2489-Desenvolvimento Industrial


A indústria é tão antiga quanto a civilização humana. Em aldeias pessoas com habilidades especiais eram escaladas para produzir bens para a comunidade em troca de dinheiro ou outros bens. A revolução industrial surgiu a partir do advento de máquinas que podiam dispensar o trabalho de vários artesãos. Teares mecânicos substituíram os tecelões, concentrando a atividade em fábricas. Logo as máquinas a vapor puderam ser utilizadas para acionar novas indústrias e a crescente demanda de operários introduziu uma migração em massa do campo para as novas cidades por parte da população em busca do trabalho. O pioneiro do princípio de produção em série foi o britânico Mark Bruenel, que no começo de 1803, desenvolveu uma série de máquinas, para produzir polias para navios veleiros da Marinha Real Britânica. Em 1835, nos EUA, Samuel Colt (1814-62), introduziu a fabricação de peças mecânicas para a fabricação de revólveres. Henry Ford introduziu a técnica de linha de montagem na fábrica de higland Park, Detroit, em 1913.

A Indústria Eletrônica
Os computadores são os últimos e possivelmente os mais importantes produtos de uma indústria que mais que qualquer outra, caracteriza o processo tecnológico vertiginoso verificado no século 20. A eletrônica , como já vimos, é o estudo do comportamento da eletricidade no vácuo, nos gases e em semicondutores. Originou-se com a invenção em 1904, do diodo, válvula de duplo eletrodo, também conhecida como termoiônica ou tubo de vácuo; pelo físico britânico John Fleming, seu primeiro emprego importante foi um detetor usado num protótipo de receptor de rádio. Dois anos depois, o pioneiro americano da radiofonia Lee de Forest, adicionou um terceiro eletrodo ao dispositivo, criando o primeiro triodo, o que permitiu um maior controle do fluxo de elétrons. A válvula era usada para amplificar pequenas correntes elétricas e pelos 40 anos seguintes constituiu um dos componentes chaves dos circuitos eletrônicos, sobretudo aos empregados em rádios e a seguir em TVS. Grandes indústrias foram criadas na Europa e na América do Norte, para suprir a demanda criada pela radiodifusão e pelas transmissões de TV, bem como pelas aplicações militares da eletrônica na 2ª Guerra mundial. Foram usadas válvulas nos primeiros protótipos dos computadores, desenvolvidos no fim de tal guerra, mas esses exigiam milhares de válvulas, que requeriam por sua vez, grandes quantidades de energia, além de não serem confiáveis para que as máquinas operassem por mais de alguns minutos, sem que houvesse pane. A revolução viria em 1947, quando cientistas da Bell inventaram o transistor. Requerendo quantidades ínfimas de energia, foi usado para substituir o triodo; os diodos semicondutores foram criados quase simultaneamente. A partir daí, os circuitos eletrônicos puderam se tornar menores. A evolução dos Cis no início dos anos 60, permitiu a miniaturização ainda maior. O chip de sílica tornou o computador tão popular que já são mais numerosos que os automóveis.
Indústria Automobilística
No final do século 19, começaram a chegar ao Brasil os primeiros automóveis importados. Entre 1903 e 1905 foi construído o primeiro carro brasileiro utilizando motor importado. No ano seguinte, também em SP, os irmãos Grassi criaram uma pequena indústria de acessórios. Em 1917, ainda no mesmo estado, a Ford instalou a primeira linha de montagens do país. A partir de 1921, Washington Luís começou a construir estradas em larga escala. Em 1925 a GM instalou uma filial no país para a montagem de veículos importados dos EUA. Durante a 2ª guerra mundial houveram restrições as importações, porém, no início da década de 1950, as peças e os automóveis importados voltaram a invadir o mercado brasileiro, prejudicando a produção nacional, incapaz de acompanhar o desenvolvimento da indústria automobilística internacional. A reação veio através de estímulo que o governo brasileiro deu á produção de automóveis. Em 1952, foram fundadas a Willys Overland do Brasil que fabricou o primeiro jipe; a fábrica nacional de motores (FNM), dedicada a produção de caminhões e a Vemag, que foi distribuidora de veículos Studebaker. No ano seguinte, a Volksvagen instalou-se no Brasil para montar sedans e kombis, a Mercedes Benz começou a construção de uma fábrica e a Ford inaugurou novas instalações. Em 1956,a Vemag produziu o primeiro carro de passeio brasileiro, uma perua chamada de DKV, e no ano seguinte, a FNM lançou o primeiro caminhão diesel. A VW introduziu a kombi. Em 1988, a Gurgel lançou o br 800, o 1° automóvel projetado totalmente com tecnologia brasileira. Atualmente com uma política neo-liberal, as restrições diminuíram e voltaram os importados.

Indústria de Bebidas
Há registros de beberagens obtidas a partir de grãos fermentados entre os antigos sumétrios; o vinho também tem origens remotas, com registros em várias culturas mediterrâneas antigas. Sua fabricação começa pelo esmagamento das uvas, por prensas ou mesmo pisadas, a mistura do suco com suas cascas e cachos é chamado mosto, que é posto a fermentar em recipientes apropriados; pode ser adicionado fermento, mas em geral não é necessário, pois as cascas já contém microorganismos naturais que desencadeiam a fermentação, esta converte a frutose em álcool e dióxido de carbono. Nos vinhos suaves a fermentação é interrompida, já nos secos prossegue até fim. Os espumantes resultam da fermentação secundária dentro de garrafas. Os vermutes recebem a adição de conhaque. A fabricação de cerveja baseia-se no processo de fermentação, mas a fonte de açúcar é um cereal, em geral cevada. Os grão são umedecidos e têm parte do amido convertido em açúcar. A cevada geminada, chamada malte, é então tostada e fornos. O lúpulo é outro ingrediente básico. O líquido vai para tonéis de fermentação onde recebe a adição de fermento cervejeiro. A fermentação é interrompida por pasteurização e o produto passa por um amadurecimento em barris. Aguardentes são obtidas em alambiques, onde se processam a evaporação de um mosto e a posterior condensação. O uísque emprega uma infusão maltada de cevada. Os licores consistem em açúcar e infusão em álcool de essência de frutas.

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