Experimento da Nasa quer testar o plantio da batata em Marte


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Quando a Nasa disser que pretende levar astronautas a Marte na década de 2030, mande-a plantar batatas. Ou, pelo menos, é o que o Centro Internacional da Batata, no Peru, já está fazendo.
A organização se emparceirou com a agência espacial americana para realizar um experimento que criará uma plantação de batatas num ambiente simulado que se assemelhe ao planeta vermelho, ainda que aqui na Terra.
O solo será retirado do deserto Pampas de La Joya, no Peru, que os pesquisadores acreditam ser uma aproximação razoável do que existiria em Marte.
O material será colocado numa estufa fechada contendo uma versão da atmosfera marciana, composta por 95% de dióxido de carbono.
“Estou empolgado de colocar batatas em Marte e ainda mais que possamos usar um terreno marciano simulado saído de tão perto da área onde as batatas se originaram”, afirmou Julio Valdivia-Silva, pesquisador do Instituto SETI (instituto de busca por inteligência extraterrestre, na sigla em inglês), ligado à Nasa, que lidera a equipe científica do projeto.
Nativas de uma região na divisa do sul do Peru com o noroeste da Bolívia, as batatas são um dos alimentos mais nutritivos e calóricos que se pode plantar.
Por isso, podem ser uma importante fonte de energia para tripulações que tenham de passar longos períodos longe da Terra –como será o caso dos astronautas que no futuro explorarão Marte.
Aliás, uma plantação de batatas marciana foi exatamente a forma que o fictício astronauta Mark Whatney, interpretado pelo ator Matt Damon, encontrou para sobreviver no planeta vermelho, no filme “Perdido em Marte”.
Será que poderia funcionar também na vida real?

DESAFIOS
“Quando trabalhamos com simulação ambiental, é bem difícil mimetizar todas as condições ao mesmo tempo”, comenta Fabio Rodrigues, astrobiólogo do Instituto de Química da USP que não participa do estudo. “Por isso, é muito difícil prever o comportamento exato do objeto de estudo no ambiente real.”
Por exemplo, o trabalho do Centro Internacional da Batata com a Nasa não pretende simular os efeitos da radiação cósmica sobre as plantações –e em Marte, por conta da falta de um campo magnético global e da atmosfera rarefeita, isso pode ser um problema para plantações.

Projeto de arma contra ataques terroristas


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O mercado negro das armas coloca na mão de criminosos armas ilegais e sem registro. Diante desse problema que parece sem controle, Michael Recce, um ex-engenheiro da Intel, projetou uma das armas mais inteligentes já concebidas no início de 2000, que funciona somente nas mãos dos seus proprietários legais.
A tecnologia de Recce se baseia no chamado comportamento reflexivo. Nosso cérebro é organizado para executar determinadas tarefas sempre da mesma maneira, como, por exemplo, ao assinar um documento. Nós, inadvertidamente, aplicamos a mesma pressão, o mesmo toque, de uma forma única.
A tecnologia da Recce reconhece esses fatores individuais e, juntamente com a biometria, só permite o acionamento da arma nas mãos do seu proprietário. Com a ajuda do New Jersey Institute of Technology (NJIT), ele e alguns outros pesquisadores estão tentando desde então colocar a novidade no mercado, mas isso não tem sido uma tarefa fácil.
Os proprietários de armas alegam que o sistema de reconhecimento das armas inteligentes falha em situações de emergência. Eles dizem que uma arma que exige impressão digital do proprietário pode não alinhar quando a mão estiver tremendo – algo que pode ocorrer quando o dono estiver em uma situação tensa.
Contudo, os inventores alegam que esse recurso poderia ter impedido alguns massacres a escolas nos EUA, em que os atiradores usaram armas de terceiros para matar colegas, como foi o caso de Dylan Klebold e Eric Harris, que assassinaram 15 colegas em Columbine, em 1999.

Mega Byte – Processador que usa a luz no lugar da eletricidade é 50 vezes mais rápido


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Pesquisadores da Universidade do Colorado, nos Estados Unidos, criaram um processador que usa a luz no lugar da eletricidade para transmitir dados, o que o torna mais rápido. Em testes realizados em laboratório, o novo chip conseguiu atingir a velocidade de 300 Gbps, 50 vezes maior do que o normal.
Como funciona?
Os processadores tradicionais usam os circuitos elétricos para se comunicar uns com os outros e transferir informações. O problema é que para atingir uma velocidade alta, eles acabam consumindo muita energia elétrica.
Para solucionar a questão, os pesquisadores usaram a fotônica. De acordo com o estudo, enviar dados usando a luz no lugar da eletricidade reduz a carga de energia do chip porque a luz pode ser enviada a distâncias mais longas, usando a mesma energia.
“Os circuitos integrados baseados na luz podem levar a mudanças radicais na computação e rede de arquitetura de chip, em aplicações que vão desde smartphones, supercomputadores e até grandes centros de dados”, conta Miloš Popović, professor da universidade.

Mega (tera) Byte – Panasonic e Facebook criam disco que poderá armazenar até 1 TB


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A Panasonic pediu ajuda ao Facebook para desenvolver um novo sistema de armazenamento em larga escala e anunciou os resultados da parceria durante a CES, que acontece em Las Vegas: é um produto chamado freeze-ray.
Embora conte com uma capacidade de armazenamento que é, no mínimo, duas vezes superior à do Blu-ray, a Panasonic não posiciona o freeze-ray como um substituto – até porque o novo formato não tem o consumidor doméstico como alvo.
O freeze-ray entra na categoria do armazenamento “frio”, guardando arquivos que não são acessados constantemente. Por isso a parceria com o Facebook foi tão importante; com uma quantidade de arquivos impressionante sendo gerada a cada instante, a rede social precisa de soluções inteligentes para manter tudo isso minimamente disponível – aquela foto que você nem lembra que postou em 2009, por exemplo.
Atualmente o Facebook já está usando uma versão do Blu-ray com 100 GB e até o fim de 2016 pretende colocar em operação a segunda versão da tecnologia, que chega a 300 GB de capacidade. A meta, entretanto, é que os discos sejam capazes de armazenar entre 500 GB e 1 TB no futuro.

Maior fábrica de clonagem do mundo será feita na China


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Com um custo estimado de 500 milhões de dólares, a fábrica irá centrar-se essencialmente na produção de embriões de bovinos clonados para alimentação.
A instalação de 14.000 metros quadrados, conduzida pela empresa Boyalife Group, deverá produzir 100 mil embriões de bovinos por ano, inicialmente, pretendendo aumentar para 1 milhão, posteriormente, o que poderia torná-los responsáveis por 5% do mercado de gado, na China.
“A tecnologia de clonagem já está ao nosso redor. É que nem todo mundo sabe sobre isso. E eu posso garantir que a carne clonada é a mais saborosa que eu já provei”, disse Xu Xiaochun, CEO da empresa, ao jornal The New York Times.
De acordo com Xu, a produção de carne clonada irá ajudar a reforçar a indústria de comida chinesa, já que os agricultores locais se esforçam muito para produzir gado suficiente para atender a demanda do mercado. “Uma das razões por termos tanta carne de baixa qualidade é que nós não aplicamos tecnologia de clonagem. Esta é a única maneira de permitir que chineses e muitas outras pessoas no mundo possam desfrutar de carne bovina de alta qualidade, de uma maneira eficiente”, acrescentou Xu.
No entanto, além da produção de carne de bovino, a unidade está também pensando em realizar a clonagem de uma série de outros animais, incluindo cães farejadores, cães de estimação, e até mesmo cavalos de corrida. Seus criadores acreditam também que a fábrica de clonagem será benéfica para fins de conservação, podendo ajudar a salvar espécies ameaçadas de extinção. “Isso vai mudar o nosso mundo e nossas vidas. Poderá tornar nossa vida melhor. Portanto, estamos muito, muito animados com o projeto”, disse o presidente.
A clonagem de animais para a produção de carne e laticínios existe em outras partes do mundo, mas em escala muito menor. Em lugares como os EUA e o Reino Unido, a clonagem, muitas vezes, requer autorizações especiais ou é utilizada para fins de reprodução, em oposição à venda de alimentos.
Em níveis de produção em massa, no entanto, alguns estão céticos sobre o foco declarado da instalação, dizendo que o custo envolvido na clonagem pode não ser rentável para fabricação e venda de carnes. “Acho que a tecnologia de clonagem pode ser usada para espécies ameaçadas de extinção, mas não é muito necessária para a criação de animais. Eu não acho que isso será muito econômico, e duvido que este modelo vai decolar tão cedo”, opinou Ma Wenfeng, analista da Beijing Orient Agribusiness Consultant.