Terra – Ficha Técnica

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Planeta Terra

  • Nome: Terra
  • Idade: Aproximadamente 4,54 bilhões de anos
  • Tempo de vida estimado: Aproximadamente 5 bilhões de anos (até o esgotamento do Sol)

Características Físicas:

  • Massa: 5,972 x 10^24 kg
  • Densidade média: 5,51 g/cm³
  • Diâmetro equatorial: 12.742 km
  • Diâmetro polar: 12.450 km
  • Área da superfície: 510 milhões de km² (71% coberto por água)
  • Volume: 1,08321 x 10^12 km³

Composição:

  • Atmosfera: 78% nitrogênio, 21% oxigênio, 1% outros gases (incluindo argônio, dióxido de carbono, vapor d’água, etc.)
  • Solo: Composição variável, mas geralmente inclui argila, silte, areia, cascalho e matéria orgânica. Os principais elementos são oxigênio, silício, alumínio, ferro, cálcio, sódio, potássio e magnésio.
  • Núcleo: Composto principalmente por ferro e níquel, com pequenas quantidades de outros elementos.

Movimento:

  • Rotação: 1 dia (23 horas, 56 minutos e 4 segundos)
  • Revolução: 1 ano (365 dias, 5 horas, 48 minutos e 46 segundos)
  • Distância do Sol: 149,6 milhões de km (1 Unidade Astronômica)

Outros Fatos:

  • A Terra é o único planeta conhecido por abrigar vida.
  • É o quinto maior planeta do Sistema Solar.
  • Possui um campo magnético que protege a superfície da radiação solar prejudicial.
  • A água líquida é essencial para a vida na Terra e cobre cerca de 71% da sua superfície.
  • A Terra é um planeta dinâmico com placas tectônicas em constante movimento, vulcões ativos e clima em constante mudança.

Observações:

  • As estimativas de tempo de vida da Terra são baseadas em modelos científicos e podem estar sujeitas a revisão.
  • A composição da atmosfera e do solo pode variar em diferentes locais da Terra.
  • As características físicas da Terra podem mudar ao longo do tempo devido a processos geológicos e outros fatores.

Mega Curtíssima – Se existe a Nova Zelandia, onde fica a velha?


A “Velha Zelândia”, na verdade, não se chama “Velha Zelândia”. Ela se chama apenas Zelândia, e fica na Europa, na parte sudoeste dos Países Baixos.

É uma província composta por diversas ilhas e penínsulas, por isso recebeu esse nome, que significa “terra do mar” em holandês.

Acontece que, no século XVII, navegadores holandeses colonizaram diversos arquipélagos na Oceania, e homenagearam suas terras natal com nomes de províncias da Holanda. Foi assim que as duas maiores ilhas da região receberam os nomes “Nieuw Holland” (que depois virou Austrália) e “Nieuw Zeeland”, que ficou conhecida como Nova Zelândia.

Então, podemos dizer que a Zelândia (a “Velha”) é a origem do nome da Nova Zelândia, mas elas ficam em continentes completamente diferentes.

Por que os artigos sobre tecnologia de ponta são tão defasados?


A tecnologia avança rapidamente: A tecnologia está em constante evolução, com novos desenvolvimentos e avanços surgindo a cada dia. Um artigo escrito há alguns meses pode já estar desatualizado em relação aos últimos avanços.
A obsolescência programada: Algumas empresas lançam produtos e tecnologias com uma obsolescência programada, o que significa que são projetados para se tornarem obsoletos após um determinado período. Isso pode levar a que os artigos sobre essas tecnologias se tornem defasados rapidamente.
Falta de atualização: Muitas vezes, os artigos sobre tecnologia não são atualizados regularmente. Isso pode acontecer porque os autores não têm tempo ou recursos para atualizar o conteúdo ou porque a plataforma onde o artigo está publicado não oferece suporte para atualizações.
Abordagem superficial: Alguns artigos sobre tecnologia podem ser superficiais e não abordar os aspectos mais avançados da tecnologia. Isso pode resultar em conteúdo desatualizado ou irrelevante.
Falta de precisão: Alguns artigos sobre tecnologia podem conter informações imprecisas ou incompletas, o que pode levar a que o conteúdo seja desatualizado ou impreciso.
Dificuldade em manter-se atualizado: A vastidão do mundo da tecnologia torna desafiador manter-se atualizado com todas as novidades. Mesmo os profissionais da área podem ter dificuldades em acompanhar todas as últimas descobertas e tendências.
Para evitar ler artigos desatualizados, procure por fontes confiáveis e atualizadas, como:
• Publicações especializadas: Revistas, sites e blogs de tecnologia renomados.
• Eventos e conferências: Participe de eventos e conferências sobre tecnologia para se manter informado sobre as últimas novidades.
• Pesquisas acadêmicas: Consulte artigos científicos e publicações acadêmicas para obter informações precisas e atualizadas.
A tecnologia evolui constantemente, e é importante estar ciente dessa evolução para tomar decisões informadas.

Nano robô viaja pela corrente sanguínea e desentope veias


Robôs capazes de entrar pelo corpo humano e corrigir problemas sem a necessidade de uma cirurgia são um sonho antigo que povoa o imaginário e toda a literatura de ficção científica. Vários grupos de roboticistas ao redor do mundo têm levado essa tarefa a sério, com alguns progressos muito interessantes.
Robõs cirurgiões
No início deste ano, cientistas japoneses apresentaram um robô que navega e faz cirurgia no interior do corpo humano. Já vimos também nanorobôs para substituir o sangue humano e até um bio-robô movimentado por células do coração. Mas os conceitos vão bem além e chegam até ao projeto de biocomputadores moleculares implantáveis que um dia poderão revolucionar a medicina.
Cateterismo robotizado
Agora, cientistas da Universidade Chonnam, na Coréia do Sul, apresentaram um robô quase microscópico que é capaz de navegar pelas veias e artérias humanas e desentupí-las, um procedimento médico hoje feito por meio de uma técnica chamada cateterismo.
Ao contrário do robô japonês CapCel, que mede 2 centímetros de comprimento, o novo robô-médico coreano é minúsculo, medindo menos do que 1 milímetro, o que o coloca, em termos de tamanho, na classe dos micro-robôs. Houve uma diminuição de quase 50% em relação ao modelo anterior.
Bio-robô
Mas ele está também na categoria dos bio-robôs, não apenas por interagir com o corpo humano, mas também devido à forma como ele se movimenta. O “bio-micro robô” navega através das veias e artérias com a ajuda de seis pernas acionadas por músculos do coração crescidos artificialmente.
Esse mecanismo de acionamento elimina a necessidade de baterias e de qualquer forma de alimentação externa, já que as células musculares se alimentam naturalmente dos açúcares disponíveis no sangue.
Liberação de medicamento
Ao invés de um braço artificial, que seria complicado de construir, operar e, sobretudo, miniaturizar, além dos riscos de uma manipulação indevida nas paredes das veias e artérias, ao encontrar um entupimento ou estreitamento no vaso sanguíneo o robô libera um medicamento que dissolve o acúmulo que atrapalha a circulação normal do sangue.

O Barão Vermelho – Manfred von Richthofen


 (Breslau, 2 de maio de 1892 – Vaux-sur-Somme, 21 de abril de 1918), também conhecido como Barão Vermelho, foi um piloto de caça alemão na Primeira Guerra Mundial e é considerado ainda hoje como o “ás dos ases”. Servindo no braço aéreo do Exército Imperial Alemão (Luftstreitkräfte), ele foi um líder militar, e como piloto se tornou um ás da aviação, obtendo o maior número de vitórias (oitenta) de um único piloto durante a Primeira Guerra.

Originalmente servindo na cavalaria, ele se transferiu para o serviço aéreo em 1915, tornando-se um dos primeiros membros do esquadrão Jasta 2 em 1916. Ele obteve sucesso rápido na carreira de piloto de caça, e em 1917, se tornou líder do Jasta 11, e mais tarde de toda uma unidade de caça, a Jagdgeschwader 1. Em 1918, ele já era creditado como herói nacional da Alemanha, e era bastante conhecido pelo outro lado.

Richthofen foi abatido e morto perto de Amiens em 21 de abril de 1918. Sua morte foi creditada ao artilheiro australiano Cedric Popkin, apesar da RAF atribuir esse crédito ao piloto canadense Arthur Roy Brown.

Richthofen era um Freiherr (literalmente “Senhor Livre”), um título de nobreza frequentemente traduzido como “Barão“.

Esse título não era um nome nem um direito hereditário, visto que todos os membros masculinos da família o usavam, mesmo enquanto seu pai ainda estava vivo.

Esse título combinado ao fato de que ele tinha seus aviões pintados de vermelho, levaram Richthofen a ser chamado de “Barão Vermelho”, tanto dentro quanto fora da Alemanha.

Durante sua vida no entanto, ele era mais frequentemente referenciado em alemão por Der Rote Kampfflieger (que pode ser traduzido como guerreiro voador vermelho ou piloto de caça vermelho). Esse título foi usado na sua autobiografia de 1917.

Nascido em Breslau, Silésia, no então Império alemão (agora WrocławPolônia), Richthofen foi o segundo de quatro irmãos. Seus pais eram o oficial de cavalaria Albrecht Freiherr von Richthofen (1859-1920) e sua esposa, Gwendolyn, filha de Schickfus e Neudorff, ele era descendente de uma longa linhagem de militares e aristocratas. Quando estourou a Primeira Guerra Mundial, era um oficial de reconhecimento da cavalaria e foi chamado ao dever nas frentes ocidental e oriental, entrando em ação na Rússia, na França e na Bélgica; no entanto, com o advento da “guerra de trincheiras“, tornando as operações da cavalaria tradicional ineficientes e obsoletas, o regimento de Richthofen foi extinto, e ele passou a servir como entregador de correspondência e operador de telefone de campo.

Quando tinha nove anos de idade mudou-se com a família para Schweidnitz (atualmente ŚwidnicaPolônia). Em sua juventude, Richthofen apreciava equitação e caça. Fez o ensino básico em casa e foi estudar na Inglaterra, no Lincoln College em Oxford.[6] Depois disso ingressou na escola militar. Após terminar o treinamento de cadete, juntou-se ao Regimento de Ulanos nº 1 da cavalaria em 1911

Em 23 de novembro de 1916, Richthofen abateu seu oponente mais famoso, o ás britânico, major Lanoe Hawker, detentor de uma Cruz Vitória, descrito por Richthofen como “o Boelcke britânico”.

Depois desse combate, Richthofen ficou convencido de que ele precisava de um avião de caça com maior agilidade, mesmo com perda de velocidade. Ele trocou seu avião por um Albatros D.III em janeiro de 1917, obtendo duas vitórias antes de sofrer uma quebra do suporte da asa inferior em voo em 24 de janeiro. Richthofen voltou a usar o Albatros D.II ou Halberstadt D.II pelas cinco semanas seguintes. Ele estava voando seu Halberstadt quando, em 6 de março, em combate com alguns F.E.8 do 40º esquadrão RFC, seu avião foi atingido no tanque de combustível, provavelmente por Edwin Benbow, que foi creditado com essa vitória. Richthofen conseguiu, nessa oportunidade, pousar seu avião sem que ele pegasse fogo.

Depois de sua 18ª vitória (em 24 de janeiro de 1917), von Richthofen recebeu o Pour le Mérite, a honraria militar mais elevada da Alemanha na época. Ele retornou ao seu Albatros D.III em 2 de abril de 1917 e obteve 22 vitória com ele, antes de trocar para o Albatros D.V no final de Junho.

Em 6 de julho, Richthofen foi abatido durante um confronto com alguns F.E.2 do 20º esquadrão RFC quando um deles, pilotado por Donald Cunnell conseguiu atingi-lo. Depois de se recuperar dos graves ferimentos decorrentes, Richthofen passou a voar com o muito reconhecido triplano Fokker Dr.I, o característico avião com o qual ele é normalmente associado, mas com o qual ele só passou a voar de forma exclusiva, depois que ele foi reformado e teve as asas reforçadas em novembro.

Richthofen contribuiu com o desenvolvimento do Fokker D.VII com sugestões para superar as deficiências dos caças alemães daquela época.

Ciência Impessoal – A fórmula química do amor


Tudo não passa de impulsos guiados por uma série de hormônios – dopamina, testosterona, ocitocina… Entenda como essas substâncias fazem você perder a cabeça.

Helen Fisher afixou no quadro de avisos para alunos de psicologia da Universidade do Estado de Nova York. Desde 1996, ela já pesquisava como o amor funcionava em 166 culturas, e seus estudos concluíram que o mecanismo que amarra os amantes é universal.

Inúmeros voluntários entraram em contato. Depois de entrevistas detalhadas, Fisher selecionou 20 homens e mulheres que estavam profundamente apaixonados e felizes. Para entender o que acontecia, ela comparou imagens por ressonância magnética de quando viam a fotografia do amado com as de quando olhavam a de um conhecido qualquer. Duas área do cérebro chamaram a atenção: a área tegmentar ventral (VTA, na sigla em inglês) e o núcleo caudado.

circuitos cerebrais responsáveis pela excitação e pelo prazer. Toda vez que nos sentimos satisfeitos, quem de fato se satisfaz é esse circuito, seja ao usar drogas, ao fazer sexo, ao gastar horas em  jogos de azar ou ao encontrar a pessoa amada. Se esse sistema estiver em baixa, buscaremos algum estímulo que o ative novamente para receber uma injeção de ânimo.

Quanto mais apaixonado o voluntário, maior a ativação do núcleo caudado ao ver a foto do objeto do seu amor. Mas a responsável por essa ativação é a VTA.

É ela que armazena em vesículas o neurotransmissor dopamina, a “molécula do prazer”, e o distribui por meio de seus axônios para diversos alvos no cérebro (como o próprio núcleo caudado), estimulando-os.

A principal descoberta foi a de que foi a de que o amor romântico não é uma emoção, mas sim um impulso. Emoções vêm e vão e se focam em diferentes objetos; já impulsos precisam ser resolvidos e se focam em um único objeto. Além disso, impulsos são associados a altos níveis de dopamina. Eles orientam nosso comportamento para atingir uma necessidade biológica, como a sede para procurar água, a sensação de frio para buscar calor, a fome para comida, o tesão para parceiros sexuais, e o instinto maternal para cuidar de nossos filhos. Tudo é química, apesar do instinto masculino de buscar o maior número de parceiras sexuais e do instinto feminino de buscar o homem com os melhores genes. 

Fisher acredita que o tesão também tem uma receita química: a testosterona, hormônio presente em homens e mulheres, mas com concentração maior nos homens, homens e mulheres com maiores níveis desse hormônio no sangue tendem a fazer mais sexo.

E não é só isso: atletas que aplicam testosterona também têm mais pensamentos sexuais e mais ereções; mulheres sentem mais desejo sexual na ovulação, quando seu nível de testosterona é mais alto, e  e homens têm seu pico de libido no início dos 20 anos, quando têm mais desse hormônio. Já a maioria das mulheres de meia-idade não sente queda do desejo, uma vez que a baixa do estrogênio com a menopausa tende a aumentar os níveis de testosterona.

Mas vamos com calma. Hormônios não controlam nosso comportamento sexual da mesma forma como fazem com o de ratos.  Em nós, os hormônios influenciam o tesão, mas quem controla tudo isso é a nossa mente. O amor nos faz sentir prazer. E isso basta para que nos viciemos nele.

Todo Mundo Mente? Cientistas Mentem


Por mais que questionemos o método científico, as teorias sobrevivem, até o dia em que sejam refutadas por outra descoberta. A ciência tem pode de autocorreção, a ciência funciona, mas não podemos confundir ciência com cientista.
A primeira é um ideal abstrato, já os segundos são construtores humanos. Ser cientista não é atestado de honestidade.

Fusão a Frio
Em março de 1989, uma dupla de cientistas anunciou a fusão a frio, algo que poderia revolucionar o mundo. Os autores eram de boa reputação, mas no entyanto, a euforia não durou mais de um mês.
Há décadas a humanidade tenta recriar o processo de fusão que acontece nas estrelas, de forma controlada. A ideia mais positiva é um reator de fusão, que usa lasers para comprimir o núcleo atômico. O único problema é que para chegar em tais condições, sempre se gasta mais energia que a obtida. A proposta da dupla de cientistas era a de usar equipamento simples, como dois elétrodos de paládio embebidos em água.
Tal metal foi escolhido por conseguir absorver muito hidrogênio, usando na experiência água pesada: o deutério, uma variação do hidrogênio, passando corrente elétrica. Aconteceu a eletrólise da água, que segundo eles, parecia gerar mais energia que a consumida.
Já se sabia do efeito da supercondutividade em altas temperaturas, sendo assim por que não?
A dupla de cientistas estava convencida, porém, diversosos experimentos realizados por outros grupos, tentaram reproduzir sem sucesso, conseguindo no máximo detectar um fluxo de nêutrons, mas num nível muito menor que o necessário para gerar o calor esperado. Mas a controvérsia não durou muito tempo, em 1 de maio de 1989, três cientistas do Caltech, deram como impossível tal processo.
Para um Nobel de Química, os cientistas teriam sido induzidos a acreditar em resultodos falsos para efeitos subjetivos.
A dedução mostrou que existem muitos tons de conza entre a fraude e o engano e que a ciência pode escorregar.

Quando surgiu a consciência ?


A evolução de novas redes de neurônios não deixa fósseis, e todo traço que surge por seleção natural aparece gradualmente, sem saltos bruscos.

Sabemos que golfinhos, chimpanzés, polvos e certas aves exibem vários aspectos do que chamamos de consciência: eles se reconhecem no espelho, imaginam as intenções de outros animais (há pássaros que mudam o lugar em que guardam alimento quando notam que foram vistos) e fazem planos para o futuro. Por outro lado, as primeiras expressões artísticas do ser humano foram registradas há 70 mil anos, e é possível que a linguagem tenha evoluído mais ou menos na mesma época. tais capacidades não tem paralelo.  

Um aspecto central da consciência, é claro, é a sensação de que existe um “eu”. Há casos, por exemplo, de pessoas com lesões cerebrais que se diziam cegas, mas conseguiam se desviar de obstáculos sem saber como.

Elas haviam perdido o acesso consciente à visão, mas o cérebro ainda agia com base nos dados visuais sem consultar o dono.

Por exemplo: um morcego tem uma espécie de sexto sentido, a ecolocalização. Esse mamífero voador emite sons e calcula a que distância que um objeto está pelo tempo que o som demora para bater no objeto e voltar. Será que o morcego “vê” os sons? Talvez, a representação mental gerada pela ecolocalização não se pareça nem com a audição nem com a visão. Ela pode ser algo que sequer conseguimos imaginar, pois não possuímos esse sentido. 

Biologia – Peixes Pulmonados


Os peixes pulmonados apresentam brânquias reduzidas, necessitando assim da respiração através de pulmões
Você já deve ter estudado que todos os peixes possuem respiração branquial, entretanto, um grupo de peixes ósseos possui a estranha característica de possuir respiração pulmonar, além da branquial. Eles são chamados de Dipnoi (do grego “dupla respiração”) ou peixes pulmonados.
Os Dipnoi são um grupo que vive exclusivamente em ambientes de água doce. Sua principal característica é a respiração através de uma estrutura que funciona como um pulmão primitivo. Essa estrutura é altamente vascularizada e é ligada à faringe. Ao encher a bolsa de ar, o oxigênio é passado para o sangue e o gás carbônico do sangue é passado para dentro da bolsa. Muitos cientistas acreditam que a bexiga natatória é uma especialização desse pulmão primitivo.
Além dessa característica, esses peixes possuem crânio maciço, dentes fundidos, musculatura potente na maxila inferior, notocorda presente nos adultos e são ovíparos. Nesses animais, a abertura nasal abre-se na parte interna do lábio superior e liga-se à faringe. Denomina-se de coana a abertura de comunicação entre as cavidades nasais e a faringe.
São conhecidas seis espécies com representantes vivos incluídas em três gêneros: Protopterus (África), Lepidosiren (América do Sul) e Neoceratodus (Austrália).
A espécie americana (Lepidosiren paradoxa) ocorre no Brasil e vive nas bacias Amazônica e do Prata. Tradicionalmente, esse peixe é conhecido por piramboia, um nome de origem tupi que significa “peixe-cobra”. Esse peixe, ao nascer, respira por brânquias. Após algum tempo, essas estruturas vão ficando menores e as piramboias iniciam sua respiração pelos pulmões. Esses animais devem constantemente colocar sua cabeça para fora da água para sugar o ar atmosférico. Quando se inicia a época de seca, ela consegue ficar enterrada na lama, esperando as próximas chuvas (estivação).
As demais espécies de Dipnoi também possuem a capacidade de estivação. Durante a época de chuva, elas se alimentam bem e armazenam reservas; já na estação seca, elas enterram-se e diminuem seu metabolismo, ficando inativas. Seu corpo fica curvado em forma de U e são, então, envolvidas por um muco que forma uma espécie de casulo. O animal fica com a região da boca livre, permitindo, assim, a respiração. Essa espécie é capaz de se manter dessa forma por até 4 anos, voltando à atividade quando a chuva aparece.

Tipos de respiração dos animais


Os animais apresentam tipos de respiração, como a respiração pulmonar e a branquial. Os tipos de respiração estão diretamente relacionados com o local onde cada animal vive. As brânquias, por exemplo, são encontradas em animais que necessitam retirar o oxigênio da água, enquanto as respirações cutânea, traqueal e pulmonar são observadas, geralmente, em animais terrestres.

A respiração é essencial para a sobrevivência dos seres vivos, sendo que nos animais garante a captação de oxigênio, o qual será utilizado no processo de respiração celular para, junto à glicose, produzir a energia necessária para a realização de suas atividades vitais.

Tipos de respiração dos animais

Diferentes tipos de respiração podem ser verificados nos animais, como a cutânea, a branquial, a traqueal e a pulmonar. Vamos, a seguir, explorar melhor cada um desses tipos, observando como eles garantem a captura do oxigênio e em que animais são encontrados.

·         Respiração por difusão simples diretamente através da membrana das células

A difusão é um processo em que se observa a passagem de substâncias de um ambiente, onde estão mais concentradas, para outro, onde estão em menor concentração.

Em poríferos e cnidários, o oxigênio passa da água, por difusão, para o interior da célula, onde está menos concentrado. O gás carbônico faz o trajeto no sentido contrário, passando das células para a água. Nesses animais, isso é possível, pois seu corpo é relativamente simples e as células estão muito próximas ao ambiente externo, favorecendo a difusão rápida dos gases para a célula.

·         Respiração branquial

Nos animais aquáticos é comum a presença de brânquias. Estas, no entanto, variam de uma espécie para outra. Em crustáceos, por exemplo, elas se apresentam longas e plumosas e estão cobertas por exoesqueleto. Nos equinodermos, como a estrela do mar, as brânquias são projeções tubulares da pele. No axolote, elas são externas. A mais conhecida delas é a brânquia presente nos peixes. Nesses animais observa-se a presença de arcos branquiais de onde partem duas fileiras de filamentos, formados por placas achatadas denominadas lamelas.

Os peixes conseguem, através das brânquias, captar cerca de 80% do oxigênio dissolvido na água à medida que ela passa por essas estruturas. Nesses animais, a água entra pela boca e sai pelas brânquias. Nas brânquias, o oxigênio presente na água passa pelos capilares sanguíneos presentes nas lamelas.

A respiração branquial ocorre em diferentes animais, como os peixes.

É importante destacar que nem todos os peixes apresentam exclusivamente respiração branquial. Os chamados peixes pulmonados possuem brânquias reduzidas. Nesse grupo, vemos uma espécie de pulmão primitivo, o qual está ligado à faringe do animal.

·         Respiração cutânea

Em alguns animais, como as minhocas e algumas espécies de anfíbios, as trocas gasosas ocorrem pela pele, a qual se destaca por ser altamente vascularizada. A presença de uma grande rede de capilares localizada logo abaixo desse revestimento corporal proporciona uma troca de gases entre o ambiente externo e o sangue.

·         Respiração traqueal

Nos insetos, observa-se a respiração do tipo traqueal. Nesse sistema respiratório, temos estruturas tubulares chamadas de traqueias, que se abrem para o exterior do corpo do animal. Essas traqueias ramificam-se por todo o corpo, atingindo praticamente a superfície de todas as células. Nas pontas das suas ramificações, percebe-se um epitélio úmido, que permite as trocas gasosas com as células. Nesses animais, não se observa o envolvimento do sistema circulatório no transporte de gases.

·         Respiração filotraqueal ou por pulmões foliáceos

Nos aracnídeos é possível observar, em algumas espécies, a presença de estruturas chamadas de pulmões foliáceos ou filotraqueias. Esses órgãos, adaptados à realização de trocas gasosas, lembram as folhas de um livro, sendo formados por várias lâminas contidas em uma câmara interna. Essa câmera comunica-se com o exterior por um orifício, e entre as lâminas circula hemolinfa. A entrada do ar garante a oxigenação da hemolinfa.

A respiração pulmonar ocorre em todos os vertebrados terrestres. Nos anfíbios, percebe-se que, além da respiração pulmonar, esses organismos necessitam das trocas gasosas realizadas na superfície de seu corpo (respiração cutânea). Em répteisaves e mamíferos, no entanto, toda a respiração ocorre por meio de pulmões. Uma exceção a essa afirmação são as tartarugas, que possuem uma respiração acessória. Nesses animais observa-se trocas gasosas ocorrendo em órgãos como a cloaca e a faringe.

Apesar de todos os vertebrados terrestres apresentarem pulmões, estes possuem algumas diferenças de um grupo para outro. Nos anfíbios, por exemplo, os pulmões apresentam-se como sacos simples, possuindo poucas divisões em seu interior. Nos outros grupos, no entanto, eles são mais subdivididos, possuindo uma maior superfície para as trocas gasosas.

Nos mamíferos, observamos uma ampla superfície para trocas gasosas, sendo o pulmão formado por milhares de alvéolos, que são espécies de pequenos sacos de ar localizados na extremidade dos bronquíolos. As trocas gasosas, nesses animais, ocorrem nesses locais, os quais são circundados por vários capilares.

Nas aves, as trocas gasosas ocorrem em canais chamados de parabrônquios e não nos alvéolos, como nos mamíferos. No sistema respiratório desses animais, observa-se ainda a presença de sacos aéreos conectados aos pulmões, mas não ligados diretamente com a troca gasosa. Esses sacos atuam proporcionando uma maior circulação de ar nesses órgãos. Nas aves, é necessária a realização de dois ciclos de inspiração e expiração para que o ar passe por todo o sistema respiratório.