Regeneração Cardíaca



Fonte: FAPESP

O coração dos mamíferos perde quase toda a capacidade de gerar novas células musculares já nos primeiros dias após o nascimento. É uma condição que dura toda a vida e que dificulta a recuperação do órgão em eventos que causam a morte celular em massa, como o infarto. Em um artigo publicado em 13 de novembro na revista Scientific Reports, pesquisadores do Instituto do Coração (InCor) e do Instituto de Química (IQ), ambos da Universidade de São Paulo (USP), verificaram que, em ratos, a rápida multiplicação das células cardíacas nas primeiras 24 horas de vida depende da produção de uma grande quantidade de energia.
No estudo, o grupo do médico José Eduardo Krieger, do InCor, verificou que, durante essa fase, a capacidade de proliferação das células musculares do coração (cardiomiócitos) exige a energia produzida simultaneamente por duas vias bioquímicas: a glicólise anaeróbica, que se baseia na quebra de açúcar (glicose) sem a necessidade de oxigênio; e a fosforilação oxidativa, que transforma glicose e gorduras (ácidos graxos) em energia a partir do consumo de oxigênio.


A glicólise anaeróbica é a principal forma de as células cardíacas dos mamíferos obterem energia durante a gestação, quando a disponibilidade de oxigênio é mais limitada. Antes do trabalho do grupo do InCor, pensava-se que essa forma de produção de energia fosse suficiente para garantir a proliferação celular, e que a fosforilação oxidativa fosse ativada gradualmente a partir do contato do recém-nascido com o ar.
“Observamos que logo após o nascimento, essas duas vias metabólicas encontram-se ativadas”, explica Krieger. “No entanto, a atividade de ambas diminui ao longo dos primeiros dias após o nascimento e, por volta do sétimo dia, o aporte energético para as células cardíacas passa a ser garantido predominantemente pela fosforilação oxidativa”, conclui.
As bioquímicas Ana Elisa Teófilo de Carvalho, então aluna de doutorado de Krieger, e Alicia Kowaltowski, do IQ-USP, observaram essa mudança na forma como as células produzem energia em experimentos com ratos. Logo após o nascimento, os animais foram separados em dois grupos e monitorados por 21 dias. O primeiro grupo era formado por ratos cujo coração havia sido lesado pelos pesquisadores no primeiro dia de vida. Já o coração dos animais do segundo grupo fora danificado sete dias após o nascimento. O objetivo era verificar se a capacidade de multiplicação das células estava associada à forma de produção de energia e ao consumo de oxigênio.
A área lesionada do coração dos ratos do primeiro grupo se regenerou, enquanto no segundo grupo formou-se uma cicatriz na região danificada. Esses resultados já eram esperados porque estudos anteriores indicavam que a capacidade de regeneração do tecido cardíaco de roedores diminui na primeira semana de vida.
Em paralelo a esses testes, os pesquisadores cultivaram em laboratório células cardíacas extraídas dos dois grupos de animais no dia em que sofreram a lesão no coração. As células do primeiro mantinham maior capacidade proliferativa e metabólica, enquanto as do segundo se multiplicavam menos e apresentavam uma baixa atividade metabólica. Para verificar se de capacidade de multiplicação das células do primeiro grupo dependia de um alto consumo de energia, eles acrescentaram à cultura um composto que bloqueava uma das vias bioquímicas, a fosforilação oxidativa. Com isso, verificaram que o potencial de reprodução das células de fato diminuiu.

“Com base no resultado dos dois experimentos, julgamos que a capacidade de multiplicação desse tipo de célula depende de um alto consumo de energia, possível apenas com a ocorrência simultânea da glicólise anaeróbica e da fosforilação oxidativa nas primeiras horas após o nascimento”, explica Ana Elisa, atualmente pesquisadora em estágio de pós-doutorado na Universidade Federal de São Paulo (Unifesp) no campus de Santos, litoral paulista.
Apesar de terem identificado essa mudança no metabolismo, os pesquisadores ainda não sabem por que ela ocorre nem quais são os mecanismos envolvidos na transformação. Ainda assim, segundo Krieger, os resultados do estudo abrem novas possibilidades de pesquisa voltada para a regeneração do tecido cardíaco. “A renovação das células cardíacas nos mamíferos adultos é baixa, da ordem de 2% por ano na primeira década de vida e de 0,5% a partir da terceira, quando os infartos se tornam mais frequentes”, explica. Para o pesquisador, caso a hipótese apresentada no estudo esteja correta, o desenvolvimento de estratégias de reparação do tecido cardíaco após um infarto exigirá, entre outras coisas, um estimulo do metabolismo energético dependente de oxigênio.

Projeto
Genômica cardiovascular: mechanismos & novas terapias – CVGen mech2ther (nº 13/17368-0); Modalidade Projeto Temático; Pesquisador responsável José Eduardo Krieger (USP); Investimento R$ 5.066.993,29

Artigo científico
CARVALHO, A. E. T. S. et al. Early postnatal cardiomyocyte proliferation requires high oxidative energy metabolism. Scientific Reports. v. 7, n. 15434, p. 1-11. nov. 2017.

História – O Mito Merlin



Os primeiros registros existentes onde consta Merlin (Armes Prydein, Y Gododdin) são do começo do século 10, nele consta que Merlin era um mero profeta, mas o papel dele foi evoluindo gradualmente como mago, profeta e conselheiro, ativo em todas as fases da administração do reinado do Rei Arthur. Ele foi aparentemente chamado ao nascer com o nome de Emrys num local chamado Caer-Fyrddin (Carmarthen). Só depois ele tornou-se conhecido como Merlin, uma versão latinizada da palavra gaulesa, Myrddin.
Merlin era o filho bastardo da Princesa Real de Dyfed. Porém, o Rei, pai da princesa, Meurig ap Maredydd ap Rhain, não é encontrado nas genealogias tradicionais deste reino e provavelmente era um sub-rei da região que limita Ceredigion. O pai de Merlin, é dito, era um anjo que tinha visitado a Princesa Real e tinha a deixado com a criança. Os inimigos de Merlin diziam que o pai dele era um incubus, um espírito mau que tem relacionamento com mulheres enquanto dorme. As pessoas suspeitavam que a criança “diabólica” (Merlin) veio para ser um contra peso à boa influência que Jesus Cristo teve na terra. Merlin, felizmente, foi batizado cedo em vida, é contado que este evento negou o mal na natureza dele, mas os poderes do lado esquerdos ficaram intactos nele. A história original foi inventada para salvar a mãe dele do escândalo que teria acontecido presumivelmente a ligação dela com Morfyn Frych (o Sardento), Príncipe secundário da Casa de Coel, ato de conhecimento público.
A lenda nos conta que a retirada romana da Inglaterra e a usurpação do trono dos herdeiros legítimos, fez com que Vortigern fugisse da saxônia e fosse para Snowdonia, em Gales, na esperanças de construir uma fortaleza em uma montanha em Dinas Emrys onde ele poderia estar seguro. Infelizmente, a construção vivia desmoronando e os feiticeiros da casa de Vortigern lhe falaram que um sacrifício de uma criança órfã resolveria o problema. Uma pequena dificuldade foi isto pois aquelas tais crianças eram bastante difíceis de serem encontradas. Felizmente para a fortaleza de Vortigern, Merlin era conhecido por não ter nenhum pai humano e o disponibilizaram.
Antes que o sacrifício pudesse acontecer, Merlin usou os grandes poderes visionários dele e atribuiu o problema estrutural a uma piscina subterrânea no qual viveu um dragão vermelho e um dragão branco. O significado disto, de acordo com Merlin, era que o dragão vermelho representou os Bretões, e o dragão branco, os Saxões. Os dragões lutaram, dragão branco levou a melhor, no princípio, entretanto o dragão vermelho empurrou o branco para trás. O significado estava claro. Merlin profetizou que Vortigern seria morto e o trono seria tomado por Ambrosius Aurelianus, depois Uther, depois o grande líder, Arthur. Caberia a ele empurrar os Saxões para trás.
De acordo com a profecia, Vortigern foi morto e Ambrosius tomou o trono. Depois, Merlin parece ter herdado o pequeno reino do avô dele, mas abandonou as terras dele em favor da vida mais misteriosa para a qual ele se tornou tão bem conhecido (a vida druídica). Depois que 460 nobres britânicos foram massacrados na conferência de paz, como resultado do artifício saxônio, Ambrosius consultou Merlin sobre erguer um marco comemorativo a eles. Merlin, junto com Uther, levou uma expedição para a Irlanda para obter as pedras do Chorea Gigantum, o Anel do Gigante. Merlin, pelo uso dos poderes extraordinários dele, devolveu as pedras para um local, um pouco a ocidente de Amesbury, e os reergueu ao redor da sepultura da massa dos nobres britânicos. Nós chamamos este lugar Stonehenge.
Após a sua morte, Ambrosius teve como sucessor o seu irmão, Uther, quem, durante a perseguição dele a Gorlois, conheceu a esposa irresistível de Gorlois, Igraine (Ygerna ou Eigr em alguns textos), Uther voltou para as terras em Cornwall, onde foi pedir para Merlin ajuda-lo a possuir Igraine, e para Merlin ajuda-lo, Uther teve que fazer um trato com Merlin de que a criança que nascesse da união de Uther com Igraine fosse dada a Merlin para ele se torna o tutor da criança, Uther aceitou e foi ajudado por Merlin que o transformou na imagem de Gorlois. Uther entrou no castelo de Gorlois e conseguiu enganar Igraine a pensar que ele era o marido dela, e engravidou-a, concebendo ela uma criança, Arthur. Gorlois, no entanto não sabendo no que iria acontecer, saiu para encontrar-se com Uther no combate, mas ao invés, foi morto pelas tropas de Uther, enquanto Uther se passava por Gorlois.
Depois do nascimento de Arthur, Merlin se tornou o tutor do jovem menino, enquanto ele crescia com o seu pai adotivo, Senhor Ector (pseudônimo Cynyr Ceinfarfog). No momento definindo da carreira de Arthur, Merlin organizou uma competição da espada-na-pedra (a espada era Caliburnius e não a Excalibur, Excalibur veio após Arthur quebrar Caliburnius) pela qual o rapaz se tornou o rei. Depois, o mago conheceu a mística Dama do Lago na Fonte de Barenton (na Bretanha) e a persuadiu a presentear o Rei com a espada mágica, Excalibur. Nos romances, Merlin foi o criador da Távola Redonda, e esta sempre ajudando e dirigindo os eventos do rei e do reino Camelot. Ele é pintado por Geoffrey de Monmouth, ao término da vida de Arthur, acompanhando Arthur ferido para a Ilha de Avalon para a curar das feridas dele. Outros contam como tendo se apaixonado profundamente por Morgana, a meia irmã de Arthur, e ele concordou em lhe ensinar todos seus poderes místicos. Ela ficou tão poderosa que as habilidades mágicas dela “excederam” às de Merlin. Determinou que não seria escravizada por ele, e prendeu-o em um calabouço, uma caverna semelhantemente a uma prisão. Assim a ausência dele na Batalha de Camlann era no final das contas responsável pelo falecimento de Arthur.
É dito que a prisão e/ou o local onde ele está enterrado está em baixo do Montículo de Merlin na Faculdade de Marlborough em Marlborough (Wiltshire), a Drumelzier em Tweeddale (a Escócia), Bryn Myrddin (a Colina de Merlin) perto de Carmarthen (Gales), Le de Tombeau Merlin (a Tumba de Merlin) perto de Paimpont (Brittany) e Ynys Enlli (Ilha de Bardsey) fora a Península de Lleyn (Gales).
Esta é a Lenda de Merlin mas conhecida, tendo outras que diziam que ele era um louco que tinha o dom de prever as coisas que iriam acontecer e que vivia nas florestas como um selvagem. Senda assim Merlin é um dos seres mais enigmáticos que existiu, onde até hoje ninguém sabe se ele existiu mesmo ou se é apenas uma Lenda, o que se sabe são apenas fragmentos sobre ele, e estórias confusas, na qual não se consegue definir a sua identidade. Tendo momentos de total lucidez como um sábio (como o de aconselhar Arthur como reinar em perfeita harmonia e a de falar com os elementais) e outras como a de uma pessoa que deixou-se ser enganado pelo sentimento deixando de lado a razão (como o de ter se apaixonado por Morgana e ensinado a ela a sua arte). Isto faz com que ele seja tão enigmático e carismático ao mesmo tempo, onde até hoje quando se fala logo em mago, vem na cabeça Merlin.

Arthur – O Rei das Lendas



Ele foi celebrado em verso e prosa por toda a Idade Média e além, em países muito distantes de sua Inglaterra natal. Seus mitos sobreviveram o bastante para tornarem-se filmes, livros e até videogames.
Se Arthur entrou para os mitos como figura fundadora da Inglaterra, ironicamente, ele nunca lutou ao lado dos ingleses. Arthur é uma lenda de origem celta, criada no País de Gales, a região onde se refugiaram os habitantes originais da Grã-Bretanha após as invasões dos anglo-saxões, vindos da atual Alemanha — aqueles fundariam a Inglaterra.
Na batalha do monte Badon, por volta do ano 500, Arthur teria derrubado mais de 900 saxões, atrasando a invasão — e a fundação da Inglaterra — em décadas. Filho bastardo do rei Uther Pendragon, Arthur.
O Rei Arthur é um personagem literário da cultura medieval britânica.
Origem da Lenda
As histórias do rei Arthur estão situadas num momento em que os bretões dominavam a Grã-Bretanha nos séculos V e VI. Os bretões eram os celtas que haviam adotado os costumes dos romanos, quando estes habitaram a ilha.
Além de terem que enfrentar um inimigo externo, os saxões, o povo bretão lutava entre si para formar alianças.
Os relatos do Rei Arthur, também chamado Ciclo Arturiano, tem como pano de fundo a Alta Idade Média, quando a Bretanha está sendo cristianizada. Por isso, convivem as crenças pagãs e a magia com as celebrações próprias dos cristãos.
Assim, existem referências a magos como Merlin, sacerdotisas como Viviane e Morgana, tanto quanto igrejas, mosteiros e sacerdotes católicos.
Arthur era o filho primogênito de Uther Pendragon e da Duquesa Ingraine, casada com Garlois. Por sua vez, Ingraine e Garlois tinham uma filha, Morgana.
Ao contrário de Arthur, a existência de Pendragon está comprovada. No entanto, não se sabe se os fatos que foram narrados a seu respeito possam ser verdade.
Uther Pendragon apaixonou-se perdidamente por Ingraine e para conquistá-la, aproveitou-se da ausência de Garlois, que se encontrava no campo de batalha.
Ele pede ajuda a Merlin que modifique sua aparência e que fique com as mesmas feições que Garlois. Em troca, o menino que nasça dessa união, será educado pelo mago. Assim, quando ele chega ao castelo, Ingraine pensa que é o seu esposo que voltou.
Em seguida, trazem o corpo de Garlois e Ingraine percebe que fora enganada. No entanto, é tarde, e no dia seguinte ela casa-se com Pendragon. Nove meses mais tarde nasce Arthur.
Arthur nasce e é levado para ser criado na corte de sir Ector onde ninguém conheceria sua identidade. Sempre sob o olhar de Merlim, Arthur cresce como escudeiro de Kay, filho de Ector.
Numa floresta britânica havia uma pedra com a seguinte inscrição:
Qualquer um que extrair
esta espada desta pedra
será o rei da Inglaterra
por direito de nascimento
No dia que Kay é sagrado cavaleiro, sua espada se parte e o jovem Arthur corre para buscar outra arma. Vê uma espada cravada numa pedra e não hesita em apanhá-la.
Ao entregar a espada para Kay, seu pai adotivo reconhece a arma e pede para que Arthur os leve onde a encontrou. Ao chegar, introduz a espada novamente na pedra e mais uma vez consegue tirar a espada com facilidade e é reconhecido por seus pares como soberano.
Participaria de doze batalhas nas quais conduz seu exército à vitória.

Casamento e Filhos
Arthur foi introduzido nos antigos rituais pagãos e jura proteger esses povos. Numa dessas festas, acaba por ter relações com sua meia-irmã Morgana e gera um filho, Mordred. Outras fontes situam Mordred como sobrinho de Arthur.
No entanto, a fim de reforçar suas alianças com os senhores feudais católicos, casa-se com a princesa Guinevere. Conhecida pela sua beleza e piedade, a rainha, porém, se apaixona pelo melhor amigo de Arthur, o cavaleiro Lancelot.
Embora colecione vitórias nas suas batalhas, Arthur e Guinevere não conseguem ter um herdeiro. Guinevere acredita que esta é a sua punição por desejar outro homem, enquanto Arthur pensa que o problema está nele.

Morte do Rei Arthur
O rei Arthur participava da Batalha de Camelot quando é ferido mortalmente por Mordred. No entanto, este também é morto por Arthur.
O rei pede ao seu escudeiro, sir Bevedere que o leve para a beira de um lago e ali jogue a espada Excalibur. Ele o faz e a mão da Dama do Lago aparece para recolhê-la.
Em seguida, as sacerdotisas de Avalon aparecem numa embarcação, para levar Arthur à ilha onde ele seria tratado.
Távola Redonda
Os cavaleiros da Távola Redonda eram 12, deveriam ser homens puros de coração e viver de acordo com os preceitos cristãos. O local das reuniões era Camelot.
A palavra tavolo significa mesa em italiano e esta denominação foi consagrada no português do Brasil. O formato era redondo para mostrar que nenhum deles era mais importante que os demais.
Eis a lista dos membros da Távola Redonda:

Kay
Lancelot
Gaheris
Bedivere
Lamorak de Galis
Gawain
Galahad
Tristão
Gareth,
Percival
Boors
Geraint
Numa das reuniões, os cavaleiros tiveram uma visão do santo Graal, o cálice onde Jesus Cristo teria usado na Última Ceia. Isso desencadeia uma corrida entre os cavaleiros para saber quem encontraria o objeto sagrado.
No entanto, somente três cavaleiros conseguem atingir o objetivo: Boors, Perceval e Galahad.
As aventuras para buscar o Graal são contadas em Prosas de Lancelot, cujos relatos são escritos em plena época das Cruzadas. Assim era uma forma de estimular os cavaleiros a combater na Terra Santa.
O Rei Arthur Existiu?
É muito provável que Arthur não tenha existido, ou se realmente viveu, é quase certo que não tenha havido uma confraria como a Távola Redonda.
As fontes que tratam da vida deste rei, foram escritas mais de quinhentos anos após os acontecimentos narrados e fica difícil distinguir a veracidade por falta de outros documentos para contrastar suas informações.
De todas as maneiras, aqui estão os escritos medievais sobre o Rei Arthur:
História do Reino da Bretanha, de Geoffrey de Monmouth, escrita em 1135-38.
Lancelot, o cavaleiro da charrete, de Chretien de Troyes, datado do século XII.
Prosas de Lancelot ou Ciclo Vulgata, de Robert de Baron, escrita ao redor de 1225.
Posteriormente, obras como A Morte de Arthur, de Thomas Maoly, de 1485 e o poema Idílios do Rei, de Alfred Tennyson, lançado em 1859, acrescentariam novos dados sobre os personagens do Ciclo Arturiano.
As lendas do Rei Arthur interessaram vários escritores americanos que fizeram versões ilustradas e popularizaram o mito. Títulos como O rei Arthur e seus Cavaleiros, de Howard Pyle, de 1903, apresentaram o romance para o público norte americano.

Evolução – Por que os macacos não evoluem?



O homem não evoluiu do macaco. Os dois pertencem a diferentes espécies da ordem dos primatas e por isso possuem algumas características similares, herdadas de um antepassado comum. Um não descende do outro. É como se, em uma árvore genealógica, ambos fossem primos distantes.
“Seres humanos, chimpanzés, micos-estrela, macacos-prego, muriquis e tantas outras espécies possuímos um ancestral comum. Isto não quer dizer que o muriqui veio do macaco-prego, ou que o homem veio do chimpanzé ou de alguma outra espécie hoje existente”, afirma o mestre em primatologia Ivan Campos, do Instituto Chico Mendes. “Quer dizer que, em um momento no passado, uma espécie se dispersou por diferentes ambientes, sofreu isolamento entre suas populações, enfrentou pressões diferentes nos diferentes ambientes, acumulou modificações sofridas ao longo das gerações e deu origem a diferentes espécies de primatas.”
O outro erro da pergunta está em pressupor que os macacos não evoluíram. A ideia de evolução não está ligada ao acúmulo de força ou inteligência, apenas à noção de mudança ao longo do tempo. Assim como o ser humano, os macacos também evoluíram, porque tiveram de passar por diversas adaptações ao seu ambiente onde vivem e, ao longo do tempo, foram mudando também sua relação com outras espécies e entre os indivíduos da mesma espécie.
Uma das forças evolutivas mais populares é a da seleção natural, descrita por Charles Darwin. Mas o que circula no boca a boca é uma definição errônea, de que os mais fortes sobrevivem. Na verdade, ela afirma que quem sobrevive são os mais aptos, aqueles que conseguem se adaptar e superar situações adversas – seja escapando de um predador com a capacidade de se camuflar, alterando sua alimentação em um período de seca, ou conseguindo armazenar mais água no corpo, por exemplo.
“Estaria o ser humano tão apto a sobreviver em seu ambiente como seus parentes primatas? Em caso afirmativo, por que então o ser humano destrói tanto o ambiente em que vive e os recursos de que ele mesmo necessita? É de se pensar, não é?”, provoca o pesquisador.