O empreendedor Elon Musk, fundador da Tesla e da SpaceX, anunciou que a Neuralink, outra de suas empresas, realizou o primeiro implante de chip cerebral com sucesso. A cirurgia foi realizada no domingo dia 28 de janeiro.
O interesse pelo resultado do implante disparou. De acordo com o Google Trends, ferramenta que monitora os termos mais buscados, o nome Neuralink figurava entre os termos mais procurados na plataforma de busca.
A Food and Drug Administration (FDA), órgão americano que regula serviços de saúde, deu o aval à Neuralink para realizar o primeiro teste em humanos em setembro de 2023.
O objetivo é testar uma interface que, em teoria, vai permitir que pessoas com paralisia possam controlar dispositivos com o pensamento.
“O chip permite o controle de um computador ou smartphone, e por meio deles, de qualquer outro dispositivo, usando apenas o pensamento”, De acordo com o empresário, os primeiros pacientes serão pessoas que perderam o controle dos membros.
“Imagine se Stephen Hawking pudesse se comunicar mais rápido do que um datilógrafo ou um leiloeiro. Esse é o objetivo”.
O dispositivo tem o tamanho aproximado de uma moeda e centenas de minúsculos eletrodos.
Os picos são atividades dos neurônios, células que usam sinais químicos e elétricos para enviar informação do cérebro para o resto do corpo.
O chip da Neuralink vai identificar esses impulsos e ajudar a contornar limitações, regenerando partes do cérebro responsáveis pelos movimentos.
O implante representa um marco importante para o avanço de tecnologias que buscam recuperar os movimentos perdidos de pacientes.
Agora, a Neuralink faz parte de um pequeno grupo de empresas e pesquisadores que receberam permissão para fazer testes em humanos.
Mas há riscos. Além de ter certeza que a cirurgia de implante e o próprio chip não causam danos ao cérebro, nem provocam a disseminação de doenças contagiosas.
Musk é conhecido por fazer declarações bombásticas, mas muitas dessas promessas nunca são cumpridas. Em 2016, por exemplo, afirmou que seus carros Tesla poderiam dirigir de forma autônoma de Nova York a Los Angeles e que sua outra empresa, SpaceX, teria chegado a Marte em 2018.
Até agora, nenhuma das duas promessas se tornou realidade. Em 2017, afirmou que os primeiros produtos da Neuralink estariam no mercado em no máximo quatro anos, mas foi necessário um prazo maior.