6674 – 7 De Setembro – O Dia da Independência


7 de Setembro é o 250º dia do ano no calendário gregoriano (251º em anos bissextos). Faltam 115 para acabar o ano.
Eventos históricos

1159 – É eleito o Papa Alexandre III.
1764 – Stanislas Poniatowski, o protegido da Rússia, é eleito rei da Polónia.
1817 – Luísa de Hesse-Cassel, rainha-consorte da Dinamarca (m. 1898)
1822
É declarada a Independência do Brasil em relação ao domínio de Portugal.
O Príncipe Regente é saudado em São Paulo como o primeiro Imperador do Brasil e executa o Hino da Independência.
1875 – Helena Petrovna Blavatsky funda a Sociedade Teosófica.
1884 – São libertados em Porto Alegre os últimos escravos da cidade.
1895 – Inauguração extra-oficial do Museu Paulista.
1907 – Viagem inaugural do transatlântico Lusitania.
1911
O poeta francês Guillaume Apollinaire foi preso e posto na cadeia sob suspeita de roubo da Mona Lisa.
Fundação do Grêmio Esportivo Brasil, em Pelotas, no Rio Grande do Sul.
1920 – Criação da Universidade Federal do Rio de Janeiro, a primeira universidade federal do país, pelo então presidente Epitácio Pessoa.
1922 – Primeira transmissão de rádio no Brasil, com discurso do presidente Epitácio Pessoa.
1936 – Benjamim, o último lobo-da-tasmânia, morre, e a espécie se extingue, no zoológico de Hobart.
1949 – Fundação oficial da República Federal da Alemanha.
1953 – Nikita Khrushchev é eleito secretário-geral do Partido Comunista da União Soviética.
1961 – Toma posse o presidente brasileiro João Goulart e inicia-se o primeiro regime parlamentarista no país.
1963 – She Loves You, a canção dos Beatles que mais vendeu até hoje no Reino Unido, chega ao “top 1” nas paradas de sucesso britânicas.
1969 – Libertado o embaixador norte-americano Charles Burke Elbrick e os 15 presos políticos (v. Anos de chumbo).
É criada a Federação Internacional das Associações Vexilológicas no Terceiro Congresso Internacional de Vexilologia.
1974 – Celebrados os Acordos de Lusaka entre o governo português e a FRELIMO, que terminaram a Luta Armada de Libertação e que levaram à Independência de Moçambique.
1977 – Assinado o Tratado Torrijos-Carter sobre o Canal do Panamá.
1979 – Início das transmissões da emissora norte-americana ESPN.
1996
– Inaugurado o monumento em memórias às vítimas do massacre de Eldorado dos Carajás.
– Tupac Shakur é alvejado por tiros em Las Vegas, resultando em seu falecimento 7 dias depois.

Feriados e eventos cíclicos

Brasil
Dia da Independência do Brasil ou Dia da Pátria.
Moçambique
Dia da Vitória, em Moçambique.
Portugal
Feriado Municipal no concelho de Arganil.
Feriado Municipal no concelho de Faro.
Feriado Municipal no concelho de Vendas Novas.
Santo do dia
Dia de Santa Regina, inglês (1197-1253)
Dia de São Clodoaldo, francês (ano 530 d.C)
Dia de São João de Nicomédia, Gália (viveu no século III)

Denomina-se Independência do Brasil o processo que culminou com a emancipação política do território brasileiro do Reino Unido de Portugal, Brasil e Algarves (1815-1822), no início do século XIX, e a instituição do Império do Brasil (1822-1889), no mesmo ano. Oficialmente, a data comemorada é a de 7 de setembro de 1822, em que ocorreu o chamado “Grito do Ipiranga”. De acordo com a historiografia clássica do país, nesta data, às margens do riacho Ipiranga (atual cidade de São Paulo), o Príncipe Regente do Brasil, então D. Pedro de Alcântara de Bragança (futuro imperador Dom Pedro I do Brasil), terá bradado perante a sua comitiva: “Independência ou Morte!”. Determinados aspectos dessa versão, no entanto, são contestados por alguns historiadores em nossos dias.
A moderna historiografia em história do Brasil remete o início do processo de independência à transferência da corte portuguesa para o Brasil, no contexto da Guerra Peninsular, a partir de 1808.
No final de agosto de 1822, D. Pedro deslocou-se à província de São Paulo para acalmar a situação depois de uma rebelião contra José Bonifácio. Apesar de ter servido de instrumento dos interesses da aristocracia rural, à qual convinha a solução monárquica para a independência, não se deve desprezar os seus próprios interesses. O Príncipe tinha formação absolutista e por isso se opusera à Revolução do Porto, de caráter liberal. Da mesma forma, a política recolonizadora das Cortes desagradou à opinião pública brasileira. E foi nisso que se baseou a aliança entre D. Pedro e o “partido brasileiro”. Assim, embora a independência do Brasil possa ser vista, objetivamente, como obra da aristocracia rural, é preciso considerar que teve início como compromisso entre o conservadorismo da aristocracia rural e o absolutismo do Príncipe.
Em 7 de setembro, ao voltar de Santos, parado às margens do riacho Ipiranga, D. Pedro recebeu uma carta com ordens de seu pai para que voltasse para Portugal, se submetendo ao rei e às Cortes. Vieram juntas outras duas cartas, uma de José Bonifácio, que aconselhava D. Pedro a romper com Portugal, e a outra da esposa, Maria Leopoldina de Áustria, apoiando a decisão do ministro e advertindo: “O pomo está maduro, colhe-o já, senão apodrece”.
Impelido pelas circunstâncias, D. Pedro pronunciou a famosa frase “Independência ou Morte!”, rompendo os laços de união política com Portugal.
Culminando o longo processo da emancipação, a 12 de outubro de 1822, o Príncipe foi aclamado Imperador com o título de D. Pedro I, sendo coroado em 1 de dezembro na capital.
Consolidado o processo na região Sudeste do Brasil, a independência das demais regiões da América Portuguesa foi conquistada com relativa rapidez. Contribuiu para isso o apoio diplomático e financeiro da Grã-Bretanha. Sem um Exército e sem uma Marinha de Guerra, tornou-se necessário recrutar mercenários e oficiais estrangeiros para comandá-los, do mesmo modo que adquirir meios.
Desse modo, foi sufocada a resistência portuguesa na província da Bahia, na do Maranhão, na do Piauí e na do Pará.
O processo militar estava concluído já em 1823, restando encaminhar a negociação diplomática do reconhecimento da independência com as monarquias européias.
A data comemorada oficialmente para a Independência do Brasil é 7 de setembro de 1822, dia em que, às margens do riacho Ipiranga, em São Paulo, o Príncipe Regente D. Pedro, ao receber a correspondência da Corte, teria proclamado o chamado “grito da Independência”, à frente da sua escolta: “Independência ou Morte!”
Outras datas consideradas historiograficamente para o evento, embora menos populares, são a data da coroação do Imperador (1 de dezembro de 1822) ou mesmo a do reconhecimento da Independência por Portugal e pela Grã-Bretanha (29 de agosto de 1825). À época, em 1822, a data tomada como marco da Independência foi o 12 de outubro, dia do aniversário de Pedro I e de sua aclamação como imperador, conforme registrado pela historiadora Maria de Lourdes Viana Lyra, titular do Instituto Histórico e Geográfico Brasileiro, e publicadas em 1995. A conclusão de seu estudo indica que o “grito” foi uma construção “a posteriori” e que acabou consolidado no quadro encomendado a Pedro Américo, produto da fértil imaginação do pintor, onde, entre outras incoerências, mostra D. Pedro cercado pela Guarda Imperial (os hoje chamados de Dragões da Independência), antes dele ser proclamado Imperador.