10.909 – Comportamento Animal- Macaco salva ‘amigo’ eletrocutado


Um macaco foi flagrado em um ato heroico em Kanpur, na Índia: quando outro animal foi eletrocutado por andar nos cabos de força e caiu inconsciente sobre uma estação de trem, o primata fez de tudo para reanimá-lo.
Diversas pessoas presentes na estação filmaram a cena, em que o macaco passa mais de 20 minutos tentando reviver o outro, puxando, batendo e jogando-o na água até ele voltar a apresentar sinais de vida.

10.908 – Medicina – Preconceito faz mal à saúde


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Quando ainda fazia residência em Harvard, em 1997, o bioengenheiro Esteban Burchard viu um adolescente negro morrer de asma a poucas quadras do hospital, com o inalador na mão. No mesmo ano, ele identificou um gene que aumenta o risco de desenvolver uma variante mais forte da asma — e ele era 40% mais comum em pessoas negras. Pois que agora, quase 20 anos depois, um outro estudo feito por Burchard revelou que a maioria das pesquisas feitas nos Estados Unidos é focada em pessoas brancas e descendentes de europeus. O resultado é que muitos remédios no mercado não são os mais eficazes para pessoas de outras etnias. Diabetes e problemas no coração, por exemplo, são mais comuns em latinos e hispânicos.
O problema, segundo Burchard, é que as pesquisas científicas tendem a buscar populações geneticamente homogêneas.
É mais fácil realizar um estudo em indivíduos semelhantes do que realizar o mesmo projeto em populações diferentes. Os próprios médicos acabam preferindo estudar pacientes parecidos com eles. “Até as mulheres entrarem na medicina, não existiam pesquisas que incluíam mulheres”, diz Burchard. Para completar, a principal agência que financia projetos médicos nos EUA também não costuma aceitar propostas que envolvam pesquisas com outras etnias. Um estudo de 2011 publicado na revista Science revelou que cientistas asiáticos e negros têm, respectivamente, 4% e 13% menos chance que brancos de receber financiamento. O argumento é que essas populações apresentam grande variação genética, o que as tornaria mais difíceis de analisar.

10.906 – Lei e Direito Família – Dilma sanciona sem vetos a lei que prioriza a guarda compartilhada


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A prioridade para a guarda compartilhada dos filhos para pais separados virou lei. A presidente Dilma Rousseff sancionou, sem vetos, nesta terça-feira (23-12), o projeto de lei que trata da medida.
Pela proposta, se não houver acordo entre os pais em relação à guarda, o juiz deve determinar prioritariamente que ela seja compartilhada. A exceção prevista vale para casos em que o pai ou a mãe declarar que não deseja a guarda do filho.
A medida altera o Código Civil que, atualmente, determina que a guarda unilateral deve ser concedida ao genitor que revele “melhores condições” para exercê-la.
Com a modificação, o Código passa a afirmar que a guarda compartilhada deve ser adotada, com o “tempo de custódia física dos filhos dividido de forma equilibrada com a mãe e com o pai”.
Com a alteração, sai do Código Civil a expressão “sempre que possível” para a aplicação da guarda compartilhada quando não houver acordo entre os pais.
O novo texto afirma que, nesses casos, “será aplicada a guarda compartilhada”, desde que ambos os genitores estejam aptos a exercer o poder familiar.
Pela nova lei, a guarda compartilhada deve ser exercida na cidade considerada “base de moradia” dos filhos ou naquela que “melhor atender aos interesses” da criança.
Em situações de guarda unilateral, em que a criança vive somente com um dos pais, o projeto permite que a outra parte possa supervisioná-la para “garantir os interesses dos filhos”, com autorização para que qualquer genitor solicite informações, prestação de contas, “em assuntos ou situações que direta ou indiretamente afetem a saúde física e psicológica e a educação de seus filhos”.
Fica obrigatório ainda que qualquer estabelecimento público ou privado a prestar informações para os genitores sobre os filhos. Se a regra não for cumprida, o local fica sujeito a multa que varia de R$ 200 a R$ 500 por dia em que a solicitação não for atendida.
Dados do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) mostram que a guarda compartilhada ainda não é a principal opção para casais divorciados.
Segundo os dados coletados nas Estatísticas do Registro Civil, de 2012, apenas 6,82% dos 224.451 casais separados em todo o país dividem a guarda da criança.
Apesar de ser uma parcela ainda pequena, a opção por esse tipo de modelo de criação tem crescido nos últimos anos. Em 2011, eram 5,4% enquanto em 2010, apenas 2,7% dos casais divorciados.
Após o divórcio, ainda segundo esse levantamento do IBGE, as mães são as que mais ficam com a guarda dos filhos -85,72%.
O caso dos homens que ficam com a guarda (5,62%) é ainda menor que a de guarda compartilhada (6,82%).