Para começar, não existiríamos. “Os dinossauros dominavam todos os ambientes continentais”, conta um paleontólogo da Universidade Estadual Paulista (Unesp), em Rio Claro, interior paulista. Os grandes répteis mandavam e abusavam, consumindo quase todo o alimento. Já os mamíferos eram seres oportunistas, ou seja, comiam o que os dinos deixavam sobrar – restos de caça, insetos, plantas. Por isso, não cresciam muito. Os maiores não chegavam a ter o tamanho de um gato. Os primatas de então pareciam ratinhos atuais. Mas as dimensões insignificantes vinham a calhar. Se fossem maiores, além de enfrentar a escassez de comida teriam dificuldades para se esconder dos grandões, que adoravam degustá-los. Quando, há 65 milhões de anos, os dinossauros foram extintos, nossos ancestrais fizeram a festa. Na fartura, que incluía as abundantes carcaças dos répteis, puderam se desenvolver e evoluir, gerando espécies maiores. Não fosse isso, você não estaria lendo este artigo.