Rádio – Viaje com a Excelcior, a máquina do som



Fundada em 1934, operou em AM 780 kHz. Em 1991, a Rádio Excelsior foi extinta para dar lugar à CBN São Paulo.
A PRG-9 Rádio Excelsior foi fundada em novembro de 1934 por Paulo Machado de Carvalho, em um ano no qual também foram inauguradas as rádios São Paulo, Cultura, Cosmos e Difusora.

Sediada no mesmo prédio da então Organização Record, na Praça da República, a Excelsior, cujo slogan era “A voz querida da cidade”, era direcionada inicialmente ao gosto da elite paulistana, com programação de música erudita e programas culturais, missas e até mesmo um especialmente dedicado ao turfe.
Devido a popularidade das transmissões das missas da Igreja Nossa Senhora do Carmo, a programação da emissora mudou sensivelmente em maio de 1936. Após um acordo entre a Arquidiocese de São Paulo e Paulo Machado de Carvalho, a Excelsior virou a “Voz de Anchieta”, propagandeada como “a primeira estação católica do mundo”.
Desse período, teve entre seus locutores o cônego Manoel Correa de Macedo, o advogado e radialista Tito Lívio Fleury Martins e o comunicador Renato Ribeiro Macedo.
Em 1938, a Excelsior deixava a sede da Record.

Em 1953, o empresário Victor Costa, radicado no Rio de Janeiro e dono das Organizações Victor Costa, mudou-se para São Paulo. Com acesso às esferas do poder federal, principalmente sob o governo de Getúlio Vargas, Costa adquiriu a Excelsior após negociação com Paulo Machado de Carvalho, e a rádio passou a ser co-irmã da Rádio Nacional (extinta Rádio Globo São Paulo).
Em 1966, as Organizações Globo, do empresário carioca Roberto Marinho, compraram todas as empresas de comunicação das Organizações Victor Costa, incluindo a Rádio Excelsior. Como reflexo dessa mudança, em 1968 a emissora teve sua programação reformulada. Precedendo as futuras rádios FMs, a Excelsior criou uma programação totalmente direcionada para o público jovem e focada em sucessos da música pop da época.
Competindo diretamente com a Rádio Difusora, a Excelsior era supervisionada pelo radialista Antonio Celso, autor do slogan “Viaje com a Excelsior, a Máquina do Som”. Entre programas emblemáticos dessa fase, durante a década de 1970, estavam o Pediu, Tocou, Ganhou e o Peça Bis Para o Sucesso, que contavam com a participação de ouvintes via carta ou telefone. O repertório baseado em sucessos do momento, nacionais e, majoritariamente, internacionais seria mantido até a metade de 1980, momento no qual Antônio Celso se desligou da emissora e ela passou a adotar uma nova programação.
Boa parte do repertório desta época pode ser conferido na série de LPs “Viaje com a Excelsior – A máquina do som” (editados entre 1974 e 1980 pela Som Livre). A Excelsior AM tocava a música em sua programação, tornava-a sucesso e depois algumas eram inseridas em telenovelas da Rede Globo e a Som Livre reunia os sucessos em coletâneas com o nome da emissora.
Em 1978, as Organizações Globo criaram a Excelsior FM, que herdaria a programação musical jovem da velha Excelsior. Esta, por sua vez, a fim de concorrer com a Jovem Pan, voltou-se ao esporte, ao jornalismo e ao entretenimento na década de 1980. Entre programas marcantes dessa fase, estava o Balancê, programa de variedades apresentado por Osmar Santos e que teve Fausto Silva como repórter.
Outro destaque desta época foi o Jornal da Excelsior, que era apresentado das 6h às 9h por Heródoto Barbeiro e com a participação de toda a equipe de jornalismo da emissora. Seu slogan era “A informação de São Paulo”. Entre os locutores, comentaristas e jornalistas que trabalharam na época, estão Joelmir Beting, Celso Ming, José Nello Marques, Miguel Dias, Lilian Witte Fibe, Rui Martins, Juca Amaral, Nelo Rodolfo, Luiz Lopes Correa, Marcos Niemeyer, Haisem Abaki, Rinaldo de Oliveira, Celso Antônio de Freitas, Cléo Medeiros, Roberto Silva, Braga Júnior, Edison Scatamachia, Amorim Filho, Isidro Barioni, Helena Amatte, Zelda Mello, Rubens Palli, Marcelino Domênico, Samuel Lopes, Bueno Ferraz, Mauro Machado, Milton Rosth, Eduardo Machado, Eduardo Fortunato, Milton Parron, entre outros nomes.
Toda a equipe e a programação da Excelsior em seus últimos anos serviu de base e embrião para a criação da CBN, rede de rádio all news. A Excelsior levou sua programação ao ar pela última vez em 30 de setembro de 1991, sendo substituída pela CBN São Paulo que estreou no dia seguinte.

Atmosfera da Terra – Ciclo do Nitrogênio



O nitrogênio é encontrado na forma de N2 na atmosfera e é o principal componente do ar, correspondendo a cerca de 78% de sua composição. Apesar de sua grande disponibilidade, poucas espécies são capazes de utilizá-lo dessa forma, sendo essa uma capacidade atribuída a alguns tipos de bactérias e cianobactérias.
A capacidade de capturar o N2 é essencial para garantir que esse elemento consiga completar seu ciclo entre os componentes vivos e físico-químicos do planeta. Nos componentes vivos, o nitrogênio é fundamental, pois faz parte da constituição de proteínas e ácidos nucleicos. Vale destacar também que sua deficiência no solo desencadeia problemas graves na agricultura.
Os animais conseguem utilizar o nitrogênio na forma de compostos orgânicos, tais como aminoácidos e proteínas. As plantas e algas, por sua vez, utilizam o nitrogênio na forma de íons nitrato (NO3-) ou íons amônio. O ciclo do nitrogênio assegura que esse elemento interaja com os organismos vivos e com o ambiente físico-químico.
→ Etapas do Ciclo do Nitrogênio
O ciclo do nitrogênio começa com a transformação do N2 da atmosfera em outros compostos nitrogenados. Essa transformação é denominada de processo de fixação, que pode ser físico, industrial ou biológico. A fixação física do nitrogênio ocorre quando faíscas elétricas ou relâmpagos entram em contato com o nitrogênio, o que causa a formação de amônia. A fixação industrial é realizada em fábricas. A fixação biológica ou biofixação, por sua vez, é a fixação de nitrogênio por micro-organismos, sendo essa a forma mais comum de fixação. Nesse tipo de fixação, bactérias podem converter o nitrogênio gasoso em amônia (NH3) ou íons amônio (NH4+).
Na fixação biológica, destaca-se a ação das bactérias do gênero Rhizobium. Bactérias desse gênero associam-se a plantas leguminosas, vivendo em nódulos de suas raízes. Essa relação estabelecida é um tipo de mutualismo, uma vez que ambas são beneficiadas. Enquanto as plantas fornecem proteção e alimento, as bactérias fornecem-lhe o nitrogênio. Ao morrerem, essas plantas liberam o nitrogênio de suas moléculas orgânicas na forma de amônia (NH3).

De onde vem o Oxigênio da Terra?


A Amazônia recebeu o título de “pulmão do mundo” injustamente. Somadas, as espécies de algas marinhas e de água doce produzem 55% do oxigênio do planeta. É claro que as florestas dão uma grande ajuda, mas boa parte do gás é consumida por lá mesmo, na respiração e na decomposição de animais e plantas. Já as algas, para nossa sorte, fabricam muito mais oxigênio do que precisam. “O excesso de gás liberado na água passa para a atmosfera e fica disponível para os outros seres vivos”. As algas ainda levam a vantagem de ocupar uma área bem maior que as árvores. “Afinal, 70% do planeta é coberto de água e todos os oceanos são habitados por algas microscópicas produtoras de oxigênio”, diz outra bióloga, Estela Maria Plastino, da Universidade de São Paulo (USP).
A verdade é que o ser humano tem uma dívida grande com esses vegetais aquáticos. “As espécies mais simples, as algas azuis, lançaram oxigênio na atmosfera primitiva da Terra há 3,5 bilhões de anos. Se isso não tivesse acontecido, plantas e animais nunca teriam surgido”, afirma Estela.
Fábricas de ar
Só as algas marinhas produzem mais da metade do gás vital
Origem – Bosques e florestas
% Produzida – 24,9%
Origem – Estepes, campos e pastos
% Produzida – 9,1%
Origem – Áreas cultivadas
% Produzida – 8,0%
Origem – Regiões desérticas
% Produzida – 3,0%
Origem – Árvores (total)
% Produzida – 45%
Origem – Algas marinhas
% Produzida – 54,7%
Origem – Algas de água doce
% Produzida – 0,3%
Origem – Algas (total)
% Produzida – 55%

Atmosfera rica em oxigênio da Terra deve durar só mais 1 bilhão de anos


Há um consenso na comunidade científica: a vida na Terra não será eterna. Pensando nisso, pesquisadores da Universidade Toho, no Japão, e do instituto Nexus for Exoplanet System Science, da Nasa, elaboraram simulações para descobrir a partir de qual momento o planeta não será mais habitável para a maioria das plantas e dos animais hoje existentes. Um dos fatores importantes para essa condição, aponta o estudo publicado no jornal Nature Geoscience. É a diminuição do oxigênio disponível na atmosfera.
Especialistas acreditam que, eventualmente, o Sol irá perder energia e se autodestruir. Antes disso, porém, o calor da nossa estrela deve aumentar e é provável que as circunstâncias não sejam muito favoráveis à vida. Para entender qual pode ser a situação da Terra em um futuro distante, a simulação liderada por Kazumi Ozaki e Christopher Reinhard considerou variáveis relacionadas ao clima, a processos geológicos e biológicos e à atividade solar.
O estudo sugere que, daqui a 1 bilhão de anos, o Sol estará mais quente e liberando mais energia, fazendo com que os níveis de dióxido de carbono na atmosfera diminuam, uma vez que o gás irá absorver o calor e se decompor. Com esse fenômeno, a camada de ozônio também será queimada. Em decorrência da queda dos níveis de dióxido de carbono, as plantas serão uma das primeiras afetadas e, consequentemente, haverá queda da produção de oxigênio.
Dentro de um período de 10 mil anos, a flora será extinta e, em seguida, o mesmo acontecerá com espécies marinhas e terrestres, que não terão como se manter vivas sem uma atmosfera favorável à respiração. Além disso, a simulação mostra que haverá mais metano, acelerando a morte de animais que dependem do oxigênio. O resultado, portanto, será um planeta sem vida, povoado apenas por pequenos organismos anaeróbios, como bactérias — um cenário similar àquele encontrado na Terra antes da evolução das plantas e dos animais.