A Contagem do Tempo


A Cronologia (o estudo do tempo) é uma das invenções fundamentais da espécie humana! É com base neste conjunto de conhecimentos que a civilização consegue, até os dias de hoje, controlar e organizar sua vida e suas atividades.
Para compreendermos este costume tão cotidiano (às vezes nem nos damos conta de como a influência do relógio é importante em nossas vidas) é preciso recuar à aurora da humanidade.
Para os caçadores do Período Paleolítico, a posição dos astros e suas periodicidades eram usadas para saber quando a Lua mudaria, em que períodos as diversas estações da natureza aconteciam e qual sua influência no comportamento e migração dos animais para que a caça e a pesca pudessem ser bem sucedidas. Como viviam em bandos, uma caçada mal sucedida poderia comprometer sua alimentação e, consequentemente, sua espécie. Já no Período Neolítico, arar a terra, semeá-la e o período de colheita precisavam de medidas de tempo precisas para que os períodos mais favoráveis fossem observados para que cada fase da agricultura fosse completada com sucesso garantindo, assim, o prosseguimento da espécie em um dado local.
E estas medidas de tempo tinham por base fenômenos naturais repetitivos. Ora, antigamente, antecedendo à invenção da escrita, a humanidade não detinha conhecimentos acerca da construção de artefatos que os auxiliassem na medição do intervalo de tempo. Desta forma, recorrer aos fenômenos naturais que fossem periódicos tornava-se a ferramenta mais favorável naquele momento onde despontava a aurora da nossa civilização. Os fenômenos periódicos mais utilizados foram os movimentos dos corpos celestes e, a partir daí, estes fenômenos passaram a determinar as estações do ano, os meses e os anos.
Exemplificando, há cerca de 20.000 anos, os caçadores faziam medição de tempo contando os dias entre as fases da Lua, por meio de marcações em gravetos e ossos.
As descobertas arqueológicas indicam que em todas as civilizações antigas, desde os primeiros hominídeos, algumas pessoas estavam preocupadas com a medição do tempo, seja por motivos religiosos, agrícolas ou de estudo dos fenômenos celestes (uma forma antiga de astronomia).
Os Sumérios (povo residente na mesopotâmia) chegaram a elaborar um calendário, que dividia o ano em 12 meses de 30 dias, sendo que os dias eram divididos em 12 períodos (que equivalem a duas horas), e dividiam cada um destes períodos em 30 partes (aproximadamente 4 minutos). Pelo período ocupado por essa civilização (entre 5.300 e 2.000 anos antes de Cristo), a precisão de seu calendário é fantástica!
Além dos sumérios, os Egípcios também tinham um calendário que utilizava os ciclos das fases da Lua, mas que passou a utilizar o movimento da estrela Sirius, que passa próxima ao Sol a cada 365 dias, na mesma época em que a inundação anual do Nilo tem início. Isto foi muito importante para o crescimento da civilização Egípcia. Heródoto (historiador grego) afirmou que “O Egito é um presente do Nilo.”, já que a região seria apenas deserto se não houvesse este rio. Podemos então sintetizar, afirmando que os fenômenos celestes é que determinavam o período de fertilidade da terra e o comportamento dos animais, grande preocupação de todos os povos.
Com o passar dos anos, muitos instrumentos para contar o tempo surgiram: relógios de areia, de sol, de água, … Até chegar aos modernos relógios atômicos.

Cometa misterioso vindo de outro Sistema Solar guarda material de 4,5 bilhões de anos



O primeiro cometa interestelar a ser localizado no nosso Sistema Solar pode ser também o mais antigo já observado. Pesquisadores identificaram que o 2I / Borisov, encontrado pela primeira vez em 2019, pode ter material intacto de 4,5 bilhões de anos atrás.
Apenas um outro objeto vindo de outro sistema solar já foi visto por cientistas da terra, o asteroide Oumuamua, que ficou famoso por seu formato de panqueca e ser comparado com uma nave espacial.
Esses cometas são misteriosos pois vem de outro Sistema Solar e carregam informações que são impossíveis de serem alcançadas pela tecnologia atual. É literalmente um pedaço de uma galáxia desconhecida sendo explorado. Os pesquisadores tentam entender agora por onde este objeto passou antes de chegar por aqui e viajar a mais de 220 quilômetros por segundo.
Segundo o estudo publicado na Nature Communications, para determinar a “idade” do Borisov, os pesquisadores o compararam com um outro cometa, o Hale-Bopp, que possui características semelhantes (apesar se não ser de outro Sistema Solar) e foi descoberto em 1997. Basicamente o Bopp é muito, muito antigo, o que nos termos astronômicos significa que ele possui boa parte de seu material original intacto.
Cometa mais antigo já encontrado no Sistema Solar
Acontece que o Borisov possui ainda mais material preservado. O que indica que ele é mais velho que o Bopp. Muito provavelmente esse é o cometa mais puro (ou seja, velho) já visto, o que torna ainda mais importante a descoberta do objeto espacial.
Pelas pesquisas, o cometa possui um material igual ao que existia ao redor do Sol logo que ele nasceu, antes da existência de qualquer outro planeta, ou seja, há pelo menos 4,5 bilhões de anos. De forma simplificada, cometas que nasceram antes da maioria das estrelas e dos planetas possuem sua superfície mais intacta pois foram banhados por pouca luz.
No caso do Bopp, os astrônomos acreditam que ele tenha passado próximo do sol apenas uma vez quando foi descoberto. “Achamos que antes de sua aparição em 1997, ele fazia isso apenas uma vez, cerca de 4.000 anos atrás, então o material em sua superfície, quando o observamos, foi apenas ligeiramente processado pelo sol.”, explicou Stefano Bagnulo, astrônomo do Observatório Armagh, na Irlanda do Norte.
Já no caso do cometa Borisov, é provável que ele nunca tenha encontrado luz até entrar em nosso Sistema Solar, o que faz ele provavelmente ser o primeiro objeto “verdadeiramente intocado” a ser visto no nosso espaço.
“O fato de os dois cometas serem notavelmente semelhantes sugere que o ambiente no qual Borisov se originou não é tão diferente em composição do ambiente no início do nosso Sistema Solar”, disse Alberto Cellino, pesquisador do Observatório Astrofísico de Torino na Itália e co-autor do estudo.
Em outra pesquisa, cientistas analisaram dados coletados pelo telescópio ALMA, no deserto do Atacama, no Chile. “Queremos saber se outros sistemas planetários se formam como o nosso, mas não podemos estudar esses sistemas. Os cometas em outros sistemas planetários estão simplesmente muito distantes e pequenos para serem vistos por nossos telescópios”, disse o autor do estudo, Bin Yang, cientista planetário do European Southern Observatory em Santiago.

Inferno Vermelho – A Máfia Russa



É a denominação generalizada dada a quaisquer dos grupos criminosos altamente organizados que surgiram na União Soviética, principalmente na Rússia, no final dos anos 1980. Outras denominações genéricas para estes grupos são Bratva (em russo: братва: “A Irmandade”,), de contexto informal, Organizatsiya (em russo: Организация: “A Organização”), uma denominação coletiva mais formal e Vory v Zakone (Bandidos dentro da Lei), eufemismo utilizado principalmente para se referir a um grupo restrito de indivíduos pertencentes a esses grupos, normalmente os mais bem sucedidos dentro a hierarquia criminal.
A grande maioria destes grupos estão atualmente extintos, após um período de grande influência na década de 1990. Entre as organizações mafiosas russas mais conhecidas estão a Tambovskaia, de São Petersburgo, as gangues de Balashikhinski, Orekhov e Solntsevo, todas de Moscou, a Uralmash, de Ecaterimburgo, e a Chetchenskaia, da Chechênia.
Segundo o livro Thieves’ World: The Threat of the New Global Network of Organized Crime (“O mundo dos ladrões: a ameaça da nova rede global do crime organizado”), da jornalista Claire Sterling, desde 1993 a máfia russa conseguiu unificar sob seu comando todas as máfias do mundo.
Com a consolidação do regime soviético na Rússia, as autoridades fundaram campos de trabalho forçado de segurança máxima, com o objetivo de punir quem fosse considerado inimigo de Estado em maior grau. Estes campos ficaram conhecidos como Gulags, onde se formou uma elite criminal, dando origem à máfia russa moderna. Em 1941, com a invasão de Hitler à União Soviética, o governo necessitava de cada vez mais recrutas, e foi compensar a falta de reservistas com a convocação de prisioneiros, em troca da liberdade. Ao mesmo tempo que aspiravam pelo fim do cárcere, os prisioneiros também se viam no dilema de se aliar ao governo, o que seria um grave crime de traição dentro da organização criminal. Muitos dos prisioneiros optaram pela liberdade, e foram aos campos de batalha defender a bandeira da URSS. As autoridades, contudo, não cumpriram o estabelecido, e enviaram os criminosos novamente para as prisões. Os heróis de guerra foram então confrontados pelos detentos que não participaram da guerra, e foram apelidados “suki” (cadelas, em russo). Os suki, por outro lado, passaram a se organizar com o apoio dos oficiais, que além de privilegiarem os heróis de guerra, também viam na segregação entre os dois grupos um modo de limpar a prisão e diminuir o número de detentos. A rixa entre as duas facções de detentos levou à Guerra das Cadelas, que tirou a vida de milhares de detentos, sendo um dos principais argumentos na crítica ao sistema de Gulags. Em 1953, com a morte de Joseph Stalin, o novo líder soviético, Nikita Khrushchov, dissolveu os Gulags e enviou os prisioneiros mais perigosos a prisões comuns, encerrando a guerra interna, que todavia continuaria nas prisões, conhecidas como “colônias”.
A grande estruturação da máfia russa remete à União Soviética dos anos 1950, quando o serviço secreto do país, o KGB, infiltrava informantes dentro de grupos mafiosos estrangeiros, principalmente dos Estados Unidos e do Reino Unido, com o objetivo de freiar as sabotagens e a colaboração entre os criminosos e o governo, como ocorrido em Cuba, em 1958, quando os serviços de inteligência americanos entraram em acordo com as máfias de Nova Iorque e principalmente Miami, que detinham muito poder na ilha onde Fidel Castro tentava instaurar a revolução. Com o passar do tempo, a máfia soviética, a chamada Piramida-1, composta pelos “siloviki”, os agentes da polícia, que aproveitando-se do poder, se aliaram à ordem criminal já existente, baseada nas reminiscências dos Gulags colônias, criou uma filial no próprio território soviético, onde centralizavam suas operações, que envolviam o contrabando, o controle de grandes negócios privados estrangeiros, grandes assaltos, envolvimentos no tráfico de armas, pedras preciosas, participações em cassinos, uso de contra-inteligência à favor da organização, execuções de influentes criminosos, políticos, banqueiros e opositores, sabotagem e outros trabalhos sujos. Ao mesmo tempo que pode-se atribuir à Piramida a falência e limpeza de muitas organizações criminosas, também pode-se considerar o grande volume de sangue derramado por essa organização. Galina Brejneva, a filha do excêntrico presidente soviético Leonid Brejnev, participava da máfia Piramida, sendo presa por contrabando de diamantes e prostituição.
A máfia russa ficou conhecida pelas operações e transações obscuras, pelo seu forte poder bélico e por sua facilidade em driblar os sistemas de leis do país. Inclusive, os chefes da Máfia costumavam, em seu ápice, nos anos 1990, ter assombrosa influência na legislação do país, contestando as leis que fossem contra seus negócios, fazendo jus ao apelido de “Vory v Zakone” — Bandidos dentro da Lei. A corrupção gerada pelas organizações era tanta que os criminosos chegavam até mesmo a manipular e empregar o próprio presidente russo, Boris Ieltsin, para obter benefícios, em troca de favores e apoio ao cargo. As organizações criminosas russas tinham tanto poder no país neste tempo que não era raro encontrar pessoas comuns e de baixa renda que realizassem serviços para elas. Com a chegada do presidente Vladimir Putin, em 2000, e sua consolidação no cargo, a máfia russa viveu uma crise sem precedentes, já que esse presidente, que contava com o cego apoio dos criminosos, sem nenhum tipo de advertência, tornou possíveis diversas estatizações de setores que estavam nas mãos da máfia russa, e ainda manteve, em tornou de si mesmo, uma força que reprimia até mesmo o poder judiciário, conseguindo assim conter a poderosa máfia russa, às vezes pelos meios que a própria utilizava. Com a acusação e eliminação de diversos oligarcas e agentes corruptos da polícia, a máfia russa perdeu muitos de seus contatos internos, como Roman Abramovich, Boris Berezovsky, Alexander Litvinenko, Mikhail Khodorkovski, Mikhail Prokhorov, entre outros, assim transferindo seu centro de atividades para o estrangeiro, agindo principalmente na Grã-Bretanha.

Com as falências, compelidas ou não, de muitas de suas associações na Federação Russa, as principais lideranças da máfia russa migraram para outros grupos de atividades similares, enquanto as ditas associações migraram para atividades lícitas ou para a própria prisão. Devido a esse “fenômeno”, o ano de 2007 é considerado, inclusive por antigos membros, como o ano da ruína da Máfia Russa. Há, porém, muitos que crêem que, apesar da quebra da máfia judaica, a Rússia ainda é assombrada por organizações mafiosas, originárias, ironicamente, do combate aos antigos grupos, devido ao poder que se conquistou durante aquele período. Para estes, esta máfia é dirigida pelo mais importante político russo da atualidade, Vladimir Putin.
Cultura
A canção “Za Chto Vy Brosili Menya?” é considerada o hino da máfia russa durante os anos 1980 e 1990. Curiosamente, sua melodia é de autoria do compositor brasileiro Dorival Caymmi, em sua música Suíte dos Pescadores. A canção em português ganhou notoriedade na União Soviética em meados dos anos 1970, com o lançamento do filme Capitães de Areia, que marcou a geração da época, e teve grande repercussão no país, principalmente entre os adolescentes. A canção seria mais tarde adaptada para o russo. Anos depois, em 1979 viria a Guerra do Afeganistão, que durou até 1989, tirando a vida de 15.000 soviéticos. Durante a guerra, a canção era constantemente entoada pelos soldados russos, que a ostentavam como um símbolo da juventude. Em meados dos anos 1980, surgiriam os primeiros grandes grupos de crime organizado dentro da URSS, formados principalmente por recrutas dispensados da guerra, que continuaram a carregar a canção como um símbolo da juventude. Lançado em 2002, o seriado Brigada faz uma referência ao fato, quando os amigos do protagonista mafioso cantam a música durante seu casamento.

O Presidente Vladimir Puttin



Leningrado, 7 de outubro de 1952), é o atual (2021)presidente da Rússia, além de ex-agente do KGB no departamento exterior e chefe dos serviços secretos soviético e russo, KGB e FSB, respectivamente. Putin exerceu a presidência entre 2000 e 2008, além de ter sido primeiro-ministro em duas oportunidades, a primeira entre 1999 e 2000, e a segunda entre 2008 e 2012.
Putin governa a Rússia desde a renúncia de Boris Iéltsin, em 1999. Seu primeiro governo foi marcado por profundas reformas políticas e econômicas, pelo estadismo, por novas tensões com os Estados Unidos e Europa Ocidental, pela rigidez com os rebeldes chechenos e pelo resgate do nacionalismo russo, atitudes que lembram em parte o regime soviético e o czarismo. Entre os eventos mais notáveis de seu governo, estão o decreto que permite a indicação dos governadores dos distritos russos pelo próprio presidente, a restauração do controle russo sobre a república separatista da Chechênia, os assassinatos não esclarecidos de vários seus opositores políticos, como Anna Politkovskaia e Alexander Litvinenko, o fim do colapso econômico russo, a estatização de setores estratégicos que até então estavam nas mãos dos oligarcas russos e as consequentes prisões de muitos deles e vários desacordos diplomáticos com a OTAN, sendo os mais memoráveis deles a discussão quanto ao estabelecimento de mísseis no Leste Europeu, que levou Putin a criticar publicamente a política internacional norte-americana, e o apoio russo aos separatistas na Ucrânia, após este país ter se alinhado à Aliança Atlântica.
Putin tem sido amplamente responsabilizado pelo retorno da estabilidade política e do progresso econômico da Rússia, pondo fim à crise dos anos 1990.
Durante a primeira gestão de Putin (1999-2008), o lucro real aumentou em fator 2,5, e os salários mais que triplicaram. O desemprego e a pobreza caíram em mais da metade, e a satisfação de vida da população russa aumentou significantemente.
O primeiro governo de Putin foi marcado pelo grande crescimento econômico: a economia russa cresceu diretamente em oito anos, observando um aumento de 72% no PIB.
Essas conquistas foram atribuídas pelos analistas à boa gestão macroeconômica, a importantes reformas fiscais, ao aumento do fluxo de capitais, ao acesso às finanças externas de baixo custo e a um aumento de cinco vezes no preço do petróleo e gás, que constituem os principais produtos de exportação da Rússia.
Putin nasceu em 7 de outubro de 1952 em Leningrado (atual São Petersburgo). O pai de Putin, Vladimir Spiridonovitch Putin (1911-1999), participara da Segunda Guerra Mundial, onde foi gravemente ferido. A mãe era Maria Ivanovna Shelomova (1911-1998), que trabalhava em uma fábrica, sobrevivente do Cerco a Leningrado.

Seu avô era um renomado chef de cozinha, que trabalhava para diversas autoridades, cozinhando, inclusive, para Lênin e Stálin. Vladimir Putin era o terceiro filho da família, apesar de os irmãos mais velhos terem morrido ainda na infância.

A família de Putin vivia em um apartamento comunitário de Leningrado. Após ter sido eleito presidente, o próprio Putin afirmou que na infância se divertia com filmes soviéticos de espionagem, e sonhava trabalhar nos órgãos de defesa nacional. Em 1966, aos 14 anos ingressou em um instituto técnico, onde estudou química, terminando seus cursos em 1970.

Entre 1970 e 1975, estudou na faculdade de Direito da Universidade Estatal de Leningrado. Lá ingressou no Partido Comunista, então o único partido político permitido na União Soviética. Graduou-se em 1975, com a dissertação a respeito da Cláusula de Nação Mais Favorecida.
Em 1975, aos 23 anos de idade e recém graduado no curso de Direito, ingressa no Comitê de Segurança Nacional, o KGB.
No mesmo ano, acaba o seu curso preparatório, assumindo o posto de Oficial Júnior, de acordo com o antigo sistema organizacional do KGB.
A partir de 1977, passa a trabalhar no setor de contra-inteligência no departamento investigativo do KGB de Leningrado.
Em 1979, se forma de um curso semestral em Moscou, voltando para Leningrado no mesmo ano.
Em 1985, como Major de Justiça, se especializa em inteligência estrangeira, aprendendo alemão.
Entre 1985 e 1990, trabalhou em Dresden, na Alemanha Oriental, chefiando o departamento de fronteiras.
Após o término de seu serviço e retorno à União Soviética, Putin recusou o serviço na central de inteligência estrangeira, na capital Moscou. Em vez disso, voltou a trabalhar no primeiro departamento do KGB de Leningrado, cuja especialidade era a inteligência territorial. Em 20 de agosto de 1991, em meio aos golpes de estado que tentavam manter o estado soviético e as manobras que pretendiam consolidar o fim da União Soviética, Putin abandona o KGB, após Anatoli Sobchak, seu principal aliado, se posicionar contra o serviço secreto, que até então apoiava o golpe a favor da integridade da URSS.

Putin havia renunciado ao cargo de tenente-coronel em 20 de agosto de 1991 no segundo dia da tentativa de golpe de Estado na União Soviética em 1991 contra o presidente soviético Mikhail Gorbachev.[34] Putin teria dito em uma ocasião posterior: “Assim que o golpe começou, eu imediatamente decidi de que lado eu estava”, embora ele também tenha observado que a escolha era difícil porque ele passara a melhor parte de sua vida com “os órgãos”.
Em 16 de agosto de 1999, Vladimir Putin foi eleito Primeiro-Ministro da Rússia com 233 votos, e Boris Iéltsin apontou-o como seu sucessor. A posse de Putin coincidiu com o confronto entre as forças de segurança do Daguestão e guerrilheiros separatistas da Chechênia. Putin chefiou energeticamente a operação de larga-escala, que expeliu completamente os rebeldes chechenos. O combate selou a confiança dos russos em Putin, que no ano seguinte tentaria a eleição para a Presidência, com o objetivo de suceder seu padrinho político. Em 31 de dezembro de 1999, no tradicional discurso presidencial na passagem de ano, o então presidente Iéltsin renunciou inesperadamente, passando os poderes de presidente para Putin, e adiantando as eleições em três meses.
Em vez da dicotomia do “comunismo versus o capitalismo” que dominou o discurso político na década de 1990, de 1999-2000, Putin começou a enfatizar outra razão para votar em seu partido (Unidade): a estabilidade, desejada pelos cidadãos russos após uma década de mudança revolucionária caótica. Com exceção da luta contínua no Cáucaso do Norte, Putin a entregou.
Prometendo reconstruir o país, Vladimir Putin, presidente em exercício, foi eleito oficialmente presidente da Rússia com mais de 53% dos votos, o que lhe deu uma vitória logo no primeiro turno.
A reforma legal da Rússia prosperou durante o primeiro mandato de Putin. Particularmente, Putin obteve sucesso na codificação das legislações sobre terra e impostos, que não progrediram na gestão de Iéltsin, por causa das oposições comunista e oligárquica, respectivamente. Outras reformas legais incluíram novos códigos nas legislações trabalhistas, administrativas, comerciais e civis.
O primeiro grande desafio à popularidade de Putin ocorreu em Agosto de 2000, quando foi criticado por seus supostos equívocos no desastre com o submarino Kursk.
Por dezesseis anos, Putin foi oficial do KGB, o serviço secreto da União Soviética, chegando à patente de tenente-coronel. Ele se aposentaria das atividades militares para ingressar na política, em sua cidade, São Petersburgo, em 1991. Mudou-se para Moscou em 1996, para que fizesse parte da administração do então presidente Boris Iéltsin, na qual cresceu rapidamente, tornando-se presidente interino em 31 de dezembro de 1999, quando o presidente Iéltsin renunciou ao cargo inesperadamente.[14] Putin venceria a eleição do ano seguinte, tornando-se de fato Presidente da Rússia, sendo reeleito em 2004. Putin foi impedido de concorrer para um terceiro mandato em 2008, já que, na época, a Constituição russa só permitia dois mandatos consecutivos. Assim sendo, seu aliado Dmitri Medvedev seria seu sucessor, o que levaria à escolha de Putin como primeiro-ministro do país, cargo que ele manteve até o final da presidência de Medvedev. Em Setembro de 2011, Putin anunciou que concorreria a um terceiro mandato nas eleições do ano seguinte, gerando diversos protestos nas principais cidades do país. Como esperado, Putin foi reeleito por mais seis anos, em seu terceiro mandato, que tem fim previsto para 2018.
O massacre de Beslan, ocorrido em Setembro de 2004, no qual centenas de civis foram assassinados, fez com que a popularidade de Putin caísse, devido às críticas à sua postura tomada contra os rebeldes chechenos. Putin foi até mesmo acusado de ter comandado o atentado, de forma a justificar a repressão contra os terroristas. Entre as medidas tomadas após o ato terrorista, Putin substituiu a eleição direta de governadores das subdivisões federais, de forma que as autoridades fossem nomeadas pelo presidente, e então aprovadas pelos legislativos regionais. Em 2005, Putin criou a Câmara Pública da Rússia.
No mesmo ano, um projeto de prioridade nacional foi iniciado para melhorar a assistência médica, a educação, a moradia e a agricultura. A mudança mais relevante dentro do projeto foi o aumento geral do salário nas áreas médica e educacional, assim como a decisão de modernizar os equipamentos em ambos os setores, durante os anos de 2006 e 2007. Putin anunciou suas intenções de aumentar os benefícios da assistência maternidade e um apoio do estado para cuidados pré-natais. Os programas demográficos do governo levaram a um aumento de 45% na taxa de nascimentos de um segundo filho entre as mulheres, e a um aumento de 60% na taxa de nascimentos de um terceiro filho, segundo dados de 2012.
O processo criminal contra o então homem mais rico da Rússia e presidente da YUKOS, Mikhail Khodorkovski, ocorrido em 2003, foi visto pela imprensa internacional como uma retaliação pelo apoio financeiro de Khodorkovski aos oponentes liberais e comunistas do Kremlin. O governo afirmou que Khodorkovski estava corrompendo um grande setor da Duma para impedir mudanças no código de impostos. Com a prisão de Khodorkovski, a YUKOS faliu, e as ações da empresa foram vendidas a um valor irrisoriamente a baixo do seu valor de mercado, compradas principalmente pela estatal Rosneft. O caso YUKOS foi visto pelos analistas ocidentais como um grande passo dado pela Rússia em direção a um sistema de capitalismo de estado.
Em 4 de março de 2012, Putin venceu as eleições presidenciais no primeiro turno, com 63% dos votos. Enquanto medidas extraordinárias foram tomadas para manter as eleições transparentes, incluindo o uso de webcams na grande maioria dos locais de votação, o resultado foi criticado pela oposição russa e por algumas organizações internacionais por irregularidades perceptíveis. Vários chefes de estado parabenizaram Putin pela vitória nas eleições.
O ex-presidente do Brasil, Luiz Inácio Lula da Silva, também parabenizou Putin, dizendo que está “certo de que, sob sua liderança, a Rússia continuará a trilhar o caminho de sucessos que vem alcançando nos planos interno e internacional e que a sólida parceria com o Brasil será aprofundada, intensificando o denso diálogo político que logramos consolidar nos últimos anos”.
Putin tomou posse no complexo do Kremlin, em 7 de maio de 2012. Em seu primeiro dia como presidente, Putin passou 14 decretos presidenciais, sendo um deles um comprido artigo a respeito dos objetivos de longo prazo da economia russa. Outros decretos foram sobre educação, moradia, treinamento de trabalho especializado, relações com a União Europeia, indústria de defesa, relações interétnicas e outras áreas tratadas por Putin em seu programa político proposto em sua campanha presidencial.
4º mandato
Putin ganhou as eleições presidenciais de 2018 com mais de 76% dos votos.O seu quarto mandato começou em 7 de Maio de 2018,e durará até 2024.
Sob a administração de Putin, a economia teve ganhos reais em uma média de 7% ao ano (2000: 10%, 2001: 5.1%, 2002: 4,7%, 2003: 7,3%, 2004: 7,2%, 2005: 6,4%, 2006: 8,2%, 2007: 8,5%),[80] fazendo da Rússia a 7ª maior economia mundial em poder de compra. O PIB nominal russo aumentou em seis vezes, subindo do 22º ao 10º maior do mundo. Em 2007, o PIB russo ultrapassou o da Rússia Soviética em 1990, provando que a economia foi capaz de superar os efeitos devastadores da recessão dos anos 1990, seguida da trágica moratória de 1998.
Política energética
A riqueza em petróleo e gás da Rússia foi transformada no bem-estar do país e em influência internacional, e a Rússia foi frequentemente descrita na mídia como uma superpotência energética. Putin verificou que o crescente aumento dos preços de exportação do petróleo e gás proporcionou um crescimento no orçamento, enquanto os preços, a produção e a exportação de gás e petróleo cresceram significantemente.
Putin colaborou com a grande parcela russa no mercado europeu de energia através da construção de oleodutos e gasodutos subterrâneos cruzando a Ucrânia e a Europa oriental. Os projetos de canalização apoiados por Putin incluem o fluxo azul, que através do Mar Negro liga a Rússia à Turquia, o fluxo norte, que liga a Rússia à Alemanha, sendo o gasoduto mais longo do mundo, construído no Mar Báltico, e o fluxo sul, que liga a Rússia aos Balcãs e à Itália, cruzando o Mar Negro. Ao comprar o gás turcomeno e desviá-lo para os seus próprios gasodutos, a Rússia acabou com o projeto Nabucco, apoiado pelos norte-americanos, que tinha por objetivo prejudicar o mercado energético da Rússia e acabar com a dependência européia do gás russo, construindo um gasoduto que levasse gás da Turquia para o restante da Europa.
De qualquer forma, a Rússia diversificou seu mercado exportador construindo o oleoduto transiberiano, expandindo o mercado à China, Japão e Coreia, além de ter construído o gasoduto Sacalina-Khabarovsk-Vladivostok no extremo oriente. No Golfo da Finlândia, a Rússia construiu um canal em Ust-Luga, conectado com os sistemas de canais do Báltico, o que permite a exportação do petróleo sem a necessidade de trânsito através dos portos dos países bálticos. A porcentagem de petróleo processado cresce gradativamente com a construção de refinarias de petróleo no Tartaristão e em outras regiões da Rússia.
De acordo com pesquisas de opinião pública conduzidas pela ONG Levada Center , o nível de aprovação de Putin era de 81% em Junho de 2007, maior do que qualquer outro líder do mundo. Sua popularidade subiu de 31% em agosto de 1999 para 80% em Novembro de 1999, e desde então nunca caiu para menos de 65% durante sua presidência. Observadores vêem as altas taxas de aprovação de Putin como uma consequência das significantes melhoras no padrão de vida e a reinserção da Rússia no cenário mundial, ocorrida durante sua presidência. A popularidade de Putin pode ser, também, um reflexo da televisão, controlada pelo estado.

O Submarino Kursk



O Kursk (K-141) foi um submarino nuclear da Classe Oscar II, pertencente à Marinha Russa que afundou no Mar de Barents em 12 de Agosto de 2000, com uma tripulação de 118 homens. Foi batizado em homenagem a uma das maiores batalhas da Segunda Guerra Mundial, a Batalha de Kursk, em 1943.
Foi uma das primeiras embarcações concluídas, logo após a queda da União Soviética. Sua função principal seria compor a Frota do Mar do Norte, cuja sede localiza-se em Severomorsk. As obras de construção começaram em 1990 em Severodvinsk, perto de Arkhangelsk, sendo lançado em Dezembro de 1994.
Possuía 154m de comprimento, 18m de largura, e equivalente a quatro andares de altura (Peso estimado de 18.000 Ton), sendo considerado o maior submarino de ataque já construído. Sendo considerado indestrutível pelos marinheiros russos, devido ao seu tamanho e aos recursos tecnológicos.
De acordo com informações do serviço de sismologia da Noruega, Instituição NORSAR, teria havido duas explosões detectadas aproximadamente nas coordenadas 69°38’N e 37°19’E, durante a manhã de 12 de agosto de 2000. A primeira explosão foi às 11:29:34 (hora de Moscovo) e teve uma magnitude de 1,5 na escala de Richter, seguido de um segundo de 3,5, às 11:31:48, correspondendo a cerca de 100/250 kg de explosivos(TNT).

Dados semelhantes foram registrados por estações sísmicas no Canadá e Alasca. Além disso, dois submarinos americanos (um deles – USS Memphis), que estavam acompanhando os exercícios, registrou duas explosões submarinas às 11:38. Um submarino russo e o cruzador pesado PETR Velikiy que também acompanhavam as manobras, detectaram essas explosões também. O Ministro da Defesa da Rússia disse que o submarino russo de apoio, recebeu também o som de uma terceira explosão às 11:44. O submarino americano alega ter detectado um ruído durante o intervalo entre as duas explosões, que reconheceu como tanques de lastro de sopro explodindo ou o aumento da velocidade do hélice. O acidente só foi tornado oficialmente público no dia 14 de Agosto. O Incidente com o submarino Kursk provocou uma enorme reação no mundo, pois tratando-se de um submarino nuclear, temia-se um acidente parecido com o de Chernobyl. Durante a noite de 14 de agosto as nações da França, Alemanha, Grã-Bretanha, Israel, Itália, Noruega, Estados Unidos da América e outros países ofereceram sua ajuda. Porém como o submarino continha tecnologia e segredos militares, os russos foram reticentes em aceitar tal ajuda.
O submarino afundou em águas relativamente rasas a uma profundidade de 108 metros (354 pés), cerca de 135 km (85 milhas) de Severomorsk, na posição 69° 40′ N, 37° 35′ L. Uma dessas explosões teria aberto grandes buracos no casco do submarino.
Resgate
Nenhuma autoridade russa admitiu que 23 marinheiros haviam conseguido sobreviver por um período de dois dias após o acidente. Depois da explosão na câmara de mísseis, os tripulantes foram para o compartimento número nove do submarino, localizado na popa, e emitiram sinais de socorro por 48 horas.
As autoridades da Rússia só aceitaram a ajuda dos noruegueses e britânicos quatro dias depois do acidente. O fato mais constrangedor ao Governo Russo foi ver os homens-rãs ocidentais, com roupas especiais e descendo em “sinos” (equipamentos de resgate), realizar a operação de descida e abertura das escotilhas em menos de um dia. A justificativa da Marinha Russa era a necessidade de se preservarem os segredos militares do submarino nuclear. O governador da província de Kursk, Alexander Rutskoi, disse que o motivo pelo qual os russos não queriam ninguém no fundo do mar Barents era o teste de um novo tipo de míssil, que segundo informações ainda permanecia nele.
Na segunda-feira, 21 de Agosto, às 07.45 da manhã, quatro mergulhadores noruegueses da empresa Stolt Comex Seaway conseguiram abrir a primeira escotilha do submarino. Os homens-rãs deparam-se com o cenário mais temido. “Todos os compartimentos estão inundados e nenhum membro da tripulação sobreviveu”, declarou o vice-almirante russo Mikhail Motsak.
A hipótese mais coerente é a de que no lançamento do torpedo a proa do submarino tenha explodido, atingindo ainda outros compartimentos da belonave. Segundo o jornal militar russo Krasnaia Zvezda, o Kursk estaria usando um novo tipo de combustível que é líquido, mais barato e de muito mais alta combustão. Há ainda uma hipótese, mais sinistra, de que o submarino estaria com mísseis nucleares supersônicos. Uma carta que explicava as causas do naufrágio do submarino Kursk foi encontrada no corpo de um tripulante e mantida em segredo pelas autoridades russas, disseram militares da Frota do Norte hoje citados pelo diário Izvestia.
De acordo com estas fontes, foram encontradas duas cartas a 25 de Outubro no cadáver do oficial da marinha Dmitri Kolesnikov, tendo apenas uma sido divulgada.
Na carta mantida em segredo, Kolesnikov descreve exatamente o que aconteceu e afirma que, na sequência da morte do comandante do Kursk, assumiu o comando do submarino, precisaram as fontes, sem adiantar mais pormenores sobre o documento.
Na mensagem que foi divulgada, Kolesnikov referia que pelo menos 23 homens, dos 118 que se encontravam a bordo do Kursk, sobreviveram ao acidente e se refugiaram num compartimento da popa do submarino. A nota, divulgada pelas autoridades russas, não continha qualquer indicação sobre as causas do naufrágio.
Uma segunda carta, também encontrada no corpo de um marinheiro que se refugiou na proa do Kursk, também foi divulgada. A carta, manuscrita, descreve os minutos imediatamente após a catástrofe, mas não indica as causas.

Cinema
Kursk – O filme de 2018 aborda o desastre do submarino e a negligência governamental que se seguiu. Por Thomas Vinterberg.

Samuel Colt, o Inventor do Revólver



Inventor e fabricante de armas de fogo americano nascido em Hartford, Connecticut, que desenvolveu o primeiro revólver de seis tiros com cilindro removível, o Colt 45, patenteado na Inglaterra (1835). Construiu sua primeira fábrica de armas, a Patent Arms Company, em Paterson, NJ (1836), uma das mais antigas do ramo no país, onde iniciou a produção de revólveres e rifles por ele mesmo desenhados. Após a falência da Patent Arms Company (1842), fundou a empresa para Patent Arms Manufacturing Co. (1842), que firmou-se fabricando armas para serem usadas na guerra do México (1847) e passou a abastecer de armas os U.S. Dragoon e Texas Rangers. Ampliando seus negócios, instalou a primeira fábrica na Inglaterra (1851) solidificando sua reputação internacional.
Associou-se com o inventor Samuel F. B. Morse, o do telégrafo, e passou a investir em armas de guerra e cabos de telégrafo submarino. A pistola de culatra rotativa dele ficou tão popular que o palavra Potro às vezes era usada como um termo genérico para o revólver. E a partir daí a empresa foi incorporando e comprando outras concorrentes. tornando seu fundador em um dos mais poderosos homens de negócios dos Estados Unidos, do século XIX. Sabiamente usava uma tática política para conseguir mercados internacionais: Presenteava chefes de estado com produções fora de série, entre eles os Czares Nicolau I e Alexandre II da Rússia, o rei Frederick VII da Dinamarca e Charles XV da Suécia.
Com a saúde declinante (1860), começou a fornecer armas para as forças da União durante a guerra civil americana e morreu dois anos depois, quando tinha sob sua indústria mais de 100 empregados e produzido mais de 400.000 armas de fogo. Morreu em sua cidade natal e seus restos mortais repousam no Cedar Hill Cemetery, Hartford, Connecticut, USA. Após sua morte a companhia permaneceu com sua família até ser vendida (1901) para um grupo de investidores.

Se o Revólver Mata, Então Por Que Foi Inventado?



Os objetos para o atacar outros animais são tão antigos quanto o homem. A sobrevivência é um pilar que sustentou as espécies, sendo assim, qualquer espécie vai fazer de tudo para continuar viva, quanto a isso creio não existir dúvidas. O gênero Homo quando começou a disputar pela comida com outros animais precisou criar artefatos que, lhe redessem possibilidades de também comer, isso cresceu nas mãos dos Sapiens e hoje temos o poder da destruição em massa, e, logicamente, o revolver, que possui a mesma finalidade, isto é, sobrevivência, e devido ao “intelecto diferenciado”, resolvemos usá-lo também para outros fins.
O revólver de Colt foi revolucionário para sua época, pelo fato de ser de fácil recarrega e manuseio (se comparado com as armas excessivamente pesadas, imprecisas e grosseiramente rústicas de sua contemporaneidade), além de ser mais barato que as armas concorrentes.
Diferente de muitas armas de fogo, o revólver não foi criado para caça.
No passado as armas eram muito lentas para recarregar, uma das primeiras formas encontradas para aumentar o número de disparos que podiam ser efetuados por uma pessoa foi a de carregar várias armas ao mesmo tempo.
Também nesse período surgiram armas com múltiplos canos (fixos ou rotativos)
A partir dai forma desenvolvidas armas que tinham um único cano e um tambor rotativo que continha as munições, inicialmente essas armas eram muito caras e complexas mas em 1836 o americano Samuel Colt inventou um mecanismo que simplificava a produção e manuseio desse tipo de arma e criou a base para os revolveres. A principal razão para essa invenção foi aumentar o numero de disparos que uma pessoa podia efetuar antes de ter que recarregar, numa época em que mosquetes dominavam ter uma arma que podia dar 6 tiros em sequência era uma vantagem enorme.
Dica – O dispositivo de segurança dos revólveres modernos está conjugado na tecla do gatilho e, em uma situação de necessidade, o portador dessa arma, para usá-la, somente precisa sacá-la, mirar e puxar o gatilho. Para a grande maioria das pistolas, exceto glocks, é preciso, antes de disparar, desarmar o dispositivo de segurança, para então efetuar-se o disparo. Como temos essa operação a mais a ser realizada na grande maioria das pistolas, diria que, numa situação hipotética, com dois sujeitos extremamente treinados, um utilizando uma pistola e o outro, um revólver, este último se daria melhor num duelo, levando-se somente em conta a rapidez para sacar e atirar.