9976 – Mega Sampa – A Antiga Rodoviária


O Terminal Rodoviário da Luz foi o principal terminal rodoviário da cidade de São Paulo até o ano de 1982, quando foi construído o Terminal Rodoviário Tietê. Ficava localizado na Praça Júlio Prestes, na região da Luz, no centro de São Paulo.

rodoviária da duque

Havia intenção, no início dos anos 1950, de se fazer uma estação rodoviária em São Paulo na região da Luz, mas em pleno Parque da Luz, ideia que acabaria rejeitada. O terminal de passageiros da Luz, com dezenove mil metros quadrados , foi inaugurado em 25 de janeiro de 1961, próximo às estações ferroviárias da Luz e Júlio Prestes, centralizando o transporte intermunicipal da cidade na mesma região. A obra foi construída durante a gestão do governador Ademar de Barros, pela parceria dos empresários Carlos Caldeira Filho e Octávio Frias de Oliveira com a prefeitura de São Paulo. Destacavam-se em sua arquitetura o chafariz no hall central e as pastilhas coloridas nas paredes internas, que foram eliminados quando o local foi reformado para abrigar um shopping, anos mais tarde. A rodoviária foi um dos primeiros locais na cidade a receber aparelhos de televisão em cores, na primeira metade dos anos 1970, o que atraiu muitos interessados em assistir a jogos de futebol.
Já no primeiro mês de funcionamento moradores do bairro de Campos Elísios, no entorno da estação, reclamara de um suposto aumento na criminalidade da região e do “trânsito infernal”. Os 2,5 mil ônibus que passavam diariamente pela rodoviária chegavam a levar até uma hora para percorrer um trecho que não chegava a ter duzentos metros. Para aliviar o trânsito da região, em outubro de 1977 a CMTC transferiu diversos pontos de ônibus que ficavam na Praça Júlio Prestes para o Terminal Princesa Isabel, a duas quadras da estação.”O terminal urbano da Praça Júlio Prestes afetava diretamente a circulação dos ônibus de transporte intermunicipal e interestadual”, explicou à época o presidente do Sindicato das Empresas de Transporte de Passageiros do Estado de São Paulo. Dois meses depois houve outra tentativa de aliviar o trânsito na região, com a abertura de uma rua particular que dava aos ônibus acesso direto às plataformas 21 a 25.
Para o urbanista Jorge Wilheim, em entrevista publicada no Jornal da Tarde em 2010, faltou planejamento: “Historicamente, rodoviárias já contribuem pela degradação da região. Depois, com a desativação, houve uma estrutura ociosa de hotéis e bares que se tornaram alvo fácil para a degradação da área.” Com o crescimento da cidade e o aumento considerável do transporte rodoviário de passagem pela cidade, a Rodoviária da Luz tornou-se saturada. Assim, em 1977 foi inaugurado o Terminal Intermunicipal Jabaquara, para descentralizar as operações. Em 9 de maio de 1982 o governador Paulo Maluf inaugurou o novo terminal de passageiros, o Tietê, desativando o antigo. Após a desativação da estação o prédio foi vendido a um grupo de empresários e no local passou a funcionar a partir de 1988, o shopping popular Fashion Center Luz.
Em 2007 o governador José Serra anunciou que iria desapropriar o antigo prédio para a instalação de um centro cultural público, com a inclusão de um teatro e uma escola de dança. O projeto de construção do Complexo Cultural Luz, que já foi alvo de críticas do Instituto de Arquitetos do Brasil, é a principal obra com o objetivo de recuperar a região da Luz, conhecida como “Cracolândia”, tem orçamento de seiscentos milhões de reais — o dobro do custo inicial estimado — e abrigará o Teatro da Dança de São Paulo. O teatro deverá ter três teatros, incluindo um com capacidade para 1 750 pessoas e ainda será a sede do Centro de Estudos Musicais Tom Jobim e da São Paulo Companhia de Dança.
O prédio foi desocupado já em 2007, mas a demolição só começou em 12 de abril de 2010, e prevê-se que as obras começarão em janeiro de 2011, com inauguração do complexo em 2014. As obras ficaram interrompidas por cerca de um mês no segundo semestre, por causa de uma liminar impetrada por uma das empresas que perderam a licitação para a demolição.

O trânsito era ruim, mas a velha rodoviária dava “vida” ao centro que hoje se encontra deteriorado.

9975 – Psitacose, a doença dos papagaios


psitacose

Ataca não só os papagaios como também, periquitos, canários, pombos, patos e outras aves, mas que também é transmissível ao homem.
Também conhecida como ornitose ou febre dos papagaios, é uma doença infecciosa causada por clamídias (agente etiológico: Chlamydia psittaci), é de distribuição universal (pode ocorrer em qualquer lugar do mundo), ocorrendo em qualquer época do ano.
Aves, principalmente os psitacídeos (papagaios, araras, periquitos), são o reservatório natural da doença, todavia, outras espécies como pombos, perus e gansos também podem atuar como reservatório. Algumas espécies de mamíferos (caprinos e ovinos) podem ser afetadas. Atualmente, conhece-se mais de 130 espécies de aves que podem ser hospedeiras da bactéria. Acomete principalmente pessoas que mantêm contato direto com esses animais (trabalhadores de abatedouros de aves, trabalhadores de lojas de animais e criadores de aves).
A psitacose é transmitida por via respiratória, por meio da aspiração de poeira contaminada pelos dejetos de animais doentes ou portadores. A transmissão respiratória de pessoa a pessoa pode acontecer, mas é um evento raro e ocorre somente na fase aguda da doença. Uma vez no corpo do infectado, permanece incubada por um período de uma a quatro semanas e o período de transmissibilidade pode durar semanas ou meses.
Sintomas característicos são febre, prostração, tosse, cefaléia e calafrios, acompanhados de comprometimento das vias aéreas superiores e inferiores, porém os pacientes com psitacose podem apresentar, ainda, epistaxe e esplenomegalia com quadro pulmonar semelhante a uma pneumonia atípica.
Essa infecção, geralmente, é leve ou moderada no homem adulto, rara em crianças e mais grave em idosos que não recebem o tratamento adequado. Complicações podem surgir mas não são muito freqüentes (encefalopatia, hepatites, tromboflebite superficial, endocardite, pericardite e miocardite).
O diagnóstico é clínico-epidemiológico e sorológico, através da reação de fixação do complemento e/ou “Elisa”. Títulos aumentados em quatro vezes entre a fase aguda e a convalescença, conseguidos com intervalo de duas a três semanas entre cada coleta, confirmam o diagnóstico. O isolamento do agente infeccioso no sangue ou em secreções é de difícil execução e é realizado somente em laboratórios especializados.
Para o tratamento em adultos é recomendado doxiciclina, via oral, 100 mg de 12/12horas por um período de 14 a 21 dias. Já para menores de 07 anos, usa-se eritromicina, via oral, 30–40 mg/kg/dia de 6/6horas. A sintomatologia começa a regredir após 24/48 de tratamento.
Foi descrita pela primeira vez no ano de 1893 por Morange que descreveu uma patologia infecciosa transmitida por papagaios e com quadro sintomático semelhante ao da gripe. Psitacose deriva da palavra grega psitaccus que significa papagaio. O termo ornitose descreve com maior exatidão o potencial que qualquer ave possui de transmitir a doença, porém, ainda hoje, o termo psitacose persiste.

9974 – História da Fórmula 1 – Carlos Reutemann


carlos routeman

Carlos Alberto Reutemann (Santa Fé, 12 de abril de 1942) é um ex-piloto de Fórmula 1, argentino. Foi vice-campeão em 1981 perdendo o campeonato por 1 ponto para o brasileiro Nelson Piquet na última prova, o GP de Las Vegas. Após abandonar as pistas, entrou para a política, tendo sido eleito governador da Província de Santa Fé.
Em sua passagem pela Fórmula 1, teve atritos históricos com seu companheiro de equipe Alan Jones.
Curiosidades: Carlos Reutemann tinha o apelido de El Lole, era assim que ele era chamado carinhosamente em seu país natal por seus fanáticos torcedores.

9973 – Desenvolvimento – Programa Água para Todos


água p todos

Decreto Nº 7.535 de 26 de julho de 2011
Art. 1o Fica instituído o Programa Nacional de Universalização do Acesso e Uso da Água – “ÁGUA PARA TODOS”, destinado a promover a universalização do acesso à água em áreas rurais para consumo humano e para a produção agrícola e alimentar, visando ao pleno desenvolvimento humano e à segurança alimentar e nutricional de famílias em situação de vulnerabilidade social.

água na seca

A iniciativa do Programa Água Para Todos é do Ministério da Integração Nacional, como parte das ações previstas do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC). A finalidade é a de universalizar o acesso ao uso da água a partir do repasse de recursos federais para ações que garantam acesso à água para as comunidades rurais cujos habitantes se encontram em situação de vulnerabilidade social.
A Secretaria do Desenvolvimento Agrário do Ceará e o Ministério da Integração Nacional vão liberar na segunda-feira (26) recurso para financiar 151 projetos de abastecimento de água do Água para Todos. No total serão investidos R$ 29,1 milhões, e 6.391 famílias serão beneficiadas.
Com os projetos, as famílias terão água de qualidade nas residências e não dependerão mais de outras fontes de abastecimento, segundo o Governo do Estado. “As famílias beneficiadas não precisarão mais carregar latas d’água na cabeça, abastecer suas residências com água de carros pipa, além de diminuir os riscos de contaminação por doenças que tenham como veículo a água”, afirma o coordenador de Programas e Projetos Especiais da SDA, Wanderley Guimarães.

9972 – Audiotecnologia – O que é um alto-falante full range?


arlem

Há diversos tipos de alto-falante, cada um para uma faixa de frequência, os tweeters são para os agudos, as altas frequências, os woofers e e subwoofers são para os graves, os midi-range são para os médios, a frequência intermediária em que se inclui a da voz humana. Tem também coaxiais, são alto-falantes duplos, woofer com um tweeter no núcleo; os tri-axiais que consiste em um único alto-falante com os 3 sistemas, para todas as frequências, muito usados em pequenos sistemas de som para automóvel.

Já os FullRange : (toda faixa), muito utilizado antigamente, pois era uma solução barata para reproduzir a música do rádio AM, mas é muito fraco em potência e na qualidade, pois não existe falante que consiga reproduzir toda a faixa de frequência audível (20 a 20KHz) ao mesmo tempo. Normalmente composto por cone de papel e borda rígida (não é de espuma emborrachada) Seu tamanho varia de 3″ a 6″. Também existe aqueles com difusor de agudos, um cone menor no centro do falante com o objetivo de reproduzir melhor as altas frequências. Era muito usado nas antigas caixas amplificadas, aquelas que se ligava o radinho de pilha, o gravador de fita “tijolinho” pra dar mais potência.

Tweeter: Para as frequências agudas de 2kHz a 20kHz. Seu material vem evoluindo muito para tornar seu som o mais natural possível (papel, alumínio, cristal, derivados do plástico, niobium, neodímio, titânio, etc) Os feito com neodímio ou com materiais mais novos são os que possuem melhor timbre/som. São pequenos, variando de 0,5″ a 3″ (normalmente tweeters profissionais que aguentam grande potência)

MidBass: Especificamente projetada para reproduzir frequências média-graves, em torno de 100Hz a 5KHz. Possui borda de borracha para melhor reproduzir as frequências graves, parecido com o Subwoofer. Tamanho entre 5″ a 8″.
MidRange: Para frequências médias de 200Hz a 5KHz que pertence a praticamente todos os instrumentos musicais. Geralmente de 3 a 4″.
Coaxial: compostos por dois falantes em uma mesma carcaça. Composto por um cilindro central de ferro que une o woofer com o tweeter que está acima, junto com o tweeter está ligado um capacitor para deixar passar somente as altas frequências. Seu tamanho varia de 3″ a 6×9″. Possui borda de borracha. Atualmente temos coaxiais profissionais de 12″ e 15″ mas ao invés de tweeter temos uma corneta.
Cornetas: Para reprodução de frequência médias a agudas. Composto por cone de plástico ou metal que pode ser separado de seu corpo principal (driver, podemos dizer que este é o ímã e bobina que gera o som na corneta).
Triaxiais e Quadriaixiais: Compostos por 3 e 4 falantes respectivamente numa mesma carcaça para a reprodução de sons graves, médios e agudos. É uma opção barata para substituir um kit composto por falantes separados. Cada falante é produzido para funcionar melhor em cada faixa de frequência, optimizando o conjunto, (woofer para graves, mid-range para médios, tweeter para agudos e super-tweeter para “super” agudos (agudos próximos a 12KHz)) Seu tamanho varia de 5″ a 6×9″.
SubWoofers: Falantes específicos para reproduzir sons muito graves abaixo de 120Hz. Seu tamanho varia de 8″ a 21″. São pesados e por isso é necessário muita potência para fazê-los funcionar, de 100W a 1500W RMS. Por trabalhar em baixa frequência, e comprimento de onda de som muito grande (baixa frequência) é necessário utilizar caixas acústicas para evitar o cancelamento de onda ( o som que sai por trás do sub cancela o som que sai pela frente ) Possui grande borda de borracha para ter grande deslocamento do cone.
Woofer: Muito parecido com o subwoofer sendo a principal diferença a faixa de frequência trabalhada, em torno de 100Hz a 1KHz. Possui borda rígida, seu tamanho varia de 5″ a 18″.

9971 – Cidades Brasileiras – Milagre de São Francisco?


No sertão do nordeste, a aridez sempre rivalizou com o sonho de fazer da caatinga um enorme pomar que tirasse seus habitantes da miséria.
No extremo oeste de Pernambuco e norte da Bahia isso está virando realidade.
Nos anos 60, o Vale do São Francisco ganhou a atenção dos militares, que viram a região como um centro de energia e produção de alimentos. Foi quando começaram os projetos de irrigação com a água do Rio São Francisco. O núcleo da mudança foi Petrolina em Pernambuco. Hoje, em volta dela se cultiva 1 milhão de toneladas de frutas, com safras avaliadas em 1,3 bilhão de dólares. a fruticultura transformou não só a paisagem, mas a vida de 800 mil pessoas que trabalham no setor. Um hectare plantado de uva rende 60 vezes mais que a mesma área destinada á pecuária e emprega 6 vezes mais. nas últimas décadas tem se intensificado a produção de vinhos.
Siamesas, Petrolina e Juazeiro se nutrem da economia da irrigação. Separadas apenas por uma ponte, as 2 cidades crescem juntas. Faltam vagas na rede hoteleira e os voos que operam para lá quase sempre estão lotados, sinal do elevado movimento de investidores e técnicos agrícolas que percorrem os municípios que compõem o chamado perímetro irrigado. A prefeitura de Petrolina investe 1 milhão de reais na implantação de pontos de acesso sem fio e gratuito à Internet. edifícios de luxo são erguidos nas duas margens do Rio São Francisco.

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Com o melhor índice de saneamento básico do Nordeste, Petrolina conta com 95% de coleta de esgoto e 100% de tratamento do que é coletado.
Petrolina foi reconhecida como a maior rede hoteleira da região turística do sertão do São Francisco e do Pajeú, contando com 2.115 leitos, distribuídos em 24 hotéis; diversos restaurantes, bares, centros comerciais, hospitais, Universidades e cursos de Turismo em níveis técnico e superior, segundo um estudo de competitividade realizado pelo Ministério do Turismo, Fundação Getúlio Vargas e o Sebrae Nacional.

9970 – Ondas de calor podem diminuir cultivo de alimentos no futuro


Ondas de calor podem desestabilizar o abastecimento de comida no mundo, por afetar as plantações de milho, trigo e soja. Essa foi a constatação de um estudo publicado no periódico Environmental Research Letters. O trabalho é o primeiro a estimar o impacto do aumento de temperatura e da emissão de dióxido de carbono nessas culturas.
Pesquisas recentes sobre o assunto já mostraram, por exemplo, que mudanças climáticas podem reduzir a produção de milho em escala global, mas nenhuma havia calculado os efeitos das ondar de calor, que, segundo o novo estudo, podem dobrar as perdas na colheita. “Temperaturas extremas podem afetar todas as fases do plantio, mas principalmente o período de floração da planta”, diz a coordenadora do estudo, Delphine Deryng, da Universidade de East Anglia, na Inglaterra. “Nesse estágio, temperaturas extremas podem levar à esterilidade do pólen e à redução da produção de sementes, diminuindo a produtividade da plantação.”
No novo estudo, os pesquisadores simularam, com ajuda de um software Pegasus, 72 mudanças climáticas que poderiam ocorrer no século XXI e observaram qual seria a produtividade das plantações em cada uma das condições. A pesquisa também identificou as áreas em que as ondas de calor seriam esperadas e que causariam maiores danos à colheita. Algumas das mais afetadas são cruciais para a produção agrícola, como o cinturão do milho nos Estados Unidos. “Políticas para controlar as mudanças climáticas poderiam reduzir os riscos de ocorrer calor extremo que ameaça a safra mundial”, diz Delphine.
Para avaliar os resultados, os cientistas descartaram o efeito da fertilização por gás carbônico, que consiste em aumentar de 40 a 50% os níveis do gás em áreas delimitadas de plantio. Isso pode ajudar as plantas a gerenciar melhor o uso da água e desenvolver maior tolerância aos períodos de seca. O processo, estimam os pesquisadores, deverá ser bastante utilizado no futuro, e reduzirá as perdas no caso da soja e do trigo.

9969 – Medicina – A Pneumonia


pneumonia

É uma doença inflamatória no pulmão—afetando especialmente os sacos de ar microscópicos (alvéolos)—associada a febre, sintomas no peito e falta de espaço aéreo (consolidação) em uma radiografia de tórax. A pneumonia é geralmente causada por uma infecção, mas há uma série de outras causas. Os agentes infecciosos são: bactérias, vírus, fungos e parasitas.
Os sintomas típicos incluem tosse, dor torácica, febre e dificuldade para respirar. As ferramentas de diagnóstico incluem raios-X e exame de escarro. Vacinas para prevenir alguns tipos de pneumonia estão disponíveis. O tratamento depende da causa fundamental com presunção de pneumonia bacteriana podendo ser tratada com antibióticos.
Embora a pneumonia tenha sido considerada por William Osler, no século XIX, “a campeã da morte dos homens”, o advento da terapia com antibióticos e vacinas, no século XX, tem trazido melhores resultados no que se refere a sobrevivência. Entretanto, no terceiro mundo e entre os muito idosos, os muito jovens e os doentes crônicos, a pneumonia continua a ser uma das principais causas de morte.
Pneumonite refere-se a inflamação pulmonar, pneumonia refere-se a pneumonia infecciosa, geralmente devido à infecção, mas às vezes não, que tem a característica adicional de consolidação pulmonar. Pneumonia pode ser classificada de várias maneiras. É mais comumente classificada por onde ou como ela foi adquirida (adquirida na comunidade, aspiração, associada com cuidados de saúde, hospital e por ventilação), mas também pode ser classificada pela área do pulmão afetada (pneumonia lobar, broncopneumonia e pneumonia intersticial aguda) ou pelo organismo causador. Pneumonia em crianças pode ainda ser classificadas com base em sinais e sintomas como não-graves, graves ou muito graves.

Os sintomas mais comuns da pneumonia são febre de 39°C a 40°C,suor frio, calafrios, respiração rápida e curta, tosse com catarro amarela ou esverdeada, sendo que em alguns tipos de pneumonia, a tosse pode vir seca ou sem catarro, dores no peito ou no tórax, além de problemas para respirar,13 diarreias, vômitos, náuseas e fadiga. Febre, no entanto, não é muito específica, já que ocorre em muitas outras doenças comuns, e podem estar ausentes em pacientes com doença grave ou desnutrição. Além disso, uma tosse é frequentemente ausente em crianças com menos de 2 meses de idade. Sintomas mais graves podem incluir: cianose central, diminuição de sede, convulsões, vômitos persistentes, ou uma diminuição do nível de consciência.
Algumas causas de pneumonia estão associados com clássicas, mas não específicas, características clínicas. Pneumonia causada pela Legionella pode ocorrer com dor abdominal, diarreia ou confusão, enquanto a pneumonia causada por Streptococcus pneumoniae está associada com expectoração com cor enferrujada, e a pneumonia causada por Klebsiella pode ter expectoração com sangue, muitas vezes descrita como “geleia de groselha”.
As pessoas que tem mais tendência de contrair pneumonia são idosos com mais de 65 anos, bebês, crianças pequenas, pessoas que tem outros problemas de saúde, como diabetes, doença hepática crônica, estado mental alterado, desnutrição, alcoolismo, pessoas que tem o sistema imunológico frágil por causa da aids, transplante de órgãos ou quimioterapia. Também correm risco de pegar pneumonia pessoas com doenças pulmonares, como asma, enfisema e também pessoas que têm dificuldade de tossir, sofreram derrames, fizeram ou fazem uso de sedativos e pessoas com mobilidade limitada.

A pneumonia bacteriana é tratada por antibióticos e, dependendo do caso, pode ser tratado com internação. Em casos mais graves, uma internação é necessária na Unidade de Tratamento Intensivo, conhecida como UTI. As medicações podem ser tanto via oral ou por injeções, aplicadas na veia ou no músculo.
Além das medicações, como auxiliar no tratamento, pode ser usada a fisioterapia respiratória. Os fisioterapeutas podem utilizar vibradores no tórax, exercícios respiratórios e tapotagem, que é a percussão do tórax com os punhos, para retirar as secreções que estão dentro dos pulmões e fazendo com que o paciente possa ser curado mais rapidamente.19
Em caso de pneumonias virais, o tratamento é só de suporte. Ela é tratada com dieta adequada, oxigênio, caso seja necessário e medicações para dor e febre. Em casos de pneumonias causadas por fungos, antimicrobianos específicos são utilizados.

Vacinação é eficaz para prevenir certos tipos de pneumonias bacterianas e virais em crianças e adultos.
Vacinas contra a gripe são modestamente eficazes contra influenza A e B.20 21 O Centro de Controle e Prevenção de Doenças (CDC) recomenda que todos que tem seis meses de idade ou mais se vacinarem anualmente. Quando um surto de gripe está ocorrendo, medicamentos, tais como amantadina, rimantadine, zanamivir, e oseltamivir pode ajudar a prevenir a gripe.
Vacinações contra a Haemophilus influenzae e Streptococcus pneumoniae têm boas evidências para apoio do seu uso. Vacinação de crianças contra a Streptococcus pneumoniae também leva a uma diminuição da incidência destas infecções em adultos, pois muitos adultos adquirem infecções das crianças. A vacina contra a Streptococcus pneumoniae também está disponível para adultos, e ela foi encontrada para diminuir o risco de doença invasiva pneumocócica.
Adequadamente o tratamento de doenças subjacentes (como AIDS) pode diminuir o risco de ter pneumonia.

Existem várias maneiras de prevenir pneumonia em recém-nascidos. Testes para mulheres grávidas encontrarem Streptococcus do grupo B e Chlamydia trachomatis, e dando o tratamento com antibióticos, se necessário, reduz a pneumonia em crianças. Aspiração da boca e da garganta de recém-nascidos com líquido amniótico diminui a taxa de pneumonia por aspiração.
Em 2008, pneumonia ocorreu em, aproximadamente, 156 milhões de crianças (151 milhões nos países em desenvolvimento e 5 milhões nos países desenvolvidos).20 Isso resultou em 1,6 milhões de mortes, ou 28-34% de todas as mortes em menores de cinco anos de idade, dos quais 95% ocorreram nos países em desenvolvimento.14 20 Países com o maior fardo da doença incluem: Índia (43 milhões), China (21 milhões) e Paquistão (10 milhões).29 É a principal causa de morte entre crianças em países de baixa renda.20 28 Muitas dessas mortes ocorrem no período neonatal. A Organização Mundial da Saúde estima que, uma em cada três mortes de bebês recém-nascidos, são devido à pneumonia.30 Cerca de metade destas mortes são evitáveis​​, teoricamente, já que elas são causadas ​​pelas bactérias para as quais existe uma vacina eficaz disponível.

9968 – Anatomia – O Olho Humano


olhocorte

Tem diâmetro antero-posterior de aproximadamente 24,15 milímetros, diâmetros horizontal e vertical ao nível do equador de aproximadamente 23,48 milímetros, circunferência ao equador de 75 milímetros, pesa 7,5 gramas e tem volume de 6,5 cm³.
O globo ocular recebe este nome por ter a forma de um globo, que por sua vez fica acondicionado dentro de uma cavidade óssea e protegido pelas pálpebras. Possui em seu exterior seis músculos que são responsáveis pelos movimentos oculares, e também três camadas concêntricas aderidas entre si com a função de visão, nutrição e proteção. A camada externa é constituída pela córnea e a esclera e serve para proteção. A camada média ou vascular é formada pela íris, a coróide, o cório ou uvea, e o corpo ciliar. A camada interna é constituída pela retina que é a parte nervosa.
Existe ainda o humor aquoso que é um líquido incolor e que existe entre a córnea e o cristalino. O humor vítreo é uma substância gelatinosa que preenche todo o espaço interno do globo ocular também entre a córnea e o cristalino. Tudo isso funciona para manter a forma esférica do olho.
O cristalino é uma espécie de lente que fica dentro de nossos olhos. Está situado atrás da pupila e orienta a passagem da luz até a retina. A retina é composta de células nervosas que levam a imagem através do nervo óptico para que o cérebro as interprete.
Não importa se o cristalino fica mais delgado ou espesso, estas mudanças ocorrem de modo a desviar a passagem dos raios luminosos na direção da mancha amarela. À medida que os objetos ficam mais próximos o cristalino fica mais espesso, e para objetos a distância fica mais delgado a isso chamamos de acomodação visual.
O olho ainda representa, as pálpebras, as sobrancelhas, as glândulas lacrimais, os cílios e os músculos oculares. A função dos cílios ou pestanas é impedir a entrada de poeira e o excesso da luz. As sobrancelhas também têm a função de não permitir que o suor da testa entre em contato com os olhos.
Membrana conjuntiva é uma membrana que reveste internamente duas dobras da pele que são as pálpebras. São responsáveis pela proteção dos olhos e para espalhar o líquido que conhecemos como lágrima.
O líquido que conhecemos como lágrimas são produzidos nas glândulas lacrimais, sua função é espalhar esse líquido através dos movimentos das pálpebras lavando e lubrificando o olho.
O ponto cego é o lugar de onde o nervo óptico sai do olho. É assim chamada porque não existem, no local, receptores sensoriais, não havendo, portanto, resposta à estimulação. O ponto cego foi descoberto pelo físico francês Edme Mariotte (1620 – 1684).
O bulbo do olho humano pode ser dividido em três túnicas: externa, média e interna.

funcionamento_do_olho_humano

Esclera: tecido conjuntivo denso, pouco vascularizado, opaco, branco.
Córnea: transparente, muito inervada, nutrida pelo humor aquoso, e é subdivida em 5 camadas;3 camadas celulares e duas membranas que separam essas camadas:
epitélio anterior estratificado pavimentoso não queratinizado (5 a 6 camadas celulares)
membrana de Bowmann: membrana vermelha acelular, constituídas por fibras colágenas do tipo I. Da sustentação ao epitélio anterior.
estroma: formado por mais ou menos 200 camadas de fibras colágenas.
membrana de Descemente: membrana basal do epitélio posterior, camada acelular homogênea que separa a substancia própria do endotélio.
epitélio posterior simples pavimentoso.

No olho, a luz atravessa a córnea, o humor aquoso , o cristalino e o humor vítreo e se dirige para a retina, que funciona como o filme fotográfico em posição invertida; a imagem formada na retina também é invertida.
O nervo óptico transmite o impulso nervoso provocado pelos raios luminosos ao cérebro, que o interpreta e nos permite ver os objetos nas posições em que realmente se encontram.
Nosso cérebro reúne em uma só imagem os impulsos nervosos provenientes dos dois olhos.
A capacidade do aparelho visual humano para perceber os relevos deve-se ao fato de serem diferentes as imagens que cada olho envia ao cérebro. Com somente um dos olhos, temos noção de apenas duas dimensões dos objetos: largura e altura. Com os dois olhos, passamos a ter noção da terceira dimensão, a profundidade.
A cor dos olhos é uma característica poligênica e é determinada pelo tipo e quantidade de pigmentos na íris do olho. Os humanos e os animais têm muitas variações fenotípicas na cor dos olhos.3 Nos olhos humanos, essas variações de cores são atribuída a diversos rácios de melanina produzido por melanócitos na íris.2 O colorido brilhante dos olhos de muitas espécies de aves estão em grande parte determinados por outros pigmentos, como pteridinas, purinas, e carotenóides.

A esclerótica, juntamente com a córnea, constitui a membrana mais externa do olho, a membrana fibrosa ou externa. A esclerótica constitui os 5/6 posteriores desta membrana e tem uma superfície externa, lisa e branca, que possui as inserções tendinosas dos músculos motores do olho, e apresenta vários orifícios, nomeadamente, posteriores, da zona equatorial e anteriores. Quanto aos orifícios posteriores, encontramos na parte mais interna do olho, o orifício do nervo ótico (que possui, anteriormente, a lâmina crivada, através da qual passam os feixes do nervo ótico e da artéria central da retina) e orifícios em redor da lâmina crivada, que rodeiam o orifício do nervo ótico e que são para as veias e artérias ciliares curtas e longas posteriores e para os nervos ciliares. Na zona equatorial da membrana existem 4 orifícios à mesma distância uns dos outros e que são atravessados pelas veias vorticosas. Em relação aos orifícios anteriores, são mais pequenos e situam-se em torno da córnea, dando passagem aos vasos ciliares anteriores. A esclerótica está unida à Coroideia (da membrana músculo-vascular) através de uma lâmina de tecido celular laxo rica em pigmentos, a Lâmina Fusca, o que confere à superfície interna da esclerótica uma cor acastanhada. A esclerótica continua-se, anteriormente, com a córnea, designando-se esta região de Limbo Esclero-Corneano (é uma zona talhada em bisel atrás da qual se encontra o Canal de Schlemmm ou Seio Venoso da Esclerótica, que recolhe o humor aquoso da câmara anterior e o envia para a corrente sanguínea através das veias ciliar anterior).

cor dos olhos

A coroideia faz parte da membrana músculo-vascular, tal como o corpo ciliar e a íris. A coroideia representa os 2/3 posteriores da referida membrana e situa-se entre a esclerótica e a retina, sendo essencialmente constituída por vasos. Apresenta duas superfícies, uma externa (castanha e que está aplicada na face interna da esclerótica através da lâmina fusca, de vasos e nervos) e interna (lisa e negra e que está relacionada com a retina, sem aderir a ela). A coroideia é perfurada pelo orifício do nervo ótico, que faz a continuação do orifício posterior da esclerótica. Alguns feixes de tecido conjuntivo das camadas mais superficiais da coroideia penetram nas fibras do nervo ótico e constituem o plano mais anterior da lâmina crivada. O limite anterior da coroideia é uma linha circular e sinuosa, a Ora Serrata, onde a coroideia se continua com o Corpo Ciliar.
A última membrana da parede do olho a abordar é a retina, a mais interna das três e a qual recobre toda a face interna da membrana músculo-vascular. Esta divide-se em duas partes, anterior e posterior, pois ao nível da ora serrata apresenta uma mudança brusca de espessura. A parte anterior, ou retina ciliar, recobre a face posterior da íris, e faces ântero e póstero-internas do corpo ciliar. A parte posterior, ou retina propriamente dita, é uma membrana sensorial, fina, transparente e rosada e tem uma face externa, aplicada mas não aderente à coroideia, e uma face interna, também relacionada mas não aderente ao corpo vítreo. Na face interna da retina distinguem-se duas zonas: a papila (ligeiramente à frente do orifício do nervo óptico), que constitui o ponto de convergência das fibras óticas da retina que se unem para formar o nervo óptico, constituindo o ponto em que o nervo e artéria central da retina penetram na retina; e a fóvea central ou mácula, que é uma depressão localizada no pólo posterior do olho.
Preenche todo o espaço da cavidade ocular atrás do cristalino (câmara vítrea). Na sua porção anterior tem uma depressão, a fossa pattelaris, devido à convexidade da face posterior do cristalino. Em volta do cristalino relaciona-se com o corpo ciliar e, posteriormente, adere debilmente à superfície interna da retina. O corpo vítreo é constituído por uma membrana, a membrana hialoideia, e por uma massa gelatinosa, o humor vítreo.
O humor vítreo é atravessado por um canal, o canal hialoideu, de Stilling ou de Cloquet, que vai do pólo posterior do cristalino até à papila, dando passagem à artéria hialoideia, ramo da artéria central da retina, que nutre a rede vascular peri-cristalina durante o desenvolvimento fetal do cristalino e que, posteriormente, atrofia.
Córnea

Artérias, Veias e Linfáticos: é avascular, sendo nutrida pelo humor aquoso da câmara anterior do olho.
Nervos: nervos ciliares (provenientes do nervo nasal).
Esclerótica

Artérias: artérias ciliares curtas posteriores e artérias ciliares anteriores.
Veias: anteriormente, veias ciliares anteriores, e, posteriormente, veias coroideias, que acabam por confluir para as veias vorticosas.
Linfáticos: não tem.
Nervos: nervos ciliares (provenientes do nervo nasal).

Expansões conjuntivais – Vão das bainhas musculares dos músculos rectos ao fundo-de-saco da conjuntiva e à conjuntiva palpebral. Expansão palpebral do reto inferior – Membrana que se liga à face inferior da baínha muscular do reto inferior, terminando no bordo inferior do tarso palpebral. Responsável pelo abaixamento da pálpebra inferior quando o reto inferior movimenta o olho para baixo. Expansões orbitárias – São cinco e ligam o rebordo orbitário aos músculos retos e pequeno oblíquo. As expansões orbitárias do reto externo e do reto interno são mais desenvolvidas designando-se, respetivamente, de asa externa (da face externa da baínha do reto externo até ao rebordo da parede externa da órbita) e asa interna (da face interna da baínha do reto interno e termina na crista lacrimal ungueal). E.O. reto superior – face superior da baínha do reto superior e divide-se em três porções: média (face inferior da baínha do elevador da pálpebra superior, sendo que a sua função consiste em levantar a pálpebra superior quando o reto superior se contrai para girar o globo ocular); Lateral interna; Lateral externa E.O. reto inferior – Tem origem na face inferior da baínha do reto inferior. Apresenta três porções: média (termina na baínha do pequeno oblíquo); Lateral interna (une-se ao bordo inferior da asa interna); Lateral externa (une-se ao bordo inferior da asa externa) E.O. pequeno oblíquo – bordo anterior da baínha do pequeno oblíquo até à parede orbitária FUNÇÃO DAS EXPANSÕES: Limitar o movimento dos músculos que fixam ao rebordo orbitário e impedir a compressão do globo ocular pelo músculo que se contrai.

9967 – Novo dinossauro com aparência de galinha dá pistas sobre evolução de seu grupo


dinossaro galinha

Uma nova espécie de dinossauro anunciada já figura entre mais estranhas registradas. Não por acaso, ela foi apelidado de “galinha do inferno” pelo grupo de cientistas que a descobriu.
A alcunha deve-se à aparência do bicho e ao local de seu descobrimento, a formação Hell Creek (riacho do inferno, em inglês).
O novo dinossauro já está contribuindo para compreender melhor a evolução de seu grupo. Ele fazia parte dos chamados oviráptores (“ladrões de ovos”), que são bem documentados em sítios da Ásia, mas até agora não haviam sido identificados de forma tão detalhada na América do Norte.
O animal, que viveu aproximadamente de 66 milhões de anos atrás, tinha um jeitão de galinha gigante. Do bico à ponta da cauda, eram cerca de três metros de comprimento. Para completar o visual, uma crina adornava o topo de sua cabeça. Os cientistas também acreditam que ele tivesse penas no corpo.
O formato das patas dianteiras, com garras afiadas nas pontas, é um sinal de que o ele provavelmente era bom de briga.
A área do “riacho do inferno”, que se espalha entre os Estados da Dakota do Sul e da Dakota do Norte, é conhecida por ter também fósseis de dinossauros mais “famosos”, como o Tiranossauro rex e o tricerátopo.
Os fósseis usados para descrever a nova espécie foram encontrados ao longo de anos de pesquisa na região.
Na última década, os pesquisadores encontraram partes de três esqueletos desses dinossauros, mas até agora não se sabia que se tratava de uma nova espécie.
Juntos, os três exemplares permitem reconstruir com grande nível de detalhamento praticamente todo o esqueleto da espécie, que foi batizada de Anzu wyliei.
“Nós brincávamos chamando essa coisa de ”galinha do inferno’, o que eu acho que é muito apropriado. Então, nós a batizamos em homenagem a Anzu, um demônio em forma de pássaro da mitologia antiga”, disse em comunicado Matthew Lamanna, do Museu de História Natural Carnegie em Pittsburgh, autor principal do trabalho, publicado na revista “Plos One”.
Uma réplica articulada do Anzu já está disponível para a visitação no Museu de História Natural Carnegie.

9966 – Primeiro Tubarão Inseminado Artificialmente Nasce no Aquário de Melbourne


primeiro-tubarao

Do Discovery para o Mega

O Aquário de Melbourne, na Austrália, anunciou o nascimento do primeiro tubarão inseminado artificialmente, fruto de um projeto que visa preservar espécies ameaçadas por meio da reprodução assistida.
O filhote de tubarão-bambu (Chiloscyllium punctatum) nasceu no dia 3 de março, encerrando um processo que começou em setembro, quando os aquaristas coletaram uma amostra de sêmen em Mooloolaba, no nordeste da Austrália. O sêmen foi enviado para Melbourne e inseminado na fêmea no mesmo dia. Segundo o aquário, o filhote é o primeiro tubarão concebido in vitro a nascer de uma amostra de sêmen fresco.
Segundo Rob Jones, veterinário do aquário, o nascimento do filhote de 16 centímetros – que deve atingir entre 1,2 e 1,5 metros de comprimento quando adulto – foi um marco na utilização de tecnologias de reprodução assistida.
“Este é um grande salto”, afirmou. O nascimento é o resultado de um projeto de nove anos que estuda os comportamentos reprodutivos dos tubarões, animais comuns na Austrália, mas pouco compreendidos em todo o mundo.
A equipe espera que a pesquisa ajude a criar planos de manejo para espécies criticamente ameaçadas, sobretudo o tubarão-lixa (Ginglymostoma cirratum). Calcula-se que restem apenas 1.500 exemplares na costa leste da Austrália.
O ovo, um dos vários depositados pela fêmea em novembro, mas o único viável, foi monitorado semanalmente durante o período de incubação de 112 dias. “A cada tentativa de inseminação, continuamos a aprender sobre os comportamentos reprodutivos das espécies australianas de tubarão”, declarou o consultor de pesquisa do aquário, Jon Daly. “Esperamos usar essa tecnologia para reproduzir tubarões-lixa em cativeiro e aumentar sua população nos próximos anos”.
Os tubarões são um uma ameaça conhecida a banhistas, mergulhadores e surfistas em todo o litoral do país, e estão sujeitos a um abate polêmico nos estados do oeste, depois de uma série de ataques fatais nos últimos anos. A política de capturar e matar qualquer tubarão-branco, tigre ou cabeça-chata com mais de três metros nas populares praias da costa oeste foi condenada por conservacionistas.