Trata-se de apenas mais uma maneira de conecção de dispositivos eletrônicos.
Quando você usa computadores, sistemas de entretenimento ou telefones, as várias peças e partes dos sistemas compõem uma comunidade de dispositivos eletrônicos. Esses dispositivos se comunicam uns com os outros usando uma variedade de fios, cabos, sinais de rádio e feixes de luz infravermelha, além de uma variedade ainda maior de conectores, plugues e protocolos.
A conexão de dispositivos chamado bluetooth, que pode dinamizar muito o processo. Uma conexão bluetooth é sem fio (mesmo no Brasil é comum usar o termo em inglês, wireless) e automática e possui diversos recursos interessantes que podem simplificar nossa vida diária.
Quando dois dispositivos quaisquer devem falar um com o outro, eles precisam concordar em diversos aspectos antes de dar início à comunicação. Esse primeiro ponto do acordo é físico: eles falarão por meio de fios ou por alguma forma de sinais sem fio? Caso eles usem fios, quantos serão necessários – 1, 2, 8, 25? Assim que os atributos físicos são decididos, muitas outras questões surgem:
Quantos dados serão enviados por vez? Por exemplo, as portas seriais enviam dados 1 bit de cada vez, enquanto as portas paralelas enviam diversos bits de uma vez.
Como eles falarão um com o outro? Todas as partes em uma discussão eletrônica devem saber o significado dos bits e se a mensagem que eles recebem é a mensagem enviada. Isso significa o desenvolvimento de um conjunto de comandos e respostas conhecido como um protocolo.
O bluetooth é essencialmente um padrão de formação de rede que funciona em dois níveis:
Ele fornece um acordo sobre o nível físico (o bluetooth é um padrão de radiofreqüência).
Ele fornece um acordo sobre o nível do protocolo segundo o qual precisam concordar sobre quando os bits devem ser enviados, quantos devem ser enviados de cada vez, e como as partes em uma comunicação podem assegurar que a mensagem recebida é a mesma que a mensagem enviada.
A grande vantagem desse sistema é o fato de ser sem fio, de baixo custo e automático. Há outras maneiras de contornar o uso de fios, incluindo a comunicação infravermelha. Infravermelho (IR) se refere a ondas de luz de uma freqüência mais baixa do que os olhos humanos podem receber e interpretar. O infravermelho é usado na maioria dos sistemas de controle remoto de televisão. As comunicações infravermelhas são bastante confiáveis e não encarecem muito os dispositivos, mas apresentam alguns inconvenientes. Primeiro, o infravermelho é uma tecnologia de “linha de visada”. Por exemplo, você precisa apontar o controle remoto para a televisão ou DVD player para que as coisas aconteçam. O segundo inconveniente é que o infravermelho é quase sempre uma tecnologia “um para um”. Você pode enviar dados entre seu computador de mesa e seu computador laptop, mas não entre seu laptop e seu PDA ao mesmo tempo.
O bluetooth pretende resolver os problemas relacionados aos sistemas infravermelhos. O padrão bluetooth 1.0, mais antigo, possui uma velocidade de transferência máxima de 1 megabit por segundo (Mbps), enquanto o bluetooth 2.0 pode administrar até 3 Mbps. O bluetooth 2.0 é compatível com os dispositivos 1.0 precedentes. Em agosto de 2007, foi padronizada a versão 2.1+EDR (Enhanced Data Rate), que facilita o processo de pareamento (pairing) e aumenta a segurança das conexões.
Por que o nome bluetooth?
Harald Bluetooth foi rei da Dinamarca no final dos anos 900. Ele conseguiu unir a Dinamarca e parte da Noruega num reino e então introduziu o Cristianismo na Dinamarca. Ele deixou um grande monumento, a pedra rúnica Jelling, em memória de seus pais. Bluetooth morreu em 986 durante uma batalha com seu filho, Svend Forkbeard. A escolha desse nome para o padrão indica a importância das companhias da região Nórdica (que inclui países como a Dinamarca, Suécia, Noruega e Finlândia) para a indústria de comunicações, mesmo que o nome informe muito pouco sobre a tecnologia.
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