![Harley-Davidson_Legendary[1]](https://megaarquivo.files.wordpress.com/2012/10/harley-davidson_legendary1.gif?w=700)
Robusta como um blindado, potente como um avião, cheia de curvas como uma bailarina, eterna como um Rolls Royce. Na Harley Davidson cabem 2 pessoas. Aos 109 anos é uma das mais carismáticas instituições americanas que ainda roda a 180 km por hora nas estradas. Bateu as possantes Ninjas japonesas na preferência dos motociclistas dos EUA e Europa. Tem liderado o mercado americano de motos pesadas com uma fatia de 45% enquanto a Honda estacionou em 27%, antes disso, quase foi a falência em 1983, quando as japonesas ocuparam 80% do mercado. No Brasil, a importação foi proibida em 1977 e liberada a aprtir de 1994.
William Sylvester Harley (29 de dezembro de 1880 – 18 de setembro de 1943 foi o co-fundador da Harley-Davidson Motor Company. Nascido em Milwaukee, Wisconsin, EUA, recebeu diploma de licenciatura em Engenharia mecânica pela Universidade de Wisconsin-Madison, em 1907.
Ajudou a fundar a Harley-Davidson com Arthur Davidson em 1903, trabalhando como chefe de máquinas até sua morte em 1943.
Em 1998 foi introduzido no Motorcycle Hall of Fame.
Em 1903, na cidade de Milwaukee, no estado norte-americano de Wisconsin, dois jovens (Arthur Davidson – escultor – e William S. Harley – desenhista) resolveram instalar um motor num quadro de bicicleta, com a intenção de se locomover mais rápida e comodamente nas subidas.
É comumente dito que, no primeiro resultado obtido, entre outros detalhes, o carburador era feito de uma lata em conservas, resultando em uma falha completa: o motor, demasiado fraco, não conseguiu propulsionar o conjunto.
Na obstinação de não abandonar o projeto, houve a tentativa de se adaptar um motor de 400 cm³, nitidamente mais potente do que o primeiro. Como resultado, o engenho andava, mas, apresentava sinais exteriores de fraqueza.
Neste momento, chegou-se ao fato de se ‘descobrir’ o segredo de uma boa moto: a harmonia entre o quadro e o motor.
Entre surpresas desagradáveis e progressos animadores, Arthur Davidson e William S. Harley, instalados em seu local de trabalho de 8m², conseguiram, finalmente, chegar à sua primeira e verdadeira maquina: construir a lendária Silent Gray Fellow, cujo motor de um cilindro inclinado de 410 cm³ que desenvolvia 3 cavalos estava equipado com uma válvula de admissão automática e com uma transmissão de correia. Foram produzidos três exemplares, todos cinzentos, já com a cor fetiche da nova marca.
Encorajado pelo resultado, William S. Harley decidiu-se se inscrever na universidade de Wisconsin, a fim de melhorar os seus conhecimentos de mecânica.
Com isso, o motor da lendária moto foi desenvolvido para um motor retificado de 450 cm³ e desenvolvendo 4 cavalos e a um quadro finalmente digno desse nome. Deste resultado saíram 50 exemplares das oficinas Harley-Davidson em 1906.
A partir de 1907, a notoriedade Harley e Davidson, aos quais se juntaram os primos William e Walter Davidson, começa a sair do Estado de Wisconsin. Com toda esta popularidade, são produzidas pelo menos cem maquinas todos os anos. E mais: para se demonstrar a qualidade das motos fabricadas, Walter Davidson se envolve em desporto motociclista e consegue a vitória, em 1907, em uma famosa corrida de resistência.
O Símbolo Do Sonho Americano
A partir deste momento, as cilindradas sucedem às inovações técnicas: o motor bicilíndrico de 1000cm³, o monocilíndrico de 600 cm³, a famosa válvula de escape lateral; o selim suspenso, a caixa de duas velocidades (depois três) e um sistema de lubrificação automático.
Em 1915 Leise Pakhurst vence o Troféu Nacional da Hora da FAM, em Birmingham, Alabama, perfazendo mais de vinte e cinco vitórias ao longo da época. Ainda em 1915, Floyd Clymer bate o recorde do mundo de tempo em dirt track em Dodge city, a 132 km/h, numa máquina equipada com um V-twin com oito válvulas com duas saídas de escape por cilindro.
Embora em 2009 uma Harley-Davidson esteja muito afastada da imagem do desporto motociclista, foi neste terreno que a marca provou a sua confiabilidade e a eficácia das soluções técnicas adotadas e revolucionarias no seu tempo.
Difícil esquecer os anos 70, no decurso dos quais especialmente as XR reinaram nas pistas de cinza dos EUA.
No futuro, talvez, posaamos ver na categoria dos twins, do outro lado do Atlântico, uma Harley-Davidson multi-valvulas vencer as italianas, as alemãs e as japonesas.
Definitivamente: uma Harley-Davidson (célebre máquina americana) chama a atenção de qualquer um – que um dia ou outro acaba cruzando o caminho com um biker mais ou menos autêntico e ouvir os sons baixos tão característicos do mais celebres motor do mundo.
Copiadas ou plagiadas, as máquinas de Milwaukee deixaram na historia suas marcas. Associada ao cinema, à música, às tradições do povo americano, ao serviço da polícia e do camponês do Middle West, as Harley-Davidson atravessaram o século 20 com sortes diversas, mas, sempre presentes.
Um Motor Numa Bicicleta
Por mais paradoxal do que possa parecer, as inovações realizadas por Willam S. Harley e Arthur Davidson eram, acima de tudo, práticas “proporcionadas” pelas experiências de Oscar Hedstrom, um dos fundadores da empresa Indiam, já que ambos iniciaram suas atividades de uma maneira, digamos, um pouco estranha (um encontro familiar) em uma indústria nascente: a da bicicleta equipada com um motor.
Nesta época, existiam poucos motores confiáveis; sendo as criações dos europeus Krüger-Aster/De Dion que vão servir de base de apoio às suas idéias.
Em 1905, os principais motores monocilíndricos saem da oficina e são vendidos a 200 dólares cada. Dois anos mais tarde, decidem juntar um segundo cilíndro ao seu mono clássico.
Harley na Guerra
Quando a guerra começou a destruir a Europa, os EUA se habituaram à ideia de uma intervenção, a firma Harley-Davidson continuou a interessar-se apenas pelo desenvolvimento técnico das suas máquinas, sempre com um esforço especial no que diz respeito as grandes provas desportivas. E o ponto da situação em 1940 era duas imagens: as WLDR 750 são as máquinas de competição mais desenvolvida e toda a gama Harley-Davidson está equipada com forquilhas Springer. Os padrões do Pentágono vão rapidamente dirigir-se a William S. Harley para lhe pedirem que conceba e construa uma maquina de 500 cm³ adaptada às suas necessidades. Considerando que a definição técnica do caderno de encargos imposto pelos militares não é aceitável, William recusa e o exercito americano vira-se para a Indian, que aceita o desafio. O resultado é um desastre. As motos não andam e o Pentágono volta à carga para finalmente se conformar com a escolha de uma twin de 750 cm³. Nascerá a 745 WLA com uma primeira encomenda de cento e oitenta e cinco unidade.

Em Harrisburg, na Pensilvânia com os efeitos do passado. A fabrica dos quadros, as pinturas dos depósitos, a instalação dos motores, a implantação dos feixes de cabos elétricos, tudo é feito à mão como provavelmente se fazia há cinqüenta anos atrás. Nada mudou: dos tambores com rodas aos óculos de plástico até o banco de ensaio que precede a colocação da película protetora e a embalagem em caixas de madeira. As oficinas de pintura são seguramente o mais espantoso. Batidos a partir de duas chapas de metal planam, os depósitos nascem à união de duas conchas de metal. Colocados em grandes estantes metálicas, vão em seguida passar de mesa em mesa para receber as camadas dos mais variados protetores, de pinturas laçadas e de verniz. Bombas de pintura e pequenos pincéis constituem todo o material destes artistas.

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