10.020 – Mega Memória – Caso LBA: Caridade pro próprio bolso


lba

A Legião Brasileira de Assistência (LBA) foi um órgão assistencial público brasileiro, fundado em 28 de agosto de 1942, pela então primeira-dama Darcy Vargas, com o objetivo de ajudar as famílias dos soldados enviados à Segunda Guerra Mundial, contando com o apoio da Federação das Associações Comerciais e da Confederação Nacional da Indústria.
Em 5 de setembro do mesmo ano, os seus estatutos foram registrados no 6º Oficio de Registro Especial de Títulos e Documentos do Rio de Janeiro, como uma sociedade civil. Pela Portaria nº 6.013, de 1º de outubro de 1942, do Ministro da Justiça e Negócios Interiores foi autorizado a sua organização definitiva e o seu funcionamento. Sua instalação se deu em 2 de outubro daquele mesmo ano.
No ano de 1944, foi construída a sede da organização, no Rio de Janeiro, um prédio de nove pavimentos, dividido em dois blocos, batizado com o nome de sua fundadora, Edifício Darcy Vargas. Com o final da guerra, se tornou um órgão de assistência as famílias necessitadas em geral. A LBA era presidida pelas primeiras-damas.
Através do Decreto-lei nº 593, de 27 de maio de 1969, transforma a sociedade civil em fundação, como o nome de Fundação Legião Brasileira de Assistência, mantendo a mesma sigla LBA, vinculado ao Ministério do Trabalho e Previdência Social.

Através da Lei nº 6.439, de 1º de setembro de 1977, fica vinculado ao Ministério da Previdência e Assistência Social. Pelo art. 252 do Decreto nº 99.244, de 10 de maio de 1990, passa a ser vinculado ao Ministério da Ação Social.
Em 1991, sob a gestão de Rosane Collor, foram feitas diversas denúncias de esquemas de desvios de verbas da LBA, como uma compra fraudulenta de 1,6 milhão de quilos de leite em pó. A LBA foi extinta através do art. 19, inciso I, da Medida Provisória nº 813, de 1º de janeiro de 1995, publicada no primeiro dia em que assumiu o governo o Presidente Fernando Henrique Cardoso. Na época da sua extinção estava vinculado ao Ministério do Bem-Estar do Menor.

10.019 – Copenhague testa ônibus elétrico com autonomia recorde


Paraíso dos ciclistas e cidade modelo em mobilidade sustentável, Copenhague quer revolucionar a forma de se locomover, de novo. Depois das bicicletas, a capital da Dinamarca resolveu apostar nos ônibus 100% elétrico.
A investida é parte dos seus ambiciosos planos de alcançar a neutralidade em carbono até 2025. Mas não qualquer ônibus, claro, e, sim, um recordista. Os resultados do período de testes impressionam.
O veículo feito pela BYD, uma empresa chinesa especializada em fabricação de baterias, percorreu 325 km com uma única carga, um recorde para um ônibus puramente movido a eletricidade. Detalhe: mesmo depois do longo trajeto, o veículo ainda tinha 8% de carga.
Os primeiros testes com os dois e-bus que estão em cirulação começaram há pouco mais de quatro meses e têm duração prevista de dois anos. Eles percorrem rotas variadas sob as mais diferentes condições de trânsito.
Neste primeiro momento, os testes acontecem em torno de rotas turísticas da cidade. Com capacidade para 40 pessoas, os ônibus elétricos são menores e mais estreitos do que os convencionais, facilitando o acesso a ruas antigas.
No longo prazo, com a introdução dos veículos à frota convencional, a prefeitura da cidade espera não só reduzir as emissões de gases efeito estufa e poluentes, como gerar economia nos gastos com energia, uma vez que eletricidade custa menos que o diesel por lá.

10.018 – Criado o primeiro cromossomo totalmente sintético


Uma equipe internacional de cientistas desenvolveu o primeiro cromossomo totalmente fabricado em laboratório, o que representa um avanço fundamental na área da biologia sintética, segundo um estudo publicado na revista Science.
Os pesquisadores, liderados por Jef Boeke, da Universidade de Nova York, nos Estados Unidos, criaram a primeira cópia artificial de um cromossomo de levedura, fungo utilizado na fabricação de etanol, pão e cerveja. Em um estudo que contou com os esforços de cientistas nos Estados Unidos e na Europa, e que durou mais de sete anos, os cientistas cortaram, dividiram e manipularam o DNA da levedura até obterem o primeiro cromossomo fabricado integralmente em um laboratório.
Os cientistas começaram o experimento com os fragmentos disponíveis de DNA, acrescentaram esses fragmentos a outros maiores e os agregaram depois a células de levedura, de modo a produzir uma versão totalmente artificial do cromossomo.
Esta é considerada uma grande conquista dentro da biologia sintética, que visa formar organismos a partir de seus princípios mais básicos. Embora já se tivesse conseguido construir cromossomos de bactérias e vírus, esta é a primeira vez em que se cria um cromossomo para um organismo eucariótico, que são mais complexos, compostos por células com núcleos diferenciados e citoplasma organizado — nessa categoria se enquadram plantas e animais.
O primeiro cromossomo sintético pode permitir avanços na pesquisa para a produção de novos medicamentos e biocombustíveis.

10.017 – Genética – Organismos sintéticos podem ajudar na colonização de Marte


gene pitx2

Organismos sintéticos produzidos para usar o gás carbônico (CO2) como matéria-prima poderão ajudar na colonização de Marte. É o que acredita o biólogo Craig Venter, biólogo-empresário que chefiou o programa privado de sequenciamento do genoma humano concluído em 2003 e líder da pesquisa que criou a primeira célula controlada por genoma sintético.
De acordo com Venter, em palestra dada no evento TEDxNASA@Sillicon Valley, formas de vida artificiais que lidam com o gás carbônico já estão em produção. A equipe do biólogo está tentando desenvolver células que conseguem usar o gás carbônico para produzir alimento, combustível, plástico e outros produtos. Além do grande impacto na Terra, Venter acredita que os organismos poderão fazer de Marte um lugar menos inóspito, transformando a fina atmosfera do planeta, formada basicamente por CO2.
A prioridade de Venter, contudo, é usar a ‘vida sintética’ para ajudar resolver grandes problemas na Terra, como alimento e produção de combustível. A Synthetic Genomics, empresa do biólogo, está desenvolvendo algas sintéticas que produzem biocombustível de forma mais barata e eficiente.

10.016 – Gen(ética) – Descoberta deixa ciência mais próxima da criação de vida artificial


A partir de aminoácidos (as pequenas ‘peças’ que compõem as proteínas), cientistas da Universidade de Princeton, nos Estados Unidos, alegam ter produzido proteínas sintéticas capazes de sustentar a vida. Quando inseridas em bactérias modificadas, as proteínas, que não existem naturalmente, possibilitaram que elas continuassem sobrevivendo.
A descoberta é um grande passo para a biologia sintética e deixa o ramo mais próximo da criação de vida inteiramente artificial. Até hoje, a área só estudou a reorganização de proteínas retiradas da natureza. Esse estudo comprova que é possível gerar em laboratório substâncias que sustentam a vida da mesma forma que a natureza.
“O que temos são máquinas moleculares que funcionam muito bem em organismos vivos, mesmo que tenham sido desenvolvidas em laboratório e expressadas em genes artificiais”, disse Michael Hecht, professor de química da Universidade de Princenton e líder do estudo. “A pesquisa nos revelou que os kits de moléculas da vida – genes e proteínas – não precisam ser emprestados da natureza”.
Hecht e sua equipe criaram um milhão de sequências de aminoácidos que se conectaram em estruturas 3D. Essas estruturas formaram proteínas sintéticas supostamente inéditas na natureza. Paralelamente, alguns genes essenciais para a vida foram retirados dos genomas de algumas bactérias. Em seguida, as novas proteínas foram inseridas nos microorganismos. Outras bactérias, cujos mesmos genes foram retirados e não tiveram injeções de proteínas, morreram. Mas as que haviam recebido as proteínas sintéticas não só sobreviveram como formaram uma colônia de bactérias.
A pesquisa promete causar polêmica entre os adeptos do velho argumento de “brincar de Deus”. Assim como o geneticista Craig Venter causou quando anunciou, no ano passado, que havia montado o genoma de uma bactéria – com um milhão de pares de bases – sintetizado-o em laboratório e transferido-o para uma outra bactéria, que adquiriu as características da primeira. Críticos de Venter dizem ainda que tudo o que ele fez foi criar um genoma natural em computador e reproduzi-lo. Não é caso da equipe de Hecht, que alega ter produzido DNA a partir do zero.

10.015 – Radioatividade – Medida de radiação é homenagem a cientista sueco


radiação

Nascido em 1898, o médico e físico sueco Rolf Maximilian Sievert foi pioneiro no estudo dos efeitos biológicos da radiação. Em sua homenagem, cientistas deram o nome de Sievert (símbolo: Sv) para a unidade internacional de doses equivalentes de radiação, em 1979, durante a Conferência Geral de Pesos e Medidas, 13 anos após sua morte.
Rolf Sievert teve um papel importante na medição das doses de radiação especialmente para o diagnóstico e tratamento do câncer. Inventou vários instrumentos para medir a radiação. O mais conhecido deles é a câmara Sievert, criada entre os anos 1920 e 1940.
Em 1937, Sievert tornou-se chefe do departamento de física da radiação no Instituto Karolinska, na Suécia, entidade que escolhe o Prêmio Nobel de Medicina. Anos mais tarde, concentrou sua pesquisa nos efeitos biológicos da exposição repetida a pequenas doses de radiação. Em 1964, fundou a Associação Internacional de Proteção contra a Radiação. Também liderou o comitê científico das Nações Unidas para os efeitos da radiação atômica.

Sievert (Sv) é uma unidade para medir os efeitos biológicos da radiação – os efeitos físicos são mensurados por outra unidade, chamada gray (Gy). A dose de radiação no tecido humano, em Sv, é encontrada pela multiplicação da dose medida em gray por outros fatores que dependem do tipo de radiação, parte do corpo atingida, tempo, intensidade de exposição e outros fatores.

10.014 – Radiação – Glossário


Fissão nuclear: Reação nuclear que consiste na ruptura do núcleo pesado de um átomo (geralmente de urânio) em dois átomos menores por meio do choque de nêutrons. Essa ruptura é responsável pela emissão de energia que esquenta a água do sistema de refrigeração, utilizada para gerar o vapor (energia térmica) que gira uma turbina, produzindo eletricidade. É o processo que acontece nas usinas nucleares para geração de energia. A grande vantagem da energia nuclear é que apenas 10 gramas de urânio, um combustível nuclear, equivalem a 1,2 tonelada de carvão mineral, utilizado em usinas termoelétricas.

Reator nuclear: Local onde acontece a fissão nuclear em cadeia para geração de energia térmica. Existem vários tipos de reatores. Um dos mais utilizados é o reator a água em ebulição. É o tipo presente na usina japonesa de Fukushima, onde a situação é mais grave.

Reator a água em ebulição: O calor liberado durante a fissão nuclear serve para ferver a água do sistema de refrigeração. O calor gira uma turbina que transforma a energia térmica em eletricidade.

Varetas de combustível: Estrutura cilíndrica que contém o combustível nuclear (normalmente urânio), disposto em pastilhas submersas no sistema de refrigeração primário. É um recipiente hermético que abriga o combustível nuclear. Impede a saída dos produtos da fissão nuclear e garante a resistência mecânica que assegura a integridade do combustível. É a primeira barreira a impedir o escape do material radioativo.

Barras de controle: São estruturas que passam através das varetas de combustível para controlar a fissão nuclear em cadeia. Quando as barras de controle estão totalmente para fora, o reator está trabalhando no máximo da capacidade para gerar energia térmica. Quando estão totalmente dentro, significa que o reator está ‘parado’ (não há reação nuclear em cadeia).

Vaso de controle: As varetas de combustível são colocadas dentro de um grande vaso de aço com paredes de cerca de 30 centímetros. Ele é montado sobre uma estrutura de concreto, com cerca de cinco metros de espessura na base. O vaso de controle é a segunda barreira física para impedir a saída de material radioativo para o meio ambiente.

Contenção: Grande ‘carcaça’ de aço usada para abrigar o vaso de controle e o gerador de vapor. É construída para manter contidos os gases ou vapores possíveis de serem liberados durante a operação do reator. É a terceira barreira para impedir que material radioativo seja lançado ao meio ambiente.

Edifício do reator: Último envoltório, de concreto, revestindo a contenção. É a quarta barreira que serve para impedir a saída de material radioativo para o meio ambiente e, além disso, protege contra impactos externos (queda de aviões e explosões).

Circuito de refrigeração externo: É o circuito de água que parte de uma fonte natural (rio, represa, lago, mar) para condensar o vapor de água depois que ele movimenta a turbina (semelhante às usinas termoelétricas de carvão e gás). Essa água nunca entra em contato com o combustível nuclear. Ela volta ao rio, represa ou mar, a uma temperatura ligeiramente superior à inicial.

Circuito de refrigeração primário: Sistema em que circula o fluido de refrigeração (composto em grande parte por água) de um reator nuclear. É o circuito que está em contato direto com as varetas de combustível, extraindo o calor gerado pela fissão nuclear, para se transformar em vapor e incidir sobre a turbina e produzir eletricidade.

Derretimento: Dano grave ao núcleo do reator nuclear, causado por superaquecimento. O derretimento do núcleo ocorre quando uma falha severa do sistema de refrigeração impede o resfriamento apropriado do combustível nuclear. Sem refrigeração, as varetas de combustível nuclear esquentam até derreter. A situação é considerada grave porque há risco de vazamento do material radioativo (o combustível nuclear). Além disso, o derretimento faz com que o núcleo do reator fique instável podendo ocorrer explosões.

Sievert (Sv): É a unidade que mede os efeitos biológicos da radiação – os efeitos físicos são medidos por outra unidade, chamada gray (Gy). A dose de radiação no tecido humano, em Sv, é encontrada pela multiplicação da dose medida em gray por outros fatores que dependem do tipo de radiação, parte do corpo atingida, tempo e intensidade de exposição.

10.013 – Mitos – As mentiras de pernas longas


As lendas urbanas giram em torno de elementos típicos da vida nas cidades, em oposição às velhas lendas folclóricas, que têm como cenário a natureza ou ambientes rurais. Segundo quem se dedicou a estudar o tema, elas não surgem por acaso e, como todo boato, sua origem dificilmente pode ser identificada.
A história da loira que há décadas apavora crianças de norte a sul do Brasil é simbólica. Supõe-se que o banheiro tenha sido escolhido como local das aparições da moça por tratar-se do único lugar de uma escola em que o estudante tem privacidade, o que significa estar mais sujeito a “desvios de comportamento”. Se há um jeito de fazê-lo sair correndo de lá para diminuir os riscos, tanto melhor.
Há também lendas urbanas com motivação comercial – algo que muitas vezes se confunde com ideologia política, uma vez que determinadas corporações se tornaram ícones do capitalismo. Relatos desse tipo têm o objetivo claro de abalar a credibilidade de uma marca ou reduzir o consumo de um produto. “Os líderes de mercado são sempre os mais atingidos”, diz um professor especialista em mercadologia da Universidade Federal de Pernambuco (UFPE). Além do boato de que seus sanduíches contêm minhocas como ingrediente, o McDonald’s foi alvo de uma onda recente de boatos sobre a morte de uma criança picada por cobras na piscina de bolinhas. Em uma comunidade do Orkut destinada a discutir lendas urbanas, pessoas de diferentes regiões do país relataram ter ouvido a mesma história, mas cada uma se referindo a ela como se tivesse ocorrido em sua cidade – exemplo de como a difusão de uma lenda urbana pode ter progressão geométrica.

Mentiras da Internet
Ambiente em que verdades, meias-verdades e mentiras se confundem o tempo todo, a internet acelerou a velocidade da difusão de notícias – verídicas ou não – e tornou-se o hábitat perfeito para as lendas urbanas. Se antes essas histórias eram contadas para um pequeno grupo de amigos reunidos ao redor de uma fogueira, hoje podem atingir milhares de pessoas em questão de minutos, incluindo desconhecidos e gente que mora a centenas de quilômetros de distância. “A internet trouxe um poderoso elemento para convencer as pessoas: a possibilidade de ilustrar qualquer história com imagens”.
Foi graças à força das imagens que o caso dos gatos-bonsai disseminou-se rapidamente pela rede em 2000, gerando uma onda de protestos e abaixo-assinados ao redor do mundo. Era a história de uma empresa de Nova York que estaria criando gatos dentro de garrafas para limitar o crescimento e vendê-los a preço de ouro. Quem duvidasse poderia conferir, no site da empresa, fotos dos bichanos espremidos dentro das garrafas. Contudo, quase ninguém se preocupou em ler os textos que acompanhavam as imagens. De tão absurdos, deixavam evidente tratar-se de uma brincadeira – incluindo as fotos, montadas.

A maioria das lendas urbanas sucumbe rapidamente, mas as “melhores” têm grande capacidade de adaptação e de resistência ao tempo. Em 1999, quando o governo lançou a campanha de vacinação de idosos contra a gripe, ouviu-se a versão de que se tratava, na verdade, de um projeto de extermínio de velhinhos para reduzir rapidamente o déficit da Previdência Social. Trata-se do mesmíssimo enredo transcorrido um século atrás, em 1904, quando correu o boato de que a vacinação obrigatória contra a varíola, proposta pelo sanitarista Oswaldo Cruz, escondia o plano de acabar com a população pobre do Rio de Janeiro. Boato que acabou sendo o estopim da Revolta da Vacina, que durou três dias e deixou 23 mortos, 67 feridos e causou quase mil prisões – prova de que as lendas urbanas nem sempre são inofensivas.

A quadrilha que rouba rins
Em uma festa, um jovem aceita uma bebida oferecida por uma mulher atraente e desmaia pouco depois. Quando acorda, está em uma banheira, com o curativo de uma cirurgia nas costas. Assustado, liga do celular para um amigo médico, que afirma sem titubear: “Você foi mais uma vítima da quadrilha que rouba rins. Só nesta semana tivemos no hospital quatro casos iguais ao seu.”
Encontro macabro
Um homem dirige por uma estrada deserta à noite. De repente, surge uma mulher com gestos desesperados. Ele pára e a mulher pede ajuda para tirar o bebê dela de dentro de um carro acidentado logo adiante. Pouco antes de chegar ao carro, o homem olha para trás e não vê mais a mulher que lhe indicava o caminho. Em seguida, encontra o bebê vivo no banco de trás e uma mulher ao volante, morta – exatamente aquela que havia lhe pedido ajuda na estrada!

10.012 – Mitos Sobre O Fim do Mundo


Dilúvio universal
Curiosamente, o principal mito planetário que envolve a ideia de cataclismos não está relacionado a um porvir, e sim a um passado remoto. Informações sobre um grande dilúvio universal estão presentes nos relatos sobre o Noé bíblico, na tradição mesopotâmica, conforme narrado pelo épico Gilgamesh, em quase toda a costa ocidental africana e na maioria dos povos pré-colombianos das Américas. Entre os incas, havia a tradicional história do lavrador que, ao perguntar para sua lhama por que ela estava tão triste, foi aconselhado por ela a buscar com sua família os picos das montanhas mais elevadas, pois um grande dilúvio aproximava-se. Em todas essas histórias sempre surge um líder puro e sábio que tem o papel de recomeçar a obra divina após as inundações.
A Bíblia judaico-cristã fala sobre o fim dos tempos em seus dois blocos principais, o Velho e o Novo Testamento. No primeiro, temos a figura do profeta Daniel, que marca até hoje o imaginário ocidental com seus sonhos e visões sobre o final dos tempos. Ao lado dele, o Apocalipse de João, incluído no Novo Testamento, é um dos livros mais estudados por aqueles que se preocupam com o tema. Nos dois casos, temos uma descrição da destruição do mundo que será causada pelo comportamento inadequado da humanidade.

A batalha final
Mas os cataclismos podem surgir não só por conta do comportamento dos homens. A mitologia nórdica narra a história do Ragnarok, a última batalha entre os deuses e seus inimigos. Segundo essa versão, o futuro reserva para a humanidade uma terrível era em que armas serão empunhadas e destruídas, pais lutarão contra filhos, irmãos praticarão incestos e mães abandonarão maridos para seduzir os próprios filhos. Na superfície do planeta, o mar sairá de seu leito, a terra tremerá e homens morrerão em grande número. A boa notícia é que, depois de toda essa confusão, haverá um novo começo e uma nova oportunidade para deuses e homens. Para nossa sorte, as certezas de cataclismos sinalizadas por diferentes mitologias trazem também a promessa de um mundo novo sem impurezas. O único problema é que esse novo mundo é somente para os mais afortunados. A esperança que faz parte do imaginário de muita gente ao redor do globo, há milênios, é a de figurar entre os eleitos que escaparão dos destinos trágicos reservados à humanidade. Uma esperança que se confunde com o desejo de escapar da própria morte.

Gregos e hindus chegaram à mesma conclusão: o fim está próximo
Separados por milhares de quilômetros de distância, gregos e hindus produziram, na aurora de suas civilizações, o mito das eras da humanidade. No século 8º a.C., poetas gregos falavam de uma idade de ouro, uma época em que os homens viviam em harmonia. De forma similar, a Índia produziu a noção do Krita Yuga, uma idade áurea em que a sabedoria e a virtude eram dons naturais do homem. O segundo período, a idade da prata para os gregos ou Treta Yuga para os hindus, foi marcada pelo surgimento da violência, mas ainda assim homens gozavam de pureza. Já a idade de bronze, ou Dwapara Yuga, assinalou um distanciamento entre as duas visões. Para os hindus, virtude e mal se achavam em equilíbrio. Para os gregos, as rixas entre os homens levaram a exageros e muitos foram condenados a definhar no Hades, o reino dos mortos. A idade de ferro, ou Kali Yuga, seria o momento atual. Na visão oriental, é uma era marcada pela fome e pela guerra. Para os gregos, uma época sem justiça ou virtude. Em ambas as visões, nosso destino será a autodestruição. Quem viver verá. Ou talvez não.

10.011 – Medicina – Para manter a saúde…


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Uma rápida olhada em algumas estatísticas pode ajudar a convencer de que é você quem faz sua saúde: no Brasil há 12 milhões de pessoas hipertensas, mais de 35 milhões têm colesterol alto e 7,5 milhões sofrem de doença pulmonar relacionada ao tabagismo. Claro que as dificuldades e as restrições impostas pela rotina atrapalham muitas vezes a adoção de hábitos saudáveis. Mas o fato é que uma boa parcela do que acontece com nossa saúde depende de nós. Parte importante da população, por exemplo, só recorre ao médico quando sente uma dor persistente ou quando suspeita que possa estar sofrendo de algo grave. Algumas vezes, os sintomas são apenas a conseqüência de um probleminha passageiro qualquer. Outras vezes, são os sinais de um processo avançado e irreversível. É a velha história: com uma prevenção correta, o médico teria detectado a doença precocemente e, em muitos casos, ela nem sequer teria aparecido. Essa é a vantagem da medicina preventiva.
A medicina do século 21 não se limita a diagnosticar, curar e buscar terapias mais eficazes contra os processos patológicos. Seu novo desafio é evitar que adoeçamos. Como? Mediante uma análise dos grandes fatores que determinam nossa saúde: a herança genética, o meio em que vivemos, nossos hábitos e o nível da assistência à saúde a que temos acesso. Vacinas, exames e conselhos de especialistas são os principais recursos da medicina preventiva. Os programas de vacinação conseguiram erradicar a varíola e reduzir drasticamente os casos de poliomielite, sarampo e difteria, entre outras infecções. Hoje as crianças recebem mais vacinas do que nunca. Existem 19 tipos de vacina para protegê-las de 19 doenças potencialmente mortais.
Além disso, os exames de rotina permitem identificar precocemente desde problemas de visão, cardíacos e metabólicos até câncer e Alzheimer. A mamografia pode adiantar em dois ou três anos a detecção do câncer de mama e reduzir a mortalidade em até 40%. A visita periódica ao ginecologista e o estudo citológico de secreção de colo de útero e vaginal (papanicolau) reduziram em até 60% a incidência de câncer do colo do útero. Os exames de toque retal e a ecografia transretal estão permitindo o diagnóstico do câncer de próstata em seus estágios iniciais. Há também estudos baseados no DNA que possibilitam o diagnóstico prematuro de um número cada vez maior de enfermidades genéticas.
De sua parte, a pesquisa epidemiológica moderna já relacionou uma ampla variedade de hábitos pessoais com o início de diversas doenças. Os exemplos são muitos: o abuso dos banhos de sol como causa do melanoma maligno, o consumo excessivo de álcool como causa de tumores respiratórios e digestivos, cirrose hepática, lesões cerebrais e acidentes de trânsito. O tabagismo é o principal desencadeador do câncer de pulmão, de enfermidades respiratórias crônicas e de cardiopatias coronárias. Uma dieta rica em gorduras saturadas e pobre em frutas e verduras é um dos fatores que influenciam no aparecimento de problemas cardiovasculares e de câncer no intestino, de mama e de pâncreas. Ninguém questiona que uma alimentação excessivamente calórica, aliada ao sedentarismo, se traduz em obesidade, que, por sua vez, é um fator de risco para o surgimento de hipertensão, diabetes, câncer uterino e problemas de articulação. Todos sabem também que o sexo sem proteção é a principal causa das doenças sexualmente transmissíveis (DSTs), como aids, sífilis e hepatite C.
A maioria das pessoas morre por causa de doenças cardíacas e circulatórias em geral (30% dos óbitos), por processos cancerosos (16%) ou por causas externas, como acidentes de trânsito e homicídios (14%). Muitos estudos apontam que quase 70% dos fatores que desencadeiam essas mortes estão relacionados a comportamentos específicos de nosso estilo de vida, algo que se escolhe deliberadamente, mas que também aparece modulado “pela própria subcultura, pela pressão exercida pelos semelhantes, pela propaganda e pelo grau de oportunidade”, segundo afirma o epidemiologista Anthony J. McMichale, da Australian National University, de Canberra.
O tabagismo talvez seja o exemplo mais paradigmático da prevenção: apesar das campanhas de saúde pública, nada menos que um terço da população adulta do mundo (ou seja, 1,3 bilhão de pessoas) tem o hábito de fumar, segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS). No Brasil, segundo levantamento recente do Ministério da Saúde e do Instituto Nacional do Câncer, 19% da população é fumante. O cigarro está associado a mais de 50 doenças, como câncer de pulmão, de boca e cardiopatias, e mata por ano 4 milhões de pessoas no mundo – o equivalente à população de Salvador e Porto Alegre somada.
Em resumo: corrigindo alguns dos maus hábitos e assimilando as recomendações de saúde, é possível melhorarmos, sim, muito nossa qualidade de vida e chegarmos com boa saúde pelo menos aos 71,5 anos, que é a esperança de vida ao nascer dos brasileiros. Com esse objetivo, convidamos você a fazer um auto-exame. Nas próximas páginas, descubra como anda sua saúde e o que pode ser feito para viver mais e melhor. Para isso, você também deverá contar com a ajuda de seu médico de confiança.

10.010 – A Síndrome de Barakat


Também conhecida como síndrome HDR, trata-se de uma desordem genética, que afeta indivíduos de todas as idades, descrita primeiramente por J. Barakat Amin e colaboradores, no ano de1977. Até o momento a incidência deste transtorno é desconhecida; todavia, sabe-se que é muito rara.
Pesquisas apontaram que este transtorno genético de baixa penetrância, na maior parte dos casos, evidencia a mutação responsável pela síndrome no cromossomo 10p (10pter-p13 ou 10p14-p15.1).

Esta desordem caracteriza-se por hipoparatireoidismo, surdez neurosensorial e transtorno renal. Clinicamente, os pacientes podem apresentar:

Hipocalcemia;
Tetania;
Convulsões;
Surdez, tipicamente bilateral, que varia de moderada a severa;
Síndrome nefrótica;
Quistos renais;
Displasia, hipoplasia ou aplasia renal;
Deformidade pélvica;
Refluxo vesico uretral;
Insuficiência renal crônica;
Hematúria;
Proteinúria;
Cicatrizes renais.
O diagnóstico costuma ser feito com base nos sintomas apresentados pelo paciente. Contudo, atualmente está disponível um teste genético que confirma a suspeita clínica e que também pode ser utilizado como um teste preditivo ou pré-natal.
Embora não exista cura para este transtorno, existe tratamento. Este é multidisciplinar e varia de acordo com as manifestações clínicas apresentadas por cada paciente, sendo estabelecidas correções das anormalidades clínicas e controle dos sintomas.

10.009 – Farmacologia – Medicamentos de referência, genéricos e similares


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O medicamento de referência é aquele medicamento que inovou no ramo farmacêutico e sua eficácia, segurança e qualidade foram cientificamente comprovadas pelo órgão responsável, no caso do Brasil a ANVISA (Agência Nacional de Vigilância Sanitária). Esses medicamentos são patenteados pelos laboratórios bioquímicos que os desenvolvem, como uma garantia de retorno sobre os investimentos e o tempo dispendidos em pesquisas. A patente pode durar de 10 a 20 anos, e, durante esse período, a comercialização da fórmula pode ser feita apenas pelo laboratório responsável. Passado o período de patente, a fórmula pode ser replicada por outras empresas.
Um medicamento é qualificado como referência quando se torna parâmetro para qualquer medicamento genérico ou similar que seja criado a partir de sua fórmula, forma farmacêutica, dosagem e posologia. E todos os produtos feitos a partir da referência serão sujeitos aos mesmos testes para comprovar sua equivalência farmacêutica ou bioequivalência quando necessário.

Medicamento genérico
O medicamento genérico é aquele que possui mesma dosagem, posologia e forma farmacêutica e segurança do medicamento referência, propriedades estas que foram comprovadas por meio dos mesmos testes bioquímicos. A única diferença entre medicamentos referência e genérico é a embalagem: os produtos genéricos apresentam uma faixa amarela com a letra G, que os identifica como genérico. Além disso, a embalagem dos genéricos não pode apresentar nenhum tipo de marca, apenas o nome do principio ativo e sua dosagem.

Medicamento similar
O medicamento similar tem quase as mesmas características do medicamento genérico, salvo algumas diferenças: ao contrário dos genéricos, eles podem ostentar uma marca em sua embalagem, além de poderem apresentar tamanho, forma farmacêutica, prazo de validade, embalagem e rotulo também diferentes.

Em geral, o valor de mercado dos similares é mais baixo do que o dos genéricos, o que os torna mais atrativos para o consumidor. No entanto, esses produtos são mais viáveis economicamente porque não são submetidos aos testes de bioequivalência necessários para comprovar se tais medicamentos são absorvidos em mesma quantidade e velocidade que o medicamento de referência pelo organismo humano. Dessa forma, a funcionalidade dos similares e os seus efeitos podem apresentar alterações em comparação às outras categorias, fazendo com que não possam ser utilizados como substitutos do medicamento de referência.

10.008 – Biologia – A Entomologia Forense


É a aplicação de estudos de insetos e outros artrópodes associados de acordo com suas áreas de abrangência e aplicações criminais, em três categorias distintas:
Urbana: aplicada a toda e qualquer ação relacionada à presença de insetos em imóveis ou em outros bens estruturais pertencentes ao homem, desde que haja dano ou perda do material;
Produtos Estocados: aplicada quando há a presença de insetos em depósitos, armazéns ou embalagens que envolvam produtos alimentícios ou, ainda, quando estes se acham presentes em parte ou todo sobre ou dentro do alimento;
Médico-legal: quase sempre relacionada a mortes violentas, onde haja a presença de insetos em cadáveres ou alguma relação entre um corpo e a fauna necrófaga.
A Entomologia Urbana concentra, principalmente, as controvérsias relacionadas a cupins, baratas e outros grupos de insetos que ocorrem em ambientes criados pelo ser humano. Ações públicas ou particulares por incômodos e prejuízos, envolvendo insetos como moscas provenientes de currais e outros locais de criação de animais domésticos, são alvos desta parte da Entomologia Forense. São bastante comuns processos judiciais devidos a incômodos causados por insetos oriundos de projetos agropecuários tais como recintos de confinamento para engorda de bovinos e granjas de aves e suínos.

Na área da Entomologia de Produtos Armazenados, as disputas ocorrem por infestação de artrópodes ou partes destes em alimentos e outros produtos armazenados. Restos de insetos em cereais matinais, lagartas em vegetais enlatados e larvas de mosca em sanduíches são exemplos de casos comuns na área de produtos armazenados. Ocasionalmente, consumidores tentam fraudar restaurantes e empresas “plantando” insetos ou partes de insetos em produtos adquiridos previamente.

Em relação à categoria médico-legal, ao longo de um pouco mais de cem anos a entomologia forense evoluiu com base nas observações de autores de distintos países, contribuindo assim para a abordagem atualmente empregada. Os profissionais utilizam um modelo complexo e rígido para entender a colonização cadavérica por meio da sucessão ecológica, o qual incluía diversas ordens de insetos, chamados de legiões, cujo termo adotado corresponde aos grupos de insetos que chegam ao cadáver em diferentes estágios da decomposição.

Contabilizou então oito legiões de sucessão ecológica, partindo do princípio de que insetos visitavam fases específicas do processo de putrefação, onde o esgotamento proteico do recurso (humano ou não) se dava de um a quatro anos, levando em consideração que os estudos foram iniciados no clima temperado da Europa. As quatro primeiras legiões são formadas por moscas como Musca domestica, Calliphora vomitória, Lucilia coesar, Sarcophaga carnaria e besouros Necrobia coeruleu e N. ruficollis. Pois preferem os estágios iniciais da morte onde a carne é fresca, podendo ser vistos ovopositando.

10.007 – A Síndrome de Denys-Drash


Chamada também simplesmente de síndrome de Drash, trata-se de um transtorno raro, caracterizado por nefropatia, anomalias genitais e predisposição ao tumor de Wilms.
Quase que na totalidade dos pacientes (96%), uma anomalia no gene WT1, situado no cromossomo 11 (11p13), é o responsável pelo desenvolvimento da síndrome em questão.

Clinicamente, costuma caracterizar-se pelo pseudo-hermafroditismo, esclerose renal e tumor de Wilms. As manifestações clínicas observadas em pacientes com esta síndrome incluem:

Redução do apetite;
Perda de peso;
Mau humor;
Atraso no crescimento;
Anormalidades no desenvolvimento esquelético;
Insônia;
Dor abdominal;
Constipação;
Anúria.
O diagnóstico é feito com base nas manifestações clínicas. Exames de imagem auxiliam na detecção do tumor de Wilms.
O tratamento é sintomático, objetivando a manutenção da função renal, além do controle da pressão arterial e de possíveis complicações renais. A cirurgia deve ser realizada com o intuito de remover o tumor de Wilms e, em muitos casos um ou ambos os rins do paciente também precisam ser removidos. Quando isso ocorre, o paciente necessitará de diálise e, posteriormente, transplante renal. Os órgãos sexuais anormais devem ser removidos, evitando, assim, sua evolução para malignidade.

10.006 – Geologia – O Intemperismo


O solo é continuamente formado pela fragmentação e decomposição das rochas da superfície terrestre. Expostas ao ar, as rochas estão sujeitas à ação direta do sol, da água das chuvas, dos ventos, entre outros elementos que alteram sua composição química e seu aspecto físico. O fenômeno responsável pela decomposição das rochas e pela modificação de suas características físicas e químicas é denominado intemperismo.
Existem dois tipos diferentes de intemperismo:

Intemperismo físico – degradação da rocha por meio de processos físicos, sem alteração da sua composição química.
Intemperismo químico – conjunto de reações químicas que alteram os minerais que compõem as rochas.
A intensidade do intemperismo sobre as rochas é atenuada ou acentuada de acordo com alguns fatores. Veja alguns deles.

Tipos de rochas
Sob as mesmas condições climáticas, cada tipo de rocha responde ao intemperismo de maneira diferente, o que varia de acordo com a sua composição mineralógica. As rochas que apresentam expressivas quantidades de quartzo, como o granito, são mais resistentes ao intemperismo do que as rochas sedimentares, como o calcário e o arenito.

Clima
A variação de temperatura das rochas, principal fator do intemperismo físico, se deve ao constante aquecimento pelo sol seguido do brusco resfriamento pelas chuvas. Com isso, as rochas contraem e dilatam continuamente, o que causa sua fragmentação. Nas regiões polares ou de grandes altitudes, a água congela nas fissuras das rochas e as dilata, fragmentando-as em partes menores. As mudanças de temperatura entre dia e noite e entre as estações do ano também contribuem para o processo de degradação das rochas.

A água, agente mais importante do intemperismo químico, reage quimicamente com os minerais componentes das rochas, produzindo substâncias ácidas que as corroem, o que favorece a degradação. Em regiões de climas tropicais, em que os índices de umidade são elevados, o intemperismo químico é mais intenso, enquanto nas regiões de clima frio e árido, a degradação das rochas é menor.

Relevo
O relevo interfere no fluxo da água das chuvas, resultando numa maior ou menor infiltração no solo. Nos locais de maior declive, o contato das rochas com a água das chuvas é menor, o que prejudica as reações químicas responsáveis pela fragmentação do solo. Já nas regiões mais baixas e côncavas, o acúmulo de água é maior, favorecendo o intemperismo das rochas.

Tempo cronológico
Quanto maior for o tempo de exposição da rocha às condições atmosféricas, maior será a intensidade do intemperismo sobre a mesma.

10.005 – Sociologia – Diferença entre Problema Social e Problema Sociológico


Chamamos de problema social uma condição ou um fenômeno que, sob o ponto de vista de grupos que estão presentes dentro de uma sociedade organizada, não está a funcionar como deveria. Ou seja, uma definição do que é um problema social vai sempre depender do cenário e das características individuais de cada uma dessas formações sociais, bem como a qual período histórico a situação se refere, implicando uma avaliação moral e ideológica, por parte de tais grupos, do fenômeno em questão, promovendo a ideia de que tal fenômeno está sob uma disfunção no sistema.
Para que um fenômeno seja encarado e descrito como um problema social, torna-se necessário que três condições estejam presentes:

Primeiramente, é necessário que certas transformações tenham acontecido dentro da sociedade, transformações essas que afetem diretamente a vida dos indivíduos, mesmo empregando efeitos diferentes nos diferentes grupos;
Em segundo lugar, esse problema precisa ser sentido como um “problema” por pelo menos uma parte da população, e que seja socialmente identificada com determinadas situações ou categorias sociais. O problema deve se tornar “digno de atenção”, o que sugere que os grupos sociais ajam de modo a produzir na sociedade uma percepção problema, ou seja, que existam setores dessa sociedade que pretendam agir sobre o problema;
Por último, um trabalho de institucionalização, ou seja, que sobre esse problema sejam produzidas interpretações oficiais, que o caracterizem como “problema”.
A formação de um problema social é, dessa forma, o resultado de questões simbólicas que tomam forma no interior de uma sociedade que carregue grupos com gradações diversas de poder. Dessa forma, um problema social se difere do que é um problema sociológico. Pois o segundo é uma interrogação que o investigador teoriza sobre os processos de interação social, acerca dos modos de organização do sistema social e dos fenômenos que dele nascem, e não se justapõe ao problema social. O problema sociológico é um problema de conhecimento científico que se suscita e resolve no âmbito da Sociologia. Formular corretamente um problema como esse, é tarefa muito difícil, em regra só acessível a quem esteja a par do estado de desenvolvimento da ciência em causa e seja dotado duma imaginação viva e treinada na pesquisa. Um problema sociológico abrange problemas com explicação teórica, sobre o que que acontece na vida social.

10.004 – Sexologia – Sabendo mais sobre Andropausa


Andropausa é a versão masculina da menopausa feminina. É caracterizada pelos problemas físicos e disfunções sexuais causadas pela queda na produção do hormônio sexual masculino, a testosterona.
A testosterona é produzida pelos testículos, sendo esse hormônio o responsável pelo crescimento da barba e dos pêlos, agindo inclusive no desempenho sexual do homem.

Essa diminuição dos níveis de testosterona, por mais acentuada que seja, não tem comparação com a queda dos hormônios femininos nas mulheres na época da menopausa. Outra diferença com relação à menopausa, é que a andropausa não acontece com todos os homens e, quando ocorre, os sintomas são mais variados do que os sintomas da menopausa.

A andropausa normalmente atinge os homens a partir dos 50 anos, sendo que a queda nos níveis hormonais ocorre lentamente. Os sintomas mais freqüentes são:

– Queda da libido (apetite sexual)
– Alterações do desempenho sexual (dificuldade de ereção)
– Impotência sexual
– Ejaculação precoce
– Dificuldade de concentração
– Alterações no humor
– Perda de memória
– Apatia e depressão
– Perda de cabelo
– Nervosismo
– Insônia
– Diminuição da massa muscular
– Aumento da proporção de gordura corporal
– Tendência à osteoporose
– Tendência à anemia
– Doenças cardiovasculares
– Câncer na próstata

O diagnóstico pode ser feito a partir de exames como a dosagem da testosterona, do Hormônio Folículo Estimulante (FSH), do Hormônio Luteinizante (LH) e do espermograma.

Hábitos alimentares saudáveis, atividades físicas e diminuição de fatores de risco como fumo, álcool, drogas, sedentarismo, excesso de gordura, sal e açúcar podem melhorar as condições gerais do homem, inclusive as condições sexuais.

A reposição hormonal pode ser necessária, em alguns casos. Essa reposição pode ser feita através de injeção intramuscular, adesivos, comprimidos por via oral e pelo gel de testosterona. A reposição hormonal, em excesso, pode causar o crescimento das mamas, lesões no fígado, aumento do número de glóbulos vermelhos no sangue e retenção de líquidos.

Em alguns casos, pode ser necessário o tratamento para impotência sexual.

10.003 – O que é a assexualidade?


Consiste em uma orientação sexual que se caracteriza pela ausência de desejo sexual por todos os gêneros, sendo que, para alguns indivíduos assexuais, há também a falta de atração romântica.
Não se deve confundir assexualidade com celibato. Neste último, embora os indivíduos sintam desejo sexual, os mesmos optam por abster-se de qualquer tipo de contato sexual, habitualmente em decorrência de crenças pessoais ou religiosas. Desta forma, a assexualidade não está ligada à castidade, disfunção sexual ou moralidade.

Atualmente, as pessoas procuram classificar a assexualidade como uma orientação sexual legítima, e não como uma patologia. Todavia, existem indivíduos que acreditam que esta condição se trata de um distúrbio de hipoatividade sexual, ou até mesmo aversão sexual. Além disso, também há quem diga que esta condição pode ser causada por abuso sexual no passado, repreensão sexual, disfunções hormonais, desenvolvimento tardio de atração, ou ainda o fato de não ter encontrado a pessoa certa.

É importante esclarecer que ser assexual não significar não gostar ou ser contra o ato sexual, embora alguns se encaixem nessa categoria, eles simplesmente demonstram falta de interesse em estabelecer interação sexual com outras pessoas. Os sentimentos podem continuar vivos, sendo que um indivíduo assexual é perfeitamente capaz de demonstrar carinho, afeição e ser feliz com o seu parceiro sem sentir atração sexual.

Para grande parte da população a excitação sexual é uma ocorrência regular, apesar de nem sempre estar ligada ao desejo de encontrar um parceiro sexual. Alguns indivíduos assexuais se masturbam ocasionalmente, mas não sentem desejo de ter um parceiro sexual. Outros assexuais apresentam pouca ou nenhuma excitação.

Os indivíduos que são assexuais tipicamente não enxergam essa falta de desejo como um problema a ser corrigido. Uma vez que não causa angústia, não deve ser visto como um distúrbio emocional ou patológico.

10.002 – Fitness – Por que é tão difícil perder a gordura abdominal?


gordura da barriga

A gordura abdominal é a mais difícil de perder pois é o nosso reservatório natural de gordura do corpo, tendo uma quantidade maior de células adiposas.
Os abdominais fortalecem muito a musculatura da região e do CORE, porém, para perder a gordura abdominal é necessário, primeiro, reduzir o percentual geral de gordura do corpo. Mas, não ache você, que irá reduzir a gordura abdominal bem rápido, pois ela é a que mais demora.
É normal obesos (a obesidade é uma doença CRÔNICA, que não tem CURA, e sim, CONTROLE), mulheres que acabaram de ter filhos e sedentários ficarem com o aspecto de pele flácida, não só da barriga, mas também do corpo todo.
Pessoas MUITO sedentárias podem ter uma ATROFIA MUSCULAR com consequente aparência de “FLACIDEZ MUSCULAR”. Aí sim o exercício com alimentação pode ajudar muito.
Nosso metabolismo pode ser “recrutado” em seqüência. Primeiro o metabolismo anaeróbio, por meio da musculação, gerando energia pela via ATP-CP e, depois, entramos na via glicolítica e, depois, a oxidativa. A oxidativa é o processo que mais utilizamos a gordura corporal como fonte de energia.
Assim, esta via é ativada com exercícios aeróbios, que aumentam a frequência cardíaca e auxiliam no processo de queima de gordura. Exemplos de exercícios são: caminhada, corrida, natação, bike, exercícios em circuito com cardio etc.

Algumas dicas…

– Pratique exercícios de musculação antes do exercício aeróbio.

– Mantenha o ritmo do treinamento sempre constante.

– Mantenha uma rotina de treinamento. Treine de 3 a 5 vezes por semana, descansando os grupos musculares e respeitando os limites do seu corpo.

– Invista em uma alimentação balanceada com fibras, frutas, verduras, proteínas, carboidratos, evitando álcool e frituras. Ingira muita água!

– Tome cuidado com alimentos light e diet, pois, alguns, não são tão saudáveis quanto pensa e pode mais acumular gordura do que te ajudar.

Procure um profissional de educação física para te orientar sobre os melhores exercícios e um nutricionista para reeducar sua alimentação!

Fonte: Runner
runner

10.001 – Mega Sampa – Ciclismo & Café


Abrindo esta nova fase do ☻ Mega Arquivo com uma dica de Ciclo tour pela nossa velha e charmosa Sampa.

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Passeio pelo centro histórico de SP une ciclistas e café
Para quem gosta de pedalar e não abre mão de um cafezinho, esta é a oportunidade de juntar as duas coisas. Neste sábado (29), a HEY! São Paulo —empresa que realiza passeios de bicicleta— e a marca Bike Café promovem um tour cultural pelo centro histórico da capital paulista.

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O passeio, que deve durar três horas, contará com degustação de grãos especiais e uma parada no Pátio do Colégio, onde os ciclistas experimentarão uma bebida gelada de café.
A pedalada começa na região da Avenida Paulista, e o trajeto sobre duas rodas inclui pontos como a Estação da Luz, viaduto Santa Ifigênia, Vale do Anhangabaú e Theatro Municipal.
Os interessados devem fazer a inscrição pelo site do evento. Quem não tem bicicleta pode comprar o pacote que inclui o aluguel por R$ 55. Ciclistas que quiserem andar na própria bike pagam R$ 33 pela inscrição, já com as taxas inclusas.

Bike Café – Saída: Bee.W Hostel – R. Haddock Lobo, 167 – próximo à estação Consolação do metrô, São Paulo, SP. Sáb. (29): 9h (duração prevista de 3h). Inscrições:www.eventick.com.br/bike-cafe-marco