7287 – Planeta Terra – A água vai ficar cara


Mais de 97% da água do planeta é de mares. Salgada, não serve nem para uso industrial. A potável mais pura da natureza está nas calotas polares e nas geleiras, que armazenam 2% da água do planeta. Muito frio e muito longe. Lençóis subterrâneos, lagos, rios e a atmosfera guardam o 1% restante. E é só essa que está à disposição.
As chuvas e a neve descarregam sobre os continentes parte do que evapora dos oceanos. São 40 673 quilômetros cúbicos ao ano. Mas quase dois terços se perdem. Restam 14 000 km3 como fonte de suprimento estável para um consumo anual global, hoje em torno de 4 500 km3.
No consumo global, 69% das águas potáveis, 15% do uso doméstico e 20% das águas de irrigação são de origem subterrânea. Mas essas reservas não são eternas; são como jazidas de petróleo, não renováveis. A superexploração provoca rebaixamento dos lençóis freáticos e problemas amargos para muitos países.
Nos últimos vinte anos, novas 1,8 bilhões de bocas vieram se somar à humanidade e diminuíram em um terço o suprimento de água do planeta. O pior é que a necessidade de água cresce ainda mais rápido do que o aumento da população. Para atendê-la, cavam-se poços e constróem-se barragens. Já há 36 000 barragens no mundo. O problema é que as novas alternativas para matar a sede da civilização custarão cada vez mais caro.
Onze países da África e nove do Oriente Médio sofrem secas permanentes. Mas a situação vai se complicando também em outros lugares, no México, Hungria, Índia, China, Tailândia e Estados Unidos. Para um número crescente de países há perspectivas de esgotamento de reservas. Veja, a seguir, alguns retratos da crise:
• Na Cidade do México, o governo tenta disciplinar o consumo e escavação de poços. A exploração desordenada rebaixou o lençol freático e isso tem ocasionado o afundamento do centro da capital — 20 cm ao ano, há décadas. A Catedral Metropolitana que já se encontra dois metros abaixo do nível da rua, está tombando.
• Um dos desastres mais graves é o do mar de Aral, na Ásia. Ele já perdeu 40% em superfície e 60% do volume. Os rios Amu e Syr, que desaguavam nele, foram desviados para irrigar 7,5 milhões de hectares de algodão.
• A Arábia Saudita, onde 75% da água provêm de lençóis subterrâneos, irrigou o deserto e virou exportadora de trigo em 1984. Em 1992, o rei Fahd autorizou o aumento da exploração de água do subsolo, de 5,2 bilhões de m3/ano para 7,8 bilhões. Prevê-se o esgotamento das reservas em 50 anos.
• Na Líbia, as reservas subterrâneas da costa do Mediterrâneo já ficaram salobras. Esvaziadas, foram invadidas por água salgada. O governo constrói o Grande Rio Artificial, rede de 1 000 quilômetros de dutos, que trará água de reservas do deserto até a costa. Cerca de 730 milhões de m3/ano serão transfe-ridos durante 40 ou 60 anos, a um custo total de 25 bilhões de dólares. Mas logo a nova fonte também vai secar.
• Na China — com 22% da população mundial e apenas 8% da água doce — falta água em Pequim, Tianjin e nas planícies produtoras de grãos, no Norte. Os lençóis da capital diminuem 2 metros por ano, e um terço dos poços já secaram.

Hoje, quando secam as torneiras de bairros inteiros na cidade grande e a madame do bairro vizinho manda lavar a calçada, ninguém repara. Mas isso também terá que mudar. Nos próximos quarenta anos, 90% do crescimento populacional vai se concentrar nas cidades. Como a agricultura consome dois terços de toda a água retirada da superfície e do subsolo, uma parte dos recursos da irrigação deverá ser desviada. É provável que a água, então, alcance um valor de mercado comparável ao do carvão, do petróleo ou da madeira — e que o desperdício venha a ser punido pela legislação.
Economizar já é imperativo. Em Israel — onde 70% do esgoto é reciclado para irrigação —, foi criada a microirrigação: redes de tubos porosos ou perfurados sob o solo, diretamente sob as raízes dos vegetais, fazem circular água em gotas.
Nos Estados Unidos, o consumo industrial já diminuiu 36% desde 1950. Na Alemanha, mantém-se estável desde 1975, apesar de um aumento de 44% na produção. No Japão, diminuiu 24% desde 1989.
É preciso, também, encontrar alternativas para o abastecimento. Há 7 500 usinas em operação no Golfo Pérsico, Califórnia, Espanha, Malta, Austrália e no Caribe, convertendo 4,8 bilhões de m3 de água salgada em água doce, por ano. Mas o processo ainda é caro. Cada metro cúbico sai por 2 dólares.
No Nordeste, açudes, barragens e represas armazenam 80 bilhões de m3 de água sem melhorar a vida dos 17 milhões de nordestinos. Contudo, os 400 mm de chuvas anuais do semi-árido representam 4 vezes mais do que as chuvas da Califórnia — onde foram criados celeiros agrícolas. A desertificação não ameaça apenas o Nordeste. Há focos de desertificação em Montes Claros (MG), em São Fidélis (RJ), em Marília (SP), em regiões do Paraná, e em 14 municípios do Rio Grande do Sul.

Vários países do mundo já dispõem, há anos, de estoques de água por habitante menores do que a média aceitável de 2000 metros cúbicos/ano/pessoa. E a escassez deve aumentar.
O mar de Aral, na Rússia, é um dos exemplos mais graves de destruição ambiental e desertificação causada pelo homem. Um dos resultados: prejuízos graves à pesca, com navios encalhados na areia.
A estação de tratamento de água de Guaraú, na Grande São Paulo, é a maior do país. Recicla parte das águas usadas nas cidades da região. Faz parte de um projeto-monstro para diminuir o problema de seca no Estado de São Paulo.
A região de Alegrete, no Rio Grande do Sul, vem sofrendo um processo de desertificação constante. Há vários projetos de recuperação do território, que tentam aumentar a fixação de água no solo, utilizando plantas ou muros para conter a areia.
A Arábia Saudita é quase toda coberta por desertos. Mais de 75% da água potável e usada na agricultura é retirada de lençóis freáticos. Os projetos de irrigação transformaram o país em produtor e exportador de trigo, mas a água deve acabar em 50 anos.
O problema da seca não pode ser resolvido só com o consumo da água que existe, uma fonte que não é renovável. Por isso, estão sendo tentadas — ou utilizadas cotidianamente — formas de reciclagem das águas já consumidas nas cidades ou no campo, ou da maior fonte de água, os oceanos e mares.

Árabes querem importar icebergs

Os icebergs da Antártida que se desprendeu em 1991, podem vir a fornecer água.
Esgotos são reoxigenados para uso
Centros de tratamento com grandes misturadores
reoxigenam em tanques a água já usada.
Usinas para dessalinização
Vários países usam água dos oceanos, retirando o sal, em grandes usinas, bem parecidas com as refinarias de petróleo.

7286 – Astronomia – Planeta Terra rumo ao “Grande Atrator”


Depois de mais de vinte anos de pesquisas, os cientistas podem, enfim, apontar para um ponto na direção do aglomerado de Centauro, a mais de 137 milhões de anos-luz (um ano-luz equivale a 9,5 trilhões de quilômetros) e dizer: “É aqui!”. Mesmo sem nada conseguir enxergar naquele local, eles têm certeza de que o próprio aglomerado de Centauro é atraído por um superagrupamento de galáxias maior ainda — este sim, o tão procurado Grande Atrator. Acreditamos que esse verdadeiro vespeiro de galáxias seja provocado pelo encontro de dois outros imensos grupos alinhados em forma de uma grande parede.
A idéia do Grande Atrator não é exatamente nova. Já na década de 70, desconfiava-se da existência da poderosa “draga” cósmica. Em 1986, um grupo de sete pesquisadores — cinco americanos, um inglês e um argentino — começava a desvendar o grande mistério. Os Sete Samurais, como são apelidados os astrônomos, famosos por aceitar e vencer grandes desafios cieníficos, previram que esse enigmático “ím㔠deveria estar na direção do aglomerado de Centauro.
Por meio da observação de mais de 400 galáxias e de complexas equações matemáticas, eles calcularam as diversas direções e velocidades em que a Terra viaja. Isso porque o caminho dessa jornada é definido pela força de gravidade de diversos corpos ao nosso redor. O planeta gira em torno do Sol, que está preso a um dos braços da galáxia. A Via Láctea, por sua vez, faz parte de um grupo de cerca de trinta galáxias, que corre em direção ao aglomerado de Virgem. Calculando tudo, os cientistas concluíram que a viagem vai até mais além, numa região intermediária entre Centauro e Virgem.
Pode-se comparar essa dança de forças à correnteza de um rio. Em alguns pontos, a água acelera em turbilhão entre as pedras; às vezes, ela flui vagarosamente junto à margem, para, mais adiante, entrar em redemoinho. Mas, no final, o destino é um só: o mar. Na escala cósmica, o Grande Atrator funciona justamente como um oceano, para onde as galáxias escorrem.
Os Sete Samurais descobriram, então, que a Terra avança através do espaço a estonteantes 2,2 milhões de quilômetros por hora. Ou seja, algo em torno de 5 000 vezes mais que a velocidade a que chegam os carros de corrida da Fórmula Indy, ou até cinqüenta vezes mais que os foguetes, que viajam a 40 000 quilômetros por hora. Alerta geral para a tripulação: parece que temos uma trombada astronômica pela frente. Mas não há motivo para pânico. Primeiro, porque existe uma boa chance de apenas tirarmos uma fina do ninho de galáxias. E segundo porque, mesmo que a Terra não resista a essa atração fatal, um eventual encontro com o Grande Atrator não deve acontecer antes de 130 quintilhões de anos.
Se essa hipótese se comprovar, significa que, em algum momento longínquo do passado do Universo, alguma estranha perturbação começou a dar verdadeiros “nós” de matéria em certos pontos do espaço. Como massa atrai massa, pela força de gravidade, a lógica prevê que isso acabaria mesmo causando o esvaziamento das regiões em torno desses pontos.
Nesse caso, pode-se imaginar o espaço cósmico dividido em casulos, como uma colméia irregular. As paredes de cada casulo constituem as muralhas por onde as galáxias escorregam em direção aos vértices provavelmente os grandes atratores finais. O problema é que não existe nenhum modelo sobre a formação do Universo que explique o que seriam e como teriam surgido tais perturbações no início do Cosmo.

7285 – Como funciona um palito de fósforo


O palito queima porque sua cabeça é feita de substâncias que fazem a faísca do atrito com a caixinha virar chama. Aí, o fogo consome a madeira do palito por uns 10 segundos. O processo é bem conhecido: risca-se o palito na caixa e se produz uma faísca, que faz as substâncias inflamáveis do palito entrar em combustão. Quem descobriu essas propriedades químicas foi o físico inglês Robert Boyle, em 1669. Mas o palito de fósforo só foi criado em 1826, quando surgiram uns palitões de 8 centímetros apresentados pelo químico inglês John Walker – tirando o nome, ele não tem nada a ver com o escocês que inventou o famoso uísque no século 19. Mas esses fósforos grandões tinham um grande inconveniente: todas as substâncias necessárias para a queima ficavam na cabeça do artefato. Aí, qualquer raspada dos palitos na calça fazia o troço pegar fogo. A solução surgiu em 1855, quando o industrial sueco Johan Edvard Lundstrom inventou os chamados “fósforos de segurança” que a gente usa até hoje. A sacada de Lundstrom foi colocar uma parte das substâncias para a queima no fósforo e outra na caixinha. É por isso que os palitos não se incendeiam quando você os raspa em qualquer lugar!
Um fósforo começa a queimar pela cabeça por causa do mix de substâncias que ela tem: a parte vermelha é o clorato de potássio, que libera bastante oxigênio para manter a chama acesa. Revestindo a cabeça, uma camada de parafina serve como combustível para alimentar a chama.
A caixinha, por sua vez, tem areia e pó de vidro, para gerar atrito, e fósforo (sim, o fósforo fica na caixa e não no palito!) para produzir calor intenso. Quando a gente risca o palito na caixinha, esse trio de substâncias ajuda a produzir uma pequena faísca.
Em contato com o palito, a faísca queima o clorato de potássio, que libera uma grande quantidade de oxigênio. Esse oxigênio reage com a parafina que reveste o palito. Essa combinação gera uma chama que consome a madeira do palito por mais ou menos 10 segundos.

7284 – Quais são os gases mais venenosos?


Se levarmos em conta a rapidez dos efeitos tóxicos no organismo, os mais venenosos são os gases usados como armas químicas. Temos aqui quatro substâncias supernocivas que demoram no máximo cinco minutos para detonar funções vitais do corpo. Tem remédio para esse tipo de gás? Sim: a atropina, uma substância química tida como antídoto universal para envenenamentos, que mantém a oxigenação do organismo. As máscaras antigás também ajudam, mas a substância ainda pode causar estragos ao ser absorvida pela pele.

FENTANIL
Substâncias à base de ópio
Provoca paradas cardíaca e respiratória
Age em 2 minutos
Usado em 2002, para acabar com uma ação terrorista que fez 700 reféns na Rússia; 129 pessoas morreram

SARIN
Carbono, hidrogênio, fósforo, flúor e oxigênio
Age de 1 a 5 minutos
Paralisa o sistema nervoso central
Usado no metrô de Tóquio, em 1995, em um ataque terrorista da seita japonesa Ensino da Verdade Suprema. Doze pessoas morreram e mais de 5 mil foram intoxicadas.

VX
Organofosforado usado como pesticida
Ação imediata
Causa parada muscular e respiratória, náusea, espasmos e ofuscamento da visão
Usado durante os anos 80, pelo Exército iraquiano na guerra contra o Irã (1980-1988)

Gás Mostarda
Carbono, hidrogênio, cloro e enxofre
Ação imediata
CAUSA: Lesões na pele, nos olhos e na medula óssea. Não há antídoto.
Usado nas duas Guerras Mundiais e na guerra da Etiópia, em 1936, pelo ditador italiano Benito Mussolini

7283 – Ciências Biológicas – A Paleontologia


Paleo01

Trata-se da ciência natural que estuda a vida do passado da Terra e o seu desenvolvimento ao longo do tempo geológico, bem como os processos de integração da informação biológica no registro geológico, isto é, a formação dos fósseis. O cientista responsável pelos estudos dessa ciência é denominado de paleontólogo.
A vida na Terra surgiu há aproximadamente 4,2 mil milhões (bilhões, no Brasil) de anos e, desde então, restos de animais e vegetais ou indícios das suas atividades ficaram preservados nas rochas. Estes restos e indícios são denominados fósseis e constituem o objecto de estudo da Paleontologia.
A Paleontologia desempenha um papel importante nos dias de hoje. Já não é a ciência hermética, restrita aos cientistas e universidades. Todos se interessam pela história da Terra e dos seus habitantes durante o passado geológico, para melhor conhecerem as suas origens.
O objeto imediato de estudo da Paleontologia são os fósseis, pois são eles que, na atualidade, encerram a informação sobre o passado geológico do planeta Terra. Por isso se diz frequentemente que a Paleontologia é, simplesmente, a ciência que estuda os fósseis. Contudo, esta é uma definição redutora, que limita o alcance da Paleontologia, pois os seus objetivos fundamentais não se restringem ao estudo dos restos fossilizados dos organismos do passado. A Paleontologia não procura apenas estudar os fósseis, procura também, com base neles, entre outros aspectos, conhecer a vida do passado geológico da Terra.
Uma vez que os fósseis são objectos geológicos com origem em organismos do passado, a Paleontologia é a disciplina científica que estabelece a ligação entre as ciências geológicas e as ciências biológicas. Conhecimentos acerca da Geografia são de suma importância para a paleontologia, entre outros, através desta pode relacionar-se o posicionamento e distribuição dos dados coligidos pelo globo.
A informação sobre a vida do passado geológico (como eram os organismos do passado, como viviam, como interagiam com o meio, como evoluiu a vida ao longo do tempo) está contida nos fósseis e na sua relação com as rochas e os contextos geológicos em que ocorrem. O mundo biológico que hoje conhecemos é o resultado de milhares de milhões de anos de evolução. Assim, só estudando paleontologicamente o registo fóssil – o registo da vida na Terra – é possível entender e explicar a diversidade, a afinidade e a distribuição geográfica dos grupos biológicos actuais. Este tipo de estudo tornou-se viável, através dos trabalhos de Georges Cuvier, que mediante à aplicação das suas leis da Anatomia Comparada, comprovou o fenómeno da extinção e da sucessão biótica. Estas leis permitiram as reconstruções paleontolgocias dos organismos que frequentemente eram encontrados no registro fossilíffero somente de forma fragmentada, ou mesmo, apenas algumas partes fossilizadas. Desta maneira, os resultados dos trabalhos de Georges Cuvier, possibilitaram, posteriormente, a elaboração de sequencias evolutivas, que foram fundamentais para a defesa do evolucionismo.
A partir dos fósseis, uma vez que são vestígios de organismos de grupos biológicos do passado que surgiram e se extinguiram em épocas definidas da história da Terra, pode fazer-se a datação relativa das rochas em que ocorrem e estabelecer correlações (isto é, comparações cronológicas, temporais) entre rochas de locais distantes que apresentem o mesmo conteúdo fossilífero. O estudo dos fósseis e a sua utilização como indicadores de idade das rochas são imprescindíveis, por exemplo, para a prospecção e exploração de recursos geológicos tão importantes como o carvão e o petróleo.
A Paleontologia divide-se, conceitualmente, em algumas áreas, como por exemplo a Paleobiologia, Tafonomia e Biocronologia.
A Paleobiologia é a disciplina paleontológica que estuda a vida, a Biologia, do passado geológico da Terra. A Tafonomia estuda a integração da informação biológica no registo geológico, ou seja, a formação dos fósseis e das jazidas fossilíferas e do registo paleontológico e a Biocronologia estuda o desenvolvimento temporal (a cronologia) dos eventos paleobiológicos, bem como as relações temporais entre entidades paleobiológicas (os organismos do passado) e/ou tafonómicas (os fósseis).
É no seio da Paleobiologia que se insere a Paleozoologia, o estudo dos fósseis de animais, e a Paleobotânica, o estudo dos fósseis de plantas. Basicamente, qualquer disciplina biológica aplicada aos organismos do passado geológico, por via do estudo dos fósseis, constitui uma subdisciplina paleobiológica: Paleozoologia, Paleobotânica, Paleoecologia (que estuda os ecossistemas do passado), Paleoanatomia, Paleoneurologia, etc.
Outras disciplinas paleobiológicas transversais, que não estão limitadas a um dado grupo taxonómico, são, por exemplo:
Macropaleontologia – que estuda os fósseis visíveis a olho nu.
Micropaleontologia – que estuda os fósseis de organismos que necessitem de microscópio para serem visualizados.
Ainda se faz uma subdivisão da paleobotânica e da micropaleontologia constituindo a palinologia, que se dedica ao estudo de microfósseis orgânicos.
Os arqueólogos diferenciam-se dos paleontólogos porque não trabalham com restos de seres vivos – é uma ciência social. Um arqueólogo estuda as culturas e os modos de vida humana do passado a partir da análise de vestígios materiais. Um paleontólogo, entre outras coisas, é um biólogo ou geólogo, e estuda restos ou vestígios de diversas formas de vida (animal, vegetal, etc.) através da análise do que restou delas e da sua actividade biológica: pisadas, coprólitos, bioturbações, fósseis ósseos, etc.
A paleontologia estuda todos os organismos que viveram na Terra, incluindo a evolução primata-homem, mas não o ser humano como o conhecemos hoje, pois o estudo e seguimento da vida antropo-cultural restringe-se a disciplinas ligadas à arqueologia, à paleoantropologia, à biologia e à medicina. Normalmente, a paleontologia estuda organismos mortos há mais de 11 000 anos; quando os vestígios ou restos possuem menos de 11 000 anos, podem ser denominados de subfósseis. De uma maneira muito simplificada, um paleontólogo estuda os restos ou vestígios de seres vivos desde o início da vida na Terra até hoje, incluindo os restos de hominídeos.

1842, Reino Unido – Sir Richard Owen cunha a palavra “dinossauro” (“lagarto terrível”) para agrupar animais como o Megalosaurus, o Iguanodon e o Hylaeosaurus.
1861, Alemanha – Foi descrito o fóssil da Archaeopteryx lithographica, considerada até então a mais antiga ave conhecida.
1902, Brasil – Em Santa Maria (Rio Grande do Sul) na paleorrota são recolhidos os restos de um Rincossauro, que foi o primeiro fóssil vertebrado da América do Sul.
1905, EUA – Tyrannosaurus rex é descrito, após os seus restos serem recolhidos no oeste norte-americano. Alguns especialistas ficaram tão espantados com o tamanho e a aparência deste carnívoro que colocaram o nome de “lagarto tirano rei”( tyranno = tirano, saurus = lagarto e rex = rei).
1915, Egipto – Paleontólogos europeus resgatam toneladas de fósseis de dinossauros. Um dos mais curiosos é o Spinosaurus aegyptiacus, dotado de longo focinho e vela dorsal. O material original — o mais completo já resgatado desta espécie — foi destruído durante a Segunda Guerra Mundial, num bombardeamento ao museu alemão onde estava guardado.
Década de 1940 e de 50, Brasil – Llewellyn Ivor Price assinala os primeiros fósseis de dinossauros encontrados em território brasileiro.
1969, EUA – John Ostrom, paleontólogo norte-americano, descreve um pequeno e ágil dinossauro carnívoro, o Deinonychus antirrophus. Ostrom encontrou incríveis semelhanças entre o Deinonychus e o Archaeopteryx, retomando a questão da afinidade entre aves e dinossauros.
1970, Brasil – O Estauricossauro é o primeiro dinossauro brasileiro e foi recolhido em Santa Maria no Sítio Paleontológico Jazigo Cinco, pelo paleontólogo Llewellyn Ivor Price, a região da paleorrota. É um dos mais antigos dinossauro saurischia.
1978, EUA – Centenas de fósseis de uma mesma espécie de dinossauro, juntamente com ninhos e filhotes recém-nascidos, são encontrados num vale. Os animais morreram juntos por conta de uma grande erupção vulcânica. O achado indica que algumas espécies viviam em grupos sociais e cuidavam de seus filhotes. Ganhou o nome de Maiasaura (“lagarto boa mãe”).
1993, Argentina – O maior dinossauro descoberto até então é anunciado por paleontólogos argentinos: Argentinosaurus huinculensis. Estima-se que tenha ultrapassado os 35 m de comprimento e as 100 toneladas.
1995, Argentina – Paleontólogos argentinos descrevem o Giganotosaurus carolini, um carnívoro gigante, cujo tamanho ultrapassava o do próprio Tyrannosaurus rex.
1996, China – Paleontólogos chineses descrevem o Sinosauropteryx prima. Este pequeno carnívoro, encontrado em rochas de 135 milhões de anos, tinha em seus fósseis impressões de uma fina penugem.
1999, China – Outro importante dinossauro chinês é descrito: o Sinornithosaurus milenii. Era do grupo dos dromeossauros, ao qual pertencem o Velociraptor e o Deinonychus. O pequeno animal tinha o corpo coberto por penas. Pensou-se pela primeira vez na possibilidade de que os seus ‘primos’ também as tivessem.
2005, Alemanha – Um novo exemplar de Archaeopteryx é descrito por norte-americanos. A similaridade com o grupo dos dromeossauros demonstra que alguns dinossauros teriam sido ancestrais directos das aves.
2006, Brasil – Mais um dinossauro ancestral é descoberto: O Sacissauro. O nome é bem sugestivo, já que o dinossauro foi encontrado com uma perna. O Sacissaurus era carnívoro e o mais antigo dinossauro ornitísquio. Foi recolhido na Paleorrota.
2008, Brasil – Descoberto o maior dinossauro brasileiro: Uberabatitan ribeiroi. A espécie descrita por Leonardo Salgado e Ismar Carvalho no Triângulo Mineiro poderia atingir os 20 metros de comprimento e pesar cerca de 16 toneladas.

7282 – Biologia – Poraquê, o peixe-elétrico da Amazônia


(Electrophorus electricus) é uma espécie de peixe actinopterígio, gimnotiforme, que pode chegar a três metros de comprimento e pesar cerca de trinta quilogramas. É uma das conhecidas espécies de peixe-elétrico, com capacidade de geração elétrica que varia de cerca de trezentos volts a cerca de 0,5 ampères até cerca de 1 500 volts a cerca de três ampères.
O termo “poraquê” vem da língua tupi e significa “o que faz dormir” ou “o que entorpece”, em referência às descargas elétricas que produz. Além deste nome, também é chamado de enguia, enguia-elétrica, muçum-de-orelha, pixundé, pixundu ou peixe-elétrico (embora não seja o único peixe-elétrico existente).
É típico da Bacia amazônica (rios Amazonas e Orinoco), bem como dos rios do estado brasileiro do Mato Grosso. Também encontra-se em quase toda a América do Sul.
O poraquê ficou conhecido mundialmente por sua capacidade de produzir descargas elétricas elevadas (até cerca de 1 500 volts, até cerca de três ampères, não simultaneamente nesses valores), suficientes para matar até um cavalo, despertando a curiosidade de muitos pesquisadores. Essas descargas são produzidas por células musculares especiais, modificadas – os eletrócitos, sendo o conjunto deles denominado de mioeletroplacas. Cada célula nervosa típica gera um potencial elétrico de cerca de 0,14 volt. Essas células estão concentradas na cauda, que ocupa quatro quintos do comprimento total do peixe.
Um exemplar adulto possui de 2 000 a mais de 10 000 mioeletroplacas, conforme o seu tamanho. Dispõem-se em série, como pilhas de uma lanterna e ativam-se simultaneamente quando o animal encontra-se em excitação, como na hora da captura de uma presa ou para defender-se, fazendo com que seus três órgãos elétricos – o de Sach, o de Hunter e o órgão principal – descarreguem.
A maior parte desta energia expressiva é canalizada para o ambiente, não afetando o indivíduo, o qual possui adaptações especiais em seu corpo, ficando, assim, como que isolado de sua própria descarga.
Apresenta coloração negra tendente ao chocolate-escuro, salpicada de pequenas manchas amarelas, vermelhas ou branco-sujo, corpo alongado, cilíndrico, e provido apenas de nadadeira anal, que percorre grande extensão do abdome. Há exemplares em que a parte abdominal anterior à nadadeira é vermelha e seus músculos caudais geram descargas elétricas como arma de defesa e também para aturdir os peixes dos quais se alimenta. Necessita vir periodicamente à superfície (a cada oito minutos, em média), para “engolir ar” (respirar).
Embora pareça uma enguia, o peixe-elétrico poraquê é um peixe aparentado com a carpa e o bagre. Ao contrário destes, porém, ele captura suas presas utilizando descargas elétricas. As descargas elétricas (“choques”) podem chegar à tensão elétrica de 1 500 volts, com uma corrente elétrica de até três ampères. Isso não significa que haja simultaneidade dos dois valores máximos. Além disso, o valor da corrente é determinado não apenas pela tensão (os volts) “aplicados”, mas também pela resistência elétrica do receptor (presa aquática a capturar ou a afastar por ataque, ser humano em encontro eventual, fortuito com o Electrophorus etc.).
O poraquê é capaz de produzir descargas elétricas de magnitude (em tensão) variada, tensão a depender apenas do animal (conforme o tamanho) — arma que usa para se defender e caçar pequenos peixes, bem como para se defender de eventuais ameaças, predatórias ou não.
De certa maneira, o poraquê comporta-se como uma bateria elétrica. Seu polo negativo está localizado na parte da frente e o polo positivo na parte de trás do corpo do animal. O choque é mais forte quando ambos os polos tocam a vítima ao mesmo tempo.
O poraquê não é, porém, o único animal com essa propriedade. Há também a arraia-elétrica, encontrada nos mares tropicais. No Rio Nilo, existe uma espécie de bagre que também produz descargas elétricas.

Nome comum: Poraquê

Nome científico: Electrophoridae eletrictus

Classe: Actinopterygii

Ordem: Gymnotiformes

Família: Gymnotidae

Poraquê o famoso peixe elétrico

Um poraquê de 90 cm pode produzir uma descarga de, aproximadamente, 350 volts. Quando ele está em perigo essa voltagem pode subir para 600 volts. Utilizando os recursos que possui, o poraquê não precisa tocar ou morder a vítima para paralisá-la, ele apenas emite a descarga elétrica a distância. Os peixes que não conseguem pular da água, ficam desnorteados e são devorados.
Sua descarga elétrica é tão forte, que pode até matar um ser humano. Mesmo a um metro de distância, é possível levar um choque dentro d’água. De todos os peixes brasileiros, o poraquê é o único que usa esta arma na busca pela sobrevivência.

7281 – Mega Almanaque Futebol – O Presidente Vicente Mateus


Vicente Matheus

Vicente Matheus, (Zamora, Espanha, 28 de maio de 1908 — São Paulo, 8 de fevereiro de 1997) foi um empresário espanhol naturalizado brasileiro que atuava como empresário da construção civil pesada, mineração de pedreiras (extração de pedras e areia para construção civil).
Tornou-se nacionalmente conhecido como presidente do Sport Club Corinthians Paulista por oito mandatos, sendo eleito pela primeira vez em 1959 além de ter logrado a eleição de sua esposa, Marlene Matheus, para sucedê-lo. Era considerado um dirigente à moda antiga, que usava recursos próprios para financiar projetos do clube. Era uma figura folclórica que produzia máximas (alguns dizem que propositadamente) carregadas de incorreções e divertiam amigos e desafetos. Foi sepultado no cemitério da Quarta Parada em São Paulo.
Sua primeira esposa, Ruth Pereira Matheus, filha de um grande desenvolvista do bairro de Guaianases se encontra sepultada no Cemitério do Lajeado, no mesmo bairro. Vicente Matheus e sua primeira esposa tiveram duas filhas, Abigail Matheus e Dalva Matheus. Maria da Gloria Gonçalves de Souza foi sua empregada.

Projeto Tóquio era o grande sonho de Vicente Mateus
Ele tentou várias vezes levar o Corínthinas ao título da Copa Libertadores da América e consequentemente disputar a Taça Intercontinental em Tóquio, mas fracassou. Ele chamava de “Projeto Tóquio”, mas somente 15 anos após a sua morte tal facanha acabou se concretizando.

7280 – Por que ficamos com “voz de pato” ao inalarmos gás de bexiga?


Porque nosso aparelho vocal fica repleto de hélio, gás usado para inflar os balões. “Como a velocidade do som no hélio é maior do que no ar, o timbre da voz fica distorcido”.
Ao se formar nas cordas vocais, o som da voz ainda é bem fraquinho. Mas ao caminhar pela garganta, boca e cavidades nasais ele ricocheteia pelas paredes dessas estruturas e aumenta de volume. O veículo que o som usa para percorrer esse caminho, claro, é o ar. Nesse meio, o som viaja a 1 191 km/h, determinando o jeitão normal de nossa voz.
No hélio, como a velocidade chega a 3 207 km/h, o som vai rebater quase três vezes mais rápido nas paredes do aparelho vocal. A voz, então, vai ganhar um timbre estilo Pato Donald. Apesar de engraçada, a experiência pode ser perigosa. Há até registros de pessoas que morreram ao inalar muito hélio nessa brincadeira! O máximo que dá para fazer sem risco é respirar o gás de uma pequena bexiga – e só por uma fração de segundo.

Qual a diferença entre cão, lobo e raposa?


Há várias diferenças, como o porte, os hábitos alimentares, a organização social e o comportamento em relação ao homem. Mas existe também muita coisa em comum entre cão, lobo e raposa: os três fazem parte da família dos canídeos, que inclui também o chacal, o lobo-guará, o coiote e o mabeco. No total, há 34 espécies de canídeos. São animais de porte médio e onívoros – preferem comer carne de outros bichos, mas, numa situação de escassez de alimentos, até encaram uma plantinha. Ao longo dos tempos, eles deixaram de ocupar apenas a América do Norte e se especializaram em caçar em planícies abertas. Os canídeos de grande porte costumam viver em matilhas, enquanto os menores são chegados a uma vida mais solitária. Segundo os zoólogos, existe apenas uma espécie de lobo, o cinzento, dividida em várias sub-espécies – o cachorro doméstico é uma delas. Por serem parentes próximos, ambos da tribo Canini, cães e lobos podem até cruzar e gerar filhotes híbridos.
O lobo-cinzento (Canis lupus) é um canídeo selvagem, não domesticado, que vive em alcatéias, grupos liderados por um macho e uma fêmea adultos. Ele pode atingir 2 metros de comprimento e pesar mais de 60 quilos. As cerca de 15 subespécies habitam florestas ou planícies da Europa, Ásia, Estados Unidos, Canadá e Norte da África, mas, em alguns lugares, como o Japão, estão à beira da extinção por causa da perseguição do homem.

Raposa
A raposa-vermelha (Vulpes vulpes) é a mais comum das 16 espécies de raposas. Depois do homem, ela é o mamífero terrestre com maior distribuição no mundo – está presente em 83 países dos cinco continentes. As raposas são animais de pequeno ou médio porte, cuja má fama (se o chamarem de “raposa”, não é um elogio) vem dos ataques a animais criados em propriedades rurais. Elas vivem em todo canto, em locais tão diversos como florestas, pântanos, desertos e savanas.

Cão
Dos três (cão, lobo e raposa), o cachorro (Canis lupus familiaris) é o único domesticado pelo homem, em um processo que começou há 135 mil anos. Os primeiros cães domésticos exerciam o papel de guarda e caça. As mais de 400 raças de cachorros que existem atualmente resultam da seleção feita pelo homem.

Características
As patas dianteiras dos canídeos têm quatro ou cinco dedos, e as traseiras, só quatro. A cauda comprida é usada na comunicação entre os indivíduos: os animais submissos, por exemplo, colocam o rabo entre as pernas diante do dominante. Já as pernas longas e a audição e o olfato apurados são resultado da evolução das habilidades desses caçadores.
Boa parte dos canídeos de médio e grande porte prefere caçar em grupo. Embora não usem o elemento surpresa nem sejam tão velozes quanto certos felinos, eles têm excelente resistência e acabam capturando suas presas pelo cansaço. Algumas caçadas podem se prolongar por dias.
Os canídeos são dos mais antigos carnívoros do planeta. Os primeiros ancestrais viveram na América do Norte há 30 milhões ou 35 milhões de anos, quando os dinossauros já haviam sido extintos. Acredita-se que eles evoluíram dos miacídeos, uma família de mamíferos placentários e carnívoros já extinta.
Exceto na Antártida e em algumas ilhas da Oceania, os canídeos estão presentes em todo o mundo. A dispersão desses animais ocorreu cerca de 6 milhões de anos atrás. Eles atravessaram o estreito de Bering, que liga o Alasca à Rússia, e se espalharam pela Ásia, Europa e África. À Austrália, chegaram levados pelo homem.

• As garras dos felídeos são retráteis, e as dos canídeos não. É isso que faz com que os felídeos subam em árvores – coisa que os canídeos não fazem

• A boca dos canídeos tem de 38 a 42 dentes, enquanto a dos felídeos tem, no máximo, 30. A redução do número de dentes aumenta a potência da mordida, um traço importante nos felinos, animais que só se alimentam de carne

• Felídeos e canídeos são da ordem carnívora, mas os felinos pertencem à subordem felifórmia, enquanto os canídeos são da subordem canifórmia

7278 – Mega Cidades – Tóquio


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Tóquio (em japonês:transl. Tōkyō, literalmente “Capital do Leste”.
é a capital e uma das 47 províncias do Japão. Situa-se em Honshu, a maior ilha do arquipélago. Tóquio possui 12 790 000 habitantes, cerca de 10% da população do país, e a Região Metropolitana de Tóquio possui mais de 37 milhões de habitantes, o que torna a aglomeração de Tóquio, independentemente de como se define, como a área urbana mais populosa do mundo.Tóquio é famosa pela Torre de Tóquio. Foi fundada em 1457, com o nome de Edo ou Yedo. Tornou-se a capital do Império em 1868 com a atual designação.
Sofreu grande destruição duas vezes; uma em 1923, quando foi atingida por um terremoto; e outra em 1944 e 1945, quando bombardeios americanos destruíram grande parte da cidade, sendo que no total foi destruída 51% de sua área e mataram mais de 150 mil pessoas.
Embora Tóquio seja considerada o maior e mais importante centro financeiro do mundo (ao lado de Nova York e Londres), e uma “Cidade Global.
Não há no Japão uma cidade chamada “Tóquio”. Na verdade, Tóquio é designada como uma metrópole.
Mais de oito milhões de pessoas vivem dentro dos 23 distritos autônomos que constituem a parte central de Tóquio. Estes 23 distritos definem a “Cidade de Tóquio”, na opinião da maioria dos especialistas e outras pessoas, possuindo 8 340 000 habitantes. A população de Tóquio aumenta em 2,5 milhões ao longo do dia, devido aos estudantes e trabalhadores de prefeituras vizinhas, que vão à Tóquio para estudar e trabalhar. A população total dos bairros de Chiyoda, Chuo e Minato, que compõem a região central de Tóquio, e onde está localizado o principal centro financeiro do país, é de menos de 300 mil habitantes; porém, mais de dois milhões de pessoas trabalham na região.
Tóquio é o principal centro político, financeiro, comercial, educacional e cultural do Japão. Assim sendo, Tóquio possui a maior concentração de sedes de empresas comerciais, instituições de ensino superior, teatros e outros estabelecimentos comerciais e culturais do país. Tóquio também possui um sistema de transporte público altamente desenvolvido, com numerosas linhas de trens, metrô e de ônibus, bem como o Aeroporto Internacional de Tóquio.
A partir de 1872, começou a construir-se a primeira linha de metropolitano ligando Tóquio com Yokohama e entre 1885 e 1925 construiu-se a Linha Yamanote, linha de metropolitano urbano que é a mais importante de Tóquio na atualidade.
O Grande terremoto de Kanto (Kantō daishinsai?) golpeou Tóquio em 1923, com um saldo de aproximadamente 140.000 pessoas mortas e desaparecidas, 300 mil residências destruídas.
Depois da tragedia iniciou-se um plano de reconstrução que não pode ser completado devido a seu alto custo. Tóquio foi lentamente reconstruída ao longo dos próximos 15 anos. Neste período, bairros vizinhos a Tóquio começaram a desenvolver-se. Em 1932, outros distritos, cidades e vilas vizinhas foram anexadas a Tóquio, formando o seu atual limite municipal.

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Guerra Mundial
Durante a Segunda Guerra Mundial, Tóquio foi intensamente bombardeada a partir de 1942 até 1945. A causa disto, em 1945 a população de Tóquio era a metade que em 1940. Os bombardeios mais pesados atingiram Tóquio em 1944 e 1945, destruindo aproximadamente um terço da cidade, e matando aproximadamente 150 mil pessoas. Milhões de pessoas decidiram abandonar Tóquio. Esta tinha cerca de 7,3 milhões de habitantes em 1940; no final da guerra, a população havia caído pela metade, para cerca de 3,5 milhões. Ao terminar a guerra, em setembro de 1945, Tóquio foi ocupada militarmente e passou a ser governada pelas Forças Aliadas. O general Douglas MacArthur estabeleceu os quartéis da ocupação no que atualmente é o edifício DN Tower.
Tóquio foi novamente reconstruída após o fim da guerra. Porém, esta reconstrução foi desorganizada. Prédios e vias públicas foram simplesmente construídas onde havia espaço. Poucos anos após o fim da guerra, Tóquio novamente vibrava como um centro comercial, e sua população começou a crescer novamente. Em 1947 Tóquio foi reestruturada com a redução de 35 para 23 bairros. Tóquio experimentou o chamado “milagre econômico” durante as décadas de 1950 e 1960. Em 1954 criou-se a segunda linha de metrô com a Linha Marunouchi e em 1961 com a Linha Hibiya.
Em um espaço de 15 anos, a população de Tóquio triplicara, chegando a nove milhões em 1960. Este rápido crescimento eventualmente tornou a Região Metropolitana de Tóquio a área urbana mais habitada do mundo. Em 1958 construiu-se a Torre de Tóquio e em 1964 inaugurou-se a primeira linha de Shinkansen (Tokaido Shinkansen), coincidindo com a celebração dos Jogos Olímpicos de Tóquio.
Em 1966, um plano diretor foi instituído em Tóquio, com o objetivo de minimizar vários de seus problemas. Sistemas de metrô e de trens foram expandidos, leis contra indústrias poluidoras foram instituídas e melhorou-se o sistema de saneamento básico. Muitos arranha-céus foram construídos neste período. Para tentar reduzir a superpopulação da região, o governo japonês incentivou a construção de novas cidades suburbanas, em torno de Tóquio.
Tóquio é o centro da maior região metropolitana do mundo, conhecida como Região Metropolitana de Tóquio-Yokohama. Esta região metropolitana inclui as províncias japonesas de Chiba, Kanagawa e Saitama. Cerca de um quarto de toda a população do Japão vive na região metropolitana de Tóquio.
Na atualidade, Tóquio é um dos mais importantes centros urbanos do planeta. É um dos principais centros financeiros e a capital política do Japão. A cidade tem menos arranha-céus em comparação com outras cidades da sua magnitude, principalmente devido ao risco de terremotos. É por isso que a maior parte dos seus edifícios não tem mais de 10 andares. Tóquio também tem o terceiro sistema metropolitano mais extenso do mundo depois dos metropolitanos de Londres e Nova York.
Tóquio possui mais postos de trabalho e locais de recreação cultural do que qualquer outra cidade do Japão, atraindo muitas pessoas do resto do país (especialmente jovens). Sua densidade populacional é extremamente alta, de 14 mil pessoas por quilômetro quadrado, mais densa que Nova Iorque e o dobro da densidade populacional de São Paulo.
A imensa população de Tóquio cria uma altíssima demanda por residências. No passado, a maioria dos habitantes da província vivia em casas de um ou dois andares, feitas de madeira, cada uma com seu próprio jardim, quintal e capela religiosa. À medida que a população de Tóquio foi crescendo, tais casas foram demolidas, e no seu lugar, edifícios de apartamentos foram construídos. Atualmente, o tamanho médio das residências em Tóquio é de 63m².
De acordo com um ranking de 2007 feito pelo grupo imobiliário Knight Frank e do Citi Private Bank, subsidiária do Citigroup, Tóquio é a quinta cidade mais cara do mundo quanto ao preço dos imóveis residenciais de luxo: 17 600 euros por metro quadrado.
Mesmo assim, a procura por residências continuou a ser mais alta do que a oferta, aumentando preços do terreno e do aluguel – especialmente dentro dos 23 distritos da província. Como resultado, a partir da década de 1970, mais pessoas abandonaram a região dos 23 distritos, mudando-se para Tama (parte da província de Tóquio), ou mesmo para outras cidades vizinhas mais distantes. Em Tama, o governo provincial de Tóquio criou um projeto de residenciamento barato, para famílias de baixa renda. Porém, estas residências estão localizadas muito longe dos principais centros comerciais e industriais, e muitos destes trabalhadores de baixa renda são obrigados a usar o transporte público, e passam por vezes mais de quatro horas somente dentro de algum meio de transporte público.
Tóquio é a cidade com maior produto interno bruto (PIB) (medido pelo seu poder de compra) do mundo, calculado em 2008 em US$1,4 trilhão; Se fosse um país independente, a Tóquio seria, efetivamente, a 12a maior economia do mundo, a frente de países como Espanha, Canadá e Austrália.
Muitas das maiores companhias de eletrônica do Japão fabricam seus produtos em Tóquio, que em sua maioria exportam-se para outros países. Entre elas, destacam a Sony, Toshiba e Hitachi. A imprensa também é uma das principais indústrias da cidade. A maioria das empresas de imprensa e publicação do Japão estam radicadas em Tóquio, assim como a maior parte das revistas e periódicos publicados na prefeitura. Outras indústrias importantes são a petroquímica, fabricação de automóveis, madeireira e telefones movéis. Outros grandes centros industriais localizados na região metropolitana de Tóquio são Yokohama e Kawasaki, ambas grandes produtoras de navios, produtos petroquímicos, automóveis e produtos do ferro e do aço.
O turismo é uma das principais fontes de renda de Tóquio. Milhões de turistas, boa parte deles estrangeiros, visitam Tóquio anualmente. Além de suas muitas atrações turísticas, a cidade também sedia alguns grandes eventos anuais, como a parada dos bombeiros de Tóquio, em 6 de janeiro, ou o Festival de Sanja, na terceira semana de maio e o evento futebolístico o Mundial de Clubes da FIFA.
Por ser um dos principais pontos históricos e culturais do Japão, a prefeitura de Tóquio recebe mais da metade dos turistas internacionais que chegam ao país, (cerca de 58,3 %). Anualmente, 2,6 milhões de pessoas que visitam Tóquio, representando um ingresso anual de dois bilhões de dólares.

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A Torre de Tóquio: uma torre de 333 metros de altura, localizada ao sul do Palácio Imperial.
O Palácio Imperial do Japão: a residência oficial do imperador do Japão. Porém, está aberta ao público apenas duas vezes ao ano, todo 2 de janeiro e no dia do aniversário do imperador. Nesses dias, atrai milhares de japoneses.
Os vários templos budistas de Tóquio atraem milhões de turistas e religiosos todo ano. Os templos mais famosos são o Templo Meiji em Yoyogi e o templo Sensoji em Asakusa.
Os belos jardins e parques de Tóquio atraem muitas pessoas. Um dos parques mais populares de Tóquio é o Parque Ueno, famoso pelas suas raras espécies de flores. O Parque Yoyogi também atrai muitos visitantes.
Futebol
Entre os anos 1980 e 2004 a cidade foi sede da Copa Intercontinental de Clubes, que enfrentava os ganhadores da Copa da Europa (atual Liga dos Campeões) e a Copa Libertadores da América. A partir de 2005 o campeonato internacional passou ao formato de Campeonato Mundial de Clubes da FIFA, cujos clubes de todas as confederações do mundo se enfrentam em Tóquio e Yokohama no mês de dezembro, de 2005 a 2012, exceto em 2009 e 2010, anos em que o mundial se realizará em Dubai (Emirados Árabes Unidos).