Mega Polêmica – Papa sinaliza aliança entre religiões contra casamento gay


Mega Memória Ano de 2012

O papa Bento 16, indicando o desejo do Vaticano de forjar alianças com outras religiões contra o casamento gay, disse que a família estava ameaçada “em seus fundamentos” por tentativas de mudar a sua “verdadeira estrutura”.
O papa fez a sua mais recente denúncia do casamento gay em um discurso de Natal para os funcionários do Vaticano, em que ele misturou religião, filosofia, antropologia e sociologia para ilustrar a posição da Igreja Católica Romana.
Ele colocou todo o peso em um estudo realizado pelo rabino-chefe da França sobre os efeitos que a legalização do casamento gay teria sobre as crianças e a sociedade.
“Não há como negar a crise que ameaça em seus fundamentos –especialmente no mundo ocidental”, disse o papa, acrescentando que a família tinha de ser protegida porque é “o autêntico ambiente para se entregar o plano da existência humana”.
O papa de 85 anos de idade, falando no Salão Clementine do Palácio Apostólico do Vaticano, afirmou que a família estava sendo ameaçada por “uma compreensão falsa da liberdade” e um repúdio ao compromisso de toda a vida do casamento heterossexual.
“Quando tal compromisso é repudiado, as figuras-chave da existência humana igualmente desaparecem: pai, mãe, filho — elementos essenciais da experiência de ser humano são perdidos”, disse o líder de 1,2 bilhão de católicos do mundo.
O Vaticano partiu para a ofensiva em resposta às vitórias do casamento gay nos Estados Unidos e Europa, utilizando todas as oportunidades possíveis para denunciá-lo através de discursos papais ou editoriais em seu jornal ou na sua rádio.

Aliança religiosa
Em alguns países, a Igreja Católica uniu forças localmente com judeus, muçulmanos e membros de outras religiões para se opor à legalização do casamento gay, em alguns casos com argumentos baseados em análises jurídicas, sociais e antropológicas, em vez de ensinamentos religiosos.
Significativamente, o papa elogiou especificamente como “profundamente comovente” um estudo feito pelo rabino-chefe da França, Gilles Bernheim, que se tornou tema de acalorado debate no país.
Bernheim, também um filósofo, argumenta que grupos de direitos homossexuais “irão utilizar o casamento gay como um cavalo de Tróia” em uma campanha mais ampla para “negar a identidade sexual e apagar as diferenças sexuais” e “minar os fundamentos heterossexuais da nossa sociedade”.

Seu estudo, “Casamento Gay, Paternidade e Adoção: O que muitas vezes esquecemos de dizer”, argumenta que os planos de legalizar o casamento gay estão sendo feitos para “o lucro exclusivo de uma pequena minoria” e são muitas vezes apoiados por causa do politicamente correto.
Em seu próprio discurso nesta sexta-feira, o papa repetiu alguns dos conceitos do estudo de Bernheim, incluindo a afirmação de que crianças criadas por casais gays seriam mais “objetos” do que indivíduos.
No mês passado, os eleitores nos Estados norte-americanos de Maryland, Maine e Washington aprovaram o casamento homossexual, na primeira vez em que os direitos do casamento foram estendidos a casais do mesmo sexo pelo voto popular.
Uniões do mesmo sexo foram legalizadas em seis Estados e no Distrito de Columbia pelos legisladores e pelos tribunais.
Também em novembro, a mais alta Corte da Espanha confirmou uma lei do casamento gay, e na França o governo socialista anunciou um projeto de lei que permitiria o casamento gay.

Religião – Que homens já foram considerados Messias, antes e depois de Jesus?


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Praticamente todas as grandes religiões do mundo têm uma figura messiânica, que virá para combater o mal e a injustiça, restaurando o paraíso sobre a Terra. A palavra “Messias” deriva do termo hebraico mashiah, que significava originalmente “ungido”, indicando alguém marcado na testa com óleo sagrado para realizar cerimônias religiosas. Com o passar do tempo, seu sentido passou a descrever uma figura semidivina que deveria vir à Terra para resgatar seu povo – um salvador. Para os judeus, ele deveria ser um rei descendente de Davi (que reinou no antigo Israel entre 1000 a.C. e 962 a.C.), com a missão de livrar os israelitas da opressão estrangeira e implantar um mundo de justiça e salvação. Quando o Novo Testamento foi escrito, em grego, no primeiro século da era cristã, a expressão mashiah foi traduzida como christos e tornou-se o título de Jesus – ou seja, dizer “Jesus Cristo” é o mesmo que dizer “Jesus, o Messias”. Mas, como dissemos no início, o conceito de Messias não se limita ao judaísmo e ao cristianismo. Veja a seguir alguns homens que, em épocas, culturas e lugares variados, foram considerados como encarnações do Messias.

Exército da salvação
Todas as maiores religiões possuem figuras equivalentes ao Messias
JESUS

RELIGIÃO – Cristianismo

ÉPOCA – Século 1
De início, foi reconhecido como Messias por grupos judeus que viram nele a encarnação de profecias do Velho Testamento, apontando para a vinda de um salvador. Mais tarde, ao pregar a existência de um mundo mais justo onde todos poderiam ser salvos por mérito próprio, foi considerado Messias por seus seguidores, que dariam origem a uma nova religião, o cristianismo.

SIDARTA GAUTAMA

RELIGIÃO – Budismo

ÉPOCA – Séculos 6 e 5 a.C.
Conhecido como Buda Sakyamuni (“o sábio do clã Sakya”), foi um líder espiritual no que hoje é o Nepal. Abandonou a vida nobre para buscar a salvação da humanidade. Séculos mais tarde, influências da religiosidade chinesa fizeram com que Sidarta fosse representado como um homem gordo – mas ele vivia como mendigo.

IBN TUMART

RELIGIÃO – Islamismo

ÉPOCA – Século 12
A religião aceita a existência de um líder com inspiração divina, o mahdi. Nascido em 1080 no atual Marrocos, Ibn Tumart foi reconhecido como mahdi por seus seguidores ao pregar uma rigorosa doutrina jurídica e religiosa baseada no estudo cuidadoso do livro sagrado, o Alcorão. Não há desenhos dele porque o islamismo veta a veneração de imagens.

KRISHNA

RELIGIÃO – Hinduísmo

ÉPOCA – Século 5 a.C.
Embora sua existência real seja controversa, Krishna teria sido um pastor que viveu no que hoje é a Índia, tendo dedicado sua vida inteira à luta para proteger a virtude e expulsar da Terra os espíritos do mal. Foi reconhecido como Messias por várias correntes do hinduísmo e também pelos adeptos da RELIGIÃO – bahaísta, nascida no atual Irã.

SIMÃO BAR KOKHBA

RELIGIÃO – Judaísmo

ÉPOCA – Século 2
Líder de um movimento político que virou revolta contra os ocupantes romanos de Jerusalém, foi reconhecido como Messias e rei pelos principais rabinos do judaísmo da ÉPOCA – por seu papel na luta contra a opressão. Deflagrou uma guerra contra os romanos entre 133 e 135, mas foi morto, e seu movimento acabou derrotado.

Boa notícia: estudo afirma que cérebro adulto produz novos neurônios


neurologia
A formação de novos neurônios no cérebro adulto era uma hipótese com pouca viabilidade científica, mas um estudo revolucionário comprovou que ela é real.
O responsável pelo estudo, Attila Losonczy, lembra que, ao iniciar sua carreira na medicina, em 2008, a primeira coisa que escutou foi aquela famosa teoria que afirmava que “os neurônios são as únicas células que não se regeneram. Os que temos são os que existem e se os perdemos, nunca mais teremos novos neurônios.”
Hoje, a ciência já sabe que essa afirmação está totalmente errada e que até um terço de nosso cérebro é capaz de produzir novos neurônios continuamente. Inicialmente, foi descoberto que isso acontece no hipocampo, onde se acredita que a memória é formada.
Indo muito mais adiante, o estudo realizado pelo Centro Médico da Universidade de Columbia, nos EUA, conseguiu captar em imagens a formação de novos neurônios no cérebro de ratos vivos, por meio da combinação de várias técnicas de microscopia ótica – ou seja, uma verdadeira revolução científica.
Além disso, o estudo estabeleceu que a formação de novos neurônios é vital para a aprendizagem e formação da memória, ao menos no cérebro dos ratos. A descoberta poderá ajudar a tratar diversos problemas psiquiátricos, como a depressão, o estresse e casos de ansiedade.

Neurologia – Lembranças perdidas do Alzheimer podem ser recuperadas, afirma estudo


O que acontece com tudo o que um portador de Alzheimer vive e esquece imediatamente?
São informações apagadas para sempre? Essa pergunta, que atormenta milhões de familiares e amigos de pacientes com essa doença, pode ter uma resposta menos obscura do que se imaginava.
Um estudo, realizado por Susumu Tonegawa, Prêmio Nobel de Medicina em 1987, indica que essas lembranças se formam e são armazenadas no cérebro, embora a pessoa não consiga acessá-las.
Um experimento realizado em ratos doentes revelou que essas recordações poderão ser recuperadas. Os ratos possuíam mais terminais de neurônios que antes do experimento. Os cientistas já haviam constatado que, nos ratos com Alzheimer, o conjunto de neurônios que guarda uma recordação possuía menos terminais que os dos ratos saudáveis.
“Trata-se de uma prova de conceito. Isso significa que quando uma lembrança parece ter desaparecido, na verdade, ela ainda está presente. A questão é como acessá-la e recuperá-la”, explicou Susumu Tonegawa. “É possível que, no futuro, seja desenvolvida uma tecnologia para ativar ou desativar com mais precisão as células localizadas nas regiões profundas do cérebro, como o hipocampo ou o córtex entorrinal”.

Psicologia – Por que alguns relacionamentos não engrenam, segundo a ciência


amor
Segundo um estudo publicado recentemente noPersonality and Social Psychology Bulletin, não importa o quanto você aprecie as qualidades do seu amor: sempre focamos no lado negativo dos nossos parceiros. De acordo com pesquisadores de cinco universidades, é muito natural procurar traços de personalidade no outro que sejam motivo suficiente para a relação não ir pra frente.
Para chegar a esta conclusão, os estudiosos entrevistaram mais de 6.500 pessoas para descobrir o que procuram em relações sexuais, românticas e de amizade, além de saber o que cada pessoa considera mais importante nesses relacionamentos.
Naturalmente, as coisas do coração são bastante subjetivas. Por exemplo: algumas pessoas consideram impulsividade uma qualidade positiva, enquanto outros discordam. Segundo a pesquisa, as razões mais comuns para uma relação não engrenar envolvem falta de atração, estilo de vida pouco saudável, personalidade difícil, diferenças religiosas, status social limitado e objetivos diferentes em um relacionamento.
Essa descoberta aponta que pessoas valorizam mais os pontos negativos da personalidade do outro, podendo inclusive apagar os pontos positivos. Outro ponto considerado na pesquisa é que mulheres tendem a enxergar os pontos negativos com mais força do que os homens.
Um dos autores da pesquisa, Gregory Webster, explica: “temos uma tendência, em geral, de reter e reagir com mais força as informações negativas do que as positivas. Coisas que podem nos machucar são mais importantes do que as que podem nos ajudar”.

Engenhoca de pneu é a nova aposta para conter zika


pneu zika
Diante da crescente epidemia de zika, a melhor forma de combate é a prevenção. Eliminar os focos de água parada é a principal recomendação dos agentes públicos contra o Aedes aegypt, transmissor de zika, febre amarela, dengue e chikungunya. Mas um novo método se aproveita da facilidade de encontrar pneus nos lixos de todo o mundo e do potencial de proliferação dos mosquitos dentro deles justamente para barrar a reprodução dos insetos.
Batizada de Ovillanta, a engenhoca é bastante simples: metade de um pneu velho com uma válvula de escape no meio. O pneu é preenchido por água e uma solução leitosa com o cheiro dos próprios mosquitos para atrair as fêmeas. Esse feromônio, criado pela Universidade Laurentia, no Canadá, funciona como um chamariz para os insetos depositarem seus ovos sobre tiras de papel ou madeira que flutuam no interior do pneu.
As tiras são retiradas duas vezes por semana e os ovos, destruídos com álcool ou fogo. Depois disso, a solução chama-mosquito é filtrada através da válvula do fundo do pneu e volta a ser utilizada – com o passar do tempo, o feromônio fica mais forte e atrai ainda mais fêmeas a largarem seus ovos na armadilha – em vez de botá-los em outros lugares, onde as larvas vingariam.
Os testes foram feitos por 10 meses em sete bairros da cidade guatemalteca de Sayaxché, onde os pesquisadores do México e do Canadá coletaram e destruíram mais de 18 mil ovos de mosquito com 84 Ovillantas. Eles observaram que depois da colocação das armadilhas não foram registrados novos casos de dengue na região.

O revolucionário projeto de viagem interestelar apoiado por Stephen Hawking


astrofisica estrela
O físico Stephen Hawking anunciou apoio a um projeto que pretende enviar uma pequena nave espacial – do tamanho de um chip usado em equipamentos eletrônicos – para uma viagem interestelar daqui a uma geração.
O veículo viajaria trilhões de quilômetros, muito mais distante do que qualquer outra nave.
Um programa de pesquisa de US$ 100 milhões (cerca de R$ 350 milhões) para o desenvolvimento das “naves estelares” do tamanho de pequenos chips eletrônicos foi lançado pelo milionário Yuri Milner e apoiado pelo fundador do Facebook, Mark Zuckerberg.

A viagem interestelar tem sido um sonho para muitos, mas ainda enfrenta muitas barreiras tecnológicas. Entretanto, Hawking disse à BBC News que a fantasia pode ser realizada mais cedo do que se pensa.
“Para que nossa espécie sobreviva, precisamos finalmente alcançar as estrelas”, disse. “Os astrônomos acreditam que haja uma chance razoável de termos um planeta parecido com a Terra orbitando um estrelas no sistema Alfa Centauri. Mas saberemos mais nas próximas duas décadas por intermédio de dados dos nossos telescópios na Terra e no espaço”.

Ainda de acordo com Hawking, “os avanços tecnológicos das últimas duas décadas e os avanços futuros tornarão (a viagem interestelar) possível dentro de uma geração”.
O físico está apoiando um projeto da Fundação Mr. Milner’s Breakthrough, uma organização privada que financia iniciativas de pesquisas científicas consideradas muito ambiciosas por fundos governamentais.

A organização reuniu um grupo de cientistas especialistas no assunto para avaliar a possibilidade de desenvolver naves espaciais capazes de viajar para outros sistemas estelares dentro de uma geração e ainda enviar informações de volta à Terra.
O sistema estelar mais próximo está distante 40 trilhões de quilômetros. Com a tecnologia disponível atualmente, chegar lá levaria cerca de 30 mil anos.

O grupo concluiu que com um pouco mais de pesquisa e desenvolvimento seria possível projetar uma aeronave espacial que reduziria esse tempo para somente 30 anos.
“Eu disse anteriormente que até poucos anos atrás viajar para outras estrelas nesse tipo de velocidade seria impossível”, disse o cientista Pete Worden, que lidera o projeto. Ele é o presidente da Fundação Breakthrough Prize e ex-diretor do centro de pesquisas Nasa Ames, no Vale do Silício, na Califórnia.

“Mas o grupo de especialistas descobriu que, por causa dos avanços em tecnologia, parece haver um conceito que pode funcionar”.

Esse conceito é reduzir o tamanho da aeronave para o de um chip usado em equipamentos eletrônicos. A ideia é lançar milhares dessas “mininaves” na órbita da Terra. Cada um teria um navegador solar.
Seria como uma vela em um barco – mas o sistema seria impulsionado pela luz, em vez de vento. Um laser gigante na Terra daria a cada uma das naves um poderoso empurrão que as ajudaria a alcançar 20% da velocidade da luz.
Tudo isso soa como ficção científica, mas Yuri Milner acredita que é tecnicamente possível desenvolver essa nave espacial e chegar a outro sistema estelar ainda nos próximos anos.

“A história humana tem grandes saltos. Há exatos cinquenta anos, Yuri Gagarin se tornou o primeiro homem no espaço. Hoje estamos nos preparando para o próximo salto: as estrelas”, disse o milionário.

Mas antes de projetar naves espaciais capazes de chegar a outras estrelas, há muitos problemas a serem superados.
Uma prioridade é desenvolver câmeras, instrumentos e sensores em miniatura capazes de caber em um chip, assim como projetar um navegador solar forte o suficiente para ser atingido por um laser poderoso por vários minutos e encontrar uma forma de captar imagens e informações do novo sistema estelar para serem enviados de volta à Terra.
O professor Martin Sweeting, pesquisador do Centro espacial de Surrey, na Inglaterra, e presidente da empresa de engenharia espacial especializada em pequenos satélites Surrey Satellite Technology, quer se envolver no projeto.
Ele fundou a empresa há 30 anos e foi responsável pela redução de custo e de tamanho dos satélites.

“Muito do que fizemos nos anos 80 foi considerado muito maluco, mas agora pequenos satélites estão na moda. Esse projeto (de viagem interestelar) parece uma ideia de maluco, mas novas tecnologias surgiram e agora isso não é mais maluquice, é só difícil”, disse ele à BBC News.
Andrew Coates, do laboratório de ciência espacial Mullard, que é parte da Universidade de Londres, concorda que o projeto é desafiador, mas não impossível.
“Teríamos muitas dificuldades a resolver, como mecanismos de resistência à radiação espacial e ao ambiente empoeirado, a sensibilidade dos instrumentos, a interação entre o poder dos lasers que impulsionariam as naves e atmosfera da Terra, a estabilidade na nave espacial e o fornecedor de energia”, afirma.
Mas, segundo ele, “devemos olhar com atenção para esse conceito se realmente quisermos alcançar outro sistema estelar dentro de uma geração”.
Stephen Hawking acredita que o que antes era um sonho distante pode e deve se tornar uma realidade dentro de três décadas.
“Não há alturas mais altas a serem alcançadas do que as estrelas. Não é sábio manter todos os novos ovos em uma cesta frágil”, disse ele. “A vida na Terra enfrenta perigos astronômicos como asteroides e supernovas”.

Mega Byte -Tudo o que você precisa saber sobre os limites da internet fixa


internet fixa limite
Você já deve estar sabendo: as operadoras de internet brasileira estão planejando começar a impor franquias limitadas na internet fixa, como já acontece com a internet móvel. O Mega está acompanhando as notícias através da mídia e traz as últimas informações.
O que é o limite?
Atualmente, os planos de internet móvel são limitados. Depois de consumir um volume X de dados (seja por download ou upload, acessando sites, baixando ou fazendo streaming de músicas e vídeos), previamente acertados em contrato com a operadora, a sua internet é cortada ou tem a velocidade severamente reduzida.
Esta é a intenção das operadoras de internet fixa: limitar o acesso à internet depois que esse número X de gigabytes for atingido pelo consumidor. Isso pode ser feito por um bloqueio total ou uma redução drástica de velocidade, que força o usuário a pagar mais para retomar a normalidade.

Por que é prejudicial?
Se você usa internet no seu celular, já sabe qual é o problema. O usuário é forçado a mudar seus hábitos de consumo de internet, evitando determinados serviços como Netflix e YouTube para respeitar o limite de banda, sob pena de ter que pagar a mais por isso.
Este levantamento mostra em detalhes o quão prejudicial seriam os limites, que são profundamente restritivos mesmo nos planos mais caros. Quem baixa apenas um jogo de Xbox One, PS4 ou Steam pode estourar metade do limite em uma tacada só. Quem assiste a dois episódios de 50 minutos de um seriado na Netflix por dia pode superar o limite mensal SÓ COM NETFLIX.

Como as operadoras justificam a mudança?
As operadoras dizem que as franquias limitadas ajudam a dimensionar melhor as necessidades da rede e a fornecer uma experiência melhor para os assinantes.

Todas as operadoras estão nessa jogada?
Felizmente não. O movimento recente foi iniciado pela Vivo, mas ela não está sozinha. Na verdade, a NET já tem franquias previstas em contrato há muito mais tempo, desde 2004, só que a empresa não agia para bloquear a internet do cliente após o excedente, apenas reduz a velocidade, e os usuários são avisados por e-mail antes de atingir o limite. No entanto, boa parte dos consumidores nunca percebeu redução.
A Oi também tem um plano de franquia limitada, mas garante não impor limites ao usuário. A empresa diz que isso é um benefício promocional, o que significa que isso pode mudar a qualquer momento. Quando e se isso acontecer, os clientes serão avisados com 30 dias de antecedência.
São algumas das maiores empresas do ramo, mas não são todas.
A mais conhecida da lista é a Live TIM, que diz não ter planos de estabelecer limites.

Todos os brasileiros serão afetados?
Tudo depende do seu contrato. Os usuários NET e Oi em grande parte já têm a franquia prevista em contrato, então é só uma questão destas empresas começarem a impor as restrições.
No caso da Vivo, a situação já é mais complicada. A empresa começou a colocar os limites em contrato em fevereiro deste ano para ADSL e abril para fibra óptica. Quem assinar com a operadora a partir de agora já terá a franquia no contrato. A empresa diz que manterá a internet ilimitada até o fim de 2016 em caráter “promocional”, e começará a impor as restrições a partir de 2017.

Tenho um contrato antigo sem franquia. Serei afetado?
Em tese, não. Se o seu contrato não prevê franquia limitada, a empresa não pode impor os limites por estar ferindo um acordo previamente firmado entre as duas partes. No entanto, como acontece com todos os serviços, com o tempo o seu pacote de internet ficará caro demais para o que ele oferece. Quando você tentar entrar em contato com a operadora para tentar melhorar o seu plano, será necessário um novo contrato, já com a franquia inclusa.

Fibra óptica é a solução?
Não. Inicialmente, a Vivo havia anunciado as mudanças apenas para os clientes com internet ADSL, dando a ilusão de que os clientes da fibra óptica estariam livres, causando um pouco de confusão. No entanto, a empresa já afirmou que os usuários da fibra óptica também serão afetados. Os planos da NET de fibra também já preveem limites.
Isso dito, a Live TIM oferece serviço via fibra óptica, e a empresa repetidamente afirmou que impor limites não está nos planos.

Isso é legal?
As empresas dizem que sim; os órgãos de defesa ao consumidor afirmam que não. O Marco Civil da Internet garante alguns direitos que incluem a “não suspensão da conexão à internet, salvo por débito diretamente decorrente de sua utilização”.
No entanto, o regulamento da Anatel diz o contrário: “O art. 63. do Regulamento do Serviço de Comunicação Multimídia (banda larga fixa) prevê que o estabelecimento de franquias é possível e que a redução da velocidade é uma alternativa para a manutenção do serviço, caso o usuário não deseje efetuar pagamento adicional pelo consumo excedente”.
Assim, a decisão sobre a legalidade ou ilegalidade da medida ficará a cargo da Justiça. Os dois lados se apoiam em diferentes regras e leis.

A Anatel sabe disso?
Sim, sabe, e aparentemente não está fazendo nada para impedir, como foi possível ver no item anterior. Na verdade, a agência já previa os limites de franquia desde 2014, e nunca se mostrou contrária à medida.

Então o poder público não está fazendo nada?
Não necessariamente. Apesar de a Anatel, que é o órgão responsável pela regulamentação do setor, não se mostrar contra, o Ministério das Comunicações decidiu interceder. Em ofício encaminhado à agência, o ministro André Figueiredo pede que o órgão defenda os interesses dos consumidores contra práticas abusivas por parte das operadoras.

“Nós sabemos que existe uma previsão regimental da possibilidade de limitar essa franquia, mas contratos não podem ter uma alteração unilateral. A Anatel precisa tomar ações que protejam o usuário”, disse Figueiredo. Ainda de acordo com o ministro, o acesso livre à internet é um direito essencial defendido pelo governo federal.

Quem mais está fazendo algo contra isso?
Além das campanhas civis na internet, que tem ganhado muita força com a hashtag #internetjusta, vários órgãos de defesa ao consumidor estão de olho nas mudanças. A Proteste (Associação Brasileira de Defesa do Consumidor) e o Idec (Instituto Brasileiro de Defesa do Consumidor) já estão agindo contra a medida, dizendo que se trata de um ato ilegal. O Procon também já notificou as empresas para que elas deem explicações sobre os limites de internet.