Tem diâmetro antero-posterior de aproximadamente 24,15 milímetros, diâmetros horizontal e vertical ao nível do equador de aproximadamente 23,48 milímetros, circunferência ao equador de 75 milímetros, pesa 7,5 gramas e tem volume de 6,5 cm³.
O globo ocular recebe este nome por ter a forma de um globo, que por sua vez fica acondicionado dentro de uma cavidade óssea e protegido pelas pálpebras. Possui em seu exterior seis músculos que são responsáveis pelos movimentos oculares, e também três camadas concêntricas aderidas entre si com a função de visão, nutrição e proteção. A camada externa é constituída pela córnea e a esclera e serve para proteção. A camada média ou vascular é formada pela íris, a coróide, o cório ou uvea, e o corpo ciliar. A camada interna é constituída pela retina que é a parte nervosa.
Existe ainda o humor aquoso que é um líquido incolor e que existe entre a córnea e o cristalino. O humor vítreo é uma substância gelatinosa que preenche todo o espaço interno do globo ocular também entre a córnea e o cristalino. Tudo isso funciona para manter a forma esférica do olho.
O cristalino é uma espécie de lente que fica dentro de nossos olhos. Está situado atrás da pupila e orienta a passagem da luz até a retina. A retina é composta de células nervosas que levam a imagem através do nervo óptico para que o cérebro as interprete.
Não importa se o cristalino fica mais delgado ou espesso, estas mudanças ocorrem de modo a desviar a passagem dos raios luminosos na direção da mancha amarela. À medida que os objetos ficam mais próximos o cristalino fica mais espesso, e para objetos a distância fica mais delgado a isso chamamos de acomodação visual.
O olho ainda representa, as pálpebras, as sobrancelhas, as glândulas lacrimais, os cílios e os músculos oculares. A função dos cílios ou pestanas é impedir a entrada de poeira e o excesso da luz. As sobrancelhas também têm a função de não permitir que o suor da testa entre em contato com os olhos.
Membrana conjuntiva é uma membrana que reveste internamente duas dobras da pele que são as pálpebras. São responsáveis pela proteção dos olhos e para espalhar o líquido que conhecemos como lágrima.
O líquido que conhecemos como lágrimas são produzidos nas glândulas lacrimais, sua função é espalhar esse líquido através dos movimentos das pálpebras lavando e lubrificando o olho.
O ponto cego é o lugar de onde o nervo óptico sai do olho. É assim chamada porque não existem, no local, receptores sensoriais, não havendo, portanto, resposta à estimulação. O ponto cego foi descoberto pelo físico francês Edme Mariotte (1620 – 1684).
O bulbo do olho humano pode ser dividido em três túnicas: externa, média e interna.
Esclera: tecido conjuntivo denso, pouco vascularizado, opaco, branco.
Córnea: transparente, muito inervada, nutrida pelo humor aquoso, e é subdivida em 5 camadas;3 camadas celulares e duas membranas que separam essas camadas:
epitélio anterior estratificado pavimentoso não queratinizado (5 a 6 camadas celulares)
membrana de Bowmann: membrana vermelha acelular, constituídas por fibras colágenas do tipo I. Da sustentação ao epitélio anterior.
estroma: formado por mais ou menos 200 camadas de fibras colágenas.
membrana de Descemente: membrana basal do epitélio posterior, camada acelular homogênea que separa a substancia própria do endotélio.
epitélio posterior simples pavimentoso.
No olho, a luz atravessa a córnea, o humor aquoso , o cristalino e o humor vítreo e se dirige para a retina, que funciona como o filme fotográfico em posição invertida; a imagem formada na retina também é invertida.
O nervo óptico transmite o impulso nervoso provocado pelos raios luminosos ao cérebro, que o interpreta e nos permite ver os objetos nas posições em que realmente se encontram.
Nosso cérebro reúne em uma só imagem os impulsos nervosos provenientes dos dois olhos.
A capacidade do aparelho visual humano para perceber os relevos deve-se ao fato de serem diferentes as imagens que cada olho envia ao cérebro. Com somente um dos olhos, temos noção de apenas duas dimensões dos objetos: largura e altura. Com os dois olhos, passamos a ter noção da terceira dimensão, a profundidade.
A cor dos olhos é uma característica poligênica e é determinada pelo tipo e quantidade de pigmentos na íris do olho. Os humanos e os animais têm muitas variações fenotípicas na cor dos olhos.3 Nos olhos humanos, essas variações de cores são atribuída a diversos rácios de melanina produzido por melanócitos na íris.2 O colorido brilhante dos olhos de muitas espécies de aves estão em grande parte determinados por outros pigmentos, como pteridinas, purinas, e carotenóides.
A esclerótica, juntamente com a córnea, constitui a membrana mais externa do olho, a membrana fibrosa ou externa. A esclerótica constitui os 5/6 posteriores desta membrana e tem uma superfície externa, lisa e branca, que possui as inserções tendinosas dos músculos motores do olho, e apresenta vários orifícios, nomeadamente, posteriores, da zona equatorial e anteriores. Quanto aos orifícios posteriores, encontramos na parte mais interna do olho, o orifício do nervo ótico (que possui, anteriormente, a lâmina crivada, através da qual passam os feixes do nervo ótico e da artéria central da retina) e orifícios em redor da lâmina crivada, que rodeiam o orifício do nervo ótico e que são para as veias e artérias ciliares curtas e longas posteriores e para os nervos ciliares. Na zona equatorial da membrana existem 4 orifícios à mesma distância uns dos outros e que são atravessados pelas veias vorticosas. Em relação aos orifícios anteriores, são mais pequenos e situam-se em torno da córnea, dando passagem aos vasos ciliares anteriores. A esclerótica está unida à Coroideia (da membrana músculo-vascular) através de uma lâmina de tecido celular laxo rica em pigmentos, a Lâmina Fusca, o que confere à superfície interna da esclerótica uma cor acastanhada. A esclerótica continua-se, anteriormente, com a córnea, designando-se esta região de Limbo Esclero-Corneano (é uma zona talhada em bisel atrás da qual se encontra o Canal de Schlemmm ou Seio Venoso da Esclerótica, que recolhe o humor aquoso da câmara anterior e o envia para a corrente sanguínea através das veias ciliar anterior).
A coroideia faz parte da membrana músculo-vascular, tal como o corpo ciliar e a íris. A coroideia representa os 2/3 posteriores da referida membrana e situa-se entre a esclerótica e a retina, sendo essencialmente constituída por vasos. Apresenta duas superfícies, uma externa (castanha e que está aplicada na face interna da esclerótica através da lâmina fusca, de vasos e nervos) e interna (lisa e negra e que está relacionada com a retina, sem aderir a ela). A coroideia é perfurada pelo orifício do nervo ótico, que faz a continuação do orifício posterior da esclerótica. Alguns feixes de tecido conjuntivo das camadas mais superficiais da coroideia penetram nas fibras do nervo ótico e constituem o plano mais anterior da lâmina crivada. O limite anterior da coroideia é uma linha circular e sinuosa, a Ora Serrata, onde a coroideia se continua com o Corpo Ciliar.
A última membrana da parede do olho a abordar é a retina, a mais interna das três e a qual recobre toda a face interna da membrana músculo-vascular. Esta divide-se em duas partes, anterior e posterior, pois ao nível da ora serrata apresenta uma mudança brusca de espessura. A parte anterior, ou retina ciliar, recobre a face posterior da íris, e faces ântero e póstero-internas do corpo ciliar. A parte posterior, ou retina propriamente dita, é uma membrana sensorial, fina, transparente e rosada e tem uma face externa, aplicada mas não aderente à coroideia, e uma face interna, também relacionada mas não aderente ao corpo vítreo. Na face interna da retina distinguem-se duas zonas: a papila (ligeiramente à frente do orifício do nervo óptico), que constitui o ponto de convergência das fibras óticas da retina que se unem para formar o nervo óptico, constituindo o ponto em que o nervo e artéria central da retina penetram na retina; e a fóvea central ou mácula, que é uma depressão localizada no pólo posterior do olho.
Preenche todo o espaço da cavidade ocular atrás do cristalino (câmara vítrea). Na sua porção anterior tem uma depressão, a fossa pattelaris, devido à convexidade da face posterior do cristalino. Em volta do cristalino relaciona-se com o corpo ciliar e, posteriormente, adere debilmente à superfície interna da retina. O corpo vítreo é constituído por uma membrana, a membrana hialoideia, e por uma massa gelatinosa, o humor vítreo.
O humor vítreo é atravessado por um canal, o canal hialoideu, de Stilling ou de Cloquet, que vai do pólo posterior do cristalino até à papila, dando passagem à artéria hialoideia, ramo da artéria central da retina, que nutre a rede vascular peri-cristalina durante o desenvolvimento fetal do cristalino e que, posteriormente, atrofia.
Córnea
Artérias, Veias e Linfáticos: é avascular, sendo nutrida pelo humor aquoso da câmara anterior do olho.
Nervos: nervos ciliares (provenientes do nervo nasal).
Esclerótica
Artérias: artérias ciliares curtas posteriores e artérias ciliares anteriores.
Veias: anteriormente, veias ciliares anteriores, e, posteriormente, veias coroideias, que acabam por confluir para as veias vorticosas.
Linfáticos: não tem.
Nervos: nervos ciliares (provenientes do nervo nasal).
Expansões conjuntivais – Vão das bainhas musculares dos músculos rectos ao fundo-de-saco da conjuntiva e à conjuntiva palpebral. Expansão palpebral do reto inferior – Membrana que se liga à face inferior da baínha muscular do reto inferior, terminando no bordo inferior do tarso palpebral. Responsável pelo abaixamento da pálpebra inferior quando o reto inferior movimenta o olho para baixo. Expansões orbitárias – São cinco e ligam o rebordo orbitário aos músculos retos e pequeno oblíquo. As expansões orbitárias do reto externo e do reto interno são mais desenvolvidas designando-se, respetivamente, de asa externa (da face externa da baínha do reto externo até ao rebordo da parede externa da órbita) e asa interna (da face interna da baínha do reto interno e termina na crista lacrimal ungueal). E.O. reto superior – face superior da baínha do reto superior e divide-se em três porções: média (face inferior da baínha do elevador da pálpebra superior, sendo que a sua função consiste em levantar a pálpebra superior quando o reto superior se contrai para girar o globo ocular); Lateral interna; Lateral externa E.O. reto inferior – Tem origem na face inferior da baínha do reto inferior. Apresenta três porções: média (termina na baínha do pequeno oblíquo); Lateral interna (une-se ao bordo inferior da asa interna); Lateral externa (une-se ao bordo inferior da asa externa) E.O. pequeno oblíquo – bordo anterior da baínha do pequeno oblíquo até à parede orbitária FUNÇÃO DAS EXPANSÕES: Limitar o movimento dos músculos que fixam ao rebordo orbitário e impedir a compressão do globo ocular pelo músculo que se contrai.
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