Megamix Ciência XII


Fungo – Pesquisadora americana descobriu que alguns fungos de plantas atuam tão intensamente que conseguem fazer a planta modificar a sua forma original.
Futurologia – Como seria a espécie humana se surgisse num futuro remoto quando o planeta já tivesse 9 milhões de anos? Uma especulação mostra que ela seria tão diferente o próprio mundo. Várias companhias japonesas de construção já lançaram diversos planos de cidades funcionais para o século 21.
Gagárin na pele dos 3 mosqueteiros – O astronauta russo só tomou conhecimento de que seria o primeiro homem a cruzar o espaço a caminho do foguete e, antes de fechar a porta deu o famoso grito dos 3 mosqueteiros: Um por todos e todos por um!
Galáxia – Imagens obtidas pelo telescópio Hubble parecem indicar que as galáxias dotadas de braços espirais estão sumindo do universo. A análise destas estão revelando espantosa face oculta, muito mais intrigante que a parte visível, formada por estrelas e gases brilhantes.
Galileu – A antena de transmissão de dados da sonda espacial ficou emperrada por erro na lubrificação do mecanismo.
Galo – Se forma porque a cabeça está cheia de vasos sanguíneos e linfáticos. Com a pancada eles se rompem formando saliência de líquido na superfície.
Gambá – Possui glândulas localizadas perto do ânus que secretam um líquido malcheiroso quando se sente ameaçado.
Everest, o monte – Desde que o neozelandês Edmund
Hillary chegou ao pico da montanha mais alta da Terra, milhares de expedicionários tentaram imita-lo. Poucos conseguiram e quase todos contribuíram para transformar a lendária montanha num depósito de lixo.
Expectativa de vida – Cresceu segundo dados do Banco Mundial.
Loja – Uma em SP é especializada em quinquilharias como um alarme eletrônico que emite latidos de cachorro, pulseiras anti-ronco e capacete com Brake-light.
Extintor de incêndio – O de gás carbônico afasta o oxigênio da área que está queimando e apaga o fogo, e deve ser usado para apagar incêndios em equipamento elétrico. O de espuma, além do oxigênio, também elimina o calor e é usado em líquidos.
Flatulência – Um estudo que foi indicado para o Ig-Nobel revelou que na Austrália, os homens emitem mais gases intestinais que as mulheres.
Espelho – A superstição de que quebrar espelho dá 7 anos de azar começou com um estranho hábito dos gregos que por volta do século VI AC iniciaram um método de adivinhação chamado catoptromancia.

Uma esperança para os diabéticos


A doença é provocada por uma reação injusta do sistema imunológico que destrói as células beta do pâncreas, estas produzem insulina, um hormônio essencial para a absorvição da glicose. O culpado pode ser o glutamato descarboxiliase, uma proteína conhecida como GAD. Observando ratos com pre-disposição ao diabetes, cientistas notaram que eles têm moléculas do GAD na região do pâncreas. Sob determinado ângulo, tais moléculas se assemelham a um vírus que ataca o órgão. Os pesquisadores injetaram GAD nos ratos antes que os primeiros sinais da doença se manifestassem. A idéia era ensinar o sistema imunológico a reconhecer a proteína e parece ter dado certo, pois nenhum deles desenvolveu a doença. Resta agora os testes com seres humanos. 

A Maior Explosão Antes da Era Atômica


Em 6 de dezembro de 1917, um acidente quebrou a rotina da cidade de halifax, no Canadá. As 8h45, dois cargueiros colidiram. O francês Mont Blanc carregava mais de 2500 toneladas de explosivos. Um incêndio ocorreu no convés e o navio queimou por 20 minutos e depois explodiu como uma imensa granada. Fragmentos incandescentes voaram em todas as direções, destruindo 1630 casas e matando 1700 pessoas. A explosão foi estudada pelo físico americano JR Openheimer, que mais tarde contribuiria para fabricar uma explosão ainda maior: a da primeira bomba atômica.

Vida Após a Morte


Explicação farmacológica: As experiências seriam causadas pelas drogas terapêuticas administradas ás pessoas no momento da morte. Exemplo: A ketamina é um anestésico com efeitos colaterais dissociativos porquê durante a indução o paciente pode se tornar insensível não só a dor, mas também ao ambiente como um todo. Porém, em alguns casos não houve administração de nenhuma droga.
Explicação Fisiológica: O suprimento de oxigênio fica diminuído ou interrompido durante a morte clínica. Há hipoxia ou anoxia. Os fenômenos percebidos poderiam representar uma espécie de último hausto compensatório do cérebro que morre. Quando há hipoxia, ocorre a sensação de bem estar e um sentido de poder, surgindo ilusões e alucinações. Um cardiologista afirmou que nos casos estudados o nível de oxigênio no cérebro foi medido na ocasião da parada cardíaca e que mesmo pessoas com um suprimento suficiente de oxigênio para manter o cérebro em funcionamento normal, disseram ter passado pela experiência.
Hipótese da despersonalização: Nessa hipótese, segundo os autores, há perda de identidade do ego, sensação de estranheza, o mundo objetivo e as próprias ações lhe parecem distantes, vagas e irreais ou ilusórias. É um mecanismo em pacientes sob tratamento psiquiátrico que tenta defender-se de alguma sensação ou visão desagradável. Não deve ser confundido com estados mentais de alucinações autoscópica.
Explicação Psicológica: A idéia de, através do isolamento alcançar o renascimento espiritual é parte de muitas culturas orientais. Através de toda a história, místicos e xamãs procuraram a solidão dos desertos para seu crescimento espiritual.

006-Salvando o Ozônio


A história dos CFCs, gases devoradores de ozônio pode ter solução. Tidos como maravilha tecnológica de 1001 utilidades e virtualmente nenhuma contra indicação. Sem cor, nem cheiro, não reativos nem tóxicos, não inflamáveis, de baixo custo, o CFCs ajudaram a popularizar os refrigeradores domésticos nos quais circulam dentro das serpentinas que envolvem o congelador. Há 30 anos pesquisadores da Universidade da Califórnia descobriram que tais compostos tem a nefasta propriedade de corroer a camada de ozônio que se concentra a cerca de 30 mil metros acima da superfície terrestre. Na estratosfera o ozônio funciona como um filtro que defende o planeta dos raios ultravioletas do Sol, capazes de provocar câncer de pele, calcula-se que esse escudo está 5% menor e diminuindo mais depressa de que se imaginava. Por culpa dos CFCs, gênero químico que inclui 20 espécies. A descoberta em meados dos anos 80 de que uma devastação no ozônio sobre a Antártida vinha ocorrendo ciclicamente a cada primavera, abrindo ali um buraco. Iniciou uma corrida para a busca de um gás inofensivo que possa substituí-lo na indústria. O malfeitor é o cloro. Na atmosfera uma série de reações químicas desencadeadas por peculiares condições ambientais liberam o cloro, este reage com o ozônio, cuja molécula é formada por 3 átomos de oxigênio. Dessa mistura resulta um ozônio empobrecido com 2 átomos de oxigênio, incapaz de bloquear o excesso de raios ultravioletas. Um único átomo de cloro consegue acabar com 10 mil átomos de ozônio. Sobem aos céus todo ano 75 mil toneladas de CFC. Desde 1978, primeiro nos EUA, depois nas outras nações, derivados do petróleo vem substituindo o gás nos sprays. São misturas de butano e propano, sem o odor de enxofre que caracteriza outra de suas aplicações, o gás de cozinha. Nas espumas de sofás, colchões e assentos de carros, o CFC funciona como agente de expansão, criando no interior desses produtos, as bolhas que os fazem ficar macios. Os produtos alternativos se dividem em 2 categorias. A primeira é a dos hidrofluorcarbonos CHCFCs ou o CFC com dose de hidrogênio. O HCFC 123 é um forte candidato a substituir o convencional, mas procura-se um substituto ideal do ponto de vista industrial, pois seu custo pode ser até 5 vezes maior. A Du Pont gastou até pouco tempo 240 milhões de dólares no desenvolvimento de alternativas aos CFCs.

O mar mais sujo do mundo


Estudo calcula que todo ano milhões de toneladas de detritos são lançados nas praias da Itália, da França e da Espanha
Berço da civilização ocidental, o Mar Mediterrâneo banha 21 países e abriga praias e enseadas paradisíacas que atraem nada menos que 200 milhões de turistas por ano. Uma pesquisa recente conduzida pela Universidade de Exeter, na Inglaterra, e pela entidade ambientalista Greenpeace mostra que o Mediterrâneo ostenta também uma credencial nada louvável – ele é o mais poluído dos mares do planeta . Para quem acha que jogar lixo na praia é coisa de Terceiro Mundo, uma surpresa: a sujeira mais visível do Mediterrâneo é justamente aquela produzida pelo turismo.
O estudo calcula que todo ano 15 milhões de toneladas de detritos – principalmente garrafas e outras embalagens plásticas – são lançados nas areias e nas águas azuis das praias da Itália, da França e da Espanha. Cerca de 30% desses detritos permanecem visíveis na superfície e os demais 70% são responsáveis por um enorme estrago na fauna. Focas e tartarugas confundem os objetos plásticos com alimentos e os transformam em refeições fatais. Calcula-se que 50 000 focas morram por ano dessa forma, número dez vezes superior ao das que são capturadas por caçadores.
Com 46 000 quilômetros de costa densamente ocupados, o Mediterrâneo sofre também com 9 milhões de toneladas de resíduos industriais e domésticos não tratados que chegam a suas águas todo ano. Nas cidades litorâneas da Itália, apenas 63% da população está conectada a redes de tratamento de esgoto. Já a Grécia contribui com 70% da poluição por produtos químicos utilizados na agricultura, lançados em rios que deságuam no Mediterrâneo. Os 220 000 navios que fazem rota em suas águas despejam nelas anualmente 630 000 toneladas de petróleo, provenientes tanto de acidentes como de operações de carga e descarga.
Qualquer solução para tornar o Mediterrâneo menos poluído esbarra nas enormes diferenças econômicas e culturais dos países que ele banha. Uma legislação para evitar a poluição dos rios que nele deságuam, por exemplo, teria de ser aprovada por nações tão díspares quanto Líbia e França, Espanha e Argélia. A Unep, agência da ONU para questões ambientais, mantém um plano de ação para combater a sujeira no Mediterrâneo, mas encontra dificuldade em conseguir dados oficiais de diversos países sobre as atividades que geram poluição. Enquanto o plano não avança, torce-se para que os turistas façam sua parte.

África: Fome e Guerra



Um continente assediado pela fome. Pelas estatísticas recentes, as cifras desse flagelo não param de crescer, tornando-se mais graves e mais preocupantes. A cada ano, 27 milhões de africanos, a maioria crianças, estão ameaçados de morrer de fome. Dos 800 milhões de habitantes, pelo menos 150 milhões vivem em debilitante escassez de alimentos. Os países mais atingidos pelo flagelo são: Etiópia, Somália, Sudão, Moçambique, Malavi, Libéria e Angola. Além disso, são os mais atingidos por violentos conflitos internos, que ameaçam aumentar a ruína. No fluxo do comércio mundial, no qual a África não tem condições de tomar parte, contribuem com modestíssimos 1,5%. Anualmente os EUA destinam como ajuda 1 dólar para cada africano, enquanto Israel é beneficiado com 700 por habitante. Com a queda do comunismo, o ex-império de Stálin foram os primeiros a clamar por uma gorda fatia dessa ajuda, oferecendo em troca seus imensos mercados ao capitalismo. A África corre o risco de ver o aumento da degradação social e se transformar num continente que sobrevive da caridade alheia, sem condições de tratar seus problemas, entre eles a fome e a AIDS. A falência quase total do processo de descolonização é atestada pelo fato de que hoje 3 a cada 4 africanos vivem em estado de pobreza absoluta e a dívida externa é 5 vezes maior do que no início dos anos 80 (250 bilhões de dólares contra 50).

•Ditadura-Siad Barre- Nascido em 1921 e apelidado pejorativamente de hiena foi o ditador da Somália. Calcula-se que durante o seu regime, que durou de 1969 a 1991, tenha mandado matar pelo menos 200 mil somalis, enquanto 1 milhão viu-se obrigado a procurar exílio. Conseguiu, recorrendo ao terror, manter-se no poder até 1991, quando uma revolta popular o derrubou.
•Zaire, um exemplo de degradação – Submetido à ditadura de Mobutu a partir de 1965, o país compreende 450 línguas e tribos. Em 1991, a renda média de um cidadão de lá era de 92 dólares por ano, muito abaixo dos 5370 dólares pelos quais o Banco Mundial mede o limite da pobreza. Uma obra ilustrada de 180 páginas chegou a custar 1250 mil zaires e um operário mais que 30 a 50 mil por mês, em 1985 1 Zaire equivalia a 2 dólares. O país é ex-colônia belga, o Congo Belga. Independente desde 1960. O regime pós-colonialista levou o país a beira da falência e por isso o trono de Mobutu, que parecia intocável, começou a ruir. A resistência dos donos do poder, quase sempre apoiados por militares locais, ainda é muito forte e certamente não serão afastados com facilidade e nem em curto prazo.