9550 – Saúde – Chega de mortes idiotas


Cerca de três milhões de pessoas morrem por ano por causa de doenças que poderiam ser evitadas com estratégias de prevenção ou tratamento que já existem. Quase todas estão em países pobres. Calcula-se que só as doenças negligenciadas, definidas pela Organização Mundial da Saúde (OMS) como males que recebem pouco investimento para pesquisa e novos remédios, atingem um bilhão de pessoas por ano. Dessas, cerca de 1 milhão morrem. “Esse número pode ser ainda maior, já que morre muita gente sem saber o que tinha”. Outras doenças ainda mais comuns, como pneumonia e diarreia, fecham a soma dos milhões de mortes bestas pelo mundo. E a maioria delas precisaria de pouco para ser evitada. É o que aconteceu com a malária: em uma década, a taxa de mortalidade da parasitose caiu pela metade graças à distribuição de 400 milhões de mosquiteiras com inseticida. No Brasil, as mortes por diarreia caíram em 95% desde 1980, com campanhas educativas e de vacinação contra rotavírus, além de melhorias no saneamento básico e acesso à água tratada.