8272 – Futebol e Geo-Política – Se a Iugoslávia tivesse vencido a Copa do Mundo, que país atual ficaria com a taça?


A Sérvia seria dona do troféu mais cobiçado do futebol. A regra vale para campeonatos e estatísticas conquistados pela Iugoslávia em competições esportivas. E quem define isso não é a Fifa, nem o Comitê Olímpico Internacional, mas a ONU. É que toda vez que um país se divide, pacificamente ou por guerras, aplica-se um princípio do direito internacional chamado “sucessão de Estados”. Em resumo, novos países resultantes da divisão firmam acordos internacionais definindo quais deles serão herdeiros da nação dissolvida. A herança envolve privilégios e obrigações, como patrimônios e dívidas. Se a ONU aprova o tratado, as federações internacionais de cada modalidade esportiva assinam embaixo e transferem o histórico competitivo para o país herdeiro. Por isso, todas as conquistas da União Soviética – dissolvida em 1991 – estão na conta da Rússia. O caso mais estranho é o da ex-Checoslováquia, que desde 1993 tem dois sucessores oficiais. Nesse caso, os troféus ficam onde a federação internacional de cada esporte definir: a República Checa leva vantagem nessa disputa, herdando a maioria dos troféus e rachando algumas estatísticas esportivas com a vizinha Eslováquia.

8271 – Em que lugar do mundo nunca houve guerra?


Só o Polo Norte e a Antártida. E isso porque não têm população e não pertencem a nenhuma nação. Todos os lugares do mundo com traços de ocupação já sofreram algum tipo de conflito armado. “A guerra é inerente ao comportamento dos grupos humanos”, explica George Hoffeditz, curador do Museu da Guerra, no estado da Virgínia, nos EUA. Segundo o historiador, essas lutas tiveram importância significativa para nosso desenvolvimento. Até mesmo a Suíça, célebre por sua neutralidade em combates como as Grandes Guerras, tem um passado manchado de sangue – especialmente na Idade Média. Outros países oficialmente neutros, como Suécia, Áustria e Costa Rica, também já pegaram em armas séculos atrás. Nem o Brasil, que hoje tem fama de bom mediador na política externa, escapa: basta lembrar o nosso conflito com o Paraguai (1874-1870).

8270 – Defesa – Qual foi o primeiro país a ter um exército oficial?


Os exércitos são mais antigos que o conceito de país e existem desde 2500 a.C., pelo menos. Os primeiros grupamentos organizados para defender territórios e atacar inimigos pertenciam a cidades-Estado da Suméria, no sul da Mesopotâmia – território que, hoje em dia, representa o Iraque e partes de Irã, Síria e Turquia. Com a expansão das civilizações na Mesopotâmia, o interesse em áreas estratégicas, como canais e terras produtivas, provocou disputas entre vizinhos. O ato de guerra passou a fazer parte das leis sumérias, com uma cidade-Estado neutra servindo de árbitra nas batalhas. Com as regras, surgiram alianças, dando origem a impérios que guerreavam com cidades estrangeiras. Civilizações da região, como acádios e babilônicos, começaram com exércitos de poucos milhares e expandiram territórios e forças militares aos poucos. Os primeiros soldados lutavam com lanças, machados e adagas, e os “tanques” da época eram carruagens, com um condutor e um guerreiro armado com dardo ou arco composto – feito com ossos, tendões ou feixes de madeira.

8269 – Economia – Por que o dólar está sempre mudando de valor?


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No Brasil, a cotação do dólar varia como o preço de qualquer produto comercializado: seguindo a lei da oferta e da procura. Resumindo, quando há dólar demais em circulação – ou seja, sobrando -, o valor dele diminui; quando há poucas verdinhas no mercado, elas ficam mais concorridas por quem compra e vende, e a cotação sobe. O modelo vale para qualquer moeda no mercado internacional e influencia a vida de muita gente – especialmente de quem investe ou comercializa em moeda estrangeira – como mostra a gangorra que a ME montou com personagens que se divertem quando o dólar está nas alturas ou quando está desvalorizado frente ao real. :-%
Quem compra mercadoria estrangeira, como produtos têxteis, calçados e eletrônicos, se dá bem quando o dólar está “barato”, custando perto de 1 real. É que os produtos desembarcam com preços bem menores que os nacionais, aumentando o lucro de quem os traz de fora para vender.
Com dólar valorizado, nossos bosques têm mais vida para os estrangeiros. No mesmo lado da moeda dá para dizer que, com o aumento do movimento turístico, o parque hoteleiro e as cidades preparadas para receber viajantes também saem ganhando com uma bela injeção de grana.
Com o real valorizado diante do dólar, destinos internacionais ficam mais perto do bolso. E dá para sacar isso até antes de embarcar: pacotes de viagem cotados em dólar costumam ter as parcelas fixadas em real na hora da compra, evitando aumento do valor mesmo se o dólar subir.
Quem vende para fora do Brasil, recebendo em dólar, se dá bem com a alta em relação ao real. É o caso dos produtores de carne brasileiros. Para ter mais segurança diante do sobe e desce da cotação, algumas empresas fixam o valor do dólar entre um piso e um teto para operar no exterior.
Grandes empresas brasileiras nascidas de fusão ou que são parte de pools – como a AmBev (Brahma + Antarctica etc.) – aproveitam o dólar baixo para investir no exterior. A maior empresa de carnes do mundo, a brasileira JBS Friboi, comprou a americana Swift por 1,4 bilhão de dólares.
Os economistas do governo tentam mudar a cotação – nem sempre dá certo – por meio do Banco Central. O método é simples: com dólar baixo, o BC compra verdinhas, tirando-as de circulação para valorizar. Caso contrário, vendem-se dólares para saturar o mercado e desvalorizar a moeda americana.
Quando a confiança do investidor gringo no Brasil – o famoso “risco-país” – está abaixo da média, as verdinhas param de chegar até rarear no mercado e valorizar-se diante do real. Isso anima investidores mais ousados a aproveitar sua moeda forte para reinjetar dólares no Brasil.
As bolsas de valores operam pelo valor do comercial TURISMO. Compra e venda de passagens aéreas são regidas por essa cotação. Serve também para calcular o valor da conta do cartão de crédito usado no exterior PARALELO. Esse é o valor “pirata” usado, por exemplo, pelos doleiros, que emprestam verdinhas em transações informais que rolam fora do controle do Banco Central.

8268 – História do Brasil – Como surgiram os estados brasileiros?


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Trinta e quatro anos após o Descobrimento, o litoral brasileiro estava sendo saqueado a torto e a direito por piratas em busca de pedras preciosas e madeiras raras. Para manter o controle do território, a coroa portuguesa decidiu criar as capitanias hereditárias, 15 faixas de terra que se estendiam da costa até a linha imaginária do Tratado de Tordesilhas. Para tomar conta desses primeiros “estados” do país, foram nomeados capitães-donatários.
Em 1709, os portugueses resolveram reorganizar a colônia em função dos benefícios específicos que cada região poderia trazer para a coroa. Nasceram, então, as sete províncias, imensas extensões de terra com fronteiras mais bem definidas. Além dos aspectos econômicos, a criação das províncias visava obter um controle ainda maior sobre o território, constantemente ameaçado pela ação de piratas e do “olho grande” espanhol.
Após a Independência, em 1822, o Brasil foi repartido em diversas novas províncias, “rascunhos” do que viriam a ser os futuros estados. O mapa atual do Nordeste, por exemplo, já está quase todo lá. No Sul, contávamos ainda com a província da Cisplatina, que pertenceu ao Brasil até 1829, quando um movimento separatista obrigou o país a reconhecer a independência da região, que deu origem ao Uruguai.
Rolaram grandes mudanças no mapa após a Proclamação da República, em 1889, como a própria adoção da palavra estado para nomear as porções do território. Em 1942, o Brasil entrou na Segunda Guerra e, como estratégia de defesa e administração das fronteiras, o governo desmembrou algumas áreas, criando novos territórios, como Amapá e Guaporé, no norte, e Iguaçu, no sul. Mais tarde, alguns desses territórios viraram estados, outros foram reintegrados à sua região de origem.
A partir de 1960, ano da inauguração de Brasília, rolaram as últimas mexidas que deixaram o Brasil com a cara que tem hoje, com seus 26 estados mais o Distrito Federal. Além da “promoção” de alguns territórios, como Acre e Rondônia, a estados, Fernando de Noronha voltou a fazer parte de Pernambuco, e nasceram Mato Grosso do Sul (desmembrado do Mato Grosso) e Tocantins (fatiado de Goiás). Porém, se depender das propostas que, nos últimos anos, chegaram ao Congresso, o vira-e-mexe do mapa brasileiro pode estar longe de acabar.
Nos últimos anos, chegaram várias propostas ao Congresso para a criação de novos estados e territórios no país, sendo que muitas ainda estão em curso.

8267 – Educação – Em que país os alunos passam mais tempo na escola?


Na Austrália, onde os alunos passam mais de 20 anos de sua vida na escola. Isso significa que um australiano estuda 20,3 anos, do ensino fundamental até terminar a faculdade! É essa média de anos de estudo da população a variável analisada pelo Global Education Digest de 2007. O estudo é uma publicação anual da Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (Unesco). Outros órgãos fazem a medição em horas-aula diárias, como a Organização para a Cooperação e o Desenvolvimento Econômico (OCDE), mas, como consideram menos países, não é possível cravar um resultado preciso. Um dos países que têm mais horas-aula, por exemplo, é a China, cujos dados a OCDE não conta. Mas, segundo a Chinese Youth and Children Research, as crianças chinesas podem passar até 12 horas diárias estudando, até nos fins de semana! Então, se você reclama de que passa tempo demais na escola aqui no Brasil, confira abaixo quantos anos alunos de diversos países passam esquentando a bunda na carteira e como é a vida de estudante mundo afora:

Os piores do ranking, além destes três países, incluem Benin, Burkina Fasso, Burundi, República Centro-Africana, Comores, Costa do Marfim, Etiópia, Mali e Togo, todos com 0,1 ano. Em Mali, só 19% do povo é alfabetizado.
Apesar da boa posição na lista, a Bélgica é dureza para os estudantes estrangeiros ou descendentes de imigrantes. Lá, eles têm a menor chance de chegar à universidade e, em matemática, têm desempenho muito pior que os nativos.

Estônia
A herança dos tempos da União Soviética ainda é sentida no país. Um exemplo disso é o sistema educacional. Muitas escolas, mesmo de educação infantil, ensinam em russo, e não na língua oficial do país, o estoniano.

Curiosidades
Níger, Djibuti e Burkina Fasso também vão mal na lista do acesso à educação por gênero. No Níger, os garotos estudam um ano a mais do que as garotas. A vida escolar no país dura, em média, 4 anos para eles e 2,9 para elas.
Dos países que aparecem no pódio dos anos de estudo, o único que também figura entre os que mais gastam em educação, em proporção do produto interno bruto, é a Islândia. O país investe 7,7% de sua renda em educação.
Os maoris, povo nativo da ilha e que representa 1/7 da população neozelandesa, estão ganhando popularidade. Desde 2002, o número de estudantes nas escolas públicas que ensinam a língua e a cultura desse povo cresceu 16%.
A Austrália é o quinto país que mais recebe estudantes estrangeiros de nível superior, atrás de EUA, Reino Unido, França e Alemanha. Em 2005, os forasteiros eram 207 264, a maioria vinda de nações da Ásia.

8266 – Como funciona a censura na China?


Através da Xinhua News Agency, o órgão de notícias oficial, o governo determina como deve ser feita a cobertura dos eventos mais “sensíveis”. Além da cartilha, a Xinhua produz matérias, e a maior parte dos veículos simplesmente reproduz esse conteúdo, muitas vezes em um ato de autocensura, afinal o governo pode até prender jornalistas que desrespeitem suas ordens. Por isso, quase tudo o que se lê ou vê na China é produzido pelo governo, de modo que a maior parte da população nem se dá conta da censura. No dia 24 de março, por exemplo, a ONG Repórteres Sem Fronteiras organizou um protesto contra a repressão chinesa no Tibete no local da passagem da tocha olímpica. Mas o que os chineses viram pela TV foi bem diferente. Como não existem canais de TV não oficiais, todos viram imagens de esculturas gregas em vez do protesto.

Rédeas muito curtas
A censura não barra apenas críticas políticas. Temas relacionados a sexo e questões que possam gerar polêmicas, como drogas e homossexualismo, também são barrados. O governo proibiu, por exemplo, entrevistas com a atriz Wei Tang, que fez cenas de sexo no filme Lust, Caution, de Ang Lee. A saída na arte é fugir de críticas explícitas.
Muitos veículos preferem não publicar determinadas notícias antes mesmo de sofrer reprimendas. Eles temem medidas mais drásticas do que a não-publicação. Os veículos podem perder a licença de operação e profissionais podem até ser presos. De acordo com a ONG Repórteres Sem Fronteiras, das 131 prisões de jornalistas que aconteceram no mundo em 2006, 25% foram na China.

A Grande Muralha Chinesa
A internet chinesa é controlada através do “Escudo Dourado”, um firewall, sistema de segurança que bloqueia sites que contenham certas palavras consideradas “perigosas” pelo governo. Os sites bloqueados entram em uma espécie de lista negra e, a partir deles, tenta-se chegar a outras URLs “subversivas”
A Xinhua News Agency é a responsável por “ditar” as regras do que pode ou não ser publicado. Existem cerca de 30 mil censores contratados para analisar o conteúdo de textos, vídeos e áudios. Até propagandas podem ser censuradas: em setembro de 2007, a Administração Estatal de Rádio, Filme e Televisão proibiu anúncios, digamos, mais apimentados.
No sul do país, onde há grande circulação estrangeira, há algumas ilhas de liberdade. Nos hotéis de mais de três estrelas da província de Guangdong, em geral não há restrições para jornais e canais de TV estrangeiros. Hong Kong também tem menos restrições, mas a circulação dos seus jornais, como o South China Morning Post, é barrada em outras regiões.
Embora a proximidade da Olimpíada tenha reduzido o rigor, a mídia estrangeira também sofre sanções. Hoje jornalistas podem circular pelo país, mas em algumas regiões, como o Tibete, há restrições. Além disso, o governo bloqueia o acesso a informações desfavoráveis em sites estrangeiros, inclusive YouTube.

Mídia Clandestina
Por mais rigoroso que seja, o governo não consegue controlar trocas de informações entre pessoas. Além de folhetins “subversivos” que circulam de forma clandestina, há também brechas digitais. Um canal de comunicação ainda não controlado pelo governo, por exemplo, é a transmissão de textos, fotos e vídeos via celular.
CCTV é o canal de TV oficial. Além dele, que é nacional, há também estações regionais, mas todas são do governo. Por isso, na China não há transmissões ao vivo. As coberturas supostamente em tempo real têm um delay (atraso) de nove segundos, tempo suficiente para cortar ou mudar a imagem, caso algo inesperado aconteça.

8265 – Como alguns animais conseguem subir nas paredes?


Os animais utilizam diferentes técnicas para subir pelas paredes e andar de cabeça para baixo no teto das casas ou nas mais variadas superfícies, como folhas, troncos e galhos de árvores. Para vencer a força da gravidade, alguns insetos, como as baratas, contam com a ajuda de minúsculas e numerosas garras localizadas na ponta das patas. Outros, como as lesmas, utilizam um eficiente sistema de microventosas. Há ainda os que, como as moscas, possuem microscópicas “almofadinhas” adesivas nos pés, que provocam uma aderência similar à de você andar com um chicletão grudado na sola do sapato.
O segredo da escalada de lesmas e caramujos está na anatomia de seu “pé”, que funciona como uma potente ventosa. “Pé” é o nome dado pelos cientistas à parte de baixo do corpo do animal, que fica em contato com a superfície. As bordas do pé são mais baixas do que sua parte interna, criando uma espécie de vácuo na região central, que faz com que o bicho fique grudado. Além disso, próximo à região da boca, esses animais têm uma glândula que libera muco para facilitar seu deslizamento. Esse muco aumenta ainda mais a adesão.
A aderência de boa parte dos insetos, como formigas e baratas, se deve à presença de “almofadinhas” adesivas na extremidade das patas. Elas são chamadas de arólio (quando só existe uma por pata) ou pulvilo (mais de uma). Além disso, esses animais possuem minúsculas e pontiagudas garras na pontinha dos pés. Atuando em conjunto, as garras e almofadinhas permitem que o bicho vença a força da gravidade e ande de cabeça para baixo por todo lado!
As moscas conseguem se grudar no teto e nas paredes por causa de um sistema muito similar ao das formigas, que conjuga a aderência de almofadinhas adesivas e o uso de garrinhas presentes nas patas. Algumas espécies, no entanto, dispõem de um terceiro artifício para as escaladas: pelos especiais existentes na extremidade das patas. Esses pelos secretam um líquido pegajoso, feito de óleo e açúcar, que garante a fixação total à superfície.
Lagartixas e aranhas usam a mesma técnica para andar no teto. Suas patas têm milhares de pelos de queratina, conhecidos como setae. Eles têm um diâmetro finíssimo, equivalente a um décimo de um fio de cabelo. Cada setae, por sua vez, tem centenas de minúsculas terminações. Essas terminações causam um deslocamento de elétrons entre seus próprios átomos e os da superfície, criando uma atração física conhecida como força intermolecular de Van der Waals. É ela que mantém o bicho colado.

Por que aranhas não grudam na própria teia?
Porque elas sabem por onde pisam. Ao contrário do que muita gente pensa, nem todos os fios da teia de uma aranha são pegajosos. Essa característica é exclusiva dos fios em espiral – os dos raios e da moldura não são revestidos com cola. Assim, a aranha sempre se desloca sobre os fios não adesivos. E mesmo que, por distração, ela pise num fio pegajoso, não vai ficar presa. Suas patas são dotadas de pelos e garras de diferentes formatos e tamanhos que a ajudam a se livrar do fio.

8264 – Arqueologia – Homem do gelo pode ter mais de 5 mil anos


O corpo do homem encontrado na geleira de Similaun, nos Alpes, entre a áustria e a Itália pode ter entre 1493 e 1477 anos, segundo pesquisas realizadas por cientistas de Uppsala, na Suécia. Os primeiros exames com carbono radioativo de fragmentos de vegetação grudados na vestimenta do homem do gelo, constataram que o corpo seria do ano de 2700 aC.
Ötzi ou Múmia do Similaun é uma múmia masculina bem conservada com cerca de 5300 anos. A múmia foi encontrada por alpinistas nos Alpes italianos em 1991, em uma geleira dos Alpes de Ötztal perto do monte Similaun, na fronteira da Áustria com a Itália. O apelido Ötzi deriva do nome do vale da descoberta. Ele rivaliza a múmia egípcia “Ginger” no título de mais velha múmia humana conhecida, e oferece uma visão sem precedentes da vida e hábitos dos homens europeus na Idade do Cobre.
Ötzi foi encontrado por dois turistas alemães, Helmut e Erika Simon, em 19 de setembro de 1991. Eles primeiro pensaram que se tratasse de um cadáver moderno, como diversos outros que são freqüentemente encontrados na região. O corpo foi confiscado pelas autoridades austríacas e levado para Innsbruck, onde sua verdadeira idade foi finalmente estabelecida. Pesquisas posteriores revelaram que o corpo fora encontrado poucos metros além da fronteira, em território italiano. Ele agora está exposto no Museu de Arqueologia do Tirol do Sul, Bolzano, Itália.

O corpo foi extensamente examinado, medido, radiografado e datado. Os tecidos e o conteúdo dos intestinos foram examinados ao microscópio, assim como o pólen encontrado nos seus artefatos.
Quando morreu, Ötzi tinha entre 30 e 45 anos e aproximadamente 165 cm de altura. A análise do pólen e da poeira e a composição isotópica do esmalte de seus dentes indica que ela passou sua infância perto da atual aldeia de Feldthurns, ao norte de Bolzano, mas que mais tarde viveu em vales a cerca de 50 km ao norte.
Ele tinha 57 tatuagens, algumas das quais eram localizadas em (ou perto de) pontos que coincidem com os atuais pontos de acupuntura, que podem ter sido feitas para tratar os sintomas de doenças de que Ötzi parece ter sofrido, como parasitas digestivos e artrose. Alguns cientistas acreditam que esses pontos indiquem uma primitiva forma de acupunctura.
Suas roupas, incluindo uma capa de grama entrelaçada e casaco e calçados de couro, eram bastante sofisticadas. Os sapatos eram largos e à prova d’água, aparentemente feitos para caminhar na neve; as solas eram feitas de pele de urso, a parte superior de couro de veado e uma rede feita de cascas de árvores. Tufos de grama macia envolviam o pé dentro do sapato, servindo de isolante térmico.

Outros artefatos encontrados junto a Ötzi foram um machado de cobre com cabo de teixo, uma faca de sílex e cabo de freixo, uma aljava cheia de flechas e um arco de teixo inacabado que era mais comprido do que o Ötzi.
Entre os objetos de Ötzi havia duas espécies de cogumelos, uma das quais (fungo de bétula) é conhecida pelas suas propriedades antibacterianas, e parece ter sido usada para fins medicinais. O outro cogumelo era um tipo de fungo que pega fogo facilmente, incluído com partes do que parece ter sido um kit para começar fogo. O kit continha restos de mais de doze plantas diferentes, além de pirita para a criação de faíscas.

Genética
Um grupo de cientistas sequenciou o genoma de Ötzi e este foi publicado em 28 de fevereiro de 2012. Um estudo do cromossoma Y de Ötzi colocou-o num grupo que hoje domina no Sul da Córsega.
Já a análise do DNA mitocondrial mostrou que Ötzi pertence ao sub-ramo K1, mas não pode ser colocado em nenhum dos três modernos grupos deste sub-ramo (K1a, K1b ou K1c). O novo sub-ramo foi provisoriamente apelidado de K1ö por causa de Ötzi.
Uma observação genérica do seu DNA relaciona-o com Europeus do Sul, particularmente com populações isoladas geograficamente da Sardenha e Córsega.
A análise do DNA que ele tinha um elevado risco de sofrer de aterosclerose, intolerância à lactose e a presença no DNA da sequência de Borrelia burgdorferi, torna-o o mais antigo humano a sofrer da doença de Lyme (vulgarmente conhecida como febre da carraça).
Um estudo de 2012 do paleoantropólogo John Hawks sugeriu que Ötzi tinha mais material genético de Neanderthal do que os Europeus modernos.

Causa da morte
Em 2007 cientistas revelaram que Ötzi morreu de um ferimento no ombro provocado por uma flecha.
Uma equipe de pesquisadores italianos e suíços usou a tecnologia de raio-X para comprovar que a causa da morte foi uma lesão sofrida numa artéria próxima do ombro e provocada pela ponta de flecha que permanece até hoje cravada nas costas. Os mesmos cientistas concluíram que a morte de Ötzi foi imediata.
Os resultados mais recentes da pesquisa apareceram em linha no Journal of Archaeological Science e foram publicados pela National Geographic.
Análises dos intestinos de Ötzi mostraram duas refeições, uma de carne de bode da montanha, a segunda de carne de veado, ambas consumidas com alguns cereais. Pólen na segunda refeição mostra que esta foi consumida em uma floresta de coníferas a meia-altitude.
Primeiramente supôs-se que fosse um pastor levando seu rebanho para as montanhas e que foi surpreendido por uma tempestade de neve. Dada sua relativa alta idade, não teria resistido ao esforço e morrido.
No entanto, a análise de DNA revelou traços de sangue de quatro outros indivíduos nos seus equipamentos: um na sua faca, dois na mesma flecha e o último no seu casaco. Em julho de 2001, dez anos após a descoberta do corpo, uma tomografia axial computorizada revelou que Ötzi tinha o que parecia ser uma ponta de flecha no seu ombro, mais precisamente na omoplata, combinando com um pequeno furo no seu casaco. O cabo da flecha havia sido removido. Ele também tinha um profundo ferimento na palma da mão direita, que atingiu a carne, tendões e o osso.
A partir de tais evidências e de exames das armas, o biólogo molecular Thomas Loy, da Universidade de Queensland, acredita que Ötzi e um ou dois companheiros fossem caçadores que participaram de uma luta contra um grupo rival. Em um certo momento, ele pode ter carregado (ou ter sido carregado por) um companheiro. Enfraquecido pela perda de sangue, Ötzi aparentemente largou seus equipamentos contra uma rocha, deitou-se e expirou.

8263 – Mega Byte – Com 0,8%, Google+ ocupa nono lugar em ranking de uso de redes sociais no Brasil


rede social

Uma pesquisa referente a abril, realizada pelo Serasa Experian, mostrou que o Google+ representa apenas 0,78% no mercado de redes sociais e é a nona mais usada no Brasil. O Facebook manteve a liderança com 66,54%, seguido pelo Youtube, com 18,48%.
O Google+ ficou atrás de sites como Bate-papo UOL, Badoo e Yahoo Answers estando somente a frente do Windows Live, que integra serviços da Microsoft.
Apesar do reduzido número no Brasil, o Google+ teve crescimento de 0,28% em relação a abril do ano passado, chegando a atingir o pico de 2,29% em outubro. O site também vem apresentando crescimento nos índices de uso globais.
Segundo o estudo da consultoria GlobalWebIndex, a rede social tem 359 milhões de internautas mensalmente ativos, um crescimento de 33% em relação a junho de 2012. Com isso, o site busca superar o Twitter e assumir o posto de segunda rede social mais usada do mundo.
No último anúncio oficial, em dezembro do ano passado, o Google informou que o site tinha mais de 500 millhões de cadastros, mas apenas 135 milhões postavam na rede, enquanto os demais usavam apenas recursos como o botão +1 para indicar que gostaram de um conteúdo.

Orkut e Tweeter
Apesar de ocupar o terceiro lugar do ranking brasileiro, o Orkut apresentou uma queda de 19,09 pontos em relação a abril de 2012, quando detinha 21,29% do mercado, o que garantia o posto de segundo lugar no Brasil.
O microblog Twitter também teve queda de uso, passando de 5º para 6 º lugar, com uma redução de uso de 0,29%.
A pesquisa da Serasa Experian foi realizada com aproximadamente 500 mil brasileiros de todas as classes sociais.