promissores podem acelerar os estudos.

Por que os anões não atingem a estatura normal?


anão
Compare a altura dele com a de outras pessoas

O segredo para o crescimento fica dentro dos ossos. Eles têm um tecido cartilaginoso, como o da orelha, cujas células se multiplicam ao longo da infância. Para crescermos, esse tecido tem de ser estimulado por uma espécie de adubo. É o hormônio de crescimento, produzido pela glândula hipófise. Esse hormônio incentiva a fabricação, principalmente no fígado e nas cartilagens, de uma substância chamada IGF-I. “O IGF-I induz a multiplicação das células da cartilagem”, explica a fisiologista Maria Tereza Nunes, da Universidade de São Paulo. Se a hipófise falha, o hormônio não atinge suas células-alvo e estas não conseguem produzir o fator de crescimento em quantidades suficientes. Ele então deixa de agir sobre os ossos dos membros e o indivíduo não cresce. Freqüentemente, as causas dessa confusão são hereditárias.
Hormônio da hipófise é bom e faz crescer.
Se a glândula falha, o hormônio de crescimento não estimula a fabricação do IGF-I. Ele é produzido em níveis tão baixos que os membros crescem pouco.
Quando a hipófise funciona normalmente, o fator de crescimento IGF-I é produzido em quantidades suficientes para fazer os ossos crescerem – e os seus donos também.

Sexologia – Como funciona o viagra feminino?


viagra feminino
Seu nome comercial é Addyi, apesar de ser mais conhecido como “o Viagra feminino”, e, desde sua aprovação legal e seu consequente lançamento comercial, ele tem provocado várias polêmicas por causa de seus efeitos colaterais. Entre eles estão enjoo, sonolência, náusea, fadiga, insônia e secura na boca. Primeiramente, seu funcionamento não tem nada a ver com seu antecessor masculino: enquanto o Viagra atua sobre uma deficiência biológica, o Addyi se ocupa dos hormônios e da química cerebral.
A flibanserina é indicada para o momento da “pré-menopausa”, quando pode ocorrer que uma mulher queira ter uma relação íntima, mas não tenha desejo sexual, problema conhecido como transtorno do desejo hipoativo. A droga, que deve ser administrada em doses diárias antes de dormir, estimula zonas estratégicas do cérebro, aumentando a produção de dopamina e noradrenalina, e diminuindo a serotonina, responsável pela queda da libido.
Além de seus efeitos secundários (nos testes experimentais, 10% das mulheres tiveram enjoo, fadiga e náusea), que, segundo seus próprios fabricantes, são “modestos”, para muitos, trata-se do “maior avanço na saúde sexual da mulher desde a pílula anticoncepcional”, conforme resumiu Sally Greenberg, diretora da associação de consumidores dos EUA.

11.012 – Bioquímica – Do que é feito o Homem?


O tratamento embora ajude no desempenho sexual pode ser um tiro pela culatra, causando o câncer de próstata
O tratamento embora ajude no desempenho sexual pode ser um tiro pela culatra, causando o câncer de próstata

A testosterona tem um papel importante na diferenciação dos sexos. Apesar de ser encontrada em ambos, a concentração do hormônio no sangue dos homens é até dez vezes maior do que no das mulheres. Essa diferença é suficiente para determinar as mudanças no corpo que, em última análise, tornam um garoto diferente de uma menina. Por volta da sexta semana de gestação, o feto masculino produz uma grande quantidade de testosterona. Entre outros efeitos, isso gera o desenvolvimento do pênis e dos testículos. Na adolescência, o hormônio chega aos seus níveis mais altos, desencadeando as alterações típicas da idade: o garoto engrossa a voz, experimenta um crescimento acelerado nos ossos e na massa muscular, desenvolve pêlos no corpo e sente o seu desejo sexual aumentar. A partir daí, a quantidade de testosterona no organismo diminui gradativamente até a velhice.
A manipulação dos níveis de testosterona no corpo, geralmente empreendida por homens que se dedicam ao culto da aparência, leva a uma série de resultados polêmicos. O aumento da massa muscular costuma ser o efeito do hormônio mais desejado pelos homens. Em decorrência disso, tornou-se comum, em academias de ginástica, o uso de uma versão sintética da testosterona. “Aumentar a testosterona de pessoas saudáveis é uma aberração”, afirma o endocrinologista Bernardo Leo Wajchenberg, da Universidade de São Paulo. O hormônio pode ser absorvido em pílulas – que causam enormes danos ao fígado – ou por meio de injeções, que não conseguem manter um nível constante de testosterona. As injeções acrescentam, de uma só vez, grandes quantidades do hormônio no sangue e produzem efeitos físicos e psicológicos que vão desde uma explosão de energia e agressividade, nos primeiros dias, até fadiga e depressão, em um momento seguinte.
Uma nova versão em forma de gel foi lançada em há 15 anos anos nos Estados Unidos. Bastaria esfregar a quantidade certa na pele para manter o nível ideal do hormônio no corpo. Os riscos, no entanto, não diminuem para os candidatos a Schwarzenegger.
Além dos efeitos sobre o corpo, suspeita-se que a testosterona seja um importante fator para definir a personalidade. A questão é definir até onde vai essa influência. Para o sociólogo Richard Udry, da Universidade da Carolina do Norte, nos Estados Unidos, ela pode definir as diferenças fundamentais de comportamento entre homens e mulheres.
Ao longo da nossa evolução, os problemas relacionados à testosterona parecem ter limitado a sua quantidade no nosso corpo. “Níveis muito altos de testosterona estimulariam o sujeito a correr tantos riscos que ele acabaria morrendo antes de procriar”, diz James. Outros estudos indicam que indivíduos castrados – que quase não produzem testosterona – têm a sua expectativa de vida aumentada em 13,6 anos.
Andropausa
Todo mundo sabe que as mulheres, ao envelhecer, estão sujeitas à menopausa, uma súbita queda na quantidade de estrógeno, o principal hormônio feminino. O que poucos sabem é que os homens passam por um processo parecido, a chamada andropausa.
“A quantidade de testosterona no sangue diminui gradativamente com a idade e pode ser responsável por sintomas como perda do interesse em sexo e na vida, falta de memória e osteoporose. Além disso, pode causar diminuição da concentração e piora do desempenho em atividades físicas”, afirma o geriatra John Morley, da Saint Louis University, nos Estados Unidos. Ele calcula que 5% dos homens com 40 anos e 70% dos homens aos 70 anos sofrem de problemas relacionados à menopausa masculina. “A solução para esses casos é repor artificialmente a quantidade desse hormônio”, diz John.
Mas é preciso ir com calma: a terapia aumenta a possibilidade de câncer na próstata e de derrames. Cada caso é um caso e o tratamento só deve ser decidido após exames clínicos rigorosos. Segundo John, o tratamento vale a pena. “O perigo não é muito grande e os benefícios são enormes. A reposição de testosterona pode trazer de volta ao organismo características importantes como disposição e masculinidade.”

10.930 – Medicina – Polêmica sobre a reposição de testosterona


MEDICINA simbolo

Os níveis de testosterona diminuem com a idade. Calcula-se que, a partir dos 20 anos, a queda seja de 1% a 2% ao ano.
Os sinais e sintomas atribuídos à baixa produção (hipogonadismo) não são específicos: aumento da gordura corpórea, diminuição da massa muscular, da densidade óssea, da libido, da vitalidade e da sensação de bem-estar. Embora a função erétil também seja afetada, ela se acha preservada até que as concentrações estejam muito baixas.
Na maioria dos laboratórios, os níveis normais estão entre 300 ng/dL e 900 ng/dL. O diagnóstico de hipogonadismo não deve ser baseado num único exame; há obrigatoriedade de duas medições efetuadas pela manhã.
Quando o resultado estiver pouco abaixo da faixa da normalidade, o diagnóstico deve ser confirmado pela dosagem de testosterona livre e de outros hormônios.
Os especialistas estão de acordo com esses conceitos, as discordâncias dizem respeito às indicações da reposição:
1) Os defensores admitem que faltam dados de boa qualidade para avaliar a relação custo/benefício, mas argumentam que o hipogonadismo está relacionado com outros agravos: diabetes tipo 2, doença cardiovascular e síndrome metabólica.
Reconhecem que, em alguns estudos, a reposição aumentou o risco cardiovascular, mas que essa associação não foi confirmada.
Afirmam que o risco de câncer de próstata não está comprovado, e que pode ser minimizado com a adoção de critérios que contraindiquem a reposição em homens com PSA > 4 ng/dL (ou > 3 ng/dL, se forem negros ou tiverem parentes de primeiro grau com câncer de próstata), nódulos prostáticos palpáveis ou próstatas muito aumentadas.
2) O segundo grupo é formado pelos que limitam a indicação apenas aos casos com níveis de testosterona muito baixos.
Para eles, a reposição pode melhorar a sensação de bem-estar, a força muscular, a densidade óssea e a libido, mas os efeitos estão diretamente relacionados com o grau de deficiência. Em homens com níveis pouco abaixo da normalidade, o aumento da concentração sanguínea de testosterona traz benefícios tão pequenos que não compensam os riscos, os custos e os inconvenientes do tratamento.
3) Os conciliadores partem do princípio de que existem controvérsias em relação às doenças cardiovasculares e que o risco de câncer de próstata parece ser mínimo ou inexistente (embora os dados sejam limitados), especialmente quando o PSA é controlado.
Propõem modificações no estilo de vida, porque a obesidade contribui para reduzir a produção de testosterona. Recomendam que a reposição fique limitada aos homens com diagnóstico laboratorial preciso, sinais e sintomas claros de hipogonadismo.
Nesses casos, as doses de testosterona devem ser pequenas, suficientes apenas para manter as concentrações na faixa intermediária da normalidade. Depois de seis meses, se a melhora não for evidente, não há justificativa para insistir no tratamento.

10.863 – Sistema Endócrino – Função da Glândula Hipófise


funcionamento cérebro e tireoide

A hipófise, também chamada de glândula “mestra” do organismo, é um órgão pequeno, tendo no homem o volume de uma pequena noz, pesando por volta de 0,6g.
Situa-se no interior da caixa craniana, numa depressão óssea chamada sela túrcica.
Ela coordena o funcionamento das demais glândulas, porém não é independente, obedece a estímulos do hipotálamo. A hipófise é formada de três partes:
A hipófise anterior ou adeno-hipófise, hipófise intermediaria e hipófise posterior.
A atividade das células hipofisárias e a emissão de seus hormônios no sangue estão sob o controle de centros nervosos situados na base do cérebro, na região denominada hipotálamo. As relações entre as duas estruturas se faz por intermédio de substâncias
químicas: os fatores de liberação, ou “releasing factors”, secretados por alongamentos de células especializadas do hipotálamo.
Dos sete hormônios produzidos pela adeno-hipófise, quatro exercem sua ação por intermédio de uma outra glândula endócrina.
A adeno-hipófise produz hormônios essenciais ao crescimento, ao metabolismo geral e à reprodução, garantindo a sobrevivência da espécie. Ela produz pelo menos seis hormônios. Três deles, as gonadotrofinas, são sexuais.
Estas substâncias estimulam as gônadas [testículos e ovários] a produzirem células reprodutoras.
O hormônio tireotrófico [TSH] estimula a glândula tireóide e participa no metabolismo orgânico, no aproveitamento da água, do iodo, do cálcio, do fósforo, dos açúcares, das gorduras, das proteínas e das vitaminas.
O hormônio adrenocorticotrófico [ACTH] é o ativador da parte externa da glândula supra-renal, vital no controle da água, sais e outros elementos.
O sexto hormônio, o somatotrófico, ou hormônio do crescimento, estimula o crescimento de todos os tecidos do corpo e também tem grande importância no aparecimento do diabetes.
A parte intermediária da hipófise secreta o hormônio melanotrófico ou melatrofina que em peixes e anfíbios induz à dispersão dos grânulos de melanina dos melanócitos,
levando ao escurecimento da pele. Esse processo é de fundamental importância para a proteção desses animais diante da ação dos predadores.
A HIPÓFISE POSTERIOR E A VASOPRESSINA, O HORMÔNIO ANTIDIURÉTICO E A OXITOCINA
A hipófise posterior ou neuro-hipófise, localiza-se no lobo posterior, sendo constituída
por fibras nervosas desprovidas de mielina (desmielinizadas) e por células da
neurologia. Os hormônios neuro-hipofisários são: a vasopressina ou hormônio
antidiurético (ADH), ambos produzidos no hipotálamo e armazenados no lobo posterior da hipófise, que controla o equilíbrio hídrico do organismo.
A oxitocina age na musculatura lisa da parede do útero, facilitando a expulsão do feto e da placenta.
Uma característica peculiar da neuro-hipófise é a sua circulação, curiosamente feita quase que totalmente de sangue venoso, isto é, carregado de gás carbônico e com
baixas taxas de oxigênio.
As secreções da “glândula mestra” obedecem a um conjunto de estímulos de ordem hormonal e nervosa. Assim, pode-se concluir que exista uma relação direta entre estado psíquico e hormônios.

CENTROS DE REGULAÇÃO DO COMPORTAMENTO E DA EMOÇÃO
Durante muito tempo acreditou-se que a regulação do comportamento e em especial o comportamento emocional estaria na dependência de todo o cérebro. Coube principalmente a Hess, demonstrar a existência de centros de regulação docomportamento. Sabe-se que as áreas relacionadas com o comportamento emocional ocupam territórios bastante grandes.
Por exemplo, no tronco encefálico estão localizados vários núcleos de nervos cranianos, viscerais e somáticos. Ativando-se essas estruturas ocorrem estados emocionais, resultando diversas manifestações como: o choro, alterações fisionômicas,
sudorese, salivação, aumento do ritmo cardíaco.
Além de sua participação nos fenômenos emocionais, estas áreas relacionam-se também com comportamentos ligados às necessidades básicas do organismo tais como a sede, a fome e o sexo, importantes para a preservação do indivíduo e da
espécie. O fato de que as áreas encefálicas que regulam o comportamento emocional também regulam o sistema nervoso autônomo torna-se mais significativo se considerarmos que as emoções se expressam através de manifestações viscerais
[choro, aumento de salivação, eriçar de pelos em um gato com raiva] e são acompanhadas de alterações da pressão arterial, do ritmo cardíaco e respiratório.
Torna-se claro também que muitos distúrbios emocionais graves resultam de afecções viscerais, sendo um exemplo clássico o caso das úlceras gástricas e duodenais.
As artérias para a hipófise são as artérias hipofisárias superiores, ramos da carótida interna ou da artéria comunicante posterior, e as artérias hipofisárias inferiores, ramos da carótida interna mas atravessam o seio cavernoso. Os ramos das artérias superiores abastecem a haste e as partes adjacentes do lobo anterior. Os ramos das artérias inferiores suprem o lobo posterior. A suplência sanguínea da parte distal é feita sobretudo através de veias de um sistema porta. O sangue dos capilares da parte tuberal e adjacências da haste drena para as veias, que descem ai longo do infundíbulo e terminam em numerosos capilares sinusoídes da parte distal.
As veias da hipófise são as veias hipofisárias laterais que drenam para os seios cavernosos e intercavernosos.
Nervos: A parte distal não tem inervação específica. Fibras do gânglio cervical superior do sistema simpático têm sido seguidas ao longo dos vasos sanguíneos, mas não foram associadas as células glandulares. A neuro – hopófise recebe fibras dos núcloes supra – ópticos e paraventrincular do hipotálamo. Grânulos osmiofilos análogos de neurossecreção são encontrados nas células deste núcleos e em seus prolongamentos, que se dirigem em direção caudal para o lobo posterior e constituem o feixe hipotalâmico – hipofisário.

10.810 – Anatomia – A Glândula Pineal


melatonina

É uma pequena glândula endócrina localizada perto do centro do cérebro, entre os dois hemisférios, acima do aqueduto de Sylvius e abaixo do bordelete do corpo caloso, na parte anterior e superior dos coliculos superiores e na parte posterior do terceiro ventrículo.
Apesar das funções desta glândula serem muito discutidas, parece não haver dúvidas quanto ao importante papel que ela exerce na regulação dos chamados ciclos circadianos,que são os ciclos vitais (principalmente o sono) e no controle das atividades sexuais e de reprodução.
A glândula pineal é uma estrutura cinza-avermelhada do tamanho aproximado de caroço de uma laranja (25 por 12 mm em humanos de aproximadamente 500 mg de massa.
Anatomicamente, é considerada parte do epitálamo. É uma estrutura epitalâmica pequena e única, situada dorsalmente à região caudal do diencéfalo. Ela é derivada de células neuroectodérmicas e, à semelhança da retina, desenvolve-se a partir de uma invaginação do teto da parede do terceiro ventrículo.
A glândula pineal é, portanto, uma estrutura de linha média, sendo vista frequentemente em radiografias simples de crânio, por sua alta incidência de calcificação – formação de corpos arenáceos ou ”areia do cérebro” devido à libertação de hormonas por exocitose juntamente com restos vesiculares que se dissolvem por trocas iónicas com iões Ca2+.
Folículos humanos contêm quantidade variável de material arenoso, chamado corpora arenacea (ou “acervuli”, ou “areia cerebral”). A análise química mostra que é composto de fosfato de cálcio, carbonato de cálcio, fosfato de magnésio, fosfato de amônia e calcita.
Os pinealócitos em vertebrados inferiores têm forte semelhança com as células fotorreceptoras do olho. Alguns biólogos acreditam que as células pineais humanas de vertebrados partilham um ancestral comum com células da retina.
Em alguns vertebrados, a exposição à luz pode desencadear reação em cadeia de enzimas, hormônios e neuroreceptores, que pode ajudar a regular o ciclo circadiano do animal. Em humanos e outros mamíferos, essa função é suprida pelo sistema retino-hipotalâmico, que regula o ritmo no núcleo supraquiasmático. Interações sociais e culturais produzem exposições à luz artificial que influencia o “relógio” supraquiasmático. As evidências sobre o papel de compostos fotossensíveis relacionados à opsina na pele de mamíferos são controversas atualmente.
Há algumas décadas, acreditava-se que a glândula pineal fosse um órgão vestigial (assim como o apêndice vermiforme em humanos), sem função atual. No entanto, mesmo órgãos vestigiais podem apresentar alguma função, ocasionalmente diferente da função do órgão do qual se originou. Aaron Lerner e colegas da Universidade de Yale descobriram que a melatonina está presente em altas concentrações na pineal.
A melatonina é um hormônio derivado do aminoácido triptofano, que tem outras funções no sistema nervoso central. A produção de melatonina pela pineal é estimulada pela escuridão e inibida pela luz.
A glândula pineal é grande na infância e reduz de tamanho na puberdade. Parece ter um papel importante no desenvolvimento sexual, na hibernação e no metabolismo e procriação sazonais. Acredita-se que os altos níveis de melatonina em crianças inibem o desenvolvimento sexual, e tumores da glândula (com consequente perda na produção do hormônio) foram associados a puberdade precoce. Após a puberdade, a produção de melatonina é reduzida, e a glândula frequentemente está calcificada em adultos.
Demonstrou-se que aves e répteis modernos expressam o pigmento fototransdutor melanopsina na glândula pineal. Acredita-se que as glândulas pineais de aves possam funcionar como os núcleos supra-quiasmáticos de mamíferos.

10.391 – Medicina – Consequências do aumento da prolactina


prolactina

A prolactina é um hormônio produzido pela glândula hipófise, glândula cerebral responsável pela secreção de inúmeros hormônios. Sua principal função no nosso organismo é a produção de leite pelas mamas de mulheres em amamentação.
O aumento acentuado dos níveis de prolactina podem causar vários sintomas clínicos, dentre eles a galactorreia ( saída de secreção leitosa nas mamas), infertilidade, perda de libido, distúrbios menstruais nas mulheres e impotência sexual nos homens.
Causas do aumento de Prolactina:
Fisiológicas – O próprio organismo, por necessidade, aumenta a liberação de prolactina durante o sono, no stress físico e psicológico, durante a gravidez, durante a amamentação e no orgasmo sexual.
Farmacológica – causada pelo uso de medicamentos – Qualquer droga que modifique a liberação da dopamina, como explicado anteriormente, pode induzir as alterações na liberação de prolactina. Essa causa é muito comum e está frequentemente associada a uso de medicações antidepressivas e demais medicamentos psiquiátricos.
Patológica – Quando envolve alterações da glândula hipofisária como as lesões do Hipotálamo ou da Haste Hipofisária e tumores benignos secretores de Prolactina, conhecidos como adenomas ou prolactinomas.
Pode também ser causada por associação com outras doenças: Síndrome dos ovários policísticos, hipotireoidismo, estimulação periférica neurogênica, falência renal ou cirrose hepática.
Consequências devido ao aumento de Prolactina:
– Homens – A manifestação mais frequente é a diminuição da libido e da potência sexual, porém pode ocorrer diminuição na produção de espermatozoides, aumento das mamas, e diminuição na produção de sêmen.
– Mulheres – Diminuição ou cessação do fluxo menstrual, secreção de leite (galactorreia) e infertilidade, abortos espontâneos recorrentes, ressecamento vaginal, dor ao ato sexual, redução da libido, enfraquecimento dos ossos com osteopenia e risco aumentado de osteoporose, seborreia e hirsutismo (pelos pelo rosto) moderado.
– Em ambos os sexos – ansiedade, depressão, fadiga, ganho de peso, instabilidade emocional, e irritabilidade.
Como tratar: Depende da causa, na maioria das vezes é tratada com medicações por via oral mas em alguns casos pode ser necessário cirurgia ou radioterapia
Procurar um médico e se tratar adequadamente são medidas fundamentais para solucionar o problema!
Porém, tão importante quanto diagnosticar o problema é descobrir por que ele existe – isso porque o tratamento vai depender da causa. Ela pode estar relacionada ao uso de alguns remédios, como a risperidona (que é um antipsicótico), ou mesmo de medicamentos de uso mais comum, como a cimetidina (antiácido), a metoclopramida (antienjoo) e a metildopa (anti-hipertensivo).
De uma forma geral, são medicações que podem ter como efeito colateral o aumento da prolactina e, se a causa estiver ligada ao uso de alguma(s) delas, é preciso interromper o consumo. Além de se administrar medicamentos para tratar prolactinomas, com o uso de substâncias que combatem os efeitos dos medicamentos problemáticos, como a bromocriptina e a cabergolina.
Se a prolactina no sangue é diminuída a níveis normais, os efeitos do problema são invertidos. Nas mulheres em idade fértil, retorna a função ovariana, bem como os períodos menstruais e a fertilidade, com o aumento dos níveis de estrogênio.
Se for no homem para de produzir testosterona e espermatozoide.
Os Prolactinomas, como outros adenomas hipofisários, não possuem causa bem definida, sendo provavelmente provocados por mutações isoladas de células hipofisárias normais.
Uma parcela de 3 a 5 % dos casos apresenta distribuição familiar, estando associada a mutações transmitidas hereditariamente. Esses casos podem envolver a ocorrência do mesmo adenoma na mesma família (adenomas familiares) ou estarem associados a adenomatoses endócrinas múltiplas. Nessa situação os pacientes podem exibir tumores funcionantes de paratireoide, pâncreas e supra-renais.

9624 – Alerta: Remédio para convulsões é usado para emagrecer e causa efeitos colaterais


Pessoas que usam o remédio topiramato, descoberto nos EUA em 1979 para combater convulsões, como emagrecedor relatam efeitos colaterais como adormecimento e formigamento em várias partes do corpo, náuseas, problemas de memória e muitas dificuldades com o reflexo motor, além de sonolência e dificuldade de concentração.
O uso com essa finalidade se tornou mais comum há dois anos, quando a Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) proibiu a venda de emagrecedores à base de anfetaminas e restringiu a venda de sibutramina.
A proibição foi derrubada recentemente pela Comissão de Constituição e Justiça e de Cidadania (CCJ) da Câmara dos Deputados, mas essas substâncias ainda não voltaram às farmácias.
Enquanto isso, muitas pessoas com problemas de excesso de peso têm resolvido procurar o topiramato (Topamax). O remédio já tem sites criados por fãs e grupos de discussão.
Os efeitos colaterais relatados por usuários do remédio indicam risco para quem dirige automóveis ou máquinas ou que esteja envolvido em atividades que exijam alto grau de concentração.
Médicos afirmam que, como acontece com todo medicamento, o uso de topiramato requer atenção e cuidados por parte do profissional que o indica, mas também apontam que a droga pode de fato trazer benefícios a pessoas com excesso de peso.
O anticonvulsivante agiria numa área do cérebro que controla a saciedade, mas a substância também tem sido usada como coadjuvante no tratamento de transtornos de humor e até no combate à dependência de álcool e outras drogas.
Na história da medicina, vale dizer que não são incomuns medicamentos descobertos com uma finalidade que passam a ter uso completamente diverso.
Para o médico Henri Bischoff, especialista em controle do metabolismo, a proibição de anfetaminas pela Anvisa deixou os médicos “à mercê de medicamentos que não têm como objetivo o emagrecimento, mas como um de seus efeitos colaterais”.
Para o médico e psiquiatra, a atenção que o topiramato vem recebendo como emagrecedor é justificável, mas faltam registros científicos sobre o abuso dessa medicação.
Baltieri afirma ainda que o mecanismo neurobiológico pelo qual o medicamento leva à perda de peso não é totalmente conhecido.

9604 – Medicina – A pré-diabetes


MEDICINA simbolo

Antes de desenvolver o diabetes mellitus tipo 2, a maioria das pessoas apresenta uma condição assintomática chamada “pré-diabetes”. Também conhecida como “intolerância à glicose”, “tolerância diminuída à glicose” ou “glicemia de jejum alterada”, pré-diabetes é um termo que atualmente se aplica a cerca de 41 milhões de pessoas nos Estados Unidos que têm níveis de glicose (açúcar) no sangue maiores que o normal, mas ainda não altos o bastante para fazer o diagnóstico de diabetes.

Mais e mais, os médicos estão reconhecendo a importância de diagnosticar o pré-diabetes, já que o tratamento dessa condição pode prevenir o aparecimento do diabetes do tipo 2. Além disso, o tratamento adequado do pré-diabetes pode prevenir várias complicações sérias associadas ao diabetes mellitus tipo 2, tais como: doenças cardíacas e lesões aos rins ou aos olhos. Já há vários estudos que demonstram que essas complicações, tradicionalmente atribuídas apenas ao diabetes já instalado, começam a se desenvolver muito antes que o diagnóstico de diabetes seja feito – ou seja, na fase do pré-diabetes.
Ou seja: reconhecer e tratar adequadamente o pré-diabetes pode:
a) prevenir o surgimento do diabetes tipo 2, e
b) prevenir as complicações do diabetes tipo 2 – mesmo que o paciente ainda não tenha diabetes!

Quais são as pessoas que correm risco de desenvolver diabetes tipo 2?
O risco de diabetes tipo 2 está aumentado em pessoas com as seguintes características:

– Presença de outras pessoas na família com diabetes tipo 2 (pais, tios, irmãos);
– Mulheres que tenham tido diabetes gestacional ou que tenham dado à luz um bebê pesando mais de 4 Kg;
– Mulheres com a síndrome dos ovários micropolicísticos;
– Pessoas acima do peso (sobrepeso ou obesidade). principalmente quando o excesso de gordura está mais acumulado na barriga;
– Pessoas com colesterol alto, aumento do triglicérides ou níveis baixos do chamado “bom colesterol” (HDL-colesterol);
– Sedentários;
– Idosos – com o avanço da idade, as pessoas se tornam menos capazes de controlar adequadamente os níveis de glicose.

Como identificar o pré-diabetes?
Embora a maioria das pessoas com pré-diabetes não tenha qualquer sintoma (ou seja, trata-se de uma condição assintomática), alguns indivíduos já podem apresentar sintomas sugestivos de diabetes, tais como: sede excessiva, necessidade de urinar muitas vezes e em grande quantidade, visão borrada ou cansaço acentuado.
Geralmente, o diagnóstico de pré-diabetes é feito através de alguns exames de laboratório.

Quem deve fazer exames para avaliar a presença de pré-diabetes?
As seguintes pessoas precisam fazer exames periodicamente para determinar se são portadoras ou não de pré-diabetes:

– Adultos com mais de 45 anos;
– Adultos com qualquer fator de risco para diabetes (veja quadro acima);
– Excesso de peso (índice de massa corporal acima de 25); *
– Pessoas que já tenham tido exames anteriores com níveis elevados de glicose;
– Mulheres que tenham tido diabetes durante a gravidez (diabetes gestacional) anteriormente ou que tenham dado à luz bebês com mais de 4 Kg;
– Presença de componentes da síndrome metabólica: aumento dos triglicérides, baixos níveis de colesterol “bom” (HDL), acúmulo de gordura no abdome, pressão alta (hipertensão arterial);
– Mulheres com síndrome dos ovários micropolicísticos.

* Índice de massa corporal = peso (em Kg) dividido pelo quadrado da altura (em m).

Como é feito o diagnóstico de pré-diabetes?
Dois diferentes testes podem diagnosticar o pré-diabetes. São eles:
a) Glicemia de jejum – consiste na coleta de uma amostra de sangue, em jejum, após um jejum de 8 horas, para avaliar o nível de glicose no sangue. O normal é menor que 100 mg/dL.
b) Teste de Tolerância à Glicose – consiste na coleta de sangue em jejum e na coleta de uma outra amostra de sangue 2 horas após a ingestão de um copo grande de água contendo 75 g de glicose diluída. Deve ser feito quando o paciente apresenta uma glicemia de jejum maior que o normal mas ainda menor que o nível necessário para o diagnóstico de diabetes – ou seja, quando a glicemia de jejum é maior ou igual a 100 mg/dL e menor que 126 mg/dL.

O principal componente do tratamento do pré-diabetes consiste nas mudanças de estilo de vida – ou seja, na adoção de um hábito de vida saudável, que inclui as seguintes medidas:
a) alimentação saudável e equilibrada
b) perda de peso – se você está acima do peso, uma perda de 5 a 10% do seu peso inicial pode fazer uma enorme diferença;
c) atividade física regular – tente exercitar-se 30 minutos por dia, durante 5 dias da semana. Essa atividade pode ser dividida em vários períodos curtos: 3 sessões de 10 minutos num dia ou 2 sessões de 15 minutos noutro dia. Escolha uma atividade que você goste de fazer, como, por exemplo, caminhar, ou nadar, ou dançar, ou jogar tênis ou futebol.
d) pare de fumar;
e) trate adequadamente da sua pressão arterial ou do seu colesterol, se necessário.

9373 – Reposição de testosterona em forma de desodorante chega ao país


testo graf

Uma nova droga para repor testosterona em homens com baixos níveis do hormônio deve chegar ao Brasil no próximo mês. A novidade é o formato: o medicamento é aplicado nas axilas, como se fosse um desodorante.
Hoje, existem três remédios de reposição hormonal masculina no país, todos injetáveis. Dois deles são aplicados a cada três semanas e o outro, a cada três meses.
Já o novo medicamento, de uso tópico, deve ser usado diariamente pela manhã, depois do desodorante comum.
Dessa forma, a droga tenta imitar a produção natural da testosterona –que tem níveis mais altos no começo do dia. Com os remédios injetáveis de longa duração, podem ocorrer picos do hormônio logo após as aplicações e níveis baixos no fim do período.
O remédio é colocado em um aplicador usado diretamente nas axilas, o que evita que o produto entre em contato com as mãos e diminui os riscos de contaminar outras pessoas com o hormônio. A dose pode variar de acordo com a recomendação médica. Cada “bombeada” do produto tem 30 mg, e a dose máxima diária, segundo a bula, é de 120 mg. Uma unidade com 110 ml custará R$ 283,93, o que é suficiente para um mês, em média, a depender da dose indicada.
Mas não são todos os homens que precisam do medicamento. O urologista afirma que a reposição hormonal só é indicada para homens com níveis baixos de testosterona –os valores normais vão de 300 a mil nanogramas por decilitro– e queixa de sintomas.
De acordo com estudos, de 3% a 30% dos homens podem ter níveis baixos de testosterona. Desses, só um terço tem sintomas relacionados a essa queda e, portanto, seria candidato ao uso da reposição hormonal.
“Há só três problemas que a reposição pode melhorar: perda de libido, perda de massa muscular e osteoporose. Há médicos que acreditam que há um ganho na memória, que a pessoa vai ficar mais bem disposta, mas não há evidências disso. É tudo ficção”.
A reposição hormonal masculina tem seus riscos. Em doses exageradas, pode causar o crescimento das mamas, toxicidade para o fígado, aumento de colesterol “ruim”, maior risco de hipertensão e apneia do sono.
O risco de o tratamento causar câncer de próstata foi levantado e já descartado, segundo Srougi, mas, se o paciente já tiver um tumor, a droga fará com que ele cresça mais rapidamente. Por isso, é preciso descartar a hipótese da doença antes de começar o tratamento.
O médico diz ainda que a forma de aplicação do novo medicamento, não injetável, pode aumentar o número de pessoas que farão uso indevido da testosterona, incluindo os adeptos da medicina “antiaging” (que usa hormônios para tentar atrasar o envelhecimento, sem evidências científicas).