☻Energia – Vírus que gera Eletricidade


Em 2014, um grupo de cientistas da Universidade da Califórnia, em Berkeley, criou um vírus que gera eletricidade. Mas não se preocupe, esse vírus não é prejudicial aos humanos!

Ele é chamado de M13 e foi modificado geneticamente para ter propriedades incríveis:

  • Pequeno e resistente: O M13 é um vírus minúsculo, medindo apenas 880 nanômetros. Essa característica, junto com sua estrutura robusta, o torna ideal para diversas aplicações.
  • Gerador de energia: A principal habilidade do M13 é gerar eletricidade de duas maneiras:
    • Piezoeletricidade: Quando comprimido, o M13 se deforma e gera uma corrente elétrica. Essa propriedade é similar à de alguns cristais, como o quartzo, e pode ser usada para alimentar pequenos dispositivos eletrônicos.
    • Piroeletricidade: Ao ser aquecido, o M13 também produz eletricidade. Esse fenômeno, novo para vírus, abre portas para novas tecnologias de geração de energia.
  • Biocompatível: O M13 não infecta células humanas, o que o torna seguro para uso em diversas aplicações biomédicas.

Aplicações promissoras:

  • Baterias biodegradáveis: O M13 pode ser usado para criar baterias miniaturizadas, flexíveis e biodegradáveis para alimentar dispositivos implantáveis, como marca-passos e sensores de glicose.
  • Colheita de energia: O vírus pode ser integrado em materiais para gerar eletricidade a partir de movimentos como passos ou vento, alimentando dispositivos vestíveis ou sensores remotos.
  • Biossensores: O M13 pode ser modificado para detectar biomarcadores específicos em amostras de sangue ou saliva, possibilitando diagnósticos médicos mais rápidos e precisos.

Desafios e perspectivas:

  • Escalabilidade: A produção em larga escala do M13 ainda é um desafio, mas pesquisas estão em andamento para otimizar o processo.
  • Eficiência: A quantidade de eletricidade gerada pelo M13 ainda é pequena, mas estudos visam aumentar sua eficiência para aplicações práticas.
  • Impacto ambiental: A produção e o descarte do M13 precisam ser cuidadosamente avaliados para garantir que não causem danos ao meio ambiente.

O futuro do M13:

Embora ainda esteja em fase de pesquisa, o M13 tem um enorme potencial para revolucionar diversas áreas, desde a medicina até a energia renovável. Com o avanço das pesquisas, podemos esperar ver esse vírus biomimético em diversas aplicações que beneficiarão a sociedade de maneiras inovadoras e sustentáveis.

Esse fenômeno, que se chama piroeletricidade (e só havia sido detectado em minerais), acontece porque a parte externa do vírus foi revestida por uma proteína eletricamente carregada: metade dela tem carga positiva, e a outra metade tem carga negativa.
O calor perturba as moléculas dessa proteína, fazendo com que elas se desmanchem – e esse movimento altera as posições dos polos negativo e positivo, gerando uma “diferença de potencial elétrico”,que conhecemos como voltagem.
O M13 poderá ser usado, no futuro, como uma espécie de bateria biológica para alimentar pequenos dispositivos eletrônicos – como o vírus é capaz de se autorreplicar, ele “recarregaria” essa bateria sozinho.