Vanderlei Eustáquio de Oliveira, mais conhecido como Palhinha (Belo Horizonte, 11 de junho de 1950)
Palhinha começou sua carreira na região do Barreiro, em Belo Horizonte, aos 10 anos. Foi descoberto pelo treinador, Lincoln Alves, do futebol de salão do Cruzeiro, aos 14 anos, onde passou a jogar como ala esquerdo. No ano seguinte, foi jogar no juvenil de campo e aos 18 anos, estreou nos profissionais. Achava complicado disputar posição com fenômenos do futebol como Dirceu Lopes, Tostão e Evaldo. Foi, na época, um reserva de luxo, um tapa-buraco do time.
Após a venda de Tostão para o Vasco da Gama, em 1972, passou a ser o titular do time. Conciliava a velocidade com a inteligência. Era um artilheiro, que a base de valentia, furava as defesas adversárias.
Palhinha estreou na Seleção Brasileira em 27 de maio de 1973, na vitória da Seleção Brasileira por 5 a 0 sobre a Seleção Boliviana.
Destacou-se pelo Cruzeiro na campanha do título da Taça Libertadores da América de 1976, quando marcou 13 gols tornando-se até hoje o maior artilheiro brasileiro em uma só Libertadores.
Em 1977, foi vendido ao Corinthians por 1 milhão de dólares na maior transação do futebol brasileiro na época. O objetivo era reforçar o time para a primeira participação na Taça Libertadores da América.
Carregando o time nas costas foi o responsável pela campanha que levaria o Corínthians as finais contra a Ponte Preta e quis o destino que não disputasse a finalíssima.
Fez dupla de ataque com Sócrates que veio do Botafogo de Ribeirão Preto.
Em 1980, defendeu o Atlético Mineiro que tinha um grande time formado por João Leite, Reinaldo, Cerezo, Paulo Isidoro, entre outros craques! Foi Tricampeão Mineiro, Campeão do tradicional Torneio de Málaga (Troféu Costa Del Sol) e Vice-Campeão Brasileiro numa polêmica e disputada final contra o Flamengo.
Times que defendeu
Cruzeiro: 1965-1976 e 1983-1984
Corinthians: 1977-1980
Atlético-MG: 1980-1981
Santos: 1981
Vasco da Gama: 1982
América-MG: 1985
Palhinha no Corínthians
Comprado do Cruzeiro (MG) por 7 milhões de cruzeiros, Palhinha chegou ao Corinthians com o status de craque e encheu de alegria a Fiel, que depositava nele a esperança de enfim conquistar o título paulista.
Sua estréia defendendo o Timão não foi o que exatamente todos esperavam. Mais de 60 mil pessoas lotando o estádio e o Corinthians perde de 3 x 0 pro Guarani.
Mas após isso Palhinha cairia nas graças da Fiel por suas jogadas inteligentes e de extrema habilidade.
No primeiro dos 3 jogos da final de 1977 Palhinha foi o autor do gol do Corinthians, na vitória por 1 x 0. Gol marcado com o rosto após o goleiro Carlos rebater um chute forte dado por ele mesmo.
No segundo jogo Palhinha sofreu um estiramento muscular e não pode participar da terceira e decisiva partida, mas todos sabem que o Corinthians só tinha chegado até ali, até aquelas finais, graças a Palhinha e as suas jogadas. Por mais que não apareça no pôster de campeão e na foto da última partida, Palhinha era o craque e principal jogador do time.
Dois anos depois, em 1979, Palhinha ganharia novamente o campeonato paulista pelo Corinthians, mas dessa vez fazendo uma dupla memorável com Sócrates, onde faziam tabelinhas maravilhosas e jogadas inesquecíveis.
No inicio de 1980, Palhinha retornaria a MG, dessa vez pra jogar no Atlético.
Voltou ao Corinthians em 1989, dessa vez já como técnico.